#Praia de Calhetas
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lugarnocosmos · 1 month ago
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Uma Semana na ilha dourada
Agosto C, Out-10-2024
O avião já descia sobre a pista. Um sobressalto, acabara de pousar na rampa de descida. Muitos dos passageiros, eu incluído, batemos palmas. Aterrávamos em Porto Santo, a ilha dourada. Era cerca do meio-dia. Sentia-se uma brisa ligeira e o sol, não muito forte, brilhava no Céu.
Não foram muito demoradas as tarefas da chegada, recolha de bagagem, conversas com as pessoas que nos aguardavam. Uma das boas ideias contidas nessas conversas versava uma volta à ilha. Que agarrei com todo o meu entusiasmo. Uma carrinha conduziu-nos ao hotel, onde fizemos o check-in. Nem todos tínhamos os quartos disponíveis. Ficaria para mais tarde, após o almoço, ao regressarmos. E lá seguimos, noutra carrinha, para a nossa primeira refeição na ilha.
Ao outro dia aproveitávamos já o Sol, a areia, o mar, que nos ia beijando os pés. Estávamos numa das partes da praia, de nove quilómetros, que rodeia, sobretudo, a parte Sul da ilha. Era perto do Porto de Abrigo. Esta praia tinha algumas pedras, e mesmo o mar enviava sobre nós algumas delas, felizmente não muito batidas. Sobre nós um pequeno pontão, que entrava uns cem metros pelo mar dentro. Nele, algumas pessoas pairavam, apreciavam o ambiente, a paisagem… Este pontão oferece, para além de uma vista privilegiada do oceano e da costa, um local popular para a prática de pesca e mergulho.
Após o café, tomado no exterior do hotel após o pequeno-almoço, aguardámos o miniautocarro que nos levaria a dar a volta à ilha. Não demorou a chegar, uns minutos antes das dez. Entrámos e seguimos por outros hotéis, a recolher mais viajantes. Alguns deles estrangeiros. Até que o mesmo ficou cheio. Seguimos até à Calheta. Situada no extremo Sudoeste da ilha, famosa por marcar o fim de um extenso areal dourado de nove quilómetros, a Calheta destaca-se pelas suas formações rochosas que lhe conferem um charme único e selvagem. Era bem visível o Ilhéu da Cal e a torre que nele presidia. Uma vista para o esbranquiçado, posta em relevo pelo Sol que brilhava no Céu de um bonito azul pontilhado por nuvens ligeiras.
Os meus olhos perdiam-se no Ilhéu da Cal. Mostrava-se como um dos locais mais emblemáticos do Porto Santo. Situado a cerca de 400 metros da ilha principal, este ilhéu possui uma rica história e uma beleza natural impressionante. O nome do ilhéu deriva das antigas minas de extração de cal, que marcaram profundamente a sua história e a economia local. As galerias de exploração, ainda visíveis nas encostas, são um testemunho dessa atividade.
O ilhéu é um local de grande interesse geológico, com formações rochosas únicas e uma variedade de minerais. As suas origens vulcânicas e a ação do mar ao longo dos séculos moldaram uma paisagem singular. E como se trata de uma terra deserta, o Ilhéu da Cal, com a sua paisagem exuberante, As falésias escarpadas, as grutas e as formações rochosas, oferecem um cenário deslumbrante para os amantes da natureza. Fascinante na sua hipótese de observação da fauna e flora. O ilhéu é um habitat para diversas espécies de aves marinhas e outros animais. A vegetação, adaptada às condições áridas, confere ao local um charme especial. Da próxima vez, não deixarei de realizar um passeio de barco. Que belo, quão agradável, pode ser? Poder observar as suas falésias e as antigas minas, a partir de um calmo mar esverdeado?
Em dias claros, a Calheta oferece uma vista deslumbrante para a ilha da Madeira, com o seu perfil montanhoso a surgir no horizonte. Este cenário, aliado à beleza natural da praia, torna a Calheta num local perfeito para se apreciar a natureza e relaxar. Mas também extremamente interessante para aventureiros, pois é também um local para aproveitar as suas formações rochosas e as piscinas naturais que se formam na maré baixa. Tudo convida à exploração e a prática de caminhadas pela costa, com paisagens deslumbrantes. garantidas.
Seguimos para o Pico Ana Ferreira. Trata-se de um dos locais mais emblemáticos da ilha do Porto Santo, destacando-se pela sua beleza natural e valor geológico. Apresenta este um elevado valor estético e científico. Situado no sul da ilha, este monumento natural oferece aos visitantes uma experiência única, onde a história geológica da Madeira se revela de forma impressionante. A Origem das suas colunas prismáticas, formações rochosas, quase perfeitas, surgiram a partir do lento arrefecimento do magma vulcânico no interior de uma antiga conduta vulcânica. Ao arrefecer, o magma contraiu-se, formando fissuras que se propagaram perpendicularmente à superfície de arrefecimento, dando origem às características colunas que hoje podemos admirar. Apresenta-se ante nós um património geológico de valor, que fascina, que prende a nossa contemplação. Ainda hei-de fazer alguma caminhada pelas veredas deste pico, pois que este nos apresenta trilhos bem demarcados.
No nosso deambular pela ilha, fomos parar à Quinta das Palmeiras. Um verdadeiro Jardim Zoológico, o minizoo de Porto Santo. A Quinta das Palmeiras é um verdadeiro oásis, um refúgio de verdejante beleza no árido cenário de Porto Santo. Localizada a oeste do aeroporto, esta quinta única combina um minijardim botânico com um minizoo, oferecendo aos visitantes uma experiência muito rica. O seu jardim botânico, bem florido e exuberante, é um deleite para os sentidos. Com uma variedade impressionante de plantas, como palmeiras, pinheiros, hibiscos, Aloe vera, foguetes de Natal e rosas, o espaço transforma-se numa explosão de cores e aromas. As palmeiras, imponentes e majestosas, dominam a paisagem, conferindo ao local um ar tropical e exótico. A água abundante, que forma verdadeiros riachos, chega de um furo a cerca de uns três quilómetros.
Este minizoo da Quinta das Palmeiras abriga uma variedade de animais, desde aves coloridas a répteis e mamíferos. Cisnes elegantes nadam em um lago, enquanto papagaios coloridos e avestruzes caminham livremente pelo recinto. Foi deveras fascinante experienciar o contacto com alguns peixes. O dar de comer na nossa mão às glutonas carpas e a seguir acariciar-lhe os lombos luzidios. Bem bonito todo o contacto estabelecido com as aves. Cores e mais cores, sons, sons, grasnidos, os cru, cru das rolinhas, o roçar do bico aberto nos meus dedos pela catatua, tudo um verdadeiro encanto! Foi, sem dúvida, uma Experiência Única na, afinal não tão inóspita , Ilha Dourada.
E alcançávamos, lá já bem no alto, após termos ultrapassado um moinho em restauro, o Miradouro do Pico do Castelo. Que extraordinária vista… O mar, o mar mais uma vez, para além, uma vista panorâmica simplesmente deslumbrante. Com quase quinhentos metros de altitude, este miradouro proporciona uma perspectiva única sobre a ilha, a baía, a cidade de Vila Baleira. Toda a costa, com os seus ilhéus se nos desvelava, pois o Céu estava de um belo azul, que uma ou outra nuvem não perturbava grandemente.
O nome "Pico do Castelo" remonta ao século XV, quando no local existia uma fortaleza que servia de defesa contra os constantes ataques de piratas. Apesar de as ruínas da fortaleza já não existirem, o nome permanece como um testemunho do passado histórico da ilha. Ainda era visível um canhão que estava apontado à cidade de Vila Baleira. Uma vez, por 1617, houvera em que, apenas com cinco balas, os defensores disparavam o canhão sobre a cidade para dar aos atacantes a ideia de força que por ali existia. Aliás, o embuste dos locais para com os corsários sempre foi de enorme utilidade. Como munirem os cornos do gado bovino, caprino, com fachos, que se passeavam na praia. Davam assim ao inimigo a ideia de muita gente para a defesa.
A Bárbara, nossa guia, ia-nos contando aspectos do folclore local. Contou-nos a lenda do colar da Elisa, que mostrava o poder do mal contido num objecto pessoal. Era uma mãe que não gostava de sua filha, de nome Elisa. Oferece-lhe, então, um colar com o poder de destruir. O resultado que sobreveio: os pais morreram num incêndio, mas pouco depois também a jovem Elisa morreu. Ou se suicidou, cansada de estar só, ou foi o colar que a enforcou… O certo, seu corpo nunca foi encontrado. A lenda ainda reza, que se o seu nome for pronunciado três vezes na ribeira onde morreu, ela aparece para assombrar aqueles que por ali vivem.
Ao longo do nosso passeio, a Bárbara ia-nos apresentando diversas informações sobre a ilha. O comprimento da ilha, 14 quilómetros; a sua largura, seis. As pistas do aeroporto eram sobre a largura. Num certo ponto do percurso, ao subirmos ao alto do Castelo, este avistava-se, um edifício atarracado, pouco a condizer com as pistas. Passámos também pelo minideserto, com abundância de corais calcificados. Pelas salinas naturais de Porto Salemas. Pela igreja de São Pedro, onde, no dia da sua festa, era leiloado o peixe pescado nesse dia. Ultrapassámos também o minihospital, em construção. No Porto Santo havia apenas um Centro de Saúde com as valências mais gerais.
Pormenor curioso que nos foi referido. Eram plantadas figueiras nos terrenos das vinhas. Assim, os pássaros comiam os figos e deixavam as uvas. Destas se faz o vinho da região, vinho licoroso, com um grau entre 19 e 23. interessantes os muros que cercavam as vinhas. Muros de crochê ou muros de renda, conforme o tipo de pedra. O Pico do Facho era um local privilegiado para a observação do oceano. Assim, quando era avistado algum barco para os atacar ou à Ilha da Madeira, eram acendidos fachos para avisar os habitantes da eminência do ataque.
Na tarde de um outro dia, ao caminhar para o jantar, mas ainda cedo, fomos desembocar no quiosque das lambecas. As lambecas foram criadas por José Reis, um homem que dedicou sua vida a este doce, tornando-o famoso em toda a ilha. Agora, tendo morrido este homem, é uma filha que gere o negócio. Um saboroso gelado… A receita das lambecas é mantida em segredo há décadas, mas sabe-se que o ingrediente principal é um creme delicioso e artesanal. Pode ser comido em copo ou num cone especial. Este é feito de bolacha, o que lhe confere uma textura única e saborosa.
Sentamo-nos num murete perto do quiosque a apreciar o nosso gelado. O meu de chocolate e groselha. E, ao mesmo tempo, a ouvir a música de um grupo que ali interpretava as nossas músicas, bem portuguesas. Acompanhar as canções foi um gosto! E que vontade de dar uns passos de dança! Com pena, fui acompanhando os últimos acordes da música interpretados pela nossa tuna ao afastar-se.
Uma última manhã na praia, na da Fontinha. Pelas onze horas. Fiz uma caminhada de quase quinhentos metros, os pés a receberem os constantes embates das ligeiras ondas, até junto ao pontão onde já tínhamos estado. Parei um pouco a apreciar algum movimento lá em cima. Fiz o retorno, fomos todos dar os últimos saltos por entre as ondas que sobre nós se iam espraiando.
E, assim, agradecendo as manhãs de praia, as tardes de piscina; os passeios de manhã, de tarde; os bons momentos passados à noite junto à piscina a beber um mojito ou uma poncha, me estava a despedir de Porto Santo Para voltar… E até me apeteceu fazer um pequeno poema, eu que não sou poeta!… Em Porto Santo, onde o sol acaricia a pele,/ A natureza pinta um quadro de rara beleza. / As dunas douradas, um convite à aventura, / E o mar cristalino, um espelho da felicidade.
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pacosemnoticias · 7 months ago
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Portugal conta com 59 praias Zero Poluição (mais 5 do que no ano passado)
A associação ambientalista ZERO reconheceu 59 praias Zero Poluição em 31 concelhos do continente e ilhas da Madeira e Açores, mais cinco praias que em 2023 e, pela primeira vez, duas águas balneares interiores.
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Em comunicado, a ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável revela que o objetivo alcançado este ano "é verdadeiramente aquilo que à escala europeia se deseja no quadro do Pacto Ecológico Europeu, em particular no âmbito do Plano de Ação para a Poluição Zero".
Os Açores têm 21 praias Zero Poluição, 36% do total, apresentando-se os concelhos de São Roque do Pico, nos Açores, e Vila do Bispo, no continente, com o maior numero de praias -- quatro -- reconhecidas.
Alcobaça, Aljezur, Faro, Lajes do Pico, Odemira, Porto Santo, Sesimbra, Tavira e Vila do Porto (Santa Maria, Açores) com três, estão também entre os concelhos líderes em número de praias Zero Poluição, de acordo com a associação.
Este ano, as praias Zero Poluição representam 9% do total das 664 águas balneares existentes, um aumento de 1%, ou seja, mais cinco praias em relação às 54 classificadas em 2023.
Todas as praias consideradas o ano passado como praias Zero Poluição estão classificadas, ao abrigo da legislação, como praias com qualidade da água "excelente", no entanto, a ZERO alerta que "na maioria das vezes, à custa de uma única análise onde foi detetada a presença de microrganismos, mesmo que muito longe do valor-limite, deixaram de poder ser consideradas praias Zero Poluição".
Pela positiva, a associação ambientalista destaca o facto de este ano haver na Região Autónoma dos Açores 21 Praias Zero Poluição, mais de um terço do total (36%).
"Um outro aspeto relevante é haver pela primeira vez duas praias interiores classificadas como praias Zero Poluição -- Santa Clara, em Odemira, e Devesa, no Sabugal", lê-se na nota.
Nove municípios - Calheta, Lajes do Pico, Leiria, Machico, Pombal, Ponta Delgada, Povoação, Sabugal e Santa Cruz da Graciosa - passaram também a fazer parte dos concelhos com, pelo menos, uma praia Zero Poluição.
De acordo com a associação ambientalista, pela negativa, há o destaque do concelho de Albufeira que, "apesar de ter vinte cinco praias que deverão ver validadas com uma classificação excelente" em termos de qualidade da água, teve as suas seis praias Zero Poluição de 2023 retiradas da lista este ano devido a, "pelo menos, uma análise em cada uma dessas praias que tiveram um valor superior extremamente baixo, mas superior a zero".
Em termos de balanço, saíram da lista do ano passado 19 praias e entraram 24 novas, revela a ZERO.
Os concelhos de Albufeira, Mafra, Óbidos, Torres Vedras e Vila Real de Santo António deixaram de estar representados.
Uma praia Zero Poluição é aquela em que não foi detetada qualquer contaminação microbiológica nas análises efetuadas às águas balneares ao longo das três últimas épocas balneares.
Os ambientalistas salientam ser "extremamente difícil" conseguir um registo incólume ao longo de três anos nas zonas balneares interiores, "muito mais suscetíveis à poluição microbiológica".
"À exceção de duas praias interiores, todas as restantes praias são costeiras. Este facto é um indicador do muito que ainda há a fazer para garantir uma boa qualidade da água dos rios e ribeiras em Portugal, o que requer esforços adicionais ao nível do saneamento urbano e das empresas", refere a associação.
Uma praia Zero Poluição é assim denominada a partir de dados da Agência Portuguesa do Ambiente, em que são identificadas as praias que, ao longo das três últimas épocas balneares (no caso, 2021, 2022 e 2023), não só tiveram sempre classificação "Excelente" como apresentaram valores zero ou inferiores ao limite de deteção em todas as análises efetuadas aos dois parâmetros microbiológicos controlados e previstos na legislação (Escherichia coli e Enterococos intestinais).
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jogosmogos · 2 years ago
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22.04-01.05.2023 Cabo Verde - Roheneemesaared
29.-30.04
Kuna me Fogo saarele minna ei saanud ning olime suure kiiruga kohe esimesel pühapäeval Santiagole tiiru peale teinud, siis Maiolt naasnuna leidsime end järsult suure ajavaruga. Tegime siis veel teisegi ringi Santiagole peale.
Praia -> Pedra Badejo -> Calheta de São Miguel -> Mangue de Sete Ribeiras -> Tarrafal -> paadiga Praia da Fazenda -> Sombrero -> Praia Ribeira da Prata -> Praia
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mappaworld · 2 years ago
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10 Abr ‘23 15h19 - Poça das Mujas
Esta “praia” estava descrita como a piscina top! Fica em Calheta de Nesquim e é muito gira porque tem mesmo um formato de piscina redonda e fica rodeada de rochas também. Para fazer esta piscina tiveram que desbastar bastante rocha, porque era alta e ficava-se resguardado do vento e da costa. Aqui, era novamente uma sensação de clareira, estando só aberto para o mar. Fazia tanto calor nesta altura que ganhei coragem, vesti o biquíni e tomei dois mergulhos no mar, não frio, mas gélido!!! Mergulhei 1 segundo, sai, aqueci 5 minutos e voltei a mergulhar 5 segundos desta vez. Considerei o primeiro banho do ano feito! Sai e iniciei conversa com uma família que também estava lá. Eram do Faial e tinham vindo dar uma volta. Explicaram que aqui, temos que ver a previsão do tempo, a direção do vento para escolher a piscina para onde ir. Eu acrescentaria a altura da maré, que condiciona a profundidade e a quantidade de piscinas. Disseram que no verão, a água atinge temperaturas simpáticas de 22 graus, mas que agora era muito muito fria. Ficamos um bom bocado a conversar até que saíram para mais uma voltinha. Chegou entretanto um mais corajoso que eu, que mergulhou e deu umas braçadas no mar antes de se recolher ao sol!
E eu fui embora entretanto em direção a mais uma. Afinal ainda estava na piscina número 2 da minha lista.
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encantosdobrasil · 2 years ago
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Praia de Calhetas, Cabo de Santo Agostinho - Pernambuco/Brasil
Uma curiosidade a respeito desse local é que ele é considerado por muitos estudiosos de história como o local do descobrimento do Brasil haja vista que foi a porção de terra em que Vicente Yáñez Pinzon desembarcou três meses antes da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.
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summergirlbrazil · 6 years ago
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oipolinternacional · 3 years ago
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Explore as belezas do Cabo de Santo Agostinho
Explore as belezas do Cabo de Santo Agostinho
Ao sul de Pernambuco está localizado o município de Cabo de Santo Agostinho, fica a 30 minutos de Ipojuca (cerca de 28 quilômetros via Rod. Armínio Guilherme) e a 33 quilômetros de Recife. Nos arredores da cidade ainda ficam as cidades de Jaboatão dos Guararapes, Vitória de Santo Antão e Moreno. Conforme alguns estudos, trata-se do local do Descobrimento do Brasil. Além desse relevante fato, o…
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worldlifetimejourneys · 3 years ago
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🌍 Top 10 Winter Beach 🏖 Holidays 🌍
🌟 Prices from £199pp* for 7 Nights
👉 1. Introduction:
There are many great reasons to visit a beach destination in winter. In some places, it will be the low season, which means fewer crowds and amazing bargains! The cooler temperatures also allow you to explore your surroundings more easily and really get under the skin of the destination.
And if that isn’t enough to whet your appetite, there are a handful of destinations within easy reach where sunbathing and warm waters are a reality all year-round. Therefore, if all you want to do is veg out on a sunbed sipping a cocktail on a classic beach holiday, we have some surprises in store for you! Here’s our top pick of locations for a winter break, all promising clear blue skies and plenty of sunshine.
👉 2. #Malta 🇲🇹:
Malta's rich history and fascinating fusion of European and African culture can be traced almost everywhere, from the architecture to the food. Walk the streets of the elegant capital Valletta, a UNESCO World Heritage Site, spend a day exploring rural Gozo, Malta’s idyllic sister island, or take a boat to see the magical Blue Lagoon with every shade of blue you could possibly imagine.
Don’t miss the crystal clear waters and unspoilt coastline of Mellieha Bay. Located in the north of the island, it’s a haven for divers and snorkelers. If you prefer to stay dry, get a taste of the local lifestyle in the charming fishing village of Mellieha.
👉 3. #Cyprus 🇨🇾:
No crowds and year-round sunshine, make Cyprus an excellent choice for a peaceful winter getaway. Hotels and airlines often have great deals from October to March, so you can get your fill of Vitamin D for a fraction of the cost! Throughout the winter months, there’s an endless succession of local festivals and events from jazz concerts to the eclectic Carnival in February.
The calm waters and soft sand make Coral Bay a very popular spot in summer. Meanwhile, the peaceful atmosphere of the winter months accentuates its natural beauty. Keep an eye out for an unusual copper dome near the beach, this is the entrance to the underground Maa-Palaiokastro museums displaying a small collection of archaeological artefacts.
👉 4. #Algarve, #Portugal 🇵🇹:
Catch the tail end of summer in October or pick up some special gifts at Faro’s delightful Christmas markets in December. Winter is also the best time for birdwatching or trying out the region’s famous golf courses, with the wild rugged Algarve coastline as your backdrop.
At a five minute drive from Lagos, you will find the enchanting Praia de Dona Ana, considered one of the most beautiful beaches in Portugal. Go for a stroll at low tide to get up close to the quirky sandstone formations emerging from the water. For a picture postcard moment, catch the rays of sun bouncing off the golden cliffs at sunrise.
👉 5. #Madeira, Portugal 🇵🇹:
With an intriguing culture and vibrant cuisine, this little island off the coast of Africa is unlike anywhere else. Lush green mountains rise proudly, inviting hikers and nature lovers to explore them. If you’re looking for outdoorsy activities, magnificent scenery and a friendly atmosphere, you will love Madeira.
Although the beaches aren’t the top attraction on this island, there are a few great options for spending a day relaxing by the Atlantic Ocean. Sink your feet in the soft white sand in Calheta and if it’s warm enough take a dip in the calm waters while you marvel at the majestic mountains behind you.
👉 6. #Lanzarote, #Spain 🇪🇦:
Lanzarote is famous for having some of the most unusual scenery in the Canaries. The surreal volcanic formations of Los Hervideros and the dusty black and red landscape of Timanfaya National Park will make you feel as though you have been transported to Mars.
With both black and white sand beaches, you will be spoilt for choice when it comes to alluring seaside spots. We recommend Playa Flamingo as it has some superb restaurants lining the promenade so you can sample some local cuisine. Make sure you try a traditional stew, each place makes its own variation.
👉 7. #CostaDelSol, Spain 🇪🇦:
The chaos of summer gives way to a more typically Spanish laid-back vibe, and the authentic Andalusian culture shines through. Architecture, history, flamenco dancing and exquisite local cuisine will make you want to change your tickets and extend your stay the moment you land.
We recommend visiting the stunning Playa de la Carihuela a 30 minutes’ drive from Malaga. After exploring the pretty whitewashed town and boutique shops, park yourself at one of the delightful cafes along the beachfront promenade and watch life on the Costa del Sol unfold.
👉 8. #Fuerteventura, Spain 🇪🇦:
With temperatures generally in the 20s year-round and idyllic palm-fringed beaches around every corner, it’s no wonder the Canary Islands are such a popular choice for a winter beach holiday. Fuerteventura boasts some of the wildest landscapes and is great for outdoor adventures.
If you love vast stretches of sandy beaches, Sotovento is bound to get your heart racing. The sea is so blue it looks like a painting while sand dunes, perfectly sculpted by the wind, stretch as far as the eye can see. Soak up the sun, relax and let yourself be entertained by the windsurfers gracefully riding the waves.
👉 8. #Tenerife, Spain 🇪🇦:
The largest of the Canary Islands, Tenerife is covered in lush vegetation and has some jaw-dropping landscapes that are hard to beat. Between November and February, several species of migratory whales can be spotted off the coast, so we highly recommend a boat ride. A trip to Mount Teine, Spain’s tallest peak is also a must.
The long golden beach of Las Teresitas is framed by magnificent green mountains, making it quite awe-inspiring. The quaint fishing village of San Andres nearby is a great place to indulge in delicious seafood dishes and get chatting with the islanders.
👉 9. #Egypt 🇪🇬:
There aren’t many places where you can marvel at monuments from the ancient world one minute and swim in pristine waters teeming with colourful fish the next. The weather in Egypt is sublime in winter and with world-class beaches and enough culture to fill an ocean, it’s an easy choice.
If you’re looking for inspiration, we suggest staying at Sahl Hasheesh beach. The long sandy beach is to die for and the area is well set up for tourists so you will find everything you need, from water sports to golf courses. Take a day off from relaxing to discover the pyramids in nearby Hurghada and the mysteries of ancient Egypt.
👉 10. #Gambia 🇬🇲:
Experience the warmth of Gambian hospitality and learn about their vibrant African culture. Crafts markets, traditional shows and exotic wildlife are just some of the things you can enjoy. With temperatures averaging 30 degrees, you can soak up the sun rays until your heart’s content and cool down with a refreshing dip in the ocean afterwards.
Palm-fringed Koto beach is the main resort strip in the Gambia, nonetheless, it’s surprisingly uncrowded. They say there’s nothing quite like an African sunset… watch the sky turn every shade of orange and red while you sink your feet in the sand and sip on your favourite cocktail.
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camasobasestrelas · 5 years ago
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GAIBÚ/PE - BATE E VOLTA
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                                         OLÁ OLÁ OLÁ!
Para nosso primeiro post decidimos por mandar o passeio rápido que fizemos por menos de 50,00 (o casal) para a praia de Gaibú, Cabo de Santo Agostinho - PE. 
Vale ressaltar que, se fores tentar isto, esteja num dia de pura descontração e espírito aventureiro, pois vai precisar bastante, no mais, confira a tabela de marés através do link que estará ao final do post e observe a previsão do tempo (para que possa curtir melhor) e utilize o app CittaMobi para saber a hora que o ônibus vai passar para se programar melhor.
Fizemos essa viagem em Junho/2014. P.s: Embora a viagem tenha sido em 2014 (tô atualizando em 2019), os valores de passagem permanecem os mesmos (not anymore baby) para o metrô, só o valor dos ônibus na volta que deve ser pesquisado.
1- METRÔS Através de pesquisas percebemos que o trajeto mais barato seria utilizando o sistema de Terminais Integrados que existe em Recife e RMR - Região Metropolitana - no entanto, para elaborar as ideias foi necessário conhecimento da cidade, pois esse trajeto não consta nas buscas pelo Google Maps e afins, então, uma vez decididos, saímos de casa e pegamos o metrô pagando a tarifa de R$ 1,60 por pessoa (hoje está custando R$3,20 mas até 2020 vai estar custando R$4,00). 
Embarcamos no metrô por volta de 11:30 e fomos com ele até a Estação Joana Bezerra, um percurso de 15-20 min. Tivemos sorte ao pegar o segundo Metrô, pois quando desembarcamos em Joana Bezerra ele estava chegando, então entramos na Linha-Sul e com ela fomos até a Estação final Cajueiro Seco, um percurso de 30-50 min, o metrô até que estava vazio, tanto pela hora quanto pelo dia da semana, que foi um domingo; Não é difícil trocar de linha quando se sai da Oeste para a Sul  pois é uma mesma plataforma como dá para ver na imagem (as linhas vermelha e azul se juntam quando chega na Joana Bezerra), daí não haverão tantas dificuldades.
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2- BUSÕES Descemos na estação Cajueiro Seco - não há risco de perder a estação já que ela é a parada final - e nos dirigimos até a Integração de Ônibus, passando pela passarela e depois descendo as escadas, o que não é difícil é só seguir a multidão, e uma vez na integração, quando encontramos a parada do ônibus esperamos (pacientemente) por 20-30 min pelo ônibus que nos levaria até a integração do Cabo de Santo Agostinho (ônibus número 139), percurso que leva +/- 40-50 min; 
 Ao desembarcarmos na Estação do Cabo de Santo Agostinho (também não é difícil saber quando, é só seguir a multidão), nos dirigimos à parada do ônibus que nos levaria até Gaibú (ônibus número 157) - na dúvida é só perguntar aos fiscais que ficam numa bancada no meio da integração, que eles indicam onde fica -, pelo qual nós esperamos uns 10-20 min, e quando já havíamos embarcado, até chegar lá o percurso durou uns 40-50 min; 
 Chegamos em Gaibú exatamente às 13:30, depois de 2 (duas) horas de viagem, por isso digo que é preciso espírito aventureiro e boa vontade para poder chegar em Gaibú pagando pouco. De lá, ainda é possível seguir para as praias vizinhas que são tão belas quanto, como Calhetas, Praia do Paraíso e Suape.
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->Relação de Linhas no TI CAJUEIRO SECO 
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 ->Visão do Terminal de Cajueiro Seco
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-> Terminal do Cabo de Santo Agostinho
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-> Ônibus que sai do terminal do Cabo para Gaibú.
3- A CHEGADA Descemos na entrada da cidade - geralmente muita gente desce nesse ponto, pois o ônibus não vai até o centro, depois de descermos, com muito cuidado, atravessamos a pista e seguimos pela avenida (de nome Laura Cavalcante) que fica de frente para a delegacia e a partir dali caminhamos uns 5 à 10 min para acharmos um lugar bom para comer.  
Estávamos varados de fome e fomos andando pelo centro de Gaibú, a maioria dos Self-Services estava fechando ou fechado, porém mais a frente (próximo ao posto de vacinação, fica numa esquina, o conhecido restaurante do Tio Dedé) paramos para almoçar, comemos peixe com pirão e acompanhamentos por (não me lembro bem) uns 20,00 à 30,00 reais e ficamos bem satisfeitos. 
 Por sorte, na hora que chegamos era exatamente a hora da maré mais baixa, então aproveitamos bastante da praia, tomamos muito banho de mar (a praia de Gaibú, especialmente a parte das piscinas naturais, é excelente para banho. Águas mornas e cristalinas, um paraíso mesmo). 
Então bateu aquela fome básica de pós exposição ao sol e fadiga de praia, pós meio dia, pós viagem longa (rsrsrs) e comemos - cada um - dois cachorros-quentes de praia (eu estava com um desejo louco naquele dia por cachorro-quente de praia , que não tem nada demais, é só um cachorro quente que é servido na praia). 
Como fomos buscar meus sogros não voltamos de ônibus, viemos de carro na volta, assim nosso caminho da volta, foi outro que (diga-se de passagem, se estiver de carro e for por este pedágio, o tempo de viagem encurta para não mais que 40 minutos) pega o mesmo percurso do ônibus, mas entra em Enseada Dos Corais (uma entrada à direita de quem volta, e como a pista tem muitas curvas é bom ir devagar senão perde a entrada) e depois segue a pista principal até chegar no pedágio - a estrada só leva até o pedágio mesmo então não há como errar - , gastamos R$6,10 na volta que foi o preço de carro para usar a estrada pedagiada, saímos de Gaibú umas 17:30 e chegamos em casa às 18:50 da noite. 
Pra quem voltar de ônibus pode fazer o mesmo trajeto de volta utilizando ônibus e metrô , pagando R$3,75 por pessoa (R$4,70 no custo de hoje 08/2019) ou ainda há a opção de pegar um ônibus opcional que vai levar você até Candeias, mas eu não aconselho muito pois é mais caro e pode se tornar mais perigoso e mais trabalhoso que o trajeto inicial.
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->Parada de ônibus na entrada de Gaibú
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-> Restaurante Peixada do Dedé
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->Pedágio da Rota dos Coqueiros Então galera, termino aqui o relato da nossa viagem de bate e volta para Gaibú - PE, espero que vocês tenham gostado e que tenha ajudado (e dado mais vontade de conhecer\voltar lá) tanto o quanto me ajudou e eu gostei de fazer esse post. Obrigada pela leitura e, até a próxima! ________________________________________________________________ Links úteis Valores de passagens de ônibus na RMR: http://200.238.84.28/site/consulta/itinerarios.asp 
Tábua de Marés: http://www.mar.mil.br/dhn/chm/box-previsao-mare/tabuas/ Tabela de Preços Pedágio - Rota dos Coqueiros: http://www.rotadoscoqueiros.com.br/tabela-de-tarifas CittaMobi: http://www.cittamobi.com.br/
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pacosemnoticias · 7 months ago
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Portugal com 440 praias, marinas e embarcções com Bandeira Azul em 2024
Portugal conta este ano com 440 praias, marinas e embarcações com Bandeira Azul, mais oito que em 2023, tornando-se o segundo país do mundo com maior número de praias fluviais galardoadas, anunciou hoje a Associação Bandeira Azul Europa.
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O anúncio foi feito no Aquário Vasco da Gama, no Dafundo, concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, pelo presidente da Associação Bandeira Azul da Europa, José Archer, que adiantou que na próxima época balnear vão hastear a Bandeira Azul 398 praias, distribuídas por 103 municípios.
Uma praia distinguida com Bandeira Azul obedece a vários critérios, entre os quais a qualidade da água e espaço (ordenamento), segurança e serviços, vigilância e sensibilização das pessoas (educação ambiental).
O responsável considerou uma “boa notícia” o número de praias, marinas e embarcações com Bandeira Azul “ter voltado a crescer”, apontando que nas praias se está “resvés para chegar às 400”.
José Archer destacou também o “contínuo crescimento das praias do interior”, admitindo que são “naturalmente muito mais sensíveis, mais difícil de atingir e manter”.
“Portugal destaca-se enormemente nas praias do interior. Somos, a nível mundial, o segundo país com mais praias de interior [fluviais], com 49, mais do dobro de Espanha e de Itália é um número que merece realce”, acrescentou.
Já em termos de praias costeiras, o responsável sublinhou que o número de praias da costa portuguesa com Bandeira Azul “está totalmente consolidado”, sublinhando que se vai “crescendo há medida que se vai conseguindo designar novas praias”.
Em relação à perda da Bandeira Azul, José Archer disse que todas as situações, em relação ao ano passado, tiveram em conta a qualidade da água, sendo que no caso da Zambujeira do Mar está relacionada com o impacto do festival de verão que decorre na localidade do sudoeste alentejano, no concelho de Odemira, distrito de Beja.
Nas praias fluviais “mais sensíveis”, acrescentou, basta “a montante haver algum acidente ou derrame e acaba por ter um impacto na qualidade da água”.
“São situações pontuais, que é uma pena porque acabam por ficar um ano sem poder hastear a Bandeira Azul, também é um alerta para o comportamento das pessoas que às vezes uma atitude imprudente leva a que o esforço de uma comunidade vá por agua abaixo”, referiu.
A nível internacional, Portugal ocupa o segundo lugar no que diz respeito a embarcações ecoturísticas galardoadas, com 23, tendo sido igualmente distinguidas 19 marinas. Nestas duas categorias registaram-se mais duas distinções que no ano passado.
A cerimónia oficial de hastear da primeira Bandeira Azul em praia costeira vai decorrer na praia da Fontinha, no Porto Santo, na Madeira, em 01 de junho.
O primeiro hastear de Bandeira Azul em praia fluvial vai realizar-se em Agroal, Ourém, no distrito de Santarém, em 07 de junho.
Já a primeira marina onde será hasteada a Bandeira Azul será no Porto de Recreio da Calheta, na Madeira, no dia 31 de maio.
As praias costeiras e fluviais distinguidas estão distribuídas pelo Norte (89, mais duas do que no ano passado), Centro (48, mais uma), Tejo (75, menos uma), Alentejo (38, menos uma), Algarve (86, mais uma), Açores (45, mais uma) e Madeira (17, mais uma).
O Programa Bandeira Azul é um programa de educação para o desenvolvimento sustentável, promovido em Portugal pela Associação Bandeira Azul da Europa, secção portuguesa da Fundação para a Educação Ambiental.
A época balnear de cada ano é definida em portaria, publicada em Diário da República, que identifica as águas balneares e a definição da respetiva época, considerando-se até lá que, a nível nacional, decorre de 01 de maio até 30 de outubro.
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jogosmogos · 2 years ago
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22.04-01.05.2023 Cabo Verde - Roheneemesaared
23.04
Praia -> Curral Grande -> São Domingos -> Picos ja suured pidustused (pildil oma parimates kleitides prouad missale suundumas) -> Assomada -> Chão de Tanque -> Caminhada de Antenas/trilho da floresta, Serra da Malagueta -> Tarrafali koonduslaager -> Praia do Tarrafal (saare ilusaim rand) -> Achada Tenda -> Calheta de São Miguel -> Pedra Badejo -> Praia
Öösel suundusime sadamasse, et minna praamiga Fogo saarele. Sadamas aga pileteid ei müüda ning kesklinna kontor on pühapäeviti suletud. Netist pileti ostmine ei toimi. Täis või tühi, praam läheb pileteid müümata minema. Fogo saarele me aga ei jõuagi, kuna ülejäänud selle nädala sõidud on Fogo saare pidustuste tõttu välja müüdud.
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ouyander · 2 years ago
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Le Cap-Vert, ou Cabo Verde, est un État insulaire composé d’un archipel d’îles volcaniques. Il est situé au large de la côte nord-ouest de l’Afrique. Il est réputé pour sa culture créole afro-portugaise, sa musique morna et ses nombreuses plages. La plus grande île, Santiago, abrite la capitale actuelle, Praia, et l’ancienne capitale, Cidade Velha, avec sa forteresse Fort Real de São Filipe perchée au sommet d’une falaise. Capitale:  PraiaPopulation: 504 000 (est. 2012)Langues officielles (de jure): portugais et créole capverdienGroupe majoritaire:  créole capverdien (98 %) appelé "crioulo"Groupes minoritaires: portugais et langues immigrantes (africaines)Langue coloniale: portugaisSystème politique: république unitaireArticles constitutionnels (langue): art. 7, 9, 11, 24, 25 et 79 de la Constitution du 3 mai 2010 Lois linguistiques: Loi fondamentale sur le système d'éducation (1990); Décret-loi no 67 du 31 décembre sur la base de l'alphabet unifié pour l'écriture du créolecapverdien (1998); Décret-loi no 3 du 29 mars (1999); Règlement de l'Assemblée nationale (2000); Résolution de l'Assemblée de la République no 8 (2000); Code pénal (2003); Résolution no 48 du 14 novembre sur la valorisation de la langue capverdienne (2005); Décret-loi no 15 du 14 février (2005); Décret-loi no 8 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien (2009); Programme du gouvernement pour la VIe Législature (2001-2005); Programme du gouvernement pour la VIIe Législature (2006-2011). 1 Situation géographique Le Cap-Vert (en portugais: Cabo Verde) est un petit pays insulaire de 4033 km² (soit sept fois plus petit que la Belgique, dix fois plus grand que l'île de Montréal qui est de 495 km² , la superficie de Paris étant de 105 km²) situé dans l'océan Atlantique, à plus de 600 km au large du Sénégal, la pointe la plus occidentale de l'Afrique. L'archipel est constitué de dix îles et de cinq îlots. Au nord, les Îles-du-Vent (Ilhas de Barlavento) comprennent Santo Antão, São Vicente, São Nicolao, Sal et Boa Vista. Au sud, São Tiago (ou Santiago regroupant la moitié de la population), Brava, Fogo et Maio forment les Îles-sous-le-Vent (Ilhas de Sotavento). La capitale du Cap-Vert est Praia (île de São Tiago).  Le Cap-Vert fait partie des cinq pays d'Afrique utilisent le portugais comme langue officielle, ce qui correspond en ce cas à une langue seconde pour les habitants de ces pays: l'Angola, la Guinée-Bissau, le Mozambique et les îles de São-Tomé-et-Príncipe. Administrativement, le Cap-Vert est formé de 17 districts ou concelhos: Boa Vista, Brava, Calheta, Maio, Mosteiros, Paul, Praia, Porto Novo, Ribeira Grande, Sal, Santa Catarina, Santa Cruz, São Domingos, São Nicolau, São Filipe, São Vicente et Tarrafal.Les îles du Cap-Vert font partie de la Macaronésie, un ensemble géographique regroupant les îles volcaniques des Canaries (hispanophones), l'archipel de Madère (lusophone), incluant les îles Selvagens ("Sauvages") inhabitées, l'archipel des Açores (lusophone) et les îles du Cap-Vert (lusophones). Cet ensemble fait partie d'un programme de coopération transfrontalière entre les gouvernements de l'Espagne, du Portugal et du Cap-Vert parce que ces îles présentent des caractéristiques communes, environnementales et historiques, entraînant de nombreuses similitudes au plan de la faune et de la flore. Grâce à sa flore et à sa faune, la Macaronésie est l'une des régions naturelles les plus importantes du monde. 2 Données démolinguistiques La population capverdienne est majoritairement issue d'un mélange d'Africains et d'Européens, avec 80 % de Métis ou Mestiços, les descendants des anciens esclaves africains et des colonisateurs européens; les Blancs ne représentent que 2 % de la population. La moitié des Capverdiens est concentrée sur l'île de São Tiago et l'île de São Vicente (voir le tableau ci-dessous). ÎlePopulationSuperficieSanto Antão43 274779 km2São Vicente77 793227 km2São Nicolau12 638346 km2Sal28
537216 km2Boa Vista10 384620 km2São Tiago281 302 991 km2Maio  7 014269 km2Fogo 36 931476 km2Brava 5 84064 km2Santa Luziainhabitée35 km2Total503 713 Suite à diverses vagues d'émigrations, plus de 700 000 Capverdiens vivent aujourd'hui à l'étranger, surtout aux États-Unis (250 000), au Canada, au Portugal, en France, en Espagne, en Italie, aux Pays-Bas, au Sénégal, en Angola, etc.  Marquée par cinq siècles de présence portugaise, la population capverdienne est majoritairement catholique (95 %).  Depuis 1995, surtout depuis 1998 et 1999, le Cap-Vert assiste à un afflux de ressortissants chinois. La communauté chinoise s'est finalement dispersée dans toutes les îles principales. Les Chinois travaillent généralement dans la restauration et les commerces de détails. La majorité des Chinois du Cap-Vert proviennent de la province de Zhejiang, qui est située sur la côte est de la mer de Chine, au sud de Shangaï; un petit nombre vient de Shanghaï et Pékin. Avec un peu plus de 500 000 habitants, le Cap-Vert demeure l'un des pays les moins peuplés d'Afrique. 2.1 Le portugais La langue officielle est le portugais, mais la connaissance de cette langue au Cap-Vert n'est une réalité que pour une portion très restreinte de la population — l'élite capverdienne instruite et les Portugais blancs — et la pratique de cette langue est souvent limitée à l'écrit puisque le créole est omniprésent dans la langue parlée. En effet, toutes les situations informelles de la communications, tant dans la classe instruite que dans la population en général, ne se déroulent qu'en créole capverdien. En Afrique, le portugais est également la langue officielle de la Guinée-Bissau, ainsiq ue des autres anciennes colonies du Portugal: les îles São Tomé e Principe, l'Angola et le Mozambique. 2.2 Le créole capverdien (crioulo) Presque tous les Capverdiens (nationaux) parlent le créole, appelé en français capverdien. Au Cap-Vert, on l'appelle crioulo, caboverdiano,crioulo de Cabo Verde, língua caboverdiana ou encore simplement kriol à l'île São Vicente, la seconde île la plus peuplée des îles du Cap-Vert. En fait, l'appellation correcte de cette langue est «créole capverdien» ("crioulo cabo-verdiano"), mais dans l'usage quotidien la langue est simplement appelée «créole» ("crioulo") par ses locuteurs. La désignation de «capverdien» ("caboverdiano") ou de «langue capverdienne» ("língua caboverdiana") est utilisée dans la législation pour désigner la langue normalisée (standardisée). Le créole est une langue véhiculaire forgée à partir du portugais et de différentes langues d'Afrique. C'est l'un des plus vieux créoles parlés dans le monde. La proportion de la population qui utilise le créole capverdien comme langue maternelle s'élève à plus de 99 %; les immigrants arrivant au Cap-Vert, surtout des Africains et des Chinois, apprennent rapidement le créole et l’utilisent comme langue véhiculaire, puis comme langue maternelle après une génération. Le créole capverdien est donc une langue assimilatrice, ce que n'est pas le portugais. Au Cap-Vert, malgré un niveau de scolarité relativement élevé en éducation, le créole capverdien demeure indélogeable dans sa fonction de langue maternelle. Malgré l'étroitesse du territoire, la situation insulaire implique que chacune des neuf îles du Cap-Vert a élaboré sa propre façon de parler créole. Chacune de ces îles possède sa variété différente, mais les universitaires du Cap-Vert les désignent généralement par le terme de «variantes» (en portugais: variantes).  On peut opposer deux grandes «variantes» : le capverdiensotavento (env. 65 %) ou créole des Îles-sous-le-Vent sur les îles de Santiago (São Tiago), Maio, Fogo et Brava, et le capverdien barlavento (env. 35 %) ou créole des Îles-du-Ventsur les îles de Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal, et Boa Vista. Au point de vue linguistique, les variantes les plus importantes sont celles de Fogo, de Santiago, de São Nicolau et de Santo Antão,
et toute étude approfondie de la langue créole devrait prendre en compte au moins ces quatre variantes.  Aujourd'hui, on peut considérer le dialecte de l'île São Vicente comme un dénominateur commun des dialectes barlavento. Au point de vue social, les variantes les plus importantes sont celle de Santiago et celle de São Vicente. Les variantes des deux principaux centres urbains, Praia et Mindelo, sont les variantes comptant le plus grand nombre de locuteurs. Voici un exemple de créole capverdien (extrait de : Nicolas QUINT, Parlons capverdien, langue et culture, Paris, L'Harmattan, 2003, p. 20-21): CaboverdianoCapverdien (traduction)PURMERU LISOM : FLA MANTENHA1. Djom é berdiánu di Santiágu. Anne é minina di Fránsa.2. Djom : Es korpu ?3. Anne : Alê-m li, es bida ?4. Djom : Alê-m li dretu, gentis é módi ?5. Anne : Tudu sta dretu ? Di bo ?6. Djom : Támbi sta dretu, grásas-a Diós !7. Anne : Módi bu tchoma ?8. Djom : M-tchoma Djom. Di bo, é módi ?9. Anne : M-tchoma Anne.10. Djom : Undi bu mora ?11. Anne : M-mora na Práia. A-bo undi bu mora ?12. Djom : A-mi m-mora na Somáda.PREMIÈRE LEÇON : LES SALUTATIONS1. Jean est un Capverdien de l'île de Santiago. Anne est une jeune fille originaire de France.2. Jean : est-ce que tu vas bien ?3. Anne : je vais bien, (et) toi comment vas-tu ?4. Jean : je vais bien, comment va ta famille ?5. Anne : tout le monde va bien. Et ta famille ?6. Jean : ils vont bien aussi, Dieu merci.7. Anne : comment t'appelles-tu ?8. Jean : je m'appelle Jean. Et toi, comment t'appelles-tu ?9. Anne : je m'appelle Anne.10. Jean : où habites-tu ?11. Anne : j'habite à Praia. Et toi, où habites-tu ?12. Jean : moi, j'habite à Assomada. Les différences dialectales constituent la barrière principale en vue d'une éventuelle standardisation du créole capverdien, voire de son officialisation. La plupart des initiatives faisant la promotion officielle du créole sont venues de la plus grande île, Santiago, ce qui a causé un certain scepticisme dans les autres îles du pays, car les insulaires tiennent beaucoup à leur propre variété locale. Par exemple, à São Vicente, beaucoup de gens s'opposent vigoureusement au statut officiel du créole, car ils craignent l'imposition du capverdien (badiu) de l'île de Santiago. Voici un exemple à partir de la variété de Santiago (source: Wikipedia): Créole capverdienTraduction en portugaisTraduction françaiseÔi Cábu Vêrdi,Bô qu’ê nhâ dôr más sublímiÔi Cábu Vêrdi,Bô qu’ê nhâ angústia, nhâ paxõNhâ vída nâceDí disafíu dí bú clíma ingrátuVontádi férru ê bô nâ nhâ pêtuGôstu pâ lúta ê bô nâ nhâs bráçuBô qu’ê nhâ guérra,Nhâ dôci amôrOi Cabo Verde,Tu que és a minha dor mais sublimeOi Cabo Verde,Tu que és a minha angústia, a minha paixãoMinha vida nasceuDo desafio do teu clíma ingrátuA vontade de ferro és tu no meu peitoO gosto pela luta és tu nos meus braçosTu que és a minha guerra,O meu doce amorSalut Cap-Vert,Toi qui es ma douleur plus sublimeSalut Cap-Vert,Toi, qui es mon angoisse, ma passionMa vie est néeDu défi de ton clima ingratLa volonté d'acier est sur ma poitrineLe goût pour le combat est dans mes brasToi qui es ma guerreÔ Mon doux amour On peut constater que les mots du lexique entre le créole et le portugais sont relativement rapprochés, ce qui démontre manifestement la filiation linguistique : Cábu Vêrdi/Cabo Verde, sublími/sublime, angústia/angústia, paxõ/paixão, nâce/nasceu, disafíu/desafio, clíma ingrátu/clíma ingrátu, Vontádi férru/vontade de ferro, pêtu/peito, Gôstu /gosto, bráçu/braços, guérra/guerra, amôr/amor. Quoi qu'il en soit, ces variétés entre les îles du Cap-Vert sont intercompréhensibles de la part de tous les insulaires du pays. La langue n'étant pas standardisée ni normalisée, le système d'écriture (alphabet latin) peut varier entre le capverdien sotavento et le capverdien barlavento. C'est pourquoi le Décret-loi no 67/98 du 31 décembre a proposé un alphabet unifié appelé ALUPEC : ALUPEC = Alfabeto Unificado para a Escrita do Cabo-verdiano (ou Alphabet unifié pour l'écriture du capverdien)
L'article 1er du décret-loi approuvait l'adoption de l'alphabet unifié à titre expérimental: Article 1erEst approuvé à titre expérimental l'alphabet unifié pour l'écriture de la langue capverdienne (ou créole), ci-après dénommé ALUPEC (Alphabet unifié pour l’écriture du capverdien), dont les bases sont publiées en annexe. Dix ans plus tard, le Décret-loi no 8/ 2009 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien rendait cet alphabet officiel : Article 1erFondation de l'Alphabet capverdien1) L'Alphabet unifié pour l'écriture du capverdien (ALUPEC), approuvé à titre expérimental, par le décret- loi no 67/98 du 31 décembre, est établi comme alphabet capverdien.2) L'Alphabet capverdien fonctionne comme un système graphique national pour écrire la langue capverdienne. Le créole capverdien est également parlé en Guinée-Bissau (env. 100 000 locuteurs) et au Sénégal (env. 55 000), mais aussi aux États-Unis, en France, aux Pays-Bas, ainsi que dans tous les autres pays d'adoption comme en Angola. Par ailleurs, le Cap-Vert accueille près de deux millions de Sénégalais pour qui le français demeure encore une langue véhiculaire. Bien que le créole soit la langue maternelle de presque toute la population du Cap-Vert, le portugais est encore la seule langue officielle. Comme le portugais est utilisé dans la vie quotidienne (école, administration publique, les procédures statutaires, etc.), le portugais et créole vivent dans un état de diglossie. À la suite de cette large présence du portugais, on peut observer un processus de décréoalisation (descrioulização) dans tous les variantes du créole capverdien. 2.3 Les langues africaines Outre le créole capverdien, il existe aussi quelques langues africaines appartenant à la famille nigéro-congolaise (groupe ouest-atlantique): le peul, le balante et le mandjaque. EthniePopulationPourcentageLangue maternelleAffiliation linguistiqueCaverdiens367 00072,6 %capverdiencréole portugaisFulani 58 00011,4 %peul (fulfulde , Adamawagroupe ouest-atlantiqueBalantes 48 000 9,5 %balantegroupe ouest-atlantiqueMandjaques 22 000 4,3 %mandjaquegroupe ouest-atlantiquePortugais   9 600 1,9 %portugaislangue romaneAutres  1 000 0,1 %--Total (2012)505 000100,0 %-- La plupart de ces Capverdiens parlant une langue africaine telle le peul, le balante ou le mandjaque sont originaires de la Guinée-Bissau, sinon du Sénégal. Ce sont des immigrants ou des enfants d'immigrants. 3 Données historiques Il est probable que les îles du Cap-Vert étaient inhabitées lorsque les Portugais y abordèrent en 1456. Cependant, il n'est pas certain que ce soit vraiment les Portugais qu les aient découvertes. Des historiens croient que cette découverte est plutôt due à des navigateurs vénitiens et génois. On sait aussi que ces îles avaient été furent fréquentées depuis longtemps par des pêcheurs sénégalais.  3.1 Une colonie portugaise C'est en 1460 que le navigateur Diogo Gomes prit possession de l'archipel au nom du Portugal, qui devint domaine de la Couronne, après que les droits portugais sur les îles eurent été consacrés par le traité de Tordesillas, en 1494.  L'archipel servit d'abord de terre d'escale pour les navires portugais en route vers le Brésil. Puis il devint un important centre de la traite des Noirs vers l'Amérique, car le commerce des esclaves d’Afrique occidentale vers le Nouveau Monde transitait surtout par le Cap-Vert. De plus, les colons portugais de l'archipel firent venir leurs propres esclaves du continent africain pour les faire travailler dans les plantations. C'est à cette époque que s'est constitué le créole capverdien. Mais le peuplement de l'archipel fut relativement tardif, puisque São Vicente resta inhabitée jusqu'en 1727 et Sal, jusqu'en 1781. L'abolition définitive de la traite en 1866 et le détachement de la Guinée-Bissau en 1879 détruisirent l'économie des îles et entraînèrent une forte émigration vers les États-Unis (migration libre) et les colonies portugaises d'Angola et de São Tomé et Principe (migration forcée). 
Après l'abolition de l'esclavage, le portugais est resté la langue officielle dans la colonie, surtout comme langue de l'État, de la justice, de l'éducation et du commerce. Dans la culture coloniale, l'utilisation du créole restait un signe d'infériorité sociale.  Contrairement à la Guinée-Bissau, à l'Angola et au Mozambique, le régime de l'indigénat ne fut pas appliqué aux îles du Cap-Vert. En effet, la population blanche ne résista pas à l’apparition de la malaria: les Métis et les Noirs assurèrent le fonctionnement des institutions, tant laïques que religieuses.   Plus tard, les Métis capverdiens joueront un rôle important dans l'émancipation de la colonie, car à l'exemple des autres colonies portugaises d'Afrique, telles que l'Angola et le Mozambique, beaucoup de Métis étaient employés comme cadres dans l'Administration en raison de leur degré d'instruction plus élevé. Pour l'heure, tout autonomie du pays était simplement impossible, car les conditions n'y étaient guère favorables  en raison des sécheresses du début du siècle (1903-1904, et 1914), du régime fasciste de la Métropole et l'arrivée au pouvoir des militaires en 1926 ainsi que la limitation de l'immigration aux États-Unis et en Europe. En réalité, le Cap-Vert traversera l'une des périodes les plus sombres de son histoire, qui coïncidera également avec l'Estado Novo («Nouvel État») du dictateur António de Oliveira Salazar (1889-1970). Sous le régime de Salazar, les «chemises vertes», la police politique du dictateur, et le PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado: la Police internationale de défense de l’État), réussirent à étouffer tous les opposants, tant au Portugal que dans les colonies. Les tortures et les déportations au Cap-Vert étaient couramment pratiquées. Au cours de cette période, toute immigration était interdite (dont l'Amérique) : Salazar avait envoyé des troupes dans toutes les colonies portugaises du continent africain, afin de contenir le nationalisme toujours croissant des peuples autochtones. PUis les famines successives (1941-1942, 1946-1948) tuèrent, selon certains historiens, environ 20 000 personnes (sur 150 000 habitants) dans l'indifférence générale, car le pays était fermé aux étrangers. Néanmoins, beaucoup de Capverdiens réussirent à s'enfuir vers le Sénégal dans les années cinquante et soixante, pays qui, bien souvent, servait de relais pour l'Europe, surtout la France, les Pays-Bas et la Belgique. C'est notamment dans ces trois pays que se formèrent la plupart des cadres du mouvement indépendantiste capverdien. Dans la colonie du Cap-Vert, le créole devint un symbole de la résistance face au colonialisme portugais. En 1951, à l'instar des autres possessions portugaises, le Cap-Vert devint un territoire d'outre-mer. Cinq ans plus tard, en septembre 1956, Amilcar Cabral, un ingénieur agronome capverdien mais formé à l'université de Lisbonne, fonda le Parti africain pour l'indépendance de la Guinée portugaise (future Guinée-Bissau) et du Cap-Vert (PAICG). À partir de 1959, il s'engagea dans la lutte armée contre le colonisateur portugais. Le mouvement prit une orientation nationaliste révolutionnaire et marxisante qui s'accentua en janvier 1973. La guérilla réussit à contrôler les deux tiers de la Guinée-Bissau, alors qu'au Cap-Vert le mouvement resta clandestin. 3.2 L'indépendance du Cap-Vert En 1975, après la révolution des Œillets au Portugal, le Cap-Vert et la Guinée-Bissau (l'ancienne colonie portugaise la plus proche) accédèrent à l'indépendance et constituèrent un seul État commun, dirigé par Luis Cabral (le frère d'Amilcar Cabral). Des frictions opposèrent rapidement les insulaires capverdiens et les continentaux guinéens.  Les deux anciennes colonies portugaises se séparèrent lors du coup d'État du 14 novembre 1980 en Guinée-Bissau. Au Cap-Vert comme en Guinée-Bissau, le portugais continua d'être la langue officielle, mais le créole capverdien fut désigné comme «langue nationale».
Le gouvernement, la radio et la télévision d'État, les journaux et les écoles utilisèrent le portugais, tandis que le créole restait la langue des organisations populaires, des mouvements syndicaux et des programmes éducatifs pour les enfants. Bine que de tendance communiste, le Cap-Vert se rapprocha des pays occidentaux, dont il dépendait économiquement, ainsi que de l'Afrique du Sud. La pays s'est ensuite maintenu sous le régime du parti unique. En 1990, le Partido Africano da Independência de Cabo Verde, le PAICV (ou Parti pour l'indépendance du Cap-Vert) accepta d’organiser des élections libres, persuadé de les remporter. Toutefois, les élections démocratiques du 13 janvier 1991 furent remportées par le Mouvement pour la démocratie (Movimento para a Democracia, MPD), le premier parti d'opposition. Le 17 février 1991, Antonio Mascarenhas Monteiro fut élu président de la République. En 1996, de nouvelles élections furent encore remportées par le MPD. Au plan international, le Cap-Vert fait partie, depuis juillet 1996, de la Communauté des pays de langue portugaise (CPLP), et ses 40 000 émigrés vivant au Portugal ont obtenu le droit de vote aux municipales dans ce pays soucieux d'éloigner son ancienne colonie des tentations de l'adhésion à la Communauté francophone du fait qu'il est entouré d'États francophones. La Constitution capverdienne présente une certaine originalité du fait que les anciens ressortissants du pays ont le doit d'élire six députés à l'Assemblée législative et ne perdent jamais leur nationalité s'ils se font naturaliser dans un pays étranger. Le Cap-Vert est membre des Sommets de la Francophonie depuis 1993 et a adhéré à l'Agence intergouvernementale de la Francophonie en décembre 1996. En juillet 2008, le Cap-Vert est devenu le 153e membre de l'Organisation mondiale du commerce (OMC). Malgré de faibles atouts économiques, le Cap-Vert est le pays le plus riche de l'Afrique du Sahel, grâce aux revenus de l'émigration et à l'aide internationale, qui représentent plus d'un tiers du produit intérieur brut (PIB). De fait, pauvre mais bien aidé par la communauté internationale, le Cap-Vert est considéré comme «un bon élève» par les organismes internationaux d'aide en développement. 4 La politique linguistique Le Cap-Vert a adopté une politique linguistique presque ambiguë à l'égard de ses deux langues, le portugais et le créole capverdien. D'une part, le portugais est la langue officielle; d'autre part, le créole capverdien est la langue maternelle de tous les citoyens du pays, mais il n'a pas de statut officiel. La politique linguistique capverdienne porte sur ces deux langues.  L'article 9 de la Constitution du 23 novembre 1999, révisée en 2010, proclame que le portugais est la langue officielle tout en reconnaissant que les citoyens ont le devoir de connaître les langues officielles ("línguas oficiais") et le droit de les utiliser. C'est en ce sens que la Constitution est ambiguë: le portugais est la langue officielle, mais il faut connaître les langues officielles:   Artigo 9Línguas oficiais1) É língua oficial o Português.2) Estado  promove  as condições  para  a  oficialização  da   língua  materna cabo-verdiana, em paridade com a língua portuguesa.3) Todos os cidadãos nacionais têm o dever de conhecer as línguas oficiais e o direito de usá-las.Article 9Langues officielles1) Le portugais est la langue officielle.2) L'État promeut les conditions pour l'officialisation de la langue maternelle capverdienne à parité avec la langue portugaise.3) Tous les citoyens nationaux ont le devoir de connaître les langues officielles et le droit de les utiliser. Ou bien une langue est officielle ou bien elle ne l'est pas. Le premier paragraphe aurait dû déclarer que les deux langues officielles sont le portugais et la «langue maternelle capverdienne», d'autant plus que le paragraphe 3 déclare que «tous les citoyens nationaux ont le devoir de connaître les langues officielles et le droit de les utiliser».
  Quant au paragraphe 2, il parle de «l'officialisation de la langue capverdienne à parité avec la langue portugaise». Cela signifie donc qu'il y aurait deux langues officielles, mais il est probable que le texte du paragraphe 1 soit volontairement ambiguë. La co-officialité réelle signifierait que les deux langues seraient employées tant à l'oral qu'à l'écrit, dans tous les sphères de communication de l'État, telles la justice, l'administration, l'école, etc. Or, ce n'est pas le cas. Le créole est confiné à l'oral dans les situations de communication généralement informelles.  Quoi qu'il en soit, beaucoup de Capverdiens réclament maintenant la co-officialisation du créole à parité avec le portugais. Il fallait auparavant que le créole possède un alphabet unifié. Ce fut fait en 2009 avec l'adoption du Décret-loi no 8/ 2009 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien. Pourtant, la Constitution révisée de 2010 n'en a pas tenu compte. Pour parvenir à une réelle officialisation, il faudrait, par exemple, que tous les documents gouvernementaux soient disponibles en créole pour tous les Capverdiens qui désirent y accéder dans cette langue. L'administration publique devrait être capable de répondre à tout citoyen par écrit en créole. L'école devrait enseigner le créole dans tous les établissements. Évidemment, cette officialisation entraînerait des coût supplémentaires, ce qui apparaît injustifié pour beaucoup de Capverdiens. Au Cap-Vert, le contexte social permettant d'officialiser le créole est favorable à cette politique. Mais les conditions pour la réaliser doivent être propices: les autorités doivent faire preuve de patience et de résister à la tentation de bâcler une question aussi grave, qui implique des implications multiples et complexes pour le présent et l'avenir du pays. D'une part, il faut tenir compte de la langue employée par tout le monde, d'autre part, garder les contacts avec la communauté internationale. Seul le bilinguisme peut permettre une telle approche. 4.1 La politique à l'égard du portugais La plus grande partie de la politique linguistique de l'État capverdien porte sur le portugais, la langue officielle depuis la colonisation. Le portugais est resté la langue de l'État, donc de la législation, de l'administration, de la justice, de l'enseignement et des médias, même de la religion. Le portugais est donc synonyme de savoir, d'éducation et de prestige. - La langue de l'État Le portugais est officiellement la langue du Parlement, du moins dans la promulgation et la publication des lois. Dans les faits, le portugais et le créole capverdien sont admis dans les débats oraux, mais la plupart des députés n'utilisent que le créole dans les délibérations et les travaux des comités. Les lois sont rédigées en portugais seulement.  Il en est ainsi dans les tribunaux où les témoignages peuvent être en créole, mais non les documents écrits obligatoirement présentés en portugais ou dans une langue étrangère accompagnée d'une traduction dans la langue officielle. L'emploi du créole n'est pas un droit, mais une pratique tolérée, car aucun citoyen ne se voit interdire de faire ses déclarations ou ses témoignages en créole. L'administration publique pratique la même politique à l'égard des demandes orales en créole et des demandes écrites en portugais. Cela signifie que les fonctionnaires répondent toujours en créole aux demandes faites oralement dans cette langue. Non seulement les ministres s'adressent en créole à la population, mais également le président de la République et le premier ministre. Cependant, les documents administratifs ne sont pas disponibles en créole; il faut donc connaître le portugais.   Dans les écoles, la langue d'enseignement demeure le portugais, à tous les niveaux, c'est-à-dire du primaire à l'université en passant par le secondaire. Dans les écoles primaires, la langue d'enseignement est le portugais, mais des cours sont prévus pour l'évaluation de la culture
créole, le «repositionnement» (reposicionamento) de la langue portugaise en tant qu'apport culturel dans la société capverdienne. L'organisation des études portent sur quatre domaines: la langue portugaise, les mathématiques, les «sciences intégrées» (histoire, géographie et sciences de la nature) et l'expression orale. La Loi fondamentale sur le système d'éducation (1990) définit les principes fondamentaux de l'organisation et du fonctionnement du système d'éducation, y compris l'enseignement public et privé. L'article 9 de la loi énonce que l'éducation doit être fondée sur les valeurs, les besoins et les aspirations individuelles et collectives, et se connecter à la communauté,associant au processus éducatif les aspects les plus pertinents de la vie et de la culture capverdiennes. Parmi les nombreux objectifs de l'enseignement fondamental (primaire), figure à l'alinéa i) celui de promouvoir la connaissance, l'empressement ("apresso") et le respect pour les valeurs qui incarnent l'identité culturelle du Cap-Vert (art. 19): Article 19ObjectifsLes objectifs de l'enseignement fondamental sont les suivants:i) Promouvoir l'utilisation appropriée de la langue portugaise comme instrument de communication et d'étude;j) Promouvoir la connaissance, l'empressement et le respect pour les valeurs qui incarnent l'identité culturelle du Cap-Vert. L'enseignement primaire obligatoire dure six ans et le portugais reste la langue d'enseignement, mais les enseignants peuvent utiliser le créole capverdien pour quelques illustrations, surtout quand le problème de compréhension en portugais se pose. L'enseignement secondaire est, également, de six années, et il comporte trois cycles: 1er cycle: 7e et 8e annéesportugais : 4 h par semaineanglais : 4 h par semaine français : 4 h par semaine2e cycle: 9e et 10e annéesportugais : 4 h par semaineanglais : 3 h par semainefrançais : 3 h par semaine3e cycle : 11e et 12e annéesportugais : 3 h par semaineanglais : 4 h par semainefrançais : 4 h par semaine L'enseignement secondaire assure la continuité du primaire en recourant encore à la langue portugaise comme véhicule d'enseignement. Selon l'article 22 de la Loi fondamentale sur le système d'éducation, l'un des objectifs de l'enseignement secondaire est de promouvoir la maîtrise de la langue portugaise en renforçant la capacité d'expression orale et écrite: Article 22ObjectifsLes objectifs de l'enseignement secondaires sont les suivants:Les objectifs de l'enseignement secondaires sont les suivants:c) Promouvoir la maîtrise de la langue portugaise en renforçant la capacité d'expression orale et écrite;g) Promouvoir l'enseignement des langues étrangères. La langue de l'enseignement supérieur est le portugais. Pour la formation en anglais et en français, les langues sont respectivement l'anglais et le français, avec quelques recours parfois au portugais. Pour la formation en créole ( assez instable), on utilise le créole capverdien, et ce, uniquement à l'Institut supérieur de l'éducation (ISE). Tous les médias écrits n'emploient que le portugais, mais les médias électroniques, particulièrement la radio (Radio Nacional De Cabo Verde et Radio Nova), ont recours davantage au créole capverdien, mais la télévision d'État, la Televisão Nacional De Cabo Verde, diffuse surtout en portugais. Les journaux les plus importants sont le Novo Jornal De Cabo Verde(hebdomadaire) l'A Semana (hebdomadaire) et le Horizonte (État). Dans le domaine des affaires et du commerce, l'article 52 du décret-loi no 15 du 14 février (2005) oblige les sociétés de gestion des fonds d'investissement à fournir leurs documents en portugais: Article 52Commercialisation au Cap-Vert4) Les sociétés de gestion des fonds d'investissement doivent fournir les documents en portugais ainsi que les informations devant être publiés dans le pays de leur lieu de résidence et procéder à leurdivulgation en vertu des termes applicables aux fonds d'investissement nationaux. Mais la
loi la plus importante de ce genre est le décret-loi no 3 du 29 mars (1999) qui prescrit à l'article 85 l'usage du portugais pour les entreprises enregistrées. Le premier paragraphe énonce que «les entreprises doivent être correctement enregistrées en langue capverdienne ou portugaise», mais toutes les autres dispositions ne concernent ensuite que la langue portugaise. Tout ce qui n'existe pas en portugais, voire en latin ou en grec, est considéré comme «étranger». Voici les exceptions admises dans les entreprises: Article 85Utilisation du portugais3) Des dispositions du paragraphe 1 est exclu l'usage de mots ou de parties de mots, même s'ils sont étrangers ou faits de façon étrangère:a) s'ils correspondent à un vocabulaire d'usage généralisé, sans traduction adéquate en portugais ;b) s'ils entrent dans la composition des entreprises déjà enregistrées ou correspondent en totalité ou en partie à des noms ou à des firmes associées, des mécènes ou des fondateurs ou, dans le cas de filiales, succursales ou autres formes de représentation, à des entreprises de sociétés-mères étrangères, qui sont légalement enregistrées dans leur pays d'origine et sont officiellement autorisées à les utiliser ;c) s'ils constituent une marque commerciale ou industrielle d'usage légale, conformément à la législation;d) s'ils résultent de la fusion des mots ou de parties de mots portugais ou étrangers, admissibles en vertu du présent paragraphe, qui sont directement liées aux activités réalisées ou à l'exercice ou même retirés des éléments restants dune firme ou des noms des entreprises associées, mécènes ou fondateurs;e) s'ils visent à faciliter une plus grande pénétration du marché à l'étranger où sont dirigées les activités à mener ou à exercer; f) s'ils résultent de l'emploi correct de termes dans les langues classiques du latin ou du grec. Il semble clair que les mots en créole font partie des langues étrangères.  - La langue des relations internationales Dans les relations internationales, l'article 11 de la Constitution énonce que l'État du Cap-Vert doit maintenir «des liens spéciaux d'amitié et de coopération avec les pays de langue officielle portugaise et avec les pays d'accueil des émigrants capverdiens»:  Article 11Relations internationales6)  L'État du Cap-Vert maintient des liens spéciaux d'amitié et de coopération avec les pays de langue officielle portugaise et avec les pays d'accueil des émigrants capverdiens.  Le Cap-Vert fait officiellement partie des pays lusophones. Depuis 1990, de nombreux accords de coopération scientifique et technique ont été signés entre les États de la CPLP, ce qui a donné lieu à plusieurs commissions communes de terminologie. Dans les organisations internationales qui ne concernent pas les pays lusophones, les fonctionnaires utilisent surtout le français, rarement l'anglais. La langue véhiculaire des diplomates étrangers accrédités au Cap-Vert est le français  (la  majorité) et le portugais, dans certains cas. - L’accord orthographique de 1990 Le traité le plus important concerne l'Accord orthographique sur la langue portugaise de 1990 — Acordo Ortográfico da língua Portuguesa — qui a pris en compte les différences linguistiques afin de réduire les difficultés liées à la tendance naturelle à la différenciation et de préserver les intérêts de la langue portugaise dans les pays lusophones. À la suite des délibérations entre les délégations de l'Angola, du Cap-Vert, de la Guinée-Bissau, du Mozambique et de São Tomé et Príncipe, ainsi que des observateurs de la Galice (Espagne), les États signataires — la République populaire d'Angola, la République fédérative du Brésil, la république du Cap-Vert, la république de la Guinée-Bissau, la république de Mozambique, la république du Portugal et la République démocratique de São Tomé et Príncipe — ont convenu des dispositions qui suivent (l’accord comptant quatre articles). L’article 1er ne fait que proclamer l’adoption de l’accord orthographique
de 1990, mais l’article 2 énonce que les États signataires prendront les mesures nécessaires en vue d'élaborer un vocabulaire orthographique commun de la langue portugaise en ce qui concerne les terminologies scientifiques et techniques. Article 2Les États signataires doivent prendre, par l'entremise des institutions et organismes compétents, les mesures nécessaires en vue de l'élaboration, jusqu'au 1er janvier 1993, d'un vocabulaire orthographique commun de la langue portugaise, aussi complet que souhaitable et normalisé que possible en ce qui concerne les terminologies scientifiques et techniques. Selon l’article 3, l'Accord devait entrer en vigueur le 1er janvier 1994, une fois que seront déposés les instruments de ratification de tous les États signataires auprès du gouvernement de la république du Portugal. Pour diverses raisons, la date butoir a été reportée en mai 2015, car en janvier 1994 seuls le Portugal, le Brésil et le Cap-Vert avaient ratifié l'accord. Quant àl’article 4, il oblige les États signataires à prendre les mesures appropriées pour assurer le respect effectif de la date d'entrée en vigueur établie à l’article précédent. Le document fut signé par les sept États, à Lisbonne, le 16 décembre 1990. Le traité est accompagné d’annexes décrivant les points orthographiques et/ou grammaticaux sur lesquels porte l’accord: alphabet, h initial et final, homophonie, séquences consonantique, voyelles atones, voyelles nasales, accentuation des oxytons/paroxytons, accent grave, tréma, trait d’union, apostrophe, minuscules et majuscules, divisions syllabiques, etc. -  La Communauté des pays de langue portugaise En 1996, le Portugal ainsi que sept de ses anciennes colonies ont fondé la Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), la Communauté des pays de langue portugaise. Les pays membres étaient les suivants: l'Angola, le Brésil, le Cap-Vert, la Guinée-Bissau, le Mozambique, le Portugal et Sao Tomé-et-Principe. Après son indépendance, le Timor oriental a rejoint l’organisation comme 8e pays membre. La CPLP veut promouvoir la langue portugaise ainsi que la culture commune qui unit les pays membres. Plus particulièrement, les pays lusophones désirent collaborer dans le domaine de l'éducation, mais chercheront aussi à renforcer les liens culturels, politiques et économiques. La CPLP a son siège social à Lisbonne. Grosso modo, les pays de la CPLP veulent encourager la diffusion et l'enrichissement de la langue portugaise, accroître les échanges culturels dans l’espace lusophone, renforcer la coopération entre les pays de langue portugaise dans le domaine de la concertation politique et diplomatique, encourager le développement d'actions de coopération interparlementaire, développer la coopération économique, dynamiser et approfondir la coopération dans le domaine universitaire, de la formation professionnelle et dans les différents secteurs de la recherche scientifique et technologique, mobiliser des efforts et des ressources en appui solidaire aux programmes de reconstruction et de réhabilitation, promouvoir la coordination des activités des institutions publiques et entités privées, associations de nature économique et organisations non gouvernementales œuvrant au développement de la coopération entre les pays lusophones, etc.  Quoi qu'il en soit, certains critères se trouvent à la base du concept de lusophonie: 1) un pays qui adopte la langue portugaise comme langue véhiculaire est un pays lusophone;2) une communauté qui regroupe les sept peuples qui parlent portugais, ainsi que Timor, Goa et Macao est une communauté lusophone;3) un pays où le portugais est une langue écrite et où cette pratique se généralise à tout le territoire est un pays où la lusophonie est en progression (c'est le cas du Timor oriental); par conséquent, le concept fondateur de la CPLP ne rattache pas nécessairement les locuteurs du portugais au monde de la lusophonie. Ainsi, un ensemble de pays dont la langue officielle, maternelle ou d'emprunt est le portugais est une communauté de pays de langue portugaise. 
- La Déclaration constitutive des pays de langue portugaise   Deux documents ont été signés, le 17 juillet 1996, par les États de la CPLP: la Déclaration constitutive des pays de langue portugaise (Cimeira Constitutiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) et les Statuts de la Communauté des pays de langue portugaise (Estatutos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). La Déclaration constitutive des pays de langue portugaise a institutionnalisé la Communauté des pays de langue portugaise (CPLP). L'article 3 de la Charte de la Communauté des pays de langue portugaise exprime clairement les objectifs de ces sept pays: 1) concertation politique et diplomatique entre ses membres en matière de relations internationales, principalement dans le but d'affirmer sa présence (de la CPLP) dans les congrès internationaux ;2) la coopération, particulièrement dans les domaines économique, social, culturel, juridique, technique et scientifique;3) la mise en œuvre de projets destinés à promouvoir et à diffuser la langue portugaise. - Les statuts des pays de langue portugaise (CPLP) La Déclaration constitutive est accompagnée des Statuts de la Communauté des pays de langue portugaise, qui comptent 22 articles.  Seul l'article 3 traite de la langue portugaise, les autres articles concernent le fonctionnement de la CPLP. Voici les objectifs tels qu'énoncés par l'article 3: a) la concertation politique et diplomatique entre ses membres en matière de relations internationales, nommément en vue de renforcer leur présence aux fora internationaux;b) la coopération, nommément dans les domaines économique, social, culturel, juridique, technique et scientifique;c) la matérialisation de projets visant à la promotion et à la diffusion de la langue portugaise. 4.2 La politique à l'égard du créole capverdien Depuis plus d'une dizaine d'années, le gouvernement capverdien s'est préoccupé du créole capverdien, la langue maternelle de tous les citoyens. C'est d'ailleurs l'une des obligations prévues par la Constitution. En effet, l'article 7 oblige l'État à «préserver, valoriser et promouvoir la langue maternelle et la culture capverdienne» (alinéa i) : Article 7Rôle de l'ÉtatLes tâches fondamentales de l'État sont: a) De défendre l'indépendance, de garantir l'unité nationale, de préserver, d'évaluer et de promouvoir l'identité de la nation capverdienne, en favorisant la création de leurs conditions nécessaires d'ordre social, culturel, économique et politique;g) De soutenir la communauté capverdienne éparpillée de par le monde et de promouvoir en son sein la conservation et le développement de la culture capverdienne ; h) De susciter et promouvoir l'éducation, la recherche scientifique et technologique, la connaissance et l' utilisation de nouvelles technologies, ainsi que le développement culturel de la société capverdienne ;i) De préserver, valoriser et promouvoir la langue maternelle et la culture capverdienne;  L'article 79 de la Constitution porte sur le «droit à la culture». D'après cette disposition, il incombe spécialement à l'État de « promouvoir la défense, la valorisation et le développement de la langue maternelle capverdienne et de stimuler son usage dans la communication écrite» (alinéa f):  Article 79Droit à la culture1) Tous ont droit aux avantages et à la création culturelle, ainsi que du devoir de préserver, défendre et valoriser le patrimoine culturel.2) Afin de garantir le droit à la culture, les pouvoirs publics doivent promouvoir, stimuler et assurer l' accès de tous les citoyens aux avantages et à la création culturelle en collaboration avec les autres agents culturels.3) Afin de garantir le droit à la culture, il incombe spécialement à l'État de: [...] d) assurer la défense et la promotion de la culture capverdienne dans le monde ; e) promouvoir la participation d'émigrants dans la vie culturelle du pays ainsi que la diffusion et l'évaluation de la culture nationale au sein des communautés
capverdiennes émigrées ;f) promouvoir la défense, la valorisation et le développement de la langue maternelle capverdienne et de stimuler son usage dans la communication écrite ; g) stimuler et soutenir les organisations relatives à la promotion culturelle et aux industries liées à la culture. - L'Alphabet unifié pour l'écriture du capverdien L'objectif à long terme est d'officialiser le créole capverdien. Pour ce faire, il faut auparavant doter la langue d'une écriture. Le Décret-loi no 67/98 du 31 décembre proposé un alphabet unifié appelé ALUPEC : Alfabeto Unificado para a Escrita do Cabo-verdiano. Le décret 67/98 instituait une période d'essai d'une durée de cinq ans à compter de la date d'entrée en vigueur de la loi. C'est le Décret-loi no 8 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien (2009) qui rendait cet alphabet officiel. Toutefois, la loi n'a pas imposé des règles précises pour l'emploi de cet alphabet qui constitue une façon d'écrire le créole dans ses différentes variantes. C'est avant tout une option pour représenter chaque son de façon uniforme les variantes de la langue capverdienne. L'ALUPEC harmonise deux modèles d'alphabet latin: l'un sur une base phonologique, l'autre sur une base étymologique. Selon l'article 2 du décret-loi no 8/2009 du 16 mars, l'alphabet se compose de 23 lettres et de 4 digrammes, avec une représentation en majuscules et en minuscules: Les 23 lettresLes 4 digrammesMajusculesA - B - D - E - F - G - H - I - J - K - L - M - N - Ñ - O - P - R - S - T - U - V - X - Y - ZDJ - LH - NH - TXMinusculesa - b - d - e - f - g - h - i - j - k - l - m - n - ñ - o - p - r - s - t - u - v - x - y - zdj - lh - nh - tx Un règlement prévoit que, pour que le créole devienne une langue officielle, il faut qu'il y ait des conditions nécessaires pour son officialisation. Or, celle-ci ne s'est pas encore concrétisée pour plusieurs raisons : - L'existence d'une grande fragmentation dialectale dans le créole, et les locuteurs ne veulent pas parler une autre variante que la leur;- L'absence de règles pour déterminer quelle est la forme correcte (et graphique) pour chacun des mots. Par exemple, seulement pour le mot correspondant en portugais à algibeira («poche»), on trouve algibêra, agibêra, albigêra, aljubêra, alj'bêra, gilbêra, julbêra et lijbêra;- L'absence de règles pour établir les limites lexicales à adopter; souvent, les locuteurs du créole, en écriture, se joignent à différentes classes grammaticales. Par exemple, "pâm" au lieu de "pâ m";- L'absence de règles pour établir des structures grammaticales qui doivent être prises non seulement entre les différences dialectales, mais aussi les variations dans une même variante dialectale. Par exemple, dans la variante de Santiago, lorsqu'il y a deux phrases dont l'une est subordonnée à l'autre, il faut une concordance des temps des verbes (bú cría pâ m' dába «tu querias que eu desse»), mais certains locuteurs ne l'applique pas;- L'absence de normes pour déterminer des niveaux de langue : familial, formel, informel, argotique, scientifique, etc.- Le système d'écriture adopté, l'ALUPEC, n'a pas été accepté par toutes les composantes. Pour surmonter ces problèmes, certains auteurs préconisent un processus de standardisation des créoles des Îles-sous-le-Vent (capverdien sotavento) autour de la variante de Santiago et un autre processus de standardisation des créoles des Îles-du-Vent (capverdien barlanvento) autour de la variante de São Vicente. Ainsi, le créole serait une langue «multicentrée» ("língua pluricêntrica"). Malgré le fait que l'ALUPEC soit devenu un système d'écriture unifié et officiellement reconnu par le gouvernement du Cap-Vert, il est permis d'utiliser d'autres modèles d'écriture, selon larésolution 48/2005, «à la condition qu'ils soient présentés sous une forme systématisée»: 13. En disposant, en ce moment, d'un seul alphabet systématisé pour écrire la langue capverdienne (ou l'ALUPEC), son emploi constituera une valeur ajoutée pour le soutien institutionnel dans les créations artistiques.
Cependant, d'autres modèles d'écriture sont également acceptables dans l'obtention d'un soutien, à la condition qu'ils soient présentés sous une forme systématisée. Ce sont toutes ces raisons qui font en sorte que chaque locuteur capverdien préfère utiliser son propre dialecte local; ils craignent en fait de perdre une partie de leur identité. - La Commission nationales pour les langues En octobre 2012, le gouvernement a institué la Comissão Nacional para as Línguas (CNL), la Commission nationale pour les langues, un organisme consultatif chargé de la mise en œuvre de la politique linguistique. En vertu de la résolution 47/2012 (Resolução n° 47/2012), le principal objectif de la Commission nationale pour les langues est de faire de la société capverdienne un pays affectivement bilingue, en accord avec les citoyens et l'environnement. Les langues concernées sont le portugais, le créole capverdien et la langue des signes. Les membres de la CNL sont des universitaires dans le domaine des études linguistiques, de la littérature, de la philosophie, ou des écrivains et des enseignants qui ont rédigé des ouvrages scientifiques ou littéraires dans les langues en usage dans la société capverdienne (portugais, créole et langue des signes). L'objectif dinal est d'officialiser le créole capverdien. - L'enseignement du créole Le créole capverdien est la langue maternelle de tous les Capverdiens. C'est cette langue que les jeunes cadres s'expriment dans leurs communications quotidiennes, y compris ceux qui ont étudié dans l'ancienne métropole comme les médecins, les ingénieurs, les enseignants, les avocats, les sociologues, les économistes, etc. C'est en créole capverdien que les fonctionnaires des différents ministères s'expriment pour communiquer entre eux. Bref, même s'il existe au Cap-Vert un bilinguisme élitiste (portugais-créole), le créole est constamment présent dans les relations informelles, même dans celles où le portugais prédomine. Autrement dit, il est inutile de nier la présence, pour ne pas dire l'omniprésence du créole dans la société capverdienne. Évidemment, l'objectif de tout ce branle-bas de combat est d'intégrer le créole dans l'enseignement. Auparavant, il faut obtenir l'accord des parents, car il y a des résistances de ce côté. Certains veulent que leurs enfants reçoivent leur instruction uniquement en portugais dans les écoles privées, alors que d'autres se résignent à ce que les écoles publiques enseignent en créole. Il faut dire qu'en Afrique la plupart des pays ont une seule langue officielle, qui est aussi la langue d'enseignement à tous les niveaux. Peu de pays ont osé permettre une langue locale dans le système d'éducation. Pour beaucoup de capverdiens, la politique linguistique à l'égard du créole est un écran de fumée. Il serait encore loin le jour où le créole deviendra dans les faits une langue co-officielle avec le portugais. Ce n'est pas par des dispositions constitutionnelles et des décrets gouvernementaux que le créole obtiendra ce statut. Pour ce faire, il faudra d'abord que le créole devienne une langue d'enseignement, une langue écrite dans l'administration, la justice et la législature, de même que dans les médias. Bref, il faudrait que le créole capverdien soit la langue dans toutes les situations formelles de communication, à l'intérieur du pays comme dans la diaspora. Quoi qu'il en soit, il faudrait surtout uniformiser les variétés ou variantes du créole capverdien. Et ce n'est pas pour demain la veille! 4.3 La politique à l'égard du français Le Cap-Vert a également développé une politique d'enseignement du français langue seconde. Rappelons que le Cap-Vert est membre des Sommets de la Francophonie depuis 1996, donc à l'Organisation internationale de la Francophonie (en portugais: Organización Internacional de la Francofonía), et qu'il a adhéré à l'Agence intergouvernementale de la Francophonie en décembre 1996. Comme ses pays voisins, tels que la Mauritanie, le Sénégal, la Guinée, le Maroc, etc.
, sont des États francophones, le gouvernement a cru bon de promouvoir, dès 1995, l'enseignement du français comme langue seconde obligatoire. Pour l'année scolaire 2000-2001, les grands objectifs sont (1) la promotion du français dans le système scolaire et hors-système scolaire, (2) l'appui aux associations franco-capverdiennes et à la Commission nationale de la francophonie. Dans le cadre du système scolaire, les objectifs visent à augmenter le nombre de professeurs de français  qualifiés, de promouvoir la qualité de l'enseignement de la langue française et d'augmenter le «public bénéficiaire».  Pour les élèves entrant à l'école secondaire, l'enseignement du français est obligatoire. Les élèves commencent l'apprentissage d'une langue vivante en 7e année (1re année de l'enseignement du secondaire). Cette langue peut être soit l'anglais soit le français, mais 50 % des élèves choisissent le français. En 9e et 10e année, les élèves commencent l'apprentissage d'une deuxième langue étrangère en fonction de leur choix initial. En 11e et 12e année, le français est obligatoire dans la filière humanités (lettres) et optionnel dans les autres programmes. 1999-20002000-20012001-20022002-20031er et 2e cycleEffectif global46 32653 13958 74463 150Enseignement du français34 74439 85444 05847 3623e cycleEffectif global5 2108 47212 09714 760Enseignement du français17192 7953 9924 570 En dehors du système public, des cours pour enfants et adultes ont lieu sur les îles de Santiago (à Praia, à Assomada et à Tarrafal), de Fogo et de Maio. Des cours «à objectif spécifique» sont même organisés dans des institutions ou dans des entreprises. Par ailleurs, les télévisions (Canal France International: CFI) et radio (Radio France International: RFI) proposent dans leur programme un enseignement du français. Dans une intervention à la radiotélévision nationale, le 20 mars 1995, l'ancien président Antonio Pedro Monteiro Lima déclarait assez clairement que la politique gouvernementale était d'ancrer la francophonie dans la réalité capverdienne: Il ne s'agit pas d'une commémoration qui ne nous regarde pas ou qui nous est totalement étrangères, à nous Capverdiens, [...] à la veille du 3e Congrès des cadres de la diaspora, il ne saurait s'agir d'une hérésie de dire, ici, qu'en dehors du créole le français est la seconde patrie linguistique de toute une génération de Capverdiens d'outre-mer, fruits des migrations vers les terres du destin de la capverdianité. [...] Au delà d'autres dimensions culturelles et d'autres espaces linguistiques, nous appartenons de plein droit à la Francophonie et ce n'est pas un hasard si nous participons à ses manifestations et si nous avons adhéré à son organisation internationale. L'État capverdien pratique une politique linguistique qui s'apparente à la non-intervention en ce qui concerne le portugais, sauf pour les relations internationales où l'État a adopté la politique des pays de la lusophonie. Quant à la langue nationale, le créole capverdien, la politique en est encore à ses débuts. Outre le fait de promouvoir le créole par des dispositions peu contraignantes, il reste tout à faire pour parvenir à une co-officialité dans les faits. En ce sens, la politique du Cap-Vert à l'égard du créole ressemble à celle de Haïti : un symbole qui ne se traduit pas dans les faits. On ne peut pas dire que le Cap-Vert soit un État officiellement bilingue. En tout cas, ce bilinguisme ne s'est pas transposée dans l'appareil de l'État et reste déséquilibré dans les domaines sociopolitiques et socio-économiques. Malgré son statut de langue nationale, le créole capverdien n'apparaît pas davantage comme un idiome prestigieux. La société capverdienne n'est pas une société bilingue (moins de 20 %), mais l'État l'est, de même qu'une petite élite. Il s'agit donc d'un bilinguisme qui semble favoriser indûment le portugais aux dépens du créole, langue de la quasi-totalité de la population. Bref, le Cap-Vert, comme bien d'autres
pays d'Afrique, est resté à un stade colonial, mais à avec cette différence que tout le pays parle une même langue, le créole fragmenté en diverses variétés favorisées par l'insularité de ses locuteurs.  Pour que le Cap-Vert se dote d'une véritable politique linguistique équilibrée, il lui faudrait faire entrer le créole dans les domaines de prestige et poursuivre un bilinguisme équilibré, avec comme condition préalable la standardisation de la langue. À l'heure actuelle, la politique linguistique capverdienne ne concorde pas avec l'article 9 de la Constitution qui a formellement reconnu le créole comme l'une des langues officielles de pays. Mais tous les espoirs sont permis, car le pays compte une population relativement scolarisée avec un taux de scolarisation à l'école primaire de 93 % (en 2011), selon l'UNESCO. En dépit de sa nation fragmentée, le pays existe bel et bien au-delà de ses particularismes insulaires. Dernière mise à jour: 07 déc. 2016 BibliographieCARDOSO, Sílvia. «A Educação e o Ensino em Cabo Verde: desafios e perspectivas» dans [http://www.geocities.com/visao_crioula/pag6.html].ENCYCLOPÉDIE ENCARTA 2004, art. «Cap-Vert», pour la partie historique.ENDERS, Armelle. Histoire de l’Afrique lusophone, Paris, Éditions Chandeigne, 1994, 158 p.FAULSTICH, Enilde. «La Communauté des pays de langue portugaise: une manifestation du plurilinguisme» dans Colloque international «La diversité culturelle et les politiques linguistiques dans le monde», Québec, 24-25 mars 2001, Université Laval.KÖSTER, Dietrich. «Kapverden - Die soziale und politische Rolle des Kapverden-Kreols», Bonn, janvier 2011,    [http://www.colonialvoyage.com/de/kapverden-kreol-die-soziale-und-politische-rolle-des-kapverden-kreols/].MILAM, «Le Portugal et l'Afrique, brève histoire d'un empire», sans lieu,[http://perso.club-internet.fr/antman/portugal/port-afr.html].SOMBRA SARAIVA, José Flávio. CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Brasilia, Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI), 2001, 203 p.VIGNOL, Philibert. «La langue portugaise: d’un trophée de guerre à une langue nationale», Nantes, publication interne de l’Université de Nantes, 1997.TABUCCHI, Antonio. «Suspecte "lusophonie"», dans Le Monde, Paris, 17 mars 2000.TORQUADO, Clovis Porto. «As políticas linguísticas oficiais em Cabo Verde pós-Independência: a construção da nação» dans Revista Letras, Santa Maria (Bréail), v. 21, no 42, janvier-juin 2011, p. 151-184.
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naantokhi · 2 years ago
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Le Cap-Vert, ou Cabo Verde, est un État insulaire composé d’un archipel d’îles volcaniques. Il est situé au large de la côte nord-ouest de l’Afrique. Il est réputé pour sa culture créole afro-portugaise, sa musique morna et ses nombreuses plages. La plus grande île, Santiago, abrite la capitale actuelle, Praia, et l’ancienne capitale, Cidade Velha, avec sa forteresse Fort Real de São Filipe perchée au sommet d’une falaise. Capitale:  PraiaPopulation: 504 000 (est. 2012)Langues officielles (de jure): portugais et créole capverdienGroupe majoritaire:  créole capverdien (98 %) appelé "crioulo"Groupes minoritaires: portugais et langues immigrantes (africaines)Langue coloniale: portugaisSystème politique: république unitaireArticles constitutionnels (langue): art. 7, 9, 11, 24, 25 et 79 de la Constitution du 3 mai 2010 Lois linguistiques: Loi fondamentale sur le système d'éducation (1990); Décret-loi no 67 du 31 décembre sur la base de l'alphabet unifié pour l'écriture du créolecapverdien (1998); Décret-loi no 3 du 29 mars (1999); Règlement de l'Assemblée nationale (2000); Résolution de l'Assemblée de la République no 8 (2000); Code pénal (2003); Résolution no 48 du 14 novembre sur la valorisation de la langue capverdienne (2005); Décret-loi no 15 du 14 février (2005); Décret-loi no 8 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien (2009); Programme du gouvernement pour la VIe Législature (2001-2005); Programme du gouvernement pour la VIIe Législature (2006-2011). 1 Situation géographique Le Cap-Vert (en portugais: Cabo Verde) est un petit pays insulaire de 4033 km² (soit sept fois plus petit que la Belgique, dix fois plus grand que l'île de Montréal qui est de 495 km² , la superficie de Paris étant de 105 km²) situé dans l'océan Atlantique, à plus de 600 km au large du Sénégal, la pointe la plus occidentale de l'Afrique. L'archipel est constitué de dix îles et de cinq îlots. Au nord, les Îles-du-Vent (Ilhas de Barlavento) comprennent Santo Antão, São Vicente, São Nicolao, Sal et Boa Vista. Au sud, São Tiago (ou Santiago regroupant la moitié de la population), Brava, Fogo et Maio forment les Îles-sous-le-Vent (Ilhas de Sotavento). La capitale du Cap-Vert est Praia (île de São Tiago).  Le Cap-Vert fait partie des cinq pays d'Afrique utilisent le portugais comme langue officielle, ce qui correspond en ce cas à une langue seconde pour les habitants de ces pays: l'Angola, la Guinée-Bissau, le Mozambique et les îles de São-Tomé-et-Príncipe. Administrativement, le Cap-Vert est formé de 17 districts ou concelhos: Boa Vista, Brava, Calheta, Maio, Mosteiros, Paul, Praia, Porto Novo, Ribeira Grande, Sal, Santa Catarina, Santa Cruz, São Domingos, São Nicolau, São Filipe, São Vicente et Tarrafal.Les îles du Cap-Vert font partie de la Macaronésie, un ensemble géographique regroupant les îles volcaniques des Canaries (hispanophones), l'archipel de Madère (lusophone), incluant les îles Selvagens ("Sauvages") inhabitées, l'archipel des Açores (lusophone) et les îles du Cap-Vert (lusophones). Cet ensemble fait partie d'un programme de coopération transfrontalière entre les gouvernements de l'Espagne, du Portugal et du Cap-Vert parce que ces îles présentent des caractéristiques communes, environnementales et historiques, entraînant de nombreuses similitudes au plan de la faune et de la flore. Grâce à sa flore et à sa faune, la Macaronésie est l'une des régions naturelles les plus importantes du monde. 2 Données démolinguistiques La population capverdienne est majoritairement issue d'un mélange d'Africains et d'Européens, avec 80 % de Métis ou Mestiços, les descendants des anciens esclaves africains et des colonisateurs européens; les Blancs ne représentent que 2 % de la population. La moitié des Capverdiens est concentrée sur l'île de São Tiago et l'île de São Vicente (voir le tableau ci-dessous). ÎlePopulationSuperficieSanto Antão43 274779 km2São Vicente77 793227 km2São Nicolau12 638346 km2Sal28
537216 km2Boa Vista10 384620 km2São Tiago281 302 991 km2Maio  7 014269 km2Fogo 36 931476 km2Brava 5 84064 km2Santa Luziainhabitée35 km2Total503 713 Suite à diverses vagues d'émigrations, plus de 700 000 Capverdiens vivent aujourd'hui à l'étranger, surtout aux États-Unis (250 000), au Canada, au Portugal, en France, en Espagne, en Italie, aux Pays-Bas, au Sénégal, en Angola, etc.  Marquée par cinq siècles de présence portugaise, la population capverdienne est majoritairement catholique (95 %).  Depuis 1995, surtout depuis 1998 et 1999, le Cap-Vert assiste à un afflux de ressortissants chinois. La communauté chinoise s'est finalement dispersée dans toutes les îles principales. Les Chinois travaillent généralement dans la restauration et les commerces de détails. La majorité des Chinois du Cap-Vert proviennent de la province de Zhejiang, qui est située sur la côte est de la mer de Chine, au sud de Shangaï; un petit nombre vient de Shanghaï et Pékin. Avec un peu plus de 500 000 habitants, le Cap-Vert demeure l'un des pays les moins peuplés d'Afrique. 2.1 Le portugais La langue officielle est le portugais, mais la connaissance de cette langue au Cap-Vert n'est une réalité que pour une portion très restreinte de la population — l'élite capverdienne instruite et les Portugais blancs — et la pratique de cette langue est souvent limitée à l'écrit puisque le créole est omniprésent dans la langue parlée. En effet, toutes les situations informelles de la communications, tant dans la classe instruite que dans la population en général, ne se déroulent qu'en créole capverdien. En Afrique, le portugais est également la langue officielle de la Guinée-Bissau, ainsiq ue des autres anciennes colonies du Portugal: les îles São Tomé e Principe, l'Angola et le Mozambique. 2.2 Le créole capverdien (crioulo) Presque tous les Capverdiens (nationaux) parlent le créole, appelé en français capverdien. Au Cap-Vert, on l'appelle crioulo, caboverdiano,crioulo de Cabo Verde, língua caboverdiana ou encore simplement kriol à l'île São Vicente, la seconde île la plus peuplée des îles du Cap-Vert. En fait, l'appellation correcte de cette langue est «créole capverdien» ("crioulo cabo-verdiano"), mais dans l'usage quotidien la langue est simplement appelée «créole» ("crioulo") par ses locuteurs. La désignation de «capverdien» ("caboverdiano") ou de «langue capverdienne» ("língua caboverdiana") est utilisée dans la législation pour désigner la langue normalisée (standardisée). Le créole est une langue véhiculaire forgée à partir du portugais et de différentes langues d'Afrique. C'est l'un des plus vieux créoles parlés dans le monde. La proportion de la population qui utilise le créole capverdien comme langue maternelle s'élève à plus de 99 %; les immigrants arrivant au Cap-Vert, surtout des Africains et des Chinois, apprennent rapidement le créole et l’utilisent comme langue véhiculaire, puis comme langue maternelle après une génération. Le créole capverdien est donc une langue assimilatrice, ce que n'est pas le portugais. Au Cap-Vert, malgré un niveau de scolarité relativement élevé en éducation, le créole capverdien demeure indélogeable dans sa fonction de langue maternelle. Malgré l'étroitesse du territoire, la situation insulaire implique que chacune des neuf îles du Cap-Vert a élaboré sa propre façon de parler créole. Chacune de ces îles possède sa variété différente, mais les universitaires du Cap-Vert les désignent généralement par le terme de «variantes» (en portugais: variantes).  On peut opposer deux grandes «variantes» : le capverdiensotavento (env. 65 %) ou créole des Îles-sous-le-Vent sur les îles de Santiago (São Tiago), Maio, Fogo et Brava, et le capverdien barlavento (env. 35 %) ou créole des Îles-du-Ventsur les îles de Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal, et Boa Vista. Au point de vue linguistique, les variantes les plus importantes sont celles de Fogo, de Santiago, de São Nicolau et de Santo Antão,
et toute étude approfondie de la langue créole devrait prendre en compte au moins ces quatre variantes.  Aujourd'hui, on peut considérer le dialecte de l'île São Vicente comme un dénominateur commun des dialectes barlavento. Au point de vue social, les variantes les plus importantes sont celle de Santiago et celle de São Vicente. Les variantes des deux principaux centres urbains, Praia et Mindelo, sont les variantes comptant le plus grand nombre de locuteurs. Voici un exemple de créole capverdien (extrait de : Nicolas QUINT, Parlons capverdien, langue et culture, Paris, L'Harmattan, 2003, p. 20-21): CaboverdianoCapverdien (traduction)PURMERU LISOM : FLA MANTENHA1. Djom é berdiánu di Santiágu. Anne é minina di Fránsa.2. Djom : Es korpu ?3. Anne : Alê-m li, es bida ?4. Djom : Alê-m li dretu, gentis é módi ?5. Anne : Tudu sta dretu ? Di bo ?6. Djom : Támbi sta dretu, grásas-a Diós !7. Anne : Módi bu tchoma ?8. Djom : M-tchoma Djom. Di bo, é módi ?9. Anne : M-tchoma Anne.10. Djom : Undi bu mora ?11. Anne : M-mora na Práia. A-bo undi bu mora ?12. Djom : A-mi m-mora na Somáda.PREMIÈRE LEÇON : LES SALUTATIONS1. Jean est un Capverdien de l'île de Santiago. Anne est une jeune fille originaire de France.2. Jean : est-ce que tu vas bien ?3. Anne : je vais bien, (et) toi comment vas-tu ?4. Jean : je vais bien, comment va ta famille ?5. Anne : tout le monde va bien. Et ta famille ?6. Jean : ils vont bien aussi, Dieu merci.7. Anne : comment t'appelles-tu ?8. Jean : je m'appelle Jean. Et toi, comment t'appelles-tu ?9. Anne : je m'appelle Anne.10. Jean : où habites-tu ?11. Anne : j'habite à Praia. Et toi, où habites-tu ?12. Jean : moi, j'habite à Assomada. Les différences dialectales constituent la barrière principale en vue d'une éventuelle standardisation du créole capverdien, voire de son officialisation. La plupart des initiatives faisant la promotion officielle du créole sont venues de la plus grande île, Santiago, ce qui a causé un certain scepticisme dans les autres îles du pays, car les insulaires tiennent beaucoup à leur propre variété locale. Par exemple, à São Vicente, beaucoup de gens s'opposent vigoureusement au statut officiel du créole, car ils craignent l'imposition du capverdien (badiu) de l'île de Santiago. Voici un exemple à partir de la variété de Santiago (source: Wikipedia): Créole capverdienTraduction en portugaisTraduction françaiseÔi Cábu Vêrdi,Bô qu’ê nhâ dôr más sublímiÔi Cábu Vêrdi,Bô qu’ê nhâ angústia, nhâ paxõNhâ vída nâceDí disafíu dí bú clíma ingrátuVontádi férru ê bô nâ nhâ pêtuGôstu pâ lúta ê bô nâ nhâs bráçuBô qu’ê nhâ guérra,Nhâ dôci amôrOi Cabo Verde,Tu que és a minha dor mais sublimeOi Cabo Verde,Tu que és a minha angústia, a minha paixãoMinha vida nasceuDo desafio do teu clíma ingrátuA vontade de ferro és tu no meu peitoO gosto pela luta és tu nos meus braçosTu que és a minha guerra,O meu doce amorSalut Cap-Vert,Toi qui es ma douleur plus sublimeSalut Cap-Vert,Toi, qui es mon angoisse, ma passionMa vie est néeDu défi de ton clima ingratLa volonté d'acier est sur ma poitrineLe goût pour le combat est dans mes brasToi qui es ma guerreÔ Mon doux amour On peut constater que les mots du lexique entre le créole et le portugais sont relativement rapprochés, ce qui démontre manifestement la filiation linguistique : Cábu Vêrdi/Cabo Verde, sublími/sublime, angústia/angústia, paxõ/paixão, nâce/nasceu, disafíu/desafio, clíma ingrátu/clíma ingrátu, Vontádi férru/vontade de ferro, pêtu/peito, Gôstu /gosto, bráçu/braços, guérra/guerra, amôr/amor. Quoi qu'il en soit, ces variétés entre les îles du Cap-Vert sont intercompréhensibles de la part de tous les insulaires du pays. La langue n'étant pas standardisée ni normalisée, le système d'écriture (alphabet latin) peut varier entre le capverdien sotavento et le capverdien barlavento. C'est pourquoi le Décret-loi no 67/98 du 31 décembre a proposé un alphabet unifié appelé ALUPEC : ALUPEC = Alfabeto Unificado para a Escrita do Cabo-verdiano (ou Alphabet unifié pour l'écriture du capverdien)
L'article 1er du décret-loi approuvait l'adoption de l'alphabet unifié à titre expérimental: Article 1erEst approuvé à titre expérimental l'alphabet unifié pour l'écriture de la langue capverdienne (ou créole), ci-après dénommé ALUPEC (Alphabet unifié pour l’écriture du capverdien), dont les bases sont publiées en annexe. Dix ans plus tard, le Décret-loi no 8/ 2009 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien rendait cet alphabet officiel : Article 1erFondation de l'Alphabet capverdien1) L'Alphabet unifié pour l'écriture du capverdien (ALUPEC), approuvé à titre expérimental, par le décret- loi no 67/98 du 31 décembre, est établi comme alphabet capverdien.2) L'Alphabet capverdien fonctionne comme un système graphique national pour écrire la langue capverdienne. Le créole capverdien est également parlé en Guinée-Bissau (env. 100 000 locuteurs) et au Sénégal (env. 55 000), mais aussi aux États-Unis, en France, aux Pays-Bas, ainsi que dans tous les autres pays d'adoption comme en Angola. Par ailleurs, le Cap-Vert accueille près de deux millions de Sénégalais pour qui le français demeure encore une langue véhiculaire. Bien que le créole soit la langue maternelle de presque toute la population du Cap-Vert, le portugais est encore la seule langue officielle. Comme le portugais est utilisé dans la vie quotidienne (école, administration publique, les procédures statutaires, etc.), le portugais et créole vivent dans un état de diglossie. À la suite de cette large présence du portugais, on peut observer un processus de décréoalisation (descrioulização) dans tous les variantes du créole capverdien. 2.3 Les langues africaines Outre le créole capverdien, il existe aussi quelques langues africaines appartenant à la famille nigéro-congolaise (groupe ouest-atlantique): le peul, le balante et le mandjaque. EthniePopulationPourcentageLangue maternelleAffiliation linguistiqueCaverdiens367 00072,6 %capverdiencréole portugaisFulani 58 00011,4 %peul (fulfulde , Adamawagroupe ouest-atlantiqueBalantes 48 000 9,5 %balantegroupe ouest-atlantiqueMandjaques 22 000 4,3 %mandjaquegroupe ouest-atlantiquePortugais   9 600 1,9 %portugaislangue romaneAutres  1 000 0,1 %--Total (2012)505 000100,0 %-- La plupart de ces Capverdiens parlant une langue africaine telle le peul, le balante ou le mandjaque sont originaires de la Guinée-Bissau, sinon du Sénégal. Ce sont des immigrants ou des enfants d'immigrants. 3 Données historiques Il est probable que les îles du Cap-Vert étaient inhabitées lorsque les Portugais y abordèrent en 1456. Cependant, il n'est pas certain que ce soit vraiment les Portugais qu les aient découvertes. Des historiens croient que cette découverte est plutôt due à des navigateurs vénitiens et génois. On sait aussi que ces îles avaient été furent fréquentées depuis longtemps par des pêcheurs sénégalais.  3.1 Une colonie portugaise C'est en 1460 que le navigateur Diogo Gomes prit possession de l'archipel au nom du Portugal, qui devint domaine de la Couronne, après que les droits portugais sur les îles eurent été consacrés par le traité de Tordesillas, en 1494.  L'archipel servit d'abord de terre d'escale pour les navires portugais en route vers le Brésil. Puis il devint un important centre de la traite des Noirs vers l'Amérique, car le commerce des esclaves d’Afrique occidentale vers le Nouveau Monde transitait surtout par le Cap-Vert. De plus, les colons portugais de l'archipel firent venir leurs propres esclaves du continent africain pour les faire travailler dans les plantations. C'est à cette époque que s'est constitué le créole capverdien. Mais le peuplement de l'archipel fut relativement tardif, puisque São Vicente resta inhabitée jusqu'en 1727 et Sal, jusqu'en 1781. L'abolition définitive de la traite en 1866 et le détachement de la Guinée-Bissau en 1879 détruisirent l'économie des îles et entraînèrent une forte émigration vers les États-Unis (migration libre) et les colonies portugaises d'Angola et de São Tomé et Principe (migration forcée). 
Après l'abolition de l'esclavage, le portugais est resté la langue officielle dans la colonie, surtout comme langue de l'État, de la justice, de l'éducation et du commerce. Dans la culture coloniale, l'utilisation du créole restait un signe d'infériorité sociale.  Contrairement à la Guinée-Bissau, à l'Angola et au Mozambique, le régime de l'indigénat ne fut pas appliqué aux îles du Cap-Vert. En effet, la population blanche ne résista pas à l’apparition de la malaria: les Métis et les Noirs assurèrent le fonctionnement des institutions, tant laïques que religieuses.   Plus tard, les Métis capverdiens joueront un rôle important dans l'émancipation de la colonie, car à l'exemple des autres colonies portugaises d'Afrique, telles que l'Angola et le Mozambique, beaucoup de Métis étaient employés comme cadres dans l'Administration en raison de leur degré d'instruction plus élevé. Pour l'heure, tout autonomie du pays était simplement impossible, car les conditions n'y étaient guère favorables  en raison des sécheresses du début du siècle (1903-1904, et 1914), du régime fasciste de la Métropole et l'arrivée au pouvoir des militaires en 1926 ainsi que la limitation de l'immigration aux États-Unis et en Europe. En réalité, le Cap-Vert traversera l'une des périodes les plus sombres de son histoire, qui coïncidera également avec l'Estado Novo («Nouvel État») du dictateur António de Oliveira Salazar (1889-1970). Sous le régime de Salazar, les «chemises vertes», la police politique du dictateur, et le PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado: la Police internationale de défense de l’État), réussirent à étouffer tous les opposants, tant au Portugal que dans les colonies. Les tortures et les déportations au Cap-Vert étaient couramment pratiquées. Au cours de cette période, toute immigration était interdite (dont l'Amérique) : Salazar avait envoyé des troupes dans toutes les colonies portugaises du continent africain, afin de contenir le nationalisme toujours croissant des peuples autochtones. PUis les famines successives (1941-1942, 1946-1948) tuèrent, selon certains historiens, environ 20 000 personnes (sur 150 000 habitants) dans l'indifférence générale, car le pays était fermé aux étrangers. Néanmoins, beaucoup de Capverdiens réussirent à s'enfuir vers le Sénégal dans les années cinquante et soixante, pays qui, bien souvent, servait de relais pour l'Europe, surtout la France, les Pays-Bas et la Belgique. C'est notamment dans ces trois pays que se formèrent la plupart des cadres du mouvement indépendantiste capverdien. Dans la colonie du Cap-Vert, le créole devint un symbole de la résistance face au colonialisme portugais. En 1951, à l'instar des autres possessions portugaises, le Cap-Vert devint un territoire d'outre-mer. Cinq ans plus tard, en septembre 1956, Amilcar Cabral, un ingénieur agronome capverdien mais formé à l'université de Lisbonne, fonda le Parti africain pour l'indépendance de la Guinée portugaise (future Guinée-Bissau) et du Cap-Vert (PAICG). À partir de 1959, il s'engagea dans la lutte armée contre le colonisateur portugais. Le mouvement prit une orientation nationaliste révolutionnaire et marxisante qui s'accentua en janvier 1973. La guérilla réussit à contrôler les deux tiers de la Guinée-Bissau, alors qu'au Cap-Vert le mouvement resta clandestin. 3.2 L'indépendance du Cap-Vert En 1975, après la révolution des Œillets au Portugal, le Cap-Vert et la Guinée-Bissau (l'ancienne colonie portugaise la plus proche) accédèrent à l'indépendance et constituèrent un seul État commun, dirigé par Luis Cabral (le frère d'Amilcar Cabral). Des frictions opposèrent rapidement les insulaires capverdiens et les continentaux guinéens.  Les deux anciennes colonies portugaises se séparèrent lors du coup d'État du 14 novembre 1980 en Guinée-Bissau. Au Cap-Vert comme en Guinée-Bissau, le portugais continua d'être la langue officielle, mais le créole capverdien fut désigné comme «langue nationale».
Le gouvernement, la radio et la télévision d'État, les journaux et les écoles utilisèrent le portugais, tandis que le créole restait la langue des organisations populaires, des mouvements syndicaux et des programmes éducatifs pour les enfants. Bine que de tendance communiste, le Cap-Vert se rapprocha des pays occidentaux, dont il dépendait économiquement, ainsi que de l'Afrique du Sud. La pays s'est ensuite maintenu sous le régime du parti unique. En 1990, le Partido Africano da Independência de Cabo Verde, le PAICV (ou Parti pour l'indépendance du Cap-Vert) accepta d’organiser des élections libres, persuadé de les remporter. Toutefois, les élections démocratiques du 13 janvier 1991 furent remportées par le Mouvement pour la démocratie (Movimento para a Democracia, MPD), le premier parti d'opposition. Le 17 février 1991, Antonio Mascarenhas Monteiro fut élu président de la République. En 1996, de nouvelles élections furent encore remportées par le MPD. Au plan international, le Cap-Vert fait partie, depuis juillet 1996, de la Communauté des pays de langue portugaise (CPLP), et ses 40 000 émigrés vivant au Portugal ont obtenu le droit de vote aux municipales dans ce pays soucieux d'éloigner son ancienne colonie des tentations de l'adhésion à la Communauté francophone du fait qu'il est entouré d'États francophones. La Constitution capverdienne présente une certaine originalité du fait que les anciens ressortissants du pays ont le doit d'élire six députés à l'Assemblée législative et ne perdent jamais leur nationalité s'ils se font naturaliser dans un pays étranger. Le Cap-Vert est membre des Sommets de la Francophonie depuis 1993 et a adhéré à l'Agence intergouvernementale de la Francophonie en décembre 1996. En juillet 2008, le Cap-Vert est devenu le 153e membre de l'Organisation mondiale du commerce (OMC). Malgré de faibles atouts économiques, le Cap-Vert est le pays le plus riche de l'Afrique du Sahel, grâce aux revenus de l'émigration et à l'aide internationale, qui représentent plus d'un tiers du produit intérieur brut (PIB). De fait, pauvre mais bien aidé par la communauté internationale, le Cap-Vert est considéré comme «un bon élève» par les organismes internationaux d'aide en développement. 4 La politique linguistique Le Cap-Vert a adopté une politique linguistique presque ambiguë à l'égard de ses deux langues, le portugais et le créole capverdien. D'une part, le portugais est la langue officielle; d'autre part, le créole capverdien est la langue maternelle de tous les citoyens du pays, mais il n'a pas de statut officiel. La politique linguistique capverdienne porte sur ces deux langues.  L'article 9 de la Constitution du 23 novembre 1999, révisée en 2010, proclame que le portugais est la langue officielle tout en reconnaissant que les citoyens ont le devoir de connaître les langues officielles ("línguas oficiais") et le droit de les utiliser. C'est en ce sens que la Constitution est ambiguë: le portugais est la langue officielle, mais il faut connaître les langues officielles:   Artigo 9Línguas oficiais1) É língua oficial o Português.2) Estado  promove  as condições  para  a  oficialização  da   língua  materna cabo-verdiana, em paridade com a língua portuguesa.3) Todos os cidadãos nacionais têm o dever de conhecer as línguas oficiais e o direito de usá-las.Article 9Langues officielles1) Le portugais est la langue officielle.2) L'État promeut les conditions pour l'officialisation de la langue maternelle capverdienne à parité avec la langue portugaise.3) Tous les citoyens nationaux ont le devoir de connaître les langues officielles et le droit de les utiliser. Ou bien une langue est officielle ou bien elle ne l'est pas. Le premier paragraphe aurait dû déclarer que les deux langues officielles sont le portugais et la «langue maternelle capverdienne», d'autant plus que le paragraphe 3 déclare que «tous les citoyens nationaux ont le devoir de connaître les langues officielles et le droit de les utiliser».
  Quant au paragraphe 2, il parle de «l'officialisation de la langue capverdienne à parité avec la langue portugaise». Cela signifie donc qu'il y aurait deux langues officielles, mais il est probable que le texte du paragraphe 1 soit volontairement ambiguë. La co-officialité réelle signifierait que les deux langues seraient employées tant à l'oral qu'à l'écrit, dans tous les sphères de communication de l'État, telles la justice, l'administration, l'école, etc. Or, ce n'est pas le cas. Le créole est confiné à l'oral dans les situations de communication généralement informelles.  Quoi qu'il en soit, beaucoup de Capverdiens réclament maintenant la co-officialisation du créole à parité avec le portugais. Il fallait auparavant que le créole possède un alphabet unifié. Ce fut fait en 2009 avec l'adoption du Décret-loi no 8/ 2009 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien. Pourtant, la Constitution révisée de 2010 n'en a pas tenu compte. Pour parvenir à une réelle officialisation, il faudrait, par exemple, que tous les documents gouvernementaux soient disponibles en créole pour tous les Capverdiens qui désirent y accéder dans cette langue. L'administration publique devrait être capable de répondre à tout citoyen par écrit en créole. L'école devrait enseigner le créole dans tous les établissements. Évidemment, cette officialisation entraînerait des coût supplémentaires, ce qui apparaît injustifié pour beaucoup de Capverdiens. Au Cap-Vert, le contexte social permettant d'officialiser le créole est favorable à cette politique. Mais les conditions pour la réaliser doivent être propices: les autorités doivent faire preuve de patience et de résister à la tentation de bâcler une question aussi grave, qui implique des implications multiples et complexes pour le présent et l'avenir du pays. D'une part, il faut tenir compte de la langue employée par tout le monde, d'autre part, garder les contacts avec la communauté internationale. Seul le bilinguisme peut permettre une telle approche. 4.1 La politique à l'égard du portugais La plus grande partie de la politique linguistique de l'État capverdien porte sur le portugais, la langue officielle depuis la colonisation. Le portugais est resté la langue de l'État, donc de la législation, de l'administration, de la justice, de l'enseignement et des médias, même de la religion. Le portugais est donc synonyme de savoir, d'éducation et de prestige. - La langue de l'État Le portugais est officiellement la langue du Parlement, du moins dans la promulgation et la publication des lois. Dans les faits, le portugais et le créole capverdien sont admis dans les débats oraux, mais la plupart des députés n'utilisent que le créole dans les délibérations et les travaux des comités. Les lois sont rédigées en portugais seulement.  Il en est ainsi dans les tribunaux où les témoignages peuvent être en créole, mais non les documents écrits obligatoirement présentés en portugais ou dans une langue étrangère accompagnée d'une traduction dans la langue officielle. L'emploi du créole n'est pas un droit, mais une pratique tolérée, car aucun citoyen ne se voit interdire de faire ses déclarations ou ses témoignages en créole. L'administration publique pratique la même politique à l'égard des demandes orales en créole et des demandes écrites en portugais. Cela signifie que les fonctionnaires répondent toujours en créole aux demandes faites oralement dans cette langue. Non seulement les ministres s'adressent en créole à la population, mais également le président de la République et le premier ministre. Cependant, les documents administratifs ne sont pas disponibles en créole; il faut donc connaître le portugais.   Dans les écoles, la langue d'enseignement demeure le portugais, à tous les niveaux, c'est-à-dire du primaire à l'université en passant par le secondaire. Dans les écoles primaires, la langue d'enseignement est le portugais, mais des cours sont prévus pour l'évaluation de la culture
créole, le «repositionnement» (reposicionamento) de la langue portugaise en tant qu'apport culturel dans la société capverdienne. L'organisation des études portent sur quatre domaines: la langue portugaise, les mathématiques, les «sciences intégrées» (histoire, géographie et sciences de la nature) et l'expression orale. La Loi fondamentale sur le système d'éducation (1990) définit les principes fondamentaux de l'organisation et du fonctionnement du système d'éducation, y compris l'enseignement public et privé. L'article 9 de la loi énonce que l'éducation doit être fondée sur les valeurs, les besoins et les aspirations individuelles et collectives, et se connecter à la communauté,associant au processus éducatif les aspects les plus pertinents de la vie et de la culture capverdiennes. Parmi les nombreux objectifs de l'enseignement fondamental (primaire), figure à l'alinéa i) celui de promouvoir la connaissance, l'empressement ("apresso") et le respect pour les valeurs qui incarnent l'identité culturelle du Cap-Vert (art. 19): Article 19ObjectifsLes objectifs de l'enseignement fondamental sont les suivants:i) Promouvoir l'utilisation appropriée de la langue portugaise comme instrument de communication et d'étude;j) Promouvoir la connaissance, l'empressement et le respect pour les valeurs qui incarnent l'identité culturelle du Cap-Vert. L'enseignement primaire obligatoire dure six ans et le portugais reste la langue d'enseignement, mais les enseignants peuvent utiliser le créole capverdien pour quelques illustrations, surtout quand le problème de compréhension en portugais se pose. L'enseignement secondaire est, également, de six années, et il comporte trois cycles: 1er cycle: 7e et 8e annéesportugais : 4 h par semaineanglais : 4 h par semaine français : 4 h par semaine2e cycle: 9e et 10e annéesportugais : 4 h par semaineanglais : 3 h par semainefrançais : 3 h par semaine3e cycle : 11e et 12e annéesportugais : 3 h par semaineanglais : 4 h par semainefrançais : 4 h par semaine L'enseignement secondaire assure la continuité du primaire en recourant encore à la langue portugaise comme véhicule d'enseignement. Selon l'article 22 de la Loi fondamentale sur le système d'éducation, l'un des objectifs de l'enseignement secondaire est de promouvoir la maîtrise de la langue portugaise en renforçant la capacité d'expression orale et écrite: Article 22ObjectifsLes objectifs de l'enseignement secondaires sont les suivants:Les objectifs de l'enseignement secondaires sont les suivants:c) Promouvoir la maîtrise de la langue portugaise en renforçant la capacité d'expression orale et écrite;g) Promouvoir l'enseignement des langues étrangères. La langue de l'enseignement supérieur est le portugais. Pour la formation en anglais et en français, les langues sont respectivement l'anglais et le français, avec quelques recours parfois au portugais. Pour la formation en créole ( assez instable), on utilise le créole capverdien, et ce, uniquement à l'Institut supérieur de l'éducation (ISE). Tous les médias écrits n'emploient que le portugais, mais les médias électroniques, particulièrement la radio (Radio Nacional De Cabo Verde et Radio Nova), ont recours davantage au créole capverdien, mais la télévision d'État, la Televisão Nacional De Cabo Verde, diffuse surtout en portugais. Les journaux les plus importants sont le Novo Jornal De Cabo Verde(hebdomadaire) l'A Semana (hebdomadaire) et le Horizonte (État). Dans le domaine des affaires et du commerce, l'article 52 du décret-loi no 15 du 14 février (2005) oblige les sociétés de gestion des fonds d'investissement à fournir leurs documents en portugais: Article 52Commercialisation au Cap-Vert4) Les sociétés de gestion des fonds d'investissement doivent fournir les documents en portugais ainsi que les informations devant être publiés dans le pays de leur lieu de résidence et procéder à leurdivulgation en vertu des termes applicables aux fonds d'investissement nationaux. Mais la
loi la plus importante de ce genre est le décret-loi no 3 du 29 mars (1999) qui prescrit à l'article 85 l'usage du portugais pour les entreprises enregistrées. Le premier paragraphe énonce que «les entreprises doivent être correctement enregistrées en langue capverdienne ou portugaise», mais toutes les autres dispositions ne concernent ensuite que la langue portugaise. Tout ce qui n'existe pas en portugais, voire en latin ou en grec, est considéré comme «étranger». Voici les exceptions admises dans les entreprises: Article 85Utilisation du portugais3) Des dispositions du paragraphe 1 est exclu l'usage de mots ou de parties de mots, même s'ils sont étrangers ou faits de façon étrangère:a) s'ils correspondent à un vocabulaire d'usage généralisé, sans traduction adéquate en portugais ;b) s'ils entrent dans la composition des entreprises déjà enregistrées ou correspondent en totalité ou en partie à des noms ou à des firmes associées, des mécènes ou des fondateurs ou, dans le cas de filiales, succursales ou autres formes de représentation, à des entreprises de sociétés-mères étrangères, qui sont légalement enregistrées dans leur pays d'origine et sont officiellement autorisées à les utiliser ;c) s'ils constituent une marque commerciale ou industrielle d'usage légale, conformément à la législation;d) s'ils résultent de la fusion des mots ou de parties de mots portugais ou étrangers, admissibles en vertu du présent paragraphe, qui sont directement liées aux activités réalisées ou à l'exercice ou même retirés des éléments restants dune firme ou des noms des entreprises associées, mécènes ou fondateurs;e) s'ils visent à faciliter une plus grande pénétration du marché à l'étranger où sont dirigées les activités à mener ou à exercer; f) s'ils résultent de l'emploi correct de termes dans les langues classiques du latin ou du grec. Il semble clair que les mots en créole font partie des langues étrangères.  - La langue des relations internationales Dans les relations internationales, l'article 11 de la Constitution énonce que l'État du Cap-Vert doit maintenir «des liens spéciaux d'amitié et de coopération avec les pays de langue officielle portugaise et avec les pays d'accueil des émigrants capverdiens»:  Article 11Relations internationales6)  L'État du Cap-Vert maintient des liens spéciaux d'amitié et de coopération avec les pays de langue officielle portugaise et avec les pays d'accueil des émigrants capverdiens.  Le Cap-Vert fait officiellement partie des pays lusophones. Depuis 1990, de nombreux accords de coopération scientifique et technique ont été signés entre les États de la CPLP, ce qui a donné lieu à plusieurs commissions communes de terminologie. Dans les organisations internationales qui ne concernent pas les pays lusophones, les fonctionnaires utilisent surtout le français, rarement l'anglais. La langue véhiculaire des diplomates étrangers accrédités au Cap-Vert est le français  (la  majorité) et le portugais, dans certains cas. - L’accord orthographique de 1990 Le traité le plus important concerne l'Accord orthographique sur la langue portugaise de 1990 — Acordo Ortográfico da língua Portuguesa — qui a pris en compte les différences linguistiques afin de réduire les difficultés liées à la tendance naturelle à la différenciation et de préserver les intérêts de la langue portugaise dans les pays lusophones. À la suite des délibérations entre les délégations de l'Angola, du Cap-Vert, de la Guinée-Bissau, du Mozambique et de São Tomé et Príncipe, ainsi que des observateurs de la Galice (Espagne), les États signataires — la République populaire d'Angola, la République fédérative du Brésil, la république du Cap-Vert, la république de la Guinée-Bissau, la république de Mozambique, la république du Portugal et la République démocratique de São Tomé et Príncipe — ont convenu des dispositions qui suivent (l’accord comptant quatre articles). L’article 1er ne fait que proclamer l’adoption de l’accord orthographique
de 1990, mais l’article 2 énonce que les États signataires prendront les mesures nécessaires en vue d'élaborer un vocabulaire orthographique commun de la langue portugaise en ce qui concerne les terminologies scientifiques et techniques. Article 2Les États signataires doivent prendre, par l'entremise des institutions et organismes compétents, les mesures nécessaires en vue de l'élaboration, jusqu'au 1er janvier 1993, d'un vocabulaire orthographique commun de la langue portugaise, aussi complet que souhaitable et normalisé que possible en ce qui concerne les terminologies scientifiques et techniques. Selon l’article 3, l'Accord devait entrer en vigueur le 1er janvier 1994, une fois que seront déposés les instruments de ratification de tous les États signataires auprès du gouvernement de la république du Portugal. Pour diverses raisons, la date butoir a été reportée en mai 2015, car en janvier 1994 seuls le Portugal, le Brésil et le Cap-Vert avaient ratifié l'accord. Quant àl’article 4, il oblige les États signataires à prendre les mesures appropriées pour assurer le respect effectif de la date d'entrée en vigueur établie à l’article précédent. Le document fut signé par les sept États, à Lisbonne, le 16 décembre 1990. Le traité est accompagné d’annexes décrivant les points orthographiques et/ou grammaticaux sur lesquels porte l’accord: alphabet, h initial et final, homophonie, séquences consonantique, voyelles atones, voyelles nasales, accentuation des oxytons/paroxytons, accent grave, tréma, trait d’union, apostrophe, minuscules et majuscules, divisions syllabiques, etc. -  La Communauté des pays de langue portugaise En 1996, le Portugal ainsi que sept de ses anciennes colonies ont fondé la Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), la Communauté des pays de langue portugaise. Les pays membres étaient les suivants: l'Angola, le Brésil, le Cap-Vert, la Guinée-Bissau, le Mozambique, le Portugal et Sao Tomé-et-Principe. Après son indépendance, le Timor oriental a rejoint l’organisation comme 8e pays membre. La CPLP veut promouvoir la langue portugaise ainsi que la culture commune qui unit les pays membres. Plus particulièrement, les pays lusophones désirent collaborer dans le domaine de l'éducation, mais chercheront aussi à renforcer les liens culturels, politiques et économiques. La CPLP a son siège social à Lisbonne. Grosso modo, les pays de la CPLP veulent encourager la diffusion et l'enrichissement de la langue portugaise, accroître les échanges culturels dans l’espace lusophone, renforcer la coopération entre les pays de langue portugaise dans le domaine de la concertation politique et diplomatique, encourager le développement d'actions de coopération interparlementaire, développer la coopération économique, dynamiser et approfondir la coopération dans le domaine universitaire, de la formation professionnelle et dans les différents secteurs de la recherche scientifique et technologique, mobiliser des efforts et des ressources en appui solidaire aux programmes de reconstruction et de réhabilitation, promouvoir la coordination des activités des institutions publiques et entités privées, associations de nature économique et organisations non gouvernementales œuvrant au développement de la coopération entre les pays lusophones, etc.  Quoi qu'il en soit, certains critères se trouvent à la base du concept de lusophonie: 1) un pays qui adopte la langue portugaise comme langue véhiculaire est un pays lusophone;2) une communauté qui regroupe les sept peuples qui parlent portugais, ainsi que Timor, Goa et Macao est une communauté lusophone;3) un pays où le portugais est une langue écrite et où cette pratique se généralise à tout le territoire est un pays où la lusophonie est en progression (c'est le cas du Timor oriental); par conséquent, le concept fondateur de la CPLP ne rattache pas nécessairement les locuteurs du portugais au monde de la lusophonie. Ainsi, un ensemble de pays dont la langue officielle, maternelle ou d'emprunt est le portugais est une communauté de pays de langue portugaise. 
- La Déclaration constitutive des pays de langue portugaise   Deux documents ont été signés, le 17 juillet 1996, par les États de la CPLP: la Déclaration constitutive des pays de langue portugaise (Cimeira Constitutiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) et les Statuts de la Communauté des pays de langue portugaise (Estatutos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). La Déclaration constitutive des pays de langue portugaise a institutionnalisé la Communauté des pays de langue portugaise (CPLP). L'article 3 de la Charte de la Communauté des pays de langue portugaise exprime clairement les objectifs de ces sept pays: 1) concertation politique et diplomatique entre ses membres en matière de relations internationales, principalement dans le but d'affirmer sa présence (de la CPLP) dans les congrès internationaux ;2) la coopération, particulièrement dans les domaines économique, social, culturel, juridique, technique et scientifique;3) la mise en œuvre de projets destinés à promouvoir et à diffuser la langue portugaise. - Les statuts des pays de langue portugaise (CPLP) La Déclaration constitutive est accompagnée des Statuts de la Communauté des pays de langue portugaise, qui comptent 22 articles.  Seul l'article 3 traite de la langue portugaise, les autres articles concernent le fonctionnement de la CPLP. Voici les objectifs tels qu'énoncés par l'article 3: a) la concertation politique et diplomatique entre ses membres en matière de relations internationales, nommément en vue de renforcer leur présence aux fora internationaux;b) la coopération, nommément dans les domaines économique, social, culturel, juridique, technique et scientifique;c) la matérialisation de projets visant à la promotion et à la diffusion de la langue portugaise. 4.2 La politique à l'égard du créole capverdien Depuis plus d'une dizaine d'années, le gouvernement capverdien s'est préoccupé du créole capverdien, la langue maternelle de tous les citoyens. C'est d'ailleurs l'une des obligations prévues par la Constitution. En effet, l'article 7 oblige l'État à «préserver, valoriser et promouvoir la langue maternelle et la culture capverdienne» (alinéa i) : Article 7Rôle de l'ÉtatLes tâches fondamentales de l'État sont: a) De défendre l'indépendance, de garantir l'unité nationale, de préserver, d'évaluer et de promouvoir l'identité de la nation capverdienne, en favorisant la création de leurs conditions nécessaires d'ordre social, culturel, économique et politique;g) De soutenir la communauté capverdienne éparpillée de par le monde et de promouvoir en son sein la conservation et le développement de la culture capverdienne ; h) De susciter et promouvoir l'éducation, la recherche scientifique et technologique, la connaissance et l' utilisation de nouvelles technologies, ainsi que le développement culturel de la société capverdienne ;i) De préserver, valoriser et promouvoir la langue maternelle et la culture capverdienne;  L'article 79 de la Constitution porte sur le «droit à la culture». D'après cette disposition, il incombe spécialement à l'État de « promouvoir la défense, la valorisation et le développement de la langue maternelle capverdienne et de stimuler son usage dans la communication écrite» (alinéa f):  Article 79Droit à la culture1) Tous ont droit aux avantages et à la création culturelle, ainsi que du devoir de préserver, défendre et valoriser le patrimoine culturel.2) Afin de garantir le droit à la culture, les pouvoirs publics doivent promouvoir, stimuler et assurer l' accès de tous les citoyens aux avantages et à la création culturelle en collaboration avec les autres agents culturels.3) Afin de garantir le droit à la culture, il incombe spécialement à l'État de: [...] d) assurer la défense et la promotion de la culture capverdienne dans le monde ; e) promouvoir la participation d'émigrants dans la vie culturelle du pays ainsi que la diffusion et l'évaluation de la culture nationale au sein des communautés
capverdiennes émigrées ;f) promouvoir la défense, la valorisation et le développement de la langue maternelle capverdienne et de stimuler son usage dans la communication écrite ; g) stimuler et soutenir les organisations relatives à la promotion culturelle et aux industries liées à la culture. - L'Alphabet unifié pour l'écriture du capverdien L'objectif à long terme est d'officialiser le créole capverdien. Pour ce faire, il faut auparavant doter la langue d'une écriture. Le Décret-loi no 67/98 du 31 décembre proposé un alphabet unifié appelé ALUPEC : Alfabeto Unificado para a Escrita do Cabo-verdiano. Le décret 67/98 instituait une période d'essai d'une durée de cinq ans à compter de la date d'entrée en vigueur de la loi. C'est le Décret-loi no 8 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien (2009) qui rendait cet alphabet officiel. Toutefois, la loi n'a pas imposé des règles précises pour l'emploi de cet alphabet qui constitue une façon d'écrire le créole dans ses différentes variantes. C'est avant tout une option pour représenter chaque son de façon uniforme les variantes de la langue capverdienne. L'ALUPEC harmonise deux modèles d'alphabet latin: l'un sur une base phonologique, l'autre sur une base étymologique. Selon l'article 2 du décret-loi no 8/2009 du 16 mars, l'alphabet se compose de 23 lettres et de 4 digrammes, avec une représentation en majuscules et en minuscules: Les 23 lettresLes 4 digrammesMajusculesA - B - D - E - F - G - H - I - J - K - L - M - N - Ñ - O - P - R - S - T - U - V - X - Y - ZDJ - LH - NH - TXMinusculesa - b - d - e - f - g - h - i - j - k - l - m - n - ñ - o - p - r - s - t - u - v - x - y - zdj - lh - nh - tx Un règlement prévoit que, pour que le créole devienne une langue officielle, il faut qu'il y ait des conditions nécessaires pour son officialisation. Or, celle-ci ne s'est pas encore concrétisée pour plusieurs raisons : - L'existence d'une grande fragmentation dialectale dans le créole, et les locuteurs ne veulent pas parler une autre variante que la leur;- L'absence de règles pour déterminer quelle est la forme correcte (et graphique) pour chacun des mots. Par exemple, seulement pour le mot correspondant en portugais à algibeira («poche»), on trouve algibêra, agibêra, albigêra, aljubêra, alj'bêra, gilbêra, julbêra et lijbêra;- L'absence de règles pour établir les limites lexicales à adopter; souvent, les locuteurs du créole, en écriture, se joignent à différentes classes grammaticales. Par exemple, "pâm" au lieu de "pâ m";- L'absence de règles pour établir des structures grammaticales qui doivent être prises non seulement entre les différences dialectales, mais aussi les variations dans une même variante dialectale. Par exemple, dans la variante de Santiago, lorsqu'il y a deux phrases dont l'une est subordonnée à l'autre, il faut une concordance des temps des verbes (bú cría pâ m' dába «tu querias que eu desse»), mais certains locuteurs ne l'applique pas;- L'absence de normes pour déterminer des niveaux de langue : familial, formel, informel, argotique, scientifique, etc.- Le système d'écriture adopté, l'ALUPEC, n'a pas été accepté par toutes les composantes. Pour surmonter ces problèmes, certains auteurs préconisent un processus de standardisation des créoles des Îles-sous-le-Vent (capverdien sotavento) autour de la variante de Santiago et un autre processus de standardisation des créoles des Îles-du-Vent (capverdien barlanvento) autour de la variante de São Vicente. Ainsi, le créole serait une langue «multicentrée» ("língua pluricêntrica"). Malgré le fait que l'ALUPEC soit devenu un système d'écriture unifié et officiellement reconnu par le gouvernement du Cap-Vert, il est permis d'utiliser d'autres modèles d'écriture, selon larésolution 48/2005, «à la condition qu'ils soient présentés sous une forme systématisée»: 13. En disposant, en ce moment, d'un seul alphabet systématisé pour écrire la langue capverdienne (ou l'ALUPEC), son emploi constituera une valeur ajoutée pour le soutien institutionnel dans les créations artistiques.
Cependant, d'autres modèles d'écriture sont également acceptables dans l'obtention d'un soutien, à la condition qu'ils soient présentés sous une forme systématisée. Ce sont toutes ces raisons qui font en sorte que chaque locuteur capverdien préfère utiliser son propre dialecte local; ils craignent en fait de perdre une partie de leur identité. - La Commission nationales pour les langues En octobre 2012, le gouvernement a institué la Comissão Nacional para as Línguas (CNL), la Commission nationale pour les langues, un organisme consultatif chargé de la mise en œuvre de la politique linguistique. En vertu de la résolution 47/2012 (Resolução n° 47/2012), le principal objectif de la Commission nationale pour les langues est de faire de la société capverdienne un pays affectivement bilingue, en accord avec les citoyens et l'environnement. Les langues concernées sont le portugais, le créole capverdien et la langue des signes. Les membres de la CNL sont des universitaires dans le domaine des études linguistiques, de la littérature, de la philosophie, ou des écrivains et des enseignants qui ont rédigé des ouvrages scientifiques ou littéraires dans les langues en usage dans la société capverdienne (portugais, créole et langue des signes). L'objectif dinal est d'officialiser le créole capverdien. - L'enseignement du créole Le créole capverdien est la langue maternelle de tous les Capverdiens. C'est cette langue que les jeunes cadres s'expriment dans leurs communications quotidiennes, y compris ceux qui ont étudié dans l'ancienne métropole comme les médecins, les ingénieurs, les enseignants, les avocats, les sociologues, les économistes, etc. C'est en créole capverdien que les fonctionnaires des différents ministères s'expriment pour communiquer entre eux. Bref, même s'il existe au Cap-Vert un bilinguisme élitiste (portugais-créole), le créole est constamment présent dans les relations informelles, même dans celles où le portugais prédomine. Autrement dit, il est inutile de nier la présence, pour ne pas dire l'omniprésence du créole dans la société capverdienne. Évidemment, l'objectif de tout ce branle-bas de combat est d'intégrer le créole dans l'enseignement. Auparavant, il faut obtenir l'accord des parents, car il y a des résistances de ce côté. Certains veulent que leurs enfants reçoivent leur instruction uniquement en portugais dans les écoles privées, alors que d'autres se résignent à ce que les écoles publiques enseignent en créole. Il faut dire qu'en Afrique la plupart des pays ont une seule langue officielle, qui est aussi la langue d'enseignement à tous les niveaux. Peu de pays ont osé permettre une langue locale dans le système d'éducation. Pour beaucoup de capverdiens, la politique linguistique à l'égard du créole est un écran de fumée. Il serait encore loin le jour où le créole deviendra dans les faits une langue co-officielle avec le portugais. Ce n'est pas par des dispositions constitutionnelles et des décrets gouvernementaux que le créole obtiendra ce statut. Pour ce faire, il faudra d'abord que le créole devienne une langue d'enseignement, une langue écrite dans l'administration, la justice et la législature, de même que dans les médias. Bref, il faudrait que le créole capverdien soit la langue dans toutes les situations formelles de communication, à l'intérieur du pays comme dans la diaspora. Quoi qu'il en soit, il faudrait surtout uniformiser les variétés ou variantes du créole capverdien. Et ce n'est pas pour demain la veille! 4.3 La politique à l'égard du français Le Cap-Vert a également développé une politique d'enseignement du français langue seconde. Rappelons que le Cap-Vert est membre des Sommets de la Francophonie depuis 1996, donc à l'Organisation internationale de la Francophonie (en portugais: Organización Internacional de la Francofonía), et qu'il a adhéré à l'Agence intergouvernementale de la Francophonie en décembre 1996. Comme ses pays voisins, tels que la Mauritanie, le Sénégal, la Guinée, le Maroc, etc.
, sont des États francophones, le gouvernement a cru bon de promouvoir, dès 1995, l'enseignement du français comme langue seconde obligatoire. Pour l'année scolaire 2000-2001, les grands objectifs sont (1) la promotion du français dans le système scolaire et hors-système scolaire, (2) l'appui aux associations franco-capverdiennes et à la Commission nationale de la francophonie. Dans le cadre du système scolaire, les objectifs visent à augmenter le nombre de professeurs de français  qualifiés, de promouvoir la qualité de l'enseignement de la langue française et d'augmenter le «public bénéficiaire».  Pour les élèves entrant à l'école secondaire, l'enseignement du français est obligatoire. Les élèves commencent l'apprentissage d'une langue vivante en 7e année (1re année de l'enseignement du secondaire). Cette langue peut être soit l'anglais soit le français, mais 50 % des élèves choisissent le français. En 9e et 10e année, les élèves commencent l'apprentissage d'une deuxième langue étrangère en fonction de leur choix initial. En 11e et 12e année, le français est obligatoire dans la filière humanités (lettres) et optionnel dans les autres programmes. 1999-20002000-20012001-20022002-20031er et 2e cycleEffectif global46 32653 13958 74463 150Enseignement du français34 74439 85444 05847 3623e cycleEffectif global5 2108 47212 09714 760Enseignement du français17192 7953 9924 570 En dehors du système public, des cours pour enfants et adultes ont lieu sur les îles de Santiago (à Praia, à Assomada et à Tarrafal), de Fogo et de Maio. Des cours «à objectif spécifique» sont même organisés dans des institutions ou dans des entreprises. Par ailleurs, les télévisions (Canal France International: CFI) et radio (Radio France International: RFI) proposent dans leur programme un enseignement du français. Dans une intervention à la radiotélévision nationale, le 20 mars 1995, l'ancien président Antonio Pedro Monteiro Lima déclarait assez clairement que la politique gouvernementale était d'ancrer la francophonie dans la réalité capverdienne: Il ne s'agit pas d'une commémoration qui ne nous regarde pas ou qui nous est totalement étrangères, à nous Capverdiens, [...] à la veille du 3e Congrès des cadres de la diaspora, il ne saurait s'agir d'une hérésie de dire, ici, qu'en dehors du créole le français est la seconde patrie linguistique de toute une génération de Capverdiens d'outre-mer, fruits des migrations vers les terres du destin de la capverdianité. [...] Au delà d'autres dimensions culturelles et d'autres espaces linguistiques, nous appartenons de plein droit à la Francophonie et ce n'est pas un hasard si nous participons à ses manifestations et si nous avons adhéré à son organisation internationale. L'État capverdien pratique une politique linguistique qui s'apparente à la non-intervention en ce qui concerne le portugais, sauf pour les relations internationales où l'État a adopté la politique des pays de la lusophonie. Quant à la langue nationale, le créole capverdien, la politique en est encore à ses débuts. Outre le fait de promouvoir le créole par des dispositions peu contraignantes, il reste tout à faire pour parvenir à une co-officialité dans les faits. En ce sens, la politique du Cap-Vert à l'égard du créole ressemble à celle de Haïti : un symbole qui ne se traduit pas dans les faits. On ne peut pas dire que le Cap-Vert soit un État officiellement bilingue. En tout cas, ce bilinguisme ne s'est pas transposée dans l'appareil de l'État et reste déséquilibré dans les domaines sociopolitiques et socio-économiques. Malgré son statut de langue nationale, le créole capverdien n'apparaît pas davantage comme un idiome prestigieux. La société capverdienne n'est pas une société bilingue (moins de 20 %), mais l'État l'est, de même qu'une petite élite. Il s'agit donc d'un bilinguisme qui semble favoriser indûment le portugais aux dépens du créole, langue de la quasi-totalité de la population. Bref, le Cap-Vert, comme bien d'autres
pays d'Afrique, est resté à un stade colonial, mais à avec cette différence que tout le pays parle une même langue, le créole fragmenté en diverses variétés favorisées par l'insularité de ses locuteurs.  Pour que le Cap-Vert se dote d'une véritable politique linguistique équilibrée, il lui faudrait faire entrer le créole dans les domaines de prestige et poursuivre un bilinguisme équilibré, avec comme condition préalable la standardisation de la langue. À l'heure actuelle, la politique linguistique capverdienne ne concorde pas avec l'article 9 de la Constitution qui a formellement reconnu le créole comme l'une des langues officielles de pays. Mais tous les espoirs sont permis, car le pays compte une population relativement scolarisée avec un taux de scolarisation à l'école primaire de 93 % (en 2011), selon l'UNESCO. En dépit de sa nation fragmentée, le pays existe bel et bien au-delà de ses particularismes insulaires. Dernière mise à jour: 07 déc. 2016 BibliographieCARDOSO, Sílvia. «A Educação e o Ensino em Cabo Verde: desafios e perspectivas» dans [http://www.geocities.com/visao_crioula/pag6.html].ENCYCLOPÉDIE ENCARTA 2004, art. «Cap-Vert», pour la partie historique.ENDERS, Armelle. Histoire de l’Afrique lusophone, Paris, Éditions Chandeigne, 1994, 158 p.FAULSTICH, Enilde. «La Communauté des pays de langue portugaise: une manifestation du plurilinguisme» dans Colloque international «La diversité culturelle et les politiques linguistiques dans le monde», Québec, 24-25 mars 2001, Université Laval.KÖSTER, Dietrich. «Kapverden - Die soziale und politische Rolle des Kapverden-Kreols», Bonn, janvier 2011,    [http://www.colonialvoyage.com/de/kapverden-kreol-die-soziale-und-politische-rolle-des-kapverden-kreols/].MILAM, «Le Portugal et l'Afrique, brève histoire d'un empire», sans lieu,[http://perso.club-internet.fr/antman/portugal/port-afr.html].SOMBRA SARAIVA, José Flávio. CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Brasilia, Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI), 2001, 203 p.VIGNOL, Philibert. «La langue portugaise: d’un trophée de guerre à une langue nationale», Nantes, publication interne de l’Université de Nantes, 1997.TABUCCHI, Antonio. «Suspecte "lusophonie"», dans Le Monde, Paris, 17 mars 2000.TORQUADO, Clovis Porto. «As políticas linguísticas oficiais em Cabo Verde pós-Independência: a construção da nação» dans Revista Letras, Santa Maria (Bréail), v. 21, no 42, janvier-juin 2011, p. 151-184.
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katakaal · 2 years ago
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Le Cap-Vert, ou Cabo Verde, est un État insulaire composé d’un archipel d’îles volcaniques. Il est situé au large de la côte nord-ouest de l’Afrique. Il est réputé pour sa culture créole afro-portugaise, sa musique morna et ses nombreuses plages. La plus grande île, Santiago, abrite la capitale actuelle, Praia, et l’ancienne capitale, Cidade Velha, avec sa forteresse Fort Real de São Filipe perchée au sommet d’une falaise. Capitale:  PraiaPopulation: 504 000 (est. 2012)Langues officielles (de jure): portugais et créole capverdienGroupe majoritaire:  créole capverdien (98 %) appelé "crioulo"Groupes minoritaires: portugais et langues immigrantes (africaines)Langue coloniale: portugaisSystème politique: république unitaireArticles constitutionnels (langue): art. 7, 9, 11, 24, 25 et 79 de la Constitution du 3 mai 2010 Lois linguistiques: Loi fondamentale sur le système d'éducation (1990); Décret-loi no 67 du 31 décembre sur la base de l'alphabet unifié pour l'écriture du créolecapverdien (1998); Décret-loi no 3 du 29 mars (1999); Règlement de l'Assemblée nationale (2000); Résolution de l'Assemblée de la République no 8 (2000); Code pénal (2003); Résolution no 48 du 14 novembre sur la valorisation de la langue capverdienne (2005); Décret-loi no 15 du 14 février (2005); Décret-loi no 8 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien (2009); Programme du gouvernement pour la VIe Législature (2001-2005); Programme du gouvernement pour la VIIe Législature (2006-2011). 1 Situation géographique Le Cap-Vert (en portugais: Cabo Verde) est un petit pays insulaire de 4033 km² (soit sept fois plus petit que la Belgique, dix fois plus grand que l'île de Montréal qui est de 495 km² , la superficie de Paris étant de 105 km²) situé dans l'océan Atlantique, à plus de 600 km au large du Sénégal, la pointe la plus occidentale de l'Afrique. L'archipel est constitué de dix îles et de cinq îlots. Au nord, les Îles-du-Vent (Ilhas de Barlavento) comprennent Santo Antão, São Vicente, São Nicolao, Sal et Boa Vista. Au sud, São Tiago (ou Santiago regroupant la moitié de la population), Brava, Fogo et Maio forment les Îles-sous-le-Vent (Ilhas de Sotavento). La capitale du Cap-Vert est Praia (île de São Tiago).  Le Cap-Vert fait partie des cinq pays d'Afrique utilisent le portugais comme langue officielle, ce qui correspond en ce cas à une langue seconde pour les habitants de ces pays: l'Angola, la Guinée-Bissau, le Mozambique et les îles de São-Tomé-et-Príncipe. Administrativement, le Cap-Vert est formé de 17 districts ou concelhos: Boa Vista, Brava, Calheta, Maio, Mosteiros, Paul, Praia, Porto Novo, Ribeira Grande, Sal, Santa Catarina, Santa Cruz, São Domingos, São Nicolau, São Filipe, São Vicente et Tarrafal.Les îles du Cap-Vert font partie de la Macaronésie, un ensemble géographique regroupant les îles volcaniques des Canaries (hispanophones), l'archipel de Madère (lusophone), incluant les îles Selvagens ("Sauvages") inhabitées, l'archipel des Açores (lusophone) et les îles du Cap-Vert (lusophones). Cet ensemble fait partie d'un programme de coopération transfrontalière entre les gouvernements de l'Espagne, du Portugal et du Cap-Vert parce que ces îles présentent des caractéristiques communes, environnementales et historiques, entraînant de nombreuses similitudes au plan de la faune et de la flore. Grâce à sa flore et à sa faune, la Macaronésie est l'une des régions naturelles les plus importantes du monde. 2 Données démolinguistiques La population capverdienne est majoritairement issue d'un mélange d'Africains et d'Européens, avec 80 % de Métis ou Mestiços, les descendants des anciens esclaves africains et des colonisateurs européens; les Blancs ne représentent que 2 % de la population. La moitié des Capverdiens est concentrée sur l'île de São Tiago et l'île de São Vicente (voir le tableau ci-dessous). ÎlePopulationSuperficieSanto Antão43 274779 km2São Vicente77 793227 km2São Nicolau12 638346 km2Sal28
537216 km2Boa Vista10 384620 km2São Tiago281 302 991 km2Maio  7 014269 km2Fogo 36 931476 km2Brava 5 84064 km2Santa Luziainhabitée35 km2Total503 713 Suite à diverses vagues d'émigrations, plus de 700 000 Capverdiens vivent aujourd'hui à l'étranger, surtout aux États-Unis (250 000), au Canada, au Portugal, en France, en Espagne, en Italie, aux Pays-Bas, au Sénégal, en Angola, etc.  Marquée par cinq siècles de présence portugaise, la population capverdienne est majoritairement catholique (95 %).  Depuis 1995, surtout depuis 1998 et 1999, le Cap-Vert assiste à un afflux de ressortissants chinois. La communauté chinoise s'est finalement dispersée dans toutes les îles principales. Les Chinois travaillent généralement dans la restauration et les commerces de détails. La majorité des Chinois du Cap-Vert proviennent de la province de Zhejiang, qui est située sur la côte est de la mer de Chine, au sud de Shangaï; un petit nombre vient de Shanghaï et Pékin. Avec un peu plus de 500 000 habitants, le Cap-Vert demeure l'un des pays les moins peuplés d'Afrique. 2.1 Le portugais La langue officielle est le portugais, mais la connaissance de cette langue au Cap-Vert n'est une réalité que pour une portion très restreinte de la population — l'élite capverdienne instruite et les Portugais blancs — et la pratique de cette langue est souvent limitée à l'écrit puisque le créole est omniprésent dans la langue parlée. En effet, toutes les situations informelles de la communications, tant dans la classe instruite que dans la population en général, ne se déroulent qu'en créole capverdien. En Afrique, le portugais est également la langue officielle de la Guinée-Bissau, ainsiq ue des autres anciennes colonies du Portugal: les îles São Tomé e Principe, l'Angola et le Mozambique. 2.2 Le créole capverdien (crioulo) Presque tous les Capverdiens (nationaux) parlent le créole, appelé en français capverdien. Au Cap-Vert, on l'appelle crioulo, caboverdiano,crioulo de Cabo Verde, língua caboverdiana ou encore simplement kriol à l'île São Vicente, la seconde île la plus peuplée des îles du Cap-Vert. En fait, l'appellation correcte de cette langue est «créole capverdien» ("crioulo cabo-verdiano"), mais dans l'usage quotidien la langue est simplement appelée «créole» ("crioulo") par ses locuteurs. La désignation de «capverdien» ("caboverdiano") ou de «langue capverdienne» ("língua caboverdiana") est utilisée dans la législation pour désigner la langue normalisée (standardisée). Le créole est une langue véhiculaire forgée à partir du portugais et de différentes langues d'Afrique. C'est l'un des plus vieux créoles parlés dans le monde. La proportion de la population qui utilise le créole capverdien comme langue maternelle s'élève à plus de 99 %; les immigrants arrivant au Cap-Vert, surtout des Africains et des Chinois, apprennent rapidement le créole et l’utilisent comme langue véhiculaire, puis comme langue maternelle après une génération. Le créole capverdien est donc une langue assimilatrice, ce que n'est pas le portugais. Au Cap-Vert, malgré un niveau de scolarité relativement élevé en éducation, le créole capverdien demeure indélogeable dans sa fonction de langue maternelle. Malgré l'étroitesse du territoire, la situation insulaire implique que chacune des neuf îles du Cap-Vert a élaboré sa propre façon de parler créole. Chacune de ces îles possède sa variété différente, mais les universitaires du Cap-Vert les désignent généralement par le terme de «variantes» (en portugais: variantes).  On peut opposer deux grandes «variantes» : le capverdiensotavento (env. 65 %) ou créole des Îles-sous-le-Vent sur les îles de Santiago (São Tiago), Maio, Fogo et Brava, et le capverdien barlavento (env. 35 %) ou créole des Îles-du-Ventsur les îles de Santo Antão, São Vicente, São Nicolau, Sal, et Boa Vista. Au point de vue linguistique, les variantes les plus importantes sont celles de Fogo, de Santiago, de São Nicolau et de Santo Antão,
et toute étude approfondie de la langue créole devrait prendre en compte au moins ces quatre variantes.  Aujourd'hui, on peut considérer le dialecte de l'île São Vicente comme un dénominateur commun des dialectes barlavento. Au point de vue social, les variantes les plus importantes sont celle de Santiago et celle de São Vicente. Les variantes des deux principaux centres urbains, Praia et Mindelo, sont les variantes comptant le plus grand nombre de locuteurs. Voici un exemple de créole capverdien (extrait de : Nicolas QUINT, Parlons capverdien, langue et culture, Paris, L'Harmattan, 2003, p. 20-21): CaboverdianoCapverdien (traduction)PURMERU LISOM : FLA MANTENHA1. Djom é berdiánu di Santiágu. Anne é minina di Fránsa.2. Djom : Es korpu ?3. Anne : Alê-m li, es bida ?4. Djom : Alê-m li dretu, gentis é módi ?5. Anne : Tudu sta dretu ? Di bo ?6. Djom : Támbi sta dretu, grásas-a Diós !7. Anne : Módi bu tchoma ?8. Djom : M-tchoma Djom. Di bo, é módi ?9. Anne : M-tchoma Anne.10. Djom : Undi bu mora ?11. Anne : M-mora na Práia. A-bo undi bu mora ?12. Djom : A-mi m-mora na Somáda.PREMIÈRE LEÇON : LES SALUTATIONS1. Jean est un Capverdien de l'île de Santiago. Anne est une jeune fille originaire de France.2. Jean : est-ce que tu vas bien ?3. Anne : je vais bien, (et) toi comment vas-tu ?4. Jean : je vais bien, comment va ta famille ?5. Anne : tout le monde va bien. Et ta famille ?6. Jean : ils vont bien aussi, Dieu merci.7. Anne : comment t'appelles-tu ?8. Jean : je m'appelle Jean. Et toi, comment t'appelles-tu ?9. Anne : je m'appelle Anne.10. Jean : où habites-tu ?11. Anne : j'habite à Praia. Et toi, où habites-tu ?12. Jean : moi, j'habite à Assomada. Les différences dialectales constituent la barrière principale en vue d'une éventuelle standardisation du créole capverdien, voire de son officialisation. La plupart des initiatives faisant la promotion officielle du créole sont venues de la plus grande île, Santiago, ce qui a causé un certain scepticisme dans les autres îles du pays, car les insulaires tiennent beaucoup à leur propre variété locale. Par exemple, à São Vicente, beaucoup de gens s'opposent vigoureusement au statut officiel du créole, car ils craignent l'imposition du capverdien (badiu) de l'île de Santiago. Voici un exemple à partir de la variété de Santiago (source: Wikipedia): Créole capverdienTraduction en portugaisTraduction françaiseÔi Cábu Vêrdi,Bô qu’ê nhâ dôr más sublímiÔi Cábu Vêrdi,Bô qu’ê nhâ angústia, nhâ paxõNhâ vída nâceDí disafíu dí bú clíma ingrátuVontádi férru ê bô nâ nhâ pêtuGôstu pâ lúta ê bô nâ nhâs bráçuBô qu’ê nhâ guérra,Nhâ dôci amôrOi Cabo Verde,Tu que és a minha dor mais sublimeOi Cabo Verde,Tu que és a minha angústia, a minha paixãoMinha vida nasceuDo desafio do teu clíma ingrátuA vontade de ferro és tu no meu peitoO gosto pela luta és tu nos meus braçosTu que és a minha guerra,O meu doce amorSalut Cap-Vert,Toi qui es ma douleur plus sublimeSalut Cap-Vert,Toi, qui es mon angoisse, ma passionMa vie est néeDu défi de ton clima ingratLa volonté d'acier est sur ma poitrineLe goût pour le combat est dans mes brasToi qui es ma guerreÔ Mon doux amour On peut constater que les mots du lexique entre le créole et le portugais sont relativement rapprochés, ce qui démontre manifestement la filiation linguistique : Cábu Vêrdi/Cabo Verde, sublími/sublime, angústia/angústia, paxõ/paixão, nâce/nasceu, disafíu/desafio, clíma ingrátu/clíma ingrátu, Vontádi férru/vontade de ferro, pêtu/peito, Gôstu /gosto, bráçu/braços, guérra/guerra, amôr/amor. Quoi qu'il en soit, ces variétés entre les îles du Cap-Vert sont intercompréhensibles de la part de tous les insulaires du pays. La langue n'étant pas standardisée ni normalisée, le système d'écriture (alphabet latin) peut varier entre le capverdien sotavento et le capverdien barlavento. C'est pourquoi le Décret-loi no 67/98 du 31 décembre a proposé un alphabet unifié appelé ALUPEC : ALUPEC = Alfabeto Unificado para a Escrita do Cabo-verdiano (ou Alphabet unifié pour l'écriture du capverdien)
L'article 1er du décret-loi approuvait l'adoption de l'alphabet unifié à titre expérimental: Article 1erEst approuvé à titre expérimental l'alphabet unifié pour l'écriture de la langue capverdienne (ou créole), ci-après dénommé ALUPEC (Alphabet unifié pour l’écriture du capverdien), dont les bases sont publiées en annexe. Dix ans plus tard, le Décret-loi no 8/ 2009 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien rendait cet alphabet officiel : Article 1erFondation de l'Alphabet capverdien1) L'Alphabet unifié pour l'écriture du capverdien (ALUPEC), approuvé à titre expérimental, par le décret- loi no 67/98 du 31 décembre, est établi comme alphabet capverdien.2) L'Alphabet capverdien fonctionne comme un système graphique national pour écrire la langue capverdienne. Le créole capverdien est également parlé en Guinée-Bissau (env. 100 000 locuteurs) et au Sénégal (env. 55 000), mais aussi aux États-Unis, en France, aux Pays-Bas, ainsi que dans tous les autres pays d'adoption comme en Angola. Par ailleurs, le Cap-Vert accueille près de deux millions de Sénégalais pour qui le français demeure encore une langue véhiculaire. Bien que le créole soit la langue maternelle de presque toute la population du Cap-Vert, le portugais est encore la seule langue officielle. Comme le portugais est utilisé dans la vie quotidienne (école, administration publique, les procédures statutaires, etc.), le portugais et créole vivent dans un état de diglossie. À la suite de cette large présence du portugais, on peut observer un processus de décréoalisation (descrioulização) dans tous les variantes du créole capverdien. 2.3 Les langues africaines Outre le créole capverdien, il existe aussi quelques langues africaines appartenant à la famille nigéro-congolaise (groupe ouest-atlantique): le peul, le balante et le mandjaque. EthniePopulationPourcentageLangue maternelleAffiliation linguistiqueCaverdiens367 00072,6 %capverdiencréole portugaisFulani 58 00011,4 %peul (fulfulde , Adamawagroupe ouest-atlantiqueBalantes 48 000 9,5 %balantegroupe ouest-atlantiqueMandjaques 22 000 4,3 %mandjaquegroupe ouest-atlantiquePortugais   9 600 1,9 %portugaislangue romaneAutres  1 000 0,1 %--Total (2012)505 000100,0 %-- La plupart de ces Capverdiens parlant une langue africaine telle le peul, le balante ou le mandjaque sont originaires de la Guinée-Bissau, sinon du Sénégal. Ce sont des immigrants ou des enfants d'immigrants. 3 Données historiques Il est probable que les îles du Cap-Vert étaient inhabitées lorsque les Portugais y abordèrent en 1456. Cependant, il n'est pas certain que ce soit vraiment les Portugais qu les aient découvertes. Des historiens croient que cette découverte est plutôt due à des navigateurs vénitiens et génois. On sait aussi que ces îles avaient été furent fréquentées depuis longtemps par des pêcheurs sénégalais.  3.1 Une colonie portugaise C'est en 1460 que le navigateur Diogo Gomes prit possession de l'archipel au nom du Portugal, qui devint domaine de la Couronne, après que les droits portugais sur les îles eurent été consacrés par le traité de Tordesillas, en 1494.  L'archipel servit d'abord de terre d'escale pour les navires portugais en route vers le Brésil. Puis il devint un important centre de la traite des Noirs vers l'Amérique, car le commerce des esclaves d’Afrique occidentale vers le Nouveau Monde transitait surtout par le Cap-Vert. De plus, les colons portugais de l'archipel firent venir leurs propres esclaves du continent africain pour les faire travailler dans les plantations. C'est à cette époque que s'est constitué le créole capverdien. Mais le peuplement de l'archipel fut relativement tardif, puisque São Vicente resta inhabitée jusqu'en 1727 et Sal, jusqu'en 1781. L'abolition définitive de la traite en 1866 et le détachement de la Guinée-Bissau en 1879 détruisirent l'économie des îles et entraînèrent une forte émigration vers les États-Unis (migration libre) et les colonies portugaises d'Angola et de São Tomé et Principe (migration forcée). 
Après l'abolition de l'esclavage, le portugais est resté la langue officielle dans la colonie, surtout comme langue de l'État, de la justice, de l'éducation et du commerce. Dans la culture coloniale, l'utilisation du créole restait un signe d'infériorité sociale.  Contrairement à la Guinée-Bissau, à l'Angola et au Mozambique, le régime de l'indigénat ne fut pas appliqué aux îles du Cap-Vert. En effet, la population blanche ne résista pas à l’apparition de la malaria: les Métis et les Noirs assurèrent le fonctionnement des institutions, tant laïques que religieuses.   Plus tard, les Métis capverdiens joueront un rôle important dans l'émancipation de la colonie, car à l'exemple des autres colonies portugaises d'Afrique, telles que l'Angola et le Mozambique, beaucoup de Métis étaient employés comme cadres dans l'Administration en raison de leur degré d'instruction plus élevé. Pour l'heure, tout autonomie du pays était simplement impossible, car les conditions n'y étaient guère favorables  en raison des sécheresses du début du siècle (1903-1904, et 1914), du régime fasciste de la Métropole et l'arrivée au pouvoir des militaires en 1926 ainsi que la limitation de l'immigration aux États-Unis et en Europe. En réalité, le Cap-Vert traversera l'une des périodes les plus sombres de son histoire, qui coïncidera également avec l'Estado Novo («Nouvel État») du dictateur António de Oliveira Salazar (1889-1970). Sous le régime de Salazar, les «chemises vertes», la police politique du dictateur, et le PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado: la Police internationale de défense de l’État), réussirent à étouffer tous les opposants, tant au Portugal que dans les colonies. Les tortures et les déportations au Cap-Vert étaient couramment pratiquées. Au cours de cette période, toute immigration était interdite (dont l'Amérique) : Salazar avait envoyé des troupes dans toutes les colonies portugaises du continent africain, afin de contenir le nationalisme toujours croissant des peuples autochtones. PUis les famines successives (1941-1942, 1946-1948) tuèrent, selon certains historiens, environ 20 000 personnes (sur 150 000 habitants) dans l'indifférence générale, car le pays était fermé aux étrangers. Néanmoins, beaucoup de Capverdiens réussirent à s'enfuir vers le Sénégal dans les années cinquante et soixante, pays qui, bien souvent, servait de relais pour l'Europe, surtout la France, les Pays-Bas et la Belgique. C'est notamment dans ces trois pays que se formèrent la plupart des cadres du mouvement indépendantiste capverdien. Dans la colonie du Cap-Vert, le créole devint un symbole de la résistance face au colonialisme portugais. En 1951, à l'instar des autres possessions portugaises, le Cap-Vert devint un territoire d'outre-mer. Cinq ans plus tard, en septembre 1956, Amilcar Cabral, un ingénieur agronome capverdien mais formé à l'université de Lisbonne, fonda le Parti africain pour l'indépendance de la Guinée portugaise (future Guinée-Bissau) et du Cap-Vert (PAICG). À partir de 1959, il s'engagea dans la lutte armée contre le colonisateur portugais. Le mouvement prit une orientation nationaliste révolutionnaire et marxisante qui s'accentua en janvier 1973. La guérilla réussit à contrôler les deux tiers de la Guinée-Bissau, alors qu'au Cap-Vert le mouvement resta clandestin. 3.2 L'indépendance du Cap-Vert En 1975, après la révolution des Œillets au Portugal, le Cap-Vert et la Guinée-Bissau (l'ancienne colonie portugaise la plus proche) accédèrent à l'indépendance et constituèrent un seul État commun, dirigé par Luis Cabral (le frère d'Amilcar Cabral). Des frictions opposèrent rapidement les insulaires capverdiens et les continentaux guinéens.  Les deux anciennes colonies portugaises se séparèrent lors du coup d'État du 14 novembre 1980 en Guinée-Bissau. Au Cap-Vert comme en Guinée-Bissau, le portugais continua d'être la langue officielle, mais le créole capverdien fut désigné comme «langue nationale».
Le gouvernement, la radio et la télévision d'État, les journaux et les écoles utilisèrent le portugais, tandis que le créole restait la langue des organisations populaires, des mouvements syndicaux et des programmes éducatifs pour les enfants. Bine que de tendance communiste, le Cap-Vert se rapprocha des pays occidentaux, dont il dépendait économiquement, ainsi que de l'Afrique du Sud. La pays s'est ensuite maintenu sous le régime du parti unique. En 1990, le Partido Africano da Independência de Cabo Verde, le PAICV (ou Parti pour l'indépendance du Cap-Vert) accepta d’organiser des élections libres, persuadé de les remporter. Toutefois, les élections démocratiques du 13 janvier 1991 furent remportées par le Mouvement pour la démocratie (Movimento para a Democracia, MPD), le premier parti d'opposition. Le 17 février 1991, Antonio Mascarenhas Monteiro fut élu président de la République. En 1996, de nouvelles élections furent encore remportées par le MPD. Au plan international, le Cap-Vert fait partie, depuis juillet 1996, de la Communauté des pays de langue portugaise (CPLP), et ses 40 000 émigrés vivant au Portugal ont obtenu le droit de vote aux municipales dans ce pays soucieux d'éloigner son ancienne colonie des tentations de l'adhésion à la Communauté francophone du fait qu'il est entouré d'États francophones. La Constitution capverdienne présente une certaine originalité du fait que les anciens ressortissants du pays ont le doit d'élire six députés à l'Assemblée législative et ne perdent jamais leur nationalité s'ils se font naturaliser dans un pays étranger. Le Cap-Vert est membre des Sommets de la Francophonie depuis 1993 et a adhéré à l'Agence intergouvernementale de la Francophonie en décembre 1996. En juillet 2008, le Cap-Vert est devenu le 153e membre de l'Organisation mondiale du commerce (OMC). Malgré de faibles atouts économiques, le Cap-Vert est le pays le plus riche de l'Afrique du Sahel, grâce aux revenus de l'émigration et à l'aide internationale, qui représentent plus d'un tiers du produit intérieur brut (PIB). De fait, pauvre mais bien aidé par la communauté internationale, le Cap-Vert est considéré comme «un bon élève» par les organismes internationaux d'aide en développement. 4 La politique linguistique Le Cap-Vert a adopté une politique linguistique presque ambiguë à l'égard de ses deux langues, le portugais et le créole capverdien. D'une part, le portugais est la langue officielle; d'autre part, le créole capverdien est la langue maternelle de tous les citoyens du pays, mais il n'a pas de statut officiel. La politique linguistique capverdienne porte sur ces deux langues.  L'article 9 de la Constitution du 23 novembre 1999, révisée en 2010, proclame que le portugais est la langue officielle tout en reconnaissant que les citoyens ont le devoir de connaître les langues officielles ("línguas oficiais") et le droit de les utiliser. C'est en ce sens que la Constitution est ambiguë: le portugais est la langue officielle, mais il faut connaître les langues officielles:   Artigo 9Línguas oficiais1) É língua oficial o Português.2) Estado  promove  as condições  para  a  oficialização  da   língua  materna cabo-verdiana, em paridade com a língua portuguesa.3) Todos os cidadãos nacionais têm o dever de conhecer as línguas oficiais e o direito de usá-las.Article 9Langues officielles1) Le portugais est la langue officielle.2) L'État promeut les conditions pour l'officialisation de la langue maternelle capverdienne à parité avec la langue portugaise.3) Tous les citoyens nationaux ont le devoir de connaître les langues officielles et le droit de les utiliser. Ou bien une langue est officielle ou bien elle ne l'est pas. Le premier paragraphe aurait dû déclarer que les deux langues officielles sont le portugais et la «langue maternelle capverdienne», d'autant plus que le paragraphe 3 déclare que «tous les citoyens nationaux ont le devoir de connaître les langues officielles et le droit de les utiliser».
  Quant au paragraphe 2, il parle de «l'officialisation de la langue capverdienne à parité avec la langue portugaise». Cela signifie donc qu'il y aurait deux langues officielles, mais il est probable que le texte du paragraphe 1 soit volontairement ambiguë. La co-officialité réelle signifierait que les deux langues seraient employées tant à l'oral qu'à l'écrit, dans tous les sphères de communication de l'État, telles la justice, l'administration, l'école, etc. Or, ce n'est pas le cas. Le créole est confiné à l'oral dans les situations de communication généralement informelles.  Quoi qu'il en soit, beaucoup de Capverdiens réclament maintenant la co-officialisation du créole à parité avec le portugais. Il fallait auparavant que le créole possède un alphabet unifié. Ce fut fait en 2009 avec l'adoption du Décret-loi no 8/ 2009 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien. Pourtant, la Constitution révisée de 2010 n'en a pas tenu compte. Pour parvenir à une réelle officialisation, il faudrait, par exemple, que tous les documents gouvernementaux soient disponibles en créole pour tous les Capverdiens qui désirent y accéder dans cette langue. L'administration publique devrait être capable de répondre à tout citoyen par écrit en créole. L'école devrait enseigner le créole dans tous les établissements. Évidemment, cette officialisation entraînerait des coût supplémentaires, ce qui apparaît injustifié pour beaucoup de Capverdiens. Au Cap-Vert, le contexte social permettant d'officialiser le créole est favorable à cette politique. Mais les conditions pour la réaliser doivent être propices: les autorités doivent faire preuve de patience et de résister à la tentation de bâcler une question aussi grave, qui implique des implications multiples et complexes pour le présent et l'avenir du pays. D'une part, il faut tenir compte de la langue employée par tout le monde, d'autre part, garder les contacts avec la communauté internationale. Seul le bilinguisme peut permettre une telle approche. 4.1 La politique à l'égard du portugais La plus grande partie de la politique linguistique de l'État capverdien porte sur le portugais, la langue officielle depuis la colonisation. Le portugais est resté la langue de l'État, donc de la législation, de l'administration, de la justice, de l'enseignement et des médias, même de la religion. Le portugais est donc synonyme de savoir, d'éducation et de prestige. - La langue de l'État Le portugais est officiellement la langue du Parlement, du moins dans la promulgation et la publication des lois. Dans les faits, le portugais et le créole capverdien sont admis dans les débats oraux, mais la plupart des députés n'utilisent que le créole dans les délibérations et les travaux des comités. Les lois sont rédigées en portugais seulement.  Il en est ainsi dans les tribunaux où les témoignages peuvent être en créole, mais non les documents écrits obligatoirement présentés en portugais ou dans une langue étrangère accompagnée d'une traduction dans la langue officielle. L'emploi du créole n'est pas un droit, mais une pratique tolérée, car aucun citoyen ne se voit interdire de faire ses déclarations ou ses témoignages en créole. L'administration publique pratique la même politique à l'égard des demandes orales en créole et des demandes écrites en portugais. Cela signifie que les fonctionnaires répondent toujours en créole aux demandes faites oralement dans cette langue. Non seulement les ministres s'adressent en créole à la population, mais également le président de la République et le premier ministre. Cependant, les documents administratifs ne sont pas disponibles en créole; il faut donc connaître le portugais.   Dans les écoles, la langue d'enseignement demeure le portugais, à tous les niveaux, c'est-à-dire du primaire à l'université en passant par le secondaire. Dans les écoles primaires, la langue d'enseignement est le portugais, mais des cours sont prévus pour l'évaluation de la culture
créole, le «repositionnement» (reposicionamento) de la langue portugaise en tant qu'apport culturel dans la société capverdienne. L'organisation des études portent sur quatre domaines: la langue portugaise, les mathématiques, les «sciences intégrées» (histoire, géographie et sciences de la nature) et l'expression orale. La Loi fondamentale sur le système d'éducation (1990) définit les principes fondamentaux de l'organisation et du fonctionnement du système d'éducation, y compris l'enseignement public et privé. L'article 9 de la loi énonce que l'éducation doit être fondée sur les valeurs, les besoins et les aspirations individuelles et collectives, et se connecter à la communauté,associant au processus éducatif les aspects les plus pertinents de la vie et de la culture capverdiennes. Parmi les nombreux objectifs de l'enseignement fondamental (primaire), figure à l'alinéa i) celui de promouvoir la connaissance, l'empressement ("apresso") et le respect pour les valeurs qui incarnent l'identité culturelle du Cap-Vert (art. 19): Article 19ObjectifsLes objectifs de l'enseignement fondamental sont les suivants:i) Promouvoir l'utilisation appropriée de la langue portugaise comme instrument de communication et d'étude;j) Promouvoir la connaissance, l'empressement et le respect pour les valeurs qui incarnent l'identité culturelle du Cap-Vert. L'enseignement primaire obligatoire dure six ans et le portugais reste la langue d'enseignement, mais les enseignants peuvent utiliser le créole capverdien pour quelques illustrations, surtout quand le problème de compréhension en portugais se pose. L'enseignement secondaire est, également, de six années, et il comporte trois cycles: 1er cycle: 7e et 8e annéesportugais : 4 h par semaineanglais : 4 h par semaine français : 4 h par semaine2e cycle: 9e et 10e annéesportugais : 4 h par semaineanglais : 3 h par semainefrançais : 3 h par semaine3e cycle : 11e et 12e annéesportugais : 3 h par semaineanglais : 4 h par semainefrançais : 4 h par semaine L'enseignement secondaire assure la continuité du primaire en recourant encore à la langue portugaise comme véhicule d'enseignement. Selon l'article 22 de la Loi fondamentale sur le système d'éducation, l'un des objectifs de l'enseignement secondaire est de promouvoir la maîtrise de la langue portugaise en renforçant la capacité d'expression orale et écrite: Article 22ObjectifsLes objectifs de l'enseignement secondaires sont les suivants:Les objectifs de l'enseignement secondaires sont les suivants:c) Promouvoir la maîtrise de la langue portugaise en renforçant la capacité d'expression orale et écrite;g) Promouvoir l'enseignement des langues étrangères. La langue de l'enseignement supérieur est le portugais. Pour la formation en anglais et en français, les langues sont respectivement l'anglais et le français, avec quelques recours parfois au portugais. Pour la formation en créole ( assez instable), on utilise le créole capverdien, et ce, uniquement à l'Institut supérieur de l'éducation (ISE). Tous les médias écrits n'emploient que le portugais, mais les médias électroniques, particulièrement la radio (Radio Nacional De Cabo Verde et Radio Nova), ont recours davantage au créole capverdien, mais la télévision d'État, la Televisão Nacional De Cabo Verde, diffuse surtout en portugais. Les journaux les plus importants sont le Novo Jornal De Cabo Verde(hebdomadaire) l'A Semana (hebdomadaire) et le Horizonte (État). Dans le domaine des affaires et du commerce, l'article 52 du décret-loi no 15 du 14 février (2005) oblige les sociétés de gestion des fonds d'investissement à fournir leurs documents en portugais: Article 52Commercialisation au Cap-Vert4) Les sociétés de gestion des fonds d'investissement doivent fournir les documents en portugais ainsi que les informations devant être publiés dans le pays de leur lieu de résidence et procéder à leurdivulgation en vertu des termes applicables aux fonds d'investissement nationaux. Mais la
loi la plus importante de ce genre est le décret-loi no 3 du 29 mars (1999) qui prescrit à l'article 85 l'usage du portugais pour les entreprises enregistrées. Le premier paragraphe énonce que «les entreprises doivent être correctement enregistrées en langue capverdienne ou portugaise», mais toutes les autres dispositions ne concernent ensuite que la langue portugaise. Tout ce qui n'existe pas en portugais, voire en latin ou en grec, est considéré comme «étranger». Voici les exceptions admises dans les entreprises: Article 85Utilisation du portugais3) Des dispositions du paragraphe 1 est exclu l'usage de mots ou de parties de mots, même s'ils sont étrangers ou faits de façon étrangère:a) s'ils correspondent à un vocabulaire d'usage généralisé, sans traduction adéquate en portugais ;b) s'ils entrent dans la composition des entreprises déjà enregistrées ou correspondent en totalité ou en partie à des noms ou à des firmes associées, des mécènes ou des fondateurs ou, dans le cas de filiales, succursales ou autres formes de représentation, à des entreprises de sociétés-mères étrangères, qui sont légalement enregistrées dans leur pays d'origine et sont officiellement autorisées à les utiliser ;c) s'ils constituent une marque commerciale ou industrielle d'usage légale, conformément à la législation;d) s'ils résultent de la fusion des mots ou de parties de mots portugais ou étrangers, admissibles en vertu du présent paragraphe, qui sont directement liées aux activités réalisées ou à l'exercice ou même retirés des éléments restants dune firme ou des noms des entreprises associées, mécènes ou fondateurs;e) s'ils visent à faciliter une plus grande pénétration du marché à l'étranger où sont dirigées les activités à mener ou à exercer; f) s'ils résultent de l'emploi correct de termes dans les langues classiques du latin ou du grec. Il semble clair que les mots en créole font partie des langues étrangères.  - La langue des relations internationales Dans les relations internationales, l'article 11 de la Constitution énonce que l'État du Cap-Vert doit maintenir «des liens spéciaux d'amitié et de coopération avec les pays de langue officielle portugaise et avec les pays d'accueil des émigrants capverdiens»:  Article 11Relations internationales6)  L'État du Cap-Vert maintient des liens spéciaux d'amitié et de coopération avec les pays de langue officielle portugaise et avec les pays d'accueil des émigrants capverdiens.  Le Cap-Vert fait officiellement partie des pays lusophones. Depuis 1990, de nombreux accords de coopération scientifique et technique ont été signés entre les États de la CPLP, ce qui a donné lieu à plusieurs commissions communes de terminologie. Dans les organisations internationales qui ne concernent pas les pays lusophones, les fonctionnaires utilisent surtout le français, rarement l'anglais. La langue véhiculaire des diplomates étrangers accrédités au Cap-Vert est le français  (la  majorité) et le portugais, dans certains cas. - L’accord orthographique de 1990 Le traité le plus important concerne l'Accord orthographique sur la langue portugaise de 1990 — Acordo Ortográfico da língua Portuguesa — qui a pris en compte les différences linguistiques afin de réduire les difficultés liées à la tendance naturelle à la différenciation et de préserver les intérêts de la langue portugaise dans les pays lusophones. À la suite des délibérations entre les délégations de l'Angola, du Cap-Vert, de la Guinée-Bissau, du Mozambique et de São Tomé et Príncipe, ainsi que des observateurs de la Galice (Espagne), les États signataires — la République populaire d'Angola, la République fédérative du Brésil, la république du Cap-Vert, la république de la Guinée-Bissau, la république de Mozambique, la république du Portugal et la République démocratique de São Tomé et Príncipe — ont convenu des dispositions qui suivent (l’accord comptant quatre articles). L’article 1er ne fait que proclamer l’adoption de l’accord orthographique
de 1990, mais l’article 2 énonce que les États signataires prendront les mesures nécessaires en vue d'élaborer un vocabulaire orthographique commun de la langue portugaise en ce qui concerne les terminologies scientifiques et techniques. Article 2Les États signataires doivent prendre, par l'entremise des institutions et organismes compétents, les mesures nécessaires en vue de l'élaboration, jusqu'au 1er janvier 1993, d'un vocabulaire orthographique commun de la langue portugaise, aussi complet que souhaitable et normalisé que possible en ce qui concerne les terminologies scientifiques et techniques. Selon l’article 3, l'Accord devait entrer en vigueur le 1er janvier 1994, une fois que seront déposés les instruments de ratification de tous les États signataires auprès du gouvernement de la république du Portugal. Pour diverses raisons, la date butoir a été reportée en mai 2015, car en janvier 1994 seuls le Portugal, le Brésil et le Cap-Vert avaient ratifié l'accord. Quant àl’article 4, il oblige les États signataires à prendre les mesures appropriées pour assurer le respect effectif de la date d'entrée en vigueur établie à l’article précédent. Le document fut signé par les sept États, à Lisbonne, le 16 décembre 1990. Le traité est accompagné d’annexes décrivant les points orthographiques et/ou grammaticaux sur lesquels porte l’accord: alphabet, h initial et final, homophonie, séquences consonantique, voyelles atones, voyelles nasales, accentuation des oxytons/paroxytons, accent grave, tréma, trait d’union, apostrophe, minuscules et majuscules, divisions syllabiques, etc. -  La Communauté des pays de langue portugaise En 1996, le Portugal ainsi que sept de ses anciennes colonies ont fondé la Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), la Communauté des pays de langue portugaise. Les pays membres étaient les suivants: l'Angola, le Brésil, le Cap-Vert, la Guinée-Bissau, le Mozambique, le Portugal et Sao Tomé-et-Principe. Après son indépendance, le Timor oriental a rejoint l’organisation comme 8e pays membre. La CPLP veut promouvoir la langue portugaise ainsi que la culture commune qui unit les pays membres. Plus particulièrement, les pays lusophones désirent collaborer dans le domaine de l'éducation, mais chercheront aussi à renforcer les liens culturels, politiques et économiques. La CPLP a son siège social à Lisbonne. Grosso modo, les pays de la CPLP veulent encourager la diffusion et l'enrichissement de la langue portugaise, accroître les échanges culturels dans l’espace lusophone, renforcer la coopération entre les pays de langue portugaise dans le domaine de la concertation politique et diplomatique, encourager le développement d'actions de coopération interparlementaire, développer la coopération économique, dynamiser et approfondir la coopération dans le domaine universitaire, de la formation professionnelle et dans les différents secteurs de la recherche scientifique et technologique, mobiliser des efforts et des ressources en appui solidaire aux programmes de reconstruction et de réhabilitation, promouvoir la coordination des activités des institutions publiques et entités privées, associations de nature économique et organisations non gouvernementales œuvrant au développement de la coopération entre les pays lusophones, etc.  Quoi qu'il en soit, certains critères se trouvent à la base du concept de lusophonie: 1) un pays qui adopte la langue portugaise comme langue véhiculaire est un pays lusophone;2) une communauté qui regroupe les sept peuples qui parlent portugais, ainsi que Timor, Goa et Macao est une communauté lusophone;3) un pays où le portugais est une langue écrite et où cette pratique se généralise à tout le territoire est un pays où la lusophonie est en progression (c'est le cas du Timor oriental); par conséquent, le concept fondateur de la CPLP ne rattache pas nécessairement les locuteurs du portugais au monde de la lusophonie. Ainsi, un ensemble de pays dont la langue officielle, maternelle ou d'emprunt est le portugais est une communauté de pays de langue portugaise. 
- La Déclaration constitutive des pays de langue portugaise   Deux documents ont été signés, le 17 juillet 1996, par les États de la CPLP: la Déclaration constitutive des pays de langue portugaise (Cimeira Constitutiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) et les Statuts de la Communauté des pays de langue portugaise (Estatutos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). La Déclaration constitutive des pays de langue portugaise a institutionnalisé la Communauté des pays de langue portugaise (CPLP). L'article 3 de la Charte de la Communauté des pays de langue portugaise exprime clairement les objectifs de ces sept pays: 1) concertation politique et diplomatique entre ses membres en matière de relations internationales, principalement dans le but d'affirmer sa présence (de la CPLP) dans les congrès internationaux ;2) la coopération, particulièrement dans les domaines économique, social, culturel, juridique, technique et scientifique;3) la mise en œuvre de projets destinés à promouvoir et à diffuser la langue portugaise. - Les statuts des pays de langue portugaise (CPLP) La Déclaration constitutive est accompagnée des Statuts de la Communauté des pays de langue portugaise, qui comptent 22 articles.  Seul l'article 3 traite de la langue portugaise, les autres articles concernent le fonctionnement de la CPLP. Voici les objectifs tels qu'énoncés par l'article 3: a) la concertation politique et diplomatique entre ses membres en matière de relations internationales, nommément en vue de renforcer leur présence aux fora internationaux;b) la coopération, nommément dans les domaines économique, social, culturel, juridique, technique et scientifique;c) la matérialisation de projets visant à la promotion et à la diffusion de la langue portugaise. 4.2 La politique à l'égard du créole capverdien Depuis plus d'une dizaine d'années, le gouvernement capverdien s'est préoccupé du créole capverdien, la langue maternelle de tous les citoyens. C'est d'ailleurs l'une des obligations prévues par la Constitution. En effet, l'article 7 oblige l'État à «préserver, valoriser et promouvoir la langue maternelle et la culture capverdienne» (alinéa i) : Article 7Rôle de l'ÉtatLes tâches fondamentales de l'État sont: a) De défendre l'indépendance, de garantir l'unité nationale, de préserver, d'évaluer et de promouvoir l'identité de la nation capverdienne, en favorisant la création de leurs conditions nécessaires d'ordre social, culturel, économique et politique;g) De soutenir la communauté capverdienne éparpillée de par le monde et de promouvoir en son sein la conservation et le développement de la culture capverdienne ; h) De susciter et promouvoir l'éducation, la recherche scientifique et technologique, la connaissance et l' utilisation de nouvelles technologies, ainsi que le développement culturel de la société capverdienne ;i) De préserver, valoriser et promouvoir la langue maternelle et la culture capverdienne;  L'article 79 de la Constitution porte sur le «droit à la culture». D'après cette disposition, il incombe spécialement à l'État de « promouvoir la défense, la valorisation et le développement de la langue maternelle capverdienne et de stimuler son usage dans la communication écrite» (alinéa f):  Article 79Droit à la culture1) Tous ont droit aux avantages et à la création culturelle, ainsi que du devoir de préserver, défendre et valoriser le patrimoine culturel.2) Afin de garantir le droit à la culture, les pouvoirs publics doivent promouvoir, stimuler et assurer l' accès de tous les citoyens aux avantages et à la création culturelle en collaboration avec les autres agents culturels.3) Afin de garantir le droit à la culture, il incombe spécialement à l'État de: [...] d) assurer la défense et la promotion de la culture capverdienne dans le monde ; e) promouvoir la participation d'émigrants dans la vie culturelle du pays ainsi que la diffusion et l'évaluation de la culture nationale au sein des communautés
capverdiennes émigrées ;f) promouvoir la défense, la valorisation et le développement de la langue maternelle capverdienne et de stimuler son usage dans la communication écrite ; g) stimuler et soutenir les organisations relatives à la promotion culturelle et aux industries liées à la culture. - L'Alphabet unifié pour l'écriture du capverdien L'objectif à long terme est d'officialiser le créole capverdien. Pour ce faire, il faut auparavant doter la langue d'une écriture. Le Décret-loi no 67/98 du 31 décembre proposé un alphabet unifié appelé ALUPEC : Alfabeto Unificado para a Escrita do Cabo-verdiano. Le décret 67/98 instituait une période d'essai d'une durée de cinq ans à compter de la date d'entrée en vigueur de la loi. C'est le Décret-loi no 8 instituant l'ALUPEC comme alphabet capverdien (2009) qui rendait cet alphabet officiel. Toutefois, la loi n'a pas imposé des règles précises pour l'emploi de cet alphabet qui constitue une façon d'écrire le créole dans ses différentes variantes. C'est avant tout une option pour représenter chaque son de façon uniforme les variantes de la langue capverdienne. L'ALUPEC harmonise deux modèles d'alphabet latin: l'un sur une base phonologique, l'autre sur une base étymologique. Selon l'article 2 du décret-loi no 8/2009 du 16 mars, l'alphabet se compose de 23 lettres et de 4 digrammes, avec une représentation en majuscules et en minuscules: Les 23 lettresLes 4 digrammesMajusculesA - B - D - E - F - G - H - I - J - K - L - M - N - Ñ - O - P - R - S - T - U - V - X - Y - ZDJ - LH - NH - TXMinusculesa - b - d - e - f - g - h - i - j - k - l - m - n - ñ - o - p - r - s - t - u - v - x - y - zdj - lh - nh - tx Un règlement prévoit que, pour que le créole devienne une langue officielle, il faut qu'il y ait des conditions nécessaires pour son officialisation. Or, celle-ci ne s'est pas encore concrétisée pour plusieurs raisons : - L'existence d'une grande fragmentation dialectale dans le créole, et les locuteurs ne veulent pas parler une autre variante que la leur;- L'absence de règles pour déterminer quelle est la forme correcte (et graphique) pour chacun des mots. Par exemple, seulement pour le mot correspondant en portugais à algibeira («poche»), on trouve algibêra, agibêra, albigêra, aljubêra, alj'bêra, gilbêra, julbêra et lijbêra;- L'absence de règles pour établir les limites lexicales à adopter; souvent, les locuteurs du créole, en écriture, se joignent à différentes classes grammaticales. Par exemple, "pâm" au lieu de "pâ m";- L'absence de règles pour établir des structures grammaticales qui doivent être prises non seulement entre les différences dialectales, mais aussi les variations dans une même variante dialectale. Par exemple, dans la variante de Santiago, lorsqu'il y a deux phrases dont l'une est subordonnée à l'autre, il faut une concordance des temps des verbes (bú cría pâ m' dába «tu querias que eu desse»), mais certains locuteurs ne l'applique pas;- L'absence de normes pour déterminer des niveaux de langue : familial, formel, informel, argotique, scientifique, etc.- Le système d'écriture adopté, l'ALUPEC, n'a pas été accepté par toutes les composantes. Pour surmonter ces problèmes, certains auteurs préconisent un processus de standardisation des créoles des Îles-sous-le-Vent (capverdien sotavento) autour de la variante de Santiago et un autre processus de standardisation des créoles des Îles-du-Vent (capverdien barlanvento) autour de la variante de São Vicente. Ainsi, le créole serait une langue «multicentrée» ("língua pluricêntrica"). Malgré le fait que l'ALUPEC soit devenu un système d'écriture unifié et officiellement reconnu par le gouvernement du Cap-Vert, il est permis d'utiliser d'autres modèles d'écriture, selon larésolution 48/2005, «à la condition qu'ils soient présentés sous une forme systématisée»: 13. En disposant, en ce moment, d'un seul alphabet systématisé pour écrire la langue capverdienne (ou l'ALUPEC), son emploi constituera une valeur ajoutée pour le soutien institutionnel dans les créations artistiques.
Cependant, d'autres modèles d'écriture sont également acceptables dans l'obtention d'un soutien, à la condition qu'ils soient présentés sous une forme systématisée. Ce sont toutes ces raisons qui font en sorte que chaque locuteur capverdien préfère utiliser son propre dialecte local; ils craignent en fait de perdre une partie de leur identité. - La Commission nationales pour les langues En octobre 2012, le gouvernement a institué la Comissão Nacional para as Línguas (CNL), la Commission nationale pour les langues, un organisme consultatif chargé de la mise en œuvre de la politique linguistique. En vertu de la résolution 47/2012 (Resolução n° 47/2012), le principal objectif de la Commission nationale pour les langues est de faire de la société capverdienne un pays affectivement bilingue, en accord avec les citoyens et l'environnement. Les langues concernées sont le portugais, le créole capverdien et la langue des signes. Les membres de la CNL sont des universitaires dans le domaine des études linguistiques, de la littérature, de la philosophie, ou des écrivains et des enseignants qui ont rédigé des ouvrages scientifiques ou littéraires dans les langues en usage dans la société capverdienne (portugais, créole et langue des signes). L'objectif dinal est d'officialiser le créole capverdien. - L'enseignement du créole Le créole capverdien est la langue maternelle de tous les Capverdiens. C'est cette langue que les jeunes cadres s'expriment dans leurs communications quotidiennes, y compris ceux qui ont étudié dans l'ancienne métropole comme les médecins, les ingénieurs, les enseignants, les avocats, les sociologues, les économistes, etc. C'est en créole capverdien que les fonctionnaires des différents ministères s'expriment pour communiquer entre eux. Bref, même s'il existe au Cap-Vert un bilinguisme élitiste (portugais-créole), le créole est constamment présent dans les relations informelles, même dans celles où le portugais prédomine. Autrement dit, il est inutile de nier la présence, pour ne pas dire l'omniprésence du créole dans la société capverdienne. Évidemment, l'objectif de tout ce branle-bas de combat est d'intégrer le créole dans l'enseignement. Auparavant, il faut obtenir l'accord des parents, car il y a des résistances de ce côté. Certains veulent que leurs enfants reçoivent leur instruction uniquement en portugais dans les écoles privées, alors que d'autres se résignent à ce que les écoles publiques enseignent en créole. Il faut dire qu'en Afrique la plupart des pays ont une seule langue officielle, qui est aussi la langue d'enseignement à tous les niveaux. Peu de pays ont osé permettre une langue locale dans le système d'éducation. Pour beaucoup de capverdiens, la politique linguistique à l'égard du créole est un écran de fumée. Il serait encore loin le jour où le créole deviendra dans les faits une langue co-officielle avec le portugais. Ce n'est pas par des dispositions constitutionnelles et des décrets gouvernementaux que le créole obtiendra ce statut. Pour ce faire, il faudra d'abord que le créole devienne une langue d'enseignement, une langue écrite dans l'administration, la justice et la législature, de même que dans les médias. Bref, il faudrait que le créole capverdien soit la langue dans toutes les situations formelles de communication, à l'intérieur du pays comme dans la diaspora. Quoi qu'il en soit, il faudrait surtout uniformiser les variétés ou variantes du créole capverdien. Et ce n'est pas pour demain la veille! 4.3 La politique à l'égard du français Le Cap-Vert a également développé une politique d'enseignement du français langue seconde. Rappelons que le Cap-Vert est membre des Sommets de la Francophonie depuis 1996, donc à l'Organisation internationale de la Francophonie (en portugais: Organización Internacional de la Francofonía), et qu'il a adhéré à l'Agence intergouvernementale de la Francophonie en décembre 1996. Comme ses pays voisins, tels que la Mauritanie, le Sénégal, la Guinée, le Maroc, etc.
, sont des États francophones, le gouvernement a cru bon de promouvoir, dès 1995, l'enseignement du français comme langue seconde obligatoire. Pour l'année scolaire 2000-2001, les grands objectifs sont (1) la promotion du français dans le système scolaire et hors-système scolaire, (2) l'appui aux associations franco-capverdiennes et à la Commission nationale de la francophonie. Dans le cadre du système scolaire, les objectifs visent à augmenter le nombre de professeurs de français  qualifiés, de promouvoir la qualité de l'enseignement de la langue française et d'augmenter le «public bénéficiaire».  Pour les élèves entrant à l'école secondaire, l'enseignement du français est obligatoire. Les élèves commencent l'apprentissage d'une langue vivante en 7e année (1re année de l'enseignement du secondaire). Cette langue peut être soit l'anglais soit le français, mais 50 % des élèves choisissent le français. En 9e et 10e année, les élèves commencent l'apprentissage d'une deuxième langue étrangère en fonction de leur choix initial. En 11e et 12e année, le français est obligatoire dans la filière humanités (lettres) et optionnel dans les autres programmes. 1999-20002000-20012001-20022002-20031er et 2e cycleEffectif global46 32653 13958 74463 150Enseignement du français34 74439 85444 05847 3623e cycleEffectif global5 2108 47212 09714 760Enseignement du français17192 7953 9924 570 En dehors du système public, des cours pour enfants et adultes ont lieu sur les îles de Santiago (à Praia, à Assomada et à Tarrafal), de Fogo et de Maio. Des cours «à objectif spécifique» sont même organisés dans des institutions ou dans des entreprises. Par ailleurs, les télévisions (Canal France International: CFI) et radio (Radio France International: RFI) proposent dans leur programme un enseignement du français. Dans une intervention à la radiotélévision nationale, le 20 mars 1995, l'ancien président Antonio Pedro Monteiro Lima déclarait assez clairement que la politique gouvernementale était d'ancrer la francophonie dans la réalité capverdienne: Il ne s'agit pas d'une commémoration qui ne nous regarde pas ou qui nous est totalement étrangères, à nous Capverdiens, [...] à la veille du 3e Congrès des cadres de la diaspora, il ne saurait s'agir d'une hérésie de dire, ici, qu'en dehors du créole le français est la seconde patrie linguistique de toute une génération de Capverdiens d'outre-mer, fruits des migrations vers les terres du destin de la capverdianité. [...] Au delà d'autres dimensions culturelles et d'autres espaces linguistiques, nous appartenons de plein droit à la Francophonie et ce n'est pas un hasard si nous participons à ses manifestations et si nous avons adhéré à son organisation internationale. L'État capverdien pratique une politique linguistique qui s'apparente à la non-intervention en ce qui concerne le portugais, sauf pour les relations internationales où l'État a adopté la politique des pays de la lusophonie. Quant à la langue nationale, le créole capverdien, la politique en est encore à ses débuts. Outre le fait de promouvoir le créole par des dispositions peu contraignantes, il reste tout à faire pour parvenir à une co-officialité dans les faits. En ce sens, la politique du Cap-Vert à l'égard du créole ressemble à celle de Haïti : un symbole qui ne se traduit pas dans les faits. On ne peut pas dire que le Cap-Vert soit un État officiellement bilingue. En tout cas, ce bilinguisme ne s'est pas transposée dans l'appareil de l'État et reste déséquilibré dans les domaines sociopolitiques et socio-économiques. Malgré son statut de langue nationale, le créole capverdien n'apparaît pas davantage comme un idiome prestigieux. La société capverdienne n'est pas une société bilingue (moins de 20 %), mais l'État l'est, de même qu'une petite élite. Il s'agit donc d'un bilinguisme qui semble favoriser indûment le portugais aux dépens du créole, langue de la quasi-totalité de la population. Bref, le Cap-Vert, comme bien d'autres
pays d'Afrique, est resté à un stade colonial, mais à avec cette différence que tout le pays parle une même langue, le créole fragmenté en diverses variétés favorisées par l'insularité de ses locuteurs.  Pour que le Cap-Vert se dote d'une véritable politique linguistique équilibrée, il lui faudrait faire entrer le créole dans les domaines de prestige et poursuivre un bilinguisme équilibré, avec comme condition préalable la standardisation de la langue. À l'heure actuelle, la politique linguistique capverdienne ne concorde pas avec l'article 9 de la Constitution qui a formellement reconnu le créole comme l'une des langues officielles de pays. Mais tous les espoirs sont permis, car le pays compte une population relativement scolarisée avec un taux de scolarisation à l'école primaire de 93 % (en 2011), selon l'UNESCO. En dépit de sa nation fragmentée, le pays existe bel et bien au-delà de ses particularismes insulaires. Dernière mise à jour: 07 déc. 2016 BibliographieCARDOSO, Sílvia. «A Educação e o Ensino em Cabo Verde: desafios e perspectivas» dans [http://www.geocities.com/visao_crioula/pag6.html].ENCYCLOPÉDIE ENCARTA 2004, art. «Cap-Vert», pour la partie historique.ENDERS, Armelle. Histoire de l’Afrique lusophone, Paris, Éditions Chandeigne, 1994, 158 p.FAULSTICH, Enilde. «La Communauté des pays de langue portugaise: une manifestation du plurilinguisme» dans Colloque international «La diversité culturelle et les politiques linguistiques dans le monde», Québec, 24-25 mars 2001, Université Laval.KÖSTER, Dietrich. «Kapverden - Die soziale und politische Rolle des Kapverden-Kreols», Bonn, janvier 2011,    [http://www.colonialvoyage.com/de/kapverden-kreol-die-soziale-und-politische-rolle-des-kapverden-kreols/].MILAM, «Le Portugal et l'Afrique, brève histoire d'un empire», sans lieu,[http://perso.club-internet.fr/antman/portugal/port-afr.html].SOMBRA SARAIVA, José Flávio. CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Brasilia, Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI), 2001, 203 p.VIGNOL, Philibert. «La langue portugaise: d’un trophée de guerre à une langue nationale», Nantes, publication interne de l’Université de Nantes, 1997.TABUCCHI, Antonio. «Suspecte "lusophonie"», dans Le Monde, Paris, 17 mars 2000.TORQUADO, Clovis Porto. «As políticas linguísticas oficiais em Cabo Verde pós-Independência: a construção da nação» dans Revista Letras, Santa Maria (Bréail), v. 21, no 42, janvier-juin 2011, p. 151-184.
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oipolinternacional · 3 years ago
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Descubra Cabo de Santo Agostinho
Descubra Cabo de Santo Agostinho
No litoral sul de Pernambuco, a cerca de 40 quilômetros de Recife, o Cabo de Santo Agostinho tem 24 quilômetros de orla e temperatura média de 28oC. Por lá, é quase como se o verão nunca acabasse. São apenas nove praias no destino de águas cristalinas, areias brancas e piscinas naturais com perfis singulares para acolher diferentes perfis de turistas. Foto: Reprodução | Beto Quissak/ Wikipédia A…
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