#Onde ficar em Cabo de Gata
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ultrapassandofronteiras · 3 years ago
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Onde ficar em Cabo de Gata: hotéis e regiões
Onde ficar em Cabo de Gata: hotéis e regiões
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pedro-scarpa · 6 years ago
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O Lobo e o Gato
Nas minhas andanças por essa mata fechada e escura, volta e meia eu me deparo com ilustres figuras que sabe-se lá o porquê aceitam a árdua tarefa de andar ao meu lado. Pegam o fardo pesadíssimo que é partilhar de minha penosa existência, e de minha deplorável e autodepreciativa caminhada.
Negligente como sou, autodestrutivo, mesquinho e odioso. Sanguinário, ardiloso… Sangrando e pingando o tempo todo, sempre com esse maldito sorriso no rosto, sempre com essa falsa positividade e essa necessidade extrema de fugir de qualquer reflexo que eu possa ver nos espelhos de água pela floresta fechada. Fugindo de qualquer reflexo de minha cara acabada e de minhas olheiras enormes, fugindo de qualquer indício da depreciação e da miséria que me sujeito. Fugindo de qualquer sentimento que possa me tirar dessa maquiação toda, qualquer reflexo que possa desbotar essa máscara que me disponho a vestir ante a minha decrepitude que não tenho coragem de encarar.
E mesmo assim, fantásticas e ilustres figuras aparentemente enxergam algo em mim que os faz querer ficar e talvez caminhar um pouco comigo…
Primeiro tinha uma corsa. Dei-lhe um bote um dia e ela quis ficar. Andava sobre uma rédea curta e era esquiva como só ela. Dava-me coices o tempo todo, e queria correr, mas no seu encalço eu ia, conforme ela saltitava e parava, esperando eu alcançá-la, de forma que no seu joguinho, ela me tinha nas mãos, sempre esquiva, e sempre me pondo no movimento de perseguí-la.
Depois encontrei um beija-flor. Com esse pássaro esfarrapado eu decidi não cometer o mesmo erro de idealizar como fiz com a corsa. Eu via a corsa como a própria lua, a minha razão de viver, minha maior paixão, e todas essas pataquadas de besteirol adolescente. Com o beija-flor eu decidi enxergar ele só pelo que ele era: Simples, mirrado, gentil e bonito. Sem idealizações. Mas eu levei isso muito a sério: Ocorreu uma idealização inesperada, uma exacerbação de todas as qualidades, e para todos os mirabolantes e desgraçados defeitos do beija-flor, ao invés de entender o que eu sentia a respeito deles, eu simplesmente os maqueei através de uma máscara de “ah, ela é assim mesmo”, “ah, isso tem uma justificativa, porque se aconteceu A na infância dela, é normal que ela reproduza hoje B na vida, de forma que obture aquela relação frustrada”.  O grande problema do beija-flor foi ignorar o imenso mal que ela me fazia. Foi passar por cima de todo e qualquer sentimento ruim porque ela ameaçava voar, e eu queria que ela ficasse mais um pouco. A miserável não tinha esforço nenhum pra estar ao meu lado, agia como se a minha presença fosse completamente descartável, e como se eu que tivesse que ceder sempre, mesmo quando estava certo, em prol daqueles caprichos infantis e estúpidos.
O beija-flor as vezes tinha o peso de um mamute em minhas costas: Afinal, eu deixei ela subir, e nunca pedi pra descer. Abriguei-lhe do frio da noite, recolhi ela sobre o teto de minha toca, apresentei-a a minha matilha e trouxe ela para meus dias cotidianos, o que me proporcionou vários momentos bons. Mas quando suas asas feridas se curaram, ela simplesmente alçou voo para outro ninho, dormiu com outro predador (o da pior espécie, o predador que se faz de vítima), e depois voltou com a cara deslavada pra voar acima de mim contando vantagem, e cagando na minha cabeça com a sua ingratidão. Eu deveria ter comido aquele beija-flor sujo antes dele me tirar tanta coisa…
Atualmente limpei o cocô de pássaro da cabeça e me recuperei do rombo que aquele beija-flor ingrato deixou em minha vida, juntei todos os cacos dos inúmeros bebedouros que eu deixei apostos pra ele, joguei fora sapatos e quinquilharias, usei com gosto seus cosméticos e sabonetes, risco as folhas em branco com seu material de escrita. Fiz o possível pra tampar esse rombo absurdo que esse pássaro desgraçado deixou em meu peito, essa amargura de nunca ter expressado, de ter aguentado suas bicadas incessantes contra minha cabeça, de ter aguentado ele pedacinho por pedacinho comendo as partes moles do meu corpo e depois querendo se aconchegar e me roubar calor. Parasitado por um pássaro.
Enquanto o beija-flor alçava voou, nessa floresta torpe e escura eu avistei um animal que simplesmente não encaixava com a atmosfera selvagem  e bucólica: Um gato doméstico.
Ele me encarava com aqueles olhos inexpressivos de felino e de uma forma despretensiosa e delicada, caminhou, com o cabo dançando, e com aquele desinteresse sedutor em seus passos. Com seu charme ela suscitou minha curiosidade: O que esse animal faz por aqui? E por que não tem medo?
O gato não se intimidou com o ser decrépito e machucado que eu sou, e provou ser um gato vadio, um gato de rua, que carrega também muitas feridas e marcas do tempo e de maus tratos. Carrega no peito um coração grande o suficiente pra sentir por dois, e na cabeça a astúcia de um animal que se filiou ao mais esquisito e cruel dos animais: O homem. Logo, a gata tinha um trunfo que nenhum outro animal daquela floresta tinha: Ela adaptou-se e condicionou seu comportamento pra ser dócil e doméstica, e assim aprendeu e evoluiu com o bicho homem.
Esquiva e inconstante, mas ainda assim charmosa e sedutora, a felina escondeu-se na grama alta, e com grande curiosidade e apreensão eu me enfiei pra procurar ela. Ela mancava e tinha espinhos de roseira enfiados por todo o corpo, e isso me provocou dúvidas. Então veio o choque: Deliberadamente ela, de forma dolorosa, se embrenhava entre os galhos espinhentos de uma roseira, em busca de um acolhimento que aquelas folhas não poderiam dar-lhe, e em sua carência imensa, aceitava ser furada e machucada para que tivesse onde repousar.
Observar essa passividade e essa relação violenta entre a roseira e o gato me deu calafrios.
Lembrei de minha relação com os outros animais, de como a corsa me ludibriava e me atraia pra armadilhas, de como o beija-flor comia de pouco em pouco os meus pedaços moles, e aquilo me revirou o estômago. O gato naquela cena de cortar o coração, como um gato vadio que deita em qualquer canto, mesmo furado ronronava e buscava conforto em meio a uma superfície que nunca a deixaria dormir tranquila.
Naquele momento tomei uma decisão: Faria pelo gato o que ninguém fez pelo lobo. Tiraria ela dessa situação.
Embrenhei-me na roseira e ela de súbito começou a me atacar, me arranhar e tentar me estrangular. Quanto mais perto eu chegava do gato, mais a roseira me machucava, mas mesmo banhado de sangue e suor, eu me motivava pra continuar, e aquele gato miava, mas simplesmente não levantava do seu leito “confortável”, como se tivesse medo de deixar a roseira e vir comigo. Mas rasgando os galhos com os dentes, e proferindo algumas palavras tranquilizadoras, o gato saiu pela brecha que eu abri, e deixamos a roseira pra apodrecer sozinha, atrás no caminho.
Desde então esse gato doméstico machucado tem andado comigo, o lobo fodido e estropiado que manca das quatro patas. Diferente do beija-flor, o gato não tem anseios de subir em mim, diferente da corsa, ele não fica correndo e se esquivando a fim de me atrair. O gato tem seu jeito peculiar de lidar com as coisas: Ele ronrona, roça o rosto nas coisas, chama atenção, mia incessantemente, chora e pede petiscos e carinho nas orelhas. Mas algo sobre os gatos domésticos sempre remete ao seu estado mais primordial e rústico: Por isso eles precisam de arranhadores, ervas de gato, caixas e coisas pra escalar. É algo que simplesmente nunca os deixa. E nesse gato que encontrei, isso se manifesta em súbitas arranhadas e mordidas, que vem de formas inesperadas, geralmente durante os carinhos ou os petiscos, e sempre arrancam sangue. O gato machuca de formas inesperadas, naqueles sentimento súbito de nostalgia de sua natureza como animal, totalmente justificável, mas não menos doloroso - pelo menos isso o beija-flor me ensinou.
Decidi andar ao lado do gato, que abastado de regalias humanas comprou-me roupinhas de cachorro e me paga refeições caras. Seu conhecimento do mundo dos homens se faz totalmente útil, enquanto por minha vez eu tento ensiná-la o que é estar novamente sobre regimento de instintos bem afiados.
Espero não ansiar devorar e consumir. Espero sinceramente que o gato, embora negativo e machucado como eu, fique pra tomar um chá, ou que simplesmente não me abandone como os outros que não aguentam minha presença… Espero não saturar, ou não querer matá-lo.
Vários animais passaram e provavelmente muitos outros ainda passarão, mas a caminhada só para quando ela acaba...
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Por Pedro Scarpa.
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meudiario97 · 4 years ago
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16.07.2020
Esse dia eu sonhei com a minha gata, a Miuki.Sempre me bate uma enorme saudade dela e lembro que por mais difícil que a vida seja, sempre ter uma companhia de um filho de 4 patas torna tudo um pouco mais suportável, eu acredito que vivia por ela. É como um filho de verdade, e é um filho de verdade. Eu sonhei que eu fui pra praia e levei ela, no sonho ela era menos medrosa do que ela era na verdade, mas sempre dócil como era e grudada comigo. E lá tava toda a minha familia, minha tia, tio, e minhas primas. Eu cheguei perto do mar com ela, e ela correu feliz na praia e entrou no mar, eu fiquei feliz mas com medo que ela se perdesse de mim ou que acontecesse alguma coisa, peguei ela no colo no meu peito, agarrei ela e entrei no mar com ela e fui fundo, meus tios e primas estavam junto e entraram no mar e estavam indo longe demais, não sei como tão longe ainda dava pé, mas ia cada vez mais pra frente até que me preocupei, não tinha ondas, era um mar calmo, assim como a praia de Encantadas da Ilha do Mel. Só que fomos indo tão adiante que eu vi uma tempestade se aproximando, e o mar estava começando a ficar agitado, e tava vindo ondas enormes e eu fiquei com muito medo, e não só por mim mas tava mais preocupada com a minha gata no colo do que comigo, ela tava começando a escorregar dos meus braços e ficar agitada, e eu fiquei tão apavorada que eu acordei. Eu não sei se sonhos tem significado, mas fiquei com tanto medo de perder ela, assim como fiquei tão triste de lembrar que já perdi na realidade, quando ela sumiu.  O Fabio estava do meu lado e preocupado, perguntou que horas eram, e já eram 9:15, esse horario eu já deveria estar pronta, pra ser demitida. Coloquei meu celular pra despertar as 8:00 mas não sei por quê, não despertou. Então levantei, e pra minha sorte, minha supervisora mandou mensagem há pouco tempo dizendo que tinha muito trânsito e que assim que chegasse, me avisaria. Então eu comecei a empacotar todo o computador e cabos, e me arrumar, e Fabio já ligou na video aula dele do treinamento, que ele começou a fazer da Aliança, um antigo trabalho de telemarketing onde aguentei ficar só 1 mês, era muita pressão pra vendas e chamavam muitos feedbacks e exigências que não tinha aguentado. Minha supervisora pediu o Uber, e eu tava tentando levar todas as coisas pra lá, pedi pro Fabio me ajudar e ele dizendo que não podia pq tava no treinamento, mas engraçado que na vez dele eu ajudei, e parei tudo o que estava fazendo pra ajudar, e eu tava trabalhando já de home office, ele foi me ajudar quando eu já estava no corredor de fora eu não conseguia levar tudo sozinha. A uber parou do outro lado da rua, tivemos que atravessar, e eu tive dó de ter que apertar tudo no carro dela no porta malas, tive que sentar na frente com ela, sendo que não poderia, por conta do COVID, e mesmo de máscaras e passar alcool percebi que ela estava com medo, nao me lembrava se era pra parar do lado direito ou esquerdo, pedi pra parar do lado direito e nenhum dos lados poderia parar, no lado esquerdo era dos taxistas e direito era parada de onibus, ela saiu correndo me deixou com todas as coisas na calçada com medo de levar uma multa, e saiu correndo. E eu tentei puxar todas as coisas pra perto do sinal de atravessar e a supervisora tava do outro lado da rua me esperando. Aí dos caras me ajudaram a puxar as coisas, e a supervisora tambem, achei gentil, ele ajudou levar até no elevador do prédio, conheci a supervisora pessoalmente, e ficou um clima meio tenso, mas me manti firme, mas não com uma expressão tão boa, talvez uma expressão já mais conformada. Fomos até uma sala, e a mulher perguntou se era troca ou entrega, e minha supervisora já respondeu “entrega”, e isso que ela já sabia muito bem da dispensa. Analisaram todo o equipamento, estava tudo regular, só assinei uns papéis de entrega. E então eu fui em outro canto com ela, me sentei e ela só disse “Então, esses papéis são do fim da tua experiência de 1 mês aqui na empresa e blablabla. Alguma dúvida?” eu só falei pra ela “não, nenhuma”. Ela só disse pra assinar e perguntou novamente se tenho alguma dúvida, só balancei com a cabeça que “não”. Como ela tirou o corpo fora como se não tivesse nenhuma culpa, até mesmo a Amanda, que não sabia nada continuou na empresa, e percebi que trabalhei menos de 2 semanas em home office apenas, isso não é tempo de aprender, não deu nem ao menos 3 meses de experiência, e sim ela mandou embora porque ela quis, por razões pessoais, por não se simpatizar comigo. Assinei os papéis, sai e peguei meu fone de ouvido, esperando o elevador quando de repente ela entra no elevador, só pergunto pra ela sobre a homologação e fui embora. Eu nem quis perder meu tempo perguntando coisas pra ela, de quais eram seus motivos, porque não iria valer a pena, não tava afim de conversar, nem de me desgastar, realmente não ficou nenhuma dúvida porque eu já entendi tudo, a Amanda veio me perguntar de como foi e logo depois a Ana Beatriz, que tava no treinamento, veio me falar que a Amanda disse que fui mandada embora, ela não quis me dar chance, não pude nem me explicar, nem me defender. Agora não podemos mais questionar as coisas? Depois de tudo o que passamos na vida, principalmente de empresas que tentam nos passar a perna e nós quem nos prejudicamos, e acabo falando isso para pessoas mais próximas de mim, não é querer falar mal, é expor uma situação, trocar informações. Mas tudo bem, vou tentar dar um jeito como puder, mas é injusto, não serem transparentes e falar a real, conversar, perguntar o que está acontecendo, é tão simples, não é? Tentar entender o outro. Mas por outro lado, foi bom sair de um ambiente que não se sente bem, não se sente bem vindo, que não sabem lidar com pessoas, ao contrario do que a supervisora falou na reunião, de achar que eles só mandam e nós obedecemos, isso é ditador. Por isso essas empresas sempre estão contratando, porque ninguém aguenta ficar lá. E como eu já li por aí, é desnecessário ficar tentando provar algo a alguém, as pessoas tomam como verdade aquilo que lhe convém. Aproveitei na volta, passei na americanas, comprei um Powerade, e um caderno para o proximo semestre e foi desnecessário, porque eu acho que é melhor trancar a faculdade, já que não tenho mais dinheiro, mais um regresso, passei na casa china e comprei cabides para o Fabio que ele tava precisando, e no balaroti comprar uma lâmpada para o quarto que tava usando de escritório / home office na casa do Fabio. Peguei o onibus, cheguei na casa dele. Não tive nem vontade de comer, desabafei com a Monica que ta entrando nesse inferno trabalhar, e com a Denise sobre meu desânimo com a vida, que nada da certo. Que dá vontade de desistir de tudo. O Fabio sai e volta com o amigo dele, o Vitor, e eu com essa cara de choro, desarrumada, casa bagunçada. Começo a arrumar tudo, devolvo as coisas da nonna que tava usando no Home Office. Fabio sai com o Vitor e eu fico deitada no sofá sem animo pra viver. A Ana Beatriz me dá uns conselhos, e algumas palavras de força mas eu não consigo ter força e pensar positivo. E eu não sei porque mas comecei a desconfiar daquel Gabrielle do treinamento, se alguém vazou minhas conversas que me fez sair da empresa, eu começo a pensar mal dela ou da Paloma, e a Paloma também estava reclamando muito. Mas algo me faz desconfiar dessa Gabrielle, uma sensação, uma energia ruim, qualquer coisa que não sei explicar.  Fabio chega, me percebe pra baixo e deita comigo no sofá. Estavamos pensando em sair, comer alguma coisa mas o dinheiro está tão limitado, não é boa hora pra gastar ainda mais desempregada.  Eu e o Fabio brincamos de Show do Milhão pra se distrair, eu odeio quando ele se acha tão inteligente, ele vive insinuando que sou burra e eu odeio isso, e ele tem mania de se achar, de humilhar, acho isso tão ridículo. Mais a noite, namoramos, mas acho que tão insensível comigo, eu falo pra ele várias vezes que não gosto do jeito que ele me trata, ele não me trata como antes, antes ele me elogiava, tinha um clima, e agora ele é tão frio comigo, não me beija mais, e não toma mais atitude, me sinto indesejada, e mesmo namorando, eu quem tomo as atitudes, eu quem dou a iniciativa.
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newpatronus-rp-blog · 8 years ago
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Robin Olivia Puddlemere possui 17 anos e está no 7º ano da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Seu status sanguíneo é puro e pertence à casa Lufa-Lufa. No momento encontra-se indisponível, e seu face claim é Kendall Jenner.
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✧ Extracurriculares: Capitã e Artilheira do time da Lufa-Lufa, estudo dos trouxas e clube de aparatação.✧
✧ Varinha: Corniso, Corda de coração de Dragão, 27 cm e Levemente condescendente. ✧
✧ Patrono: Porco-espinho. ✧
✧ Espelho de Ojesed: Robin vê a si mesma com o uniforme oficial dos jogadores da Puddleme United. Em sua mão direita, uma vassoura tão lustrosa que quase lhe ofusca a visão. ✧
✧ Bicho-papão: Na presença de Robin, o Bicho-Papão transfigura-se na personificação da rejeição. Dessa forma, transforma-se numa névoa negra que a circunda como uma cúpula, bloqueando todos os seus sentidos e dando-lhe a impressão de estar sozinha. Robin não escutaria ou veria nada além da escuridão. ✧
✧ Animal de Estimação: Uma gata siamesa chamada Rachel. ✧
✧ Player: Emme. ✧
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Robin nasceu um ano após o irmão mais velho, em uma tarde tão ensolarada quanto os sorrisos que exibiria daquele dia em diante. Filha de um dos CEOs da Puddlemere United, sua infância jamais poderia ser diferente das horas a fio jogando Quadribol no quintal da propriedade ou do fanatismo pelo esporte que se seguiu, o qual a maioria dos membros da família compartilhavam.
Não era incomum que Robin chegasse em casa com as vestes rasgadas ou sujas de lama, acompanhadas de um ou dois arranhões superficiais. Seu pai sempre a encorajava: dizia que as marcas eram a prova do trabalho duro. Sua mãe, por outro lado, embora possuísse apreço pelo time, era incapaz de evitar torcer o nariz perante as proezas da filha. Ao ver dela, aquele não era um comportamento bonito, sequer admirável. Criada para ser elegante e conseguir um bom casamento, por mais arcaico que isso parecesse, Adhara almejava o mesmo para Robin; que claramente não queria tal destino para si.
Pelo contrário. Quando imaginava o próprio futuro, imediatamente via-se sobre o cabo de uma lustrosa vassoura. Assim como o irmão, a pequena Puddlemere jogava na posição de Artilheira e não tinha palavras para descrever o quanto adorava a sensação de estar num campo. Em Hogwarts, foi selecionada para a Lufa-Lufa, o que, após Roman, não foi surpresa tão grande. Afinal, embora demonstrasse bastante competitividade, era quase palpável o carinho e a lealdade que conferia aos amigos e familiares; principalmente ao irmão, por quem sempre nutrira grande estima.
Em seu quarto ano, durante as primeiras aulas de poções, Robin conheceu uma aluna da Sonserina que viria a ser sua dupla naquele semestre. Por mais que estivesse animada, vez ou outra era impossível se concentrar nas lições, principalmente durante o trabalhos em grupo. Robin não conseguia entender o porquê de se sentir tão intimidada pela presença da outra, uma vez que nunca fora de acovardar-se. Até o dia em que foi-lhes apresentada a Amortentia. Bastou uma única inspiração da fumaça para que entendesse que a inquietação de outrora resumia-se a nada menos que uma paixonite. Afinal, o aroma do perfume da Sonserina era inegavelmente uma das quatro essências que sentira naquele dia. Tal constatação fez o coração da menina praticamente saltar. Então ela era… gay? Não, claro que não. Provavelmente estava confundindo as coisas.
Quando Roman virou capitão, Robin mal pode conter a animação. Seus pais fizeram uma festa de comemoração cujos tios marcaram presença e a mais nova acreditou ser o momento perfeito para anunciar que prestaria o teste de admissão no time da escola dali a poucos dias, esperando nada menos que os mais largos sorrisos apontados em sua direção. E foi exatamente o que aconteceu, com a exceção de uma única pessoa. Adhara tinha os braços cruzados e a cabeça em negação. Puxou a filha num canto, onde pudessem ficar afastadas do resto da família, e ali vomitou boa parte de seus preconceitos. Não queria que Robin jogasse, para ela não era certo. Como brincadeira, até aí tudo bem. Mas profissionalmente? Que confiasse na mãe, ela não iria querer ser vista daquela maneira. Quadribol era coisa de menino, e ela não era um menino, era? Deixasse aquilo para seu pai e Roman, então.
Indignada e sentindo se externamente injustiça, Robin subiu até seu quarto a passos duros e rápidos. Aquilo era errado de tantas maneiras que a garota decidiu que faria o teste mesmo sem apoio. No entanto, o pensamento retrógrado de sua mãe ficou preso na mente da Puddlemere durante todo o jogo, desconcentrando-a. No fim, acabou como reserva.
Tal fato, contudo, não a abalou tanto assim. Claro, de início ficou arrasada; Mas tão logo secou as lágrimas, pegou a vassoura e votou a treinar. Robin é perseverante, do tipo que não desiste fácil dos objetivos. Embora seja doce e por vezes um pouco Ingênua, jamais deve ser comparada a alguém de índole fraca. Costuma dizer que nunca faria mal a uma mosca, a não ser que o animal em questão dê o azar de cair justamente em sua sopa.
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✧ Quando Roman começou a demonstrar interesse pelo mundo trouxa, praticamente arrastou Robin junto; e a garota não se arrepende de ter ido sem absolutamente nenhuma relutância. Por ser uma pessoa facilmente impressionável, não foi surpresa a admiração que passou a sentir pela cultura pop, principalmente quando relacionada às músicas, filmes e séries. Foi de uma das últimas que o casal de irmãos tirou os nomes de seus gatos: Ross e Rachel, assim como o shipp que compartilhavam em Friends.    ✧
✧ Sua matéria favorita, após voo, é poção. Robin acha engraçado como um bocado de ingredientes combinados são capazes de criar uma coisa completamente distinta – e melhor, dotada das mais variadas propriedades mágicas. Gostaria que existisse em Hogwarts um clube em que pudessem praticar depois das aulas. ✧
✧ Após um ano treinando intensamente na tentativa de trocar sua posição de reserva para titular no time de quadribol (um anseio de longa data), Robin finalmente refez o teste. Para sua surpresa e extrema felicidade, não apenas conseguiu uma das vagas de artilheira, mas também o título de capitã – previamente ocupado pelo irmão. ✧
✧ É fato que Robin sempre aparentou ser muito mais nova do que realmente era (o que era comumente motivo de chacota por parte de alguns colegas em Hogwarts). Decidida a mudar isso, passou praticamente uma semana procurando receitas de poções que a conferissem um pouco mais de altura; segredo que guarda a sete chaves, mas que explica o estirão repentino.✧
✧ Ganhou uma vassoura Comet 340 no aniversário de dezessete anos. Robin tem o costume de a lustrar ao final de cada treino na tentativa de mantê-la em ótimo estado pelo máximo de tempo possível, pois realmente possui muito apreço pelo objeto.✧
✧ Durante seu sexto ano, teve um relacionamento com Terpsícore Moody, uma meio veela. Em decorrência disso, acabou se aceitando um pouco mais, finalmente assumindo a sexualidade para o irmão e alguns amigos mais próximos. Terpsícore, por outro lado, contou sobre o relacionamento para a toda família; e como consequência foi transferida pelos pais para Beauxbatons. Isso causou grande impacto no emocional de Robin, que começou a apresentar sinais de início de depressão. Passou então a preencher a carga horária com as mais variadas atividades na intenção de diminuir seu tempo ocioso, sendo uma delas o boxe. Com o título recém adquirido de capitã, porém, sabe que precisará se dedicar em dobro à equipe; mas ainda pretende continuar com as aulas, pois se mostraram uma ótima forma de liberar a frustração. ✧
✧ Por possuir uma varinha de Corniso, Robin é incapaz de realizar feitiços não verbais. Tal fato a atrapalha bastante em aulas como feitiços e transfiguração, além de ser o motivo pelo qual nunca se interessou pelo clube de duelos. ✧
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bitbit-chy-blog · 6 years ago
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6 Dicas De Como Conquistar Meu Namorado Todos Os Dias.
Tanto homem como mulher tem certas dificuldades na hora de preparar a sua mala, por isso segue algumas dicas interessantes. Um dos modelos de casamento mais baratos que conhecemos é mini-wedding Conhecido por ser uma comemoração apenas para os familiares e amigos mais íntimos, esse tipo de casamento é especial, aconchegante e bem mais em conta. Mostre que você não está tagarelando com suas amigas sobre relacionamento ou os pontos fracos dele. As camisas devem ficar dobradas como nas lojas abotoadas e com as mangas para trás. Grindir não é um site confiável, poid permite que paranóicos e surtados copiem asvfotos dos outros.
Se enxugue com uma toalha branca e reze uma oração com muita fé. Caso seu amado se recuse tomar banho com essa mistura, jogue-a em um jardim florido. A queda aconteceu no dia 16, quando ele subiu em um banco e uma cômoda para tentar arrumar uma telha dentro de casa. Caso não apareça nenhuma inicial, você terá que ter um pouco mais de paciência, pois não haverá casamento. Se você pode cultivar e internalizar esses comportamentos, você ficará à frente do resto, porque poucas mulheres entendem quão importantes essas qualidades são para conquistar um namorado.
Cérebro Masculino é um blog feito para ajudar as mulheres a entenderem como funciona a cabeça dos homens. Ela usa técnicas de hipnose, na qual ela desenvolveu por 3 anos testando na pratica com ela mesmo e suas alunas. Vocês dizem que reconhecem um homem falso de cara, mas nós também temos poder de reconhecer mentiras facilmente. Por isso, uma das dicas para conquistar uma namorada é focar a sua atenção nas gatas que estão com uma vida mais estabilizada, ou em busca disso.
Só de assistir a este vídeo você vai se livrar, de cara, de pelo menos R$2 MIL no seu orçamento (pode me convidar pra agradecer, se quiser!hahahahah). Li esses dias atrás uma matéria que falava que a moda agora era ficar com várias pessoas no mesmo dia e que alguns homens, se chegassem numa mulher e ela dissesse não homem a agarrava e a beijava a força. Meu amor, nesse dia queria apenas te dizer que você, não é só a minha metade, você é meu tudo, você é minha verdade, você é meu caminho, você é meu futuro, minha vontade, você é meu coqueiro, eu sou sua ilha, com você eu vou para todo lugar, você é minha estrela que mais brilha, agradeço a Deus por te encontrar, pessoas como você é um grão nas areias do mar.
Você pode até fingir por um tempo ser algo que não, mas com passar do tempo você não conseguirá mais manter as aparências e isso pode acabar com seu relacionamento. Sexo é belo e puro quando vivido segundo a lei de Deus; todos nós viemos ao mundo por ele. Quando você embarca em um avião, os comissários de bordo são obrigados a passar instruções para emergências antes da decolagem. Nos mantermos presentes, treinarmos estabilidade e desejar a felicidade de todos, desejar que todos se liberem de seus obstáculos e aflições.
Você COM CERTEZA vai parecer uma mulher problemática se você só fala sobre quem não gosta de você ou sobre como a opinião dessas pessoas está errada. Gustavo, é melhor que seja gradual, como um rio, mas há avanços que surgem de um dia pra outro, só que você não percebe como uma explosão, apenas com um quase sorriso, como nada demais. Vi um programa na TV a cabo de casamento moderno que os londrinos vão a Malásia na procura de noivas e essas se casam com eles para se livrarem da pobreza e se tornarem estrangeiras buscando uma vida melhor.
Estamos caminhando para um tempo onde será cada vez mais difícil manter um relacionamento saudável devido à toda atmosfera que nos cerca hoje. Pode parecer básico, mas muitas mulheres perdem a vaidade com tempo e, depois de estarem em um relacionamento sério, simplesmente deixam de se arrumar como antes. Se não quiserem beijar ninguém na noite, não adianta que você seja Richard Geere (sei lá como se escreve isso, mas a comunicação tá valendo) com a flor na mão naquela escada rolante para entregar à esposa no filme… De qualquer forma, acredito que primeiro encontro é uma das conquistas mais fáceis que um homem pode ter em relação a mulher, se vetor da relação for este.
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diariodenoticiaspt-blog · 6 years ago
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Maria Dolores Aveiro: a mão de Deus
Órfã de mãe desde os 6 anos, Maria Dolores sempre deu provas de ser feita de uma fibra ultrarresistente. Foi ela - aquela que tinha todas as razões para desistir e nunca o fez - a mão firme que impediu Ronaldo de vergar.
O fenómeno tem cromo dourado na caderneta do futebol mundial e deu origem a inúmeros livros e filmes na Argentina, país de onde o protagonista da história é originário. A expressão "a mão de Deus" é usada para designar o memorável golo marcado por Diego Maradona à Inglaterra e que permitiu à seleção argentina derrotar a inglesa e passar aos quartos-de-final no Mundial de Futebol de 1986. No final da partida, quando interrogado sobre o facto de ter marcado ou não um dos golos com a mão, Maradona saiu-se com esta frase: "Marquei-o um pouco com a cabeça e um pouco com a mão de Deus." Deus, contudo, não conseguiu vergar o bebé chorão malcriado que ainda neste Mundial apareceu no jogo da seleção argentina contra a da Nigéria gritando impropérios e fazendo gestos obscenos que lhe valeram a anulação do cargo de embaixador da FIFA.
A mãe do antigo jogador, Dona Tota, como era carinhosamente tratada, fez de tudo para ajudar o criador e atapetar os maus caminhos do filho, mas em vão. Malgrado os pés de ouro, Maradona perdeu-se na estrada.
Em 1986, quando uma das mãos de Deus empurrou Maradona para o céu, já a outra tinha amparado uma mulher chamada Maria Dolores Aveiro, anónima madeirense com pouco mais de 20 anos, mãe de três filhos pequenos e que se vergava sem medo ao trabalho para sustentar a família e a casa, mais do que humilde, na freguesia mais pobre da ilha da Madeira: Santo António.
À revolta juntava-se a dúvida: onde estaria o pai que nunca a visitava? Domingo após domingo, dia de visitas, Dolores e a irmã permaneciam a um canto observando a alegria das outras miúdas
Órfã de mãe desde os 6 anos, idade com que fora enviada para um hospício com a irmã Laurentina, de 4, e afastada dos restantes irmãos - só o mais velho, José, ficara à guarda do viúvo -, Maria Dolores tinha já dado provas de ser feita de uma fibra ultrarresistente. No livro Mãe Coragem, editado pela Matéria-Prima, a própria contou a Paulo Sousa Costa como foram terríveis esses primeiros anos de vida no Hospício D. Maria Amélia. É certo que ali não lhe faltava a comida nem os sapatos que lhe poupavam os pequenos pés ao frio e à chuva que por vezes fustigava a ilha. Sim, também tinha uma cama quente onde repousar o corpo franzino mas terão sido inúmeras as noites em que adormeceu a chorar. Tinha saudades da mãe, sentia a falta do pai e dos irmãos e transformava essa amálgama de dor num comportamento que as freiras consideravam deplorável. Os castigos eram mais do que muitos. E diversos: açoites por fazer chichi na cama, reguadas, horas a fio a apanhar ervas daninhas no pátio por desobediência e até um saco de papel enfiado na cabeça só com duas ranhuras para os olhos, máscara que identificava as crianças rebeldes e malcomportadas.
À revolta juntava-se a dúvida: onde estaria o pai que nunca a visitava? Domingo após domingo, dia de visitas, Dolores e a irmã permaneciam a um canto observando a alegria das outras miúdas. Por vezes, e como a própria contou na sua biografia - já publicada no Brasil -, um dos visitantes chamava-as para lhes dar um doce. Mas não havia um beijo nem um abraço e o cheiro de casa já se perdera há muito.
O pior veio depois do orfanato
Quando o pai veio finalmente, trouxe um vento agreste de mudança. Apareceu-lhes no orfanato com aquela que Dolores compreendeu ser a sua nova mulher, a madrasta. A mãe de cinco filhos que tinham o privilégio de morar na casa que um dia fora sua e sentar-se à mesa com o seu pai. Foi uma desilusão naquela vida sem grandes ilusões. Não chegou, todavia, para lhe amputar a vontade de sair dali a correr rumo à liberdade, atrás de um tempo que a sua pequena memória guardava como tendo sido de felicidade.
As fugas sucediam-se pois a um ritmo que os castigos eram incapazes de aplacar. De tal forma que a madre superiora desistiu de a manter no rebanho. Mandou chamar José Viveiros, o pai da criança-problema, e comunicou-lhe que se podia sustentar cinco filhos que nem dele eram, haveria de arranjar maneira de alimentar mais uma boca, sangue do seu sangue, que ali só servia para semear a desobediência.
Com 9 anos, Maria Dolores voltou para casa sem saber que começava aí outra dolorosa etapa do seu calvário.
Mal soube que a filha, então com 18 anos, tinha namorado, José Viveiros anunciou-lhe o veredicto: tinha três meses para casar e sair de casa com um jovem vizinho: Dinis Aveiro
A comida escasseava na mesa mas os maus-tratos abundavam. O pai obrigava-a a chamar mãe à madrasta, que fazia mais do que jus à mítica personagem de A Gata Borralheira. Certo dia, ao saber que a miúda tinha perdido a cesta da escola, a mulher acometeu-se de tal fúria que a vergastou com um fio da eletricidade até ficar cansada. Dessa vez, Dolores fugiu mas a história acabou com ela entregue ao pai e uma advertência da polícia ao homem para que não voltassem a espancar assim uma criança. A resposta de José Viveiros foi curta: "Mereceu. É uma má influência para os meus enteados."
Dias mais tarde, foi levada a uma consulta com um psiquiatra com vista a ser internada numa instituição de acolhimento para deficientes. Valeu-lhe o bom senso do médico que ainda deu uma reprimenda ao pai, antes de os mandar aos dois para casa.
A história atribui a frase a Friedrich Nietzsche, mas ainda que não seja da autoria do filósofo, assenta como uma luva a esta história: "O que não nos mata torna-nos mais fortes." Aos 13 anos, Maria Dolores foi retirada da escola para se entregar a um ofício. Daí em diante, passava os dias a confecionar cestos agrícolas de vime, trabalho que levou para a vida de casada. Sim, casada. Mal soube que a filha, então com 18 anos, tinha namorado, José Viveiros anunciou-lhe o veredicto: tinha três meses para casar e sair de casa com um jovem vizinho: Dinis Aveiro.
A família a crescer com a coragem
É de calcular que esta miúda órfã de mãe, sem qualquer relação afetiva com o pai e que fora criada numa instituição religiosa, pouco soubesse de sexualidade. De resto, os tempos ajudavam à ignorância. Não foi portanto estranho que aos 19 anos se visse com uma filha nos braços, percebendo, poucos meses mais tarde, que um segundo vinha a caminho. A guerra tinha-lhe levado o jovem marido para o Ultramar de onde só voltaria quando Ela, a primogénita, começava a andar e Hugo, o mais novo, completava 7 meses. Mas esse homem que ela viu regressar de África já não era aquele com quem casara. Tal como aconteceu a muitos antigos combatentes, Dinis voltou do Ultramar com a alma em frangalhos. Nunca mais se viu um lampejo de alegria espontânea naqueles olhos.
O céu toldava-se de novo, sem que a mulher de quem falamos tivesse alguma vez gozado dias desassombrados.
Maria Dolores trabalha de sol a sol para sustentar três filhos e uma casa, sem poder contar com o apoio do marido - que, ainda assim, jamais crucifica. Acredita que não será capaz de lutar por mais um
"Dinis não apresentava sinais de recuperação, de reação, de querer sair do buraco negro onde se enfiara desde que viera da Guerra Colonial. Tinha deixado de trabalhar e o álcool passar a ser o aliado das suas batalhas internas", descreve Paulo Sousa Costa na biografia de Dolores Aveiro, para ilustrar o cenário que envolvia a família quando a matriarca tomou a decisão de emigrar, juntando-se a um irmão que vivia em França. E apesar de a separação dos filhos ser uma faca afiada - lembremo-nos do quanto sofreu com a separação dos irmãos e como tomou para si a decisão de um dia reunir toda a família dispersa - deixou-se ir, resignada, em mais essa aventura. Que seria, contudo, de curta duração.
Seis meses depois, as saudades trouxeram-na de volta a casa e a família cresceu: Dolores ficou grávida da terceira filha, Kátia. Foi por esta altura que a mãe destemida decidiu fazer o que se via acontecer um pouco por todo o lado, durante aquele que ficou conhecido como PREC (processo revolucionário em curso), ocupando uma velha casa abandonada - e degradada -, onde a câmara municipal só permitiu que se instalassem depois de assinarem um termo ilibando a autarquia de qualquer responsabilidade em caso de acidente. Felizmente, o teto não caiu e nenhuma parede ruiu, mas a bebé Kátia foi mordida por uma ratazana e essa foi a gota de água para Dolores. Pé na estrada e coração apertado, dirigiu-se de novo à câmara e pediu uma casa com o mínimo de condições para uma família com três crianças. Três quase quatro. Mas isso ela ainda não sabia...
Pela boca de uma das filhas da madrasta, ouve falar numa mezinha para fazer o desmancho em casa: beber o conteúdo de uma cerveja preta fervida e correr até perder as forças. Limpinho: ao fim de poucas horas o embrião seria expulso
E é aqui que a a mão de Deus a agarra, firme. Maria Dolores trabalha de sol a sol para sustentar três filhos e uma casa, sem poder contar com o apoio do marido - que, ainda assim, jamais crucifica. Acredita que não será capaz de lutar por mais um. Mais uma boca, mais uma alma a quem desejava dar tudo o que um dia quis dar aos irmãos. Mas a vida, teimosa, não deixa. Nunca deixou. A sua cabeça passa e repassa o filme de uma existência espinhosa. Dirige-se ao médico com a intenção de fazer um aborto mas este recusa pactuar com tal solução. Pela boca de uma das filhas da madrasta, ouve falar numa mezinha para fazer o desmancho em casa: beber o conteúdo de uma cerveja preta fervida e correr até perder as forças. Limpinho: ao fim de poucas horas o embrião seria expulso.
A mão que moldou Ronaldo
Mas Deus tinha outros planos para ela - para eles. E ao cabo das tais horas que seriam de aborto, e como nada acontecesse ao bebé, percebeu que ia ser mãe de novo. Quem sabe o médico não tinha razão quando, para a dissuadir do aborto, lhe dissera que aquela criança ia ser a alegria da casa?
Finalmente, às 10.20 do dia 5 de fevereiro de 1985, um ano antes de a tal mão de Deus dar um ar de sua graça no México, Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro, quarto filho de Maria Dolores dos Santos Aveiro e José Dinis Aveiro, nasceu no Hospital da Cruz de Carvalho, no Funchal. Diz Paulo Sousa Costa que logo após o parto, e "para atenuar a tensão do momento, o médico lançou uma frase que ficou para sempre na memória de Dolores: "Com uns pés como estes, vai ser jogador de futebol"".
Diz um dos poucos ditados não machistas que por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher. Neste caso, meus caros, não tenham dúvidas: ele pode ter um par de asas nos pés mas a mão que o empurrou sempre para a frente foi a da mãe
O menino chegou então ao mundo e cedo mostrou ao que vinha. Vinha marcar aqueles golos que fazem explodir os estádios de futebol por onde passa e que levam o seu nome aos mais recônditos lugares deste vasto mundo.
Mas mesmo com uns pés de ouro - que outros já tiveram coisa mais ou menos parecida -, o menino de ouro podia nunca ter chegado lá. Podia, por exemplo, ter desistido e voltado para casa quando, aos 12 anos veio treinar para a Academia do Sporting. Sozinho numa cidade desconhecida, alvo de chacota por causa do sotaque e morto de saudades de casa, Ronaldo teve uma mão firme que o impediu de vergar. A mão daquela que tinha todas as razões para desistir e nunca o fez. Diz um dos poucos ditados não machistas que por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher. Neste caso, meus caros, não tenham dúvidas: ele pode ter um par de asas nos pés mas a mão que o empurrou sempre para a frente foi a da mãe. E a de Deus, se quiserem.
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primeirafonte · 7 years ago
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Sim
Beth Salgueiro
Mudanças
hoje dormi no apartamento novo.
com tanta coisa grave acontecendo e eu aqui falando de coisas miúdas e ridículas do meu mundo particular. mas é assim mesmo. as antenas estão ligadas com o lado de fora, mas a minha vida real é aqui.
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mas como disse, dormi no meu quarto novo, cheia de caixas em minha volta. tem caixas e pacotes e trouxas em todos os cômodos dessa casinha de barbie. e não sei onde está nenhuma das coisas que preciso.lençol de cama, escova de dentes, panelas, o cabo do computador? não faço ideia... e por ai vai. é preciso ter paciência...
essa foi uma mudança diferente na minha vida de nômade profissional. depois de muito procurar, conheci o ap novo num dia, fechei contrato quatro dias depois e peguei a chave três dias antes de trazer as minhas coisas. não tive tempo de organizar nada... nas outras vezes, as caixas saíam da velha residência com aviso em cima, tipo "coisas da cozinha", "quarto da beth", bem assim. dessa vez tudo foi enfiado às pressas em caixas vazias, pela suely, que foi minha diarista e que conhece um pouco meus hábitos, enquanto eu resolvia coisas mais cascudas, que só eu podia decidir...
e teve mais um agravante. os moveis da enorme casa de onde estava saindo, não cabiam no ap da barbie. os donos de brechó onde ofereci, não quiseram tanta coisa velha. perdi um tempo enorme... foi até bom, porque acabei doando para bazar de duas igrejas daqui. só gente precisada... mesmo assim, o sofá vermelho, meu preferido, que eu achava que ficaria perfeito na sala, não cabe muito bem. vamos ver o que vou fazer.
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teve também o fato de que eu estava dividida entre essa correria e o filho doente, ja no ap, sozinho... o coração lá e cá... estava como um elástico esticado no seu máximo, estresse e tensão absolutos... aí ontem de noite consegui chegar aqui, com as últimas coisas, o corpo cansado como nunca. estava tão estressada que comecei a ter visão dupla... liguei a tv e vi o vampiro duplicado, dois temer numa imagem só, imagina... vôte, como dia o meu povo lá do nordeste... 😂
por isso a dormida foi como um desmaio, o corpo acordou do jeito que deitou. acho que o elástico soltou-se e agora vai demorar só um pouquinho pra ficar normal.
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quero dizer pra vocês que estou feliz. os habitantes do meu pequeno mundo estamos juntos novamente, eu o filho, o outro filho e as gatas... e a gente vai ficar bem aqui nesse ovo de páscoa... dou uns 20, 30 dias pra tudo estar arrumado e bonito...
posto fotos e quero ouvir elogios, tá bom?
quem sabe não estava mesmo precisando dessa revirada...
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lousteaumateus-blog · 7 years ago
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Pode consultar “Conversas imaginadas sobre histórias reais enviadas por alunos e amigos” em: http://lousteaumateus.blogspot.com CONVERSAS DO ARCO-DA-NOVA Parte 7 FUGA NO CABANAL LM :​Então Ressu, já trepaste hoje ao coqueiro? RE :​Porque perguntas isso? LM :​Porque me disseste que tinhas uma história sobre subir às alturas. RE :​Isso era antigamente. Agora, por vezes até tenho dificuldades para subir para a cama... LM :​Os nossos voos vão mudando com o passar da idade cronológica. Mas no ponto de vista espiritual, a subida é infinita. Olha, Jacó, já com muita idade, sonhou com uma escada que ia da terra ao céu e viu nela anjos subindo e descendo. Quando acordou, a sua gratidão era tanta, que consagrou o local onde estava como sendo a Casa De Deus. RE :​Interessantes essas analogias. Gosto muito de anjos e se calhar a minha história pode estar relacionada com o meu desejo de elevação espiritual. Na minha história subo sem escada, embora esta estivesse encostada ao lado. LM :​Subidas laterais fazem-me lembrar a oitava lateral que nos permite ser seres solares e não lunares. A escada e as subidas estão incutidas em muitas culturas. Por exemplo, o Induísmo refere a escada de Brahama que todos os iniciados deviam subir. A Maçonaria e a Kabala também usam a escada e a subida na sua simbologia. Mas conta lá a tua história. RE :​Quando era pequena, tinha muito o desejo de subir às alturas. Subia às figueiras em Pardilhó para ver a aldeia e a Ria de Aveiro. Em Lisboa subia ao cume do telhado a partir das águas furtadas para ver a cidade. LM :​Águas furtadas e telhado… Será que tens algum parentesco como o Zé do Telhado? RE :​Não! Mas sei que o Zé do Telhado, militar, foi um salteador que, segundo consta, roubava aos ricos para dar aos pobres. Agora os Zés dos Telhados são ricos que roubam aos pobres para dar aos ricos… LM :​Até lhe chamaram o Robin dos Bosques português. Sempre gostei muito de águas furtadas e cheguei a conhecer as da tua casa em Lisboa. Diz-se que este termo refere-se a furtar ou tirar partido de uma área do tipo da casa, muitas vezes um sótão, entre as vertentes por onde correm as águas. Em Pardilhó não havia águas furtadas. RE :​Em Pardilhó, o mês de Setembro era a época de férias. Um lindo dia, devia ter uns 3 anos, acordei alegremente e resolvi explorar a linda paisagem da aldeia que agora já é vila. LM :​A casa chama-se agora “Casa Chocolate”. Quando subo ao telhado para limpar os caneiros também gosto de ver a paisagem sobretudo a da Ria. RE :​A minha mãe, por certo, deixou de me ver e começou desesperadamente a procurar-me. LM :​A D. Dete era um Tipo psicológico 6, onde a segurança e o medo são figuras centrais. Lembro que quando íamos para a Ria, primeiro de bateira e depois de canoa, ela ficava em grande aflição à nossa espera. Por vezes nas nossas aventuras chegávamos depois da meia-noite… RE :​Logo de seguida a minha mãe foi ter com o meu pai, mais calmo e paciente, e os dois foram à minha procura chamando pelo meu nome. “Ressuinha, Ressuinha! Percorreram primeiro o Aido (terreno da casa) e depois as casas das vizinhas. Foram mesmo ver o galinheiro da tia Ana Emília onde eu costumava ir acariciar os pintainhos fofinhos e amarelos. LM :​Agora continuas a treinar as festas com duas gatas e um canito… RE :​A certa altura já andavam 3 vizinhos na busca e a minha mãe como um típico Tipo 6, começava a ficar fora de si… LM :​Interessante esse “fora de si”! Si é uma nota musical muito próxima do Dó. No Psicotransformismo refere-se ao “Si Mesmo”, a nossa essência ou corpo espiritual. Nas nossas emoções saímos da parte interna ou mesmo da personalidade e caímos na falsa personalidade onde estão as emoções negativas. RE :​Por fim e ao cabo de muitas aflições, o meu pai resolveu “procurar nas alturas” e, olhando para o alto, avistou-me muito sossegadinha na vara mais alta do cabanal da vizinha tia Ana Emília. Estava muito caladinha, embora desde sempre estivesse a ouvir chamar pelo meu nome. LM :​Porque é que estavas caladinha? RE :​Primeiro, porque não queria ser incomodada e depois, porque sabia que a minha mãe iria ralhar e até se calhar dar-me um safanão. Ainda hoje não gosto que ralhem comigo. LM :​E como reagiu o teu pai? RE :​Ele devia ser um tipo 9 “O Pacifista ou Mediador”. Cheio de paciência começou a falar docemente comigo e a pedir para eu descer, o que era difícil, pois subir nestes casos é sempre mais fácil. Ele ia subindo e dava-me indicações do tipo: “Vá, anda, agarra-te com as mãos e põe o pé no degrau de baixo. Devagar, agora o outro“. E quando nos encontrámos a meio, descemos os dois. Não me lembro se houve ralhetes. Ficou só o registo deste acontecimento. LM :​O ficares em silêncio e o te retirares numa discussão é um traço que ainda perdura hoje. Não gostas de ser criticada e, nessas situações, “amarras o burrinho”… RE :​Essa expressão tem a ver com o amuar. Desde pequena que não gosto de lutas. Quando as minhas amigas me agrediam, a minha mãe obrigava-me a responder da mesma maneira, o que para mim era um suplício. LM :​Possivelmente são marcas trazidas na essência ou sinais de vidas passadas. RE :​Talvez! Como esses sinais se manifestaram muito cedo, não devem pertencer à personalidade. LM :​Seja com for, é algo que tens de trabalhar, pois está ligado à consideração interna. RE :​Agora fica claro que tenho de superar esse traço trabalhando a consideração externa. LM :​Por esta história, devias ser mais “menina do papá” do que “menina da mamã”. RE :​Bingo! LM :​Quando penso nessa tua subida para o cabanal, fico com pena que esses engenhos agrícolas tenham quase que desaparecido. RE :​Mas o rancho “Os Camponeses” construiu um na casa museu Custódio Prata no Bunheiro que fica perto da nossa casa em Pardihó. LM :​Ainda havemos de construir um no nosso Aido. Os Cabanais eram feitos com troncos e cobertos com palha. No seu interior não chovia e aqui guardavam-se as espigas de milho e até utensílios agrícolas. Teremos de adaptar um a espaço para meditação. RE :​Gostaria muito. Penso que com a ajuda do Bruno isso seria muito fácil. LM :​Mãos à obra! 3
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ultrapassandofronteiras · 3 years ago
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