#O Livro do Cemitério
Explore tagged Tumblr posts
Text
Morei um tempo num lugar que o acesso à praia era feito por um cemitério. Primeiro você passava por uma capela amarela e simpática, depois por um corredor entre a vegetação e as lapides, ainda tinha uma pequena passarela e, no final, o mar imenso. Era um trajeto de paz: o silêncio dos mortos, o barulho dos pássaros e as ondas quebrando ao fundo. Durante os finais de semana, o cenário mudava. Não sei se por conta dos velórios ou missas de sétimo dia, mas lembro de passar entre enlutados, com a tristeza ainda no corpo, enquanto carregava a minha bag com uma canga e dois livros. Aconteceu durante os dois meses que antecederam a minha cirurgia, uma pequena férias fora de época, prevendo que eu ficaria por meses de repouso em casa. Durante esses momentos, em que eu passava colorido dentre pessoas em preto e branco, pensava se quando eu estivesse no hospital internado, fosse eles quem fossem a praia, brincar com os filhos na areia. Não quero comparar a minha doença a qualquer morte, seja ela trágica ou não, é que me fez refletir sobre quantas vezes não foi o meu dia de praia (e quantos serão os meus dias de morte). Talvez por isso, passou a ser diferente me encontrar com o mar. ler depois
32 notes
·
View notes
Text
Qual seu escritor Favorito?
Estava falando esses dias sobre preferências com uma poetisa muito talentosa,quando veio a pauta grandes escritores,e tirando Shakespeare que não é desse mundo, é um mega star das estrelas,citei o maior em minha opinião Stephen King,que apesar de muitos pensarem que seus livros são histórias de terror e suspense,mas se lerem com cuidado e apenas um pouco de atenção verão os maiores sacrifícios por amor e amizade que em livros de romances ou histórias reais,"It"em seu segundo capítulo mostra isso logo no começo e desvendado no final,"Campo do medo"também tem o roteiro todo baseado em sacrifício para salvar os que amam,"O Nevoeiro","O iluminado", Dança da morte",mostra que a falta de humanidade uns com os outros tem seu preço no final,"O Nevoeiro"principalmente,"Carrie",Christine", Cemitério Maldito",Torre Negra,com suas sequências"grandes clássicos entre outros,a ganância absurda de "1922",o grande elenco infanto juvenil e adolescente reunido em "O corpo"que usa apenas da grande amizade em uma caminhada onde muitas revelações acontecem,e o que dizer do fantástico "Saco de Ossos"bem são muitos outros,mas não posso deixar de citar"A espera de um milagre",que briga unha a unha com "Coração Valente"para ser o maior sucesso da história do cinema, não por bilheteria,mas pra unanimidade, livro é ainda mais perfeito com todos os detalhes que a telinha não pode captar, não existe alguém tão magistral no que se dedicou a fazer, são tantas obras e também tão poucas para quem gosta de ler,palmas para o senhor King.
Jonas r Cezar
@afinidade082323
10 notes
·
View notes
Text
desde que vi nylah shin nos arredores de merion bay, soube que estava na presença de uma abençoada pelos espíritos da floresta! aos 23 anos, talvez seja sua lealdade que a torna tão radiante, mas é sua impulsividade que a mantém única… além, é claro, de seu gosto peculiar: fiquei sabendo que ela ama pedras preciosas, coisas mórbidas e obscuras, clima chuvoso e odeia verão, ser controlada e toque físico, não é especial? espero vê-la mais por aí, mesmo que esteja ocupada sendo uma excelente dona de uma loja de produtos esotéricos no centro comercial.
nome completo: nylah shin / shin naeun (신나은). apelidos: nyh, nana (apenas os pais a chamam assim). orientação sexual: bissexual. alinhamento moral: caótico e neutro (espírito livre). data de nascimento: 08/10/2001. altura: 1,72 m. etnia: sul-coreana. gênero: mulher cis. pronomes: ela/dela. estado civil: solteira. vestimenta: roupas pretas em um estilo dark/goth. ocupação: lojista, dona da mystique. animais de estimação: um gato preto (beetlejuice). prompt: abigail (stardew valley).
aesthetic: pernas balançando inquietas, dedos batucando em qualquer superfície, joelhos ralados, lápis mastigados, cheiro de ervas, cemitérios, incensos.
headcanons.
os shin imigraram para os estados unidos movidos pelo desejo do patriarca de explorar novos continentes, viajaram de um canto para o outro até que a mãe de nylah ficasse grávida da garota, o que fez eles se alojarem em uma pequena cidade no interior do país. escolheram apple cove pela simplicidade, sua família gostava de fugir do tumulto da cidade grande e ali parecia o lugar perfeito. os planos era de ficarem ali apenas durante os primeiros anos de vida de nylah, mas se apaixonaram pela natureza que os rodeavam e não saíram mais. hoje em dia os pais da pequena trabalham como feirantes de peixes e outros mariscos, ganhando a vida dessa forma e preferindo levar um ritmo mais tranquilo e autossustentável.
nylah tem uma personalidade que muitos poderiam definir como "estranha". é uma garota reclusa, prefere ficar de longe observando todo mundo ao invés de se entrosar e puxar conversar. tem dificuldade para fazer amigos e não liga pra isso, prefere manter aqueles poucos que a entendem e compartilham de gostos com ela por perto. costuma ser muito impulsiva e teimosa, parte disso por sempre estar sendo controlada por seus pais quando se trata de como ela deveria agir e o que deveria vestir, portanto acabou ficando mais cabeça dura e inconsequente. apesar de sua aparência de poucos amigos, nylah não é grosseira, pode ser que ela tenha respostas que soem mais insensíveis em alguns momentos, mas isso se dá apenas pela sua falta de tato ao interagir com os outros. é uma garota que sabe ser simpática quando se sente confortável para tal.
o que mais chama atenção em nylah são seus gostos e seu estilo. é vista constantemente indo até o cemitério da cidade, se sentando por lá para ler livros ou escutar música. suas roupas sempre são escuras e com muitos acessórios, passando aquela imagem de gótica que ela gosta muito. tem um fascínio por coisas mórbidas e ocultismo, é normal ver a garota lendo livros sobre taxidermia, paganismo, o sobrenatural, lendas locais e contos de terror e horror. tudo isso faz parte de quem ela é e não tem vergonha e nem sente vontade de esconder. sua inclinação para esse tipo de assunto deixa sua família preocupada, achando que a garota está indo por "um mal caminho" e "se envolvendo com o demônio" o que gera muitas brigas em casa. além disso, é comum que outros moradores criem rumores sobre a coreana, sejam eles bons ou ruins.
sua paixão por essas áreas também foi o que a moveu a abrir sua loja no centro comercial e começar seu próprio negócio. nylah é dona da mystique, uma loja de produtos esotéricos que vende ervas, incensos, amuletos de proteção, pedras e cristais e por aí vai. não sentiu vontade de sair da cidade para seguir com nenhuma graduação ou tentar uma vida diferente longe de sua família, em partes por ainda tentar resolver as coisas com seus pais e também por apple cove ser tudo que ela conhece. as vezes se sente confusa sobre o que fazer e sobre o que quer de seu futuro, só que com todos seus problemas atuais isso é algo que ela deixou para depois.
nylah aprendeu a tocar vários instrumentos influenciada por seus amigos, hoje em dia ama muito bateria e baixo, sendo os instrumentos que resolveu comprar para si quando começou a ganhar seu próprio dinheiro, sempre tirando um som quando consegue uma chance de ficar sozinha em casa.
o cabelo da garota já enfrentou mais guerras do que um soldado, a coreana vive descolorindo e pintando de novo e de novo de várias cores diferentes, apenas deixando no seu preto natural quando ela sente que sua raiz já está chorando demais, mas isso é uma raridade e nunca dura muito. atualmente ela está com os fios pintados de vermelho.
7 notes
·
View notes
Note
Xexyyyyyy!
Como você acha que seria a casa/apt dos meninos e a leitora? Com plantas, biblioteca, cantinho do violão... ♥️
aiiii tópico sensível!!!
acho que seriam assim ó
enzo: tem cara de quem tem um apartamento com chão de taco. uma sala bem ampla, até maior que o quarto, com um janelão enorme. umas três estantes de livros espalhadas por tudo que é canto. uma vitrolinha marota com alguns lps antigos e novos no cantinho, junto de um violão. muitas samambaias e costelas de adão! uma cozinha organizada e um quarto bem clean daqueles que só tem a cama, a cabeceira e uma televisão.
agustin: uma casa com toda certeza!!! mas uma casa pequenininha, de um andar só, com um quintal enorme que ele cuida e cultiva várias plantinhas pra usar de tempero - e enche uma piscininha inflável pros dias de calor. tem uma energia meio bagunçada caótica meio good vibes com aquelas mantas em tie-dye meio alternativas atrás do sofá que tem uma capa estampada, sabe? o quarto numa vibe bem similar. só que com um aparelho de som babado. a moto é o xodó que fica na garagem.
fran: uma vibe pequenininha clean só que com milhões de plantas em tudo que é canto. inclusive deve ser um saco ficar responsável por aguar as plantinhas dele - missão interminável. é do time que mora em casa também, um duplexzinho numa parte mais tranquila da cidade, perto de natureza. uma escrivaninha no quarto com uma cama de madeira, um quadrinho aqui e ali de algum pôster de filme ou porta retrato dele criança. agora é tudo de um aconchego e conforto que deve ser impossível querer sair. a geladeira tem os imãs mais divertidos do mundo.
matí: um apartamento de adolescente que foi morar sozinho porque foi fazer faculdade em outra cidade, sabe? é uma bagunça tenebrosa porém bem limpinho, tá!! ele chama uma pessoa pra ajudar com a limpeza. tem uma televisão enorme com vídeo-game, um sofázinho mixuruca, pôster de tudo que é coisa na parede. no quarto dele tem até um grafite enorme que ele fez. abriu gaveta na cozinha? bufo, cemitério de pod/vape. tem um cheirinho de cigarro que ele tenta evitar. mas é aconchegante.
kuku: apartamento de adulto, sim!!! e daqueles adultos bem cult bacaninha!!! as paredes são de um tom mais creme, com alguns pôsters e quadros de muito bom gosto que ele comprou/ganhou de amigos artistas ao longo dos anos. algumas prateleiras com livros pontuais, uns ornamentos de metal, uns prêmios que ganhou quando criança. o quarto dele é daqueles planejados com uma cama king enooooorme, cheia de travisseiros. o chão é de taco também, mas é bem colorido por conta das artes e das colchas que ele usa. cheirinho de bambu, sabe?
pipe: tem camisa assinada pelo messi enquadrada em cima da cama dele e não tem alma viva que o faça tirar. foi assinado!!! pelo messi!!!! tirando isso, é um apê alto astral, bem clean, com várias fotos em preto e branco que ele tirou e emoldurou na parede. de todos é o que tem a cozinha mais legal - um balcãozão de madeira e vários utensílios. de vez em quando vai na casa do agustín pegar umas ervas fresquinhas pra cozinhar. o quintal dele só serve pra churrasqueira e pronto.
42 notes
·
View notes
Text
VICTORIA PEDRETTI? não! é apenas NICOLA RUBY HARLAND, ela é filha de MELINOE do chalé 27 e tem 26 ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL I por estar no acampamento há TREZE ANOS (não consecutivos), sabia? e se lá estiver certo, NIKA é bastante CARISMÁTICA mas também dizem que ela é AUTODESTRUTIVA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
BIOGRAFIA:
tw: álcool, vício em drogas e tortura psicológica (apenas menção)
Agatha Harland, conhecida como Sense Agatha, é uma renomada médium e clarividente. Ganhou notoriedade em 1975, através de aparições frequentes em programas de televisão e rádio, onde oferecia consultas espirituais e previsões. Sua fama aumentou com a publicação de vários livros sobre espiritualidade e mediunidade, combinando sua personalidade carismática e habilidades sensoriais. Além das consultas privadas, Agatha realiza shows ao vivo, workshops, seminários e, nos tempos atuais, vídeos na internet e entrevistas em podcasts, consolidando-se como uma figura proeminente no cenário espiritual. No entanto, a mulher não passava de uma charlatã com muita lábia.
Seu filho, Vincent Harland, era fascinado por espíritos e fenômenos paranormais. Paralelo à sua carreira de escritor, ele liderava um negócio de caçadores de fantasmas. Durante uma investigação em uma cidade pequena e repleta de lendas urbanas, Vincent conheceu a deusa Melinoe, que se disfarçou de Melina, uma mulher misteriosa com grande interesse e conhecimento pelo oculto. Eles rapidamente desenvolveram um forte vínculo, tanto pelo interesse comum no sobrenatural quanto pela crescente atração mútua. Melinoe admirava a paixão e a curiosidade dele, enquanto Vincent se encantava pela sabedoria e o mistério que Melina trazia. Depois de algum tempo juntos, Melinoe sentiu que podia confiar nele e revelou sua verdadeira identidade como a deusa dos fantasmas. Inicialmente chocado, Vincent acabou aceitando a verdade, fascinado pela ideia de ter um relacionamento com uma deusa. Dessa união nasceu Nicola, uma criança que ele esperava que herdasse os dons especiais de sua mãe divina para ajudar nos negócios da família.
Nicola cresceu em uma família obcecada pelo sobrenatural. Quando a menina tinha cinco anos e ainda não apresentava habilidades, seu pai tentou despertar seus dons paranormais de maneiras extremas. Inspirado por métodos cruéis, ele a submetia a situações assustadoras, como trancá-la em lugares escuros e isolados ou deixá-la sozinha à noite em um cemitério, na esperança de que o medo ativasse seus poderes.
Após um ano de ameaças e torturas, aos seis anos, Nika finalmente começou a ver espíritos. Inicialmente, era uma experiência tranquila; ela conversava com parentes falecidos e ajudava a avó a atender clientes, conectando-os com entes queridos mortos. Nika gostava de ajudar as pessoas com seu dom, sentindo uma profunda satisfação ao proporcionar conforto às famílias enlutadas. Sentia uma presença constante de espíritos, mesmo quando não podia vê-los ou ouvi-los.
Com o tempo, os espíritos começaram a aparecer sem serem chamados, perturbando Nicola em todos os lugares: na escola, no parque, no dentista, e na casa de colegas. Ela os via ou ouvia o tempo inteiro. Espíritos malignos começaram a persegui-la, especialmente à noite e na escola, deixando-a aterrorizada. Quando tentou falar com seu pai e sua avó sobre isso, ambos desconsideraram seus medos, dizendo que ela precisava lidar com seu dom. Aos onze anos, um colega de classe ofereceu drogas e álcool a ela, acreditando que aquilo poderia inibir as visões e vozes. E funcionou, levando-a a usar substâncias com frequência.
Aos treze anos, Nika estava profundamente envolvida com drogas e álcool, incapaz de ajudar na atividade da família. Seu pai e avó a culpavam pelo declínio dos negócios. Desesperada, foi levada ao Acampamento Meio-Sangue por um sátiro enviado pela própria Melinoe, após perceber a situação de vício da filha. No acampamento, encontrou um lugar seguro para recomeçar e se recuperar.
Adaptar-se ao acampamento foi um desafio, especialmente devido ao seu vício. No primeiro ano, passou por tratamentos com poções e visitas aos curandeiros. Embora tentasse aprender a controlar seus poderes, os espíritos malignos continuavam a atormentá-la. Assim, aos catorze anos, Nika começou a fugir do acampamento para conseguir drogas novamente, tentando inibir o contato com os espíritos perturbadores.
Dos treze aos dezoito anos, Nika dividiu seu tempo entre treinar no acampamento para aperfeiçoar e controlar seus poderes e fugir do local para buscar alívio nos entorpecentes. Por nunca conseguir dar continuidade ao treinamento, nunca havia sido enviada em nenhuma missão e também não havia avançado além do nível um de treinamento. Numa dessas escapadas, recebeu o chamado de Dionísio para retornar ao acampamento, onde agora está presa pela barreira invisível e forçada a lutar contra seus vícios e usar suas habilidades para ajudar na nova ameaça que todos enfrentam.
PODERES: Necromancia
A filha de Melinoe possui o poder da necromancia, permitindo-lhe invocar e comunicar-se com espíritos. No entanto, esses poderes têm limitações, como energia e tempo limitados, e requerem alta concentração. Além disso, seu uso frequente pode levar a exaustão física e mental, envelhecimento prematuro, perturbações psicológicas, emissão de auras de frio e cicatrizes espirituais, que podem atrair espíritos inquietos.
Seu poder fica mais eficaz em lugares que possuam ligação com a morte, como campos de batalhas, cemitérios ou lugares onde muitas pessoas morreram.
HABILIDADES:
força sobre-humana & previsão.
ARMA:
"Tenebra": uma foice forjada em ferro estígio, com aparência de um metal negro brilhante. Sua lâmina é longa e curva, com um brilho sombrio, parecendo ser imbuída com as energias do submundo. O cabo é adornado com runas antigas que brilham em um tom espectral, reagindo ao toque de Nika. A extremidade do cabo possui uma pequena caveira que parece seguir os movimentos de quem a empunha com seus olhos vazios. Quando não está em uso, Tenebra se transforma em um anel de prata com uma pequena caveira na frente. Para invocá-la, a semideusa precisa apenas sussurrar "Veni" e o anel se transforma instantaneamente na foice. Para revertê-la ao anel, basta dizer "Abdico".
MALDIÇÃO OU BENÇÃO:
Não.
ATIVIDADES
membro da equipe azul de canoagem
membro da equipe azul de esgrima
11 notes
·
View notes
Text
✨Resenha Interligados
Dessa vez meu comentário vai começar um pouquinho diferente...
"Querida Nick.
Um livro favorito, um bebê para nós leitores, tal qual o meu "PJO e o Ladrão de Raios" é para mim, é sempre um livro difícil de emprestar, as vezes impossível de sair da estante se não for para nossas próprias mãos. Você me emprestou um livro assim!! Era para ser uma recomendação e empréstimo de um livro que gostávamos e você me entregou um livro com esse peso pra ler!! Menina, imagina o meu medo e pânico cada vez que eu pegava esse livro na mão. Da próxima, por favor, ajuda sua amiga com ansiedade e me empresta um livro de peso normal (risos), que se acontecer qualquer coisa eu possa comprar um novo que não vá trazer traumas para nenhuma de nós duas. Obrigada pela confiança e por me apresentar um dos seus mundos favoritos, eu gostei muito de conhecer o Aden (Haden) e seus muitos amigos."
Agradecimentos feitos, agora vamos para a hora verdade. O livro da vez foi "Interligados - Aden Stone e a Batalha Contra as Sombras" o primeiro livro da trilogia "Interligados" da escritora Gena Showater, lançado em 2010, que mistura mistério, drama, romance, ação e o paranormal, vindo direto de um dos desafios das Gliterárias, onde nós tínhamos que emprestar entre nós um livro para a outra, que fosse um livro que gostávamos muito da história, e ai volto eu para casa com a bomba, "o livro favorito" de uma amiga. Cuidei tal qual um filho, passou um bom tempo na minha cabeceira para que eu ficasse de olho nele o tempo todo, até eu criar coragem para o ler.
E aí veio a segunda bomba, a Nick (a mãe\dona do livro) tinha me falado um pouco da história, a sinopse atrás do livro complementou meu entendimento inicial e ... bem ele não é um livro da minha vibe (risos nervosos). Eu olhei pro plot, o plot olhou pra mim e nós decidimos que um não servia para o outro. Mas, eu precisava ler e ele já estava ali. Então, eu comecei a minha batalha contra as sombras.
Aden Stone, que na verdade se chama Haden Stone (e esse foi um fato engraçadíssimo pra mim, o querido não sabia falar o próprio nome e até hoje se apresenta se chamando de Aden), é um garoto que a princípio eu entendi, tal qual os médicos dele entenderam que fosse, um garoto esquizofrênico, ou no mínimo, com transtorno dissociativo de identidade. Aden tem 4 almas vivendo na cabeça dele. E, pasmem, cada alma tem um super poder. Enquanto o super poder de Aden é ser super perturbado por esses quatro 24h por dia. Então vamos começar por aí, os 4 amigos mais íntimos de Aden e seus poderes: Julian, ele pode ressuscita os mortos, na realidade ele os ressuscita sem querer fazer isso, basta ele chegar perto de um cemitério que os mortos se levantam e tentam devorar o pobre Aden; Elijah, prevê o futuro, bom, ele tem visões do futuro, que na maioria das vezes quando mudam é para pior, então, Aden mesmo não gostando do que Elijah compartilha com ele, o garoto tenta não mudar o que vê, por que já aprendeu que as mortes vistas por Elijah acontecem independente do que Aden faça para mudar; Eve, pode viajar no tempo, bom, "ela" pode fazer Aden voltar por alguns momentos em uma parte da vida do menino e ali eles podem alterar algumas coisas que aconteceram com o garoto, as vezes para melhor, as vezes para pior, por isso, Aden odeia quando Eve os manda de volta para algum momento de sua vida, visto que o menino foi abandonado e passou boa parte da vida internado em diversos hospitais psiquiátricos; e finalmente, chegamos em Caleb que tem o dom de tomar para si o corpo de outra pessoa por um tempo, Aden pode se fundir e possuir o corpo de alguém, o que é estranhamente legal em alguns eventos (risos), exemplo, possuir o corpo de um lobisomem muito, muito zangado e correr por aí.
Tudo que Aden sabe é que esses 4 queridos que vivem dentro dele nem sempre estiveram ali, eles tinham uma vida antes de estarem em Aden mas não conseguem se lembrar de quem foram antes disso, por isso seus nomes atuais foi Aden quem ajudou a dá-los, e tudo que esses 4 queridos querem é estar fora da cabeça do jovem, apesar de o terem acompanhado desde o nascimento até agora em seus 16 anos, eles querem seus corpos de volta. E Aden não os aguenta mais dando conselhos a todo momento não deixando o menino em paz. Eve é a voz da razão e mãe do grupo, Elijah é o tio do "eu avisei", Caleb é quem dá as ideias ruins e atazana Aden o tempo todo quando vê uma menina bonita ou alguém querendo briga com o menino, e Julian gosta de estar do lado de todos comentando sempre a favor da voz que estiver falando mais alto.
E bem, para falar com seus amigos, Aden até pode falar mentalmente com eles mas as vozes falam tanto que a voz do mais novo nunca é ouvida em meio a bagunça, então infelizmente Aden precisa falar em voz alta para que eles escutem o que bem... faz com que Aden seja taxado de maluco. Atualmente Aden está vivendo em um rancho para jovens rapazes com problemas onde o dono do lugar tenta dar aos meninos uma segunda chance de viver em sociedade, o que em tese era uma boa ideia. Mas na pratica acaba não sendo tão bom assim. Quando Aden fica sozinho com os garotos eles mostram o lado que os fez acabar ali. Então para ficar o mais longe possível dos rapazes Aden costuma fazer suas atividades do rancho bem rápido e fica o mais afastado possível dos garotos até a hora de dormir. Certo dia quando Aden finalmente consegue seu primeiro final de semana fora do rancho ele caminha sem rumo pela cidade que mal conhece apenas para tentar relaxar um pouco de sua própria situação. O ruim é que o garoto não conhece a cidade ainda então acaba parando bem no meio de um cemitério e quando Aden nota isso Julian também acaba notando e os mortos começam a se levantar. Em meio ao caos do ataque Aden nota uma presença e imediatamente olha para onde essa vem e ali ele se depara com uma menina, que parece tão assustada quanto ele e quando seus olhos se encontram um vento forte empurra ambos para o chão a menina se recupera mais rápido e corre dali enquanto Aden tem que se livra da cena do crime que acaba de cometer sem querer. Ali o garoto se lembra de uma das mais recentes visões de Elijah, a garota quem ele viu Aden beijando.
Aqui meus queridos eu achei o nosso querido herói muito emocionado, Elijah viu ele beijando a garota e automaticamente o Aden assume que eles são namorados, então por que não correr atrás da provável garota não é verdade? Mas o que o menino notou também é que assim que os olhos dos dois se encontraram as vozes se calaram, elas ficaram atordoadas enquanto a garota estava por perto e assim que ela se afastou elas pediram que Aden não fosse mais atrás da menina pois ela tinha um estranho efeito sobre eles, e um efeito que Aden almeja a muito tempo. Silencia-las.
O primeiro encontro de Aden e Mary Ann faz o garoto quer de vez ficar ao lado dela, Mary Ann não é a garota da visão de Elijah mas faz Aden se sentir bem e dono do próprio corpo. E estranhamente Aden tem vontade de abraça-la como se a conhecesse desde muito tempo atrás. Com esse estranho encontro o garoto resolve fazer de tudo para ficar ao lado dela por máximo de tempo possível, Aden bola um plano que seus amigos aceitam por querem o bem do menino e acreditarem na teoria de Mary Ann pode ajuda-lo a tira-los da cabeça dele. Aden se matricula em uma escola, na mesma escola que Mary Ann, infelizmente um dos "Imundos" ,como ele costuma chamar os garotos do rancho, vai estar dividindo o ambiente escolar com ele.
E estranhamente no mesmo momento que os dois garotos entram na escola Mary Ann começa a ser perturbada, seguida e ameaçada por um estranho lobo gigante que parece aparecer só para ela. O que a faça suspeitar de ambos, mesmo que estranhamente Mary Ann se sinta atraída a dar um abraço em Aden toda vez que o vê, ela sente como se o garoto fosse um irmão a muito tempo perdido que finalmente tinha voltado. Até que ela é salva por Aden do lobo, então ele também podia vê-lo! E mais que isso Aden possuiu o lobo para protege-la. Depois de uma luta árdua com o Lobo o garoto começa a suspeitar do Imundo que agora é quase um amigo para ele. Mas ele não tem nem tempo de pensar nisso antes de encontrar, ou melhor ser encontrado pela garota das visões. Que se diz ser nada mais nada mesmos que uma princesa vampira, simplesmente a filha do próprio Drácula, Victória é a garota por quem Aden vai se apaixonar e morrer por ela. Enquanto isso o Lobo volta a encontrar Mary Ann e é ela quem descobre que o Imundo e o Lobo são pessoas diferentes, o recém apelidado Lobinho, é conquistado por Mary Ann e acaba virando um pet da menina (risos) sério de lobo mal a cachorrinho de bolsa em poucas páginas, e logo ele se mostra em sua forma humana e se apresenta, esse foi meu crush do livro Riley. E com esse quarteto formado o desvendamento desse mundo magico e novo para Aden e Mary Ann começa, muitos seres mágicos estão sendo atraídos para Aden e pretendem usar o menino para seu bem o acabar com ele.
Eis minhas reclamações, as coisas se resolvem rápido de mais, Aden é um personagem morno, parece ter uma personalidade inacabada seria facilmente um dos meus queridinhos só pelos traumas de infância mas o querido é muito sonso, ele fica terrivelmente apaixonado e bobo por Victoria, em um simples respirar da menina, e Lobinho, que tinha tudo para ser o bad boy do livro acaba se rendendo em um virar de paginas a Mary Ann, quase que perde totalmente o charme, ele conseguiu manter um pouco da personalidade marrenta mas mesmo assim de um personagem top ele virou um personagem requentado, Victória é outra, tadinha parece que só a colocaram no livro pra Aden ter uma desculpa para sair e entrar do Rancho a hora que quiser, a é e ter um ex asqueroso e criminoso em muitos sentidos. Aliás Gena parece odiar ex namorados (risos) todos os que apareceram foram o auge do nojo.
Gostei do livro? Sim. Foi uma delícia passar duas tardes inteiras o lendo freneticamente (risos). Chorei lendo? Sim. Tem uma cena em específico que eu chorei horrores, senti que tinha perdido um amigo ali na hora, por que eu consegui me colocar no lugar do Aden e sei que aquela foi uma perda terrível para o menino. Mas não sei se vou encarar mais dois livros com essa turma. Os casais foram previsíveis demais para o meu gosto, Gena até tentou botar um clima de dúvida, mas não deu certo. E muitas das grande propostas de plot twist da história eu já tinha matado nos primeiros capítulos ( um deles foi o que me fez chorar, risos). É um universo com muito potencial eu adorei o conhece-lo, mas foi mal aproveitado, Aden podia ter sido melhor isso o faria um dos meus queridinhos fácil, Victória não precisava ter sido só uma chave mágica, Mary Ann quase se salva e vira minha queridinha se tamb��m não resolvesse as coisas com uma facilidade quase magica, em segundos ela sai de um choro copioso para pensar na solução magica para o problema, e por fim Riley que foi um desperdício, um personagem que começou tão bom perdeu toda a pose de durão em segundos ao lado da menina.
"Interligados - Aden Stone e a Batalha Contra as Sombras", com toda certeza ganhou o direito de estar na minha estante física de livros lidos e é uma recomendação pra uma leitura de sessão da tarde, é um livro que dá vontade de ler, você vê os problemas dele, mas toda hora aprece uma coisinha que te faz continuar virando as paginas continuamente. Se você ainda não leu é a minha recomendação de leitura de aventura adolescente cheio de referências mágicas e paranormais.
✨resenha por: Tainá✨
6 notes
·
View notes
Text
Desafio Maternidade Mística
Criadora do Desafio original:
https://www.tumblr.com/simssav/637235404825935872/sims-4-mystical-motherhood-the-occult-baby
Traduzido e adaptado por AhriLoosey.
Me veja jogar esse desafio no YouTube!
youtube
O ponto desse desafio é ver tudo que o jogo tem a oferecer quando se trata de estados de vida ocultos.
Para cumprir esse desafio você vai precisar usar mods e cheats de vez em quando, também é necessário ter alguns pacotes do jogo para cumprir o desafio inteiro, já que alguns ocultos e habilidades só vem nesses pacotes.
»PACOTES NECESSÁRIOS«
Vampiros, Ao Trabalho, Ilhas Tropicais, Estações, Reino Da Magia, Vida Universitária, Jardim Romântico, Aventuras Na Selva, Truques de Tricô, Retiro ao Ar Livre, Vida Na Cidade, Dia De Spa, Diversão Na Neve, Sobrenatural, Lobisims.
»MODS OPCIONAIS«
MC Command Center:
https://deaderpool-mccc.com
Mod que melhora os Sims Plantas (recomendo muito ter):
https://srslysims.net/downloads/plantsim-lives/
Fantasmas podem ter bebês:
https://modthesims.info/d/602411/ghosts-can-have-babies.html
Mod para atribuir fantasmas a uma lápide. Muito útil caso você queira fazer um cemitério quando seus filhos forem morrendo:
https://www.curseforge.com/sims4/mods/rsm-release-all-ghosts-get-urn-for
Mod de Ultrassom:
https://littlemssam.tumblr.com/post/175410620123/ultrasound-scan-pregnant-sims-can-do-a
»OBJETIVO DO DESAFIO«
O objetivo é ter filhos com todos os tipos de sims sobrenaturais existentes no jogo. Lembre-se de que é necessário ter alguns pacotes para ter todos os sims ocultos.
»REGRAS«
Crie um único Sim humano da forma que você quiser. O Sim precisa ser capaz de engravidar.
Mude seu Sim para uma casa inicial em qualquer mundo que você quiser.
Seu Sim não pode trabalhar! A única forma de ganhar dinheiro é através da jardinagem, pintura, escrita de livros e etc, mas é proibido ter uma carreira. OBS: se quiser, você pode comprar um Pé de Grana quando seu Sim tiver pontos de satisfação suficientes para isso.
Seu Sim deve sair pelo mundo construindo relacionamentos e engravidando de todos os tipos de Sims ocultos. Você não deve usar cheats para determinar o sexo dos bebês e nem a quantidade, isso faz perder a graça, deixe o jogo fazer esse trabalho sozinho. Porém você pode usar o mod de ultrassom listado acima para descobrir qual será o sexo do bebê antes do parto para se programar com nomes e etc, mas não pode ser alterado.
Para ficar mais divertido e improvável, você pode aleatorizar os traços dos seus filhos a medida que forem crescendo, mas o último traço (jovem adulto) você mesmo pode escolher o que achar melhor para seu filho antes de mudá-lo de casa. Essa regra é totalmente opcional, eu acho mais divertido assim.
Seus filhos devem se mudar de casa assim que virarem jovens adultos e alcançarem o nível 5 de suas respectivas habilidades (já vamos falar disso).
Quando seu Sim for adulto, faça-o beber a poção da juventude. O desafio deve ser inteiro completo por esse mesmo Sim, caso esse Sim morra já era o desafio.
»SIMS OCULTOS«
Seu Sim deve ter filhos com todos os ocultos a seguir (pode fazer na ordem que quiser):
Sereia, Alienígena, Papai Inverno, Dona Morte, Ossilda, Vampiro, Palhaço Trágico, Lobisim, Feiticeiro, Espectro Noturno, Palhares, Esqueleto, Sim Planta, Coelhinho Das Flores, Servo, Fantasma (recomendo que seja o Guinho do pacote Sobrenatural), Elemental Da Ilha, Poço Dos Desejos, Yamachan.
»COMO ACESSAR ALGUNS OCULTOS?«
Alguns ocultos precisam de cheats ou truques para seu Sim poder engravidar deles, aqui vai um tutorialzinho kkkk:
Dona Morte:
Clique nele pressionando a tecla SHIFT, dentre as opções vai haver uma para adicioná-lo a família. Depois de tê-lo na família, você vai remover um dos traços dele com o seguinte cheat: traits.clear_traits
Então você vai ter um bebê com ele, depois do seu Sim engravidar dele, adicione o traço de volta com esse cheat: traits.equip_trait GrimReaper
OBS: se você quiser, pode adicionar esse traço ao seu filho da Dona Morte quando ele for adolescente.
Elemental da Ilha:
Para acessar esse oculto, o seu Sim (ou algum filho seu) precisa ter o traço Filho da Ilha. A seguir, clique no seu sim e escolha a opção de invocar os espíritos da ilha, depois disso os elementais da ilha virão para o seu lote.
Construa relacionamento com um deles de sua preferência. Para tentar ter um bebê, é preciso adicioná-lo a sua família.
Fantasmas não podem ter bebês no jogo, então escolha uma dessas opções:
Ter o mod para que fantasmas tenham bebês (já listado acima).
Transformá-lo em humano usando o mod MC Command Center (também listado acima).
Ressucitar com os meios do próprio jogo, como o Poço Dos Desejos ou com a ambrosia.
O objetivo é que o bebê tenha o traço Mana De Sulani.
Sim Planta:
Não existem Sims Planta andando pelo jogo, então você vai precisar transformar alguém em sim planta primeiro para poder engravidar dele. Você pode fazer isso através de:
Usar o cheat clicando no Sim desejado com a tecla Shift, vai haver uma opção de tornar sim planta.
Usar o mod PlantSim Lives (listado acima) que permite você comprar o fruto proibido através das recompensas de satisfação.
Usar os meios tradicionais do jogo.
Depois de transformar um Sim aleatório em Sim Planta, já pode engravidar.
Quando o filho se tornar adolescente, ele deve ser transformado em Sim Planta também. Você pode usar os métodos acima para isso, MENOS o método do cheat, assim perde a graça.
Recomendo muito ter o mod PlantSim Lives, porque ele faz com que o seu Sim Planta fique no estado oculto para sempre, já que sem o mod eles voltam a ser humanos depois de alguns dias.
Nesse mod também tem um pouco mais de jogabilidade para eles, e você pode escolher o cabelo que quiser para eles.
Palhaço Trágico:
Você precisa comprar a pintura do Palhaço Trágico no modo construção. Faça seu Sim olhar para a pintura algumas vezes, e logo o palhaço irá aparecer no seu lote, fique atento, ás vezes o palhaço só passa pela rua ou anda sem rumo.
Poço Dos Desejos:
Você deve comprar o poço no modo construção. Faça uma boa oferta para o poço, depois deseje por uma criança.
Servo:
Você vai precisar comprar a estação do robótica e fabricar seu próprio servo robô.
Coelhinho Das Flores e Yamachan:
Esses dois são meio chatos. É preciso adicionar a família e habilitar para que possam engravidar outras pessoas (caso sejam mulheres). Depois tente ter um bebê, se não conseguir de jeito nenhum, pode usar um cheat para engravidar através do MC Command Center.
Caso não apareça a opção de engravidar deles no MC Command Center, vá para o CAS e escolha ter um filho com eles na opção de criar um Sim a partir da genética.
»OBJETIVOS E HABILIDADES PARA CADA FILHO OCULTO«
Como antes disse, cada filho precisa atingir o nível 5 de determinadas habilidades para poderem se mudar de casa quando forem jovens adultos. Se vierem gêmeos, você pode dividir as habilidades para os dois ou fazê-los completar ambas as habilidades. Aqui está a lista:
Palhares: Jardinagem e Tricô.
Alienígena: Ciência Aeroespacial e Programação.
Sereia: Ginástica e Canto.
Vampiro: História Vampírica e Órgão de Tubos.
Palhaço Trágico: Travessura e Comédia.
Coelhinho Das Flores: Arranjo De Flores e Pintura.
Sim Planta: Herbalismo e Bem-Estar.
Poço Dos Desejos: Violino e Bem-Estar (somente com meditação).
Feiticeiro: Aprender 5 Feitiços ou Alcançar Nível 4 De Feiticeiro.
Elemental Da Ilha: Pesca e Violão\Guitarra.
Servo: Robótica e Lógica.
Papai Inverno: Confeitaria e Mecânica (usando a mesa de carpintaria).
Lobisim: Alcançar Nível 4 De Lobisim.
Esqueleto: Cultura De Selvadorada e Arqueologia.
Ossilda: Fotografia e Piano.
Fantasma: Escrita e Médium.
Yamachan: Snowboarding (ou Esqui) e Escalada.
Espectro Noturno: Travessura e Videogame.
Dona Morte: Matar 5 Sims (proibido o uso de cheats).
Esse é o desfio, obrigada por mostrar interesse e não se esqueçam de conferir a minha série de Maternidade Mística no YouTube! Beijo Beijo Ehnois!!!
#the sims 4#ts4 mods#the sims community#the sims challenge#desafio#tradução#the sims cc#gameplay#ts4 gameplay#mystical#Youtube
36 notes
·
View notes
Text
ׁ ִ Alexa, play billie jean by Michael Jackson!
Ainda me lembro das vezes que cruzei com BILLIE-JEANNETTE HUGHES BOURGEOIS na Kappa Phi! Fiquei sabendo que, depois de cursar LETRAS, atualmente é COLUNISTA FREELANCER E A NOVA PROFESSORA SUBSTITUTA DE LITERATURA GÓTICA DA UNIVERSIDADE e que ainda é ELOQUENTE e DRAMÁTICA. Uma pena acabar encontrando ela assim… Não é possível que esteja envolvida com o acidente de Fiona e a morte de Victor, certo?
I. BASICS
idade: 32 anos.
skeleton: ii. the high priestess/sacerdotisa.
gênero: feminino cis; ela/dela.
sexualidade: bissexual.
personalidade: criativa, eloquente, intuitiva; dramática; introspectiva; misteriosa.
aesthetic: tatuagens de aranha nos braços, cachos loiros bagunçados pelos ventos, jaqueta de couro vermelha cheirando a cigarro, cristais escondidos em coturnos pretos, cemitérios, arquitetura e literatura gótica, filmes noir, coleção de VHS, delineado borrado, olhos azuis cor piscina repletos de lágrimas, Halloween, galhos batendo na janela, jornais manchados de café.
her playlist: “Billie Jean” - Michael Jackson, “Black No. 1” - Type O Negative, “Barracuda” - Heart, “Frankstein” - The Edgar Winter Group, “Tom Sawyer” - Rush, “My Immortal” - Evanescence.
II. BACKSTORY:
Filha do meio de uma estadunidense e um jogador de rugby francês, um casal de início apaixonado que se conheceram em um show de Michael Jackson. Nasceu em solo americano e viveu no mesmo até seus 11 anos no país, até seu pai ser pego no doping e trazer a família toda, ela e seus dois irmãos, para a França onde conseguiu um emprego como técnico de um time francês.
Sua mãe nunca foi muito amorosa, preferindo mimar o pai e seus colegas de time do que qualquer um de seus filhos, levando ao trágico dia que Maurice, irmão gêmeo da garota treze minutos mais velho, entrou em estado de coma após um tiro em uma tentativa de assalto na casa da família onde estavam apenas as três crianças, Billie com seus 15 anos nunca mais foi a mesma.
Assumiu o ar gótico e uma maturidade, além de responsabilidade com a irmã mais nova, seguindo os passos de Maurice. Seus pais se separaram e ela manteve a vida na França com o pai não tem presente e a irmã.
Na universidade, era conhecida por sua excentricidade e inteligência, sendo líder de diversos clubes e criadora de alguns que persistiram até hoje: “Noivas de Frankstein”, onde liam livros góticos e se vestiam conforme o tema da leitura, incluindo realização de receitas da época; Escrita Criativa. Além de concorrer ao grêmio para Presidente deste, sugerindo o projeto de madrugadas de filmes clássicos.
Nunca falou sobre o irmão com os colegas, mantendo sua vida familiar em reclusão.
Na sua vida pós universidade, ela se frustou, ao não conseguir publicar livros de suspense como sempre sonhara. Recorreu a fazer uma pós-graduação em solo estadunidense de literatura gótica e ganhar a vida vendendo colunas com histórias de relacionamentos para uma revista de casamentos, pouco condizente a sua personalidade e real sonho.
O irmão se encontrava no mesmo hospital que Fiona, até 2020 sendo o desligamento de seus aparelhos um dos motivos de Billie aceitar o emprego de professora provisória na universidade para se aproximar de onde seu irmão estava e onde sua irmã mais nova estuda agora com seus 22 anos.
5 notes
·
View notes
Text
Um pequeno roteiro em Lisboa
A propósito do texto de ontem, e da minha ida à BD Mania para ir buscar um livro que tinha encomendado há quase dois meses, ocorreu-me recuperar uma ideia que tinha aqui meio esquecida na pasta de rascunhos do blogue: algumas recomendações de lojas físicas que vale a pena descobrir em Lisboa. E na deambulação de ontem, que passou por outras três lojas diferentes (uma de jogos, duas de discos), ocorreu-me um pensamento curioso, ao qual chegarei um pouco mais abaixo.
(agora que penso melhor nisto, teria sido interessante fazer isto com mais tempo, e tirar fotografias a todos os sítios de que vou falar mais abaixo; isso, porém, iria demorar algum tempo, pelo que ilustro o texto com uma fotografia que tirei a Lisboa vista do Castelo de São Jorge, há coisa de dois ou três anos)
Para banda desenhada, diria que há duas lojas de referência na capital. A primeira, como não podia deixar de ser, é a BD Mania, no Chiado, uma instituição da cidade, que se não tem já o estatuto de loja histórica, devia; não sei exactamente por que milagre uma loja de banda desenhada tão boa e tão tradicional se consegue manter numa das zonas mais caras de uma cidade cada vez mais gentrificada, mas dou graças a essa maravilha sempre que lá passo. A segunda é a Kingpin Books, mais recente, também muito bem localizada na Avenida Almirante Reis, com um excelente catálogo e mais merchandising (para quem procura).
Nos discos, tenho três recomendações (na verdade tinha quatro, mas com muita pena minha a Chasing Rabbits fechou no ano passado). Duas delas estão no Chiado, provavelmente coladas uma à outra: a Tubitek Lisboa (também com lojas no Porto, em Braga e Leiria) e a Louie Louie (também com loja no Porto). A primeira tem sobretudo discos novos, com um excelente catálogo, enquanto na segunda já se encontra, para além das novidades, uma boa selecção de discos usados; cada uma à sua maneira merecem a visita. A terceira loja da capital que recomendo é a Flur, no mercado de Arroios, com uma oferta mais alternativa e mais orientada para discos usados (mas ainda assim com uma selecção muito criteriosa de novidades).
Para jogos também tenho três sugestões, com a ressalva de que vêm com um inevitável viés para Magic: the Gathering (jogo que jogo, ou costumava jogar - o grupo fragmentou-se - com mais frequência); mas em todas é possível encontrar excelentes jogos de tabuleiro, e têm espaço de jogo para quem quiser. A primeira é a Arena Lisboa (outra instituição da capital), em Entrecampos, onde já passei horas incontáveis a jogar Magic, mas também Catan e Carcassone (tambem tem banda desenhada, com uma selecção bem interessante, mas não é o foco da loja). A segunda é a The Lotus Market, na Avenida Almirante Reis (mais perto da Alameda e do Mercado de Arroios), com um foco maior nos trading card games (também já lá passei inúmeras horas a jogar Magic), mas também com uma excelente selecção de jogos de tabuleiro. E a terceira é a Mercadia Games (só com ligação para o facebook), mais recente, localizada perto do cemitério de Benfica (e não muito longe do Colombo).
Aqui chegado, seria o momento em que recomendaria algumas livrarias - bem vistas a coisas, compro mais livros do que discos, jogos e mesmo bandas desenhadas. Mas aqui está o pensamento curioso a que aludi no primeiro parágrafo deste texto: não tenho uma livraria preferida, que visite com frequência, em toda a cidade de Lisboa. Há a Fnac, claro, que também tem banda desenhada, discos e jogos (e electrodomésticos, e mais o diabo a quatro); e há as várias Bertrand, onde só muito ocasionalmente compro alguma coisa. Posso recomendar, para quem procurar livros usados em inglês, a Livraria Bivar, à Estefânia; já lá não vou há muito tempo, mas devia. Há ainda a Ler Devagar, num espaço bem giro (que, lembro-me agora, também inclui a loja de discos Jazz Messengers), mas com uma selecção que, sendo boa, não me diz muito. Mas não há uma ��nica livraria onde pudesse comprar os livros de que vou falando aqui no blogue, ou cujas fotografias publico aqui quando me chegam pelo correio; Lisboa, com toda a sua diversidade, não tem uma Forbidden Planet - e é pena. Sei que nos últimos tempos abriram algumas livrarias novas, mas ainda não tive tempo de as ir descobrir; a ver se faço disso uma mini-resolução para 2025.
Onde compro os meus livros, então? Online, quase sempre, com mais frequência na britânica Blackwell's, cujo serviço lembra (ainda que não se possa comparar) a saudosa Book Depository; na portuguesa Wook, ocasionalmente (o catálogo tem melhorado, e o serviço é bom). Na Amazon espanhola também, ainda que tente evitar; a menos que a diferença de preços seja mesmo muito relevante (e cada vez menos é, verdade seja dita), prefiro recorrer ou a outras lojas online, ou às lojas físicas que recomendei aqui.
Se abrir um pouco o conceito de "loja" para "espaços físicos que visito amiúde em Lisboa", ainda referiria dois cinemas: o Cinema Nimas, na 5 de Outubro, provavelmente o último cinema alternativo com programação regular da capital; e a Cinemateca Portuguesa, na Barata Salgueiro (transversal à Avenida da Liberdade), que para além de ter todos os meses uma programação que não se encontra em mais lugar nenhum neste país, tem também um restaurante/bar bem porreiro (e uma esplanada onde se pode ver filmes ao ar livre durante os meses de Verão).
4 notes
·
View notes
Text
DE GAULLE NO AROUCHE
Um conto de ficção científica e erotismo sob um cenário de distopia, no centro de São Paulo arrasado após uma pandemia devastadora.
Escritor: Flávio Jacobsen
Ilustrações: Ana Lúcia Penteado Bueno
O estalo do açoite de Celeste Guimarães às costas de Alfredo Mesquita fez-se audível pela primeira vez à vizinhança do largo. Desde antes do início da peste, não faziam neste horário. Aos fins de tarde, normalmente o aparelhamento ruidoso da cidade abafa o som de seus segredos. Agora, o silêncio do confinamento durante a quarentena torna quase um tiro de calibre 22 o ruído do chicote de três pontas. Peça adquirida por Celeste em Paris, de couro legítimo, bolinhas de prata nas pontas e esmeralda encravada ao cabo. Um clássico para as brincadeiras que empreende com Alfredo. Amigos de longa data, há cinco décadas mais um punhado de anos ele recebe seus castigos diretos pelas mãos da amiga. Alfredo Mesquita ainda recorda o instante exato em que sentiu na pele as infalíveis humilhações e chicotadas, tapas na cara, queimaduras de cigarro, entre outras injúrias físicas. Sem escatologias. Sadomasô tradicional, de humilhação, dor e algum sexo. Mulher ativa, dominadora; homem passivo, dominado. Um clássico.
Conheceram-se em um café na praça Roosevelt. Ainda um garoto imberbe, com o exemplar de “A Vênus das Peles” recém retirado à biblioteca pública, despertou o interesse da mulher madura que desfrutava seu café a la crème. Tímido, lia o livro, escolhido à revelia. Sob este cenário, foi pronta e inapelavelmente abordado por Celeste, sem diligências maiores. Foram ao apartamento que acabara de adquirir à época, 1968. De retorno da França, onde a turbulência e os humores políticos davam às ruas. De natureza inábil a tormentas de toda sorte, despachou-se de volta ao país de origem. Desde aquela tarde, ao longo de cinco décadas a dor vem sendo o norte de Alfredo.
— Patroa, não quero contaminá-la com o maldito vírus. Eu lhe peço encarecidamente. Não me toque!
— Quem disse que quero encostar minhas mãos em um porco sujo como você, seu maldito? — e desce-lhe o relho. — De joelhos! Já! De quatro!
— Ai! Sim, patroazinha! Sim, sim, minha rainha! — Alfredo chora, beijando-lhe os pés. Um sapato salto-agulha de imediato lhe pisa o pescoço.
— Toma, cachorro! Desgraçado. Ordinário. Toma! — era mesmo teatral e uma deusa do sadismo, Celeste.
Ambos estranham no ato o resultado dos próprios estalidos. Notam o pequeno estrago. Falatórios se fazem audíveis. Sons de janelas que se abrem. Alfredo pede que pare, pela senha que adotaram há anos.
— De Gaulle! — grita Alfredo. “De Gaulle” é a senha para parar.
Pouco afeitos a interrupções de natureza que não a própria dor excessiva, ou falta do furor pretendido, param. Alfredo ainda de quatro, preso por coleira ao pé da cama. Celeste vai ao velho aparelho de som e coloca um vinil de Edith Piaf, riscado. La vie en rose. Recolhe o chicote, apertando-o contra o peito, mordendo os lábios, em gesto de frustração. Lentamente, Alfredo se refaz da posição canina e toma o rumo do lavabo. Celeste vai à janela e com a ponta do instrumento abre levemente a cortina, ver a rua. Pessoas em máscaras médicas passam pedalando sob o viaduto. Um carro-forte com alto falante veicula mensagens para impedir circulação. Somente o necessário, é a ordem. O recado: “fiquem em casa”, “evitem contato, lavem as mãos”. Uma ou outra alma passa apressada. Mendigos já não são vistos em grandes grupos sob o minhocão. A higiene social da prefeitura já proveu o serviço. Corpos empilhados foram levados aos cemitérios às escondidas, madrugadas a fio.
Alfredo Mesquita é mais conservador que Celeste Guimarães, em que pese Celeste ser de família tradicional, de quatrocentos anos. Solteiro, mora com a mãe, bancário de raso escalão, quase aposentado, morador do outro extremo do viaduto. Pervertido de ocasião. Só faz com Celeste. Ele sai do lavabo, já trajado de máscara médica, luva cirúrgica e seu terno de segunda mão, de corte inexato. Celeste deixa cair a cortina. Volta-se.
— Bem, senhora. Peço licença para me retirar — Alfredo, solene.
— Vá — monossilábica. — Volta semana que vem?
— Ao seu chamado, senhora.
— Eu te procuro.
— Ao seu dispor, senhora.
Alfredo Mesquita gira sobre os calcanhares e toma o rumo da porta, sem serviçal que o conduza. Celeste mantém distância de criadagem desde que os filhos foram embora, casados, da mansão do Morumbi, vendida ao ver-se viúva do industrial que a desposou. Retornou ao pacato, amplo e simples apartamento do Arouche, onde vivera solteira e bela os loucos anos de 1970, tendo sempre Alfredo como escravo favorito e o discreto local como garçonnière, agora novamente moradia. Hoje velhos. Ele 69, ela cumprirá 80 ao fim do ano. Ainda muito bela, parece bem mais nova que o pobre Alfredo. Despida dos apetrechos, coloca o robe de cetim vermelho e senta-se ao piano Steinway & Sons, de cauda, onde acompanha solitária o disco de Piaff em dedilhado suave e preciso.
…
Alfredo ainda no elevador observa mensagem ao celular. Tem apontamento com um sujeito sob o viaduto, perto de seu prédio. “Confirmado, me aguarde no local indicado, já estou indo”. Algumas quadras a pé, o sujeito está lá, em roupa de proteção completa, parece um astronauta. Alfredo nota a presença do carro-forte da polícia e passa reto, disfarçando. O carro passa, Alfredo posta-se atrás de uma pilastra do viaduto, e volta pelo outro lado.
— Está aqui, senhor, conforme o pedido. Cinco litros cada. Ácido fluorídrico e soda cáustica.
Alfredo recolhe a encomenda, pesada. Entrega furtivo o dinheiro, acrescido de uma nota de cem, pelos serviços e o provável silêncio do fornecedor. Vai-se com os dois pesados galões. Entra no antigo prédio sem portaria, onde vive. Sobe com dificuldade pela escada até o primeiro piso, atrapalhado com os pesos. Adentra o apartamento, atravessa a sala, abre a porta do banheiro, onde jaz à banheira o corpo nu da mãe, vitimada pelo vírus. Morta.
Vestindo roupa de proteção, feito astronauta, esparrama sobre ela o ácido, depois a soda. A cena é terrível. O corpo derrete em sangue e entranhas. Uma densa fumaça toma conta do recinto. Ele sai, enojado e confuso. Retira a máscara, ofegante. Está feito. Sobrará pouco a que limpar. Livre do que restou da velha, ainda desfrutará de sua aposentadoria por um ano mais, pelo menos. Até que a previdência social a descubra falecida. Não pensa nas consequências, já que tanta gente morreu empilhada. Um desaparecimento a mais não causará barulho futuro. Averigua sobre a mesa da sala os documentos, mais o cartão de banco da defunta. É tudo que necessita. Na cozinha, abre uma lata de ração e dá ao gato preto, que assiste a tudo em blasé felino. Prepara uma omelete e come à mesa, com pedaço de pão e uma taça de vinho tinto. Utiliza o banheirinho da varanda de fundos. Deixa pra limpar o banheiro principal no outro dia, sem deixar vestígio do que possa ter sobrado na banheira. Restos de tripas e ossos. Deita no sofá, liga a tevê. Dorme acariciando o gato.
…
Despertado às sete, Alfredo se apruma para cumprir expediente na agência, das nove da manhã às quatro da tarde. Apesar do isolamento, o banco mantém seus funcionários aos atendimentos básicos, mascarados. Alfredo não pediu aposentadoria, apesar da idade. Agora vai pedir. Com o traje de proteção, se desfaz de parte dos restos da mãe, mais algumas vestes, objetos pessoais e tudo o mais que lhe cause lembrança, em sacos grandes de lixo. Atira em uma lixeira junto à ciclovia sob o viaduto, e volta. Troca a roupa e vai trabalhar. Repete a operação diversas vezes ao longo da semana. O cheiro do apartamento é insuportável. Alfredo passa a dormir no quarto de empregada, isolado.
…
Semana seguinte. Ao final do turno, o celular de Alfredo Mesquita aponta mensagem de Celeste Guimarães. “Quero você hoje, às 17h, procedimento de sempre”. Excitado, vai direto ao caixa eletrônico, onde saca toda a aposentadoria mensal da mãe, de cujo cadáver já não há mais vestígio, e pode abrir as janelas do apartamento sem causar impressão. Veste-se do terno mais bonito.
…
Ao interfone, para anúncio de sua presença. Toque.
— Alfredo.
— Pode subir.
O ritual cinquentenário se repete como sempre. Poucas variáveis. Alfredo encontra a porta da sala aberta. Ingressa solene, encontra Celeste vestida de salto e cinta-liga, corpete, máscara e quepe militar. O som ligado com Debussy, muito alto. Solução que evita a percepção de seus ruídos proibidos. Sem palavra, Alfredo vai ao lavabo, de onde sai trajando sunga de couro, em torso desnudo e máscara negra também de couro, que lhe cobre todo o rosto menos os olhos, e um zíper na região da boca. Por esse orifício, Celeste introduz um cassetete, fazendo-o engasgar, já de joelhos ante a patroa deusa. Ela retira o objeto de sua boca. Por orifício semelhante, na sunga, Alfredo de quatro, introduz o instrumento. Ele grita.
— Toma no cu, desgraçado! Toma! Cachorro!
Tudo corre normalmente. “Nunca fui tão feliz”, pensa Alfredo. Agora livre da mãe, entregue apenas a seu amor eterno, Celeste. Até que, no exato instante em que silencia a sonata, Alfredo inadvertidamente solta um espirro. Um “atchim” onomatopaico, bruto, seguido de tosse. Celeste abrupta interrompe o rito.
— Coloque suas roupas e retire-se imediatamente daqui! — ela diz, colocando a agulha do disco em repouso.
— Ma… ma… madame… por favor… — Alfredo, em soluços.
— Já!
Resignado, Alfredo se recolhe ao lavabo, de onde sai repetindo a cena da semana anterior. Encontra Celeste já com o robe, máscara médica e borrifando a sala com álcool gel.
— Saia já! — resoluta.
Sem palavra, Alfredo Mesquita vai. No elevador antigo, o peito apertado. Esboça um sorriso. Chora. “Nunca fui tão feliz em toda minha vida. Vou voltar, Celeste, minha senhora! Vou voltar…”.
— De Gaulle! — grita, quando a porta do elevador se abre, chamando atenção do porteiro. Alfredo ganha a rua. E tosse.
…
No apartamento, em seu robe vermelho, Celeste transmite uma live aos amigos da internet, mais seus filhos e netos, acerca dos cuidados durante o isolamento pelo vírus. Após a edificante mensagem, brinda a todos com uma peça leve de Chopin, ao piano Steinway & Sons, Model D, de cauda.
3 notes
·
View notes
Text
Observo cadáveres entrando e saindo no meu túnel de tempo e me lembro de rejeitar a ideia de enterra-los.
Ainda que eu os enterre, eles continuarão no meu quintal.
Fétidos.
Enormes.
Putricina e cadaverina.
Suas lápides são pesadas e ninguém pode fazer isso por mim.
A pedra talhada tem o peso da injustiça de saber que não fui responsável pelo nascimento de ninguém, mas serei responsável por cada um de seus sepultamentos,
Sozinha.
Sempre que eu tento me desfazer dos defuntos, chove muito. Eu olho pelo cemitério de casas cujo endereço é Rua Tentativa, e em nenhuma outra casa chove, só na minha, a Tentativa de número 26.
Eu me curvo trajando minhas botas de chuva e o casaco gasto, e sempre que me projeto da chuva, ela se torna um temporal.
Quando me protejo do temporal, é capaz que ela vire um furacão. E assim vai.
No meio da tardes cinzentas de quarta feira eu posso jurar que os cadáveres andam pela terra e batem nas janelas, além de sujar toda a minha sala de lama.
Eles sempre derrubam meus retratos, mancham meus livros com seus malditos fluídos cadavéricos e a lista só aumenta.
Alguns dias eles se quer esperam entardecer. Eu acordo e eles já estão esperando por mim. Quanto menos sol eles tomam, mais eles fedem, e tudo envelhece mais rápido quando eles estão ali.
As vezes eu canso de tentar enterrar os mortos-vivos porque eles se debatem em suas covas, e eventualmente saem. Não entendo como pedaços de carne pendurados em ossos são mais fortes do que eu, humana de carne viva inteira, meio viva meio morta.
Eu caminho sozinha e minhas pernas parecem ter o peso das lápides que quando olho para trás, balançam como berços. Eu até ouço os bebês chorarem por mim.
Eu paro no meio da Rua Tentativa onde não passam carros e não há movimento, porque a única moradora sou eu, A Coveira. A Dona Morte que não mata, só tenta.
Então eu olho ao longe e um dia por ano consigo ver a casa N° 30, que definitivamente é mais iluminada que a minha. Constantemente ela é coberta por uma neblina densa como se não existisse, mas ela existe. Ano que vem eu me mudo pra casa N° 27. Ela parece simpática, mas a Rua Tentativa não deixa esperança pra ninguém.
Espero que lá o mofo não suba pelas paredes e os berços balancem mais do que as lápides pesam.
Eu me levanto e vou lá de novo.
Um braço pra dentro,
Uma perna pra fora.
Um coração caindo da caixa torácica do cadáver N° 14, e eu sei disso porque eu pisei em algo gosmento que se abriu entre os meus dedos.
Um útero decomposto.
Um pulmão pela metade.
Uma vida inteira enterrada pelas minhas mãos.
2 notes
·
View notes
Text
GRANDES LEITURAS DE 2024.
Olá, Vizinhança!
Não respeitei a meta de leitura do Skoob, nenhuma novidade, mas foi um bom ano na aba dos meus lidos. Escolhi quatro entre os quarenta e um dos livros terminados para recomendar como primeiro texto do MEF, não levando em consideração uma ordem específica para montar a lista e ficando chateada de deixar todos os livros do Rick Riordan que reli ao longo do ano de fora.
1. UMA LISTA (QUASE) DEFINITIVA DE PIORES MEDOS, por Krystal Sutherland.
Disse que não faria a lista em nenhum gênero de ordem específica, eu menti. Esse tinha que ser o primeiro, o topo da lista. Não o primeiro lugar em relação a ser melhor ou coisa assim, só o primeiro a ser apresentado.
A família Solar é amaldiçoada. O patriarca Solar encontrou O Homem Que Dizia Ser a Morte durante seu tempo como soldado na guerra do Vietnã, desde então os membros da família morrem pelos seus piores medos. Esther Solar, nossa protagonista ansiosa e criativa, mantém uma lista de fortes candidatos a possíveis piores medos. Se ela evitar o medo, não pode morrer por ele. Acontece que após uma visita ao avô em um lar de idosos, Esther é roubada e largada em sua fantasia de chapeuzinho vermelho no ponto de ônibus. O ladrão? Jonah Smallwood, sua ex paixão de infância que, por acaso, desapareceu sem explicação após aceitar ter um encontro com ela e não aparecer. Em meio a desencontros, bolos (os que Esther faz para vender, e o que Jonah a deu) e furtos da vida, os dois chegam a um acordo. Jonah vai ajudar Esther a encarar sua lista, que vai de lagostas a lugares apertados, e os dois vão descobrir se a maldição é real ou não. Se encontrando todo domingo, Esther enfrenta o medo e Jonah grava suas aventuras enquanto esperam pela visita da morte.
Se você acredita que Esther, com sua listinha de coisas a se evitar e seu armário repleto de fantasias, consegue ser a coisa mais espalhafatosa e fora da curva possível, o livro é repleto de outras personagens tão únicas quanto. Ou talvez só únicas à sua maneira. Eugene, irmão mais novo de Esther, morre de medo do escuro. Os interruptores da casa vivem embalados em fita adesiva, os bolsos das roupas do garoto tem um suprimento vitalício de tudo que possa o fazer ficar longe da escuridão em casos de emergência. Sua mãe tem um problema com a sorte, seu pai está se isolando no porão a tempo o suficiente para ser preocupante, sua melhor amiga, por escolha própria, não fala. Uma história que fala muito sobre saúde mental, família e seu poder sobre as escolhas que fazemos, companheirismo e amor.
Nunca vou ser capaz de esquecer Esther Solar. Mesmo se tentasse muito.
"esther e jonah tinham saído todos os domingos para enfrentar um novo medo, mas eles iam ficando cada vez menos assustados a cada semana porque penhascos e gansos e cemitérios não pareciam tão aterrorizantes quando as pessoas que você ama começavam a se desintegrar ao seu redor."
2. REINVENTANDO DENISE, por Aureliano Medeiros.
Às vezes não acredito que um dos livros mais bonitos que comprei esse ano me custou doze reais. Reinventando Denise se passa em um casamento em Natal, e nos apresenta um trio de amigos que qualquer um pode conhecer. Lucio, Bianca e, claro, Denise. Eles são diferentes uns dos outros, mas estão ligados por um sentimento que também me aflige. Aquele que faz a gente não saber reconhecer se ainda somos amigos de alguém, ou se estamos apenas presos nas correntes fortes da nostalgia. Denise mudou. Só porque podia se mudar. Mudou de endereço e de pessoa. Então Denise volta, e tem tanta coisa não resolvida e tantos problemas que dá vontade de abraçar os três bem apertado e dizer que tá tudo bem. A volta de Denise é uma situação em que além de lidar com os seus sentimentos, você lida com os das pessoas que ama. Aureliano escreve de um jeito que você, que não é Bianca, Lucio e nem Denise, lida com esses sentimentos também.
"se uma denise chora e ninguém ouve, teria denise chorado mesmo?"
3. AMÊNDOAS, por Won-Pyung Sohn.
Falar de todos os livros dessa lista é delicado para mim, mas Amêndoas me pega em lugares tão íntimos e fala de modo tão claro que sinto meu peito quente toda vez que o recomendo. Yunjae nasceu com alexitimia, “sem palavras para as emoções”, a condição se caracteriza pela dificuldade de identificar e expressar emoções. A mãe, a avó e os cartazes coloridos que o ajudam a entender sentimentos humanos são tudo que o garoto tem. Até que, em seu aniversário de dezesseis anos, véspera de natal, tudo muda. Yunjae se encontra sozinho na casa em cima do sebo da família, aprendendo como a vida funciona sem as duas pessoas que o acompanhavam e amavam, se virando sozinho e abrindo e fechando o sebo enquanto aprende como de fato é a solidão. Três novas companhias mudam algo nele. E em quem lê.
Um amigo da mãe, de quem Yunjae não tinha conhecimento acerca da existência, uma colega que faz parte da equipe de corrida, composta por, bem, apenas ela, e um garoto problema que desapareceu por anos e agora tem que lidar com as expectativas de seus pais sobre quem ele deveria ser e como ele deveria ter sido criado vão mostrar para Yunjae toda uma nova forma de enxergar as amêndoas dentro dele.
"esta história é, em resumo, sobre um monstro encontrando outro monstro. um dos monstros sou eu."
4. SONHOS AO AMANHECER, por Yuhki Kamatami.
Li a coleção de quatro volumes graças a um amigo (oi, Guido!) e fiquei encantada. Shimanami Tasogare é sobre Tasuku Kaname, um aluno do ensino médio, e sua caminhada de autoaceitação. Após ser pego assistindo Pornografia Gay, o garoto entra em crise com medo de seu maior segredo ser revelado a todos. Em meio ao desespero, ele conhece pessoas que passam ou já passaram por situações parecidas e se junta ao grupo na restauração de prédios pela região enquanto aprende mais sobre seus novos amigos e sua própria sexualidade. Quebrar preconceitos internos é um dos maiores passos para o reconhecimento dos seus direitos, e Yuhki retrata isso de uma maneira bela e delicada.
Tem uma personagem que chama a atenção de qualquer um que leia a obra, Alguém. Alguém não tem gênero especificado, o que é só um dos muitos detalhes que fazem da personagem um completo mistério. Alguém é dona da sala de conveniencia, onde todos do grupo se encontram, e serve como mentor para Tasuku Kaname e, ao que podemos entender, para os outros membros do grupo também. Com uma certa pitada de humor e artes que merecem palmas, a história de Tasuku é incrível.
"Mesmo se nos machucarmos, podemos nos curar. Quando machucamos, nós guardamos isso e refletimos sobre isso".
Espero que essa lista encontre alguém que precisa ler sobre a morte, amar e desculpar amigos, ou aprender a os deixar ir, se aceitar e abrir as portas para o estranho quando necessário. Espero que esse alguém tenha grandes recomendações para o meu 2025.
Beijos, Mo.
4 notes
·
View notes
Text
IT’S SPOOKY TIME! #1
Segue algumas ideias de starters ou memes com base no halloween, se quiser que a ação seja contrária, envie um ‘🔁’ para trocar os locais dos muses.
[ abóbora ] para nossos muses esculpirem abóboras juntos.
[ mansão assombrada ] o carro que os muses estão quebra e eles precisam pedir ajuda na mansão mal assombrada.
[ gostosuras ] para seu muse bater na porta do meu muse pedindo doces.
[ travessuras ] para meu muse fazer uma travessura com o seu muse.
[ filme de terror ] para nossos muses assistirem um filme de terror juntos e meu muse se agarrar ao seu a cada susto.
[ tempestade ] nossos muses se escondem em uma casa assombrada durante uma tempestade.
[ bola de cristal ] meu muse consulta uma bola de cristal e conta o futuro do seu muse, sendo verdade ou não.
[ livro de feitiços ] nossos muses encontram um livro suspeito e tentam alguns feitiços que estão escritos ali.
[ fantasia ] para seu muse ajudar meu muse a escolher uma fantasia.
[ gêmeos ] para nossos muses usarem a mesma fantasia em uma festa de halloween.
[ tabuleiro ] para nossos muses brincarem com um tabuleiro ouija.
[ mordida ] para meu muse entrar no personagem de sua fantasia e morder seu muse.
[ cemitério ] para nossos muses passaram uma noite em um cemitério, após uma aposta.
[ fantasma ] para nossos muses encontrarem um fantasma de verdade.
[ assustado ] para meu muse assustar o seu.
[ papel ] para seu muse jogar papel higiênico na casa do meu muse, bem quando a janela está aberta e meu muse está lá.
[ múmia ] para meu muse enrolar o seu muse em papel higiênico, para ser uma múmia.
[ combinando ] nossos muses brigam para ver quem vai ser o que na fantasia de casal/par que escolheram.
[ susto ] para meu muse se agarrar no seu muse enquanto andam em uma casal mal assombrada de parque de diversão.
#♡ · 📨 : ask memes#( joy a intrometida )#♡ · 🌸 by sakura#halloween ask meme#halloween ask game#ask meme#rp meme#roleplay meme#rpc br#rp br#1x1 br#exodusmusing
19 notes
·
View notes
Text
BELETH, O DÉCIMO TERCEIRO
As pálpebras tremiam delicadamente, semicerradas, sobre os olhos castanhos escuros. Com os braços esticados, parecendo crucificada, e as mãos em concha, voltadas para o teto, Luci se concentrava nas palavras que estudara cuidadosamente em PDFs de livros e artigos encontrados na internet.
Era domingo, sua casa estava vazia, conforme planejara. Em seu quarto trancado e completamente escuro, rodeada pela luz de nove velas negras e na presença de um crânio humano roubado de um cemitério, deu início ao ritual.
Protegida por um círculo traçado ao seu redor em giz branco, fixou o olhar sobre o triângulo que desenhara logo à sua frente, na parte externa, a leste da circunferência de proteção.
Seu vestido branco, comprado para a ocasião, transparecia os seios propositadamente sem sutiã. A peça se estreitava, marcando a cintura bem feita para, logo depois, abaixo de seu ventre, seu fino tecido se alargar em vastas ondulações, que, ao acompanharem os movimentos de seu corpo, faziam a luz das velas bruxulearem docemente.
Após vários minutos de frases e gestos, a cerimônia chegava ao momento mais crucial, o ápice, a aparição da evocação goética:
— Óh, Décimo Terceiro. — A voz era baixa, sussurrada. - Rei Beleth, eu respeitosamente o evoco. — Um arrepio elétrico percorreu seu corpo. — Luci sentia medo e tremia ligeiramente, mas continuou. Os lábios macios, completamente ignorantes da magia superior com a qual lidava, os bicos dos seios doloridamente endurecidos marcavam o vestido. Chegara a hora:
— Rei Beleth, eu o evoco, venha até mim! — ofegou em transe.
Dito isso, a terra pareceu rachar e esmigalhar. O barulho rasgou o ar violência brutal. Luci, encolhendo-se em um gesto automático, soube imediatamente do que se tratava. O próprio Inferno subia até ela. Um portal, grande o suficiente para passar uma horda, abriu-se e se estendeu à sua frente. Um cheiro sulfuroso queimou seus olhos que a fez vomitar. Era o ápice, pensou.
Contorcia-se sem controle quando um monstruoso cavalo pálido, de olhos baços e cobertos por películas brancas, costelas à mostra e pernas extremamente esguias, saltou através do portal. Luci caiu de joelhos, ficando frente a frente com a criatura:
— Como ousa evocar os poderes de um rei, ridícula mortal? — A voz era grave, e as palavras foram proferidas de maneira desarticulada, como se houvessem sido juntadas a esmo, sem entonação ou cadência.
Dentre as nove velas acesas, cinco se apagaram. O cavalo escoiceava o ar, dando giros medonhos, causando um horrível barulho metálico. Luci se abaixou para não ser atingida pelo que imaginou serem as trombetas do próprio Inferno, que estavam atadas por longas cordas ao corpo bestial do demônio.
— Oh, Rei Beleth. — As forças retornando inexplicavelmente. — Quero de volta o homem que amo. Há uma década, eu o perdi — Disse isso sacudindo a mão esquerda em frente aos olhos do cavalo, exibindo um anel de prata, o qual, segundo lera, subjugaria o demônio rei.
— Seu desejo oco, egoísta, patético e fútil será atendido — disse Beleth, com os olhos mortos na direção do anel.
Mas o preço…
O ar pestilento ganhou uma atmosfera fantasmagórica. A temperatura baixou drasticamente. Uma neblina pairava no ambiente, fazendo com que as pernas do quadrúpede desaparecessem na escuridão do quarto, mergulhadas em um pântano de enxofre:
— O preço — continuou — será sua vida. - A boca torceu em escárnio. — Sua puta!
Luci, que continuava de joelhos, intuitivamente levou as mãos sobre a garganta e respondeu firmemente com a voz mais clara que pôde:
— Aceito o preço. Agora. Já. Quero-o para mim!
A figura galopou ao redor do círculo, e seus instrumentos musicais passaram a emitir um acorde infernal, desafinado e intrínseco. O Inferno era frio, muito frio.
Beleth não entrou no triângulo, como se dizia necessário nos textos, mas Luci acreditava ter domado o rei irado. Em desafio, o demônio esticou o pescoço equino para dentro do círculo e lambeu seus seios com vontade, deixando o vestido encharcado de saliva viscosa, e, rindo, trotou e deu um salto em direção ao portal, que se fechou instantaneamente atrás dele.
O corpo da garota se desfez sobre o chão dentro do círculo, com a cerimônia inacabada. Suava, seu coração batia alto. Lágrimas escorriam pelo seu rosto. Medo e felicidade se misturavam em odores sutis, sensuais e grotescos. Ali permaneceu desmaiada, sobre o chão duro de madeira. E ali começou a delirar...
Em seu sonho delirante, encontrava-se caminhando em silêncio do lado de fora da grande mansão que pertencera à sua avó. A grama úmida e escorregadia, o céu negro e o ar em baixa temperatura faziam-na farejar o horror, antecedendo-o. Não podia evitar seu destino. O oráculo, como ela, já sentia o gosto do sangue na boca.
Construída completamente em madeira, coberta por telhados angulosos em diagonais que se encontravam, a casa se situava no centro de uma grande floresta de pinheiros antigos. O lugar estava deserto. Uma tênue luminosidade atravessava as baças janelas escancaradas. Aproximou-se.
As madeiras das paredes pareciam saudá-la com tristeza.
O interior da ampla mansão estava diferente. Seu mobiliário era rico, composto por peças exóticas, como uma grande estátua metálica, onde uma criatura empoleirada sorria com desdém através do seu bico de pássaro. Não só estátuas, mas tapeçarias de muitas cores e originárias de diversos lugares do mundo davam ao lugar ares de realeza.
Sentindo ansiedade e medo extremos, Luci encontrou o que continuava a ser o salão principal, e, no centro dele, um bizarro trono dourado sobre o qual se sentava a figura que congelou seu sangue. Era ele. Lobo. O homem que amara anos atrás, e pelo qual perdera sua sanidade.
Encarava-a com seus olhos profundamente abismais, fixos como pedras marmóreas. A barba negra, hirsuta e cheia, deixava seu rosto ainda mais viril e ameaçador.
Foi ela quem falou primeiro, em grande choque:
— Lobo, finalmente... — disse, à beira de um desmaio.
— Cale-se! — proferiu, levantando-se do trono com agilidade animal, descendo os degraus em sua direção.
Luci não respirava quando foi tomada num violento acesso pelo ex-amante, que lhe arrancou, num puxão, o vestido branco. Ele ficou pendurado pela cintura, expondo seu corpo, agora complemente nu, ao frio gélido que tomou conta do lugar. O homem se transformara num gigantesco lobo cinzento em segundos, tão rápido, que Luci não conseguiu gritar. Sentia um pavor indescritivel, algo havia dado MUITO ERRADO.
O animal abrira suas pernas com extrema facilidade, e lhe penetrava com força, deixando-a presa sob ele, os braços esticados para cima. Ela não oferecia resistência. Sentia dor, raiva e prazer. Suas garras arranhavam-na sem dó, cortando a carne que ardia e sangrava. Quando a fera gozou dentro dela, atirou-a para longe, fazendo com que batesse a cabeça na quina de uma mesa.
Em seguida, voltando à forma humana, saiu nu da ampla sala em que se encontravam para retornar, momentos depois, com o cão que pertencera a Luci em sua infância. "Como pode? Agamenon faleceu há 20 anos", pensava, em desespero, sabendo que nada daquilo poderia ser real.
Agamenon tinha o pescoço envolto por uma pesada corrente, seus olhos expressavam o mais puro medo. Um golpe violento do homem lupino assassinou o cão a sangue frio. Luci se recuperou e gritou até sentir o gosto de sangue em sua garganta, levantando-se como pôde e se arrastando até o cadáver de seu amado companheiro de infância.
— Seu monstro! — Gritava aos soluços. — Vou matá-lo, maldito!
A intuição de uma jovem mulher ignorante em conhecimentos mágicos pode, ocasionalmente, funcionar. Pegando o cadáver de seu cão no colo, percorreu corredores e salas em uma corrida desabalada, deixando a casa para trás, contornando a fronteira da antiga floresta de pinheiros. O céu permanecia negro, a sensação do obscuro inominável martelava forte em seu peito, as pernas fraquejavam, mas ela correu assim mesmo, aos tropeços. Parou quando alcançou o pequeno pomar de árvores frutíferas, e embaixo de um limoeiro, depositou o corpo do cão. Rezando por forças para que algum deus a ouvisse, Luci passou o sangue brotava do pescoço do animal, em seu rosto, sobre as pálpebras, sobre lábios, e sentiu a ira, a vontade de vingança:
— Beleth, traidor, vou me vingar de ti e daquela aberração a quem um dia imaginei amar!
Um trovão sombrio atravessou o ar. Seu chamado doloroso foi atendido por alguma entidade poderosa.
As árvores começaram a se dobrar, a farfalhar no escuro. Uma sinfonia de forças sobrenaturais foi conduzida em direção a Luci, que já não era mais mulher. Era loba. Negra como o abismo. Suas dianteiras fortes se ergueram em um uivo gélido, rompante. As patas traseiras a tracionaram para a casa principal, em busca de seu algoz. Prevendo o perigo, o homem se transformara em lobo novamente, e a aguardava, espumando em loucura.
O ódio entre os dois ex-amantes superara palavras. O cheiro da morte se espalhava no ar. Garras, mordidas, pedaços arrancados se misturaram ao sangue, às fezes, à dor. Luci estava cega de amor, ódio e vingança. A batalha foi travada pelo que pareceu uma eternidade, assistida do início fim por Beleth, que se escondera entre os pinheiros.
Ao fim, a mulher-loba estava morta. Seu cadáver foi desmembrado e engolido em partes pelo lobisomem que amou por toda a sua vida. Seu cão, sob o limoeiro, havia sido devorado também. A fera negra limpava os dentes, chupando-os com vontade. Sentia-se viril, como nunca antes, os olhos cintilando de maldade.
Beleth observava e sorria, empanzinado, regozijado da história. Mais uma alma faria parte de sua legião. Luci, morta em delírios. Faria dela sua melhor guerreira, pensou, e, rindo, retornou ao Inferno sem pressa, descendo devagar pelos quilômetros de túneis azulados debaixo da terra.
No dia seguinte, segunda-feira, após arrombarem a porta, a tia de Luci encontrou o corpo da sobrinha sem vida no chão, dentro de um círculo de giz. A face contorcida de prazer, emoldurada pelos longos cabelos negros. As pernas abertas, os seios à mostra e o sêmen sugeriram à polícia um estupro.
Porém, os laudos nunca sairiam. Pois a verdade, ocultada por Beleth, demônio do amor selvagem, jamais seria revelada.
(Beleth é um dos quatro líderes na fuga dos 72 Daemons, segundo a lenda onde estes foram aprisionados em urnas por Salomão. É um daemon de comportamento furioso, estando relacionado à guerrae, conflitos e ao Amor.
Este demônio poderoso é um rei que comanda as 85 legiões de espíritos. Aparece como um cavaleiro furioso sobre um cavalo pálido, com sons de instrumentos musicais, ou na forma de uma mulher com asas. Causa o amor incondicional de homens e mulheres.)
3 notes
·
View notes
Text
Enfim, minha primeira publicação!
Boa noite pessoal, tudo bem com vocês? Sei que a madrugada não é um horário muito estratégico para divulgar coisas, mas não consigo me conter de felicidade!
É isso que você viu no título, publiquei meu primeiro livro, o Pulvis et umbra sumus (Somos sombra e pó)! Ele está disponível em formato ebook na Amazon, espero que gostem!
Os dias de verão de 2017 são pacatos para dois irmãos. Agatha busca passar o tempo fora do agito da escola com música e visitas ao cemitério, ao passo que Luís viaja para os seus pensamentos e memórias mais profundos, enquanto a solidão toma a forma do por do sol.
Amazon: https://www.amazon.com.br/dp/B0CBDJPQNQ/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=170H27ICPBV3T&keywords=pulvis+et+umbra+sumus&qid=1688787737&sprefix=pulvis+et+umbra+sumus%2Caps%2C230&sr=8-1
Skoob: https://www.skoob.com.br/pulvis-et-umbra-sumus-122338099ed122343863.html
28 notes
·
View notes
Text
Livros Para Entrar No Clima Do Halloween:
🎃O Cemiterio -Stephen King
O livro gira em torno de Louis Creed, um médico que se muda para uma pequena cidade do Maine com a família. Louis acredita ter encontrado o seu lugar, mas quando conhece um cemitério no bosque próximo à casa, percebe que há algo de estranho.
🎃 Amigo Imaginario - Stephen Chobsky
Kate Reese e seu filho Christopher, fogem de um relacionamento abusivo para se estabelecerem em Mill Grove, Pensilvânia. A cidadezinha parece ideal para eles, mas Christopher desaparece por seis dias e retorna com uma missão: construir uma casa na árvore antes do Natal.
🎃 O Silencio Da Casa Fria - Laura Purcell
Elsie vive sozinha em uma casa isolada e enorme, após a morte do marido, que aconteceu apenas algumas semanas após o casamento. Elsie se depara com painéis de madeira que imitam pessoas em atividades cotidianas, que seguem seus movimentos e aparecem por conta própria em cômodos aleatórios.
🎃 Noite Na Taverna - Alvares de Azevedo
Um livro constituído de contos fantásticos, narrados por um grupo de amigos à roda de uma mesa de taverna. Elementos romanescos e satânicos se entrecruzam para tratar de violência, corrupção, adultério, traição e morte. Vingança, tédio, bebida, luto e amor são temas presentes em cada narrativa.
🎃Amytiville - Jay Anson
Retrata os horrores vividos por uma família que passa a morar em uma antiga mansão, que havia sido palco de brutais assassinatos. Depois de se mudarem para a casa, eventos sobrenaturais começam a ocorrer na presença dos residentes, conduzindo à conclusão de que uma força espectral demoníaca residia naquele lugar.
🎃 E Nao Sobrou nenhum - Agatha Christie
Na ilha do Soldado, antiga propriedade de um milionário norte-americano, dez pessoas sem nenhuma ligação aparente são confrontadas por uma voz misteriosa com fatos marcantes de seus passados.
4 notes
·
View notes