#O Horizonte Mora Em Um Dia Cinza
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Resenhando nacional
Livro: O Horizonte Mora Em Um Dia Cinza
Autora: Tatielle Katluryn
Nota:⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️❤️
Que prazer imenso ter descoberto esse livro, tudo nele é lindo, por dentro e por fora.
Sinopse
E se a superação da dor levar mais tempo que o esperado? Afinal, cada um tem seu próprio tempo de prantear. Ayla Vasconcellos está em meio ao processo de esperar que as feridas se tornem cicatrizes quando, inesperadamente, ocorre o esbarrão. Os óculos voando outra vez. Seria apenas coincidência o fato de Joon Hyuk, aquele coreano de olhos angulares e voz melodiosa, estar ali à sua frente, naquele exato segundo, numa universidade na Coreia do Sul? Ou algo mais profundo aguardava aqueles dois jovens que pertenciam a culturas tão distintas e que, no entanto, pareciam dividir as mesmas dores e as mesmas esperanças?
Resenha
A Aylla é uma garota temente a Deus, mas que também tem seus medos e inseguranças, assim como traumas em que ainda precisa aprender lidar. O Hyuk, nosso mocinho maravilhoso, tem um coração de ouro, mas que carrega muita culpa.
O livro é sobre tratar as feridas e perdoar. Perdoar a si mesmo, principalmente.
A relação dos dois começa de forma caótica, mas o Hyuk quer ao máximo ser capaz de ajudá-la a superar os medos dela.
De forma linda, envolvente e claramente guiada por Deus, o livro vai nos conduzindo pela a história dos dois a olharmos para nós mesmos com carinho e nos provoca o desejo de estar mais próximos do Senhor, assim como os personagens buscaram mais a Ele quando pareciam perdidos em seus conflitos internos.
É uma leitura que indico para todo mundo.
Livro disponível na Amazon.
P.s.: Segue um compilado de fotos com a participação de Pituco, o gato 😻
Beijocas 💋
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Então,
Voe pequeno passarinho...
Voe sem medo e não deixe que eles e nenhuma outra pessoa cortem suas asas!
_ Tatielle katlurun
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Audio
Título: Rubem Alves, da crônica “Resta”. livro ‘Pimentas: para provocar um incêndio não é preciso fogo’
(Crônica publicada a 10 de Setembro de 2006)
[…] Lembro-me da festa de aniversário para o meu pai, quando ele completou 60. Pelas aparências ele estava feliz: ele comia, bebia, ria, falava. Em silêncio eu o observava e pensava: “Como está velho…” Vieram-me à memória os versos de T. S. Eliot: “E eles dirão: ‘Seu cabelo, como está ralo!’ Meu casaco distinto, meu colarinho impecável, minha gravata elegante e discreta, confirmada por um alfinete solitário – mas eles dirão: ‘Seu braços e pernas, que finos que estão!'” Compreenderei se pessoas olharem para mim e pensarem pensamentos parecidos aos que pensei ao olhar o meu pai.
Comovo-me ao recordar-me do poema do Vinícius “O Haver”. É um poema crepuscular. Ele contempla o horizonte avermelhado, volta-se para trás e faz um inventário do que sobrou. Fiquei com vontade de fazer algo parecido, sabendo que não sou Vinícius, não sou poeta, nada sei sobre métrica e rimas. E eu começaria cada parágrafo com a mesma palavra com que ele começou suas estrofes: Resta…
Resta a luz do crepúsculo, essa mistura dilacerante de beleza e tristeza. Antes que ele comece ao fim do dia o crepúsculo começa na gente. O Miguelim menino já sentia assim: “O tempo não cabia. De manhã já era noite…” Assim eu me sinto, um ser crepuscular. Um verso de Rilke me conta a verdade sobre a vida: “Quem foi que assim nos fascinou para que tivéssemos um ar de despedida em tudo o que fazemos?”
Restam os amigos. Quando tudo foi perdido, os amigos permanecem. Lembro-me da antiga canção de Carole King “You got a friend”: “Se você está triste, no fundo do abismo e tudo está dando errado, precisando de alguém que o ajude – feche os olhos e pense em mim. Logo logo estarei ao seu lado para iluminar a noite escura. Basta que você chame o meu nome… Você sabe que eu virei correndo pra ver você de novo. Inverno, primavera, verão ou outono, basta chamar que eu estarei ao seu lado. Você tem um amigo…” Eu tenho muitos amigos que continuam a gostar de mim a despeito de me conhecerem. E tenho também muitos amigos que nunca vi.
Resta a experiência de um tempo que passa cada vez mais depressa. “Tempus Fugit”. “Quando se vê já são seis horas. Quando se vê já é sexta-feira. Quando se vê já é Natal. Quando se vê já terminou o ano. Quando se vê não sabemos por onde andam nossos amigos. Quando se vê já passaram cinqüenta anos… ( Mario Quintana)
Resta um amor por nossa Terra, nossa morada, tão maltratada por pessoas que não a amam. Meu deus mora nas fontes, nos rios, nos mares, nas matas. Mora nos bichos grandes e nos bichos pequenos. Mora no vento, nas nuvens, na chuva. Eu poderia ter sido um jardineiro… Como não fui, tento fazer jardinagem como educador, ensinando às crianças, minhas amigas. o encanto pela natureza.
Resta um Rubem por vezes áspero, com quem luto permanentemente e que, freqüentemente, burlando a minha guarda, aflora no meu rosto e nas minhas palavras, machucando aqueles que amo.
Resta uma catedral em ruínas onde outrora moravam meus deuses. Agora ela está vazia. Meus deuses morreram. Suas cinzas, então, voaram ao vento.
Resta, na catedral vazia, a luz dos vitrais coloridos, o silêncio, o repicar dos sinos, o Canto Gregoriano, a música de Bach, de Beethoven, de Brahms, de Rachmaninoff, de Faure, de Ravel…
Resta ainda, nos pátios da catedral arruinada, a música do Jobim, do Chico, de Piazzola…
Resta uma pergunta para a qual não tenho resposta. Perguntaram-me se acredito em Deus. Respondi com versos do Chico: “Saudade é o revés do parto. É arrumar o quarto para o filho que já morreu.” Qual é a mãe que mais ama? A que arruma o quarto para o filho que vai voltar Ou a que arruma o quarto para o filho que não vai voltar? Sou um construtor de altares. É o meu jeito de arrumar o quarto. Construo meus altares à beira de um abismo escuro e silencioso. Eu os construo com poesia e música. Os fogos que neles acendo iluminam o meu rosto e me aquecem. Mas o abismo permanece escuro e silencioso.”
Resta uma criança que mora nesse corpo de velho e procura companheiros para brincar. De que é que a alma tem sede? “De qualquer coisa como tudo que foi a nossa infância. Dos brinquedos mortos, das tias idas. Essas coisas é que são a realidade, embora já morressem. Não há império que valha que por ele se parta uma boneca de criança” ( Bernardo Soares )
Resta um palhaço… Na véspera de minha volta ao Brasil a jovem ruiva sardenda entrou na minha sala e me disse: “Sonhei com você. Sonhei que você era um palhaço”. E sorriu. Tenho prazer em fazer os outros rirem com minhas palhacices. O que escrevo, freqüentemente, é um espetáculo de circo. Pois a vida não é um circo?
Resta uma ternura por tudo o que é fraco, do pássaro ao velho. Fui um adolescente fraco e amedrontado. Apanhei sem reagir. Cresceu então dentro de mim uma fera que dorme. Mas toda vez que vejo uma pessoa humilde e indefesa sendo humilhada por uma pessoa enfatuada, que se julga grande coisa, a fera acorda e ruge. Tenho medo dela.
Resta a minha fidelidade às minhas opiniões que teimo em tornar públicas, o que me tem valido muitas tristezas e sucessivos exílios. Mas sei que minhas opiniões, todas as opiniões, não passam de opiniões. Não são a verdade. Ninguém sabe o que é a verdade. Meu passado está cheio de certezas absolutas que ruíram com os meus deuses. Todas as pessoas que se julgam possuidoras da verdade se tornam inquisidoras. Por isso é preciso tolerância.
Resta uma tristeza de morrer. A vida é tão bonita. Não é medo. É tristeza mesmo. Lembro-me dos versos da Cecília que sentia a mesma coisa. “E fico a meditar se depois de muito navegar a algum lugar enfim de chegar. O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas e nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias. De longe o horizonte avisto, aproxima e sem recurso. Que pena a vida ser só isso…”
Resta um medo do morrer – aquelas coisas que vêm antes que ela chegue. Eu acho que as pessoas deveriam ter o direito, se quisessem, de dizer: “É hora de partir…” E partissem. Se Deus existe e se Deus é bondade não posso crer que Ele ( ou Ela ) nos tenha condenado ao sofrimento, como última frase da nossa sonata. A última frase deve ser bela.
Resta, quanto tempo? Não sei. O relógio da vida não tem ponteiros. Só se ouve o tic-tac… Só posso dizer: “Carpe Diem” – colha o dia como um fruto saboroso. É o que tento fazer.
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O horizonte mora em um dia cinza por Tatielle Katluryn
Este livro O horizonte mora em um dia cinza é uma envolvente história sobre a superação da dor e a busca por esperança em meio à tristeza. Ayla Vasconcellos, a protagonista, está vivendo um momento desafiador em sua vida, lutando para que as feridas emocionais se transformem em cicatrizes. Em sua jornada de cura, ela se depara com uma coincidência inesperada que muda seu destino: um encontro…
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Bolo com café
Eu sempre me senti sondada pela morte. Como se eu estivesse esbarrando com ela a cada esquina, em contextos diferentes.
Ela ainda mora aqui perto, mesmo depois de todo esse tempo.
Tem sua própria casa, faz suas próprias coisas, mas se faz sempre presente.
Por algum tempo eu tive certeza de que ela nunca mais voltaria.
Quando ela deixou minha casa, depois de ser expulsa aos berros por uma amiga, não deixou claro se estava partindo para sempre, mas eu realmente acreditei que ali era um ponto final.
Apesar da sua volta nada marcante e dada de forma cotidiana, nossa relação é cordial. Às vezes passamos dias, semanas, meses sem nos ver. Às vezes nos vemos mais de uma vez por dia.
Ela vem, toma um café, colocamos o papo em dia e ela me conta das outras visitas que fez nos últimos tempos.
Eu nunca tive coragem de ir visitá-la. Por mais que goste da sua presença, algo sempre me impediu de cruzar aquele portão de ferro baixinho que faz um barulho estridente quando aberto.
Mesmo quando ela estava aqui, ela nunca fez questão de realmente pertencer a esse espaço.
Era como uma visita que vem e vai ficando, mas ainda é uma visita.
Hoje, diferente daquela época, ela é bem mais respeitosa. Não costuma passar tempo demais nem entrar em casa sem tocar a campainha, embora ela saiba que eu sempre vou abrir.
Ela respeita muito mais os meus limites, acho que o tempo melhorou muito nossa relação.
Embora às vezes eu prefira estar sozinha, a companhia dela parece sempre ir embora cedo.
Entendo que o assunto acaba e que ela tem outras coisas para fazer, mas sempre preciso conter o ímpeto de dizer “fica”.
Eu nunca tive coragem de ir visitá-la, mas, se eu fosse, com certeza levaria um bolo de laranja molhadinho e um café de prensa.
Ia telefonar, para saber se ela está em casa e iríamos escolher um dia juntas.
Nesse dia, eu iria acordar bem cedo, aguar as plantas, colocar comida para os gatos e ir à padaria comprar o bolo.
Eu não poderia esquecer de deixar a porta bem trancada e a luz acessa, porque logo iria escurecer.
Antes de entrar, tocaria a campainha e ela me receberia com seu sorriso cinza de todos os dias.
Iríamos comer bolo e conversar por momentos eternos até que tudo acabasse e recomeçasse de novo.
Com o passar das horas instantâneas, suas histórias iam me fazer mais rir do que chorar. Minha barriga ia doer e eu ia precisar respirar fundo para pegar um pouco mais de ar.
O sol e a lua fariam sua dança e a oscilação de luz deixaria, aos poucos, aquela névoa anestésica no ar.
As risadas iam ficar mais contidas e os olhares mais distantes.
O bolo, as gotas de café, a janela e o horizonte iam se despedir numa mistura de claro com escuro. E, num segundo, de repente, aos poucos e sem que pudéssemos notar, tudo que um dia foi deixaria de ser.
set/2023
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Moradia
Me pergunto onde mora o amor
No pôr do sol, talvez
Na lua em seu formato de queijo
No céu feito de cinzas de tempestade
Ou em seu auge azul profundo
No beijo do mar com o céu no horizonte
Me pergunto onde mora meu coração
Nas nuvens, talvez
Em algum lugar distante e chuvoso
Ou em um lugar ensolarado
Meu coração passa pelo céu
Pelo mar
Mas nunca pousa em terra firme
Onde ele se contenta?
Eu ainda não sei
Me pergunto o que mora em meu coração
Uma melancolia azulada
Ou uma obsessão vermelha e vívida
Uma loucura psicodélica
Ou um desinteresse cinzento
O que cabe em meu coração?
Eu ainda não sei
Mas tem dias que ele pesa tanto...
Me pergunto que horas o sol vai nascer
Porque ele se pôs a tanto tempo...
Meu coração anseia tanto pela luz
Mas apenas se perde no escuro
-Larissa Chaves
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um batimento que sinto em meus ossos e ressoa quase todos os dias, quando me pego olhando e encarando o teto entregue a extensos cálculos e divagações do espaço-tempo. acendi um fogo, servi meia caneca de vinho, abri um livro e me dei de presente umas duas horinhas sem saber desse sentimento. ele ainda é impregnado em mim até os ossos, as veias dos braços sobressaltadas traduzem diariamente o pensar e o sentir você. porque às vezes, somente às vezes, uma fuga breve é o único remédio contra a saudade e angústia da solidão. quanto mais passa os dias e o tempo você permanece. diferente, mas tão bela e mesmo em dias mais claros a tua luz ressurge lindíssima e nos dias de calor sei que o Sol brinca impiedosamente com a terra de sua pele, cobre e beija teu corpo que reclama quase ressentida com esse quente que absorve e segura teus raios-braços. os teus pensamentos te elevam para dias bonitos como os de hoje é sempre um dos meus preferidos. e há dias que os teus olhos buscam e encontram o quadro perfeito em distantes horizontes, em distâncias no Cosmos, um quentinho no peito para respirar um pouco o seu corpo todo brinca na água aquecida em pleno voo dos teus pensamentos, sorriso de canto de boca, a câmara que procura e te encontra refletindo teu olhar e beleza de rosto e tudo o mais que está ligado a ele. o registro instantâneo do teu belíssimo, belíssimo rosto, com as pinturas que somente você o faz com maestria com teu roçar de dedos - enveredando-se pela tentativa de te fazer e nos fazer graça. é a tradução ainda mais ávida por teu olhar e graça e com alguma e toda a sorte (nossa principalmente) sobre elas jogar teu charme para a Poesia e assim nos toca, nos afeta e integra ao nosso coração. e que em alguma medida nos revive. e nessas imagens algumas cicatrizes também tampouco consigna aí um coração que fora partido em tantas partes e esses todos anos de quebra-cabeça levados a colar uma por uma para que ao menos com aparência de inteireza pudesse ser de novo entregue ao mais íntegro dos homens. que todos os caminhos que você escolheu (e que se fossem te dado escolher, você as escolheria) corresponde a tua identidade, a tua raiz doce e também porque já sabes que é de Poesia a tua vida <3'. e eles então ironizam a lentidão rotativa do Sol, a água calma e clara, transforma a luz em reflexo multicolorido amar(ela) que serve de espelho para a vaidade do Astro e de refúgio para você que alcança, em pleno voo o limite de toda ternura e de todo Amor que é você. brincadeiras de inverno você pensa. mas o começo da semana foi presenteado vezes sim e não sempre com um céu cinza e predominantemente nublado e à noite o frio das japonas. a chuva como memórias e o frio que sopra tua pele ela cai continuamente, suave e morna tateando telhados e paredes do abrigo da sua mente e através das janelas dos teus esplêndidos olhos que são também a trilha sonora de um solo de piano para aqueles que podem te olhar de pertinho... pertinho... ... e caio em divagações de lembrança vívida quase que tocável novamente eu as tateio com os olhos fechados e o teu repertório de carícias é uma coisa tão comovente de se recordar. você observa além dos horizontes brilhantes para onde teu coração mora. você fica desatenta e desarmada diante deles e de tantos olhares diferentes procurando belezas únicas que estão muitas milhas além. você se ergue sozinha e sem crenças assiste os brilhos solares, as gotas de chuva que também tecem seus desgastados caminhos e que morrem ao final do vidro da janela. sei que fui passageiro como uma brisa fina passeando diante do teu rosto, mas graças aos teus encantos eu senti, eu pude viver ao mesmo tempo você. eu sinto. eu vivo, vou eu e fico eu. chega então agora o impenetrável inverno, trazendo todas as melancolias do blues e todas as músicas que te elevam. como os teus medos, como as tuas alegrias, e essas mesmo que eu nem venha a saber e fazer ideia de como estão, elas sempre serão minha religião. o você viver seja como estás. um canto rouco me vem, produto do frio engolido à seco, seguro um copo de conhaque na esperança de que me aqueça a garganta. e vem horas para quem foi fria até no verão. então o ano testemunha a nossa distância... o entardecer doura a dura expectativa, falta o teu querer, à espera. que a noite e o tempo abrace teus lençóis cor de Céu e de Girassóis, que tudo seja, emcomeço, noite e dia para um eterno querer de serenidades que o que busque você os encontre para teus poentes e novos sonhos Estelares. "Redamar: verbo transitivo direto. o ato de Amar quem te Ama de volta". que todos os toques de alvorada te amem de volta, os dias estão como tormenta mas há ali uma pontinha circunstancial de volta ao normal e tudo será como uma cicatriz coletada, quando ainda criança peralta.
thomas teodoro.
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Ao universo que mora em mim!
Dizem que nenhum mar calmo pode fazer um bom marinheiro, entretanto esquecem de falar que o mar agitado estraçalha navios.
Diversas vezes sinto-me como um bom marinheiro, levando a vida com maestria, sorrindo e engolindo toda vontade de chorar - mas na maior parte do tempo eu sou o afogado, descendo em aspirais até o fundo do oceano e soltando bolhas de vida que me escapam por entre os dedos.
O mar agitado ensina como um professor experiente, porem ele também mata como uma fera sanguinária. No fim do dia depende apenas de você vencer sozinho a correnteza. E as vezes eu tomo isso como verdade e me infiltro nas águas, vencendo as ondas e desvendando novos mares. Então... de repente... algo me ocorre, caio do barco e mesmo que eu tente desesperadamente me segurar ao leme eu não tenho sucesso e acabo morrendo em meio as areias brancas da praia.
Morrendo. Ressurgindo. Como a fênix mitológica, mas bem menos glamorosa e sem reconhecimento.
Por vezes, o sol bate nas ondas do mar e um universo de cores colore minha alma, outras vezes a tempestade fecha o horizonte e apenas a paleta acinzentada morre em meu peito sem vida.
Céu. Mar. Eu.
A inconstância que vive em mim corre por meu corpo, por meus olhos e por minha pele marcada de lágrimas. Marcas que se abrem a cada nova queda, a cada novo balanceio da dúvida, a cada palavra que machuca, a cada nova maresia do destino, a cada dia cinza...
Mas além do cinza outras cores também surgem em meu rosto quando o sorriso me toma a face e por pequenos momentos meus dentes se tornam pintores fauvistas e enchem de cores e formas a tela em branco do meu olhar. O riso, inconstante e medroso, toma a boca sempre pronta para falar e sai estridente por entre minhas mãos que tentam conte-lo. As pessoas ao redor não sabem se felicito ou enlouqueço de vez.
Enlouquecidamente saúdo após cada uma das tempestades acastanhadas e sorrio ao me jogar em meio as ondas do mar tormentoso que chamamos de vida. Percorrendo rios repletos de dores que tomam meus dedos em formas de palavras e mares de felicidade que descem por minhas mãos e fazem desenhos estranhamente acinzentados...
E é assim que em meio ao mar calmo do destino minha voz arranha a garganta em busca de mais uma canção desafinada, meus pés atrapalhados sonham em saber dançar e meus olhos se perdem naquele horizonte róseo observando a fictícia plateia que em pé congratula com palmas todo esse universo de inconstância que vive em mim.
(20.07.20 - 12.04.21)
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"O MEU JEITO TE SURPREENDE"
Eu queria te pegar assim Pamella 21 de mar de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Gloria horizontes 23 de mar de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique A mística surreal da vida Nós na vida temos muitos sonhos seje dormindo ou esperança a parada leva a lógica de que não está acontecendo se voce sonhar e eu estiver acordado talvez está mística funcione até tempos atrás eu so sonhava a ilusão vira realidade e o irreal se torna lógico 25 de mar de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Capital Inicial Dançando com a lua 26 de mar de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Oi pamella o que liga é o son A soma o gás da explosão na liga para uma forma nova de emicao cada válvula na comquista do provável retoque a qual a força exala um sentimento chapa quente que o detrimento ocorre bem loko e nada de falcidade amizade na rua só te leva pro chão amigo 27 de mar de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Oi gata tudo bem Pamella Os tons de grafite dao realce a dor de perder a luz do amanhecer as cores do dogma frustrado canta o entardecer em um arco-íris com sete tons de cinza
29 de mar de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Sonic youth anti orgasn 1 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique O que eu faço Pamella Eu estou liga em você quanto tempo eu tenho pra te entender quanto mais o tempo passa mais nós conhecemos nosso coabitar 1 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Sonic youth 100% 3 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Oi linda suavidade total Eu nao espero atoa vale a pena se preparar para uma noite maravilhosamente boa nós temos muito a ver os meus olhos reluzem tudo que eu quero de você eu enxergo a sua vida entrando em alinhamento com a minha eu sei que sera melhor eu ir atrás de voce da qui uns anos até lá seja feliz você é foda nunca esqueça que eu cuidaderei do seu futuro baby até lá 4 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique O sonho é criminal Eu tenho vários motivos para me afastar de cada B.O. mas quanto mais eu me afasto mais ele me apega o meu gral realmente é mil gral e uma mulher como você não liga para uma sentença criminal na nossa banca nao liga nada vamos ver se é o crime mesmo no final nao pega flagrante não pega nada 6 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique the strokes is this it 7 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Quantos sonhos seus eu poderia realizar A vida para min não foi tão fácil assim eu sofri muito com a velocidade de comunicação celebral que meu cérebro tem isso eu estudei anos depois de muito tédio mortal pelo menos para aquele momento é cada assunto melindroso que eu achei bom para um lado péssimo para outro o melhor da vida não é viajens e um fim de semana prolongado com um rombo na conta bancária a vida é um estímulo com a fratenidade em dia ser feliz até duente é o excepcional de uma vida bem vívida e madura 9 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Oi Pamella vem perfumar o meu ambiente Nos poderíamos encontrar um novo meio ambiente no espaço cideral se é que você me entende e eu lutaria contra as nossas vontades e perderia fácil a sua dor é uma estima que aprecio o sussurro para eu encontrar o sentido deste bioma natural eu sou o vagabundo voce a princesa vêm minha deusa fazer eu ser o seu milagre me transforma faz eu sentir o seu corpo mostra que valeu a pena eu morrer tanto para um mundo onde eu e voce somos sexo na mesma pessoa 10 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Quando você vai falar oque eu quero As tendências de uma vida desta vida cada momento mostra seu contraste eu poderia me expressar de forma conveniente talvez eu nao diria tanto cada tendência com seu lado de indecência transcontinental mudando um sonho para uma nobreza dia a dia as mudanças de um álibi condicionado e eu nem falei nada sobre ainda 11 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique O amor me ajuda entender o ritmo do show O show da vida mostra sua tragetoria para uma grade meio imperfeita cada ritmo e embalo a qual o desgaste é grande eu tenho o jeito tão parecido com uma mocinha chamada Pamella se eu poderia mudar a sua vida eu me sinto mau por não tirar você das garras do vilão minha magesta você teve um sono ainda acordada e não entendeu ainda sabendo que vilão só o tempo ele passa e a vida continua eu espero te encontrar a cada dia e que as nossas reações seje a intenção para o nosso momento de coaptar 13 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Se eu não compreender não diga mal mas me comprienda A telepatia até que é boa mas eu prefiro o tradicional do jeito dos meus avós nada de críticas na lógica eu tenho até me dado bem mas um carinho seria bom eu tento entender tanta coisa não se stressa eu nao ligo para a lógica da situação só expresso sua presença nem me da confiança neste assunto acredite ninguém é culpado de errar se esforçando tanto tire o peso de si nada que você faz é a sentença da sua vida nós erramos e começamos uma ideia nova é normal se achar errado você tem uma vida para refletir eu preciso de tempo tenho muito oque fazer namoro agora me tiraria o futuro do sério eu escolhi uma vida de trabalho eu pensava que iria conquistar o mundo acredita 13 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Uma logica única para a morte e um nascer denovo a cada era As pessoas não compreendem a lógica dentro de um contesto completo elas poderiam sofrer menos não tema a morti de um familiar ou a sua dentro dos meus estudos a vida aqui é uma passagem para várias gerações futuras sistemas soubrenaturais digno do ser humano na paz e eternidade no mundo universal tudo é corruptível nunca o ser humano a coisa mais eterna que existe na existência e o ser de cada um sem distinção de cor etnia ou classe social a complexibilidade dara a todos um furturo julgado e pensado para a eternidade e não aqui neste mundo injusto e passajeiro oque deixa tudo para os seres humanos ainda mais perfeito tudo é apagado e uma nova humanidade mora nesta existência era a era a cada era 20 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Você pensaria na luz Tem situações a qual a dor angústia um momento que poderia ser tão bom eu conheço cada situação no porquê nos sofremos eu sei que a minha vida não fica tão prazerosa por isso mas as vezes ajuda a vida sem sofrimento seria boa mas a inspiração para ser alguém e a mesma e ate mesmo vale a pena sofrer para ser feliz depois disso não queira antes de morrer sentir a glória da luz ela não se manifesta assim mas se voce soubesse a diferença do Paraíso entenda nos moramos em um paraíso pode ser chamado o das escolhas só que as vezes pode ser o único do mal se existe treva no máximo nos sentimo ela aqui no planeta terra 20 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Término em fogo A sua vida se retém em queimar e a sua lógica é dar luz a seu redor o planeta o conhece bem mas que fique na sua utilidade pois nos preferimos água fresca 24 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Rage against the machine How i could just kill a man 25 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Uma ilha na história Um pensamento que toma a cabeça de alguém a qual não sente o sentimento da paz e ser assim pra min é muita dor o desespero é muito angustiante já me disseram você nao nasceu em uma ilha e as vezes nós não entendemos que o tempo não para 27 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Acordando para ignorância Uma única comoção na luta das desordens e a perfeição em se humilhar é pedir e não trabalhar por um futuro melhor sua dor é a certeza na ociosidade é melhor se esforçar porém assim sua dor é esta 30 de abr de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Quando uma pessoa sabe que ela é um mostro Uma pessoa que acabou cometer uma monstruosidade tal os seus pensamentos são de reflexão ela olha para frente e só vê ela ela tem um défice no estado mental ela ganha infelicidade a culpa vai acusar ela por toda a vida mas se no caso não for o suficiente para se sentir de forma a altura ela cometera outra e outra vez a ponto de perder a sanidade mental e cair na lógica perfeita de consciência destas pessoa o ser humano é assim a pessoa que tem personalidade ruim por natureza não liga para a consciência ela tem dentro dela que tudo que ela não aceita é proibido e só ela decide a hora de parar 3 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Ouça tudo ouça rock Você escolhe oque você quer você escolhe rock mas me entenda escutar só rock pesado é complicado pra muitas pessoas o melhor é você saber oque você quer eu sei que oque eu passo é mais rock eu não passo um chavão faça do seu jeito 7 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Revelaçao Coral de anjos eu tenho orgulho de ser brasileiro com muito orgulho com muito amor 7 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Led zeppelin Babe i'm gonna leave you 9 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Oi nós somos ligados Pamella o meu desejo encontra o seu Sempre que eu não falo em você Pamella eu penso não entenda que eu esqueço você eu passo muito tempo sem colocar em evidência a sua pessoa as minhas metaphorás transbordao sua presença eu não esqueço a beleza da sua photo quando os meus lábios registrarao o sabor eu espero eu sei que o sonho é complicado porém no fim tudo se encaixa costuma ser assim mesmo firmezinha 9 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Led zeppelin Immigrant song 9 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Pamella então será que rock impreciona mulher bonita Você curte um som como metal por exemplo às vezes eu escuto metal o dia inteiro pelo rock eu tenho que ser assim meu estilo é vida pra min pensa no meu casamento eu quero tudo preto show assim é bom eu gosto de música leve mas quando tem uma guitarra bem pesada imagina meu dia a dia iai tá preparada você entende pra fazer sucesso se tem que ouvir muita música na hora de criar traz inspiração 10 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Eu e você Pamella é nós Delírio real uma noite loka loka loka quando eu seria mais importante pra você Pamella showzinho mil treta se liga nois com um corpo assim delírio não é só na música não eu não aguento o que que você pode me mostra ao vivo que você não mostria para ninguém eu quero conhecer um novo momento vem comigo em 11 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Green day Holiday
12 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Drive Meu sol 18 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Disturbed Who 19 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Uma forma de confrontar este sentido Uma única doença e morre sua mulher apenas um convite e sua filha usa o bagulho errado algumas dividas e sua casa é leiloada uma batida de carro e seu membro é amputado a vida tem um jeito irônico de acabar com a gente será que está acontecendo tudo isto con você agora mas precisa para você entender que não é justo estar a tanto tempo assim existem formas de você ser feliz e o mundo é um lugar de definição aqui acontece muitas coisas boas precisas as pessoas entender qual a razão entenda você já é incrível de valor a você mesmo(a) sempre tem um ciclo que exala você acredite 20 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Scalene Terra 20 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique O remédio me faz saber que sou iqual a eles então oque eu sei Uma da coisa mais cruéis da vida é uma depressão crônica ou seja sem estima de melhora previsível a dor que um depressivo sente é altamente cruel ele não sabe que esta com veneno no sangue e não pode morrer a dor da depressão no caso tristeza vai a uma escala de 0 a 100 facilmente ao máximo eu poderia falar muito sobre está dor mais o que um depressivo tem que saber é que existe tratamento e tomar remédio é até underground pra quem tem valor e sabe que é importante e amadurecido neste show da vida entenda que o tratamento é longo em alguns casos mas tem controle em qualquer caso todo corpo todo celebro tem seu circuito e precisa de certas formas de precaução para você continuar sendo a mesma pessoa e o tratamento acelera este trabalho que o celebro tem que fazer neste circuito celebral trazendo o controle os remédio são supremos para um controle certo e previsível 21 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique +1 Quantos motivos você tem para agradecer a vida pelo dia e hoje A vida tem sobrelevações é verdade tem momentos que não vale a pena agradecer é normal mas na real quantos minutos do dia você sofre perfeitamente bem mesmo quantos dias do ano é um sofrimento verfadeiro iai vale a pena sofrer vale a pena sentir a forte necessidade de transar faz falta sofrer algo tão gostoso o momento da aflição faz o prazer ficar delicioso tem algo errado em você eu estou sentindo amor a esta vida seja feliz a sua vida é o fruto que você tem que cuidar deixe ela gostosa saboreie a vida o fruto é você que tem que cuidar seja feliz não pense que tanta zueira mudaria o sentido voce só precisa de você para ser feliz amigos normais tem muitos defeitos como todos é difícil lidar com muitos 22 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Você é responsável mesmo com bela intenção A lógica de errar não esta ligada só a certeza mesmo com a pura certeza de fazer oque é certo ocorre as pessoas erram e cada um é responsável pelo próprio erro independentemente da intenção a imaturidade acontece nas mentes mais evoluídas e as consequências levam a vergonha quando uma pessoa errar definitivamente o correto é acatar o erro e não cair em um ciclo vicioso levando a uma ocasião vergonhosa o melhor é entender e não fazer com que se torne ridículo todos vamos errar e o melhor é não ter orgulho nem preconceito de si mesmo em uma situação ruim 26 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Pamella nosso sentimento certinho Eu poderia até deixar pra depois mas eu conquisto em você a minha lei o meu desejo uma mulher sabe iluminar e o seu lado feminino arde em uma cabeça machista a minha parada a minha moral minha gíria segue em um par se pernas bonita que faz a minha vida valer a pena assim o parato fica loko e o meu crime é fazer uma mulher assim ser mais feminina sexy love forever às mulheres do mundo deveriam priorizar seu papael de glória 26 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Não quer amor Pamella Eu estava pensando que o mundo realmente é perfeito neste modo de sê ver as mulheres têm uma forma de conquistar você um jeito de fazer você acreditar nelas uma mística em um corpo do meu sexo oposto eu não sei mudar a parte a qual às mulheres são submissas ao homem mais um homem nunca é completo sem uma mulher na sua vida os sonhos ficam irreais sem a glória de uma mulher a minha forma de acreditar no sexo me leva a entender que sofrer solidão é ignorância não é difícil fazer uma feliz e nunca será 27 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Silverchair Paint pastel princess 27 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Quantas vezes eu quis mudar Eu nunca vou ser um exemplo perfeito como conservador eu amo o lado provocativo que se encontra na tecnologia eu uso isso pra min eu nao sei ser um tão sério prefiro o pensamento da juventude ela me faz ser eu mesmo eu sei que eu não sou um exemplo mesmo nao vai mudar nada 30 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Kreator People of the lie 30 de mai de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Quando você vai cruzar estas pernas pra min Oi minha deusa um sonho saber que você é assim quantos caminhos nos poderemos encontrar juntos e se você me der umas fotos eu queria ver o seu corpo de outras formas você não se sente me magoando assim eu tenho um desejo com você e se outra feminista me ganha quando eu vou encontrar sua cama Pamella 2 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Scalene Silêncio 2 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique A deriva fundamental Eu não fiquei tempo na vida sem fazer nada eu fiz o que era preciso eu lutei por algo melhor mas isso não me dá grandeza assima de quem nasceu como eu nasci a vida encontra caminhos de pegar você eu sei este propósito é assim mas em outra gerações da eternidade nós ingressaremos em outra história e a sua vida será diferente nos temos muitas dimensões para conhecer a mais simples é uma das iniciais aquela que nós estamos e uma das poucas que tem o inferno estado de cavidade humana temporaria quando se tem o sofrimento completo do nosso corpo os deuses conhecerão nossa dor primeiro 3 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Uma estrela A sua permanência deriva a rota dos outros em sua trajetória milenar a Via-láctea traja seu rumo com outras galáxias a sua velocidade mostra a glória do universo que a considera apenas um ponto particular 4 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Good charlotte Can t go on 7 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Oi coisa rica A paz entra depois que vem a verdade da vida se torna tudo muito perfeito depois de ter passado o desejo de ter matado o desejo sexual com alguém a paz caminha lado a lado com quem faz a paz o desejo de amar trás o perfume de um amor correto que quando acontece surte até novas vidas isso é humanidade 9 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Mudança geral Ser uma largarta tem suas condições de perda o sentido de se movimentar é lento andar é muito extressante eu queria ser uma arranha que tem suas próprias vontades e uma casa feita como eu fasso meu casulo eu só não quero virar outra passoa além do mais eu acho mais seguro minha defesa oque eu quero mesmo é ser mais bonita 10 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Cada um é o que precisa não erre consigo Ser normal não está ligado ao tanto que se conversa pouco ou muito não siguinifica nada você é normal do jeito que você é não queira conversar muito para ser normal as pessoas te amam do jeito que você é no caso de sofrer por não conversa é muito ruim se martirizar por isso a verdade é que você é importante conversando muito ou pouco nada muda insociável é algo raríssimo 11 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Extreme Interface 11 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Eu entendo que você consegue Parar de lutar contra o amor é inteligente da para notar que você ama contrariar o amor é algo que te leva contra o sentido do tempo realmente as dores dos dias vem e nisso a velhice chega e uma mulher é fiel até onde dá homem infeliz é aquele que perde uma mulher completamente fiel por maldade a força mais perfeita que existe contra o erro da história é o amor e ter uma mulher fiel atraí felicidade nestes tempos
13 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Não sofra atoa O ser humano precisa de sexo isso é realidade faz parte do corpo agora ninguém precisa sofrer por não estar fazendo sexo a sua educação sexual tem que ser determinada você pode entender que a vida é vívida por etapas e não precisa querer mudar isso com ansiedade o tempo é determinado por circunstâncias e você não precisa sofrer por não ter a vida feliz que você sonha por mais que a sua vida venha ser legal no futuro o hoje é muito importante sexo fica para depois valorise o seu dia de hoje a sua vida não precisa de glamour para você ser feliz agora mesmo 13 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Outra vez Pelo menos eu tive um dias bom ontem mas a vida é assim mesmo um dia vai outro vem e tudo muda as vezes para melhor mas o pensamento de hoje é bom tudo passa muda e a vida é essa a vida poderia ser melhor mas eu gosto mesmo no dia de hoje que está muito normal sempre foi assim 15 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Jimi Hendrix The wind cries mary 15 de jun de 2016 Foto do perfil de paulo henrique paulo henrique Para a próxima música Realização em imersão na força da faixa do ambiente considerado com as notas do ambiente em redor voar em direção ao delírio encontrou sua vida baby
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74 anos após fim da guerra, estupro coletivo de mais de 2 milhões de alemãs ainda é episódio pouco conhecido.
O papel da União Soviética na derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, há 74 anos, é visto como uma das grandes glórias da história recente da Rússia e de seu passado comunista.
Mas existe um lado sombrio e pouco conhecido nessa história: os estupros em massa cometidos no final da guerra por soldados soviéticos contra mulheres alemãs.
Alguns leitores poderão achar esta história perturbadora.
O sol se põe sobre o Treptower Park, nos arredores de Berlim, e eu observo uma estátua que faz um desenho dramático contra o horizonte. Com 12 metros de altura, ela mostra um soldado soviético segurando uma espada numa mão e uma menina alemã na outra, pisando sobre uma suástica quebrada.
A estátua marca um lugar onde estão enterrados 5 mil dos 80 mil soldados do Exército Vermelho mortos na Batalha por Berlim entre 16 de abril e 2 de maio de 1945.
A proporção colossal do monumento reflete o sacrifício destes soldados. No entanto, para alguns, a estátua poderia ser chamada de Túmulo do Estuprador Desconhecido.
Existem registros de que os soldados de Stálin atacaram um número bastante alto de mulheres na Alemanha e, em particular, na capital alemã, mas isto era raramente mencionado no país depois da guerra e o assunto ainda é tabu na Rússia de hoje.
A imprensa russa rejeita o tema regularmente e diz tratar-se de um "mito espalhado pelo Ocidente".
Diário de um tenente
Uma das muitas fontes de informação sobre estes estupros é o diário mantido por um jovem oficial soviético judeu, Vladimir Gelfand, um tenente vindo da região central da Ucrânia, que, de 1941 ao fim da Guerra, pôs no papel seus relatos, apesar de os soviéticos terem proibido diários de militares.
Diario de Vladimir Gelfand traz revelações polêmicas sobre conduta de soldados soviéticos
Gelfand descreveu em seu diário como andou de bicicleta pela primeira vez em Berlim
Os manuscritos – que nunca foram publicados – mostram como a situação era difícil nos batalhões: alimentação pobre, piolhos, antissemitismo e soldados roubando botas uns dos outros.
Em fevereiro de 1945, Gelfand estava perto da represa do rio Oder, preparando-se para a entrada em Berlim. Em seu diário, ele descreve como seus camaradas cercaram e dominaram um batalhão de mulheres militares.
"As alemãs capturadas disseram que estavam vingando seus maridos mortos. Elas devem ser destruídas sem piedade. Nossos soldados sugeriram esfaqueamento das genitais, mas eu apenas as executaria", escreveu.
Uma das passagens mais reveladoras do diário de Gelfand é a do dia 25 de abril, quando ele narra a chegada a Berlim. Ele estava andando de bicicleta perto do rio Spree, a primeira vez que andou de bicicleta, quando cruzou com um grupo de mulheres alemãs carregando malas e pacotes. Em seu alemão ruim, ele perguntou para onde estavam indo e a razão de terem saído de casa.
"Com horror em seus rostos, elas me disseram o que tinha acontecido na primeira noite da chegada do Exército Vermelho", escreveu.
"'Eles cutucaram aqui a noite toda', explicou a bela garota alemã, levantando a saia. 'Eles eram velhos, alguns estavam cobertos de espinhas e todos eles montaram em mim e me cutucaram – não menos do que 20 homens'. Ela começou a chorar."
"'Eles estupraram minha filha na minha frente e eles ainda podem voltar e estuprá-la de novo', disse a pobre mãe. Este pensamento deixou todas aterrorizadas."
"'Fique aqui', a garota, de repente, se atirou em cima de mim, 'durma comigo! Você pode fazer o que quiser comigo, mas só você!'"
Proibição
Àquela altura, já se sabia de horrores cometidos por soldados alemães na invasão da União Soviética. O próprio Gelfand tinha ouvido essas histórias.
"Ele passou por tantos vilarejos nos quais os nazistas tinham matado todos, mesmo crianças pequenas. E ele viu provas de estupro", disse o filho do soldado, Vitaly Gelfand.
As Forças Armadas alemãs estavam longe da imagem de força disciplinada "ariana" que não se interessaria em ter relações sexuais com Untermenschen (povos inferiores, em alemão).
Tanto que, segundo Oleg Budnitsky, historiador da Escola Superior de Economia de Moscou, os comandantes nazistas, preocupados com o alto número de doenças venéreas entre seus soldados, estabeleceram uma cadeia de bordéis militares nos territórios ocupados.
É difícil encontrar provas de como os soldados alemães tratavam as mulheres russas, muitas vítimas não sobreviveram. Mas no Museu Alemão-Russo de Berlim, o diretor, Jorg Morre, mostra uma foto feita na Crimeia, parte do álbum pessoal de um soldado alemão, feito durante a guerra.
Soldados e oficiais não podiam escrever diários, pois eles eram considerados uma ameaça à segurança
"Parece que ela foi morta no estupro ou após o estupro. A saia está puxada para cima e as mãos estão na frente do rosto. É uma foto chocante. Tivemos discussões no museu sobre se deveríamos mostras as fotos – isto é guerra, isto é violência sexual sob a política alemã na União Soviética. Estamos mostrando a guerra. Não falando sobre, mas mostrando", disse.
Enquanto o Exército Vermelho avançava, cartazes estimulavam os soldados soviéticos a mostrarem sua raiva: "Soldado: Você agora está em solo alemão. A hora da vingança chegou!".
Os soldados soviéticos também distribuíram alimentos para os moradores de Berlim
Enquanto pesquisava para o livro que lançou em 2002 sobre a queda de Berlim, o historiador Antony Beevor encontrou, no arquivo estatal da Federação Russa, documentos que detalham a violência sexual. Eles tinham sido enviados pela então polícia secreta, a NKVD, para o chefe desta polícia, Lavrentiy Beria, no final de 1944.
"Eles foram passados para Stálin. Você pode até ver se eles foram lidos ou não – e eles relatam estupros em massa no leste da Prússia e a forma como as mulheres alemãs tentavam matar os filhos e se matar, para evitar os estupros", disse.
Outro diário escrito durante a guerra, deste vez o da noiva de um soldado alemão ausente, mostra que algumas mulheres se adaptaram a estas circunstâncias horríveis para tentar sobreviver.
O diário, anônimo, começou a ser escrito no dia 20 de abril de 1945, dez dias antes do suicídio de Hitler. Como no diário de Gelfand, a honestidade é brutal, o poder de observação é grande e há até demonstrações ocasionais de humor.
Se descrevendo como uma "loira pálida que está sempre com o mesmo casaco de inverno", a autora do diário descreve a vida dos vizinhos no abrigo contra bombas logo abaixo do prédio de apartamentos onde ela morava em Berlim, incluindo "um jovem em calças cinzas e óculos de armação de chifre que, em uma observação mais atenta, é, na verdade, uma jovem", e três irmãs mais velhas, "espremidas, juntas, como um grande pudim".
Enquanto aguardam a chegada do Exército Vermelho, elas fazem piada dizendo "melhor um russo em cima do que um ianque sobre nossas cabeças". Estupro é considerado melhor do que ser pulverizada por bombas. Mas quando os soldados chegam ao porão onde elas moram, as mulheres imploram para a autora do diário usar suas habilidades no idioma russo para reclamar ao comando soviético.
Ela consegue encontrar um oficial no ambiente caótico da cidade, mas ele não toma providência alguma, apesar do decreto de Stálin proibindo a violência contra civis. "Vai acontecer de qualquer jeito", diz.
Ao tentar voltar para seu apartamento, a autora do diário é estuprada no corredor e quase estrangulada; as mulheres que vivem no porão não abrem as portas durante o estupro, apenas depois que tudo acaba.
Em meio às ruínas de Berlim e para evitar estupros coletivos, muitas alemãs fizeram acordos com altos oficiais soviéticos
"Minhas meias estão caídas em cima dos meus sapatos, ainda estou segurando o que sobrou da minha cinta-liga. Começo a gritar 'Suas porcas! Eles me estupraram duas vezes aqui e vocês me deixaram largada como lixo!'"
Com o passar do tempo, ela percebe que precisa achar um "lobo-chefe" que ponha fim aos estupros da "alcateia". A relação entre agressor e vítima fica menos violenta, mais ambígua. Ela divide a cama com um oficial mais importante, vindo de Leningrado, com quem ela conversa sobre literatura e o sentido da vida.
"Não posso falar, de maneira nenhuma, que o major está me estuprando. Estou fazendo isto por bacon, manteiga, açúcar, velas, carne enlatada.... Além do mais, gosto do major e, quanto menos ele quer de mim como homem, mais gosto dele como pessoa", escreveu.
Muitas de suas vizinhas fizeram acordos parecidos com os conquistadores.
Este diário só foi publicado em 1959, depois da morte da autora, com o título Uma Mulher em Berlim, e foi criticado por "macular a honra das mulheres alemãs".
Ingeborg Bullert hoje vive em Hamburgo e nunca falou sobre quando foi estuprada por soviéticos
Com 20 anos na época, Ingeborg foi violentada quando voltava para o apartamento em Berlim
Setenta anos depois do fim da guerra, pesquisas ainda revelam a dimensão da violência sexual sofrida pelas alemãs nas mãos não apenas dos soviéticos, mas também de americanos, dos britânicos e dos franceses.
Em 2008, o diário da berlinense foi transformado em um filme, chamado de Anonyma, com uma atriz alemã conhecida, Nina Hoss. O filme teve um efeito catártico na Alemanha e estimulou muitas mulheres a falarem sobre suas experiências.
Entre elas estava Ingeborg Bullert, hoje com 90 anos. Ela mora em Hamburgo, no norte da Alemanha. Em 1945, ela tinha 20 anos, sonhava em ser atriz e vivia com a mãe em Berlim.
Quando o ataque soviético começou, ela se refugiou no porão do prédio – assim como a mulher no diário.
"De repente havia tanques em nossa rua e, em toda parte, corpos de soldados russos e alemães", disse.
Durante uma pausa nos ataques aéreos, Ingeborg saiu do porão para pegar um pedaço de fio no apartamento, para montar um pavio para uma lâmpada.
"De repente, havia dois soldados soviéticos apontando revólveres para mim. Um deles me obrigou a me expor e me estuprou, então eles trocaram de lugar e o outro me estuprou. Pensei que ia morrer, que eles iam me matar."
Ingeborg passou décadas sem falar sobre o crime.
Leia mais: De preferido de Hitler a guarda-costas de Evita Perón: o nazista que foi parar na Irlanda
Os estupros afetaram mulheres em toda Berlim. Ingeborg lembra que as mulheres entre 15 e 55 anos tinham que fazer exames para doenças sexualmente transmissíveis.
"Você precisava do atestado médico para conseguir os cupons de comida e lembro que todos os médicos faziam estes atestados e que as salas de espera estavam cheias de mulheres."
Vitaly Gelfand, filho de Vladimir, luta para ter diário do pai publicado na Rússia
Ninguém sabe exatamente quantas mulheres foram vítimas de violência sexual de combatentes estrangeiros na Alemanha. O número mais citado estima em 100 mil as mulheres estupradas apenas em Berlim – e em dois milhões no território alemão.
Há documentos que expõem um alto número de pedidos de aborto – contra a lei na época –, devido à "situação especial".
É provável que nunca se saiba o número real. Tribunais militares soviéticos e outras fontes continuam secretas.
O Parlamento russo aprovou recentemente uma lei que afirma que qualquer pessoa que deprecie a história da Rússia na Segunda Guerra Mundial pode ter que pagar multas ou ser preso por até cinco anos.
Uma jovem historiadora da Universidade de Humanidades de Moscou, Vera Dubina, só descobriu sobre os estupros depois de ir para Berlim devido a uma bolsa de estudos. Ela escreveu um estudo sobre o assunto, mas enfrentou dificuldades para publicá-lo.
Leia mais: Águia nazista continua sendo 'batata quente' no Uruguai
Vitaly Gelfand, filho do autor do diário, Vladimir Gelfand, não nega que muitos soldados soviéticos demonstraram bravura e sacrifício durante a guerra, mas, segundo ele, esta não é a única história.
Rússia aprovou nova lei para evitar difamação de soldados soviéticos
Recentemente, Vitaly deu uma entrevista em uma rádio russa que desencadeou uma onda de "trollagem" antissemita em redes sociais. Muitos disseram que o diário é falso e que Vitaly deveria emigrar para Israel.
Mesmo assim, Vitaly espera que o diário seja publicado na Rússia ainda neste ano. Partes dele já foram traduzidas para o alemão e para o sueco.
"Se as pessoas não querem saber a verdade, estão apenas se iludindo. O mundo todo entende (que ocorreram estupros), a Rússia entende e as pessoas por trás das novas leis sobre difamar o passado, até elas entendem. Não podemos avançar sem olhar para o passado", disse.
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BIG Festival 2015: Categoria “Melhor Arte”
Vinicius Aleixo faz parte da equipe de organização do BIG Festival. Suas opiniões expressas no Quick Saving e em textos relacionados, entretanto, não representam de forma alguma as opiniões do BIG Festival ou Abragames.
A categoria de melhor arte ficou extremamente variada. Aqui não se trata de qual jogo tem mais polígonos e efeitos de partícula. No fim, os jogos anunciados abrangem uma enorme gama de estilos. Tivemos pintura à mão, 2D, 3D, animação, fotografia e por aí vai.
Se você der uma primeira olhada em Plug & Play, ele provavelmente não vai se destacar tanto quanto os outros jogos dessa categoria. Mas o que talvez o tenha colocado no mesmo páreo que os outros seja o quanto seu visual foi bem pensado.
Temos aqui um curta-metragem interativo. Como jogador, sua única obrigação é interagir com personagens e objetos de modo que a história avance. A experiência como um todo provavelmente não vai te tomar mais do que 10 minutos.
Visualmente o jogo é mínimo, e extremamente eficiente. Não que a narrativa faça algum sentido, mas ele tem apenas o necessário para fazê-la funcionar. O fato dele ser apenas preto e branco é brilhante se considerarmos que o jogo está o tempo todo brincando com o ligar e desligar das luzes. Caso esteja muito curioso sobre como é ver isso rodando, dê uma olhada no trailer oficial.
O novo visual de Guitar Hero foi revelado. Quer o público tenha gostado ou não do jogo usar gravações de pessoas reais em suas músicas (técnica conhecida como FMV), é inegável que a platéia nunca foi tão viva e funcional. Isso nos traz a pergunta: precisamos mesmo ficar dependendo de hardware para poder entregar o gráfico mais ponta de linha e o mais próximo possível da realidade?
Lumino City faz a mesma pergunta e entrega um visual inacreditável sem que você precise ter um computador da NASA. O segredo para um mundo que parece ser feito de papel é o fato do jogo ter sido, de fato, construído em uma maquete de papel para então ser filmado e fotografado e colocado no jogo.
O resultado é simplesmente inacreditável. Mesmo que você só possa andar por lugares pré-programados do cenário, você provavelmente nunca se sentiu tão imerso e encantado dentro de um mundo quanto em Lumino City. Se estiver curioso sobre o processo de produção, os caras da State of Play liberaram um excelente making of.
Feito por um estúdio de um homem só, Treeker é um elo perdido entre Grow Home e The Legend of Zelda: The Wind Waker, e mesmo assim é tão bonito quanto esses dois. Ele tem modelos tridimensionais Low-Poly (ou seja, com poucos polígonos) ao mesmo tempo em que em um sombreamento cel-shade (que remete à animação em celulose).
Mesmo que não existam criaturas zanzando por esse mundo, ele é algo tão vivo que alguma coisa claramente se perde quando se está vendo fotos ou vídeos. Estar com os pés nesta gigante ilha, olhando aos horizontes e vendo monumentos absurdos onde você hora ou outra vai acabar chegando, esse é o momento em que você entende a beleza desse lugar.
Uma mistura de estilos que conseguiu criar algo extremamente belo e ao mesmo tempo com uma simplicidade apaixonante, Treeker é uma prova de que o visual low-poly é o futuro… não, pera.
Visualmente, esse é o jogo que mais se assemelha à um projeto de grande orçamento, e isso por si só provavelmente o teria trazido à categoria de melhor arte. Mas This War of Mine é mais do que isso. Tá certo que os AAAs da geração passada eram mestres em fazer jogos praticamente em tons de cinza, mas isso era quase uma convenção não pensada. Aqui, nesse jogo indie, isso é usado para dar o tom de fato à essa história.
Aqui, encaramos o outro lado da guerra. Ao invés de tomarmos o controle do soldado que vai definir o curso dos conflitos, aqui jogamos com um grupo de refugiados que busca apenas a sobrevivência. O resultado ao final do jogo é sempre algo extremamente pessoal e emocional.
Como se não bastasse, o jogo ainda mistura estilos numa sinergia incrível. Mesmo sendo o famoso 2,5D, ele se utiliza de rachuras para estilização, e ainda conta com fotografias para representar os personagens. Ainda que isso à primeira vista pareça uma estranha mistura, o que vemos no produto final é uma simbiose de estilos extremamente competente. Para ver tudo isso funcionando, confira o trailer aqui.
Ainda hoje, o Estúdio Ghibli é extremamente bem respeitado. Isso não se deve apenas por ter criado obras incríveis como Meu Vizinho Totoro e A Viagem de Chihiro, mas também porque, mesmo utilizando novas tecnologias aqui e ali, ele é um dos últimos representantes da animação 2D hoje em dia. Seus longas, ainda que nem sempre dirigidos pelo gênio Hayao Miyazaki, têm seu conteúdo desenhado à mão, frame a frame.
Os desenvolvedores do estúdio Atelier Sentô foram tão inspirados pelos filmes da Ghibli que tanto os desenhos quanto a coloração foram feitos à mão. O resultado é que, mesmo se tratando de um estúdio francês, o resultado pode ser facilmente assumido como uma obra nipônica.
Aqui embarcamos em uma aventura com Myzuka, uma menina que mora no arquipélago de Okinawa. Ao acordar em um estranho sonho, ela é avisada sobre um estranho perigo e levada à investigar a misteriosa caverna coral. Para ver o resultado disso rodando, assista ao trailer oficial.
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Saiu no jornal
Saiu no jornal, “a vida é uma cadeia de pequenos vícios”, então deve ser mesmo. O meu mate, meu cigarro, meus livros, o seu cartão de crédito, seu trabalho, sua fluoxetina. O chão da existência contemporânea é frágil. Enquanto a fissura existencial maior se ramifica em pequenas rachaduras que se estendem por todo o espaço conceitual de nossas vidas, corremos numa esteira concreta e rachada, tentando suprir os danos com objetos materiais, fugas neuro-estimulantes, relacionamentos abusivos e outras distrações. Ao passo que a vida acontece, eu perco meu tempo fumando este cigarro, você abre outra garrafa daquele vinho caro e fica com ele a sós no seu condomínio fechado; Marina chora suas últimas lágrimas pelo rapaz, que hoje em dia já não é o mais bonito, só que agora já lhe sugou toda a juventude e, por isso, é melhor ele do que ninguém. A poucos quilômetros dela, João toma seus ansiolíticos e acredita ter fobia social, é mais fácil do que pensar no pai, que lhe abusara na infância. Pelo menos agora ele banca os medicamentos todos e se mantém distante. Na janela de frente, Clarice toca delicadamente seu piano caro, tira boas notas, enche os pais de orgulho e também envia fotos nua para os garotos da escola, corta os pulsos, vomita o jantar e depois dorme, sonha ser outra pessoa, em outro lugar. Pedro mora debaixo do viaduto, perto da escola de Clarice, a vê passando com aquela mochila bonita todos os dias. E também o uniforme - que ela tanto detesta - e sonha com um mundo onde ele é branco, limpo e visível. Mas nada disso importa para Amélia, ela queria mesmo é ter nascido homem, imagina sua barba no espelho todas as manhãs e come outras meninas de vez em quando, mas elas nunca entendem, talvez nem ela entenda, talvez não seja preciso entender, a racionalização do corpo é uma falácia mais dolorosa do que a entrega às suas demandas. Saiu no jornal, estamos adoecendo, estamos caindo, estamos entrando em guerras nucleares internas e provocando uma cadeia de micro-colapsos implosivos. Eu nunca tinha visto um formato tão individualista de se cometer genocídio. Como pensar esse tipo de comportamento pelo viés psicoterapêutico sem cair numa patologização da vida? Seria a patologia a nova regra e, por isso, deveríamos nos isentar dessas terminologias e olhar a situação por um ângulo menos fetichizado? Fomos todos seduzidos pelos prefixos diagnósticos da psiquiatria, mas dar nome aos bois não elimina o problema. Dizer que o menino comete delitos porque a ausência do pai o isentou da noção da importância da lei não faz com que as unidades educacionais se esvaziem, é preciso dar voz aos mudos, ouvidos aos tagarelas. A ciência anda carregada de orgulho e a psicanálise não abrange a vida, assim como qualquer outra teoria. Chore suas mágoas em seu lenço caro, reserve a suíte presidencial do hotel mais caro do centro da cidade e arremesse o seu corpo flácido e já decrépito ao horizonte azul e cinza da tela da paisagem urbana. "A nossa tarefa é confortar o sujeito, sempre que possível", em tempos de apatia generalizada, ouvir já provoca o efeito de um abraço caloroso, mas toques podem gerar processos, cuidado! Basta ler o jornal, a vida enlouqueceu e , embora a sua loucura não seja nada doentia, estamos a mantendo sedada, no ato mais imbecilizado de nossas humanidades desumanas.
Duda Checa
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_Não faço ideia do que você precisou passar para chegar até aqui,ou das lutas que precisa enfrentar todos os dias por simplesmente ser quem é, mas de uma coisa tenho absoluta certeza.....
Você é mais capaz do que imagina! Se está aqui, é porque fez tudo que estava ao seu alcance! E, no fundo, algo me diz que você não quer parar! Talvez só esteja com receio do que irão falar! Mas, e se você não tentar? O que poderá dizer a si mesma depois?
_ O Horizonte Mora Em Um Dia Cinza
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Nos blocos de Carnaval, um Brasil se (re)encontra
Se eu morrer amanhã, e um filme com os melhores momentos da vida passar pela minha cabeça, creio que nenhum estará relacionado às horas presas no trânsito, no escritório ou mesmo em bate-bocas com quem sequer conheço na internet.
Assim, de supetão, e sem a suspeita iminente do fim (até onde eu sei ou ao menos até o fechamento deste post), teria dificuldade de montar a seleção definitiva das cenas, mas posso dizer, sem medo de errar, que qualquer uma delas estará relacionada a um encontro e suas múltiplas reedições – os reencontros – com amigos, amores, lugares, paisagens, músicas, autores, ideias.
Uma festa de carnaval é uma profusão de encontros e não só de sons e cores. Dificilmente desfilamos a sós. Combinamos com amigos, preparamos fantasias, atualizamos personas, e contabilizamos, a partir dali, abraços com novos e velhos conhecidos que fazemos pelo caminho enquanto celebramos um estado geral de euforia.
Mas que euforia é essa?. E para que?, perguntariam os incrédulos, como se ela necessitasse uma razão utilitária, sempre, para explodir.
É difícil explicar quando tomamos parte da festa. E impossível entender quando jamais participamos dela.
Por motivo de força maior (gravidez, criança recém-nascida, gripe, plantões) passei alguns anos sem ver o carnaval a não ser pela tevê (aliás, eu nunca entendi a audiência da festa, se quem está em casa, imagino, está justamente fugindo da folia, mas isso é outro assunto).
Neste ano, combinei com alguns amigos e fui assistir à passagem de um bloco, organizado por outra amiga, em Vinhedo, no interior de São Paulo, o Bloquete.
Choveu torrencialmente no horário em que a festa deveria começar. Ficamos abrigados sob o toldo de uma loja de fantasias. De lá, vimos a correnteza levar embora até mesmo os cones de trânsito. Parecia varrer também a empolgação.
Quando a chuva apertou novamente, voltamos para o carro. Éramos seis pessoas enfurnadas num espaço onde mal dava para erguer o dedo indicador e conferir outros foliões frustrados na página oficial do bloco no Facebook. Até que alguém resolveu colocar as músicas de antigos carnavais no aparelho de som, e o carro começou a balançar sozinho, para quem olhava do lado de fora, em meio à enxurrada.
Quando a tempestade virou um chuvisco, dezenas, talvez centenas de foliões começaram a sair da toca, dos carros, dos toldos, das marquises. Uma bateria ao fundo começou a tocar e, no exato instante, uma fresta de céu claro despontou; no meio dele, um imenso arco-íris se abriu. Até a cerveja, aquecida no calor do carro, desceu mais leve.
Quando o bumbo replicou, senti na boca de estômago a presença de encontros antigos. Tinha algo de memória ali – os primeiros dias de namoro, no carnaval do antigo clube da nossa cidade, o cheiro peculiar das multidões, as cores, as permissões, as quebras de rotina e de padrões de vestuário, comportamento, linguagem corporal - aquela perdição de quem teme tanto se perder nos caminhos de sempre de volta para casa.
Mas havia ali também um rugido ancestral, algo que existia antes mesmo de eu nasceu e que de alguma forma fazia parte de mim, da minha história – eu, como tantos ali, brasileiro como um batuque.
Ainda assim, algo soava diferente de outros carnavais. Não estava no clube, onde apenas associados poderiam circular; estávamos numa praça, a céu aberto, no centro da cidade, sem qualquer teto ou mediação entre a rua e a chuva, o arco-íris e o sol de fim da tarde que voltava a esquentar.
Lembrei de como, ainda novo, comecei a cumprir horários, tabelas, padrões em uma baia onde me sentava para trabalhar no início da tarde e de onde saía sem saber como e onde a tarde tinha se acabado. Nos dias de folga, perto das seis, parava o que estava fazendo, evitava lugares fechados, como cinema, e corria para ver o céu, como numa música do Cartola (geralmente ouvindo Cartola).
Fazia isso, inclusive, quando pegava o ônibus para visitar meus pais, no interior, e destoava dos outros passageiros incomodados pela fresta de luz entre as cortinas escuras; vinha, em vez disso, com o rosto colado ao vidro, fritando com o sol que quase nunca via. Devia ser algum distúrbio relacionado à ausência de vitamina D. Era assim que viajava.
Aquele mesmo sol, agora sem a mediação de vidros ou salões, acompanhava a passagem do bloco pelo centro de uma cidade cujas alegorias, as fixadas nos outros dias do ano, não pareciam visíveis em condições normais de pressão, temperatura e horas marcadas.
O que se celebrava ali, e isso estava no DNA da euforia, era a possibilidade do encontro numa cidade, como tantas outras cidades, mediadas por muros, padrões, etiquetas, formalidades – tudo interrompido por um instante de festa, a suspensão fantasiosa de que aquela praça era de todo mundo, e por ser de todo mundo podíamos caminhar e encontrar um pouco de tudo em poucos metros: crianças, idosos, casais dançando, um mendigo, tocando triângulo, num ritmo à parte do ritmo oficial, e nem por isso menos caótico; os amigos que andavam sumidos, os amigos que estavam com a gente até outro dia, a praça que a gente nunca tem tempo de olhar direito, de circular, de pisar sem o risco de ser atropelado, pelos automóveis, pelo tempo, pelos compromissos, pelos padrões, os padrões que limitam o convívio a um confinamento inevitável, à redução de horizontes, à impossibilidade de encontro. À percepção da vida, enfim, como a arte do encontro, embora houvesse tanto desencontro, pontuava Vinícius de Moraes.
“Somos um nessa grande poeira”, dizia a música-tema do bloco neste ano. Fazia sentido.
Há quatro ou cinco anos era impossível imaginar uma manifestação daquela no meio da rua, seja naquela cidade ou na metrópole até outro dia conhecida como túmulo o samba.
Era impossível pensar em festa a não ser aquela que a gente paga a entrada, paga em prestações, paga em viagens para lugares distantes para deixar de ver o que vemos todos os dias sem educar o olhar e ver de perto o que evitamos ao longo do ano, os espaços abertos, o compartilhamento (de refrões, abraços, ritmos, andanças) com desconhecidos.
Há quatro ou cinco anos ninguém imaginava também que crise econômica se assentaria com tanta força naquelas mesmas cidades. E que ela destamparia um rolo compressor de ressentimentos baseados em discursos excludentes, destrutivos, limitadores de horizontes em que cada um é a empresa de si, cada um é gestor do próprio sucesso, do próprio muro, do próprio estrangulamento, da própria área VIP, do próprio camarote, da própria área gourmet.
O outro, o desconhecido ou o (muito) conhecido, nos despossui, nos coloca em risco, nos leva a perder certezas, seguranças, referências; então nos fechamos, nos trancamos, erguemos muros, nos protegemos, restringimos o convívio; não pensamos em crise, adoecemos, diminuímos.
O país inteiro que foi às ruas compartilhar sua alegria nesses últimos anos, especialmente no carnaval em 2017, é um país inteiro que está brigando para não morrer na mediocridade dos dias.
Não parece um acaso que, enquanto engravatados se trancam em gabinete nada arejados para discutir a própria sobrevivência, um país inteiro ia às ruas, sem o medo de viver ou se perder, como em anos anteriores, para lembrar que estamos vivos, que nossas cidades estão vivas, e que não há nada a temer debaixo do sol ou da lua nem sob as fantasias, as cores e cantos daquilo que nem sempre podemos ser.
A passagem dos blocos carnavalescos é a prova de que podemos existir sem nos destruir, sem ser destruídos no cinza-chumbo do concreto e do asfalto. Que podemos celebrar nossas presenças e de lá buscar a força criativa que nos leva a pensar fora das caixas de comportamento, padrão e identidade. É essa suspensão de uma realidade embrutecida que permite imaginar saídas para a própria realidade.
O Brasil, afinal, não é um país alegre. Pelo contrário: um relatório da Organização Mundial da Saúde aponta que temos a maior prevalência de depressão da América Latina: 5,8% da população, ou 11,5 milhões de pessoas, segundo noticiou a Deutsche Welle. No ranking mundial, o Brasil ocupa o terceiro lugar.
Somos, além disso, campeões mundiais de casos de transtorno de ansiedade (9,3% da população, ou 18,6 milhões).
Isso sem falar da violência, dos lastros da escravidão, dos regimes autoritários, da destruição ambiental, da democratização mambembe que fingimos engolir em explodir. Somos um país de contrastes, e é esse contraste que faz de uma festa popular - um lugar sagrado para repensar e ressignificar nosso convívio e nosso espaço - um grito de resistência.
“O samba é o pai do prazer. O samba é o filho da dor. O grande poder transformador”, dizia a música cantada por Gil e Caetano.
É no contraste, típico dos reencontros dos carnavais, que nos reeducamos e reparendemos a olhar - e quem sabe, um dia, a conviver.
Foto: Ricardo Tardelli
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Não há como negar: o amor não existe em SP, mas transborda no Rio
Não foi por mero acaso que Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Lúcio Cardoso, Ferreira Gullar, Vinicius de Moraes, Chico Buarque de Hollanda, Tom Jobim, Heitor Villa-Lobos, João Gilberto, Maria Bethânia, Dorival Caymmi, Cazuza, Renato Russo e quase todo o cânone poético-literário-musical de ontem, hoje e agora escolheram o Rio de Janeiro, e não São Paulo, como sua morada. Não listei aqui os artistas plásticos e arquitetos. Listas são sempre enfadonhas se extensas por demais.
Sou um cidadão paulistano, mesmo não tendo nascido aqui. Faz cinco anos apenas que fiz da cidade locomotiva a minha morada, mas sim, tornei-me um cidadão paulistano. Meu senso de pertencimento é aqui, nesta terra fria e impessoal, por razões do coração que nunca sabemos explicar; é aqui que me sinto em casa, na minha terra, no meu lugar. Fora da megalópole, se me perguntam de onde venho, sai do coração, e não da cabeça: “São Paulo”.
Sim, cidadão paulistano — aqui trabalho, aqui leio e escrevo, aqui estudo, aqui aprendi e aprendo (como não aprenderia em nenhum lugar do Brasil), aqui luto e lutei; vivi um duro e doloroso luto materno. Foi em meio ao barulho da Avenida Brigadeiro Faria Lima que recebi o telefonema mais duro de minha vida, anunciando a morte de minha mãe. Por consequência, conhecia um pouco também de uma morte em vida. Talvez seja uma boa definição para o luto: morremos, por um tempo, junto com quem amamos.
Eu não apenas morei e moro em São Paulo: vivi e vivo a cidade em sua carnadura de pedra, suas avenidas largas e mesmo assim inexplicavelmente engarrafadas — engarrafadas, não: intransitáveis, proibitivas à locomoção, a ponto de fazer seus cidadãos desistirem de ir a tal ou qual lugar, aceitarem tal ou qual trabalho dependendo da a distância a se percorrer entre um ponto e outro da cidade.
Não é medo da dificuldade. Em São Paulo e em seu bravo, assertivo, forte e resistente povo, o que não se tem é medo, preguiça ou insegurança: o paulistano tem de sobra, como nenhum outro povo que conheci na vida, força e coragem; ousadia e personalidade; rigidez e responsabilidade: só um tolo não vê isso.
O que leva à desistência na locomoção, nos destinos a se percorrer, no ir e vir, é a materialidade da impossibilidade: não há como chegar porque o tempo, os minutos, as horas não levam em conta a aspereza de São Paulo, sua exigência férrea, seu ar pesado, seu horizonte cinza, sua paisagem infrutuosa, seu cotidiano inóspito, sua aglomeração desumana, seu caos organizado: impossível que uma região metropolitana que ultrapassa os 20 milhões de pessoas seja organizada. O máximo a se fazer, resignada, porém bravamente, como fazem os paulistanos todos os dias, é organizar o caos e dar a ele uma rotina: não é salutar gastar cinco horas do seu dia no trânsito. Mas se assim é, assim se faz, sem reclamar. Se a multidão é incontável, filas podem dirimir, mas não eliminar o problema. Paulistanos são famosos por fazerem filas ou nelas entrarem e só depois procurarem saber a que se destinam.
Para ser turista, não tenho dúvida: se o sujeito é um pouco inteligente, se dotado for de algum bom gosto; se tem o paladar educado à percepção do que beira a perfeição; se é exigente na prestação dos serviços pelos quais paga preços insanos, São Paulo é a melhor cidade do Brasil. Mas para morar, fazer dela sua casa, algo que se chama de lar, é o pior lugar do mundo.
Em São Paulo tudo é para ontem. Aqui, o agora já é tarde. Pontualmente já é atraso. O perfeito tem falhas, pois alguém sempre poderia ter feito melhor. A exigência é gratuita, porque o que era para ser feito, mesmo feito, é cobrado diante da coisa feita, acabada, inteira. Claro. Outro poderia ter feito melhor, mais rápido, e avançado em inventividade no ato de fazer.
Não há cidadãos. São 12 milhões de funcionários que não trabalham para viver, mas vivem para trabalhar e esperar as férias, gozadas no exterior, em sua maioria, pela gigantesca classe média que pode pagar: paulistanos não tem curiosidade pelo Brasil, pois sentem e sabem: vivem em um país particular, que de Brasil tudo e nada tem ao mesmo tempo, em todo canto, todo bairro. Como diria Caetano Veloso, escrevendo do Rio: “São Paulo é como um mundo todo”.
Só a poesia concreta, que se supôs matematicamente realizável, haveria de ser concebida em São Paulo. E não foi. Só mesmo os versos duros de Mário de Andrade — que dizia amar com ódio a cidade que cantou como nenhum outro poeta conseguiu cantar — foram possíveis de cá serem feitos. Só aqui a ousadia que beira a deselegância de um Oswald de Andrade seria vista como inventividade e não insanidade. Só aqui o clássico Theatro Municipal seria cenário para a semana do anticlássico.
Em São Paulo, não há espaço — e nem tempo — para paredes com retratos de Itabira, quanto mais para meditações poéticas diante de tais espaços e retratos: não há tempo para recordar. Não há boêmia lerda e sôfrega, informal e sem pressa para Pasárgadas: sem tempo para sonhar. Sem espaço para o espaço: tudo ocupado está. Não há espaço para a respiração poética em São Paulo, só para romances que miram, à distância, para si mesmos, em autoficções pouco inventivas, restritamente criativas, longínquas dos requebros linguísticos de João Guimarães Rosa ou da secura poética de um Graciliano Ramos e dos enigmas de Clarice Lispector. Claro, Lygia Fagundes Telles está aqui, mas sempre cortejada — e gostando de ser cortejada — pelos colegas do Rio que a laurearam na Academia Brasileira de Letras.
Aqui, na cidade das madrugadas-rondas que terminam em assassinatos na Avenida São João, romances são pensados como maquinarias de rocamboles folclóricos, escritos em 30 dias, e têm um ar forçado, quase monográfico, alçado à condição de monumento literário, enquanto se parece mais com um tratado antropológico. Jamais um “Casa Grande e Senzala” seria feito ao som das buzinas infernais das motocicletas que costuram um trânsito desordenado e selvagem. São Paulo é dura. De ferro.
Toleima pensar que essa geografia inóspita não atinge e contamina a sensibilidade de quem aqui vive. Toleima pensar que essa angústia de asfalto quente, mesmo quando úmido de garoa, seria terreno fértil para a sensibilidade desigual da poesia de Carlos Drummond de Andrade ou da música de Tom Jobim, do cantar de João Gilberto, da voz de Maria Bethânia, do milagre de Nara Leão, do sorriso de Vinicius de Moraes, das curvas de Oscar Niemeyer, das traduções humanas de Ferreira Gullar, resistentes graças ao sal do mar vislumbrado de uma janela de Ipanema, na América Latina.
Toleima pensar que a melodia de “Futuros amantes”, de Chico Buarque, surgiria das águas fétidas e quase sólidas do Tietê e não das águas que quebram nas pedras do Arpoador.
Por outro lado, toleima pensar que mentes racionais, hábeis e assertivas como as do mestre dos mestres, Antonio Candido, brotaria como um milagre da inteligência em outro ambiente menos exigente que o de São Paulo; os irmãos Campos, Davi Arrigucci Jr., Boris Fausto, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr., Fernando Henrique Cardoso, Florestan Fernandes — e os de hoje —, Philippe Willemart, Jorge de Almeida, Sandra Vasconcelos, Sandra Nitrini, José Miguel Wisnik, Alcides Villaça, Milton Santos, Roberto Schwarz, Marcus Vinicius Mazzari, Marilena Chauí, Alfredo Bosi, Yuri Cerqueira dos Anjos, Renato Janine Ribeiro e tantos outros: essa secura é fértil para essas inteligências hábeis e estranhas, poderosas e resistentes. Talvez apenas em São Paulo se poderiam conceber interpretações, traduções, ensaios de envergadura internacional tão ousados do que, curiosamente, foi produzido em sua maioria ao som do mar do Rio de Janeiro, como fez Schwarz, o maior intérprete do carioquíssimo Machado de Assis, o maior brasileiro que já existiu.
O Rio também tem seus medalhões intelectuais. Otto Maria Carpeaux por si só dá conta do recado e faz do Rio um cérebro brasileiro de respeito e envergadura universais. Mas chega de listas. O fato é: a cidade para se fazer arte, no Brasil, foi, é e continua sendo o Rio de Janeiro. Palavra de quem viveu. De quem vive, experimentou e experimenta as duas cidades quase ao mesmo tempo.
Viver na ponte aérea é uma experiência excêntrica: uma metamorfose acontece entre os aeroportos de Santos Dumont e Congonhas. No caminho contrário, a metamorfose se desfaz. Ou se refaz, ou se mistura e nos tornamos, como disse Cazuza, “brasileiros”.
É como se o Rio fosse o coração e São Paulo, o cérebro.
Isso, claro, é uma simplificação. Esse texto é reducionista ao extremo. Reduz um país enorme, diverso, plural e lindamente colorido ao eixo Rio-São Paulo, eixo que setorizou e (mal) distribuiu o desenvolvimento pelo Brasil; mas a metáfora geográfica, se nos permitirmos falar sem pensar muito — por um instante só, nesse momento em que o politicamente correto é tão necessário —, não temos como negar: não existe amor em SP, mas no Rio ele transborda.
Não há como negar: o amor não existe em SP, mas transborda no Rio publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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Inaugurada em tendas improvisadas no final do século XIX, a Santa Casa é referência em oncologia, oftalmologia e cirurgia cardíaca pediátrica pelo SUS. Apesar de atender muitos pacientes do interior, não recebe, há anos, repasses da administração estadual. Hospital mais antigo de Belo Horizonte completa 120 anos Patrícia Fiúza/G1 A pintura desgastada da fachada em tons de azul e cinza, revitalizada pela última vez há quase 30 anos, esconde as várias histórias e a grandiosidade de um dos prédios mais tradicionais da capital mineira. A Santa Casa de Belo Horizonte, que completa 120 anos nesta terça (21), é o primeiro hospital da cidade. Inicialmente improvisado em barracas de lona, hoje possui 35 especialidades médicas e 971 leitos. Por ano, são 2,6 milhões de atendimentos, entre cirurgias, exames e internações. Criada apenas dois anos após a construção de BH para atender à demanda provocada por um surto de varíola, a instituição tinha um atendimento ainda precário, prestado por médicos que vinham, na maioria das vezes, de outras regiões do país. Debaixo das tendas, milhares de pacientes, muitos operários que ajudaram a construir a cidade, eram socorridos. Eram pessoas sem condições financeiras para arcar com tratamentos de saúde Durante os primeiros anos, as consultas eram com médicos generalistas. Em 1912, foi implantado um dos primeiros serviços especializados, de oftalmologia. Pouco depois, foi inaugurada a maternidade Hilda Brandão e, em seguida, dois galpões para socorrer pacientes com doenças respiratórias e tuberculose, em 1916. Na mesma época, foi implantado ambulatório para atendimento a pacientes com hanseníase. De acordo com o ouvidor da Santa Casa, Manoel Hygino, foi também na instituição que começaram pesquisas sobre câncer no Brasil e onde começou o primeiro Instituto de Câncer . “Era tão importante a iniciativa que a Madame Curie veio em 1920 para lançamento da pedra fundamental. Três anos depois, começou a atender população carente”, contou o escritor. Atualmente, o hospital continua como um dos destaques em tratamento oncológico, cirurgia oncológica pediátrica, radioterapia e quimioterapia para crianças e adolescentes até 17 anos. Só para se ter uma ideia, ao final de cada mês, são mais de três mil sessões de quimioterapias realizadas. Kempson da Silva, de 10 anos, é uma das crianças em tratamento contra a doença. Ele está internado há dois anos. Para amenizar a rotina tão difícil, o garoto recebe visitas da irmã mais nova e tem aulas com a professora municipal Jancelayne Desire Martins. “Aqui, a criança escolhe que atividade quer fazer. Tem o tempo dela. O importante é tentar estabelecer aqui uma rotina que contribua para o tratamento”, disse. Para amenizar a difícil rotina de mais de dois anos de tratamento contra o câncer, Kempson tem aulas dentro do hospital. Patrícia Fiúza/G1 O prédio de 14 andares onde hoje funciona o hospital só foi projetado na década de 40 pelo arquiteto Raffaello Berti, e se destacou, na época, pelo estilo moderno. A iniciativa da construção partiu do então provedor, José Maria Alkimim, que queria um espaço adequado para ampliar os serviços já oferecidos. Prédio onde hoje funciona hospital foi projetado na década de 40, pelo arquiteto Raffaello Berti Arquivo/Santa Casa Ainda na década de 70, o hospital realizou o primeiro transplante, de córneas, um dos grandes trunfos da instituição. Em pouco mais de quarenta anos, adicionaram-se a lista de procedimentos transplante de fígado, rins, medula e, em janeiro deste ano, o primeiro de coração. Em 2018, foram 283 procedimentos, sendo 21 de fígado, 59 de rins, 104 de córnea. A moradora de Nova Serrana, Vânia Ribeiro Baesse, é um dos pacientes que teve o fígado transplantado. Ela disse que sentia muitas dores e que apareceram alguns nódulos no fígado, mas na cidade onde mora, os médicos não descobriram o que era. Transferida para a Santa Casa, foi diagnosticada com tumor e, em três meses, fez o transplante. “Até os médicos surpreenderam. Minha recuperação está ótima”, disse otimista. Finanças Todos os atendimentos da Santa Casa BH são pelo SUS e dependem de repasses dos governos e de doações. Embora não tenha revelado valores, o hospital afirmou que tem realizado empréstimos constantes para se manter funcionando e para pagar os salários dos funcionários em dia. Segundo o diretor de assistência à saúde e diretor técnico Guilherme Riccio, a Santa Casa conta com 94% de receitas provenientes do governo federal. Os outros 6% são de repasses do governo de Minas Gerais e da prefeitura de Belo Horizonte. Apesar de ter pelo menos 47% de pacientes vindos do interior, o local não tem recebido repasses do governo do estado. Atualmente, a dívida chega a R$38 milhões. “Nos últimos quatro anos não recebemos nada por parte do governador. A prefeitura, pelo contrário, tem sido grande parceira, embora os valores estejam defasados”, disse. Mesmo diante das dificuldades financeiras, a Santa Casa garante que nenhum serviço foi prejudicado. “A participação da sociedade organizada na construção e manutenção do hospital público é muito importante. No Brasil, teimamos em deixar esta responsabilidade por conta do governo. A Santa Casa tem importância em toda a sociedade. Quem pode ajudar, deve fazer para manter viva uma instituição como esta”, concluiu. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde disse que herdou um rombo de R$34,5 bilhões e que tem priorizado "a busca pelo atendimento das demandas em atraso relativas à saúde. O estado reforça a necessidade de um ajuste fiscal (...)". Quem faz a história O G1 passou uma manhã na Santa Casa para conhecer algumas histórias e curiosidades que estão por trás dos 120 anos do hospital. Leia abaixo: Manoel Higyno dos Santos, jornalista e ouvidor da Santa Casa Manoel Higyno é autor de pelo menos 15 livros sobre o hospital Patrícia Fiúza/G1 Em um espaço onde antes funcionava uma antessala do antigo bloco cirúrgico da Santa Casa, trabalha o escritor Manoel Higyno. Aos 88 anos, ele soma 20 na função de ouvidor. É ele quem acolhe as reclamações, sugestões, encaminhamentos e presta esclarecimentos aos pacientes. “Muitos deles são pessoas humildes, que vêm de longe, não conhecem a capital, nem como funciona o Sistema Único de Saúde. Nós é que damos as orientações”, explicou. Mais do que receber e prestar informações ao público, Manoel Higino é um profundo conhecedor da história do hospital. Conversar com ele é dar um passeio no tempo numa narrativa cronológica de impressionar – Higyno guarda cada uma das datas e dos destaques do lugar. O escritor, que é membro da Academia Mineira de Letras, dedicou pelo menos 15 livros exclusivamente sobre a instituição e sobre os profissionais que passaram ali, como Juscelino Kubitschek, Pedro Nava e Odilon Behrens. O próximo a ser lançado será o do 120º aniversário. Logo ao lado da sala de seu Manoel, há uma antiga sala onde eram feitas as cirurgias, com equipamento médico de época. “Vamos criar aqui um centro de memória, com arquivos e histórias”, contou com orgulho. E finalizou: “Esta é uma causa legítima, bonita. E ajudar as pessoas é muito bom. É muito incentivador continuar e terminar a vida numa missão tão nobre.” Filomena Camilo, pediatra Dra. Filó é uma das pediatras que lidam, diariamente, com a dor e a ansiedade dos pais que têm filho no CTI Patrícia Fiúza/G1 A pediatra Filomena Camilo do Vale, conhecida como Dra Filó, trabalha há 26 anos no CTI infantil da Santa Casa. Ela ficou muito conhecida depois que um vídeo de uma de suas palestras viralizou nas redes sociais. “No início, fiquei apavorada com esta repercussão. Sinto uma responsabilidade muito grande, porque há uma expectativa muito grande em relação ao que vou dizer”, desabafou Dra Filó. Mas bastam alguns minutos com a médica para entender porque suas palavras ganharam um alcance tão inesperado. De olhar sempre sereno e reflexões certeiras, Dra Filó tem habilidade ímpar em confortar pais e mães durante as manhãs de árduo trabalho no hospital. “Mesmo que exista uma incerteza sobre o futuro, digo que o CTI não é lugar de morte, mas lugar de vida. Só pensamos na vida quando estamos mais próximos da morte”, refletiu a pediatra. O CTI da Santa Casa tem cerca de 20 leitos e quase sempre estão todos cheios. “Difícil um leito deste aqui ficar vago, porque são poucos hospitais do SUS com esta estrutura.” De fato, a estrutura chama a atenção. Muito além dos leitos, existe uma equipe multidisciplinar, com médicos, psicólogos, fisioterapeutas e enfermeiros, que conhecem, com detalhes, nomes e histórias de cada paciente. Tudo para garantir que este momento tão difícil seja o mais tranquilo e acolhedor para as crianças e suas famílias. Entre as vinte crianças e jovens de zero a 17 anos que estão internadas, a maioria é por pós operatório cardíaco, uma das especialidades da Santa Casa. São crianças que estão em situação muito delicadas, que podem estar muito bem na parte da manhã, mas podem ter piora do quadro na parte da tarde. Uma das prioridades de Dra Filó e de sua equipe é humanizar a morte. “Aqui não se morre só. Quando a gente vê que uma criança não vai mais sobreviver, a gente chama os pais, os tios ou até a gente mesmo acompanha o fim da vida daquela pessoa. Ninguém morre só aqui. É importante que esta criança esteja do lado de quem ama para dizer: obrigada’.” “Lidar com a dor e o sofrimento do outro não é brincadeira, não. Quando a mãe interna uma criança, entrega para a gente o que tem mais de precioso, que é seu filho”, comentou Dra Filó. “Por isso, sempre digo que no CTI vão aprender algumas coisas. A primeira é que todos nós devemos viver um dia de cada vez. Mas estes pais vão viver uma manhã, uma tarde e uma noite de cada vez. Outra coisa é: nada é seu; só os pecados. Seus filhos não são seus. Seus filhos foram dados por Deus para que nos ensinasse algo”, concluiu. Eliseu Custódio, fundador Instituto Hahaha Se a missão de os médicos é trazer vida aos pacientes, de Eliseu Custódio e dos outros cinco palhaços do Instituto Hahaha é trazer leveza e muita alegria. O artista começou a atuar como palhaço na Santa Casa há doze anos; há sete como Instituto Hahaha. Na ala da pediatria, o trabalho é feito duas vezes na semana. Os palhaços se passam por médicos, interagem com as crianças e até com os próprios profissionais. “O mais interessante é que criamos vínculos. Os profissionais, como médicos e enfermeiros, entram na brincadeira e se tornam parceiros também. Isso é muito importante”, disse. E ser palhaço não é uma tarefa simples, não, garante Custódio. Durante a visita à Santa Casa, na última semana, um processo seletivo era realizado com vários artistas. “São as crianças que vão escolher aquele palhaço que eles querem. É através da reação delas que vamos saber quem vai atuar com a gente no hospital”, afirmou. Sobre o trabalho de fazer crianças sorrirem em meio a dor e, muitas vezes, em meio a dias difíceis, ele garante: “Quando a gente vê estas crianças sorrindo, a gente vê que o humor é fundamental para revitalizar. Alegria faz parte da vida, faz parte do tratamento”. As voluntárias da Avosc (Associação das Voluntárias da Santa Casa) Entre outras ações, as voluntárias da Santa Casa doam medicamentos aos pacientes em tratamento contínuo. Patrícia Fiúza/G1 Quase tão antiga quanto a Santa Casa é a Associação das Voluntárias, que tem um espaço modesto dentro do próprio terreno do hospital. Fundada há 48 anos, a Associação ganhou todo o apoio do então chefe da clínica de pediatria, Manoel Firmato para se consolidar. As fundadoras eram 24 mulheres, que se solidarizaram com a situação das crianças internadas no local. Na época, os meninos e meninas só recebiam visitas duas vezes por semana. Estas mulheres, então, resolveram doar tempo e carinho às crianças. Hoje, a Associação é composta por 147 voluntárias em todos os andares; cada uma em um setor. A Avosc é responsável por fornecer pijamas, chinelos, roupas e fraldas aos internados. Também oferece medicamentos para que os pacientes continuem o tratamento em casa. As voluntárias também costuram as roupas de cama e camisolas do hospital e promovem curso mensal a gestantes, com fornecimento de enxoval às mães que não têm condições financeiras. A Avosc ainda paga pensão e vale alimentação a familiares e pacientes que vêm do interior e não têm onde ficar. Oferecem, ainda, bengalas, muletas e cadeiras de rodas. As voluntárias ainda dão apoio emocional e fazem companhia aos pacientes. É o caso da Maria Leonídia, que é voluntária desde 2013 na área de oncologia pediátrica. “Era meu sonho de vida. A criança com câncer não sofre como o adulto, porque não tem noção do estado de saúde dela. Se não tem dor ou febre, ri, brinca e pula como qualquer outra. Eles são interessantíssimos, fazem a gente rir também”, disse. O voluntariado é levado tão a sério que só entra quem é indicado, segundo a assessora da diretoria, Glória Lins Brandão. “A candidata ainda precisa passar por um estágio e, só se for aprovada, é que passa a ser voluntária. É observada a conduta com os pacientes e a adaptação da pessoa. Para se manter, é preciso dedicar três horas durante dois dias na semana”, afirmou. Até folha de ponto as voluntárias precisam assinar. Para a associação se manter, as voluntárias fazem uma contribuição mensal, contam com apoio financeiro de outras pessoas e promovem bazar, com roupas doadas. “Sabe aquele sapato ou aquele vestido que você tem em casa e que não usa mais? Traga para a Avosc, que isso pode virar remédio”, pediu Maria Leonídia. Geovana Paula dos Reis, paciente Geovana dos Reis é paciente em tratamento prolongado na Santa Casa Patrícia Fiúza/G1 O rosto delicado é de uma jovem vaidosa de apenas 22 anos. Mas a feição contrasta com a história e a força que Geovana carrega. Ela está em reabilitação há sete meses por causa de um tumor benigno na coluna. Chegou grávida, com fortes dores e até dificuldade para caminhar. A filha, Luiza, nasceu com 25 semanas e 835 gramas. A menina está na UTI neonatal e já chegou aos 2,7 quilos. Mas teve infecção bacteriana no pulmão prematuro e ainda tem dificuldade de respirar. Geovana tem esperanças: “Só saio daqui com minha filha nos braços”. Geovana morava no Rio de Janeiro e trabalhava como ascensorista quando começou a sentir fortes dores nas costas. Após um espirro, travou a coluna e não conseguiu mais andar. Fez tomografia e descobriu a gravidez. Junto com a alegria de ser mãe, recebeu a triste notícia de um tumor benigno, tomando conta da sua coluna, que comprimiu os nervos da perna direita. Em outubro, ela foi levada para o hospital Santa Casa de Barbacena, cidade vizinha à que sua família mora. Os médicos de lá diziam que ela não teria chance de ter a filha. Em dezembro, conseguiu vaga na Santa Casa de BH, onde a equipe médica a acolheu e garantiu o nascimento de Luiza. Desde então, quem a acompanha é a mãe Elizangela dos Reis. Para ficar com Geovana, Elizangela deixou para trás outros três filhos, sendo um de criação. Só foi em casa uma única vez, em dezembro. “É um sofrimento ficar longe, mas ver o milagre acontecendo com minha filha também traz satisfação grande”. Vanessa Vargas Pena, maestrina, e seu Coral 'Ver que a música faz com que a rotina seja mais leve é muito bom' Patrícia Fiúza/G1 Quem anda pelos corredores da Santa Casa às sextas-feiras, bem no horário do almoço, pode escutar, de longe, as vozes do Coral. São funcionários que fazem uma pausa na rotina puxada dos mais diversos setores, do administrativo à UTI, para cantar. Ao grupo, juntam-se aposentados. São cerca de 20 coralistas, de faixas etárias variadas. Vanessa é maestrina do coral da Santa Casa há dez anos. Ela diz que começou com um convite do provedor do hospital e, hoje, é uma satisfação levar música a um ambiente tão inusitado: “Para mim, é gratificante ver a satisfação não só de quem escuta, como também dos cantores. Ver que a música faz com que a rotina seja mais leve é muito bom”, disse. A aposentada Clélia Nunes deixou de trabalhar na Santa Casa há 15 anos, mas há três voltou a frequentar o ambiente graças ao convite de uma colega para participar do coral. “Adoro cantar e sempre gostei de trabalhar aqui. Então, resolvi voltar”, afirmou. A gerente de desenvolvimento de RH Elizabeth Pereira reforça que a música quebra a rotina. “A gente não vê a hora passar”, concluiu.Fonte: G1
http://www.conjuntosatelite.com.br/2019/05/hospital-mais-antigo-de-bh-faz-120-anos.html
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