#Números angelicais
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Anjo Número 2716: Significado e Mensagem Espiritual
O Anjo Número 2716 é uma poderosa mensagem dos reinos espirituais que nos guia na jornada de autoconhecimento e transformação. Quando você vê essa sequência numérica, os anjos estão comunicando algo importante relacionado ao propósito de sua vida e à forma como você pode atingir seus objetivos. Neste artigo, vamos explorar o significado do Anjo Número 2716, seu impacto na vida espiritual e como…
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Jogadores do Flamengo as Divas do Gothic e Symphonic Metal - Parte 2
David Luiz as Liv Kristine (Theatre of Tragedy, Leave's Eyes, Solo)
Além da vasta cabeleira, a semelhança entre os dois é assim como a do Filipe Luis com a Anneke, a bagagem de carreira e a capacidade de adaptação a novos ambientes. Digamos que o David Luiz dançando sensualmente no trio elétrico é equivalente a Liv Kristine saindo do doom gothic dos três primeiros álbuns do Threatre of Tragedy pra fritar horrores na era industrial dos álbuns Musique e Assembly
Arrascaeta as Vibeke Stene (Tristania, Veil of Secrets)
Além da beleza estonteante, o uruguaio e a norueguesa se destacam pela presença marcante que possuem em suas posições, ele como meio campista e ela como a voz lírica angelical de sua banda, tanto que nenhum dos dois conseguiram substitutos a sua altura. Muita coisa desanda no Flamengo na ausência do uruguaio. Muita coisa desandou no Tristania com a saída de Stene.
João Gomes as Simone Simons (Epica)
Tanto o João quanto a Simone começaram ainda bem jovens. Em 2003, com apenas 17 pra 18 anos, Simone Simons mostrou que era pitbull de raça e que a base vinha forte no metal sinfônico, não fazendo feio para as mais veteranas. Ambos não precisaram de muito tempo pra mostrar que idade é apenas um número.
Pedro Guilherme as Sharon Den Adel (Within Temptation)
Dois seres muito puros e angelicais. Mas não se engane, quando nosso queixada entra no campo e quando nossa Mãe Terra sobe nos palcos, o que vemos são dois 9 bolados.
Arturo Vidal as Clementine Delauney (Visions of Atlantis, Exit Eden, Serenity)
Embora não sejam novidade em seus segmentos, tanto o chileno quanto a francesa trouxeram sangue novo para ambas as cenas em que atuam nos últimos anos. Pirates foi uma surpresa tão bem vinda para o symphonic metal assim como a chegada de Vidal foi para o Flamengo.
Confira a Parte 1
#flamengo#david luiz#de arrascaeta#joao gomes#pedro guilherme#arturo vidal#liv kristine#vibeke stene#simone simons#sharon den adel#clementine delauney
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Por Amor EU Encarno; por Amor Estou Consumido; por Amor EU Ascendo. Para implorar em seu nome. É sempre O Amor que reina nas Minhas Obras.
PARTE [01]
18 de maio de 1944
A Ascensão de Nosso Senhor, 8h (Hora Solar)
Enquanto oro, recebo a visão intelectual de um imenso Pano Púrpura que um número ilimitado de Anjos, permanecendo de joelhos em profunda Adoração, estendeu, segurando-o por uma de suas bordas (por assim dizer) sobre toda a terra.
Eu disse “Roxo” para indicar sua Cor. Mas é a mais bela seda de Cor Púrpura como um tecido de algodão de muito valor comparado a este material, que não é tecido, pois Meu Conselheiro interior me avisa que é o PPRECIOSÍSSIMO SANGUE DE NOSSO SENHOR, que os Anjos estendem continuamente por toda A Terra para que os seus Méritos desçam aos Espíritos e diante de toda a Criação para que esta Adore O Sangue que um DEUS derramou por Amor às suas Criaturas.
Não vejo mais nada.
Mas é uma Visão de tamanha beleza que absorve todas as Minhas outras sensações, anula A Dor intensa e o esgotamento físico, traz conforto a toda Esperança e reaviva toda alegria.
Contra aquele azul brilhante do Céu do Paraíso, comparado ao qual o nosso céu mais azul é um assunto monótono, erguem-se as chamas angelicais: Luzes incandescentes em forma humana, Pérolas e Prata fundidas e acesas para se tornarem as Aparências de corpos perceptíveis ao meu peso humano.
Aparências de uma beleza tão perfeita que envergonhavam as mais belas figurações artísticas. Melozzo e Angelico, Tiziano e Dolci, Perugino e Guercino, e todos os pintores de Anjos, se estão na Glória de Deus, devem ficar horrorizados consigo mesmos ao comparar essas perfeições angélicas com seus esboços disformes, até agora degradados em relação à nossa humanidade.
E, mais esplêndido que estas Safiras do Céu Celeste e estas Pérolas inflamadas dos Anjos, O Véu do Preciosíssimo Sangue, um Rubi que é fluido, um Veludo que é líquido, uma cor que é uma Voz, uma Voz que é GRAÇA. Graça para nós.
Eu olho e adoro. Até que JESUS Fale.
MARIA VALTORTA - CADERNO [02]
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busco um campo apenas com trevos de quatro folhas.
quero sorte descompassada, números angelicais estampados por onde quer que eu passe, quero os sinais de trânsito sempre verdes para mim. busco toda a sorte e o amor da vida única e essencialmente para mim. que o resto viva em las vegas afogando no próprio azar, encontrando o fundo de cada poço disponível! mas eu, senhores, eu mereço toda a sorte que houver no mundo.
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Capítulo 14- Calvário
Fanfic traduzida da original “Not so much falling, at first” da @rjeddystone !
Lista de capítulos originais e traduzidos aqui
ALERTA DE GATILHO: Conflitos modernos e crimes de guerra, sangue, morte, fome, campos de internamento para refugiados, alusões a testes nucleares e pensamentos suicidas sob estresse.
***
Crowley se enganara sobre quanto tempo levaria para reunir todos aqueles cérebros , mas no fundo ele sempre foi um otimista. Ainda assim, os três não perderam tempo. A rede de Anathema começou uma pesquisa fervorosa, Crowley estocou giz e Aziraphale fez cálculos usando o que sabia das ciências atuariais do Céu. Este último item requeria o conhecimento profundo de como usar um ábaco, o que ele possuía.
Uma manhã, os estudos de Aziraphale o trouxeram para os livros da biblioteca novamente, e ele encontrou a página na segunda edição onde a nota de Raphael estava, ainda amassada e não lida. Levantando-se do sofá no apartamento de Crowley, Aziraphale passou pela cozinha e entrou pela porta do escritório.
Crowley estava empoleirado, não em seu trono, mas em um pequeno banquinho no chão em um canto, pairando como uma gárgula com dedos empoeirados sobre a Pedra em sua teia, e acenando com a mão de um lado para o outro, para mudar o espectro de uma estrela do tamanho de um punho. Ele moveu dois dedos para um lado e a cor mudou para um adorável azul gelo. Um fluxo de gases delicados flutuou em torno dele como fragmentos de seda.
Aziraphale prendeu a respiração e admirou-o, seu coração doendo de repente, mas completo. Ele segurou o livro contra o peito e decidiu que poderia esperar, só mais um pouco.
Apesar de sua imobilidade, os olhos de Crowley se levantaram um momento depois. "Algum problema, Anjo?" ele perguntou preocupado. Enquanto falava, sua mão comprida se esticou como por reflexo e segurou a pequena estrela em sua palma, como se para impedir sua queda.
"Não", disse Aziraphale e sorriu, apesar de suas preocupações. "Parece adorável."
"É, mas não vai parar arcanjos. E onde eu colocaria isso? "
"Nós poderíamos ter mais luz na sala."
"Humf", as sobrancelhas de Crowley se arquearam. Ele pareceu se aquecer com o pensamento, seus dedos dançando quase inconscientemente no ar para manter o minúsculo astro flutuando. Aziraphale não apontou a recomendação de Azazel sobre fazer apenas coisas que um humano faria com a Pedra. Ele conhecia a maioria dos humores de Crowley, e este era delicado demais para ser criticado.
"Vou tomar o café da manhã, certo?"
"Tudo bem."
Aziraphale fechou suavemente a porta do escritório e fez exatamente isso. Calcular quando o Fim (Parte Dois) ocorreria era claramente mais importante do que a carta de qualquer maneira, especialmente considerando as notícias ouvidas na frequência angelical (AM) pela madrugada.
***
Michael estava cansado. Mas não dos pesadelos.
Inferno, quer dizer, Lorde Beelzebub tinha ligado tarde [Nota da autora: porque, aparentemente, o bem também nunca consegue dormir].
O trabalho de Uriel e Sandalphon estava saindo pela culatra, elu dissera. O medo dos chamados desordeiros, combinado com economias tensas, estava fazendo com que alguns governos sem alma considerassem fazer algumas mudanças. Obviamente, os anjos eram bons demais em ser bons.
O primeiro impulso de Michael foi acusar e outre príncipe de fazer uma piada — de muito mau gosto — mas Michael não era impulsivo e, em vez disso, pediu friamente os detalhes. De alguma forma, explicou e Senhor das Moscas, os humanos conseguiram usar a Ira e a Cobiça para fazer pessoas más pensarem em fazer o bem. Algo precisava ser feito. Talvez adicionando Preguiça ou Inveja à mistura. Certamente eles precisavam interferir nas relações públicas, senão outra coisa.
Tal ideia nunca fora abordada por nenhuma política de condenação, Michael tinha certeza disso, mesmo que não conseguisse encontrar nenhum de seus tratados perdidos sobre o assunto. Era totalmente impossível. Os humanos faziam o bem ou o mal. Eles não podiam tirar algo bom de ambos.
No final, Beelzebub sugeriu que Michael entregasse o assunto ao Inferno, e Michael teve que concordar. Apenas para garantir que não fosse mesmo nenhuma influência etérea latente, Michael acelerou a papelada de transferência sob a disposição sempre útil (e vaga) de "tentação para provar os santos". Michael não confiava em ninguém além de si mesmo para arquivar esta papelada, e então a noite passou, assim como outro pesadelo.
Ele não duvidou. Anjos não duvidavam.
Terminou tudo uma hora antes do nascer do sol. Mas uma hora depois, ele ainda não tinha dormido.
Já era de manhã, hora padrão do Éden, e apesar de seu cansaço, Michael caminhou com Gabriel diante de fileiras de soldados com asas de pardal. Foi uma cena pacífica, apesar das espadas, lanças e alabardas. O mar de cristal cintilava atrás deles e o Trono distante pairava envolto em nuvens e silêncio familiar. Michael deixou seu olhar varrer as fileiras nervosas de anjos enquanto Gabriel, que se encarregava dos assuntos militares do dia-a-dia, caminhava um passo atrás, bem acordado e radiante.
Ele dizia: "Vocês, pardais, não têm nenhuma experiência em enfrentar um inimigo em solo. Os humanos são muito mais numerosos que nós, milhares para um. Sem mencionar " ele riu " vocês não fazem ideia de como lidar com uma evasão de enxofre. "
"Vamos guardar isso para mais tarde", disse Michael sério, enquanto alguns olhos piscaram de medo. "Mas espera-se que vocês mantenham suas asas em guarda no exercício de hoje. Obedeçam às ordens do seu capitão. Avancem, nunca recuem. "
"Além disso", disse Gabriel com o aceno de Michael, "vocês irão praticar ao lado de nossos novos aliados. Claro, nem sempre concordamos, mas enquanto eles estiverem dispostos a deixar o passado de lado para um bem maior, espera-se que todos mantenham a paz. "
"Não sejam descuidados", acrescentou Michael. "Esta é uma missão de libertação."
Ele e Gabriel pararam diante da fileira central, de costas para o trono. Os olhos de Michael vagaram para um soldado que ele estava acostumado a encarar por entre as fileiras. Ele notou que seus olhos verdes empalideceram em preocupação, mas não de medo.
Bom.
***
Beelzebub não costumava fazer discursos, mas memorandos internos se perdiam e as atualizações de comunicação do Inferno eram, na melhor das hipóteses, irregulares. [Nota da autora: os aviários ainda não tinham nem sido atualizados para pombos-correio.]
Felizmente, ao contrário do Céu, e príncipe tinha apenas dois demônios para informar sobre o "exercício de treinamento" daquele dia.
Infelizmente, um era Legion.
E príncipe reuniu os dois [Nota da autora: um termo muito vago no caso de Legion] no topo das inacessíveis alturas do norte que obscureciam Pandemônio. Aqui, os ventos gemiam acima dos planaltos sem sol, cheios de almas atormentadas de preguiçosos impotentes à deriva. Beelzebub explicou: "Lorde Gabriel fará uma visita à Ásia. Os senhores Abaddon e Mammon se juntarão a ele. Você irá saltar do outro lado do lago com o Príncipe Michael. "
Todos os dez mil membros da Legião vieram vestidos com armaduras estragadas pelas batalhas anteriores. Ele fez uma saudação elegante e pedaços delas retiniram.
"Vou servir à contento, sua Desgraça — não se preocupe — temos treinado para isso — desde a última guerra."
"Após a batalha, haverá um interrogatório pós-conflito para todos", acrescentou Beelzebub.
Elu não se concentrou em nenhum deles enquanto falava. "Fiquem entre os soldados de infantaria e ... integrem-se."
"Obrigado, sua Baixeza —estou muito — muito animado em ir para a superfície — sabe como eu sou, uma figurinha fácil", disseram outros poucos.
O outro demônio também ficou em posição de sentido, mas apenas quando algo sem pernas se levantou.
O Conselho das Trevas do Inferno geralmente se reúne no Abismo [Nota da autora: Algo tem que olhar de volta.] Mas hoje era um dia para impressionar, e esse senhor demônio se ofereceu como voluntário no ato. Lorde Amalek não ficava em sua forma favorita havia séculos, mesmo naquela época em que ele saíra de férias com a Guerra e a Poluição para as Ilhas Marshall. Ele parecia uma nuvem doentia e sempre exibia um tom branco nebuloso e indutor de dor de cabeça que desvanecia todas as cores. Sua aura ondulou com gritos silenciosos.
Beelzebub resistiu ao desejo visceral de gritar sob o efeito do que, tecnicamente, não era são. "Lorde Amalek", disse, "eu acredito que você estará no seu pior?"
A explosão estática de miasma terminou em: "SSCertlamente, prínsssscipe." Amalek fez uma reverência ao se retrair ligeiramente. Olhos pálidos como uma alfinetada se manifestaram como andarilhos em seu vazio já pálido. "Eu sssssserei apenas útil para nossos alliadosssss."
"Nosso Rei quer que eu lembre você de que o Príncipe dos Céus deve ter certeza de nossa lealdade e gratidão."
"Se nosso senhor mandar"— Mais uma vez, a estranha reverência — "Estou sempre ansioso para desssapontá-los."
***
Havia dois alvos. Um não chegaria à maioria das exibições públicas, mesmo para o público adulto, mas o outro ficava logo após a fronteira com o continente norte-americano.
O campo de batalha se estendia repleto de trincheiras pateticamente rasas, que ofereciam pouca cobertura, exceto por um arbusto ou rocha ocasional. As forças angelicais e demoníacas dirigiram-se para o outro lado, em direção a um vale empoeirado a oitocentos metros de distância. Na outra extremidade, tremeluzindo com o calor, pairavam as formas rígidas de um complexo militar.
Os anjos e demônios estavam em número semelhante contra seus inimigos, mas muito menos armados. Cruzando o vale a pé e em veículos vinham soldados, alguns com artilharia pesada e todos com muito mais balas do que os imortais para atirar. Helicópteros rugiram no céu meia hora depois. Esses soldados nunca tinham lutado contra inimigos alados antes, mas também não gostavam de fazer perguntas ou perder. As balas não pararam desde o meio da manhã.
Não pela primeira vez, Jaelle tentou não pensar em como descer tão longe do alvo os deixava vulneráveis a ataques. Ela tentou não pensar em como seria levar um tiro — ou morrer. Os anjos compartilhavam seus sonhos de alegria ou luto, mas como seria para mil anjos compartilharem um sonho como aquele?
Presentemente, ela e Matarael se jogavam no chão enquanto mais balas passavam raspando. Eles apoiaram seus escudos e se agacharam atrás deles. Os pés de Matarael escorregaram para trás quando uma salva de balas quase acertou seu calcanhar. "Eles não ficam sem balas nunca?" ele perguntou.
"Não dá pra falar agora, Mat."
"Você viu o Capitão Ariya?"
"Meio ocupada aqui, Mat."
"Abaixem-se, vocês dois!"
Eles viram a granada diante do demônio que a arremessou, e se achataram sob seus escudos enquanto ele, um dos Legion, se jogou do lado deles e cobriu a cabeça.
O outro lado da colina explodiu.
Os disparos instantaneamente diminuíram.
"Uau!" O demônio sorriu, erguendo os olhos enquanto a poeira baixava. A sujeira cobria seu rosto, mas seu sorriso brilhava. Ele usava um capacete com dois orifícios cortados na parte superior por motivos relacionados aos chifres.
"Hum, obrigada" disse Jaelle.
"Sem problemas." O demônio sacudiu a poeira de seu sobretudo manchado de óleo. "A gente tem que se proteger aqui, né."
Juntos, os três correram para o abrigo precário mais próximo pouco antes de outro ataque começar. Era uma pedra que mal era grande o suficiente para se esconderem atrás dela, no topo de uma encosta. Matarael pressionou suas costas contra a rocha e se atrapalhou com sua lança. Sua armadura tilintava toda vez que se movia, embora ele tivesse apertado os encaixes ao máximo. Observando-o, o demônio riu.
"Parece que você ainda precisa crescer e aparecer, júnior."
"Muito engraçado", disse Matarael.
"O que são algumas piadas entre amigos?" O demônio puxou outra granada de um cinto e pegou o pino entre os dentes. Com um puxão rápido, ele jogou o dispositivo parecido com uma pinha quase despreocupadamente por cima do ombro. Rolou colina abaixo e explodiu. Jaelle ouviu gritos por um instante.
"O que foi isso?!"
"Os vi chegando enquanto corríamos. Não vestem as nossas cores." Matarael imediatamente comentou: "Mas quais são as cores do uniforme de vocês?"
"O que, isso?" O demônio usava algo que era parte fibra sintética e parte cota de malha. "Não é bem um 'uniforme '."
Eles se abaixaram quando o tiroteio sacudiu novamente.
"Perdemos a maior parte de nossas roupas na Queda," disse o demônio. "A gente pilha um pouco de tudo. Não desperdiçamos ―" Outra granada voou e os anjos gritaram quando algo explodiu.
"―não queria. Peguei este de um cavaleiro. "
"Não brinca," disse Matarael, e engoliu em seco. Jaelle estava contando sua respiração.
Aos três, ela se acalmou o suficiente para perguntar: "Qual era o seu nome mesmo?"
"Somos Legion."
"Quero dizer, seu nome."
"Legion." O demônio estendeu a mão. "Embora meus amigos me chamem de Eric. Acho que agora somos amigos."
"Ordens do príncipe", murmurou Matarael.
"Mat, seja gentil" disse Jaelle. Ela apertou a mão com cautela. As unhas dele eram pintadas de preto brilhante. "Prazer em conhecê-lo, Eric. Eu sou Jaelle. Este é―"
"Mat."
"—E você parece saber de batalhas."
"Mais diversão do que eu já tive em todo o século."
"Onde está o nosso apoio aéreo?" perguntou Matarael.
"Provavelmente evitando o deles", disse Legion-também-conhecido-como-Eric. Todos eles se encolheram quando um par de helicópteros rugiu acima. A artilharia salpicou o deserto com tiros de metralhadora. Jaelle empurrou a si mesma e aos companheiros contra a pedra.
"Pelo menos a mira deles é ruim", disse Matarael, quando estava expirando graças ao céu.
"instalações de má qualidade ― produto da preguiça." Legion sorriu. "Acrescente uma pitada de Ira ― impede o atirador de pensar com clareza ― mas, só para avisá-los, as armas virão cada vez maiores."
Jaelle tentou acalmar os nervos, mas podia ouvir gritos enquanto o helicóptero continuava seu ataque aos campos atrás dela. Avançar. Como eles poderiam avançar?
"Qual é o ponto de tudo isso?" ela murmurou alto.
"Sigam-me," disse Legion inutilmente.
"Jaelle, são as ordens", disse Matarael.
"Ordens que preciso entender para seguir, caso contrário, qual é o ponto?" O queixo de Matarael caiu e o sorriso de Legion explodiu de alegria.
Jaelle percebeu que tinha adicionado certas expressões não-angélicos a sua pergunta e pôs a mão na boca: "Sinto muito. Eu tenho esse péssimo hábito de ... Desculpe. "
Legion riu de ambos. Ele gritou sobre a próxima saraivada de tiros. "Eu gosto de você, Jaelle! E eu que pensei que os anjos fossem chatos!"
O rosto de Jaelle ficou vermelho enquanto seus olhos ficaram cinzentos de vergonha.
"Olha, não se preocupe com isso. Às vezes todos nós só precisamos de um dia na parte superior, er, na parte inferior? Não sei." Legion disse. "Ar fresco, um pouco de exercício. Eu acho que está me fazendo bem ― ou algo assim. "
"Legi ― quero dizer, Eric ― como avançamos?" perguntou Jaelle. "Vocês podem transformar suas espadas em armas? Ainda não aprendemos como fazer isso."
"E eles os enviaram para a batalha mesmo assim?"
"Sim", disseram Jaelle e Matarael ao mesmo tempo.
"Não fazemos perguntas", acrescentou Jaelle.
"Mas você estavam fazendo isso de forma tão empolgada agorinha." Legion ergueu as mãos rapidamente. "Desculpe, desculpe, eu sei que não estou ajudando. É o hábito, você sabe, semear dúvidas e tudo. Tenho certeza de que seus supervisores benevolentes têm um plano. "
"E os seus?"
"Eu não tenho supervisores benevolentes. De qualquer forma, a maior parte de nossa liderança está com Lorde Gabriel hoje, lidando com algum tipo de ... "
O ar se expandiu e uma súbita cobertura de nuvens retumbou com um trovão. Em um flash como uma faca, um raio partiu um helicóptero em dois. Jaelle se esqueceu de respirar quando as duas metades fumegantes do veículo caíram com demônios e anjos.
"Não!" ela gritou, e saltou sobre seus pés, mas o relâmpago caiu em direção ao complexo inimigo.
"De pé, você é um alvo.", apontou Legion.
Jaelle jogou o escudo no ombro. "Vou voltar!"
"Você não pode. Jaelle, as ordens são― "
Mas Jaelle correu sem esperar. Logo Matarael estava seguindo. Legion correu atrás deles, ainda sorrindo como num piquenique.
Jaelle não xingou de novo. Ela orou.
"Olhe!" A cinco passos dos destroços, Matarael jogou os três no chão enquanto o helicóptero destruído arrotava uma segunda explosão de fogo vermelho-escuro. Era umcheiro acre e os olhos de Jaelle se encheram de lágrimas enquanto ela ficava meio cega com a fumaça.
" Mat ..." Jaelle começou a tossir novamente e puxou-o para perto para gritar em seu ouvido. "Você pode tirar os soldados dessa fumaça?"
Matarael estava tossindo muito forte para responder, mas ele acenou com a cabeça.
Jaelle empurrou a onda de calor de volta em direção ao helicóptero, depois golpeou o casco até sua espada emperrar, engolindo em seco enquanto sua garganta se fechava por causa da fumaça. Apoiando um pé no metal quente, ela puxou o revestimento e tentou não respirar enquanto estendia a mão para dentro. Juntos, eles arrastaram vários corpos para a escassa segurança atrás dos destroços.
"Oh, olhe, é um de mim", disse Legion. Brincalhão, ele estapeou ambas as bochechas de seu outro eu. "Bom dia, flor do dia!"
O outro Legion, que usava trajes igualmente incompatíveis, abriu os olhos e sorriu. "Oh, olá, Eric."
"Um bom dia para você, Eric, como está a guerra?"
"Oh, já vimos coisas piores, não vimos, Eric?"
Usando os destroços como cobertura, Jaelle abriu as asas sobre uma piloto humana deitada.
A mulher semicerrou os olhos para ela, depois para as asas, depois para as nuvens negras acima. "O q ... o que é você?" Ela fechou os olhos novamente e gemeu.
"Ei, fique acordada, ok?" disse Jaelle. Ela acenou com a mão sobre o pior dos ferimentos. "Você vai ficar bem, mas precisa desistir de ser uma soldado, pelo menos desse tipo, certo? É o oposto do que você queria ser quando criança, e você sabe disso. "
A mulher olhou fixamente, então estremeceu quando as lacerações em seu rosto se curaram. "Mas como você sabe disso? E como...? Quer dizer, eu acho, bem, sim, senhora. "
"Eu não sou ninguém", disse Jaelle, e mergulhou de volta nos escombros. Ela ajudou Matarael a tirar um anjo de debaixo dos destroços. Depois de colocá-lo no final da linha, eles tiraram seu capacete. Jaelle recuou em choque.
"Capitão Ariya?" Rapidamente, Jaelle arqueou as asas sobre o anjo inconsciente. O primeiro Legion ergueu os olhos com cautela e pegou a arma de um soldado. Ele se ajoelhou e mirou no campo. "Eu cuido disso, mas você pode manter suas asas abaixadas?"
"Eu não posso. Ele está ferido. "
"Seu funeral e papelada," Legion deu de ombros. Uma enxurrada de tiros atingiu as primárias da ala direita de Jaelle e ela gritou. A próxima onda desceu contra o metal em chamas e ricocheteou, arrancando um dos dedos de Legion.
"Ei!".
"Você está bem?" perguntou Matarael.
Legion encolheu os ombros. "Pelo menos não é um dos mais importantes." Ele se levantou para ter certeza de que os artilheiros sabiam exatamente quais dedos ele ainda tinha, então se jogou para o lado contra os destroços.
A armadura de Ariya estava tão golpeada que tinha feito o oposto de seu trabalho. Jaelle lutou com as fivelas para retirá-la. A respiração do capitão era curta e aguda, mas seus olhos estavam abertos. A cor deles girava em prata e amarelo doentio, suas pupilas indo de um lado para outro, depois apertando-os, como se ele não pudesse enxergar bem. "O que aconteceu?"
"Está tudo bem, capitão."
"Jaelle? Não consigo ver ... nada. "
"Você vai ficar bem."
"Você sabe, mentir é meu trabalho." disse Legion em um falso sussurro.
"Ele vai ficar bem", disse Jaelle.
"Ooh, isso me deu arrepios."
Jaelle pôs de lado a raiva e se levantou. Dali, podia ver claramente o massacre que seu avanço havia deixado para trás. Não apenas soldados mortais, mas anjos e demônios semelhantes, todos apanhados por tiros e explosivos.
Jaelle engoliu em seco enquanto seu estômago se revirava. O Príncipe Michael estava acostumado a ver essas coisas, não estava? Talvez todos os soldados estivessem. Por que ela sempre era uma má soldado?
"De pé, você é um alvo.", disse Legion. Ele recarregou a arma com munição milagrosa. Onde ele disparou, eles ficaram presos e explodiram.
Antes que Jaelle pudesse discutir, ela avistou algo cruzando o vale, depois algo mais, meia dúzia de coisas, todas vindo na direção deles. Lembravam-lhe tartarugas, exceto que ela tinha certeza de que eram cem vezes maiores e mais rápidas. E mais mortais.
Matarael colocou os últimos feridos atrás dos destroços. "Jaelle, devemos seguir em frente."
"Aquilo são tanques", disse Jaelle.
"E eles estão na nossa frente", disse Legion alegremente.
"Certo, nós ..." Ela olhou para Ariya, procurando ordens melhores, mas o capitão não se mexeu. Jaelle esqueceu o que ia dizer. Em seis mil anos ela nunca se acostumara com a morte.
"Jaelle!" Matarael gritou.
Jaelle abaixou-se automaticamente e sentiu as balas atingirem seu escudo. Ela agarrou-se ao chão e gritou.
Está tudo bem, está tudo bem, está tudo bem, está tudo bem ..., ela disse a si mesma, cerrando os punhos quando eles começaram a tremer. Deixou cair sua espada. Não deveria fazer isso. Ele vai ficar bem. Ele não está aqui, está em casa. Não é melhor estar em casa?
Sem erguer os olhos, Jaelle tateou em busca da espada, cada vez mais frenética por não conseguir encontrá-la. Ela teve um pensamento horrível então, que talvez fosse melhor se ela fizesse uma viagem para casa antes que as balas se transformassem em morteiros. Só pode doer por um momento, certo? Não foi isso que todos disseram? Uma bala entre os olhos, talvez. Melhor do que uma bomba de morteiro explodindo você em pedaços mais tarde.
Mas não. Não pareceria certo. Não seria certo. E se alguém precisasse dela? Como Mat ou Eric? E quanto àqueles que precisavam de todos eles?
Algo fez um clanck. Matarael plantou seu escudo entre os dois e o fogo inimigo. Quando ela olhou para cima, ele segurava sua espada. "Jaelle, Ariya deixou alguma ordem?"
"Não", Jaelle olhou para trás, para a forma imóvel de Ariya. "Acho que vamos seguir em frente."
Matarael fechou os olhos. Jaelle o viu se acalmando visivelmente. Ela se perguntou se ele estava tendo os mesmos pensamentos que ela. "Devemos fazer o que pudermos", disse ela com firmeza. "Certo."
"Exatamente." Ela pegou a espada.
Junto com Legion, eles correram para a pedra protetora e mergulharam atrás dela. Jaelle olhou para a esquerda, depois para a direita. Não havia mais cobertura além daquela rocha, só uma pequena depressão na terra onde o solo afundou. Em torno dos três, esquadrões de anjos avançaram lentamente pelo campo de batalha. Muitos tinham demônios os seguindo, cada um mais bem equipado do que eles e, Jaelle percebia agora, mais bem vestidos também. Cada anjo brilhava como um farol, e um farol era um alvo fácil.
"Então," disse Legion. "Tanques. Você tem alguma experiência em combate a tanques? "
"Não, mas eu leio um pouco."
"Esplêndido!" disse Legião. "Seus livros dizem algo sobre tanques revestidos de ferro?"
"Talvez carruagens revestidas de ferro." Uma ideia se acendeu na mente de Jaelle. "E chuva." Ela olhou para a tigela empoeirada por mais um momento, então se virou rapidamente para Matarael. "Mat...?" ela perguntou.
"O que?"
"Você pode fazer chover? Para que o solo se transforme em lama, como um lamaçal? "
"Eu só faço chuviscar."
"Mas e se você fizesse chuviscar um monte ..." A luz alvoreceu azul nos olhos de sua amiga.
"Okay, certo. Bem, assim que as nuvens de tempestade passarem. Não quero atrapalhar o estilo de Lord Sandalphon. "
Jaelle perguntou: "Eric, você tem um rádio? Os capitães precisam saber ... "
O demônio alcançou seu cinto e puxou um microfone de rádio em uma bobina de fio. Ele apertou o botão e disse, "Força das Trevas Um, aqui é Força das Trevas Um, está ouvindo, Força das Trevas Um? Está na escuta?"
Uma voz idêntica à do demônio ressoou no rádio. "Força das Trevas Um, aqui é Força das Trevas Um. Na escuta. Prossiga."
"As coisas estão prestes a ficar molhadas, Força das Trevas Um. Recomendamos galochas, se puder avisar nossos aliados para que saiam do vale. Câmbio."
"Certo, Força das Trevas Um. Câmbio."
"Mais alguma coisa, sua glória?" Legion perguntou a Jaelle.
"Não diga isso. Eu não sou ninguém. Apenas ..." Jaelle balançou a cabeça. Ela não tinha tempo a perder. "Apenas diga a eles para irem para um terreno mais alto, se não for problema."
"Força das Trevas Um para Força das Trevas Um, por favor, diga aos nossos aliados para subirem pra um terreno mais alto ou haverá problemas, câmbio."
"Não foi o que eu disse—"
"Entendido, Força das Trevas Um. Solicitada permissão para dizer isso dramaticamente, Câmbio. "
"Não, di—"
"Permissão concedida, câmbio." Legion olhou para Jaelle. "Mais alguma coisa, Capitã Ninguém?"
Jaelle decidiu que não havia tempo para discussões. "Existe uma maneira de atrair o restante dos inimigos para o vale?" ela perguntou.
"Acho que, se eles pensam que estão ganhando ..."
"Então diga aos demônios e anjos para recuarem."
"O que?" perguntou Matarael. "Jaelle, nossas ordens são para seguir em frente."
"E vamos, assim que voltarmos."
"Jaelle, não acho que seja uma boa ideia." Mas Legion já havia clicado no rádio.
"Força das Trevas Um, aqui é Força das Trevas Um. Diga aos nossos aliados para fazerem uma retirada tática temporária para a elevação sul antes do avanço final. Câmbio." Legion cobriu o bocal por um momento. "É tudo uma questão de fraseado", disse ele a Matarael com um sorriso, antes de o alto-falante estalar novamente.
"Roger, Força das Trevas Um. Estamos levando fogo pesado.Câmbio." O sorriso de Legion era o mais largo até agora. "Então mande os gafanhotos, Força das Trevas Um. Câmbio."
"Roger, Força das Trevas Um. Força das Trevas Um na escuta. Mantenha a cabeça baixa para os gafanhotos. Câmbio."
"Gafanhotos?" ecoou Matarael. "Vocês tem gafanhotos?"
"Não, mas vocês tem," disse Legion. Eles se abaixaram quando o barulho ensurdecedor de um milhão de asas de insetos desceu sobre suas cabeças.
"Isso é tão legal," o demônio riu enquanto eles revoavam para frente. Estava praticamente pulando de alegria. "Eu sempre quis um verdadeiro enxame de gafanhotos. Trabalhar com vocês, anjos, é incrível. Pegamos emprestados tantos brinquedos legais. "
"Hum, obrigada." disse Jaelle. "Mat?"
Matarael fechou os olhos e acalmou a respiração. Um momento depois, ele os abriu. Eles brilhavam como prata, não a cor do medo, mas uma poderosa cor de platina que refletia um arco-íris. Ele gesticulou para cima e de repente a chuva caiu em folhas prateadas igualmente brilhantes, brilhando bem atrás do enxame.
Jaelle sorriu apesar de tudo que passara, sentindo sua esperança reacender-se pela primeira vez naquele dia. "Quanto tempo você consegue aguentar, Mat?"
"É a minha área", disse Mat, um sorriso aparecendo no canto dos lábios enquanto ele se concentrava.
"Quanto tempo você precisa?"
"Empurre a chuva para o norte apenas quando todos estiverem prontos, só até o pé da colina antes do complexo por enquanto. Eric, você pode confirmar quando todos estiverem fora? "
O demônio checou com seus outros eus no rádio. "Estou fora. E seus pardais, raio de sol? " riu Legion. "O que? Oh, eles não são meus. "
"Eles estão fora", relatou Matarael, olhando através do vale com seus olhos brilhantes.
"Mat!"
"Bem, se os pardais não são seus e Ariya se foi, de quem são eles?" perguntou Legion.
"De Deus", disse Jaelle.
"Ela tem razão," Legion disse com uma risada. "Eu gosto de você, Capitã Ninguém. Eu realmente gosto. "
***
Dentro do complexo havia quartéis, casas de trabalho e meia dúzia de hangares para grandes embarcações. Um hangar não era usado para veículos. De vez em quando, precisava ser ventilado. As portas foram abertas com a aproximação da tempestade.
Havia um jardim na frente. Para fotojornalistas aprovados.
Enquanto Jaelle, Legion e os outros anjos cruzavam o campo de batalha, o complexo jazia acima de tudo. Se os soldados em seus postos pareciam mais calmos do que a situação pedida, era porque as pessoas que pensam que são intocáveis esquecem como recuar.
Os que observavam o vale não prestaram atenção à névoa que se erguia ao pé da colina, mesmo quando ela se intensificou numa neblina, eriçando-se estranhamente como a silhueta nebulosa de um exército. Os pontos mais brilhantes dos olhos de Amalek piscaram dentro e fora dele, às vezes apenas o par de costume, às vezes muitos mais. Mas mesmo isso os humanos rejeitaram como um truque de luz.
Então Amalek rosnou. E avançou.
Os guardas na guarita e nas torres franziram um pouco a testa. Sem saberem o que mais fazer, gritaram avisos, depois ordens para que ele parasse e ergueram os rifles.
Em vez disso, o demônio se ergueu como uma onda crescente, rugindo seu grito inaudível até que os soldados largaram as armas e pressionaram inutilmente as mãos nos ouvidos. Imediatamente, Amalek empurrou e passou pelo portão de entrada , esfregando-a como um limpador de cachimbo. Outra parte dele escalou os portões e a cerca, desgastando o arame farpado como se fosse lã.
E então ele passou, e atrás dele não sobrou nada além dos corpos. A nuvem de Amalek se eriçou de novo sobre as cercas com correntes, farpas amarradas em arame e canos de rifles ―como se tudo atrás tivesse se tornado uma base fantasma.
No pátio, os poucos soldados em pé começaram a se sentir menos do que intocáveis. Alguns recuperaram suas armas apesar do nada horrível que machucou suas orelhas. Alguns até conseguiram atirar nele.
A massa miasmática de Amalek simplesmente absorveu as balas. Então houve silêncio, pouco antes de ele se eriçar novamente e dispará-la de volta.
Alguns soldados correram. Alguns não. Todos eles morreram.
Uma sirene começou a ressoar na torre de vigia.
Com um silvo de aborrecimento, Amalek deslizou pela base dela. Quando as luzes vermelhas giraram, ele abriu caminho pelo vidro das janelas. As luzes giratórias pararam e as sirenes silenciaram.
O alarme havia soado, entretanto. Os reforços saíam de seus bancos no refeitório ou de suas camas no quartel. Satisfeito, o demônio se espalhou em direção ao hangar com o jardim.
Um raio caiu em seu caminho.
Quando o clarão e o ozônio se dissiparam, Michael se levantou, as asas brilhantes e alvas como a neve. Amalek reprimiu seu entusiasmo de caçador e se retraiu em uma reverência. Como cortesia, ele baixou as penas eriçadas.
"Isso foi um erro, Lorde Amalek," disse Michael.
"Como assssim, alteza?" o demônio sibilou. Sua voz espalhou facas no ar. "Eu tenho as coisasss sob controle."
"Deixe os cativos."
O Lorde demônio se enrolou como se estivesse olhando por cima do ombro do anjo. "Ssó queria livrá-los todos de sua missssséria, se você me pedisssse."
"Eu não pedi." Do outro lado do pátio, mais soldados saíram do refeitório. Eles se amontoaram em jipes e caminhões. Uma metralhadora montada foi apontada e disparada. Michael balançou sua espada como alguém que espantasse uma mosca, e as balas se desviaram longe. Aquelas que passaram por ele se enterraram na névoa de Amalek e não conseguiram nada além de dar-lhe novas bordas.
Michael se apoiou na espada e disse, como se nem tivessem sido interrompidos: "Estamos aqui para salvar os prisioneiros, sua desgraça."
Amalek se retraiu, depois se expandiu novamente e disse: "Como quisssser, vosssssa alteza".
Mais uma vez, o demônio fluiu em direção aos soldados, como a poeira rolando de uma nova estrela, acelerando sob seu próprio peso. Ele se ergueu como uma onda se acumulando e depois caiu, e os gritos alarmados dos humanos e o esmagamento de suas máquinas de guerra foram abafados.
Enquanto o sempre dissonante Amalek se afastava, Michael captou, no limite da audição, o som de uma lâmina deslizando ao longo de uma pedra de amolar. Se o som tivesse uma temperatura, esta teria sido medida em kelvins negativos. Michael ficou ligeiramente surpreso. A Morte estava, é claro, em qualquer lugar onde houvesse vida. As aparições especiais eram raras da parte de Azrael, mas nas últimas semanas já haviam ocorrido duas.
Mesmo assim, esse não era o departamento de Michael. (Ninguém lembrava muito bem a qual departamento a Morte pertencia.) Ele não pensou muito nisso, apenas encarou o hangar novamente. Dentro havia um conjunto de celas feitas de arame galvanizado. No chão manchado de cada cela havia uma cama surrada.
O lugar todo parecia um canil largado às traças. E o cheiro de um também: mofo e suor, resíduos e doença. Era uma prisão, mas pior que uma. As prisões tinham incentivos para manter seus habitantes vivos.
Ao ver um anjo, os mortais aprisionados se encolheram contra o fundo de suas celas. Michael reconheceu neles os sinais de doença, fome, hematomas, feridas e queimaduras químicas... Ele sabia que o protocolo padrão era remover os grilhões por milagre. Largue as correntes, escancare as portas, liberte os cativos. Mas o entulho e as feridas o deixaram pensando que nenhuma catarse seria melhor do que arrasar este lugar imediatamente depois. Ele deu um passo à frente.
Cautelosamente, os prisioneiros agarraram-se uns aos outros através das grades. Estavam com medo de sua própria libertação? Michael se perguntou, olhando fixamente em olhos selvagens e desgastados por noites sem dormir. Não havia esperança, absolutamente nenhuma. Talvez tudo se tornasse em medo quando se era um prisioneiro. Talvez a única esperança que você pudesse ter seria de que as coisas simplesmente ... acabassem.
Michael agarrou o peito com uma dor repentina como se tivesse sido esfaqueado. Perfurado direto em suas asas. Parecia um estremecimento de corpo inteiro. Rapidamente, ele desviou o olhar e tentou recuperar a compostura. O que era isso? Não era assim que um anjo deveria se sentir.
Um raio caiu nas proximidades. Enquanto a calçada ardia, a aura protetora de Sandalphon engoliu o pátio.
"Michael, o que foi?" ele chamou, apressando-se, maça a postos. "Você está bem?"
Michael se percebeu de joelhos. "Sandalphon?"
"Há uma mudança nas ordens?"
Michael estava muito perturbado para ouvir a ansiedade em sua voz. Ele balançou sua cabeça. "Não."
"Você está ferido?"
"Eu preciso ... ajude-me." Michael estendeu a mão. Ele tremia.
Sandalphon o ajudou a se levantar. "E agora?"
Na presença de outro, a compostura de Michael voltava rapidamente. Ele abriu todos os olhos, e o desgosto desenfreado de laranja doentio com vermelho raivoso. "Acabamos com isto", disse ele, friamente, "e então nunca mais acontecerá".
"Certo," disse Sandalphon, embora seu olhar vacilasse. Ele reajustou a arma. "Quer dizer, nem tudo, certo? Precisamos de mais alguém para punir— "
"Decole e elimine os desertores", disse Michael.
"Tem certeza de que está bem?" perguntou Sandalphon, recuando apesar de tudo.
"Eu estou sempre bem."
Sandalphon disparou em direção ao céu. Seu impacto na tempestade causou um estrondo de trovão.
No pátio vazio, Michael decidiu que todo aquele medo não era seu. Ele simplesmente se impressionara. Realmente não deveria ter exagerado. Essa tarefa precisava de compaixão. Os humanos eram criaturas tão frágeis.
Em um momento, ele suavizou sua luz e fechou os olhos espalhados em suas asas e pele. Em vez de olhar para fora, ele olhou para dentro, alcançando seu núcleo, o centro frio que lembrava geleiras e flocos de neve. Se lembrou de como ser um anjo de olhos azuis e se virou para encarar o hangar e as pessoas que precisavam de libertação. Havia palavras para tempos como este: "Não temam. Vossa salvação se aproxima. "
Eles ainda estavam com medo. Talvez eles sempre fossem assim. Michael não podia culpá-los. Não. Todos eles sabiam que, no fundo, essa libertação não era liberdade. Não de verdade.
Tudo que posso lhes dar é mais tempo para terem medo.
***
A chuva encheu o vale, suave mas implacável. A água corrente afogou gafanhotos e o tiroteio. Armas montadas se recusaram a ficar de pé.
Os jipes e tanques afundaram primeiro. Portas e cabines se abriram enquanto as tripulações saíam para escapar da terra movediça. Depois que o dilúvio fez seu trabalho, a chuva diminuiu e os anjos avançaram novamente, desta vez mais encorajados.
Os soldados mortais em fuga se viraram para meio nadar, meio correr. Alguns arrastaram consigo os mais atordoados dentre os seus. Muitas armas e botas perdidas ao longo do caminho.
Enquanto isso, dez legiões de gafanhotos ainda circulavam o vale, agora mergulhando baixo, balançando alto, zumbindo sua ameaça contra aqueles que fugiam em qualquer direção, exceto para o complexo.
No topo da colina, a névoa inchada de Amalek enrolava-se no topo da colina como uma serpente. Um trovão caiu das nuvens de tempestade em advertência e cada raio causou um curto-circuito nas cercas e incendiou as torres. Os inimigos dos anjos cambaleou ao pé da colina e olhou para trás, cercados.
Então eles jogaram suas armas em rendição.
***
No momento em que Jaelle e o resto baixaram as espadas, a falta de tiros parecia assustadoramente silenciosa. Apesar da vitória, a encosta da colina distante pairava envolta em medo e exaustão. E ainda assim aquela nuvem nauseante pairava sobre a prisão destruída.
Com mais (muito mais) da ajuda de Legion, anjos e demônios moveram seus feridos do campo de batalha para uma triagem no sopé da colina. Um punhado de curandeiros de Raphael estava entre eles. Eles iam e vinham por um círculo sagrado próximo, levando os piores feridos de volta para Casa em cascatas de luz crescente. Alguns entraram no complexo para cuidar dos resgatados.
"E agora?" Legion perguntou a Jaelle e Matarael.
Jaelle notou mais mortais feridos à sua esquerda entre os soldados capturados. Alguns ficaram imóveis. Embora não fosse aquela quietude certa que ela temia, seu peito apertou novamente. Ela acenou para uma das Myriad.
"Suponho que você não poderia dispensar alguém para cuidar deles?" ela sussurrou.
Myriad parecia confuso. "Por quê?"
Jaelle não conseguia entender a pergunta. "Por que não?" ela respondeu. "Eles provavelmente nunca imaginaram que prisioneiros de guerra poderiam receber misericórdia. Isso pode mudá-los. "
Myriad considerou isso e sorriu calorosamente. "Entendo. É só que o príncipe não fez nenhuma menção a isso. "
"Mas não há nada contra, há?"
"Suponho que não." Com outro sorriso, a anjo anfitriã correu para o resto dos curandeiros. Jaelle percebeu que a mandíbula de Legion havia afrouxado.
"Quem é aquela?" ele perguntou.
"Quem é quem?"
"Que?" Legion disse, e apontou. "E lá, também, e ... lá."
"Oh, hum, ela é a Myriad", disse Jaelle. "Ela faz de tudo um pouco."
"Ela é linda."
"Os demônios gostam de coisas bonitas?" perguntou Matarael, perplexo.
Jaelle lhe deu uma cotovelada nas costelas e sussurrou: " As pessoas gostam do que gostam, Mat. Seja legal."
Legion pareceu não notar nenhum deles. Em vez disso, ele suspirou melancolicamente.
Jaelle deixou suas asas desaparecerem no éter e olhou para o deserto transformado. Pedaços de ruína fumegante na água pareciam manchas em um espelho. Ela sentiu alguém pegar sua mão, percebeu que era Matarael e seu peito relaxou.
"Acabou, pelo menos." Jaelle apertou a mão dele. "Obrigado, Mat."
"Não sabia que eu era capaz." Ele olhou para o complexo onde a estranha névoa ainda se enrolava. "O que é aquela coisa?"
"Aquele é Lord Amalek", disse Legion, interrompendo sua ânsia de franzir a testa com desconforto visível. "Não que eu tenha inveja, mas ele está no Conselho das Trevas."
"Como ele está tentando parecer?" perguntou Matarael. "Eu acho que é meio como ... uma metáfora." O demônio se encolheu. "É a forma favorita dele."
A nuvem de terror se dissipou e Michael saiu, as asas brilhando contra a névoa. O rosto do príncipe estava severo como rocha. Muitos anjos se aprumaram, encorajados por sua aparência.
"Os prisioneiros foram libertados", Michael anunciou, o que trouxe aplausos cansados, mas sinceros, das fileiras mistas. Jaelle conseguiu distinguir as pessoas amontoadas dentro da cerca, parecendo abatidas e angustiadas com a ruína fumegante. Devia haver pelo menos quinhentos deles.
Sandalphon pousou em um raio e acenou com a mão, o que fez as nuvens se dispersarem. Acima, o céu claro estava vermelho com a noite. Sandalphon ergueu sua maça e espiou por cima da multidão. Jaelle engoliu em seco quando os olhos dele caíram sobre ela, mas eles mudaram imediatamente para Matarael. Instintivamente, ela apertou a mão do amigo. Sandalphon sussurrou algo para o príncipe.
Michael pareceu frustrado e depois cansado. "Matarael," ele chamou.
Matarael tornou-se tenso quando um murmúrio varreu as fileiras. Então ele se apressou colina acima. Jaelle seguiu de perto sem ser questionada. Legion, sem uma palavra de protesto, seguiu os dois. Todos eles pararam e saudaram.
"Sim, sua graça?" perguntou Matarael.
"Nós avançamos em uma tempestade seca. Qual capitão disse para você fazer chover no campo de batalha? "
"Eu, hum ... nenhum, meu príncipe."
Michael e Sandalphon trocaram palavras mais baixas. Jaelle sentiu seu estômago revirar.
"Foi isso mesmo?" perguntou Michael. "Foi ideia sua?"
"Tínhamos que parar o inimigo de alguma forma, sua graça", disse Matarael, e acrescentou rapidamente: "Com todo o respeito, quando perdemos o Capitão Ariya..."
"Suas ordens eram para avançar."
"Foi ideia minha, excelência." Jaelle correu para a frente. "Nós estávamos no meio disso. Matarael está encarregado da chuva da primavera e do degelo, então... "
"Então você disse a ele o que fazer?"
"Sim, sua graça."
"Ela salvou minha vida, sua graça," acrescentou Legion, muito mais confortável do que qualquer um dos dois anjos.
"Umas cem vezes pelo menos", acrescentou outro dele nas proximidades.
Amalek ferveu: "Eric, seja sssssilento."
"Silencioso como um rato, senhor," disse o demônio rapidamente.
"Não preciso de desculpas, soldado", disse Michael a Jaelle. Ele olhou através do vale e perguntou: "Qual era o seu plano para os prisioneiros de guerra?"
"Plano?" Perguntou Jaelle. Ela se virou como se eles estivessem falando sobre outros prisioneiros. Sentiu um movimento estranho atrás dela, mais uma presença do que qualquer coisa visível. Ele desceu a colina assim que ela se virou, evitando ser visto até mesmo pelo canto do olho.
Todos os anjos conheciam Azrael, mas poucos o tinham visto. Não era aconselhável tentar.
Jaelle congelou quando sua mente de repente se recusou a pensar. "Sua graça...?" Ela não tinha certeza de como terminar a pergunta, que resposta queria ou precisava.
Michael respirou fundo. "Esta é uma missão de misericórdia", disse ele. "Você acha que é sábio dar a alguns humanos em guerra a chance de compartilhar o que viram aqui antes da batalha final nos próximos meses?"
"Mas, não estamos lutando contra todos os humanos. Alguns podem se arrepender. "
"E alguns não vão."
"Mas se eles querem paz..."
"Você não foi treinada para a paz, soldado."
"Não, mas..."
"Amalek?"
A nuvem doentia se contraiu como um leão agachado para saltar.
"Você sabe o que fazer."
Jaelle ofegou quando o demônio avançou. Ele saltou colina abaixo como uma matilha de lobos, irregular, eriçada e farpada. Anjos e demônios se afastaram para fora de seu alcance.
Ao chegar ao pé da colina, em vez de pular no inimigo, ele se espalhou. Houve um flash de luz brilhante doentia e gritos dos prisioneiros no mesmo instante. Eles foram breves.
Jaelle gritou algo incompreensível e correu para a frente, sem saber como poderia lutar sem desembainhar uma espada em um aliado, mas com a intenção de fazer algo. Talvez uma ideia viesse a ela. Talvez...
Amalek espalhou-se, engolindo o lago, as pedras, os tanques ...
No meio da colina, alguém segurou o braço de Jaelle. Ela puxou sem olhar, todo o caminho até a borda daquela nuvem devoradora, antes que uma segunda mão se juntasse à primeira e a segurasse, cuidadosa, mas firme, até que ela pudesse apenas lutar inutilmente, olhando, como os arbustos ao redor das margens do lago pegou o veneno e começou a morrer.
"Me larga!" ela gritou.
"E deixar você morrer?"
Ela não esperava aquela voz.
Tão instantaneamente quanto o flash de devastação veio, a escuridão o engoliu e Amalek desapareceu, mergulhando fundo na terra e lançando uma névoa sulfúrica sobre tudo. Cada planta e erva daninha se foram. Havia apenas cadáveres no meio.
"Não." Jaelle arfou, horrorizada. Tudo tinha sido tão rápido. Como isso aconteceu tão rápido? "Ele não pode—!"
"Ele já fez." Michael se colocou entre ela e a visão horrível do deserto, chamando sua atenção como só ele poderia.
A garganta de Jaelle ficou seca. Seus gritos se transformaram em soluços. "Por quê?"
A pergunta ecoou em um silêncio repentino. Nenhuma asa farfalhou. Ninguém respirou.
Então Sandalphon disse: "Agora ouça aqui, soldado, suas perguntas são —"
"Está tudo bem, Sandalphon," Michael interrompeu. "Você e eu tivemos que aprender, não é?"
Matarael correu em direção a eles, mas recuou diante do olhar severo de Sandalphon. Atrás dele, Legion chutou a terra e carregou seu rifle roubado. Ele mordeu uma unha.
Jaelle percebeu que eles não eram os únicos a observá-la. Devia estar chamando atenção, chorando inutilmente, mas cada vez mais ela descobria que não se importava. Ela queria correr, mas não sabia para onde, então caiu de joelhos, apenas vagamente ciente de que isso significava lama em suas roupas. Ela se sentia fraca. Mais fraca do que quando Ariya morreu. Depois daquela luz horrível, o ar ficou mais escuro de alguma forma.
Michael não a deixou, apenas sentou em seus calcanhares. "Ouça, soldado", disse ele. "Essas pessoas que libertamos, se você soubesse o que elas passaram, se você realmente soubesse, entenderia. Devemos a eles essa misericórdia. "
"Mas o amor não é uma dívida."
Sandalphon zombou. "Você se atreve a dar um sermão ao seu príncipe?"
"Está tudo bem, Sandalphon," disse Michael. Para Jaelle, ele disse: "Se você se permitir sentir cada momento de tragédia neste mundo, a dor a matará cem vezes".
"Você não sabe disso."
"Depois de cem bilhões de almas? Não seja ingênua. " Michael se levantou e olhou para Matarael. "Cuide dos feridos, você e o resto", disse ele. "Agora."
Legion puxou o braço de Matarael até que ele se virou relutantemente. Então o resto dos exércitos do Céu e do Inferno seguiram o exemplo, apressando-se como se estivessem desesperados por algo para fazer além de olhar. Mas houve olhares para trás, sussurros preocupados. Jaelle ouviu seu nome entre eles. Ela queria se esconder.
Sandalphon ainda a olhava com desaprovação. "Depois de uma façanha pública como essa, sua graça, devemos —"
"Sandalphon, providencie para que os prisioneiros humanos sejam vestidos e alimentados, depois leve-os para casa em segurança", disse Michael.
"O que?" As asas de Sandalphon se abriram de surpresa. "Michael, não é o suficiente que nós ...?"
"Diga a eles que o Todo-Poderoso tem sido misericordioso", disse Michael, ainda olhando para Jaelle. "E diga-lhes que se arrependam nestes dias finais."
"Mas não há tempo para ... mas eles nem mesmo ..." As mãos de Sandalphon se agarraram à gravata por ajustar. "Alteza, certamente não há tempo para infantilidades—"
"Você acha que minhas ordens são infantis?"
"Não, sua graça!"
"Bom. E não os deixe em qualquer posto avançado, Sandalphon. Certifique-se de que eles estejam seguros. "
"Sim sua Majestade." Sandalphon se recompôs e voltou para o complexo. Ele olhou para trás uma vez, perplexo e inquieto. O medo frio de Jaelle se dissolveu em tremores. Tentou dizer algo, mas a fraqueza estava piorando. Ela percebeu que a batalha a estava alcançando. A sensação de esgotamento em suas mãos e pés a fez se perguntar se sua alma havia decidido deixar seu corpo físico. Acontecia com humanos. Um corpo mortal pode morrer de choque, tensão ou tristeza.
"Vai ficar tudo bem, Jaelle", disse Michael.
"Nada está certo."
"Nós estamos." Todo o mundo de Jaelle ficou escuro quando ela perdeu a consciência.
***
Jaelle acordou no escuro e percebeu que estava dentro de algum lugar. Então a parede se moveu e um vento frio noturno soprou sobre seu saco de dormir. Ela percebeu que estava em uma pequena tenda.
Sentando-se, ela levou a mão à cabeça, então o dia voltou a inundar e ela desejou poder dormir novamente. Se lembrou de alguma menção de que haveria um interrogatório quando a outra metade do exército chegasse. A Terra era o único lugar neutro que anjos e demônios podiam se encontrar para esse tipo de coisa, e isso significava que provavelmente havia outras tendas armadas ao lado dela.
Ela puxou os cobertores, levantou-se e saiu para o acampamento.
Lá fora, a maioria das tendas estava às escuras, mas algumas tinham as portas voltadas para trás, com soldados — demônios e anjos — movendo-se entre eles. Aqui e ali, pontos de fogueiras brilhavam onde círculos de lutadores cansados se reuniam. Jaelle pôde distinguir a forma escura e redundante de Legion entre eles, narrando algo animado, mas distante demais para ouvir.
Sua própria tenda havia sido montada mais perto do pavilhão dos generais, uma marquise com várias das paredes enroladas para deixar entrar o ar noturno. Pares de demônios e anjos montavam guarda em suas entradas. Jaelle viu Michael e Uriel lá dentro. Suas asas se dobravam para trás no éter, sua armadura de um lado, e ambos inclinados sobre uma mesa de mapa iluminada por sua própria luz, falando baixo demais para serem ouvidos.
Outras presenças sombrias estavam por perto, mas à noite Jaelle não sabia dizer quem eram. Ela adivinhou a direção de onde eles estavam vindo. O chamado dos cães infernais girou ao vento e ela estremeceu, imaginando o que Lorde Amalek poderia ter deixado para trás.
De repente, Jaelle não queria nada mais do que encontrar Matarael e deixá-lo dizer que as coisas podiam melhorar. Mesmo que ele não soubesse como, ela apreciava o quanto ele acreditava nisso.
"Pssst! Guardiã!"
Voltando-se para o pavilhão, Jaelle viu um membro da Legião acenando fervorosamente para um posto de guarda junto a uma porta. Ao lado dele estava uma Miríade, brilhando prateada como uma mensageira. Por sua proximidade, ela adivinhou que eles haviam, até aquele momento, mantido uma conversa íntima.
Quando Jaelle se aproximou, os dois bateram continência. Jaelle reconheceu os dedos crescendo de novo na mão de Legion e relaxou.
"Eric," ela disse, estremecendo com a dor de garganta. "Quanto tempo estive fora de mim?"
O demônio mantinha a voz baixa, mas ria, claramente de bom humor. "Algumas horas, Capitã Ninguém."
"É Jaelle, você sabe."
"Capitã Jaelle." Ele ainda sussurrou.
"Não, não ..." Jaelle olhou pela tenda, mas nenhum dos arcanjos notou sua aproximação. "Isso também não."
"Não se preocupe. Todos os grandes vilões partiram há um tempo. Só esperando um relatório do pessoal da limpeza antes de irmos. "
"Mal posso esperar", disse Jaelle, totalmente honesta.
"Estão te esperando, de qualquer forma", disse Myriad calmamente.
"Perdão?" Eric deu de ombros e puxou sua lança de lado.
Myriad acenou com a cabeça suavemente e Eric sussurrou: "Sua alteza a espera."
"Oh, um.... Obrigada." Jaelle disse para ser educada. Ela não se sentiu particularmente grata. Suas entranhas se remexiam de medo, vergonha e, ela admitia apenas para si mesma, nojo.
Ela respirou fundo algumas vezes, depois engoliu a ferida em sua garganta, antes de entrar.
Uriel dizia, "... começando a me preocupar. Se precisar da minha ajuda com alguma coisa, Michael, ficarei feliz em intervir. Você não pode fazer tudo. "
"Eu agradeço. Assim que Gabriel estiver de volta, podemos conversar sobre isso. "
"Em particular?" Uriel localizou Jaelle e deixou Michael vê-la olhando por cima do ombro.
Michael seguiu o olhar de Uriel. Quando viu Jaelle, endireitou-se e afastou o cansaço com um encolher de ombros. Para Uriel, ele acenou com a cabeça. "Sim, Uriel, obrigado. Mais alguma coisa sobre a missão? "
"Só acho que Gabriel vai precisar de uma bebida."
"Vou ver o que o duque Hastur quer e te seguir."
"Lave as mãos quando voltar," disse Uriel ironicamente. "Aposto que ele tem pulgas." Uriel deu a Jaelle um sorriso superficial quando ela saiu.
Michael acenou em seguida e Jaelle ocupou seu lugar com uma saudação nervosa.
O mapa na mesa exibia um terreno com uma nova borda desenhada a lápis. Onde antes havia uma cidade murada, fumegante como uma mancha solar. Michael colocou os últimos marcadores do mapa em uma caixa.
"Soldado," ele a cumprimentou brevemente. "Foi um longo dia."
Insegura, Jaelle olhou para o guarda atrás e perguntou: "Você queria me ver, excelência?"
"Sim." Jaelle se preparou para um sermão.
"Como você está se sentindo?" perguntou Michael.
"O que?" disse Jaelle, surpresa.
Michael fechou os olhos e o cansaço invadiu seus ombros. Ele não se repetiu.
"Sinto muito, alteza", disse Jaelle.
"Você continua se desculpando." Michael afastou o mapa. Deixou sua mão descansar na borda. Ele não tinha aberto os olhos. "O que é desta vez?"
"É só que não ... não consegui responder à sua pergunta."
"Você acha que isso teria mudado as coisas?"
"Como posso saber agora?" perguntou Jaelle. "Eu apenas senti ... estou tentando ter fé, mas também estou tentando ter esperança. Uma vez que os humanos morram ... "
"Eu sei, e não estou com raiva", disse Michael. "Você nasceu um anjo de misericórdia, não de julgamento."
"Não fomos todos, sua graça?"
"Sim. Até os demônios eram, "disse Michael. "Mas o julgamento de um mortal é a misericórdia de outro. Um pedido mantém a ordem. Não somos um exército de discórdia e confusão, soldado. "
Jaelle não sabia como responder, então não o fez. Ela ficou surpresa que uma parte dela entendeu, e ela estava com raiva dessa parte. Ela não sabia o que fazer com aquela raiva. Parecia importante, mas não resultava em nada.
Certamente não era o sermão que ela esperava.
Michael acrescentou: "Eu me preocupo que você se sobrecarregue demais. Os sentimentos são tão reais quanto qualquer outra coisa, mas nem sempre estão certos. "
"Eu não entendo."
"Estou dizendo, uma das razões pelas quais perguntei por você é que estou preocupado com como você se sente."
"Ah" disse Jaelle em voz baixa.
"O que aconteceu com os prisioneiros não foi sua culpa", disse Michael. "Você sabe disso?"
"Acho que sim."
"As circunstâncias a arrastaram para uma situação para a qual você não estava pronta."
"Pronta para o quê, excelência?"
Michael bateu um dedo na mesa. Ele parecia estar deliberando. Por fim, ele disse: "Já conversei com o capitão Ariya sobre você, Jaelle".
Ao ouvir seu nome, Jaelle sentiu uma onda de frio inexplicável na pele. "Conversou?"
"Ele me disse que você é teimosa, mas que nunca age. Também não acredito que seu comportamento hoje tenha saído da linha. O melhor que posso dizer é que havia um vazio e você o preencheu, e mesmo que tenha perdido de vista o objetivo do treinamento, o que você pensava ser o objetivo, bem, você utilizou recursos e unificou seu pessoal para alcançá-lo. "
"Eles não são meu... Isto é, eu acabei de fazer o ... Será que ninguém faria isso?"
"Ninguém mais fez."
"Mas eu sou ... eu não sou ninguém."
"Você não é?" Michael a olhou sério. "Você é uma guardiã. E uma soldado. O que mais é um mistério completo para mim, mas você não é 'ninguém', Jaelle. "
"Não sou tão impressionante", insistiu Jaelle. "Eu não fui corajosa, nem sábia ou forte hoje, excelência. Eu estava com medo, desesperada e com raiva. "
"Zangada, soldado?"
Jaelle temia estar sendo ridicularizada. "Sim, alteza", disse ela, "você poderia ter libertado todo este lugar sozinho, com uma mão atrás das costas."
"Então, você está com raiva de mim?"
O estômago de Jaelle embrulhou. "Parece ... quero dizer, eles podem achar cruel ter suas vidas jogadas assim."
"Estamos dando a eles uma última oportunidade", disse Michael.
"Por que você está reservando um tempo para falar comigo se eu não fiz nada errado?" perguntou Jaelle.
"Porque haverá mais missões como esta, soldado. Enquanto o Capitão Ariya está se recuperando, estou colocando você no comando do batalhão. "
"Mas eu..."
"Eu já os informei que sua explosão desta tarde foi perfeitamente razoável. Eu não vou permitir que eles te desprezem por isso. Acho que sua ingenuidade é por falta de experiência. Você está no caminho certo, só precisa de encorajamento. "
"Eu ..." Jaelle tentou se lembrar de suas maneiras. "Obrigada, sua graça, por isso. Mas não sei o que fazer. "
"Se não tiver certeza de alguma coisa, venha até mim."
"Mas eu não quero ser um incômodo — quero dizer, sim, sua graça, eu irei. Eu ... sinto muito por continuar cometendo erros. "
"Está tudo bem. Você é muito parecida com alguém que conheci uma vez. "
"Quem, sua graça?" Michael começou a enrolar o mapa.
"Não podemos ficar aqui conversando a noite toda", disse ele, sem responder. "Deve se apressar, Capitã."
Atordoada, Jaelle fez uma saudação e saiu da tenda. O vento agitou as fogueiras do acampamento e as lâmpadas do pavilhão piscaram.
Jaelle vacilou logo depois da soleira. Ela não tinha certeza do que esperava, mas não era isso.
"Eu disse a você", disse Legion, "Capitã." Ele piscou.
"Você vai se dar bem." Myriad, com seu jeito calmo e gentil, sorriu em igual encorajamento.
Jaelle tentou retribuir o sorriso de agradecimento, depois dirigiu-se aos grupos de fogueiras no acampamento suspenso, deixando-os conversando.
Seus passos eram lentos. Ela pensou no capitão Ariya, na violência desenfreada que levou à sua desincorporação. Depois, pensou no príncipe e na com que calma ele enfrentou a mesma violência. Nenhum dos exemplos parecia certo, pelo menos não para sua própria natureza. Onde tinha chegado ali? Ela não estava tentando chamar atenção. Ela certamente não estava tentando se tornar uma capitã. Ela nunca se preparara para liderar.
E, no entanto, momentos de liderança surgiram naturalmente nas horas seguintes. Jaelle não sabia dizer por quê, mas percebeu que gravitava em torno de grupos de soldados no acampamento, fazendo check-in, colocando a mão em um ombro ou braço onde parecia necessário, às vezes apenas dando um ouvido solidário ou reunindo outras pessoas para conversar.
Matarael a encontrou não muito depois. Ele ficou feliz em falar aos outros assim que se certificou que ela estava inteira. Outros também se destacaram no grupo de Ariya, e Jaelle os descobriu a seguir. Noel, Sagiya, Hananel ... Eles eram bons com sonhos. Alguém teria que ajudá-los a se protegerem dos pesadelos.
Aquilo lhe rendera um pouco de perícia em guerra, mas, decidiu Jaelle, ela ainda não era boa o suficiente como soldado. Ela só teria que ser uma guardiã por enquanto. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Notas da Autora: (1) Obra de arte: Doré, Gustave, "The Destruction of Sennacherib's Host" (1891), enviado para Wikicommons.org em 14 de novembro de 2018 e acessado em 20 de junho de 2020. (2) Meu headcanon é que alguns lordes demônios abandonaram até mesmo seus nomes quebrados para usar os nomes de tiranos que eles amaldiçoaram, como forma de se gabar. Amalek foi um criminoso de guerra.
Capítulo Original
#Good Omens#Belas Maldições#Bons Augúrios#Buenos Presagios#fanfic#sequel fic#Not So Much Falling At First#translation#tradução#portugues#Brazilian Portuguese
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Contato Imediato de Quinto Grau
Sinopse: É o contato mais íntimo entre humanos e extraterrestres. O observador chega a entrar no óvni, voluntariamente ou não. Se for à força, fica caracterizado um seqüestro, chamado na ufologia de abdução.
Palavras: 6.1k
Gênero: Smut; fluff; songfic; sci-fi. Yeosang + reader
Música: Equalize - Pitty (https://www.youtube.com/watch?v=x7WHL-o5tMo)
20:35
A chuva invernal caía do lado de fora e você estava preocupada porque não queria outra queda de energia. Toda vez que chovia era a mesma coisa. Algum pinheiro caía sobre qualquer torre e a luz acabava, a distribuição de água era cortada, a internet caía. Era sempre assim, mas você não cogitava a ideia de se mudar. Viver na encosta das montanhas poderia ter seus problemas, mas uma chuvinha como aquelas não iria fazer você mudar de ideia. Prince estava em seu colo, aconchegando- se e miando cada vez que você tentava se mexer em cima do sofá, ou cada vez que um raio caía durante a tempestade.
-Shhhh Prince, a chuva já vai passar...
Você alisava as costas peludas do gato, e o ronronado do bichano, agradável, te fazia manter a calma toda vez que as luzes piscavam. De súbito, um clarão irrompe através da sua janela frontal e um barulho alto, como uma explosão, ecoa em seus ouvidos. Prince pula do seu colo, e você grita, assustada. A luz havia caído.
-Caralho, que susto! - Você se recompõe e tateia pelo chão, procurando seu celular. - Droga, sem sinal... só me faltava essa!
Você levanta e liga a lanterna do celular, indo até a janela para ver se a luz do vizinho também havia caído, mas alguma coisa chama a sua atenção. Havia alguma coisa no asfalto, provavelmente um animal caído, você não conseguiu identificar por causa da distância. Mais um relâmpago e com o clarão, você consegue ver que o que está caído na estrada em frente à sua propriedade não era um animal, e sim um ser humano. Aparentemente havia um homem caído na estrada.
-Meu deus, tem um cara desmaiado na chuva!
Você fica em dúvida se deveria ligar para a polícia, ou para uma ambulância, mas ao encarar a tela do celular e ver que ele estava sem sinal, a primeira coisa que você pensa é em sair na chuva para verificar se aquela pessoa estava viva. Provavelmente havia sido atropelada e deixada para morrer na estrada. "coitado!" você murmura, indo pegar a capa de chuva e calçar as galochas para poder verificar. Claro que você levaria alguma coisa para se defender, caso fosse algum criminoso ou coisa do tipo, por isso escolheu um espeto da churrasqueira para levar consigo.
Você abre a porta da varanda e encara a chuva torrencial, com uma lanterna em uma das mãos e um espeto de churrasco na outra. O corpo continuava caído na estrada, imóvel.
-HEEEEEEY! VOCÊ ESTÁ BEM?- Você concentra todas as suas forças para gritar, mas o barulho da chuva parece ser mais intenso que sua voz. Você sabe que precisa chegar mais perto. - Droga, vou ter que ir lá...
Seus pés afundam no gramado encharcado da frente da sua casa, os pingos grossos da chuva caem por cima da sua capa e seu rosto já começa a molhar. Você chega um pouco mais perto e o breu da estrada faz seu coração pular para a garganta. Você só pensava que não havia sido uma boa idéia sair para ver se o desconhecido estava bem, mas mesmo assim você se aproxima o suficiente para cutucá- lo com aquele espeto.
-HEY, VOCÊ ESTÁ BEM?- Você o cutuca na perna, e o corpo é maior do que você pensava. Você aproxima a luz do rosto daquela pessoa e, para a sua surpresa, aquele rosto era de um rapaz, de feições quase angelicais. Você se impressiona com a beleza dele, os pingos de chuva batiam- lhe as bochechas e os lábios, os olhos fechados eram escondidos pelos fios de cabelo que caíam grudados na testa, ajudando a verter a água da chuva que ali caía. Ele vestia uma espécie de uniforme, um macacão inteiriço, e botas pretas. Você o cutuca mais uma vez e ele parece se mexer. - Hey!
Lentamente, o rapaz à sua frente começa a mexer o braço e abre os olhos, pequenos, trêmulos com a chuva. Ele olha para você, confuso, tirando os fios de cabelo do rosto. Você o encara em meio à escuridão e vê que ele tem um corte na têmpora, provavelmente causado por algum impacto. Talvez ele realmente tivesse sido atropelado. O desconhecido senta e você entrelaça seu braço no dele, o trazendo para si e fazendo com que ele se levante. Ele é alto, e ao se levantar o corpo dele arqueia, falho, e ele coloca as mãos atrás do pescoço, tirando logo em seguida e uma mancha vermelha escorre pelas suas mãos pálidas, iluminadas pela luz do seu celular.
-Vamos entrar, você está machucado!
Você o apoia em seu ombro e tenta ajudá- lo a caminhar até a entrada da sua casa, cambaleando pela grama molhada. Ao entrar, você o leva direto para o banheiro, puxando a toalha que está pendurada no box, para secá- lo e cobri- lo um pouco.
-Você foi atropelado? - Seu rosto ainda está molhado e o sangue em sua têmpora para de escorrer, então você vê o local onde um golpe havia sido desferido. - Alguém bateu em você? Você foi atropelado?
Você o senta em cima da privada e abre o armário, pegando o kit de primeiros socorros. Como a energia havia caído, você não consegue enxergar muita coisa além do que a lanterna do seu celular é capaz de mostrar.
-O- onde...- O desconhecido começa a falar e a sua voz rouca lhe parece agradável.- ... quem é você?
-Não precisa se assustar, eu me chamo S/N e você está na minha casa. O que houve com você? Você se lembra?
Ele levanta de onde está e a força que ele faz é muita, e ele acaba sentando depois, com as mãos no pescoço. Ele geme de dor e você se volta para ele.
-Você também está ferido nas costas, deixa eu ver, eu já trabalhei na Cruz Vermelha, não precisa se preocupar.
Você deixa o celular em cima da pia e se abaixa para tentar enxergar onde exatamente ele está ferido e é quando a luz volta, e o clarão repentino faz você e o rapaz cobrirem o rosto com a mãos. Um miado vem da entrada do banheiro e você olha para Prince, com o rabo cinza ondulando e as orelhas baixas, encarando o estranho sentado em seu banheiro
-Esse é o Prince, ele não vai morder você. Agora que a luz voltou, deixe- me ver onde você está ferido.
Ele abre o zíper do macacão e começa a tirar os braços, ele usa uma regata branca por baixo, e assim que a parte de cima do macacão cai das suas costas, você vê a mancha vermelha atrás do seu pescoço. Você o toca e ele geme de dor, assustando Prince e o fazendo correr dali.
-Você sangrou bastante, mas não vai precisar de pontos. Vou desinfetar e você vai tomar um banho quente, ok? - Ele apenas balança a cabeça, concordando. Você higieniza o corte no pescoço, quase na nuca e que mais parece um furo, na têmpora e logo depois entra no box, ligando o chuveiro.
Você agita as mãos quando vê ele tirando a roupa na sua frente e não consegue evitar uma espiada de canto. Ele deveria ter pouco menos de um metro e oitenta, magro, mas os braços e os ombros são definidos. Provavelmente ele vinha da base militar, a alguns quilômetros da encosta. Ele possui uma tatuagem no peito, uma série de números logo acima dos mamilos: A7332. Você você vira o rosto rápido quando ele percebe que você está olhando.
-Deixa sua roupa no chão que eu coloco na máquina, vou trazer algo para você vestir.
Rapidamente você sai do banheiro para seu quarto, a fim de achar alguma roupa que servisse no desconhecido. Você ainda murmura que não havia sido uma boa ideia ter trazido um estranho para sua casa, mas ele estava ferido e você não deixaria ele sangrando a noite toda na chuva. Prince pula na cama e mia pra você, ele também está assustado com a presença atípica. A chuva havia diminuído um pouco, o que fez você repensar em ligar para a polícia.
-Só vou fazer os curativos nele antes...
Ao abrir a porta do banheiro, você vê as roupas dele amontoadas no chão e as coleta, deixando a roupa seca em cima da privada. A água do chuveiro para e o estranho sai, aparecendo completamente nu através das cortinas do box. Você solta um gritinho e joga uma toalha para ele.
-Me desculpe...- Ele se cobre enquanto você fica de costas, tentando não pensar na imagem que havia acabado de ver.
-Eu vou colocar suas roupas na máquina, espero que não se importe em vestir minha camisola, acho que é a única coisa que servirá em você. Deixa eu ver seu corte, vou fazer o curativo.
Ele senta novamente na privada e você consegue visualizar melhor a ferida. Era uma perfuração, e você pressionou forte para ver se ainda estava sangrando.
-Aiiiiii!- Ele reclama e se contorce.
-Não está mais sangrando, que tipo de machucado é esse? Você se feriu como?
Um silêncio se fez presente enquanto você ajusta o curativo, primeiro em sua nuca e depois um menor em sua têmpora, e você nota que ele tem uma mancha avermelhada que vai até o canto externo do olho dele. Ele parece distante, mas você consegue perceber as batidas em seu peito, aceleradas.
-Que dia é hoje? - O estranho pergunta.
-Quarta feira, dezenove de novembro de dois mil e vinte e cinco.
-novembro...- Ele murmura, repetindo para si mesmo as suas palavras.
-Você vai me dizer onde se machucou assim? Ou pelo menos o seu nome já estaria de bom tamanho...
-Yeosang. Meu nome é Kang Yeosang.
-Hum, diferente. Você não é daqui, né?
-Yeosang balança a cabeça em negação.
-Você é boa ou má?
A pergunta dele te deixa confusa. Que tipo de pergunta era aquela? Ele falava como uma criança, balbuciando devagar e cuidando para que nenhuma sílaba fosse pronunciada erroneamente.
-Eu acho que sou boa, Yeosang. Não sei, mas isso é uma questão de perspectiva, não é?
Yeosang não responde, ele permanece calado enquanto você junta as coisas dele novamente do chão. Você tira um pequeno objeto de dentro de um dos bolsos e assim que ele percebe, ele o toma da sua mão com voracidade. É um aparelho redondo, com alguns botões e um marcador digital. Uma espécie de cronômetro.
-Droga! Quebrou!
-Você quer consertar? Talvez eu tenha algumas ferramentas...
-Nós estamos em novembro de dois mil e vinte e cinco mesmo?
-Sim... - Você estranha a pergunta novamente e ele parece meio aflito. Na verdade ele puxar o aparelho da sua mão e perguntar novamente se a data estava certa a deixam desconfiada. - Não vai me dizer que você é tipo um viajante do tempo ou coisa parecida...- Você começa a rir, mas para quando vê que ele não está rindo junto.
-Sim. Eu caí aqui logo depois de ser atingido por alguma coisa, provavelmente algum meteorito que atravessou o meu traçado...
-Você é algum tipo de lunático? Oh meu deus... você é um viciado!? - Você fica de pé, assustada e olhando para Yeosang, se é que esse era mesmo o nome dele.
-Desculpe, humana terráquea, não queria envolvê- la nisso- ele fecha os olhos e suspira em rendição.- mas agora que você já sabe o meu nome, então creio que a melhor coisa é contar pra você quem eu sou.
~~~~
22:15
-Ok, ok. Deixe ver se eu entendi. Então você é Kang Yeosang, um recruta do planeta "Eden" que veio auxiliar no resgate de Kim Hongjoong, preso naquela base militar, mas por algum erro de cálculo ou um objeto estranho, você foi jogado para fora do trajeto, o que acabou afetando as coordenadas temporais e você caiu onde deveria cair, mas três meses antes. É isso?
-Precisamente.- Yeosang concordava, com Prince em seu colo e vestindo sua camisola rosa das meninas super poderosas.
-E você realmente acha que eu vou acreditar nisso? Você deve ter sido atropelado e a pancada na sua cabeça afetou seu cérebro!
-Eu estou falando a verdade, humana. Por quê não acredita?
-Pra começar, você também me parece bem humano! - Você levanta da mesa, tentando achar mais argumentos para rebater Yeosang.
-Nunca disse o contrário! Eu sou um humanoide também, talvez a única diferença é que meu povo é muito mais evoluído que o seu. Vocês não conseguem nem se comunicar com seus animais de estimação...- Ele afagava as orelhas de Prince, que estava cada vez mais aconchegado em seu colo.
-Ah, e vocês falam com gatos, claro...
-Nos comunicamos por telepatia com os animais, mas em Eden não existem gatos, apenas Hehets...
-Hehets?
-Sim, são pequenos mamíferos ovíparos, adoráveis, minha irmã tem quatro deles...
-O que você precisa consertar pra ir embora daqui?
-Não está gostando da minha companhia, humana?
-Você poderia parar de me chamar assim? Meu nome é S/N.
-S/N...- Ele ri, e você observa o rosto dele mexer, as bochechas salientes e os dentes perfeitos a fazem arfar. Ele era adorável. Um lunático adorável. - ... os nomes terráqueos são horríveis!
-Bem, senhor Kang Yeosang, a julgar pelo seu bom humor, parece que você já está recuperado, não é? Todas as minhas ferramentas estão nessa caixa, use o que precisar para consertar seu "aparelho".- Você entona a voz na palavra, como se estivesse falando sem acreditar.- Eu já fiz seus curativos, suas roupas estão secando e você está debaixo do meu teto se protegendo da chuva. Já fiz a minha boa ação do dia! - Você levanta da mesa, pegando Prince no colo, que não aprova sua ação e sai correndo em direção à cozinha.
-E você tem minha completa gratidão, senhorita S/N! - Yeosang se levanta e segura seus ombros com as duas mãos. - Vou mencioná- la em meus relatórios e você poderá visitar Eden quando quiser! - Ele sorri enquanto olha fixamente pra você, o que te faz ruborescer. Um barulho interrompe o contato visual e Yeosang segura a barriga.
-Você ainda está sentindo dor?- Você fala, aflita.
-Não, eu só estou com fome. Você não tem nenhuma barrinha nutritiva aí?
-Aqui não tem nenhuma comida alienígena, vou preparar alguma coisa congelada enquanto você tenta consertar suas coisas. Com licença.
Você sai da sala tentando compreender o que havia acabado de acontecer. Aquela história que Yeosang contou parecia mais uma invenção para lhe esconder a verdade. Talvez ele fosse realmente um recruta, mas da base militar, talvez ele tenha descoberto alguma coisa e fugido, talvez algum crime. Poderia ser qualquer coisa, porque crer que ele era um alienígena era uma ideia muito estapafúrdia. Você serve ração para seu gato enquanto as asinhas de frango congeladas estão assando e percebe que havia deixado o garoto na sala, sozinho. E se ele roubasse alguma coisa? Ou pior, se ele fugisse dali enquanto ainda está chovendo e usando a sua camisola? Ele não batia bem, ao menos você havia se convencido que não.
-Escuta, senhorita S/N, eu não sou lunático, eu realmente estou lhe contando a verdade.
Yeosang aparece na entrada da cozinha, do nada, e você grita, assustada. Seu coração acelerado quase salta pela boca.
-Eu estava falando em voz alta? Eu tenho certeza de que estava pensando, e não falando...- Você fala olhando para ele, confusa, com o cenho franzido.
-Eu estava me comunicando telepaticamente com você, mas seu cérebro é muito resistente aos impulsos eletromagnéticos.- Yeosang continua explicando e gesticulando com as mãos. - o subconsciente dos humanos ainda é muito primitivo. Sua mente só captou as palavras "fugido" e "crime" das minhas ondas. Mas eu ouvi seu pensamento e posso assegurar que estou falando a verdade.
- Se você é um alienígena então me diga, onde é que está a sua nave?
- É o que eu vou tentar descobrir, mas preciso consertar meu dispositivo. Eu fui ejetado quando entrei na estratosfera, e caí aqui. Três meses antes do que eu deveria. Minha cápsula possui sistema anti invasão, mas eu não sei quanto tempo a bateria emergencial aguenta. Eu tive que arrancar a conexão delphos do corpo, por isso o furo que você cobriu entre o pescoço e a nuca. Na cabeça eu creio que foi a queda.
-O que é conexão delphos?
-É o cabo orgânico que nós usamos para nos conectarmos com as máquinas, óbvio! Vocês não possuem um, não?- O rosto de Yeosang franziu quando percebeu sua expressão de confusão no rosto.
-Eu acho que estou em um pesadelo, não pode ser possível...- Você percebe que Yeosang realmente fala a verdade, porque um súbito calafrio lhe atinge a espinha. Algo que você não havia sentido antes.
-Você conseguiu sentir isso?- Ele pergunta, curioso, com um repentino sorriso no rosto e apontando com o indicador para cima.
-O que foi isso? O que você fez? Foi outra comunicação por telepatia?
-O seu corpo conseguiu captar as ondas que eu estou emanando, algo que você chamaria de "pressentimento". Seu instinto sabe que pode confiar em mim.
-Isso significa que você consegue compartilhar pensamentos e sensações comigo através da sua mente?
-Bem, a grosso modo é isso mesmo. E para compartilhar com as máquinas, nós usamos a conexão delphos.
Você se apoia na pia e fica em silêncio, tentando assimilar a coisa toda. Quer dizer então que todo esse tempo, desde muito antes de você nascer, provavelmente muito antes dos humanos, sempre existiu vida fora da Terra?
-Meu deus, eu sempre tive razão! O que será que minha mãe vai dizer quando souber que eu conheci um alienígena de verdade?
-Não, não, não...- Yeosang de repente havia adquirido uma expressão de total desespero.- ... senhorita S/N você não pode contar a ninguém o que você e eu vivemos durante o tempo que eu estive aqui! Por favor! Ou eu terei de apagar a sua memória...
-Então eu não posso contar pra ninguém que conheci você? Nossa, isso é tão injusto...- Você percebe que a expressão de Yeosang REALMENTE está preocupante e começa a rir. - ... calma, Yeosang, eu não vou contar, eu juro. Podemos selar um acordo se você quiser, mas eu queria saber por quê eu não posso contar...
-Esse meu acidente vai custar um bocado caro em termos de tempo, e eu não quero que meu nome apareça na Organização Interplanetária. Eu posso perder minha licença. Eu deveria apagar a sua memória, mas você tratou as minhas feridas e me ofereceu um teto, além disso a sua mente é interessante, se você contar poucas pessoas vão acreditar em você, você não passa muita credibilidade.
-Você está me chamando de louca?
-Não, veja bem, você não é culpada por isso. Que cheiro bom é esse?
Yeosang começa a procurar a origem do cheiro que sentiu pela cozinha, como um gatinho. Você ri porque ele lembra Prince quando era filhote.
-É frango, eu estou assando umas asinhas...- Você abre o forno para ver se já estavam prontas.
-Frango? Você diz, animal?
-Ah, meu deus, você é vegetariano?
-Mais ou menos.
-O que você gosta de comer?
-Barras nutritivas de vitaminas, quando estou em missão. Em casa nós comemos frutos e raízes de árvores, algumas até tem origem terráquea. Ah! Comi alguns crustáceos quando visitei a Terra da última vez.
-Bem, prove o frango e se você não gostar, tem algumas frutas na geladeira.
Você coloca o prato sobre a mesa e Yeosang pega uma das asinhas, mordendo em seguida, e a cena a entretem. Ela era tão bonito, mesmo comendo.
-Hummm! Gostei do frango- ele fala, com a boca ainda cheia e os olhos brilhando com a descoberta de um novo sabor. - talvez eu prove um hehet quando voltar pra casa...
-Você já bebeu cerveja? - Você pergunta, arqueando a sobrancelha e indo até a geladeira. - Quer uma?
-Esqueci que aqui vocês bebem outras coisas além de água- Yeosang fala enquanto ataca mais asinhas de frango. - Essa bebida vai afetar as minhas funções sinápticas e comprometer meu sistema límbico me fazendo ter um pico de cefaléia doze horas depois?
-Sim, é uma bebida alcoólica.
-Perfeito. Sempre quis provar uma dessas!
~~~~~
23:08
Era divertido observar Yeosang consertando aquele dispositivo esquisito. Ele só precisou usar uma chave de fenda pequena, uma tesoura de cortar unhas e fita isolante. Praticamente um McGiver extraterrestre. Vocês estavam compartilhando mais uma cerveja.
- Acho que isso resolve até eu achar minha cápsula e pegar o dispositivo emergencial. Só preciso recarregar um pouco. Você tem algum ponto de descarga elétrica por aqui?
-Você quer dizer uma tomada? Tenho algumas...
-Preciso de uma corrente alta, a mais alta que você tiver.
-A da máquina de lavar é a mais potente. Vem comigo.
Você e Yeosang chegam até a máquina de lavar, e enquanto ele faz o que precisa você retira as roupas dele de dentro da máquina, que já estavam secas. Você observa ele arrancar a placa da tomada, os dedos pressionando a chave de fenda e movendo- se enquanto ela gira, as articulações e as veias das mãos e dos braços parecem dançar em sincronia enquanto ele mantém o rosto delicado sob um cenho franzido pressionando os lábios um no outro. "São todos bonitos assim nesse planeta?" Você pensa e é interrompida pela voz dele.
-Eu conserto pra você depois, eu prometo.
Vocês se encaram por alguns segundos, as bochechas dele estavam visivelmente avermelhadas. Os cabelos loiros, já quase secos, caíam sobre os olhos dele, e talvez fosse o efeito da bebida, mas você achou os lábios de Yeosang convidativos.
-Você pode vestir suas roupas agora, elas já estão secas. Mas olha, a mancha de sangue não saiu...- Você faz um beiço quando vê a mancha avermelhada na regata branca que estava em suas mãos.
-Se a senhorita não se importar eu prefiro ficar com esse seu traje por hora, ele é bastante confortável.
-Yeosang segura na barra da camisola e você olha para baixo. Era engraçado, a camisola ficava comprida em você, abaixo dos seus joelhos, mas para ele mal cobria as coxas. Você disfarça quando percebe as partes íntimas dele, e você sente alguma coisa estranha tomar conta do seu corpo.
-Vai demorar muito para carregar seu aparelho?
-Acho que em duas horas ele já estará apto para navegação.
-É, vai demorar um bocado. Podemos assistir televisão se você quiser.
-Se isso a deixar menos ansiosa, então vamos.
-Você continua lendo meus pensamentos?
-Não precisei entrar na sua mente para constatar isso. Você está com os lábios trêmulos, não está conseguindo manter contato visual comigo, engole em seco a cada trinta segundos, sem falar dos seus batimentos cardíacos...
-Me desculpe, não é todo dia que eu tenho a companhia de alguém de outro mundo.
-Bem, você pode aproveitar a minha companhia para saciar alguma curiosidade. O que acha? Você disse que sempre acreditou que existia vida fora da Terra, não gostaria de saber como ela funciona?
A ideia lhe pareceu atraente, você sempre tivera curiosidade em saber se realmente havia vida além desse planeta, mas ao mesmo tempo você se via diante de um impasse. Talvez você não quisesse conhecer aquele "humanoide", saber sobre sua vida, sua história. Era um daqueles momentos em que você só queria que seus pensamentos estivessem menos acelerados. O efeito do álcool em seu sangue costumava te deixar com pensamentos confusos, quando não afetava os seus hormônios. Vocês voltam para a sala, a chuva continua caindo com força e um silêncio constrangedor entre vocês dois cresce.
Yeosang senta no chão, no tapete da sala e dobra as roupas em cima da mesinha de centro. Você se segura para não perguntar nada constrangedor, e fica olhando para a tatuagem que ele tem no peito.
-Esse é o meu código de cadete, todo mundo que navega entre galáxias deve ter um desses, a sequência numérica é por esquadrão. - Ele solta um riso anasalado- Minha mente se conectou com a sua durante alguns segundos, acho que o álcool já está afetando o seu sistema límbico
De fato você já se sentia um pouco alta pela bebida. Você ri e tenta disfarçar quando sente as bochechas quentes, querendo saber por que é que você estava se sentindo daquela forma. Um trovão cai e o barulho faz seu coração parar; a lâmpada da sala começa a piscar.
-Não acredito que vai faltar luz outra vez! - Você se irrita e sobe no sofá para ver se havia algum mau contato na lâmpada, que continua a piscar. - Eu deveria ter trocado essa lâmpada antes...
De repente, a luz apaga. Tudo fica escuro outra vez, por sorte você não havia tomado um choque. Mas você permanece imóvel, em cima do sofá, e agora não enxerga um palmo diante de si por causa da escuridão ainda mais assustadora do que antes. Você toma todo cuidado para descer do sofá sem enxergar nada, e acaba pisando em alguma coisa.
-Aiiii!- Era a voz de Yeosang, você se assusta e grita também, escorregando com o outro pé no assento do sofá e indo ao chão.
Yeosaaaaaa...
Ao contrário do que você esperava, você não cai. O impacto fofo que você sente nas costas é do corpo de Yeosang, ele conseguiu pegar você antes que você chegasse ao chão.
-Você está bem senhorita S/N?- Você está deitada no colo dele agora, sem saber o que fazer. Está escuro e a única coisa que você consegue sentir nesse momento é a respiração dele, que a propósito, parece tranquila.
-S-sim...- Você firma as mãos nos ombros de Yeosang e sente os músculos dele se movimentarem debaixo do seu toque. - ... desculpa por pisar em você.
-Tudo bem, vocês não têm a visão noturna muito bem desenvolvida como nós. Além disso eu tenho reflexos muito aguçados.
Você sente o hálito de cerveja dele bater contra seu rosto e isso provoca uma onda de calor inesperada no seu corpo. Seus olhos fecham e você repete para si mesma que não está sentindo nenhuma atração física pelo extraterrestre na sua sala.
- Por quê você está de olhos fechados? Já estamos no escuro.
Seus se abrem e você faz um esforço enorme para enxergar a silhueta de Yeosang à sua frente, e sente o braço direito dele, que até então lhe segurava pelos quadris, subir e tocar sua sobrancelha com suavidade, desenhando uma e logo depois a outra com as pontas dos dedos.
-A temperatura do seu corpo subiu repentinamente.- Ele agarra seu pulso e o toca, sentindo seus batimentos.- Sua frequência cardíaca está acelerada. Sua respiração curta demais...
-Você vai continuar monitorando meu corpo?- Você pergunta baixinho, com a voz fina.
-Sua voz está trêmula. Está com medo de alguma coisa?
Ele toca seu rosto, e por um breve momento você sente como se estivesse prestes a derreter no colo dele. Você se perde em seus pensamentos e nesse momento, você sente o toque de Yeosang acariciar seu rosto, tocando as suas bochechas com o polegar e logo depois seus lábios. Sua cabeça é preenchida com um único pensamento: como seria beijá- lo?
-Sua boca está seca...
Você continua em silêncio, sem conseguir agir ou verbalizar nada. O colo dele é aconchegante, a respiração dele deixa você calma, mas aquele cheiro de álcool, o toque dele no seu rosto e a pele quente dele a deixam sem ação.
-Acho que meu sistema límbico está começando a ser afetado pela bebida também...
Antes que você pudesse responder, Yeosang aproxima o rosto dele do seu e toca seus lábios com os dele, e aquele primeiro contato deixa sua mente atordoada. Você abre minimamente o lábio inferior e sente a língua quente dele pressionar um pouco mais para que você abra a boca, você não protesta, apenas fecha novamente os olhos e sente uma corrente forte de energia ser descarregada sobre você, como se você estivesse afundando em uma panela de água fervente, mas em um bom sentido. Ele te aperta, como se quisesse te trazer mais perto, e você envolve os braços no pescoço dele, acelerando o beijo, fazendo com que a língua dele dentro da sua boca acompanhasse o ritmo que você queria. O calor começa a se tornar um incômodo para você, mas Yeosang não te solta, ele não interrompe o beijo, a mão dele passeia pelos seus cabelos, pela sua orelha, tocando sua pele com as pontas dos dedos, você nem percebe quando começa a copiar os movimentos dele, deslizando seus próprios dígitos pelos cabelos acobreados e ainda úmidos, contornando suas bochechas, o canto dos seus lábios, descendo até o pescoço e sentindo a clavícula sobresaliente dele. Ele rosna, como um filhotinho bravo, e segura sua mão, como se quisesse que você não o tocasse. Você interrompe o beijo nesse momento e fica sem graça, agradecendo mentalmente pela escuridão porque sua cara de vergonha deve estar horrível.
-Yeosang...- Você suspira, ainda sentindo os lábios dele perto dos seus.- ...eu fiz alguma coisa errada?
-Não, senhorita S/N, eu...é que...- pela primeira vez você consegue sentir algo dele, um sentimento familiar pra você, e aquela sensação que você teve quando percebeu que ele estava falando a verdade, logo quando você soube sobre ele, um pressentimento que volta a descer pela sua espinha- ... eu não deveria trocar fluidos com uma fêmea terráquea, mas você está no cio e por um instante nossas mentes se conectaram...
-Trocar fluidos com uma fêmea terráquea? E como assim eu estou no cio?
-O cheiro que você exala está afetando minha capacidade cognitiva, isso fez com que meu corpo agisse por instinto, praticamente suplicando pelo seu. - Ele enterra a cabeça no seu colo e puxa o ar- E o álcool na minha corrente sanguínea não está ajudando nenhum pouco. Mas eu entrei na sua cabeça e vi seus pensamentos enquanto trocávamos saliva, você quer isso tanto quanto eu...
-E você não pode trocar fluidos com uma fêmea terráquea?
-Eu nunca sequer beijei uma fêma terráquea antes!
-Você não gostou?
-O quê? Foi incrível, eu não sabia que humanos usavam a língua também! Mas os seus pensamentos, eles estavam meio nublados...- Ele se aproxima de você e dá um selinho na sua testa.- ... eu não quero assustá- la ou fazer algo que você não goste, só que para isso eu preciso da sua permissão para ter acesso ao seu subconsciente.
-Você tem minha permissão, Yeosang.
-Você tem certeza?
-Tenho. - Você responde de imediato, o peito subindo e descendo em antecipação.- Me mostre como vocês fazem no seu mundo...
00:23
-Você beija de olhos abertos...- Yeosang murmura entre seus lábios, após retomá- la com um beijo. Você os fecha, sorrindo e pronunciando um pedido de desculpas miado.- ...não, não, não feche os olhos- ele continua a sussurrar contra sua boca- eu consigo ver através deles...
Yeosang continua sussurrando contra sua pele, beijando seu rosto e descendo pelo pescoço, lentamente deitando você no tapete felpudo à frente do sofá. Sua visão parecia estar se acostumando à escuridão, você conseguia perceber todos os traços do rosto perfeito dele, seus cabelos caindo por cima do curativo na têmpora, talvez estivesse claro por causa da luz noturna entrando na janela frontal. Yeosang puxa a calça do seu pijama, o ar úmido e frio bate na sua pele, mas as mãos dele são quentes e passeiam pelos seus quadris, pelas suas pernas, aquecendo sua pele como se estivessem em brasa. A visão dele se materializa ainda mais iluminada do que antes, você o assiste tirar aquela camisola horrível pela cabeça, e você perde bons segundos admirando o corpo nu dele, ajoelhado bem na sua frente. Ele paira sobre você, encaixando- se entre suas pernas e a beija, com uma certa aflição, devorando seus lábios, tocando em suas curvas, roçando os quadris nos seus, friccionando exatamente o ponto que você tanto queria, provocando espasmos no centro do seu corpo. Você o aperta contra si, retribuindo o beijo e sentindo uma lufada de ar escapar dele assim que você puxa os seus lábios inferiores, sugando e mordendo em seguida. Ele geme em reclamação e os sons que vêm dele a deixam deliciada.
Você nunca havia tido uma sensação como aquela, era como se Yeosang soubesse exatamente onde tocar, onde beijar, o jeito certo de gemer no seu ouvido, até mesmo o cheiro da pele dele faziam com que o desejo por mais crescesse dentro de você. Ele se firma com um braço no tapete, ao lado da sua cabeça, e segura a barra da sua blusa com a outra, puxando- a para cima, afoito. Você tira a peça e se firma nos próprios cotovelos para encará- lo de muito perto, sorrindo ao perceber o quão claramente você consegue enxergá- lo.
-Yeosang, como você fez isso? C- como... como eu consigo ver você tão bem no escuro? - Você tentava achar as palavras certas para perguntar o que estava sentindo.
-Porque nossos corpos estão alcançando a mesma frequência.- Ele interrompeu os beijos no seu pescoço para encará- la e você toca em seu peito, desliza os dedos pela tatuagem dele, raspando de leve as unhas na pele fina das costelas. - Nossa energia está se expandido rápido... - ele avança o rosto contra o seu e você se deita sobre o tapete novamente, para que ele possa encaixar- se em seu corpo e continuar a ondular os quadris nos seus, num ritmo lento e desconcertante. - ... seu subconsciente é delicioso...- Yeosang começa a descer em uma trilha de beijos pelo seu corpo, passando entre os seios, capturando um dos seus mamilos com a boca, e com um movimento sutil da mão livre, a toca por cima da calcinha, esfregando seu clitóris, que pulsa com o contato repentino. - ... vocês terráqueos gostam mesmo de se cobrir, hein. - ele dedilha um pouco mais no seu centro e afasta o tecido com cuidado, afundando dois de seus longilíneos dedos dentro de você e selando os lábios nos seus. Você choraminga arqueando as costas no tapete, enquanto ele escorrega facilmente para dentro e para fora de você, e repete o ato em seguida, devagar. - Eu nunca havia visto uma fêmea assim como você, tão molhada e quente.- Yeosang tira os dedos de você e os coloca dentro da própria boca - Hum, o gosto do seu prazer é uma delícia, eu preciso de mais, eu quero mergulhar completamente dentro de você, me mostre o seu interior...
-Yeosang...- Você sabia o que ele queria, você podia sentir todas as suas vontades, o seu corpo sabia como se comunicar com o dele.
Você gemia e choramingava com todos aqueles toques, com língua macia dele atingido a pele do seu colo enquanto ele manipulava você com as mãos, sem nunca romper aquele contato visual tão singular, como se os seus olhos fossem um manual de instruções e ele pudesse invadir sua mente e decifrar seus sonhos através deles.
-Deixe a sua energia fruir, olhe nos meus olhos e me deixe conduzir você...
Você apenas concorda com a cabeça, puxando- o com as pernas para que ele caia sobre você e assim o contato entre ambos os corpos sacie tudo o que você precisa. Você ansiava mais do que tudo por um orgasmo, já não conseguia aguentar todas as imagens e sensações que sua mente e seu corpo produziam, seus sonhos, seus medos, seus anseios e suas incertezas, estava tudo exposto e Yeosang podia fazer o que quisesse com você nesse momento. Com desespero, você tateia o corpo dele até finalmente encontrar seu membro, completamente molhado, vertendo, e você esfrega sua palma e seus dedos, massageando-o, sentindo cada veia protuberante pulsar na sua mão, e você o conduz para dentro de si, fazendo- o afundar centímetro por centímetro, até que ele estivesse tocando tão fundo, que a sensação de que todas as conexões dos seus sentidos estivessem concentradas bem ali naquele ponto. Você o enlaça pela cintura com as pernas e o traz para perto, segurando- o pelo rosto para beijá- lo enquanto seu corpo se ajusta ao dele.
-Eu não deveria pular etapas, mas droga..! - Yeosang tentava se concentrar enquanto você o beijava - Você já está tão molhada, tão aberta, e eu não fiz nada além de beijá- la e tocá- la nos lugares certos...
É impossível trocar qualquer palavra com Yeosang nesse momento, a única coisa que você conseguia fazer era ondular os quadris em busca do atrito dele dentro de você. Você murmurava o nome dele a cada três ou quatro sílabas, lágrimas caíam pelos cantos de seus olhos enquanto você implorava para ele se mover porque era tortuoso sentí- lo ali parado, era como estar fazendo equilibrismo na beira do precipício.
-Eu já vou dar o que você quer, ok?- Ele gruda a testa na sua, olhando fundo nos seus olhos e começa a se movimentar tão devagar, como se vocês estivessem em câmera lenta.- Assim está bom? Hum?
-Yeo-sang...- você geme arrastado e ele ri, se divertindo com o seu tormento.
-Se você quer mais rápido eu preciso saber, você precisa me dizer...- ele fala baixinho no seu ouvido, só para te torturar ainda mais. - Assim está melhor? - Ele investe contra você, um pouco mais rápido do que antes, mas ainda sim num ritmo lento.
-Mais...- Você pede, soprando contra os lábios dele.- ... mais rápido...
-Seja uma fêmea educada...- Você crava as unhas na cintura dele e o puxa, ele franze o cenho e ri. - ... eu sei o que você quer e posso te dar o quanto quiser, você só precisa pedir com educação...
Y-eosang...- você o chama ainda mais manhosa do que antes- ... me faça gozar, por fa...favor! - Yeosang deixa um selar nos seus lábios antes de segurar firme em suas coxas com as duas mãos e investir contra você, violentamente.
-Oh, sim, eu vou fazer tudo o que você quiser, eu vou dar tudo o que você me pedir...- Ele continua, mais rápido e mais forte do que antes e você arqueia as costas, sentindo- se flutuar entre o tapete fofo e o corpo suado de Yeosang.
A sensação do orgasmo invade seu corpo de um jeito tão forte que você não entende se o tempo parou ou se a sua mente chegou à completa exaustão. Você vê o sorriso dele à sua frente, os olhos vidrados nos seus enquanto os dois compartilham imagens borradas, lembranças distantes e desejos do futuro. Ele a enlaça pela cintura e em um movimento rápido, joga seu corpo para cima, fazendo vocês trocarem de posição.
-Yeosang, eu não consigo... - você se sente super estimulada e a superfície da sua pele em contato com a dele é insuportavelmente quente, quase ígnea. - ... é demais!
-Um pouco mais, só um pouco mais... - Ele puxa a sua cintura, forçando- a para baixo e guiando os seus quadris porque você não consegue coordenar os próprios movimentos. - ... eu preciso de mais, baby!
Ele a puxa para perto de si e a beija, sussurrando em seu ouvido, fazendo você responder sim à tudo o que diz. O cheiro de vocês dois já se tornou um só e se espalha pelo seu corpo e pelo corpo dele, pela sala, e vocês dois gemem em meio aos trovões da tempestade que ainda caía do lado de fora. O segundo orgasmo chega e consome seu corpo desde a ponta dos seus pés, você contrai e dilata em torno da dureza de Yeosang e ele urra, como um selvagem, sentindo você tão molhada a ponto de ficar escorregadia em cima dele. Ele ergue o próprio corpo para conseguir abraçá- la enquanto atinge o próprio ápice, gemendo contra sua boca e absorvendo todos os seus pensamentos mais uma vez, substituindo pelos dele e preenchendo seu corpo com toda a sua essência.
-Deixa eu fruir com você, venha, me dê sua boca...
Vocês beijam- se enquanto desfrutam o momento avassalador em que as duas mentes atingem exatamente a mesma frequência, você tenta deixar os olhos abertos mas não consegue, imagens de diferentes galáxias viajam pela sua cabeça, o gosto da cerveja ainda se faz presente, milhões e milhões de estrelas explodem dentro de você e suas pernas tremem, apertam Yeosang como se ainda houvesse algum espaço de distância entre vocês dois. Ele segura os cabelos da sua nuca e desliza a mão nas suas costas úmidas e tenta sincronizar a sua respiração com a dele.
-Shhhhh... - Ele a segura com firmeza.- ... concentre- se nas batidas do seu coração...
Ele permanece abraçado a você, com a cabeça no seu peito, até que sua respiração volte a acalmar. A escuridão volta a preencher o seu olhar e dessa vez você não se assusta, mas sorri contra o ombro de Yeosang, maravilhada com todas as memórias que ele havia compartilhado com você.
-Preste atenção, você vai continuar recebendo minhas memórias até que seu corpo elimine os meus fluídos por completo, lembre- se disso e não se assuste...
-Isso quer dizer que eu vou continuar vendo as suas galáxias e os seus borrões esquisitos?
-Mais ou menos...- ele deita no tapete a levando junto consigo.- ... não é na primeira vez que você aprende a equalizar seu subconsciente com o de outra pessoa.
-Obrigada por me mostrar como vocês fazem em Eden...
- O prazer foi meu, senhorita S/N...
Ele deixa um selar na sua testa e encosta o queixo no topo da sua cabeça. Você adormece enquanto desliza o dedo indicador pelo seu código de cadete, devagar. "A7332"
2:25
Você acorda no sofá da sala com barulhos esquisitos, assustada e com imagens do espaço sideral povoando a sua mente. Aos poucos, começa a recapitular o sonho estranho que havia tido, onde um humano de outro mundo havia cruzado seu caminho. Prince está deitado na poltrona , dormindo tranquilamente e ronronando. Você levanta para ir ao banheiro, a chuva já havia parado, mas a eletricidade ainda não havia voltado.
-Droga, onde será que eu coloquei meu celular...
Você caminha até a cozinha e tateia em cima da mesa, onde tem algumas louças sujas e garrafas de cerveja. "Bebi demais outra vez..." você constata e sua mão esbarra no que parece ser o seu telefone. "Aleluia!" você pensa, e liga a lanterna para iluminar a cozinha. Havia um objeto estranho em cima da mesa, um pequeno cubo plástico do tamanho de uma caixinha de fósforo, com um botãozinho vermelho em uma das faces. Você o pega e aperta, como uma criança descobrindo um brinquedo pela primeira vez. Uma luz sai pela extremidade do pequeno cubo e projeta uma imagem à sua frente.
O cara esquisito do sonho?
Não havia sido sonho. O rosto projetado no ar se mexe e começa a falar.
"Você está dormindo agora e eu não quero acordá- la, porque você parece exausta. Humanos terráqueos precisam ter mais resistência física. Eu agradeço por ter sido boa comigo e ter me ajudado a consertar meu dispositivo, e obrigada por deixar eu sugar toda a energia elétrica da sua casa, aparentemente foi por isso que faltou luz. Enquanto eu recebia as suas memórias eu percebi que você esconde muito mais do que eu pensava. Você é uma fêmea interessante, gostaria de poder ter mostrado mais coisas que fazemos no meu mundo, mas você me fez pular uma etapa, portanto me sinto obrigado a marcar novamente um encontro com a senhorita, me prepare frango e me dê cerveja mais uma vez e eu ficarei feliz em mostrar a você o que mais eu consigo fazer com meu sistema límbico profundamente afetado pelo álcool. Desculpe por dizer que o seu nome é horrível, depois de dizê- lo várias vezes ele não soa tão ruim. Torça para que eu não tenha distorcido algum ciclo temporal. Obrigado mais uma vez. Ah, sim, Prince acha que você precisa sair um pouco mais. É isso."
A imagem do rapaz bonito com cabelos acobreados desapareceu enquanto o dispositivo era desativado. Você começa a recapitular o que havia acontecido olha para o seu gato, sentado na beira da tigela repleta de ração.
-Você tem razão, Prince. Eu definitivamente preciso sair mais!
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Ignotus
Se você se interessa pelo número dos anjos, significado dos sonhos, lei da atração, astrologia, espiritualidade entre outros assuntos, tenha certeza, de que o seu lugar é aqui, pois o Ignotus.com.br foi criado para ser o espaço para todos os seres do universo que estão em busca de conhecimento e evolução.
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OS ANJOS APARECEM PARA AS PESSOAS HOJE EM DIA?
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Na Bíblia os anjos aparecem para as pessoas de maneiras imprevisíveis e variadas. Um leitor casual da Bíblia pode ficar com a ideia de que as aparências angelicais eram um tanto comum, mas esse não é o caso. Há um crescente interesse em anjos hoje, e há muitos relatos de aparições angélicas. Os anjos são parte de quase todas as religiões e, em geral, parecem ter o mesmo papel de mensageiro. A fim de determinar se os anjos aparecem hoje, devemos primeiramente obter uma visão bíblica de suas aparências antigas.
A primeira aparição de anjos na Bíblia é em Gênesis 3:24, quando Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden. Deus colocou querubins para bloquear a entrada com uma espada flamejante. A próxima aparição angelical é em Gênesis 16:7, cerca de 1.900 anos mais tarde. Agar, a serva egípcia que deu Ismael a Abraão, foi instruída por um anjo para voltar e se submeter à sua senhora, Sarai. Abraão foi visitado por Deus e dois anjos em Gênesis 18:2, quando Deus lhe informou da iminente destruição de Sodoma e Gomorra. Os mesmos dois anjos visitaram Ló e instruiu-o a fugir da cidade com sua família antes da destruição dessas cidades (Gênesis 19:1-11). Os anjos, neste caso, também exibiram o poder sobrenatural de cegar os homens ímpios que estavam ameaçando Ló.
Quando Jacó viu uma multidão de anjos (Gênesis 32:1), ele imediatamente os reconheceu como o exército de Deus. Em Números 22:22, um anjo confrontou o desobediente profeta Balaão, mas Balaão não viu o anjo no início, embora o seu jumento o tivesse visto. Maria recebeu a visita de um anjo que lhe disse que seria a mãe do Messias, e José foi avisado por um anjo para levar Maria e Jesus ao Egito para protegê-los do edital de Herodes (Mateus 2:13). Quando os anjos aparecem, quem os vê muitas vezes ficam amedrontados (Juízes 6:22; 1 Crônicas 21:30, Mateus 28:5). Os anjos entregam mensagens de Deus e fazem a Sua vontade, às vezes por meios sobrenaturais. Em todos os casos, os anjos apontam as pessoas para Deus e dão a glória a Ele. Os santos anjos se recusam a serem adorados (Apocalipse 22:8-9).
De acordo com relatórios modernos, visitações angélicas vêm em uma variedade de formas. Em alguns casos, um estranho evita lesões graves ou morte e, em seguida, desaparece misteriosamente. Em outros casos, um ser alado ou de roupa branca é visto momentaneamente e em seguida desaparece. A pessoa que vê o anjo é muitas vezes deixada com um sentimento de paz e segurança da presença de Deus. Este tipo de visitação parece concordar com o padrão bíblico como visto em Atos 27:23.
Um outro tipo de visitação que é por vezes anunciado hoje em dia é o tipo de "coro angelical". Em Lucas 2:13, os pastores foram visitados por um coro celestial ao serem informados do nascimento de Jesus. Algumas pessoas têm relatado experiências semelhantes em lugares de adoração. Esta experiência não se encaixa com o modelo tão bem, já que normalmente não serve nenhum propósito além de proporcionar uma sensação de euforia espiritual. O coro angelical no Evangelho de Lucas veio anunciar uma notícia muito específica.
Um terceiro tipo de visitação envolve apenas um sentimento físico. Os idosos têm muitas vezes relatado sentindo-se como se braços ou asas estivessem envolvidos em torno deles em momentos de extrema solidão. Deus é certamente o Deus de toda consolação e a Escritura fala de Deus cobrindo com Suas asas (Salmo 91:4). Estes relatórios podem muito bem ser exemplos dessa cobertura.
Deus ainda está tão ativo no mundo quanto sempre foi, e Seus anjos certamente ainda estão trabalhando. Assim como os anjos protegeram o povo de Deus no passado, podemos ter certeza de que estão nos guardando hoje. Hebreus 13:2 diz: "Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos." Ao obedecermos aos mandamentos de Deus, é bem possível que encontremos os Seus anjos, mesmo se não percebermos. Em circunstâncias especiais, Deus permitiu que Seu povo visse Seus anjos invisíveis a fim de encorajá-lo a continuar em Seu serviço (2 Reis 6:16-17).
Devemos também prestar atenção aos avisos das Escrituras sobre os seres angelicais: há anjos caídos que trabalham para Satanás e que farão de tudo para nos subverter e destruir. Gálatas 1:8 nos adverte para termos cuidado com qualquer "novo" evangelho, mesmo se for entregue por um anjo. Colossenses 2:18 adverte contra a adoração de anjos. Toda vez que a Bíblia menciona homens se prostrando diante de anjos, esses seres firmemente se recusaram a ser adorados. Qualquer anjo que receba adoração, ou que não dê glória ao Senhor Jesus, é um impostor. Segundo Coríntios 11:14-15 afirma que Satanás e seus anjos se disfarçam como anjos de luz a fim de enganar e desviar qualquer um que os ouve.
Ficamos encorajados com o conhecimento de que os anjos de Deus estão ativos. Em circunstâncias especiais, até podemos ter uma daquelas raras visitas pessoais. Maior do que esse conhecimento, no entanto, é o conhecimento que o próprio Jesus disse: "eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mateus 28:20). Jesus, o qual fez os anjos e recebe a sua adoração, prometeu-nos a Sua própria presença em nossas provações.
*No Amor de Cristo,
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Anjo Número 2716: Significado e Mensagem Espiritual
O Anjo Número 2716 é uma poderosa mensagem dos reinos espirituais que nos guia na jornada de autoconhecimento e transformação. Quando você vê essa sequência numérica, os anjos estão comunicando algo importante relacionado ao propósito de sua vida e à forma como você pode atingir seus objetivos. Neste artigo, vamos explorar o significado do Anjo Número 2716, seu impacto na vida espiritual e como…
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Atenção: o bolsonarismo não é só o fascismo de Bolsonaro
A crise do governo Bolsonaro aprofunda-se. O comportamento genocida do seu governo diante da pandemia provocada pelo COVID-19, assim como as ações dos seus mais alucinados seguidores, parece estar enterrando de vez as perspectivas da sua manutenção. O processo contra as notícias falsas, que provocou a prisão de Sara Geromini e outros líderes do bizarro grupo de 30 pessoas que se autodenominam “os 300”, levou a uma debandada geral das já esquálidas fileiras fascistas, como atestam as cada vez mais minguadas manifestações pró Bolsonaro. De acordo com reportagem da Revista Fórum (https://revistaforum.com.br/politica/bolsonaro/bolsonaristas-apagam-mais-de-3-mil-videos-do-youtube-por-medo-de-investigacao-sobre-fake-news/), desde o início de maio até a segunda quinzena de junho 3.127 vídeos de canais bolsonaristas foram retirados da Internet. Sinal do crescente desgaste do capitão reformado, o número de vídeos deletados de 81 canais bolsonaristas cresceu de 1.112 em maio para 2.015 nos primeiros 20 dias de junho. Só do blog de Allan dos Santos, outrora obstinado apoiador de Bolsonaro, foram retirados 272 vídeos. E o avanço do inquérito sobre Flávio Bolsonaro, turbinado pela prisão de Fabrício Queiroz não ajuda muito a situação dos anteriormente alegres e confiantes fascistas brasileiros. Sinais inequívocos de que a burguesia já não suporta Bolsonaro. O que tem sido interpretado pela esquerda como uma decadência geral do bolsonarismo, o que lhe abriria brilhantes perspectivas eleitorais.
É preciso ter calma nesta hora. O bolsonarismo não se resume ao fascismo protagonizado por Bolsonaro. Como mostra, por exemplo, os minuciosos estudos de Esther Solano, professora da Universidade Federal de São Paulo. Nossa professora, aliás, é um tipo raro de pesquisador. A um extremo rigor em suas pesquisas, assim como uma enorme paciência (passa horas entrevistando bolsonaristas, que estômago!), ela alia uma indignação que, em certa ocasião, a fez postar no Facebook um texto em que manda a grande imprensa e alguns apoiadores burgueses de Bolsonaro se f** (espanhola caliente! ai se eu não fosse casado...).
Segundo a professora Esther, o bolsonarismo é composto por vários grupos sociais, dentre os quais apenas um apresenta características nitidamente fascistas. Arriscando uma interpretação pessoal dos dados apresentados pela professora, penso que a base do bolsonarismo é composta por quatro grupos sociais. Um deles é composto por representantes da burguesia que viram em Bolsonaro uma forma de viabilizar o aprofundamento da exploração do povo brasileiro desencadeado pelo governo de Michel Temer. Para este grupo, com Bolsonaro assumindo a agenda ultraliberal por meio da sua aliança com Paulo Guedes, e as candidaturas de políticos provenientes das próprias fileiras da burguesia se mostrando inviáveis, só restou apoiar o extravagante capitão reformado em 2018. Este grupo, portanto, viu no fascismo apenas uma forma de viabilizar o ultraliberalismo. Assim, para este grupo, se o ultraliberalismo se tornar viável politicamente sem o incômodo e incontrolável fascismo de Bolsonaro, tanto melhor. É justamente este grupo que capitaneia (opa!) a oposição a Bolsonaro, assumindo agora um discurso em defesa da democracia que deixa maravilhada boa parte da esquerda.
O segundo grupo é o da pequena burguesia e da classe média em geral. Alimentados pela sua aversão ao Estado, a cujos impostos eles atribuem as incertezas da sua situação econômica, este grupo é extremamente sensível ao discurso ultraliberal e contra a corrupção. É a ala que aderiu a Bolsonaro mais pela sua admiração ao juíz Sérgio Moro do que por simpatia ao fascismo. A atabalhoada saída de Moro do governo semeia a confusão entre as suas fileiras sem, no entanto, atenuar o seu extremo conservadorismo.
O terceiro grupo é o dos fascistas “de raíz”. Normalmente oriundos de uma espécie de “lumpen classe média”, este é o grupo dos admiradores de Olavo de Carvalho, dos que creem na Terra plana, que a grande imprensa, principalmente a Rede Globo, são dominadas por comunistas, como o são o Congresso Nacional e o Poder Judiciário. São os alucinados que produzem farto material para os humoristas e fazem a esquerda pós-moderna se esconder debaixo da cama. Mas, de acordo a professora Esther Solano, ao contrário da crença dos “30%”, este grupo representa apenas cerca de 10% dos eleitores. É este grupo que, juntamente com o seu líder, está se isolando politicamente.
Mas há ainda, um quarto grupo de bolsonaristas, o mais preocupante. De acordo com os dados da professora Esther, há um número significativo de bolsonaristas entre as classes populares. A maioria já votou em Lula. Mas justificam o seu voto em Bolsonaro afirmando que, depois de Lula, o PT deixou de falar dos seus problemas. Ao contrário de Bolsonaro que, mesmo que de forma confusa e atabalhoada, é capaz de elaborar um discurso claramente direcionado a determinadas as classes populares, especialmente as mais pobres. É interessante salientar que as pesquisas de Esther Solano indicam perturbadores elementos comuns entre o fascismo bolsonarista e as formas “clássicas” do fascismo dos anos 1930-40, o qual ressurge com força no capitalismo contemporâneo na Europa e nos EUA. Neste último país, inclusive, apoiado em movimentos “neoconservadores” que propagandeiam um pensamento irracionalista quase tão insano como o divulgado por Olavo de Carvalho (guru dos bolsonaristas de raiz). Um tema recorrente destas insanidades é a violência. Ocorre que a violência é uma realidade cotidiana da população mais pobre. Ela a sofre no trabalho em suas relações com os seus patrões; nas ruas quando oprimidos pela polícia, que eles temem tanto quanto, ou mais, temem ladrões e assaltantes; e até mesmo nas agruras cotianas sofridas no transporte público e nas abjetas condições de moradia às quais são submetidos. E eles sabem que isto não mudará pacificamente. Diante desta realidade, a esquerda propõe angelicais discursos pela paz e a harmonia social, que só podem ser entendidos como o que eles efetivamente representam, ou seja, a descrição de uma realidade social acessível apenas às classes médias e altas. Bolsonaro, assim, ao propor “soluções” por meio do enfrentamento da violência pela violência elabora um discurso muito mais próximo da triste realidade vivida pelos mais pobres.
Mesmo que este discurso seja grotesco e absurdo, o importante é que ele (entre outros tão grotescos e absurdos) contribuiu decisivamente para que Bolsonaro, para este grupo, passasse a representar a novidade que o PT, por exemplo, um dia já foi. Mas que não é mais, depois do desgaste provocado pela crise econômica e pela intensa campanha para reduzi-lo a um partido tão corrupto como os outros. E, o que é pior, como relata a professora Esther, quando perguntados se votariam novamente em Bolsonaro, muitos moradores de favelas entrevistados afirmaram que sim, mesmo sem sentir uma especial simpatia pelo truculento capitão reformado (desfazendo assim a crença no seu caráter mitológico). Os entrevistados justificaram sua intenção de voto pelo fato de não se sentirem representados por qualquer outro político.
Há, sem dúvida, uma discussão importante na esquerda sobre o bolsonarismo, protagonizada no PT inclusive pela própria Esther Solano e decisivamente impulsionada por Lula e, de maneira geral, pela direção deste partido. Como produto dessas discussões aparece claramente que a esquerda tem que assumir uma defesa mais incisiva dos interesses dos trabalhadores. Mas esta discussão parece não influenciar a postura da esquerda (incluindo o PT) no seu cotidiano, no qual as pautas que respondem de forma clara e direta às necessidades das classes populares aparecem como uma reivindicação entre outras em meio a uma multitude de pautas como questões ambientais, de gênero e identitárias, que respondem a interesses expressos pela classe média. O afastamento da esquerda das classes populares, assim, fica claro pela frequência e a atenção que ela dedica a estas pautas de classe média no seu discurso cotidiano.
Portanto, para lutar contra o bolsonarismo, especialmente contra os seus elementos fascistas, a esquerda precisa com urgência recuperar a sua imagem de esperança para os trabalhadores. Querer apenas, neste contexto de euforia em torno da “democracia”, ser aceita como (mais um) integrante da democracia burguesa é um erro que terá graves consequências. E é o que parece estar acontecendo. A crise do capitalismo, ao contrário de ser vista pela esquerda como uma oportunidade para denunciar a impossibilidade da ordem burguesa (aliás, expressão banida do seu discurso) em assegurar uma vida digna para todos, parece fazê-la se conformar com a sua própria incapacidade de propor verdadeiras alternativas.
A esquerda, assim, aposta que o desgaste do fascismo a promova mecanicamente como uma alternativa de governo. De fato, o fascismo está desgastado. No entanto, a burguesia que se volta agora contra Bolsonaro não deixa de ser bolsonarista, pois a qualquer momento pode novamente recorrer a ele ou a um novo líder fascista. Isto porque os processos sociais que levaram a ascensão de um fascista ao governo continuam mais atuantes de que nunca. A crise do capitalismo, com seus efeitos desmoralizantes sobre a democracia burguesa, se aprofunda com a pandemia. E tudo indica que depois dela a crise continuará a se aprofundar. Neste contexto, uma esquerda que já não representa uma real alternativa aos olhos das classes populares, mas, ao contrário insiste em se identificar com a desgastada democracia burguesa (que agora usufrui de uma imagem momentânea e precariamente recuperada), promete vida longa ao bolsonarismo. Mesmo que seja por meio de uma alternância da hegemonia entre os seus diferentes constituintes. (escrito em 25/06/2020)
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| SEMINARISTA |
Nome do Personagem: Adam Gens Nome Singular: Abraxas FC: Lee Jong Suk (Ator) Twitter: @SA_XXAG Dormitório: Millenium Nascimento: ?????? Ocupação: Seminarista Qualidades: Extrovertido, Brincalhão e de pensamento rápido; Defeitos: Teimoso, calculista e cabeça quente;
Nome da Singularidade: Místico do Milênio Descrição da singularidade: Por conta de sua jornada entre as dimensões Aether e Nexus, Adam entrou em contato com as diferentes características e singularidades dos mundos, tendo-as a si posteriormente. Sua singularidade é divida em ordem cronológica: 12 níveis angelicais(Aether), 1 neutro (Exílio) e 12 níveis diabólicos(Nexus).
SOBRE:
Olá. Sou Adam, Adam Gens. É provável que você não me conheça e não faça a mínima ideia de quem eu seja, mas isso é apenas porque não lhe contei a minha história. Tenho certeza que depois de tudo, irá facilmente me assemelhar a alguma personalidade conhecida de seu mundo. Tal história começa em, nada menos, do que o começo, então não me pergunte sobre quando aconteceu. Como um estudioso de sua realidade disse uma vez: "O tempo é relativo". Nem ao menos eu sei de certo sobre o tempo, então me contento com os fatos. Sem mais delongas, vamos lá? Como disse, nasci no começo de tudo. Os poderosos decidiram em um equilíbrio límpido e, na visão deles, sem falhas para tornar a existência um lugar harmonioso, e é exatamente nesse momento que eu entro. Minha localidade natal é Aether, ou como os normais insistem em chamar, o "Paraíso". Em minha humilde opinião, tão apelido é um tanto exagerado, falando de alguém que veio de lá. Não há tanta liberdade nesse precioso mundo e isso logo vão entender o porquê. Sim, Deus existe. Não, obviamente, com esse nome, contudo nem eu lembro mais o vocativo que usava ao me dirigir a ele. Era um singular poderoso, logo tinha um nome específico. Fiquemos com Deus, soa mais bonitinho. Tal criador da primeira e mais desejada dimensão era autoritário e pleno, por assim dizer. Transparecia leveza, mas ainda permanecia firme em suas decisões e essa fora minha condenação e motivo de meu exílio. Antes que se precipite, minha antiga companheira de nada teve a ver com isso. Serei sincero, eu nem a conhecia antes do dia da minha expulsão. Cometemos o que chamam de "pecado" de formas separadas individuais, tendo o prazer de nos encontrar apenas no dia do julgamento final. Acho que essa parte da história foi distorcida ao longo do caminho. Meu destino foi, com a insistente perfeição de Deus, da dimensão um para a seguinte de número dois. Nexus, ou Inferno aos Íntimos. Já o irmão criador desse mundo ao qual o "Todo Poderoso" me condenou ao exílio, Lúcifer, outro nome criado pelos normais, é chamado de mais formas pejorativas do que eu pensava. Lembro até hoje da vez que fui tolo o bastante para, digamos, brincar com o tal nome dado a ele. Isso é um aviso caso o encontrem algum dia: Ele não gosta de ser chamado de Lulu, muito menos de tio. Enfim, não é muito difícil adivinhar que, levando em consideração todo esse mal temperamento do criador do Inferno, eu também fora expulso de tal lugar. Nenhum dos irmão se mostra tão flexível quanto suas temerosas regras e normas. Já eu sempre senti um anseio esquisito em não dar a mínima para elas. Sempre me pareceram tão... Controversas? Talvez essa seja mesmo a palavra. Ok. Tente agora sugerir para onde fui. Vamos, você consegue. Pensou na terceira dimensão? Desculpe, eu não resisti em lhe pregar essa peça. Eu ainda tenho muito o que existir pela frente, não acha muito cedo eu já ir para a dimensão das Almas? Francamente, você já deve não gostar muito de mim... Causo esse efeito frequente nas pessoas. Vim para a sua dimensão, ou como eu gosto de chamar, a dimensão Ponto Médio (não ouse usar esse nome, ele é meu e eu tive muito trabalho para pensar em algo assim), onde todas as dimensões se unem em forma de histórias contadas pelos singulares que, um dia, já passaram por ela. Deve conhecer essas histórias como Religiões. Já sei. Vai me dizer que existem religiões completamente diferentes em seu mundo e que é tolice unir elas nisso tudo? Pois bem, ouvi muito isso ao longo dessa jornada. Contudo, venha comigo refletir. Toda religião tem características em comum com alguma outras, ou, se ousar pesquisar e procurar saber, todas as outras. São apenas diversas versões de uma mesma história que se distorce e é mudada ao longo de seu tempo. Com isso, suponho que já tenha entendido quem eu sou em sua dimensão, certo? Mas, por favor, não me chame de Adão. Parece que, de tantas vezes ouvir meu nome errado, tomei uma raiva para mim dessa versão de mim. Gênesis? Claramente uma modificação de meu segundo nome. Nada criativo, não? Deve estar imaginando como cheguei glorioso ao seu mundo, repleto de poderes e praticamente considerado um deus... Sinto-lhe em dizer, mas fora justamente o contrário. Minha chegada aqui foi, para dizer o mínimo, desastrosa. Não entendo ainda qual campo mágico que ronda sua dimensão, mas tal magia, simplesmente, barrou minhas habilidades, o que vocês chamariam de singularidades. Voltei à estaca zero, sendo que eu já estava no auge do avançado. Isso só me frustou. Ponto Médio havia me parado em seu tempo. Eu não envelhecia e ainda me tornei vulnerável. Contudo, acho que o destino sempre teve um pouco de dó de minha alma e me deu uma forcinha. Meu exílio teve como fim o meu encontro com o caminho de Newton. Não, não estou falando do cara da maçã. Diretor Newton, é de quem eu falo. Fundador da Seeds Academy. Se está lendo isso, já pressuponho que saiba do que estou falando. Bem, Newton me acolheu de uma forma que nem eu pude entender. Não digo como filho, acho que ele me viu sempre como uma espécie de pupilo, alguém para ensinar seu legado. Penso em como ele deve ter se sentido ao perceber que tal coisa não duraria muito e irei lhe explicar o porquê. Felizmente, logo notei que meu problema era um atraso sacana causado por tantos pulos interdimensionais. Não julgo meu corpo por agir desta maneira, eu não gostaria de funcionar depois de ser jogado tantas vezes dessas forma. Então, conforme o tempo passado, meu estado biológico entrava nos eixos e minhas habilidades iam voltando a mim. Porém, nem tão rápidas quanto eu gostaria. Me tornei aluno do instituto em seu início, bem após a sua criação. Quando escalado para o nível 8, algo que sempre achei divertido, pois parece que evoluo como se estivesse em um videogame, fui convocado para minha primeira missão oficial, junto com outros 4 alunos. Dos cinco, eu era o mais inferior referente à singularidade. Todos de alta patentes, e lá estava eu, um "pirralho" de nível mediano junto a eles. A missão ocorrera bem, até seu final. Cinco alunos foram, mas apenas quatro voltaram para o instituto. Por quê? Porque eu fiquei, ou melhor, não me deixaram ir. Não me pergunte qual era a missão, essa é mais uma das coisas que a vida me fez esquecer e isso também irei explicar o motivo. Fui pego e encarcerado por quem vocês chamam de G.E.M.S . Não me mataram por um motivo claro desde cedo: Eu não fazia sentido a eles. Os estudiosos de seu mundo não entendem o conceito de tais dimensões de onde eu vim, logo, não conseguiam explicar meus poderes e de onde eu teria vindo. E, para piorar a minha situação, nem os caçadores de singulares conseguem parar o tempo, então minhas habilidades continuavam voltando e voltando, causando ainda mais curiosidade em meio à tanta tortura, estudo e violência que me submetiam ao longo dos anos. Me deixavam à beira da morte apenas para estudarem como eu me regenerava, para depois repetirem o processo de diversas formas diferentes. Entretanto, lembra-se do que eu havia lhe dito sobre o destino ter pena de mim? Pois então, ele teve piedade de Adam mais uma vez. Cansei de lhe dizer que, para minhas habilidades, não havia tempo ruim para surgirem e, ao passar do anos, acabou chegando o dia decisivo em que me vi íntegro, com todo meu poder devolvido a mim. Por coincidência, a semana dessa minha descoberta coincidiu com uma nova companhia de tortura presente na sala ao lado da minha. Um garoto, jovem pelo que sua aura me mostrava. Não consegui fazer contato, até porque, nenhum de nós tínhamos tempos com tantas sessões de torturas desumanas que enfrentávamos ao longo dos dias. Eu já estava acostumado, nem ligava mais, mas o garoto... Este sofreu e pude sentir sua dor em todos os momentos. Felizmente não durou muito a ele. Dias após sua chegada, a presença de auras novas e fortes puderam ser sentidas. Uma equipe de resgate. Cinco pessoas. Dois eram extremamente poderosos e os três também exalavam poder, mesmo que em escalas bem menores. Vieram resgatar o garoto, eu estava contente por ele. Até o momento em que o alarme foi soado e, após isso, uma aura rapidamente enfraquecida, umas das fortes. Alguém havia se ferido e eu conseguia sentir o desespero dos outros da sala ao lado. Eu sabia como ajudar, eu precisava ajudar. Algo impregnado em mim, essa necessidade de fazer meu máximo por alguém (Belo presente de Deus). Foi tudo muito rápido, desde minha comunicação rápida com todos ali até minha sala ser destruída. Havia chegado a hora de sair daquele lugar e levar aqueles que precisavam junto a mim. Quando me dei conta, fui teletransportado para um lugar conhecido. Os edifícios, os salões, as salas... Eu estava... De volta? Depois de todos esses anos? Pois é. O bom filho à casa torna. Inclusive, logo fui levado para a já conhecida por mim "Sala do diretor". Era engraçado como me tratavam como um intruso e eu ainda me sentia completamente em casa. A única informação adiantada que posso lhe dar, caro leitor, é que a cara de Newton ao me ver foi totalmente impagável. O acolhido dele havia voltado dos mortos, em sua visão. Imagino que agora posso me apresentar a você com mais certeza. Sou Adam, Adam Gens, igual a você, mas diferente. Já vi de tudo, mesmo faltando muito ainda para ver. Meu caminho ainda não acabou, porém minha parada atual não deixa de ser importante. Há outros como eu e como você, tão perdidos quanto, que precisam do auxílio necessário para não cometer alguns desses erros que mencionei. Por isso estou aqui e ocupo esse espaço que vê. Por isso, nessa jornada, me tornei alguém para ajudar aqueles que precisam, para não passarem pelo que passei. Por isso sou seminarista da Instituição Seeds Academy.
HABILIDADES:
ANGELICAIS
1 – Cura Cura ferimentos não muito graves, como cortes, machucados e queimaduras leves.
2- Levitação Move pequenos objetos, levitando-os e podendo arremessá-los a longa distância.
3- Localização Pressente presenças ameaçadoras num local, o pressentimento aumenta conforme o singular se aproxima da localização exata do indivíduo.
4- Ofuscamento Cria luz em torno do singular, capaz de ofuscar a visão dos que estão a sua volta. Se expostos por muito tempo, pode levar os outros indivíduos à cegueira.
5- Proteção X Cria uma cúpula invisível, capaz de proteger um individuo de ataques que utilizem fogo, água, terra ou ar. O singular pode usá-la para proteger qualquer ser, mas sua duração depende do estado mental e físico do singular.
6- Ilusionismo Capacidade de acrescentar imagens na visão do oponente, mas em um curto espaço de tempo. (Ex: rochedos, outros oponentes, etc.)
7- Sucção Se usado com concentração, pode absorver a energia de um ataque recebido, fortalecendo o singular.
8- Transmutação Vital O singular é capaz de disfarçar sua aura e assumir a aparência de qualquer outro ser, sendo impossível de identifica-lo.
9- Reflexão Desvia o ataque de volta para quem o lançou. Funciona para ataques com poderes de até nível 10.
10- Flash Faz com que um raio vindo das nuvens acerte o oponente. Poder letal, porém muito desgastante.
11- Luminocinese Controle livre da luz, seja por ataque ou por defesa.
12- Reavivamento Capacidade de salvar alguém que está à beira da morte. O singular parte de sua aura, se enfraquecendo por uns dias. Após tais dias com fraqueza, tal aura será restabelecida.
NEUTRO
13- Manipulação de Energia Pode utilizar de sua energia vital para formular golpes malignos ou benignos. (Dualidade)
DIABÓLICOS
14- Possessão inanimada Consegue possuir objetos próximos de si, transferindo seu corpo até eles.
15- Influência maligna Seus olhos se tornam escuros e consegue manipular ligeiramente os pensamentos alheios ao encher a cabeça de seu alvo com intenções maldosas, induzindo o alvo a realizar coisas malignas.
16- Bicho papão Entra na mente do alvo e faz com que o mesmo veja Adam com a forma de seu maior medo, paralisando o alvo e deixando-o sem ações.
17- Forma obscura Consegue assumir a forma de uma fumaça negra podendo se locomover e se tornando intangível.
18- Possessão completa Em sua forma obscura, consegue entrar no corpo de uma pessoa e lhe controlar como se o corpo fosse propriamente seu.
19- Tortura demoníaca Somente seus braços adquirem a forma obscura, fazendo a fumaça entrar pelo corpo de uma pessoa fazendo com que ela sinta dores extremamente fortes, sofrendo em agonia.
20- Multi-possessão simples Usando sua forma obscura ele se divide em várias pequenas formas que possuem objetos próximos, podendo controlar ao seu bel-prazer, como extensões de seu corpo
21- Persuasão Instantânea Em poucas palavras, o singular consegue persuadir outro alguém como queira, contudo a duração do ato é de apenas 1 hora.
22- Vazio Mental A mente do singular se torna invulnerável a qualquer ataque mental, seja para leitura, persuasão, bloqueio, entre outros.
23- Controle do Fogo Maligno Nesta fase, além de dotes mentais, o singular consegue manejar e controlar o fogo, além de sintetizá-lo a bel prazer. Quando usado, o elemento adquire uma coloração forte de azul.
24- Manipulação Sanguínea Consegue manipular o sangue dentro e fora do indivíduo, podem até mesmo o esvaziar por completo. Demanda bastante energia.
25- Morte súbita Último poder lhe concede o controle da morte. Um toque carregado consegue retirar a vida de qualquer ser em minutos, deixando o singular enfraquecido por dias.
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#Anjoscabalísticos 🔯 HIERARQUIA ANGELICAL TRONOS ANJO MELAHEL 7°/8° - 23°/72° PROTEGE OS DIAS 28 de janeiro – 11 de abril – 23 de #junho – 04 de setembro – 16 de novembro. O ANJO #Melahel protege contra armas, assaltos e ao longo de viagens. Também está ligado a #beleza, a natureza e ao plantio e conhecimento sobre #ervas para desfazer todos os males do corpo. INFLUÊNCIA Quem nasce sob a proteção deste anjo, é correto, gosta de tudo em #ordem e dificilmente adia o que deve ser feito (...) . VOCAÇÃO PROFISSIONAL O nascido sob a proteção deste anjo, poderá ter sucesso como escritor de livros, #fitoterapeuta ou em qualquer atividade relacionada às plantas e a natureza (...) . ANJO CONTRÁRIO A pessoa influenciada por este anjo contrário, pode disseminar mentiras, ocharlatanismo e o uso indevido de conhecimentos sobre a #natureza (...) . NEUTRALIZAR O ANJO CONTRÁRIO Ler ou ouvir diariamente os salmos do anjo e arcanjo pessoal; manter uma #rotina espiritual de preces, orações, mantras, banhos de limpeza energética e buscar ter boa índole (pensamentos, palavras e ações) . Um pouco mais sobre este anjo: NOME DO ANJO EM LETRAS HEBRAICAS Mem/Lamed/He/Aleph/Lamed. NOME DO ANJO EM NÚMEROS 13/12/5/1/12. ELO KÁRMICO Irlanda. ELO ASTROLÓGICO Saturno, Lua. CARTA DO TAROT A Imperatriz (3, III), O Carro (7, VII) . NÚMEROS DA SORTE 3, 7. SALMOS DE PROTEÇÃO 90, 120 (Cristão), 91, 121 (Hebraico) . MELHOR HORÁRIO DE CONEXÃO 7:20 - 7:40 da manhã. Anjos Cabalísticos 📖 . Magia dos Anjos Cabalísticos 📖 . Monica Buonfiglio ✨✍ . _ _ _ HIERARQUIAS ANGELICAIS Descubra-se, liberte-se, desperte Chame via inbox ou no whatsapp ✆ 11 94629-7290 _(⚜)_ _ _ _ #hierarquiatronos #tronos #karma #missãodevida #autoconhecimento #despertar #chamado #anjos #anjoscabalísticos #cabala #mundoangelical #angeologia #espiritualidade #cristianismomístico #essênios #cirandadaalma #carolbarros https://www.instagram.com/p/B3sspfWB8CI/?igshid=b31nqfz2n2iu
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Me fale sobre o anjo da guarda. Eu costumo falar com o meu, ele me dá conselhos e tals mas ele ainda não revelou-se para mim, talvez seja Gabriel. Me fale deles, por favor ;3
Na verdade não há essa na minha opinião de anjo da guarda, pois quem nós guarda é Deus, Ele está 100% ao nosso lado, e fala conosco e cuida de nós, Deus é onipresente, porque mandaria os seus anjos te protegerem, sendo que Ele sempre faz isso. Logico que Deus manda anjo para lutar por nós e nos proteger que o anjo vai ser exclusivamente nosso. Cuidado okay?
olha pra achar uma resposta explicando bem todos eles eu peguei em um site. Fonte: http://www.dnadedeus.com.br/2013/01/o-que-biblia-fala-sobre-anjos-arcanjos.html
• ArcanjosO termo “arch” quer dizer “sumo”, “chefe”. Trata-se de uma categoria de anjos que exercem função superior aos demais, a expressão designa algum poder altíssimo. Em todo o Novo Testamento, ele aparece apenas em Judas 9 e 1ª Tessalonicenses 4.16.Existe uma corrente de estudiosos da Bíblia que alegam haver apenas um arcanjo, que é Miguel. Mas, embora haja apenas uma citação bíblica, o contexto das Escrituras dá a entender que hajam outros.No dia do arrebatamento o Senhor será acompanhado dos arcanjos:“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” - 1ª Tessalonicenses 4.16. Se houvesse apenas um arcanjo, a preposição viria articulada “do” arcanjo, porém a preposição é “de”, passando a ideia que haja mais de um. Pode-se observar isso no idioma original.Os “principados” (Colossenses 1.16), para os escritos pós bíblicos são tipos de arcanjos. As explicações judaicas dadas sobre este tema indicam que tais anjos têm sob suas ordens, vasto número de seres angelicais. Naturalmente, todos estão sujeitos a Deus.No livro de Daniel, Miguel é citado como “um dos primeiros” e mencionado por Gabriel (10.13, 21). Na carta de Judas, ele é citado para disputar o corpo de Moisés (versículo 9), em Apocalipse ele aparece acompanhado de outros anjos lutando contra Satanás (12.7).O livro de Enoque, apócrifo, dá o nome de sete arcanjos, a saber: Uriel, Rafael, Raquel, Saracael, Miguel, Gabriel e Remiel. Segundo é dito ali, a cada um deles Deus entregou uma província sobre a qual reina. Os livros apócrifos não são considerados inspirados pelo Espírito Santo.• Os querubinsO vocábulo querubim ou querubins, acha-se pela primeira vez em Gênesis 3.24. Tem raiz no verbo “querub”, que significa “guardar”, “cobrir”, “proteger” e, também, “celestial”. A palavra “querubim” não ocorre no grego secular; é uma transliteração do hebraico, ou aramaico, e daí a variedade de terminação no plural.Eles representam a classe dos adoradores, tanto pela função quanto pela aparência de animais. São associados ao trono de Deus e mencionados tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Cogita-se que o Criador honre a criação animal por intermédio deles.No Salmo 18.6-10, Davi escreveu em seu cântico que angustiado clamou ao Senhor e Ele desceu cavalgando sobre um querubim e voou, deslizando sobre as asas do vento.Os querubins constituem uma ordem muito elevada entre os anjos. Eles exercem a função de guardiões. Quando o homem pecou, o Senhor fechou o jardim do Éden, e, para protegê-lo, pôs um querubim e uma espada flamejante ao oriente e ocidente (Gênesis 3.24).Sem nenhuma conotação com a idolatria, Deus ordenou que se pusessem na tampa da arca da aliança, o propiciatório, estátuas de dois querubins feitas em ouro, voltadas uma de frente para a outra (Êxodo 25.17-18; 2º Reis 19.15; Salmo 80.1). Não era para idolatrá-los, apenas o sumo sacerdote, uma vez ao ano, entrava no local onde a arca estava para fazer o cerimonial de expiação pelo povo.Salomão também usou a figura de dois querubins de madeira, revestidos de ouro, como ornamento na construção do templo (1º Reis 6.23-28).Os querubins têm definições de aspectos variados. Podem ter rosto de águia, de touro e de homem. Às vezes aparecem descritos como “cheios de olhos”, com quatro asas e em outras com seis (Ezequiel 10; 16; Apocalipse 4.8). Em outra situação, têm a aparência dos serafins (Ezequiel 1.10; Isaías 6.2; Apocalipse 4.7).O profeta Ezequiel descreve as plantas dos pés dos querubins como de uma bezerra, têm quatro cabeças, sendo que seus pés seguem em direção para onde suas cabeças olham (1.7; 10.11-12). O profeta ainda revela que rodas são movidas pela força desses anjos (10.16-17).A expressão “zoon”, encontrada no livro de Apocalipse (4.6-11) significa “o que vive”. Diferente de “therion”, que significa “uma fera”. Os querubins não devem ser considerados animais, e, sim, criaturas viventes.Antes de sua queda, Satanás era um querubim ungido (Ezequiel 28.14,16). Andava no meio de pedras afogueadas (Ezequiel 28.13,14). Como os outros querubins, Satanás é representado na Bíblia pela figura de animais: a serpente no jardim do Éden, e nos livros de Isaías e Apocalipse como um mitológico grande lagarto, um dragão (Gênesis 3.1-6; Isaías 27.1; Apocalipse 12.9; 20.2).Descobertas arqueológicas na Palestina têm trazido alguma luz às representações antigas dos querubins. Em Samaria, painéis de marfim apresentam uma figura composta com um rosto humano, corpo de animal quadrúpede, e duas asas elaboradas e vistosas.• Os serafinsO vocábulo “serafim” deve vir da raiz hebraica “sarafh”, cuja raiz primitiva queria dizer “consumir com fogo”. Hebraístas a traduzem como “queimadores”, “ardentes”, “brilhantes”, “refulgentes”, “amor”, “nobres”.Apenas na chamada ministerial de Isaías é que encontramos os serafins destacados. Segundo a visão do profeta, eles são agentes de purificação pelo fogo, têm forma humana, apesar de possuírem seis asas. Veja: Isaías 6.1-7.Na classe dos anjos, os serafins desempenham função no coro celestial, entoando “Santo, Santo, Santo”, incessantemente. Intérpretes bíblicos afirmam que o louvor seja dirigido ao Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, à Trindade, considerando o “nós”, encontrado em Isaías 6.8.Eles são a classe que menos está mencionada na Bíblia.
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MESTRE HILARION::
Amado,
Em todo lugar, existem presságios que dizem às pessoas do mundo que uma grande mudança está acontecendo em seu planeta e que é hora de elas acordarem com a consciência de que todas estão conectadas umas às outras. Aqueles que tentaram separar a humanidade um do outro e de sua conexão com o Divino agora são confrontados com a realidade de suas decisões e escolhas.
Está se tornando cada vez mais difícil esconder o número crescente de pessoas no mundo que buscam uma existência pacífica. Até que a causa raiz dessa situação seja resolvida, ela continuará apenas. Aqueles que procuram dominar por atos de guerra continuarão expostos aos efeitos da guerra e terão que enfrentar os problemas que criaram para que a população mundial seja satisfeita. Quanto mais cedo eles perceberem que todos na Terra merecem uma vida de coexistência pacífica, mais rápida será a paz na Terra. Todos os esforços que eles fizeram até agora devolvem diretamente os problemas que eles criaram por meio de suas decisões e ações. Eles devem assumir a responsabilidade e ser responsabilizados.
Todas as interações humanas devem começar a ocorrer com honestidade, sinceridade e transparência, à medida que terminam os velhos métodos de intriga e acordos de bastidores. Aqueles que continuam nos velhos modos são trazidos à luz e serão responsabilizados. Este fato do funcionamento das novas energias é trazido à atenção de todas as nações do mundo. Cabe aos líderes de cada nação mostrar genuína compaixão e bondade àqueles que deixam claro que a humanidade não tolerará mais nenhuma forma de engano, desonestidade e desrespeito.
O mundo realmente se tornou um caldeirão onde cada raça é representada em cada nação e o conceito de "a outra" não será mais aplicado. Pois fica cada vez mais claro que dentro de cada coração humano bate o amor e a sabedoria do Criador de Tudo O Que É, que cada indivíduo no mundo está alinhado em unidade com o outro indivíduo. Todos procuram expressar essa verdade em sua vida cotidiana.
O Grande Despertar dos povos da Terra começou a sério e todo evento que ocorrer refletirá esse fato. Ainda haverá muitos desafios a serem vencidos, porque são os desafios e obstáculos que surgem que facilitam o despertar em todo coração humano. Em algum momento, perceberemos que a humanidade está participando juntos dessa evolução cósmica e, a partir deste momento, uma aceleração do despertar da consciência varrerá o mundo. Vocês que leem ou ouvem esta mensagem são os que estão em primeiro plano, passaram em todos os testes que lhe foram dados e agora estão ainda mais fortalecidos em seu papel de Portadores da Luz. Você está entrando em uma nova fase de movimento e atividade: entre no seu coração todos os dias e tenha fé que o que lhe é pedido lhe será revelado.
Vocês terão que continuar aceitando e assimilando o aumento dos influxos de energia, o que facilitará a lembrança do seu papel no funcionamento do plano Divino à medida que ele se desenrola. Vocês são a brigada do amor, os detentores da mais alta alquimia da maior força de todo o universo. Segure-se firmemente e solte todas as energias ou situações que se opõem a esse entendimento. Sua mente é o construtor e você está construindo um mundo novo e majestoso para o prazer de todas as almas.
As energias mais densas não participam da sua existência diária e os vestígios que dela permanecem se dissipam rapidamente da sua consciência e do seu campo de energia áurica. Permita que sua Essência Divina fale através de voz e palavras, permita que sua Essência Divina irradie sua bondade no mundo ao seu redor. Manter-se pequeno e invisível não será mais possível para os portadores de luz, adapte-se a esse conhecimento e tenha certeza de que você anda sempre em segurança e proteção.
Seus guias e suas equipes angelicais são aprimorados para que seu papel seja otimizado e reforçado para obter um efeito maior. Isso não significa que você se torna alguém diferente; significa que agora você está operando no nível dos aspectos mais elevados do Eu, seu verdadeiro e autêntico Eu Divino. Você será guiado a fazer as escolhas que o levarão à manifestação dos seus sonhos mais elevados e ao seu objetivo perfeito aqui na Terra. Você será guiado e inspirado a avançar para o próximo passo. Você será inspirado por idéias que lhe trarão sucesso em todas as suas aspirações mais elevadas em seu papel de iluminador de caminhos.
Eu sou Hilarion
#Marlene Swetlishoff ∻
❱❱ Família •AarayA 🤲 | ❝É MUITO Amor Envolvido!❞
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Amy Bell
veterana, 18 anos, americana, desaparecida.
É o esteriótipo de uma garotinha blindada de L.A, mimada, arrogante, oportunista e irresistível. Expressões angelicais, pele vívida e clara, olhos de esmeraldas e cachos platinados. Egoísta, ambiciosa, esperta e gananciosa. Uma língua afiadíssima sempre pronta para terminar com a felicidade de terceiros, ou para proteger suas fiéis amigas, as quais na prática, Amy mataria ou morreria.
Biografia.
Oriunda nos céus de Los Angeles dentro de um avião, Amy claramente já havia sido destinada as alturas. Sempre banhada de jóias, fama e a companhia inseparável de seu irmão Chadderick - envolta de uma família tradicional nova iorquina, cujo foi totalmente desestruturada com a revelação de Lizzie, sua mãe - que estaria em um relacionamento paralelo com uma mulher.
É claro que, com a fama dos Bell’s e suas grandes e potentes empresas internacionais, esse furo se manteve oculto, onde os pais de Amy mantinham um casamento de fachada, até Amy completar seus 17 anos, depois de uns drinks e uma discussão com seu irmão, Chadd, discursou o segredinho lésbico nas escadarias da mansão Bell sobre as mentiras podres de seus pais. Tinham como obrigação manter a casa de bonecas da família, então alegaram que Amy sofria de transtorno de personalidade e psicopatia - com uma história sobre uma paixão obsessiva de Amy por Chadd, e a internaram no hospital psiquiátrico Ostroff Center, leste de Manhattan.
Hobbies.
Um símbolo estudantil a ser seguido. Amy sempre foi a aluna número 1 em todas os colégios cursados - tratando-se sempre em estar envolvida com atividades extracurriculares, clubes e adicionais, mas por ganho e esforço próprio? É claro que não. Seu passa-tempo favorito era matar aulas cotidianamente para a Times Square junto com seus minions, conseguindo uma grade curricular excelente a ajuda de subornos e troca de favores - dólares, VIP’s, sexo…
Popularidade.
Queen 100 pontos (A+)
Seu nome é reconhecido até fora do povoado de Nova Iorque. Adquiriu esse destaque em algum ramo artístico, provavelmente, e agora tornou-se o maior. Bajulado por todos, mesmo que falsamente, como se isso importasse não é mesmo? o que você tem que se importar é, o trono é seu.
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Amy Bell
veterana, 18 anos, americana, desaparecida.
É o esteriótipo de uma garotinha blindada de L.A, mimada, arrogante, oportunista e irresistível. Expressões angelicais, pele vívida e clara, olhos de esmeraldas e cachos platinados. Egoísta, ambiciosa, esperta e gananciosa. Uma língua afiadíssima sempre pronta para terminar com a felicidade de terceiros, ou para proteger suas fiéis amigas, as quais na prática, Amy mataria ou morreria.
Biografia.
Oriunda nos céus de Los Angeles dentro de um avião, Amy claramente já havia sido destinada as alturas. Sempre banhada de jóias, fama e a companhia inseparável de seu irmão Chadderick - envolta de uma família tradicional nova iorquina, cujo foi totalmente desestruturada com a revelação de Lizzie, sua mãe - que estaria em um relacionamento paralelo com uma mulher. É claro que, com a fama dos Bell's e suas grandes e potentes empresas internacionais, esse furo se manteve oculto, onde os pais de Amy mantinham um casamento de fachada, até Amy completar seus 17 anos, depois de uns drinks e uma discussão com seu irmão, Chadd, discursou o segredinho lésbico nas escadarias da mansão Bell sobre as mentiras podres de seus pais. Tinham como obrigação manter a casa de bonecas da família, então alegaram que Amy sofria de transtorno de personalidade e psicopatia - com uma história sobre uma paixão obsessiva de Amy por Chadd, e a internaram no hospital psiquiátrico Ostroff Center, leste de Manhattan.
Hobbies.
Um símbolo estudantil a ser seguido. Amy sempre foi a aluna número 1 em todas os colégios cursados - tratando-se sempre em estar envolvida com atividades extracurriculares, clubes e adicionais, mas por ganho e esforço próprio? É claro que não. Seu passa-tempo favorito era matar aulas cotidianamente para a Times Square junto com seus minions, conseguindo uma grade curricular excelente a ajuda de subornos e troca de favores - dólares, VIP's, sexo...
Popularidade.
Queen 100 pontos (A+)
Seu nome é reconhecido até fora do povoado de Nova Iorque. Adquiriu esse destaque em algum ramo artístico, provavelmente, e agora tornou-se o maior. Bajulado por todos, mesmo que falsamente, como se isso importasse não é mesmo? o que você tem que se importar é, o trono é seu.
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