#Marcas de carro
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lisboacar · 7 days ago
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Mecânicas em Porto Alegre: Encontre a Oficina Ideal para seu Carro
Mecânicas em Porto Alegre: a capital gaúcha oferece uma ampla variedade de opções para quem busca serviços automotivos, desde oficinas especializadas em marcas específicas até oficinas mecânicas que atendem a todos os tipos de veículos. Mas como escolher a mecânica ideal para o seu carro em Porto Alegre? Neste guia completo, vamos te ajudar a encontrar a oficina mecânica perfeita para as suas…
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cancadas · 1 year ago
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matriegler · 9 months ago
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@elliebass
Ele correspondeu como Ellie sabia que faria, mas sentiu-se aliviada mesmo assim. Riu junto com ele e abriu os olhos quando Mat vocalizou ter um último pedido. Meu corpo, minha alma, a porra do resto da minha vida?, ela teria respondido, mas ele acrescentou um relativamente simples que a fez dar outra risada. A Bass se afastou para puxar a chave do carro de luxo do bolso e deixar na mão masculina. "Devia ter me falado que queria dirigir, eu teria deixado você nos trazer até aqui."
"Thank you." Mat fechou os olhos como se tivesse entrado em contato com um objeto poderoso, mas abriu um sorriso logo para mostrar que estava sendo um palhaço. "Honestamente, tive medo de ficar emocionado demais em um lugar desconhecido, mas o trânsito não parece muito diferente de St. Louis ou Jefferson City." Ele guardou a chave no bolso do moletom e voltou para onde estavam as coisas. Mat agachou e passou ajeitar tudo antes de colocar a bolsa no ombro. "Eu mataria meus irmãos de inveja se eles soubessem que dirigi um Jaguar. Ou qualquer um daqueles que você tem na garagem. É você mesma quem escolhe?"
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forumaberto · 2 years ago
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Comentando as respostas no canal Garage 545
Comentando as perguntas realizadas nos vídeos do Canal Norival Silva – @garage545 Regulagem de freios – Troca simples de pastilhasMarcas e produtos para freiosDesengripante no corpo de borboletaMarcas de filtros e peçasSerá que alguem mudou a posição sobre limpeza de injetores?Causa de carbonização nos motoresAditivos para lubrificantes Agendamento Garage…
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imninahchan · 9 months ago
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⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: leitora!atriz(?), oscar 2024, car sex, exibicionismo(?), dirty talk (degradação, dumbification e elogios), masturbação fem, manhandling, um ‘papi’, choking, tapinhas na cara, finger sucking, rough sex, sexo sem proteção. Termos em espanhol — te extraño (sinto saudades suas), mi reina (minha rainha) ⋆ .⭒˚。⋆ ⌝
꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ driver roll up the partition please~
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A TENSÃO DENTRO DO CARRO É PALPÁVEL, teme que o motorista possa notar. E não é a melancolia da perda do prêmio, que você tanto cogitou que fosse enfrentar quando ofereceu carona a Enzo após a afterparty, que domina o veículo. O jeito que ele te olha, a cabeça levemente tombada, o sobrolho relaxado mas conciso, o cotovelo apoiado na janela, é a mesma mirada intensa que recebeu na primeira vez que dormiram juntos naquele quarto de hotel em Londres, depois do BAFTA.
Sendo honesta, não ia contactar o seu rolinho mais recente, o namoradinho da América Latina, de novo nesta noite. Os pés doem, o salto fino de marca francesa é lindo, porém te fez cruzar o tapete vermelho sorrindo por cima do incômodo. Isso sem falar na ladainha que essas cerimônias e seus pós podem ser — muita gente de nariz em pé e pouca música boa tocando. Mas muda de ideia com a mensagem que recebe, o te extraño, nena e a foto que ele manda de frente para o espelho. Vai buscá-lo meio que de imediato, nem mesmo põe os pés pra fora do automóvel pra cumprimentar seja lá com quem ele estivesse saindo depois da premiação. As intenções são óbvias, claro, muito mal intencionadas, acontece que você vem contendo a vontade o caminho todo, mantendo as aparências na frente do funcionário.
Por isso, se arrasta pelo estofado, chegando mais perto do uruguaio para cochichar um para de me olhar assim.
— Assim como? — ele ainda tem a pachorra de retrucar, indiferente.
Um risinho se expande nos lábios do homem, soprado, abaixando o olhar só por um instante antes de retorná-lo para a sua figura bem vestida no banco de trás do carro.
— Perdão — o toque quente da palma da mão masculina repousa sobre a sua coxa, por cima do vestido —, me perdi pensando em todas as formas que eu vou te comer quando a gente chegar no hotel.
Teria repreendido em voz alta se o medo de chamar a atenção de terceiros não fosse maior. Só dá um tapinha discreto no peito do Vogrincic, os seus olhos espiando pelo retrovisor para constatar que o senhorzinho ao volante não escutou nada.
— Relaxa — os dedos na sua coxa apertam de leve a carne —, não disse que é só um gringo que não sabe falar nenhuma língua senão a dele? — Inclina-se para mais próximo, a ponta do nariz roça abaixo do lóbulo da sua orelha. — Posso dizer as maiores covardias no seu ouvidinho, e ele nem vai sacar...
Você desvia o rosto pro lado oposto, mantém a mesma postura de quem não está escutando nada demais.
— Pensei que fosse chorar no meu colo...
A mão de Enzo escorrega em direção à barra do vestido, se esgueirando por baixo para só assim começar a retornar pro lugar onde estava. Não vale a pena chorar, o raspar suave da palma pela sua pele desnuda é arrepiante, se eu posso te foder com raiva.
Você tem de parar o toque despudorado ao senti-lo alcançar a sua peça íntima. O encara novamente.
— Então, esse era o seu plano quando me mandou aquela mensagem? — sussurra de volta. — E aquela foto... — sorri, ladino, como quem desdenha. — Você é tão puto, Enzo.
Ele estica um sorriso também, quase que em câmera lenta. O processo é tão sedutor que você se sente latejando entre as pernas, esquentando. O vê tornar a sustentar o cotovelo na janela do carro, a mesma pose de anteriormente.
— Gostou da foto? — te questiona.
— Não poderia ser mais canalha.
A mesma mão que te tocava a perna é usada para repousar sobre o peito dele, o cenho se unindo e os olhinhos do homem parecendo mais dóceis quando devolve com charme não fala assim comigo, sou um ‘gentleman’.
Você ri.
— Um ‘gentleman’, hm? — repete. — Um ‘gentleman’ não me comeria com os olhos dentro desse carro igual você está fazendo.
— É? — o murmuro soa debochadinho, e é ainda pior quando o flagra levantando o indicador e o médio no ar, como se quisesse te atiçar, antes de chupar os dedos na sua frente. — Perdóname — sopra a desculpa falsa, guiando os dedinhos molhados por baixo da barra erguida do vestido. É incrível, um excelente ator de fato, pois nem demonstra no rosto que está afastando a sua calcinha pra te tocar no escurinho do carro em movimento —, fue muy descuidado de mi parte.
Você permite a carícia, o afago circular que rege no seu pontinho doce. O peito se enche de ar, a atenção fugindo para o retrovisor mais uma vez. Olhando para o próprio reflexo da maquiagem afiada, forte, a neutralidade do motorista focado nas ruas movimentadas da madrugada. Quer se controlar, quer muito...
— Quê? — a face do uruguaio para pertinho da sua de novo. Os lábios finos sopram as palavras sujas, o cheiro de álcool emanando do paladar te faz concluir que, sim, para o principezinho latino estar tão impudente dessa forma é porque virou alguns drinks no bar. — Com medo dele ver a sua carinha de puta quando goza? — Está vidrado na sua boca, saboreia com os olhos, umedecendo os próprios lábios. A cabeça pende pra outro ângulo, feito ensaiasse o melhor para avançar num beijo. — Fica tranquila, tá? Eu nunca, jamais, deixaria ninguém ver a minha garota. — E cessa o carinho que oferecia, chupando os dedos apenas para colher o seu melzinho, e recompõe a postura.
Torna o olhar para a paisagem noturna através da janela. As luzes, os grandes edifícios. Ajeitando a lapela do blazer, igual nada tivesse acontecido.
Você acha que está mexendo com o pior tipo. Te arranca um sorriso, não pode negar. Arrasta de volta para a outra ponta do banco, mirando a rua, até chegarem no hotel em que está hospedada com a sua equipe. O cinismo masculino te acerta em cheio. Não pode crer na forma com que ele se despede do motorista, todo educadinha, abusando daquele olhar amável, como se não tivesse te masturbado no banco traseiro do carro. Cumprimentando a sua maquiadora no corredor, como se não fosse entrar no quarto contigo agora e acabar com toda a beleza que ela perdeu horas para desenhar no seu rosto.
Mas isso não deveria te surpreender, né? Não foi diferente em Londres, e não seria diferente aqui em Los Angeles.
O trancar da porta é suficiente para que ele te coloque com as costas contra a parede, cercando o seu corpo. Os beijos estão se espalhando pelo seu pescoço, o resvalar da língua molhada no lóbulo da sua orelha, na linha do cabelo. Uma mão apertando a sua cintura e a outra pegando na sua mandíbula com firmeza.
Pressiona a lateral do seu rostinho na superfície, ao te virar, os dedos hábeis indo de encontro com o fecho do vestido.
— Com jeitinho — você murmura —, é um custom Vivianne Westwood.
Ele tomba a cabeça pro lado, te oferece aquela carinha de complacência, um tom bondoso quando afirma ah, claro, mi reina, no entanto só faz deslizar a peça pelas suas pernas abaixo, o mais rápido possível, tal qual já planejava fazer mesmo.
A maneira com que ele pega na sua nuca, conduz seu corpo seminu pelo quarto é de alucinar. Tão cheio de si, tão dominante. Te leva pra cama, retira o blazer mirando a calcinha pequena — a última pecinha que te cobre a nudez completa —, e assim que põe as mãos no cós, você o contém com o salto apontando no peitoral. Esticando a perna no ar até afastá-lo um pouquinho.
— Vai me comer com raiva mesmo? — traz a questão de volta ao jogo.
— É melhor socar meu pau em ti do que a minha mão na cara de um estadunidense, não acha? — Retira o sapato dos seus pés, as mãos massageando a sua pele. E faz o mesmo com o outro. — Por quê? Não aguenta?
Você sustenta as palmas no colchão macio.
— É que se me foder melhor que da última vez só porque tá putinho — diz — vai ter que me foder bem puto nas próximas vezes também.
Ele arqueia a sobrancelha.
— Ah, então você quer foder comigo mais vezes?
A frase te faz arrepender de ter dito o que disse, trocando sorrisos com o homem, boba. É inacreditável o que ele te causa, a sedução com que desabotoa a blusa social branca, que arfa sob o toque da sua mão na ereção aparente sob a calça. Que vem por cima, o nariz roçando no seu primeiro, de olhos fechados, pra só depois deixar a boca tomar a sua. O ósculo estalado, molhado, lento. Capturando seu lábio inferior com os dentes, sensual.
Colocando a sua perna sobre o ombro dele, aquela posição que, com total certeza, vai te dar cada centímetro pra dentro quando ele se empurrar. O arranhar dos dentes na sua canela, as unhas cravando na sua carne.
Paira o indicador nos seus lábios, silenciador.
— Vai ficar bem quietinha enquanto eu meto em você, não vai? — instiga, alinhando-se na sua entradinha. — Eu lembro como você fica burrinha quando ganha muita pica, é bonitinho de ver, mas hoje não quero ouvir muito choro no meu ouvido, não.
Não vou ter que apertar seu rostinho no travesseiro, vou?, a pergunta promíscua provoca um belo sorriso tolinho na sua face. A postura se perde só de imaginar a possibilidade.
— Não, papi. — Foge da mirada alheia, sentindo as bochechas queimando.
— Olha pra mim — ele pede, suave. — Fala olhando pra mim.
Você obedece, o foco retornando para o uruguaio. Não, papi.
Ele sorri.
— Chupa — orienta, e, mais uma vez, você acata ao que te é instruído.
O indicador dele é abraçado pelo calor da sua boca, pela língua que lambuza de saliva. Os dentinhos raspam na pele sem querer no momento em que é penetrada tão fundo. Um choramingo vibrando na sua garganta até que tudo esteja acomodado no quentinho, apertado, lá dentro.
Enzo crispa os lábios, o cenho franzido. A expressão de coitado é pra zombar da sua, óbvio, fazer pouco caso da sensação de completude tentadora que te causa.
— Ei, o que eu disse sobre barulho? — te recorda. — Eu acabei de colocar, linda, não me diz que o seu cérebro já desligou...
Enzo, é só o som do nome dele que reverbera da sua boca. O chamado manhoso, um reflexo do prazer devastador que o entrar e sair demorado resulta em ti. Os olhos presos na visão pornográfica do pau afundando abaixo do seu ventre.
Mas dois tapinhas na bochecha são suficientes para te fazer piscar repetidas vezes, engolir a saliva, feito ganhasse consciência de novo após escapar do feitiço que te borra os sentidos.
— Volta pra mim, princesa — e ele alimenta esse ‘como se’, sussurrando. — Cê virou a lesadinha, boba, que não aguenta cinco segundos de pica.
Você ainda puxa o ar para os pulmões, quase pronta pra lamuriar uma resposta, só que a palma da mão dele é mais ligeira. Cobre a sua boca, te cala, acenando negativamente.
Dobra a coluna por cima de ti, chega pertinho até praticamente encostar a testa nas próprias costas da mão. O ritmo das estocadas aumentando absurdamente, profundas, fortes, tanto que o ruído dos pés da cama invadem os seus ouvidos.
Escuta também a sonoridade pornográfica que cada choque da virilha dele na sua causa; a respiração masculina pesar. O interior se fechando ao redor dele, pulsando.
— Vou te levar pra casa comigo... — A mão desce da sua boca pra segurar no seu pescoço, terminar de desconfigurar por inteiro a sua mente. — Quer ser a minha bonequinha, quer? Ahm? Quero meter em ti quando estiver puto de novo... — Olha nos seus olhos, intenso, os lábios entreabertos buscando por ar. — E feliz, triste. Pra tudo. Todo dia. Vai ficar tão cheia de porra que vai vazar por essa boquinha de filha da puta gostosa. — Acerta mais um tapinha na sua bochecha, dessa vez fazendo a região atingida arder um pouquinho, quente. — O que cê me diz, hein? — Retorna com a pegada no seu pescoço, soberano. — Nenhum desses gringos daqui sabem te comer direito mesmo, né?
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interlagosgrl · 6 months ago
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oioi rafaa, pode por favor fazer um smut do Blas com o tema dry humping no carro 🙏🏻🛐
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— aviso: dry humping, size kink, dirty talking. tem partes mais fofinhas também.
— word count: 2,6k.
— nota: queria agradecer a diva que pediu isso aqui porque me trouxe de um bloqueio FUDIDO!! obrigada, loba.
esse smut aqui é na mesma linha do tempo do meu primeiro smut com o Blas (dá uma conferida se você ainda não leu hehe).
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pela primeira vez em muito tempo a sua viagem anual de férias de verão com as suas amigas estava sendo substituída por uma viagem familiar. sua mãe não cabia em si de tanta felicidade e seu pai desconfiava que você iria pedir alguma coisa (um carro novo, talvez? aquela bolsa de marca famosa que tinha o preço de um carro popular? acesso ao camarote da fórmula 1 que equivalia à dez salários mínimos?), mas seu interesse era meramente na companhia. a viagem de inverno com os Polidori tinha sido um sucesso e lá estavam eles de novo dividindo com a sua família uma casa de veraneio na costa oriental da Europa. Split era a cidade da vez, na Croácia.
desde as férias de inverno do ano passado o filho do casal, o argentino de cabelos cacheados, não saiu da sua cabeça. vocês não tinham se visto desde então, embora não tivesse faltado vontade. Blas queria visitá-la em Madrid, mas você nunca tinha tempo com a grade pesada da faculdade de economia. você sempre dizia que iria para Argentina vê-lo, mas nunca realmente aconteceu. tinha que se contentar em assistir a vida dele através das telas. não mais naquele verão.
os primeiros dias foram como se você fosse uma adolescente. ficava nervosa ao lado do garoto, se pegava cuidado da sua aparência um pouco mais do que o normal e estava sempre usando saias curtas o suficiente para que ele sempre soubesse como era a parte de baixo do seu biquíni. Blas não facilitava. a olhava como olhava quando estavam nas montanhas, presos no quarto fazendo coisas inimagináveis para os seus pais. quando vocês bebiam um pouco demais, as mãos enormes encontravam suas coxas por debaixo da mesa enquanto os olhos continuavam sérios em seus pais. quando vocês pegavam o iate e se lançavam ao mar, ele sempre puxava a cordinha da parte de cima do seu biquíni e dizia que as europeias não tinham marquinha na parte de cima, que a moda lá era o topless.
era tudo um jogo, claro. a construção de um clímax e a antecipação de dar o que você queria era quase enlouquecedor. todas às vezes que vocês se aproximaram de fazer algo parecido com o que havia acontecido na montanha, Blas voltava atrás e a deixava cada vez mais com vontade, na borda do seu bom senso.
tinha acontecido quando ele te encontrou na lavanderia recolhendo seus biquínis da secadora e a beijou com tanta vontade que você pensou que ele te foderia ali mesmo. as mãos agarraram sua bunda com força, os lábios pressionaram os seus com luxúria e quando os incisivos alheios capturaram a pele do seu pescoço com tanta maestria que você finalmente se entregou, ele saiu de lá como se nada tivesse acontecido.
e quando vocês saíram para uma balada sem entender absolutamente nada da carta de drinques, apenas pedindo e bebendo, contando com a sorte. quando estavam bêbados o suficiente para sentir o costumeiro tesão que acompanhava o álcool, ele a beijou em um dos becos escuros da cidade, puxando o seu tomara que caia para baixo com facilidade. "viu? você ficou um tesão bronzeadinha do jeito das europeias." ele sussurrou rente a sua audição, sugando um dos mamilos com força antes de decidir que vocês deveriam voltar antes que amanhecesse.
você se divertia com a caça e com as recompensas. mas, tinham dias piores que os outros e de nada adiantava somente o prazer de brincar. você aproveitava do banheiro compartilhado entre os dois quartos, o seu e o dele, se tocando e torcendo para que ele ouvisse os seus gemidos ou entrasse pela porta destrancada. nunca acontecia. ele era muito, muito bom em jogar.
"vou sair para uma trilha. vamos?" naquela manhã o sol estava escondido por nuvens pesadas e ele estava tão lindo que suas pernas tremeram. seus pais a incentivaram a aceitar o convite e você não fez questão de negar. você odiava trilhas, mas e daí? era hoje que você colocava um fim na palhaçada.
escolheu o menor biquíni que tinha e uma saia menor ainda. borrifou um pouquinho de Light Blue para que o cheirinho de limão siciliano penetrasse nos seus poros e você ficasse um pouquinho mais irresistível. quando pulou no banco de carona do Fiat 500 Hire '57 alugado, você jurou ouvir o Polidori suspirar.
"para onde vamos, Blas?" os óculos escuros escondiam o seu olhar de completo êxtase.
"tem um lugar perto de uma praia que parece dar em uma cachoeira." ele se focou na estrada, tentando ignorar os seus seios explodindo de gostosos naquele biquíni minúsculo. "espero que você não tenha medo de altura."
"nada. eu adoro altura." um sorrisinho brincalhão surgiu nos seus lábios. "você tem 1,95, não é?"
"engraçadinha." ele batucou o volante.
seus pés encontraram o painel do carro. as unhas em francesinha causaram um desconforto abaixo da linha do umbigo do argentino. se ele seguisse o olhar por suas pernas ele veria, com facilidade, seu sexo coberto por uma fina camada de tecido. aquelas malditas saias o faziam te odiar por ser tão gostosa.
"não vai dizer que eu 'tô linda hoje?" um biquinho se formou nos lábios brilhantes de gloss. "ou gostosa..."
"você 'tá uma bela de uma patricinha hoje." ele brincou de volta, um sorrisinho inocente nos lábios. usualmente, você não se importava de ser chamada assim. até gostava. mas, com ele era diferente. você queria que ele te visse como uma mulher e não como uma garotinha.
a viagem seguiu em silêncio, você observando a paisagem afrodisíaca da península e Blas focado em chegar à maldita cachoeira antes que perdesse a compostura. estava sendo uma tarefa árdua. você estava tão cheirosa que era quase intoxicante. a pele bronzeadinha o fazia estremecer. a diferença do seu tamanho para o dele era um belo de um incentivo para o membro que se contorcia vez ou outra na bermuda. ele imaginou o quão pequenos os seus pés ficariam envolvidos pelas mãos deles, e como era satisfatório aquela diferença. o que o levou a pensar em como suas mãos encaixavam bem, mesmo a sua sendo bem menor. a respiração até pesou por alguns instantes.
o lugar era bem inacessível. segundo Blas, vocês iriam andar um pouquinho antes de achar a cachoeira. ou iriam, até as nuvens carregadas começarem a desabar. as gotas que tinham começado como uma leve garoa, ganhavam peso e força em segundos.
"por que viemos com todas essas nuvens, afinal? era meio óbvio." você cruzou os braços, retirando os óculos.
"porque nadar na chuva é incrível."
"na piscina, sim. mas na cachoeira existem cabeças d'água." o argentino a olhou com um sorrisinho, chocado por toda sua agilidade. "cachorro. você me trouxe aqui porque sabia que ia chover."
"só queria ficar sozinho com você." ele deu de ombros, os cachinhos balançando de um jeitinho que a fez derreter.
"pra ficar temperando e não comer?"
"você só pensa nisso, é? não gosta de conversar comigo?" as palavras eram sérias, mas o tom era brincalhão. ele sabia bem que vocês tinham conversado muito naquela viagem. você tinha se aberto com ele de maneiras inéditas.
não era surpresa que ele te impressionava. mesmo com a vida tão semelhante à sua, ele era tão diferente. vocês ficavam horas na espreguiçadeira conversando sobre os mais diversos assuntos. ele tinha até te ensinado a jogar xadrez nesses dias longos de verão. e quando vocês dois secavam a garrafa de vinho (que era comum acontecer toda noite), vocês falavam muito mais do que deviam. um dia, quando estavam mais bêbados do que o normal, Blas te deixou ensiná-lo como dançar agarradinho.
"para de se fazer de tonto." a frase saiu em um tom baixo, quase um muxoxo de descontentamento. te ofendia que ele insinuasse que você só pensava na relação carnal.
"ah, nena." ele imitou o seu biquinho de insatisfação, segurando o seu rosto entre as mãos enormes. "eu só estava brincando. não fica chateada, vai."
os lábios macios se uniram aos seus por alguns segundos. seguiram para as bochechas, beijando cada uma antes de descer para o pescoço. os selares ali foram depositados com maior entusiasmo, a saliva quentinha fazendo com que ele deslizasse por sua pele com facilidade, a marcando em cada centímetro.
"eu quero te foder mais do que tudo. você sabe." a voz grave soou rente a sua audição e você nem notou que ele tinha parado de te beijar. os olhos estavam fechados, o coração palpitava e as mãos tremiam inúteis em seu colo. "mas eu quero que seja melhor do que foi da última vez. pensei que te provocar seria interessante."
os dentes agarraram o lóbulo da orelha, mordendo levemente antes de deixar um beijinho no tragus. o carro estava abafado e as janelas começavam a embaçar. seu corpo era tomado por arrepios devido a sua temperatura corporal febril.
"se eu soubesse que você é uma putinha tão impaciente eu não teria nem começado..." você sentiu o âmago do estômago repuxar em desejo e o meio das suas pernas se aquecerem em resposta. aquele garoto sabia direitinho como te levar à loucura com as palavras certas.
"impaciente? eu?" você riu baixinho tentando manter a postura. Blas podia ter criado o jogo, mas às vezes o aprendiz superava o mestre. "eu sou bem paciente, gatinho. e tolerante, como você pode ver. eu me pergunto se você tem o mesmo autocontrole."
"eu não te comi até hoje." ele se afastou, te olhando com superioridade, balançando os ombros de maneira indiferente. "acho que eu 'tô me saindo bem. é você quem tá pedindo pica cada vez que me olha."
"então 'tá na hora disso mudar." suas mãos se espalmaram no peitoral do argentino, o empurrando para trás. você sempre tinha sido competitiva e não ia ser agora que você sairia de mãos abanando.
com uma agilidade e graça angelical, você subiu no colo dele. era cômico, pois Blas era muito alto e aquele carro era especificamente pequeno. mas, também era perfeito. seus seios estavam colados ao peito dele, as coxas apertadas entre a porta e o câmbio o prendendo com maestria abaixo de si. conseguia ver bem as bochechinhas queimadas de sol e a definição dos cachinhos tão queridos.
o beijo que se seguiu fez jus à toda privacidade e tensão que os cercava. as íris castanhas miraram as suas em total profundidade e houve um momento que você jurou ter parado de respirar. a visão era alternada entre os olhinhos lindos e a boca avermelhada. quando ele cessou o espaço, a pressa e desejo eram palpáveis, quase como se estivessem os assistindo do banco de trás do carro. os lábios quentes e macios foram um alívio e o ósculo era tão bem ritmado que você cogitou desistir do seu plano de vingança e puxar a calcinha para o lado.
as mãos de Blas não eram gentis dessa vez. apertavam seus seios, a cintura, a bunda, passavam pelas coxas e até pelos seus pulsos e calcanhares como se ele precisasse se certificar de que você era real. já estava tão profundamente obcecado em você que não duvidaria daquilo ser mais um dos maravilhosos sonhos que ele vinha tendo.
você era muito real, no entanto. e ele também. crescia desconfortavelmente em suas bermudas, você sentindo entre as suas pernas o objeto de desejo das incontáveis semanas que se sucederam à maldita viagem de férias de inverno. você não ficava para trás, a intimidade já estava tão molhada que o tecido do biquíni tinha se tornado um pouco menos incômodo. naturalmente, suas coxas buscaram por movimento no espaço ínfimo, roçando o seu sexo contra o dele com uma ânsia quase animal.
Blas não conteve o gemidinho arrastado contra a sua boca, fazendo você sorrir. claro, para você estava sendo um inferno na terra ficar tanto tempo longe dele. mas, de modo fisiológico, para ele era pior. estava tão sensível que você julgou que somente aquilo o traria tanto prazer quanto te comer.
"ay, amor..." seu tom de voz foi manhoso, expressando a falsa pena que fingia sentir. "você 'tá sensível, né?"
o garoto não respondeu. preferiu olhar para baixo e admirar o quão bem você se encaixava nele, movimentando-se para frente e para trás contra o pau rijo. ele sabia que não aguentaria muito. ficar semanas sem transar tinha uma consequência, afinal. os dedos ágeis procuraram a braguilha da bermuda, mas você não permitiu que ele se liberasse. segurou as mãos dele sobre a cabeça, ainda realizando movimentos torturantes com o quadril.
"não, nena. não faz assim." o tom de voz se tornou suplicante, assim como a expressão dos olhos. "me deixa te comer."
"quem tá pedindo por buceta agora?" o sorrisinho vitorioso o irritou tanto que você sentiu o pau dele tremer embaixo de si. "hoje você vai ter só isso, mi amor. só a vontade."
você o soltou, mas ele não fez menção de desobedecer. assistiu embasbacado enquanto você rebolava e gemia, arrastando seu pontinho sensível contra ele. a destra apoiou-se na janela e a condensação das respirações ofegantes e da chuva do lado de fora a moldou perfeitamente contra o vidro.
"seu pau é tão grande que mesmo todo vestido você me satisfaz direitinho." seu sorrisinho o fez estremecer.
Blas fez a única coisa que podia, se curvou sobre você e puxou a cortininha do seu biquíni para o lado para que os dentes pudessem agarrar seus mamilos com força. ele queria te punir, mas só serviu como estímulo para deixá-la com ainda mais tesão. seu corpo parecia derreter naquele momento e sua mente já começava a se enevoar, aquele nó gostoso abaixo da linha do umbigo sendo desatado aos pouquinhos.
"quando eu te pegar eu vou te colocar de quatro na minha cama e meter em você até você desmaiar." o garoto ditou, a voz comedida escondendo bem o quão hiper estimulado ele estava. "você lembra o quão devagarzinho eu metia em você para você aguentar tudo? e mesmo assim você chorava feito uma putinha na minha pica."
seus olhos se fecharam. ouvi-lo falar assim a deixou estranhamente excitada. ele era sempre tão contido, vê-lo daquele jeito fez a sua bucetinha deslizar com mais facilidade contra o tecido absorvível do biquíni. e nada era mentira: ele tinha que ser tão cuidadoso para não te machucar por ser tão grande. mas, pensar nele te fodendo sem dó causou um estranho desejo no fundo dos seus pensamentos.
"agora não vai ter mais isso, nena. você merece ser fodida como a cachorra que você é." a destra pressionou seu pescoço, impedindo a circulação do seu ar. sua cabeça latejou com a hipóxia, seu coração se desacelerando. você sentiu que não demoraria para gozar. "já que tá tão doida por pica, vou enterrar tudo nessa bucetinha apertada."
para Blas, era um alívio e uma tortura dizer aquelas palavras. era bom prometer vingança e imaginar como faria aquilo com você. por outro lado, toda aquela conversação o tinha levado à beira do orgasmo. ele gozaria em poucos segundos, precocemente. ele estava muito satisfeito, no entanto. ver você rebolando como uma cadelinha, com os biquinhos dos seios rijos, os olhinhos fechados e as bochechas perdendo a cor pela falta de oxigênio compensava tudo.
"ainda vou te encher de leite até te deixar pingando." o Polidori sussurrou, largando seu pescoço antes que você desmaiasse. você abriu os olhos e se deleitou com o rostinho de prazer alheio. foi o suficiente para que você atingisse seu ápice e gemesse arrastado ao envolvê-lo em um abraço necessitado. "gozou antes de mim, é?"
as mãos seguraram sua cintura com força, o quadril do argentino ondulando abaixo de você, buscando pelo orgasmo que você tinha acabado de atingir. os gemidos roucos eletrizaram o seu corpo por uma última vez, anunciando que ele também tinha terminado.
“você me deve uma foda sensacional, Blas.” você sussurrou, deixando um beijinho no pescoço dele. a pele quentinha dele te fez arrepiar.
“não te preocupa, hoje mesmo você vai ter.”
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skzoombie · 8 months ago
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“Honey, honey, I could be your bodyguard (hey)”
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Wagner estava sentado na cadeira de madeira na diagonal com um lado mais para frente da sacada do apartamento, ele soprava a fumaça da verdinha em direção a rua enquanto observava de longe as noticias que passavam na televisão.
O maxilar do homem começou a endurecer assistindo uma das reportagens do momento, ele sugou com força a seda e soltou um riso irônico.
- Fascistas de merda! - soltou em um tom alto.
Em meio ao xingamento e costume cotidiano de sentar na sacada, s/n observava os detalhes físicos do namorado mais velho, quase marido, mesmo que ele negasse o casamento pois não queria prender ambos em um estereótipo.
Os músculos dos braços saltavam, ao passo que ele apertava um dos braços da cadeira com efeito da raiva e indignação. Wagner alcançou o controle remoto que estava em uma bidê próximo e desligou a televisão.
- Posso fumar um pouco? - s/n questionou quando o silêncio se fez na sala.
Ele virou a rosto na direção do sofá e sorriu para a pessoa deitada, levantou uma das mãos e chamou com o dedos para vir perto. S/n caminhou meio sonolenta e parou com o corpo em frente ao homem sentado, ele bateu nas próprias pernas, sinalizando para que sentasse.
- Puxa devagarinho, tá? - ele orientou virando o baseado na direção da mulher.
Wagner riu baixo quando ela sugou os dedos dele junto com a maconha, um fio de saliva saiu junto e ela sugou mais uma vez para quebrar.
- Você vai comigo amanhã? - ele perguntou fechando os olhos quando sentiu soltando na fumaça no seu rosto.
- Óbvio - respondeu sem pensar muito.
Ele sorriu levando uma das mãos para as pernas nuas do pijama curto da namorada, acariciou a região e apertou forte duas vezes. A mão subiu pelas costas dela até chegar na nuca, wagner apertou e enfiou os dedos entre os fios dos cabelos longos.
- Ainda tem uns arranhões no seu pescoço - comentou observando e chegando com o rosto mais perto do pescoço.
-Não mais do que ela - respondeu fechando os olhos quando sentiu um arrepio com a proximidade da respiração no pescoço.
Ele riu com a fala e concordou com o movimento de cabeça, deu a última tragada, apagou a bituca no braço da cadeira e colocou dentro de uma garrafa de plástico que estava próxima.
- Tenta não começar briga amanhã.
- É só elas não ficarem se jogando pra cima de você - rebateu sentindo a maconha bater fraco.
- Se depender de você, as pessoas não podem nem se aproximar - respondeu revirando os olhos.
S/n concordou sorrindo, aproximou o rosto do homem e deixou um selinho na boca dele, foi descendo o beijo do maxilar até o pescoço e sugou forte para deixar marcas.
- Todos esses anos tentando conquistar você para uma menina de dezoito anos roubar meu lugar? - wagner puxou o cabelo de s/n fazendo a cabeça ir para trás.
- E eu não gastei meses comendo você em banheiro público de passeata política, pra te deixar da noite para o dia - provocou beijando entre os seios dela.
- Você nunca nem conseguiria me deixar - respondeu observando sério o namorado - ou você realmente acha que conseguiria viver sem mim?
Questionou provocativa e fazendo homem olhar para ela com ironia, wagner sabia que não viveria sem a mulher, cada pequena atitude dela envolvia o bem estar dele. Sexo matinal para ele acordar melhor, café da manhã pronto na mesa para não precisar gastar tempo pensando em comida, carro sempre com tanque cheio porque ele tinha preguiça de ir no posto, casa organiza, erva e seda sempre abastecida para ele fumar quando precisasse aliviar a ansiedade.
- Hoje de manhã não encontrei os biscoitos de chocolate que gosto, você não parece tão eficaz quanto se acha - ele rebateu provocando a mulher com algo simples que percebeu pela manhã quando acordou.
- Pena ser tão desatento, recomendaria olhar dentro da mochila que leva sua comida para o trabalho - ela comentou não desviando os olhos - Você gosta de comer essas bolachas no intervalo, não é?
Ele abriu um sorriso cínico, levou as duas mãos no pescoço da mulher e puxou o rosto dela com força para iniciar um beijo. Os lábios mexiam com rapidez, saliva se acumulava nos cantos da boca, umedecia toda a região do buço e queixo com o beijo.
- Quem é você sem eu? - cortou o beijo e perguntou para ele tentando puxar o ar que faltava.
- Ninguém - ele disse o que ela gostaria de escutar e tentou puxar novamente para um beijo mas foi negado.
- Me veja como um guarda costa, que cuida e protege você - finalizou sorrindo e levantou do colo do namorado - Vou preparar a banheira para você tomar seu banho antes de dormir.
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chellds · 3 months ago
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O que eu faria caso quisesse iniciar na lei da suposição ?? 🎀
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eu iniciei na lei da suposição em fevereiro desse ano, e voltei a praticar apenas em julho deste ano.
mas, o que eu fiz para ter tantos resultados em poucos meses?
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1. Comecei assumindo coisas pequenas.
eu adoro esse exemplo, pois eu vi uma vez no Twitter uma garota dizendo "caso você não confie em seus próprios resultados, comece assumindo coisas pequenas"
e então, eu assumi um anel de estrela, várias pulseiras, um colar de guitarra e etc, etc, até assumir finalmente coisas maiores.
2. Li os livros do Neville Goddard
o Neville é uma pessoa bem famosa na lei da suposição, já que ele literalmente ensina sobre TUDO que você precisa saber sobre a lei da suposição.
3. Comecei a utilizar o método do whatsapp / fofoca
se resume em você fingir que está falando para alguém oque aconteceu nos últimos meses, porém com coisas que você assumiu.
exemplo: eu assumi um carro
"nossa amg, sabia que eu literalmente ganhei um carro?? tipo, e ele é da *marca que você quer* ainda, acredita?"
4. Comecei a viver no final
simplesmente comecei a assumir oque eu queria e viver "fingindo" que já tinha.
mas, eu não fingia, porque eu sabia que já tinha.
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gimmenctar · 2 months ago
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começou como brincadeira, uma vez você e yangyang flertaram pra zoar o kun, que estava todo se querendo pra cima de uma desconhecida super descolada na noitada. os flertes falsos viraram rotina até que, numa virada de chave, tornaram-se bem verdadeiros.
yangyang passou a te olhar com outros olhos muito rápido, fazendo questão de investir no papo que você devolvia tão bem. não demorou muito até que ficassem a primeira vez. o beijo lentinho na varanda do apartamento do ten não passou despercebido por ninguém. a sorte é que o vidro impediu os outros de escutarem os seus suspiros altos, yangyang engoliu todos eles sem pena, nem te deu chance de parar pra respirar.
daí pra frente só ficou pior. foram descobrindo como agradar um ao outro, mesmo que só na pegação. mas yangyang não podia mentir, estava doido pra ir além. você o beijava bem demais e o provocava além da conta pra que ele não imaginasse a putaria que seriam capazes de fazer juntos.
outra vez, escondidos num canto qualquer de uma festa, yangyang te mantém firme contra a parede enquanto marca seu pescoço com os beijos molhados. normalmente, você já teria voltado pra ficar perto dos amigos, mas hoje tem algo diferente, hoje você precisa de mais, não dá pra segurar.
yangyang se assusta quando você o arrasta pra fora da casa lotada até o próprio carro. sem questionar nada, ele se senta no banco de trás, já você, se senta no colo dele e o beija de novo, mas agora é quase feroz. a sua calcinha encharcada roça na ereção dele bem devagar. a cabecinha do pau está bem alinhada com seu clitóris, e vocês viram uma bagunça arfante.
“deixa eu chegar essa calcinha pro lado.” ele diz com a respiração entrecortada. está prestes a gozar dentro da calça por causa das suas reboladas.
vocês tiram todos os panos que atrapalham o contato da pele. o pau dele desliza pelo seus sucos, nos seus lábios você sente cada veia pulsante do membro duro e todo melado.
“yang, porra.”
encostando as costas entre os bancos da frente, você joga a cabeça pra trás. sua boceta encharca o colo de yangyang, que não consegue se concentrar em nada a não ser onde suas intimidades se esfregam com tanto afinco.
ele aproveita sua posição pra descansar a cabeça entre seus peitos, abaixando sua blusa pra expor seus seios e colocar um deles na boca. ele precisa focar em outra coisa se quer gozar depois de você. chupa seus mamilos com fome, usando os dentes pra arranhar de levinho.
mesmo que os vidros fossem escuros, qualquer um que passasse pelo carro saberia o que se passa ali dentro. os sons molhados, os movimentos, os pedidos dengosos, tudo sinal da carência e do desejo que não puderam mais ser adiados.
“ah, caralho!” você exclama ao sentir o ápice se aproximando. yangyang, também desesperado, joga os quadris pra cima e encontra seu ritmo bagunçado a fim de desfazer o nó do seu ventre.
seus olhos reviram e você se desfaz, melando o pau latejante de liu. ele não aguenta sentir os seus nervinhos pulsando nele, e também goza, lambuzando ainda mais as roupas. estão completamente arruinados.
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n/a: vcs gostam desse formato? eu gosto de ler coisinhas assim de vez em quando.
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geniousbh · 6 months ago
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laulau as fotos do enzo!!!!!! por deus tem uma que ele tá com uma cara de mecânico cafajeste af
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e ele não é só um mecânico cafajeste não, ele é daqueles que é soberbo e ganancioso. seus pais são donos de um grupo de multinacionais e é claro que têm uma frota de colecionáveis carérrimos, além do próprio técnico/mecânico à disposição pra qualquer incidente ou coisinha relacionada aos carros.
depois que você completou 21, seus pais decidiram que era hora de trocar o seu toyota por um bentley. ah sim, você teria muito mais comforto, tecnologia, segurança... fora que enzo era especialista na marca, então qualquer dúvida poderia ligar pra ele ou ir até o homem. e porra! como você estava esperando por isso.
desde que se entende por gente, conhece o uruguaio, ele é lindo, foi contratado anos atrás, quando você ainda era pirralha, e n te dava atenção naquela época - não que seu pai deixasse você participar das pequenas conversas quando visitavam a oficina - mas, vez ou outra te olhava de relance. o que só se tornou algo mesmo depois de você completar a maior idade e tirar carta. era muito sutil, mas era visivelmente mais difícil pro rapaz ignorar o teu corpo formado; corpo de mulher, e uma mulher bem gostosa (se vc levasse em consideração as mordidinhas de lábio e as vezes que ele abria um ou dois botões da camisa na sua presença). "não sou o melhor pra falar sobre toyota's se você quer saber, chiquita, mas posso trocar o óleo e ver se resolve", sempre contornando as vezes que você aparecia.
bom, com o feliz presente dos seus progenitores, agr você tinha um caralhówski de um bentley e não restavam desculpinhas furrecas pr ele. então estava decidida, na terça, quando saísse pela tarde pra aula de tênis - sim, com a roupinha esportiva minúscula, sainha rodadinha e o top fit que empinava seus seios - subitamente🥴🥺 amassaria a lataria do carro em um hidrante. sabia que seu pai não veria problema em pagar, e sabia também que sua mãe estaria ocupada demais fazendo yoga e alinhando os chakras pra se importar. por isso, quando chegava no lugar, fazia a sua melhor atuação, franzindo o cenho e colocando um biquinho inflamado na boca, procurando pelo vogrincic que vinha em seguida, com a típica calça de alfaitaria e chemise de mangas dobradas💋💯💦
"qué paso?", "enzinho, me ajudaa! eu amassei o meu carro!! foi acidente, juro, juradinho!!", você se segura no antebraço forte do moreno e puxa ele até o veículo, onde você estacionou, e o mais velho se curva para medir o tamanho do estrago; coincidentemente ficando na altura onde suas coxas roliças estão expostas e se apertando uma contra a outra enquanto você se explica fingindo estar desolada. e pra sua infelicidade, ou não, enzo vogrincic, com os seus dez anos a mais vividos, não compra - o arranhado e o afundo são superficiais demais, além de que os pneus estão sem sinais, e vc com crtz teria se apavorado quando o computador de câmbio apitasse - mas, ele decidia participar.
"ay no... como você conseguiu fazer isso?!😨" franzindo o cenho e te olhando de baixo, com aquela carinha que acabava com a raça de qualquer ser em sã consciência. e então você arregalava os olhos, assustadinha, e desta vez começando a se preocupar mesmo, mudando a expressão e se agachando ali com ele. impossível ser tão ruim, pensando enquando dedilhava a lataria e então ouvindo a risada seca e maquiavélica na orelha.
"você se acha bem espertinha né?", com o rosto perigosamente perto do teu e se aproximando enquanto ele esticava o tronco na sua direção, enzo te confronta. "hm? n-não sei do quê você tá falando..." e como não? o sentimento é tão ambíguo... ser desmascarada rápido assim não fazia parte do plano, apesar de que sentir a respiração dele misturando com a sua estivesse provocando ✨coisas✨
"não sabe, né? então a gente continua fingindo, que tal?", sente a mão calejada do uruguaio te segurar a cintura e te trazer mais pra ele. "eu te falo o quanto fica o valor, e você me diz que se o seu pai ficar sabendo vai ficar desapontado e pobrecita... você não poderia lidar com isso", aos poucos seu corpo vai cedendo, sem qualquer autocontrole, ficando cada vez mais colada no maior que já estava entre suas pernas e te puxando pro colo. e apesar da vergonha repentina, o tesão estava gritante, te dando o empurrão que faltava pra você segurar na nuca do mecânico charmoso e sussurrar, "é ai que você me oferece outro jeito de pagar" arrancando um risinho puto do outro.
"dale, nena... é isso mesmo", ele te come com os olhos cor de avelã e te toma os lábios. agora só resta ele saber se você vai fazer a vista ou parcelado, porque se for a vista, ele fecha a oficina pra te foder em todos os cantos e de todas as formas possíveis, mas se for dividido ele vai te provocar bastante e só te comer quando você estiver necessitada o suficiente pra implorar.
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dreamwithlost · 4 months ago
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UMA ÚLTIMA VEZ
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Karina x Fem!Reader
Gênero: Sáfico, smut, leve fluff e angst
W.C: 3K (Sim, estava inspirada)
Avisos: Eventual smut, fingering, oral (Não sei colocar avisos, perdão)
ᏪNotas: Tenho 3 pontos a levantar aqui: 1- Isso não era para ser um smut, mas as coisas foram indo KKKKKK... Daí eu me senti confortável o suficiente para escrever meu PRIMEIRO smut (?), então, aí está!. 2- Estou lendo muito romance de época ultimamente, então acho que por isso, apesar de ser uma história atual, minha escrita ficou um pouco pendida para essa coisa mais frufruzenta, todavia eu gostei! Espero que gostem também ♡. 3- Vambora.
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Naquele dia, as discussões triviais sobre as maiores dores que uma pessoa poderia sentir na vida pareciam ainda mais insignificantes. Era curioso como raramente se mencionavam sofrimentos que não fossem físicos nesses debates. Contudo, naquela tarde, ao segurar o convite de casamento dourado de Yu JiMin, ou melhor, Karina — Como gostava de ser chamada — com mãos trêmulas, você percebeu que, pelo menos para você, não haveria dor maior do que perder o amor de sua vida.
Sem conseguir pensar com clareza, você cancelou todos os compromissos, fez uma mala às pressas e entrou no carro, dirigindo por cinco horas ininterruptas até a casa da Yu.
Seus pensamentos começaram a se organizar apenas quando os olhos amendoados dela apareceram ao atender a porta.
— Karina — Um sussurro escapou de seus lábios enquanto observava a nova tonalidade nas madeixas da mais velha. O tom de loiro platinado parecia se encaixar perfeitamente com a sua beleza etérea.
— Você? O que... — Karina questionou, olhando ao redor como se estivesse sendo seguida. — O que está fazendo aqui? — Finalmente conseguiu completar, mas uma resposta tardou a sair de você.
O que... O que estava fazendo ali?
A loira tomou seu braço, puxando-a para dentro da residência. Você permaneceu onde foi deixada, estática na porta agora fechada, observando os passos ansiosos de sua... amiga? Tudo que conseguiu fazer foi levantar o convite de casamento que havia carregado durante todo o trajeto em sua mão.
— Você vai se casar? — A pergunta saiu mais como um suspiro.
— Oh — Karina exclamou, interrompendo sua movimentação ansiosa e finalmente fixando o olhar em você — Sim, irei me casar com Kyung.
Você sentiu seu coração apertar ainda mais com aquela afirmação, embora já esperasse por ela. Conhecia o rapaz em questão, esbelto, alegre, e sucessor de uma grande empresa na área da beleza, assim como ela.
— E por que me enviou o convite?
— Porque não queria fazer isso sem que você soubesse, parecia errado — Ela respondeu com uma indiferença desproporcional ao peso daqueles sentimentos, desviando o olhar e caminhando para a cozinha como se nada estivesse acontecendo.
— Você não pensou o quanto isso me machucaria?
Um riso breve, tingido de deboche, escapou da loira enquanto você a seguiu até o cômodo ao lado.
— Por que te machucaria? — Questionou, concentrada no copo de água que servia a si mesma.
Era verdade... Havia essa circunstância que, em meio ao turbilhão de sentimentos, você havia temporariamente esquecido.
Vocês haviam vivido um romance secreto por algum tempo, após se conhecerem na empresa onde trabalhavam. Karina, a filha do dono e herdeira de uma das mais renomadas marcas de cosméticos da Coreia do Sul, e você, embora gerente, uma mera funcionária em comparação. Não foi a primeira vez que você se interessou por uma mulher, mas foi a primeira vez que algo além do desejo floresceu em seu peito ao beijar aquela tradicional e ingênua garota. Não recordava exatamente como tudo começou, mas lembrava-se de um medo e ardor crescente em seus olhares a cada vez que se cruzavam. Tornaram-se um casal excepcional, daqueles que todos sonham em ser um dia. Ela lhe ensinou o que era ser verdadeiramente amada, e você, o que era ser livre.
No entanto, no fundo, ambas sabiam que aquilo jamais poderia durar. Quando Karina sugeriu que lutassem pelo seu amor, anunciando-o ao mundo, você não foi capaz de destruir a vida brilhante da garota dessa maneira. Foi a primeira a verbalizar aquela verdade cruel, o elefante no meio da sala. As palavras duras que proferiu ainda ressoavam em sua mente, a forma como afirmou não amá-la do modo que ela esperava — embora, na verdade, sentisse até mais do que ela poderia imaginar —, as lágrimas escorrendo por sua pele macia, o sorriso amarelado que a deu, desejando-lhe o mais perfeito e belo futuro.
Afinal, o que poderia oferecer a ela? Uma vida mediana, cercada de sensacionalismos que sairiam nas manchetes, e o olhar reprovador de sua família?
Você imaginou que conseguiria viver longe dela, deixar que seguisse o fluxo natural de seu destino, ser feliz com algum homem à sua altura, que pudesse tratá-la bem e amá-la ao menos metade do que você a amava, dar a dignidade que ela merecia. Mas ao receber aquele convite, você percebeu que não conseguiria.
Não conseguia perdê-la assim, deixando seu coração partido, com aquele ódio falsificado.
— Me machucaria porque eu te amo mais do que amei qualquer outra pessoa em toda a minha vida, Karina — Você confessou, dando um passo em direção à loira, sentindo uma lágrima solitária escorrer de seu olho ao finalmente poder dizer aquilo. E observou as íris trêmulas e marejadas da mais baixa lhe fitando mais uma vez.
Você se aproximou mais um pouco, estava apenas alguns passos de distância, quase capaz de tocá-la, quando a loira recuou, se afastando e lhe fazendo parar ali mesmo, próxima à pia, percebendo o medo ou desconforto. Sentiu um déjà-vu como da primeira vez que ousou se aproximar da empresária.
— E por que está me dizendo isso agora? — Karina questionou, seu rosto avermelhado tentando impedir que as lágrimas escorressem. Ela nunca havia sido boa nisso, mas lhe surpreendeu ver que havia melhorado, e agora era apenas você que se desmantelava em lágrimas. — Por que não disse isso quando eu gritei aos quatro cantos do mundo que lhe amava?! — Ela exclamou, batendo uma das mãos sobre a bancada de madeira do recinto.
— Eu não queria acabar com a sua vida — Você argumentou em meio às lágrimas. — Achei que conseguiria ficar longe de você — seus pés insistiram em dar um novo passo em sua direção. — Que poderia viver sabendo que provavelmente me odiava.
— Então por que decidiu atrapalhar tudo agora? Por que está me maltratando dessa forma? É você que não pensou em como isso me machucaria — A primeira lágrima escorreu por sua pele acetinada, apesar de sua voz ter voltado à calmaria que aparentemente havia adquirido.
Você respirou fundo, absorvendo as palavras da garota. Afinal, ela estava certa, você sempre foi boa nisso, tomar as piores decisões possíveis.
Por que diabos você estava ali?
— Você tem razão — Murmurou, planejando cada sílaba que saía de seus lábios com uma clareza dolorosa, tomando consciência de suas ações na mesma velocidade em que falava.
Era quase como se a justificativa que proferisse para a mais velha fosse também a resposta para o apagão que a levou até ali. Apesar do trajeto longo, era como se tudo fosse uma nuvem de fumaça, e sua alma tivesse retornado à Terra apenas quando aqueles olhos brilhantes do anjo daquela casa lhe tocaram.
— Eu só não podia deixar que você subisse ao altar sem saber a verdade, sem saber que te amo — Você finalmente entendeu o que desejava, e pela primeira vez, não se arrependeu. — Não podia te entregar a outra pessoa assim, sem que soubesse que daria minha vida por ti, que — Você fez uma pausa, se aproximando da bancada — Que você pode se casar com o homem que for, mas serei eu, a mulher que mais te amará em toda a sua existência. — Vocês estavam cara a cara agora. — E que serei a pessoa que mais terá medo, no mundo todo, de te perder.
— Você nunca me perderia — Karina ousou sussurrar, se permitindo participar daquela sessão de confissões como se um peso tivesse sido tirado de seu peito. — Eu sempre serei sua, mesmo quando você, sem querer, acabou com a minha vida naquela noite em que terminou comigo — A loira umedeceu os lábios. — Mas eu… eu não posso mais... Tenho...
— Eu sei — Você a interrompeu, colocando uma de suas mãos sobre a dela, repousada na madeira escura. Você já sabia o que ela diria. — Eu não vim para pedir que abandone tudo por mim mais uma vez — Você acariciou as costas de sua mão, concedendo o desejo daqueles dedos finos, entrelaçando-os com os seus.
— O que você veio fazer aqui então? — Ela questionou, apreensiva.
— Te pedir para ser apenas nós duas, uma última vez.
Era isso, o desespero, o arrependimento e o amor inconfessável que ainda a consumiam levaram você a tomar aquela decisão impulsiva, a viagem que parecia interminável, guiada apenas pela esperança de uma última chance, uma última palavra, uma última noite.
Karina olhou para você, seus olhos revelando um misto de dor e desejo. Por um instante, o tempo pareceu congelar, e vocês estavam de volta àquele primeiro beijo roubado na sala de reuniões, às risadas cúmplices e aos sussurros apaixonados. Ela hesitou, mas então, suavemente, assentiu.
— Uma última vez — Murmurou, deixando-se envolver pelo sentimento que nunca havia realmente desaparecido.
Naquele momento, nada mais importava. Você sabia que, independentemente do que o futuro reservasse, aquela tarde seria eternamente gravada em sua memória, uma chama ardente que jamais se extinguiria.
Vocês tinham muito a compartilhar, tantas histórias não contadas, pequenos segredos triviais que a ausência e a distância haviam cultivado. Contudo, nenhuma palavra foi proferida antes que seus lábios se encontrassem em um beijo arrebatador. Seus olhares se cruzaram, e o mundo ao redor desapareceu, envolto em um manto de desejo e paixão, como se nada mais importasse além daquele instante.
Karina entrelaçou os braços ao redor de seu pescoço, e suas mãos se perderam nas madeixas longas e sedosas dela. O beijo, inicialmente impetuoso, se transformou em uma dança lenta e hipnotizante, suas línguas se encontrando com a intensidade de ímãs que não podiam se separar. Seus corpos, aquecidos pelo fervor daquele momento, se moviam lentamente em direção ao quarto, guiados pelo desejo incontrolável.
A respiração tornou-se um suspiro entrecortado quando seus lábios finalmente se afastaram. Ambas se deitaram na cama, seu corpo sobre o dela, explorando cada contorno com dedos ávidos, apertando os seios suavemente antes de descer pela cintura e quadris. O cropped rendado de Karina, que revelava seu umbigo, foi deslizado para cima por sua mão, e retirado com uma lentidão deliberada, cada movimento uma promessa silenciosa de prazer.
Você traçou uma trilha de beijos de seu pescoço até os seios desnudos, ouvindo os suaves arfares da Yu, que puxava seu cabelo, os olhos cerrados em êxtase. Por um breve momento, você interrompeu os beijos e ergueu o rosto para contemplá-la, os olhos encontrando-se em uma troca silenciosa de desejo e necessidade.
— Não devíamos ter começado conversando? — Você perguntou com um sorriso ladino.
— Depois a gente conversa — Karina murmurou, sentando-se ligeiramente e deslizando as mãos até sua camisa, incentivando-a a tirá-la também. — Primeiro, eu preciso de você.
Com um leve tremor de antecipação, você removeu sua camisa, sentindo o ar frio contra sua pele quente, e lentamente também retirou o sutiã preto. Karina observava cada movimento seu com olhos intensos, cada gesto alimentando a crescente tensão entre vocês. Ela se ergueu lentamente, os olhos fixos nos seus, ambas ajoelhadas sobre os lençóis, e semelhante a sua ação anterior, começou a traçar uma linha de beijos pelo seu peito, descendo devagar, como se estivesse memorizando cada centímetro de sua pele.
Os dedos dela exploravam seu corpo com uma delicadeza que contrastava com a intensidade do momento. Seus lábios desenhavam um caminho de fogo que queimava de desejo. Quando ela finalmente alcançou sua cintura, o mundo pareceu parar.
Com um movimento suave, Karina deslizou suas mãos até a borda da sua calça, desfazendo o botão com uma habilidade que fazia seu coração acelerar ainda mais. Você suspirou quando se deitou, e sentiu o tecido deslizar por suas pernas, observando a loira também retirar seus trajes de baixo; logo estavam ambas despidas, envoltas apenas pela luz suave que iluminava o quarto.
Você voltou a subir na mulher, seus dedos brincando, desenhando uma linha pelo corpo dela, da clavícula até os quadris, antes de se inclinar e retomar o caminho de beijos, explorando cada curva com devoção. O som suave dos suspiros de Karina enchia o quarto, uma música que alimentava seu desejo.
Ela puxou você para mais perto, suas mãos deslizando por suas costas, os corpos se moldando um ao outro com uma maestria que parecia quase surreal. O calor crescente entre vocês era insuportável, uma chama que ameaçava consumir ambas, mas nenhuma de vocês queria que aquilo terminasse. Os beijos se tornaram mais profundos, mais urgentes, enquanto suas mãos exploravam cada centímetro de pele com uma fome insaciável. E assim, naquele quarto iluminado pela luz suave do sol poente, duas almas se encontraram e se fundiram, em um encontro que transcendeu o tempo e a realidade.
Com cada movimento, cada toque, a atmosfera ao redor de vocês se carregava de uma eletricidade palpável. Seus lábios ansioso, logo deixaram um rastro ardente pela pele dela, descendo lentamente até alcançar o ponto onde seus corpos se encontravam em um íntimo entrelace.
Você suspirou contra a pele de Karina, sentindo o calor irradiar dela, o desejo palpável em cada respiração entrecortada. Seus dedos começaram a deslizar suavemente pelas coxas dela, sentindo a maciez e a firmeza enquanto se aproximavam cada vez mais de seu destino. Os olhos de Karina estavam semicerrados, a expectativa brilhando neles enquanto ela mordia levemente o lábio inferior.
Com delicadeza, seus dedos deslizaram para dentro da intimidade dela, encontrando-a já molhada de desejo, enquanto seus lábios brincavam suavemente com seu clitóris. Karina arqueou as costas levemente, soltando um gemido baixo que fez seu coração acelerar ainda mais. Você começou a mover seus dedos com uma lentidão provocadora, explorando-a com a precisão de quem conhecia cada ponto sensível, cada lugar que a fazia tremer de prazer.
O ritmo começou a aumentar gradualmente, cada movimento provocando uma reação visceral de Karina. Seus gemidos se tornaram mais altos, mais clementes, enquanto ela se movia ao encontro de seus dedos, buscando mais daquela sensação inebriante. Seus lábios se moveram para os seios dela, beijando e chupando os mamilos com uma intensidade que arrancava novos gemidos de suas cordas vocais.
Com a mão livre, você segurou a dela, entrelaçando seus dedos enquanto a outra se movia mais rápido, pressionando e acariciando com uma precisão que fazia Karina tremer de prazer e angustia sensual por não poder levar uma de suas palmas até a brincadeira mais abaixo. O som da respiração pesada dela e o clamar do seu nome em um sussurro desesperado encheram o quarto, criando uma sinfonia de desejo e entrega. Seus olhos se encontraram mais uma vez, e você viu a rendição completa neles, o desejo puro e bruto que a consumia. Seus dedos se moviam com uma destreza crescente, cada toque, cada pressão meticulosamente calculada para levar Karina mais perto do abismo.
Você acertou o ritmo de sua mão, sentindo o corpo de Karina se arquear em resposta, seu próprio desejo crescendo ao presenciar o dela. Seus dedos se moviam com destreza, cada toque, cada pressão, meticulosamente calculada para levar Karina ao ápice.
E então, com um último e profundo movimento, Karina agarrou-se ao colchão, um gemido alto escapando de seus lábios enquanto o prazer a dominava completamente. Seus olhos se fecharam, e por um momento, o tempo pareceu parar, capturando aquele instante de êxtase puro, uma memória que ficaria gravada em ambas para sempre.
Ainda ofegante e com o corpo tremendo das ondas de prazer que a consumiram, Karina abriu os olhos lentamente, encontrando os seus. Seus lábios ainda estavam entreabertos, um sorriso satisfeito surgindo enquanto ela reunia forças para mover-se. Com um gesto gentil, ela empurrou você para deitar ao seu lado, os corpos ainda entrelaçados no calor daquele momento.
A loira suspirou, ainda sentindo os resquícios de seu primeiro clímax do dia pulsarem por seu corpo. Ela se virou para você, seus olhos brilhando com uma combinação de exaustão e desejo renovado. Com uma expressão determinada e sedutora, Karina começou a explorar seu corpo com as mãos, seus dedos ainda trêmulos de prazer, mas firmes em sua intenção.
Eles deslizaram suavemente pelo seu abdômen, traçando linhas invisíveis, enquanto ela se aproximava mais. A respiração da Yu ainda estava pesada, os olhos semicerrados, mas sua determinação era clara. Ela começou a acariciar sua pele com toques leves, quase provocadores, antes de descer lentamente até sua intimidade.
Você sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando os dedos de Karina encontraram seu ponto mais sensível, começando a se mover com uma lentidão deliberada. Seus dedos exploravam com precisão, cada movimento calculado para provocar uma reação intensa. A mistura do toque suave e da firmeza em seus gestos fazia seu corpo reagir imediatamente, um gemido suave escapando de seus lábios.
— Ainda quer conversar primeiro? A gente pode — A mais velha sussurrou maldosamente em seu ouvido, todavia você a cortou, afobada, antes mesmo que terminasse.
— Tem muitas formas de se conversar né — Brincou, deslizando uma de suas mãos até a dela em seu intimo, lhe incentivando a não parar.
Karina riu de forma gostosa com aquela resposta, e ainda recuperando-se de seu próprio êxtase, parecia determinada a devolver a intensidade que havia recebido. Seus dedos se moviam com mais confiança, aumentando gradualmente o ritmo, enquanto ela observava cada uma de suas reações. O prazer crescia em ondas, levando você mais perto do clímax.
Ela se inclinou para beijar você, seus lábios encontrando os seus em um beijo profundo e apaixonado, enquanto seus dedos continuavam a trabalhar com destreza. O som de suas respirações pesadas e os gemidos de prazer preenchiam qualquer mal entendido que um dia puderam ter, uma sinfonia de desejo e entrega mútua.
Karina sussurrou palavras de encorajamento em seu ouvido, seus dedos movendo-se com uma intensidade crescente, guiando você habilmente em direção a um orgasmo. Cada movimento era uma promessa silenciosa de prazer, cada toque uma declaração de seu desejo por você.
Finalmente, o clímax chegou como um golpe avassalador, seus corpos se arquearam em uníssono enquanto você se entregava completamente ao momento. Seus gemidos se misturaram, criando uma melodia de prazer compartilhado que parecia ecoar infinitamente no quarto.
Era como se a certeza daquela ultima vez juntas, além da tristeza que poderia lhe embargar, fazia com que qualquer outro sentimento fosse ainda mais intenso. Sem precisar de palavras, vocês sabiam que aquele dia seria eternamente lembrado, um momento de conexão profunda e apego incontrolável.
Você não precisava mais temer, pois Karina se lembraria eternamente de seu amor e seu toque, assim como você se lembraria dela.
— Talvez quando formos velhinhas… — Você sussurrou, totalmente embargada pelo prazer que ainda sentia pulsando por seu corpo.
— Como em Evelyn Hugo? — A loira questionou, sendo agora ela a ficar por cima de ti, brincando com seu corpo desnudo.
— Sim, mas com um final menos dramático — Afirmou, puxando-a para mais um beijo.
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poesiasderua · 1 year ago
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Às vezes me desespero tanto, que esqueço a fortaleza que sou. Me apresso tanto, me cobro tanto, me esforço tanto, que me afogo em tamanha imensidão. É normal não saber para onde ir? Achar que já percorreu todos os caminhos possíveis que a vida te deu, e ainda assim, ser consumida pela sensação de não estar fazendo nada ou de não ter chego em lugar algum? Entre aquilo que é aceitável e o que faz sentido, eu fico com o sentido. Nenhuma dessas convicções podem ser reais, mas são tão palpáveis que penso estar à beira da loucura. A sensação é de que estou correndo eternamente em uma esteira que não sai do lugar, mesmo sabendo que já cheguei longe demais, que já conquistei demais. O fato é que viver nesse mundo exige muito. A todo momento recebemos estímulos de que deveríamos ter acordado cinco da manhã, tomado um banho gelado, feito exercícios e completado um checklist com mil atividades para serem executadas em 24 horas, ou menos. Não sei quando exatamente a vida virou essa correria, foi dada uma largada e ninguém sabe onde deve parar para ser considerado o campeão nessa longa jornada. Estamos todos extremamente cansados, deprimidos, ansiosos, insatisfeitos, frustrados e infelizes. Talvez não nessa ordem, nem todos ao mesmo tempo, mas com certeza, nos identificamos com algum deles. Queremos tudo, queremos tanto, a ponto de não saber mais diferenciar o que realmente é de nosso desejo e o que foi implantado em nossas mentes como sinônimo de sucesso e ser bem sucedido. Carros luxuosos, viagens extravagantes, roupas de marca, 10 motos na garagem, celular lançamento... Eu não sei se dinheiro traz felicidade, porém, com toda certeza ele traz algo que poucos tem: qualidade de vida. É o básico. Viver com dignidade. Mas, a que custo? Sonhos genuínos sendo jogados fora, juventudes desperdiçadas, momentos que deixamos de estar presentes no aqui e agora, para viver especulando sobre um futuro incerto, que não depende só da nossa força de vontade. E o pior é saber que muitos não chegam nem perto daquilo que passaram a vida inteira almejando. E aí? Quanto de amargura consegue caber dentro de um ser?
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littlewritergreatgirl-blog · 8 months ago
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casos ilícitos
Matías Recalt x f!Reader
Cap 5
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E eu seria esperta em ir embora, mas você é areia movediça. Essa ladeira é traiçoeira, esse caminho é imprudente, e eu, eu, eu gosto.
Estamos no ponto de visto da leitora outra vez. E já deixo um spoiler que o próximo será da perspectiva do Matias de novo. Espero que gostem, e quero avisar que eu to amando receber os comentários e perguntas de vocês 😊🩷. Boa leitura 🫶
Avisos: Angst, linguagem Imprópria
Palavras: 8,1 k (vocês pediram agora aguentem 🙈)
Você entra no carro, em um estado de frenesi, completamente desnorteada e sentindo como se estivesse fora do próprio corpo. Você ainda não consegue raciocinar o que está acontecendo, ou o que acabou de acontecer, só sabe que tem que sair do mesmo lugar que o garoto se encontra o mais rápido possível.
Colocando o cinto de segurança da maneira mais patética que existe, com as mãos trêmulas e errando o fecho várias vezes no processo, sendo bem-sucedida somente na terceira tentativa, você olha ao redor a procura do garoto ou sinal de alguém por perto, e reza para que seu cunhado termine rápido de colocar as poucas compras no porta-malas, para poderem sair logo daqui. Ajustando o espelho retrovisor interno do veículo, para que se alinhe com o seu rosto, você acha melhor conferir se está tudo certo, já que no banheiro só conseguiu dar uma olhadinha rápida, e arregalando os olhos, agradece por tê-lo feito. O seu cabelo até que está razoável, mas os seus lábios ainda estão inchados e vermelhos, porém nem se compara a vermelhidão que se encontra o seu colo e pescoço. O garoto poderia ser bagunceiro e criativo quando queria, e você o deixou te pintar como uma tela pessoal. No momento é apenas a coloração que está aparente, mas sabe que logo as marcas começaram a se formar, em vários tamanhos e cores. Um lembrete para te recordar de que ele esteve ali, e do que fizeram juntos. Você se apressa para cobrir aquilo antes que alguém veja, e sua única opção no momento é tentar ocultar a área com o cabelo, e colocar a expressão mais neutra no rosto, esperando que Wagner não faça nenhuma pergunta ao entrar no veículo e te encontrar.
Assim que ele chega e se acomoda no banco do motorista, não diz nada e dá partida, e rapidamente vocês saem dali. Mas assim que se afastam um pouco, ele direciona o olhar para você e não deixa passar em branco:
- Você está toda corada, tá tudo bem? – Aparentemente o seu teatrinho não foi muito longe, mas tentando contornar a situação, diz que ficou um pouco alterada, pois teve uma discussão acalorada com o garoto.
- Por que vocês brigaram? – Pergunta preocupado, mas então abrindo um sorriso de lado, ele se dá conta. - Ah entendi. Aquele moleque quem era o seu namorado. – Conclui, como se tivesse desvendado um enigma complexo.
- Eu já disse, ele não é, e nunca foi o meu namorado. – Afirma incomodada. Ele não era seu ex, não era seu namorado, e gostaria que seu cunhado parasse de se dirigir a ele assim. Não precisa dar mais significância para algo do que de fato foi. Você tem que continuar afirmando isso a si mesma e diminuir a situação, pois quanto menor ela for, menos motivos você tem para ficar machucada ou magoada.
Mas não adianta brigar por causa disso agora. O rótulo que tinha na relação de vocês dois, ou no caso a falta dele, não era o seu maior problema, e sim a falta de confiança, comunicação e honestidade. Dane-se a forma como o seu coração doía querendo chamá-lo de namorado, chamá-lo de seu, ou algum apelido idiota que os casais usam, ele nunca seria esse pilar para você, então não adiante ficar pensando nisso.
Wagner retira o sorriso do rosto ao continuar, parecendo arrependido ao se lembrar de algo:
- Foi mal, acho que a parte da camisinha não caiu bem né? – te olha de canto- Mas foi sua culpa. – Declara o mais velho.
- Minha culpa? – Você rebate, mesmo não estando brava.
- Sim, você quem me provocou primeiro, eu só devolvi na mesma moeda. – Explica.
Você finge um olhar triste, cabisbaixo, como se estivesse relembrando a reação do garoto, e em como Wagner só te colocou em problemas, mas quando ele te olha preocupado, você não aguenta, e cai no riso. Ele não entende nada a princípio, mas depois vendo que você não se importou, ele se entrega a uma gargalhada junto com você, quebrando a tensão.
- Fica de boa. – Você o tranquiliza, limpando as lágrimas que se formaram no canto dos seus olhos devido a risada intensa.
- Mas ele ficou bravo? – Questiona, só para ter certeza de que não te prejudicou com o rapaz. - Se quiser, sei lá, eu posso falar com ele e esclarecer tudo. Não quero passar a ideia errada de você para seus amigos. – Diz receoso.
Você sabe o que ele está insinuando, e entende agora a imagem distorcida que Matías e os outros devem ter tido sua. Com um cara mais velho, comprando bebidas, e preservativos, mas sinceramente, não liga nenhum pouco. Até onde todos os garotos sabiam, você estava solteira – o que tecnicamente era verdade mesmo – só nutrindo uma paixão platônica pelo rapaz, então poderia sair com quem quisesse sem dar satisfações, talvez tenham estranhado que isso tenha acontecido logo depois do aparecimento da ex do dito cujo, mas enfim. Sabia também que Fran, o único que sabia de tudo, não te julgaria, sendo verdade ou não. E Matías, ele que se fodesse pelo que pensa ou deixa de pensar, isso já não é mais problema seu.
Este não é o caso, mas você poderia estar muito bem sim, transando por aí e afogando suas mágoas no primeiro corpo quente que encontrasse pra aquecer sua cama, mas não quer, e mesmo se quisesse, isso não dizia respeito a ele.
- Obrigado por defender a minha honra, Senhor – Você diz fazendo graça, e até mesmo uma mini reverência improvisada e debochada – Mas não será necessário, eu não devo satisfações a ele, e se quiser pensar algo de mim, o problema é dele.
Você se mexe desconfortavelmente no acento do carro. O mero mencionar do garoto já faz com que seu íntimo estremeça e se feche em torno de nada, sentindo falta dele e de seu corpo. Mesmo não querendo admitir, você acha que uma boa parte do seu mau humor ultimamente, se deva também a falta de sexo, além do coração partido. Não queria se render tão rápido e com tanta facilidade aos encantos dele como fez. Mas foi muito prazeroso, e você também estava com saudades.
Mas não sabe ainda por que ele insistiu em falar com você, se não queria ter nada sério. Honestamente, só deve ter ido atrás, pois pensou que você estava com outra pessoa. O típico cara que só dá valor quando perde. E você o deixou acreditando nisso, porque uma parte sua gostou que ele estivesse machucado, que estivesse na sua posição do restaurante, só para ver a quão boa é a sensação. E você não gosta dessa parte de si mesma. Por mais que tenha dito que não liga para o que ele pensa, você não quer ser a escrota da história e machucar alguém a custo de nada. É errado, sujo, e totalmente mesquinho. Não tem para que ficar jogando esses joguinhos psicológicos se você quer por um final em tudo.
Mas foi tão bom. Matias sempre foi um bom amante na cama, mas quando estava com raiva, se transformava em algo a mais. Sentia uma fome e necessidade de te repreender e te pôr em seu lugar. Te mostrar quem estava no controle da situação, e como poderia te reduzir a uma bagunça de gemidos se quisesse. E com muita vergonha, você se pergunta, se está com mais raiva por ter cedido, e ter inflado o ego dele, ou por terem tão pouco tempo e não poderem ter continuado. É ridículo como você já sabe a resposta para isso.
Mas tentando deixar o assunto de lado por enquanto, você liga o rádio e deixa tocando uma música aleatória, só para preencher o ambiente. Você não quer ficar pensando no garoto que te dedou em um banheiro a minutos atrás, enquanto está do lado de seu cunhado. Ainda tensa se encolhendo no banco, e sendo cautelosa para que ele não veja através de você, e descubra algo, ou que note os hematomas roxos começando a aparecer.
__ __
O resto da sua tarde é bem tranquila e monótona, o que você aceita de bom grado depois da manhã movimentada. Como estava um dia quente, seria estranho colocar uma blusa de gola alta, então teve que pesar a mão na maquiagem, e esperar que ninguém suspeitasse. Assiste suas aulas, conversa com suas amigas, e depois vai para casa descansar. A vida parece tão cinza sem ele por perto. Era uma quietude que você pensou que gostaria depois de um tempo, mas não estava sendo o caso.
Já em sua cama, tarde da noite, você tenta miseravelmente cair no sono. Mas está sendo impossível. Se você estivesse sozinha em casa, provavelmente iria beber algo forte que pudesse te apagar rápido, mas não faria isso com a presença de sua irmã sob o mesmo teto. Ela iria surtar se descobrisse que você está se embebedando no meio da semana. E não queria arriscar chamar a atenção dela de maneira exagerada para você, foi um milagre que ela não tenha notado o seu pescoço quando chegou. Você não iria brincar com a sorte. Com um bufo irritado, você se vira no colchão e tenta encontrar uma posição mais confortável. Um sono balanceado nunca foi um problema para você, e quando era, Matías encontrava um jeito muito bom de te cansar, e te fazer dormir a noite toda. Mas agora, ele quem era o motivo de você não conseguir pregar os olhos. Os flashbacks dos dois naquele banheiro, te deixam excitada e frustrada. Não deixando que seu corpo relaxe o suficiente para sucumbir a um repouso merecido.
Decidindo que não consegue continuar assim, se levanta vai até a cozinha tomar um copo d’água, e tentar acalmar os ânimos. Mas não adianta muito. Sem outra escolha, começa a voltar para o quarto, silenciosamente, não querendo fazer barulho e acordar os outros.
Mas no meio do percurso, no corredor, escuta alguns sons abafados, e decide se aproximar para ver do que se tratava:
- Isso, continua – Vinha do quarto de sua irmã, e definitivamente era a voz dela – Isso, não para! – Exclama um pouco mais alto, e dessa vez o som é acompanhado com o ranger da cama, e a mesma batendo na parede.
Você dá um passo pra trás assustada ao perceber o que está acontecendo. Dá meia volta com nojo, e se esconde em seu quarto tentando esquecer o que acabou de ouvir. Pelo menos tiveram a decência de te esperarem dormir para começarem com suas atividades noturnas.
Mas isso só te traz ao seu problema inicial. O sexo nunca foi muito importante para você antes dele. Mas depois, se tornou algo essencial, contínuo, um desejo que precisava ser satisfeito a todo momento. Quando estava feliz, e queria comemorar, triste e queria esquecer, quando estava calma e queria algo mais preguiçoso, e quando estava com raiva. Principalmente com raiva. Querendo fazê-lo se submeter a você e vice-versa.
Recusava a tocar a si mesma, pois saberia quem iria vir a sua mente no momento, e não queria que ele fosse dono de mais essa parte de você. Então passa a noite quase em claro, adormecendo somente quando falta poucas horar para amanhecer.
-- --
No dia seguinte, quando está na faculdade, você e os outros estudantes são recebidos com a notícia de que o último período seria vago, o que foi muito bom para vocês, mas muito ruim para o professor que teve que se ausentar, pois não estava se sentindo muito bem, e não pode comparecer. Você manda uma mensagem avisando a sua irmã, para que ela não venha te buscar no horário combinado, pois iria embora mais cedo, o que ela é bem rápida em responder. Depois da noite passada, você mal falou com ela essa manhã, ainda envergonhada por ter flagrado um momento tão íntimo. E para o seu horror e surpresa, ela diz que está indo agora te pegar, pois tem planos para a tarde das duas.
- Já sei o que podemos fazer hoje. - Diz com as mãos no volante dirigindo para só Deus sabe onde.
- O que? – Você rebate interessada.
- Compras! – Responde com um gritinho animado e erguendo os ombros.
Você tenta fazer o seu melhor para demonstrar excitação com esse plano, mas não sabe exatamente se consegue. Vocês fizeram compras no dia seguinte em que ela tinha chegado, passando o domingo inteiro no shopping, comendo, vendo um filme romântico clichê em cartaz, comprando besteiras, e encerrando o dia com boliche e comida de fast food. Foi legal ter um dia das garotas, mas era isso, um, e pra você já era mais do que o suficiente. A ideia de ter que passar o resto do dia carregando sacolas, ou experimentando roupas, tendo que tirar, colocar, e depois tirar de novo, não te atrai em nada.
Ainda no estacionamento você a tenta fazer mudar de ideia. Considerar alguma outra alternativa ou atividade que ambas gostem.
- A gente não pode fazer outra coisa? – Diz ainda no carro.
Ela se vira para trás esticando o braço, tentando alcançar sua bolsa no banco de traseiro.
- Como o que? - Pergunta, finalmente agarrando o acessório e conferindo se tem tudo o que precisa dentro.
- Ir pra casa, ver um filme, e pedir alguma coisa. – Você descreve sua noite ideal, o que te rende um olhar incrédulo e julgador em sua direção. Ela sai do veículo e te espera do lado de fora, o que com um grunhido você obedece e faz. Ela retoma o assunto então:
- Primeiro, já é tarde demais porque já paguei o cartão de estacionamento – Explica, e você não consegue evitar revirar os olhos com essa desculpa – E segundo, tenho que ver a roupa do casamento. – Conclui, fechando e acionando o alarme do carro, se dirigindo a entrada do lugar enorme e lotado, sem esperar que você a siga.
- Como assim roupa do casamento? – Questiona incrédula - A cerimônia é daqui um mês e você ainda não tem o seu vestido? – Você sente como se pudesse arrancar os cabelos agora.
Ela te encara, e parece magoada ao rebater:
- O meu vestido está pronto a meses, você é uma das madrinhas, e deveria saber disso. – Diz duramente.
Então tudo volta em um borrão. As chamadas de vídeo no ateliê, fotos infinitas de modelos e tipos de tecido, por Deus, você até tinha opinado no tipo de corte que teria melhor caimento no corpo dela. Como pode esquecer?
- Me desculpa, acabei me confundindo. – Fala arrependida, e se encolhendo.
Ela começa a dar passos apressados, ficando muito a sua frente, e você a segue prontamente. Quando se aproxima, ela recomeça:
- É o meu casamento, como você esquece da droga de vestido que eu vou usar? – Ela diz exaltada, claramente magoada e sem olhar em sua direção, te ignorando. Mas se recompondo, para de caminhar, e se vira para você – Às vezes sinto que você anda dispersa e não liga para mais nada. – Te acusa.
- O que? É claro que eu ligo. – Você se defende imediatamente – Eu só me atrapalhei um pouco pra lembrar do vestido, mas é claro que eu me importo.
Ela te olha, e pela primeira vez, sente como se ela estivesse realmente brava contigo:
- Você não tem estado presente para opinar em nada em relação ao casamento, seja decoração, comida ou até a droga dos guardanapos de mesa. – Ela aponta friamente - Eu e a mamãe quem decidimos a maioria dos detalhes. Eu tive que escolher o meu buquê com uma outra amiga minha que vai ser madrinha, sendo que é você quem é a obcecada por flores, e nem nisso você se dispôs a me ajudar. – Nessa parte, a voz dela vacila, e você se sente afundando no lugar. Não tinha notado que tinha negligenciado sua irmã tanto assim. Para ser franca, você se lembrava bem brevemente de uma discussão a respeito dos arranjos de flores nas mesas e decoração, mas não prestou atenção o bastante para recordar com clareza.
- Me desculpa, não tinha percebido que estava tão ausente. – Ela ignora suas palavras e decide continuar com o sermão, o qual você merece é claro:
- E sabe o que mais? Você também não fez a sua parte em outras coisas. To te pedindo o nome de algum acompanhante a semanas. Preciso saber, se vai levar alguém para encaixar os lugares, tanto na festa quanto nas fotos em família.
E aí quem está o problema. Você tem evitado pensar na cerimônia, pois não sabia quem iria levar, mas sabia quem queria levar. O que são coisas bem diferentes. Como convidar alguém que não demonstra o mínimo de interesse em ter algo sério e concreto com você para um casamento? Onde estariam presentes toda a sua família, amigos, e pessoas que te conhecem desde sempre. É simples, você não convida.
Fica um silencio desconfortável entre as duas. Você, sem saber o que dizer, e ela, medindo as palavras para debaterem o assunto.
- E não foi para mim que eu vim ver roupa. – Declara um minuto depois.
- Então pra quem? – Agora você está mais confusa ainda.
- Pra você. – Ela se dirige a escada rolante, indo para o próximo andar, e você vai atrás, ficando um degrau abaixo. – Eu te passei a paleta de cores a meses atrás, para que você pudesse comprar ou alugar algo que te agradasse. Mas desde que eu cheguei na tua casa, não tem uma peça de roupa na cor que eu havia falado. Você esqueceu não foi? – Ela te fita, olhando para baixo por trás do ombro.
- Foi – Mesmo já esperando essa resposta, ela fica ainda mais desapontada.
- É uma data importante sabia? Você além de ser madrinha, vai estar em todas as fotos da nossa família, não pode deixar para ver esse tipo de coisa no dia. – Te relembra. Vocês saem da plataforma giratória e começam a percorrer o local, repleto de lojas e pessoas.
- Eu já disse que sinto muito. – Está começando a ficar irritante agora. Você sabe que errou, mas já pediu desculpas. O que mais ela quer?
- Então demonstre! Eu tentei ser legal, mas sendo bem sincera – Ela se aproxima e te encara desafiadoramente - A gente não vai sair daqui hoje, enquanto não achar a droga de um vestido marsala, estamos conversadas? – Aponta o dedo no seu peito. Você se sente uma criança de novo, levando bronca por alguma travessura, e se segura para não arranjar uma briga no meio de todos.
- Sim. – Engole em seco, fechando os punhos e desviando o olhar.
- Ótimo! – E continua andando, como se não tivesse te destruído a apenas alguns segundos atrás.
Vocês visitam várias lojas, mas não encontram nada que agrade as duas de primeira. É muito estressante, e você começa a entender o nervosismo dela. Em um ateliê teriam que ver o aluguel ou comprar a roupa, o que sairia uma fortuna tão em cima da hora, isso considerando que tivesse algo disponível para alugar na mesma data e na cor exigida. O que seria difícil. Se fossem encomendar, teriam gastos semelhantes com mão de obra ou para fazer algum ajuste. A culpa começa a te corroer por dentro. Você quem deveria ajudá-la, não o contrário.
Eventualmente, acabam encontrando uma loja que chama a atenção das duas. É um espaço aconchegante e acolhedor. Bem iluminado e repleto de araras com vestidos de vários comprimentos, modelos e cores, adornando o ambiente. Assim que adentram, são recebidas por uma vendedora atenciosa e muito prestativa. Após alguns minutos de conversa, com sua irmã explicando, o que procuravam e queriam, a vendedora às guiam para uma sala de espera com o provador, e retorna depois com diversas opções para que você experimente.
- Eu estou me sentindo como um enfeite de Natal. – Diz com a primeira opção no corpo. Um vestido colado, cheio de brilho e decotado na frente.
Ela te avalia de cima a baixo:
- Um enfeite de Natal Sexy – Conclui.
Na segunda opção, é preciso que ela entre no provador, para te ajudar com a amarração nas costas. E você aproveita para se redimir:
- Me desculpa, eu não tenho sido eu mesma nos últimos meses. – Encontra o olhar dela através do espelho - Em vários aspectos. – Você diz, e ela sabe ao que se refere, ou a quem. - Mas vou ser mais presente agora, prometo! – Termina, esperando que ela acredite em suas palavras.
Ela suspira, e segurando firme em seus ombros, te aconselha:
- Eu sei que o primeiro amor pode ser animador e estimulante, mas não se perca por causa disso.
Suas bochechas queimam com essa afirmação. Como assim amor? Tudo bem, você admite que estava de cabeça para baixo pelo garoto, ficava encantada com a presença dele e admirava sua inteligência, humor ácido e em como ele te tratava na cama. Mas era só isso certo? Uma paixão boba, que iria passar eventualmente depois de algum tempo.
- Mas tudo bem, eu te desculpo – Te tira de seus pensamentos, te olhando afetuosamente – E que bom que você disse que seria mais presente – Surge um sorriso maléfico em seu rosto – Depois daqui iremos ver sapatos! – E com um pulinho animado ela começa a fastar as mãos, e se distanciar, mas no último segundo, com um olhar franzindo, ela volta com os dedos e os esfrega com força no seu pescoço, o que te arranca um chiado baixo. Você vê os dedos dela levemente mais claros por conta da maquiagem, e então entende o que aconteceu.
- Que merda é essa? – Diz com os dedos pintados e vendo o seu pescoço, que agora está mostrando um leve hematoma, o qual você tinha se empenhado tanto em cobrir. – Quer saber, você me conta depois, estamos com pressa agora – E se retira, te deixando confusa e com medo.
Ocasionalmente acabam escolhendo um vestido, que agrade as duas. É elegante, te caiu bem, não é tão chamativo, se adequa aos padrões e expectativas que a ocasião pede, e está em um valor acessível. Você agradece aos céus, quando a vendedora retorna com um par de saltos que combinam com a roupa escolhida, poupando tempo e esforço para você. Obviamente, ela fez isso pensando em sua comissão, mas ainda assim, te ajudou bastante.
Se despedem da moça, satisfeitas com a compra e com sorrisos no rosto. Seu alívio não dura muito, quando sua irmã se vira, e diz que precisam conversar. Se dirigem a uma praça de alimentação, e você começa a contar o que aconteceu. Em como devolveu as coisas dele, não mandou mensagem, e o encontrou na manhã passada enquanto estava com o noivo dela. Relata que o rapaz pediu para que conversassem e assim você o fez, não querendo causar uma comoção na hora, e que consequentemente, acabaram se beijando.
- Beijo? Você quer que eu acredite que está com chupão no pescoço por causa de um beijinho? – Diz debochada.
- Ok, a gente deu uns amassos no banheiro tá bom? Só isso – Afirma com o rosto queimando de vergonha, sabendo que é mentira – Não conta pro Wagner, não quero que ele saiba disso. – Pede meio embaraçada.
- Não contar o que? Que você foi dar uns pega no banheiro ou que voltou com o garoto?
Você ignora a provocação dela.
- Não é bem assim, e eu não voltei com ele, foi só um beijo. – Rebate.
- Não vou questionar o porquê não me disse, porque é obvio que você não queria ouvir sermão, mas é bom você estabelecer limites com ele, e logo – Observa - Não adianta devolver as coisas dele e o dar o que ele quer. - Acusa.
As palavras dela te machucam, com a insinuação que acabou de fazer. Você é amarga ao responder:
- E o que ele quer exatamente? Sexo? Uma rapidinha no banheiro? - Pergunta com desgosto.
- Não – Ela nega prontamente – Você. Isso é o que ele quer, você.
A afirmação dela em dizer que ele te queria, e não somente ao seu corpo, te conforta. Mas não tem como saber exatamente se é verdade, já que você e ele nunca exploraram mais do que isso um no outro.
- Bom, podemos ir embora se quiser, a menos que você queira comprar alguma coisa? – Ela diz, encerrando o assunto e pegando a bandeja, começando a descartar os restos de comida. Você se levanta também, e para a surpresa dela, concorda e diz que quer comprar sim algo.
- O que? - Ela questiona curiosa.
- Tampões de ouvido – Responde – Não quero mais ter que ouvir os gritos da noite passada vindo do seu quarto. – Explica ao descartar a comida também, e segue em direção a próxima loja. Agora, é ela quem fica envergonhada, e você dá um riso de satisfação com isso, enquanto caminham.
-- --
Já em casa, você começa a refletir sobre o que sua irmã disse, em estabelecer limites com o garoto. Você deveria ser a madura da história e tentar resolver a situação com ele, mas se recusava a dar o primeiro passo e ceder, e estava mais uma vez desapontada pela falta de tentativa de comunicação pelo lado dele. Como ele poderia em um instante te proporcionar um momento desenfreado de paixão, e no outro simplesmente não dizer nada? Você quem o deu as costas e o deixou lá, mas o que ele queria que você fizesse? Ficasse enrolando, enquanto ele dizia que sentia sua falta para te convencer a voltar a mesma situação de merda que se encontravam antes? Ou para dizer que tinha voltado com a ex e essa seria a última vez? Ou até pior, para dizer que queria que você fosse sua amante e continuassem se vendo em segredo? De qualquer forma, você sabia que o que quer que ele fosse falar, não iria te agradar, então fugiu, como o garoto sempre faz, não ligando para o que ele pensou ou vai pensar.
Também não parava de pensar na possibilidade de amar ele, e isso te assustava, pois se fosse verdade, você não saberia o que fazer com esse sentimento. Ele não era parecido em nada com o que você queria ou procurava em um namorado. Ele não era educado, gentil, galante ou culto, muito pelo contrário, ele era sarcástico, teimoso, com um humor ácido e as vezes difícil de lidar. E mesmo assim, você se encantou por ele, e foi o bastante para o sentimento florescer e crescer cada vez mais dentro de seu peito.
Isso era tão patético! Provavelmente ele estava nos braços dela, enquanto você estava aqui se martirizando. Você tinha que mostrar a ele que não iria voltar com um simples estalar de dedo, tinha que demonstrar convicção e certeza, mas sabia que se ele aparecesse na sua porta, agora, e te prometesse tudo o que você queria, falasse todas as palavras certas, você se deixaria levar e se entregaria com o maior prazer do mundo. Você se olha no espelho do seu quarto, passando a mão pelo pescoço e admirando as marcas deixadas, a única conexão que tem com o garoto no momento. Seus olhos viajam para o guarda-roupa, onde se encontra o vestido recém comprado e os pares de sapatos. Você o pega e o traz em frente ao corpo, dessa vez querendo realmente ver como fica sua aparência, não avaliando se era bom o bastante ou adequado para a ocasião, e não consegue deixar de se perguntar, o que ele acharia. Te acharia bonita? Sexy? Te ajudaria a tirar do corpo após o casamento? Em um universo alternativo, onde você o convida e ele aceita de bom grado, e conhece toda a sua família e os encanta, assim como fez com você.
Mas isso é uma ilusão idiota, você nem sabe o porquê se deu ao trabalho de concordar com sua irmã, quando ela perguntou se você iria querer reservar o lugar de alguém como acompanhante. Mas já estava saindo com o Matias, e pensou que até a data já teriam se oficializado e poderiam ir juntos, que ingenuidade a sua.
Com um suspiro cansado e de derrota, decide se preparar para dormir e começa a guardar as coisas, devolvendo a roupa para o cabide com cuidado para não amassar o tecido. Enquanto faz isso, é notificada com o som do telefone, alertando que chegou uma nova mensagem. Olha ao redor a procura do aparelho e o avista em cima da cômoda com a tela virada para baixo. O pega sem prestar muita atenção, e se dirige para a cama, provavelmente deve ser alguma das meninas mandando mensagem no grupo, ou algo relacionado a faculdade. Mas assim que desbloqueia a tela inicial, agradece por ter se deitado e assim não ter como cair devido a surpresa:
- Precisamos conversar – Diz a mensagem que Matias acabou de enviar.
Seu coração dá um pulo, e os pequenos pontos pulando na tela, indicam que ele ainda está escrevendo alguma coisa, e você espera, mordendo os lábios em sinal de ansiedade.
- Posso ir te ver? – Pergunta o garoto.
NÃO! Você quer escrever em letras maiúsculas e mandar pra ele. Deve te achar muito idiota para acredita que você vai recebê-lo em sua casa tarde da noite, para “conversarem”.
- Não vou tentar nada. – Ele envia, parecendo ler os seus pensamentos.
E quando você pensa em dar ao garoto o benefício da dúvida, ele replica:
- A menos que você queira, é claro.
Arghh! Isso te faz entrar em uma nova onda de fúria. Como ele tem coragem de falar assim com você? Ficar brincando depois de tudo? Você não perde tempo em respondê-lo, e acabar com as expectativas dele:
- Você é ridículo, não quero nem olhar na tua cara.
Ele responde prontamente.
- Desculpa, vou parar. Mas precisamos conversar.
E realmente precisam. Você precisa de um fechamento para poder seguir em frente, e mesmo sabendo que talvez não goste da resposta, decide que você merece uma explicação pelo motivo dele ter agido como moleque em toda essa história. Se ele estiver disposto a ter uma conversa séria, ótimo, se não for o caso, pelo menos vai poder falar todas as coisas que ficaram entaladas na sua garganta todo esse tempo.
- Ok – Você responde, e antes que ele possa te enviar mais alguma coisa, você é mais rápida e envia antes – Amanhã de manhã, no café perto do Campus.
É claro que você não vai arriscar ter ele na sua casa ou ir à dele e acabarem na cama um do outro, então optou por um lugar público, mas se lembra envergonhada, que nem isso foi o suficiente para impedi-los da última vez.
- Combinado.
E com isso você acha que o assunto está encerrado. Mas se surpreende ao ver uma última mensagem.
- Boa noite.
E indo contra todos os seus desejos de ignorá-lo, ser rancorosa, e tratá-lo mal, você o responde:
- Boa noite.
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Você esteve em um estado de espírito completamente inquieto e perturbador a manhã inteira desde que acordou, sem saber muito bem o que esperar dessa conversa que iriam ter, e em como iria reagir quando o visse de novo.
Quando você se aproxima do local, examina o ambiente e surpreendentemente, ele já está te esperando. Sentado em uma mesa para dois, parecendo nervoso, e para seu descontentamento, bonito como sempre. Você até fantasia por um momento, que isso poderia ser um encontro. Que você estava indo passear com o garoto para se conhecerem melhor. Mas não é o caso. Uma das possibilidades que passou por você, do motivo dele ter te chamado, foi para se desculpar e te dar um fora, para contar que voltou com a ex, mas que não queria ter pontas soltas contigo. Mas não valia a pena se perguntar o que ele iria te dizer, a dúvida estava te matando, então era melhor acabar com isso de vez.
Com esse pensamento, você se aproxima da mesa, e ele como o cavalheiro que nunca foi, puxa a cadeira para que você se sente.
Assim que você se acomoda, uma garçonete chega, depositando uma xícara de café preto para o rapaz, e um prato com um doce na sua frente, você está prestes a falar que é um engano, que não pediu nada, mas ao notar que é o seu favorito, e olhar para Matias, ele te entrega tudo com o olhar:
- Você lembrou. – É a primeira coisa que diz a ele, assim que a garota se afasta.
- Sim. – Concorda, te lançando um sorriso contido.
Lembranças passam por você de todas as vezes em que estiveram aqui. Não era um lugar especial, mas era perto do Campus, e tinha o seu doce favorito, nada muito requintado, apenas uma fatia de cheesecake, que te fazia contente sempre que comia, então vinham aqui com certa frequência, mas nunca era um encontro, claro.
- Ok, então vamos conversar. – Você fala mudando o seu semblante, ficando séria, e o encarando, esperando que ele comece a dizer algo.
- Oi, como você tá? Estou bem também, obrigado. – Retruca debochado.
- Caso não tenha dado pra notar, eu estou brava com você, não vim aqui pra jogar conversa fora, então ou você fala algo que valha a pena, ou vou embora. – Ameaça.
Ele parece considerar se você está falando sério, e algo em seu olhar o faz desistir e concordar com o que disse. Ele se endireita na cadeira, e limpando a garganta, recomeça:
- Eu quero me desculpar – Você não diz nada, em um sinal claro para que ele prossiga – A noite no restaurante, foi injusto com você, sinto muito.
- Por que você fez aquilo? – Interroga ele.
- Eu, eu estava confuso, eu e a Malena nós... – Ele dá uma pausa, sem saber como continuar, e você fica aflita com o que vem a seguir. – Nós namoramos por dois anos, e terminamos cerca de um ano atrás... – Ele recapitula os fatos.
- Por que terminaram? – O interrompe, com a dúvida que sempre passava por sua cabeça. Um casal não termina um relacionamento de tanto tempo por nada. Quando os dois se viram no restaurante, ela ainda parecia claramente interessada, e após o comportamento dele, não poderia dizer que o mesmo estava ileso a presença dela, então o que houve realmente para que rompessem?
- Ela tinha conseguido uma bolsa pra desenvolver a tese dela no exterior – Diz, e começa a mexer o café, o revirando com a pequena colher que se encontrava na mesa, claramente desconfortável com o assunto - Eu quis continuar com o relacionamento, mesmo que fosse à distância, mas...ela não.
Um sentimento de choque e tristeza, passam por você. Primeiro, o fato deles não terem terminado por conta de alguma briga, desentendimento, discussão, ou a falta de carinho um pelo outro, e sim por conta do distanciamento. Segundo lugar, o cara por quem você estava louca, e que era averso a compromisso, quis tentar uma relação à distância? Isso parecia uma ideia tão absurda dele considerar, mas talvez essa parte, essa fração dele, esteja reservada apenas para ela, não para olhares forasteiros como o seu.
- Então terminaram porque ela foi embora? – Pergunta para confirmar, e odeia como suas palavras saem baixas, assim como o seu olhar e seus ombros se encolhendo, conforme se afunda na cadeira, tentando sumir.
- Sim, até pensamos em ter um relacionamento aberto, mas não era minha praia, então tomamos essa decisão mútua. – Ele solta um suspiro, e procura o seu olhar ao continuar – Eu não quero te machucar, não precisamos falar sobre isso. – Cessa o assunto, preocupado com sua reação.
- Não, eu quero saber – Ele te fita, ainda indeciso se deve prosseguir – Não quero ficar no escuro sobre isso. – Você justifica.
- Tudo bem – Acena com a cabeça, ainda duvidoso - A gente ainda se gostava, sabíamos que só era um momento ruim, e não queríamos acabar com tudo por causa de alguns meses separados, então... meio que fizemos um acordo um com o outro. – Nessa última frase, ele desvia o olhar e coça a nuca, em sinal de embaraço.
- Que acordo? – Você acha que pode estar hiperventilando agora.
Matías não quer falar, isso é obvio, ele olha para os lados, e solta uma expiração, conformado que não tem mais como evitar esse assunto.
- Ela poderia ficar com quem quisesse, e eu também. Se quando ela voltasse, ambos estivessem solteiros, aí voltaríamos, se não, continuaríamos amigos. – Conta por fim.
Você não sabe como reagir a essa nova informação. Isso só prova que ele nunca teve a intenção de te levar a sério, era só um escape enquanto a pessoa certa estava ausente. O que ele faria quando ela voltasse? Iria te descartar sem mais nem menos? Te jogar fora como um brinquedo quebrado?
- F-foi por isso que você não quis assumir nada, n- não é? Porque se ela voltasse e você estivesse namorando alguém, aí teria quebrado o acordo. – Gagueja ao pronunciar as palavras.
Ele engole em seco antes de responder:
- Sim.
Você sabia. Sabia, e ainda assim te machuca saber que estava certa. Você era só um passatempo, uma distração de quem realmente importava. Se sente suja, e usada, percebendo que os seus esforços, e paciência com ele, nunca te levariam a nada, pois desde o começo já estava fadado ao fracasso.
- Bom, acho que deu tudo certo no final então – Com a costa da mão, você limpa uma lágrima teimosa, que insistiu em aparecer, - Agora você pode ter sua garota de volta. - Constata.
- Eu quero você, por isso to aqui. – O rapaz diz, mas você mal presta atenção, ainda brava por sua confissão anterior.
- Não, você acabou de dizer, você estava esperando por ela, por isso que não me assumiu, eu devia ser só um prêmio de consolação pra você – As lágrimas, começam a querer vir a todo custo, e você se inclina sobre a mesa, trazendo as mãos ao rosto, se cobrindo e tentando controlar um soluço.
- Não, é claro que não, você nunca foi um prêmio de consolação, ou uma segunda opção, eu gosto de você, por isso to aqui, pode não ter começado como algo sério, assim como qualquer outro relacionamento, mas eu certamente me importo e tenho sentimentos por você. – Ele tenta se explicar.
- Você disse que quando ela voltasse, dependendo da situação, iriam reatar. Foi no dia do restaurante que ela voltou? Que você a convidou? – Questiona, ignorando as palavras anteriores dele. O mesmo só solta uma lamentação e prossegue:
- Ela já havia voltado alguns dias antes, só estava terminando de se instalar. Não mantivemos contato durante o término, mas quando ela chegou na cidade me enviou mensagem, me chamou pra sair e eu disse que já tinha planos, juro que não chamei ela, mas ela apareceu mesmo assim. Aquele dia, foi a primeira vez em que a vi pessoalmente depois do término. - Conclui ele.
- Se ela tivesse te perguntado aquele dia, pedindo pra reatar, vocês teriam voltado, não é? – Interroga em um tom de acusação.
- Eu já disse, estava confuso. Não tem como responder isso, eu disse pra ela para conversarmos em outro momento, longe de todos. – Relata o garoto.
- E longe de mim também, certo? – Sua voz é carregada de rancor.
- Sim, mas não como você está pensando. Eu não sabia o que fazer, estava desconcertado, tinha que falar com ela também e apaziguar a situação. - O mesmo argumenta.
- Tadinho de você, tendo que escolher qual garota levar pra cama dia sim, ou dia não. – Retruca com raiva e deboche.
Ele morde as bochechas, tentando se conter, e não dizer a coisa errada.
- Olha, eu admito que fiquei na dúvida, ok? Eu tenho um passado e história com ela, então fiquei balançado quando a vi depois de tanto tempo, mas eu to com você agora, eu quero você, sei que não acredita em mim, mas quero uma chance pra te mostrar que melhorei- Fala em um tom sério e decidido.
Você não sabe o que responder, mas não precisa, pois a conversa é interrompida, por um pequeno zumbido de notificação em seu celular, o qual você verifica imediatamente, querendo fugir da situação, e tem vontade de revirar os olhos ao ver que é apenas sua irmã te perguntando se poderia pegar uma bota emprestada.
- É aquele cara? Seu namorado? – Erguendo os olhos da tela, você nota como o garoto está com o semblante fechado, carrancudo e parecendo uma criança com birra. Mas ignora e responde sua irmã, dizendo que sim, e para ter cuidado.
- Ele não é meu namorado. – Diz irritada, já sabendo a quem ele está se referindo, e guardando o celular na bolsa, para não serem mais interrompidos.
- Um ficante então? – Questiona cruzando os braços e tensionando a mandíbula.
- Não que eu te deva satisfações, é claro – Você o encara, com a melhor feição de desgosto que consegue fazer e responde – Mas não, ele não é meu ficante, namorado, ou algo assim, ele é meu cunhado. – Explica por fim.
Ele parece confuso, franzindo o olhar, como se estivesse tentando se lembrar de algo.
- Eu não sabia que você tinha irmã – Ele diz.
- Eu sei, você nunca perguntou da minha família lembra? Isso não fazia parte da nossa “relação” – Você acusa. Sabe que é injusto trazer isso à tona agora, mas quer fazer com que ele reconheça que te tratou mal, e que você não merecia isso.
- Você está certa, me desculpe. – Diz com a cabeça abaixada em arrependimento.
Mas de repente, ele parece tentar conter um sorriso de surgir, aliviado ao saber que você não estava ficando com ninguém, mas isso rapidamente muda para nervosismo, remorso e até mesmo, pânico? talvez? Você realmente não o entende as vezes.
Depois de um momento de silencio, você quem decide o questionar:
- E você? Voltou com ela, ou ficou com alguém? – O receio e medo da resposta é bem perceptível em seu tom, e ele nota isso.
O rapaz paralisa, ficando com a cara pálida e baixando o olhar, parecendo culpado. E quando você está prestes a falar que vai ir embora, e pra ele não te procurar mais, ele se recompõe e diz com a maior convicção que você já viu:
- Não. – Sua voz não treme, ele não gagueja, e não dá nenhum sinal de que possa estar mentindo. Ainda assim, você não sabe o porquê, mas não se convence totalmente com a resposta dele. Mas se obriga a acreditar, pois o mero pensamento dele com ela, ou com outra pessoa, depois de como as coisas ficaram entre vocês, te machuca profundamente. Então empurra esse sentimento para o fundo do seu âmago e ignora os seus instintos. Ele percebendo sua relutância, continua:
- Por favor, a gente pode recomeçar, e eu vou fazer certo dessa vez. Vamos ter encontros, andar de mãos dadas, fazer o que você quiser, até flores se for a sua vontade, só me dá uma chance. – Os olhos dele são suplicantes agora.
- Eu não sei. Isso é muita informação Matías, você acabou de me dizer que não ficamos sérios por meses, porque estava se “guardando” pra ela, e do nada, depois de dias sem nos falarmos, você quer voltar? É meio difícil entender o seu raciocínio aqui. – Explica, para que ele entenda o seu ponto de vista.
Ele procura sua mão em cima da mesa, hesitante em segurá-la, mas você não se afasta e deixa com que ele entrelace seus dedos junto com os dele, unindo os dois. Ele te fita e continua:
- Eu sei que errei, mas quero consertar isso – Aperta sua mão suavemente, e acaricia sua palma com os dedos, te trazendo uma sensação gostosa com o calor emanando dele - Quero me comprometer e ser melhor pra você, só com você. Por favor. – Ele termina a frase, e indo contra tudo o que você espera, ele traz a sua mão até os lábios, deixando um beijo casto ali.
Que merda era essa? Ele nunca demonstrou afeto em público, e de repente, além de segurar em sua mão, ainda a beija? No meio de várias pessoas? Ele com certeza sabe como te fazer derreter, você fica sem palavras e corada com o gesto, estupefata e ao mesmo tempo se odiando por ser tão afetada por ele. Mas não era isso o que você queria o tempo todo? Que ele se desculpasse, e te prometesse o mundo? Então por que está sendo tão relutante em aceitar?
- Eu vou pensar sobre isso. Mas tenho condições. – Começa, se sentindo uma vitoriosa por sua voz não sair falha, e tentando controlar o rubor em sua face.
- Ok. – Ele diz, dando um último beijo em sua mão, e a largando. Você imediatamente sente falta do contato.
- Primeiro, e se você não concordar, já finalizamos por aqui. – Lança um olhar sério - Não quero que você mantenha contato com a Malena, você vai ficar comigo e somente comigo, não ligo pro acordo que vocês fizeram de continuarem a amizade. Não me importa se é sua ex, se tem uma história, ou o que for, ela acabou pra você entendeu? – Termina, cruzando os braços e arqueando a sobrancelha, e dane-se que você parece uma psicopata obsessiva.
- Tudo bem, eu concordo. – Responde prontamente.
Isso é estranho, ele está aceitando tudo muito fácil, você esperava um pouco mais de resistência da parte dele, não que você esteja reclamando, óbvio.
- E segundo, se me quiser de volta, vai ter que lutar por isso – Declara convicta, apontando um dedo em sua direção - Vamos no ritmo que eu quiser, ou seja, com calma, e vamos fazer certo desta vez. – Ele não parece entender o que você implicou, só inclinando a cabeça para o lado em confusão. Você revira os olhos e diz:
- Eu to querendo dizer: sem beijo, toque ou sexo. Você tem que me cortejar antes, se quiser chegar nisso.
A expressão dele cai, com certeza não esperando por essa exigência sua, e considerando a vida sexual dos dois antes do término, sabia que não seria fácil pra ele. Mas precisava disso, se ele te quisesse de verdade, e não somente o seu corpo, teria que te provar. Ele arruma o rosto e responde:
- Tudo bem – Diz convencido – Eu te conquistei uma vez, posso fazer de novo.
- Veremos. – Retruca em tom de desafio.
E com isso, um silencio se instala na mesa. De repente você se sente extremamente tímida, e sem saber como devem prosseguir a diante. Tem tantas coisas que ainda precisam ser ditas, esclarecidas, mas vocês vão se acertando pouco a pouco, ao menos é o que você espera.
- Você tá bonita. – Ele quebra o silêncio.
- Me bajular não vai te levar a lugar nenhum – Diz o alertando.
- Eu sei, mas ainda assim vou dizer. – Retruca, teimoso como sempre.
- Obrigado. – Agradece a contragosto.
- Me conta mais sobre sua irmã – Ele começa a se servir com mais café – Ela é mais velha?
Você é pega de surpresa com isso. Não acostumada com a demonstração de interesse dele em relação a sua vida pessoal, só quando envolvia estar entre suas pernas.
- Sim, ela é. – Confirma.
E antes que você se de conta, a situação não está mais tensa, com os dois tentando não pisar em ovos. Estão rindo, e conversando. Você pega o telefone e o mostra fotos de sua irmã, dela com seu cunhado, e dos três juntos. Até comenta do casamento, e ele se mostra realmente contente com os detalhes, provavelmente ainda aliviado de o homem não ser próximo de você, pelo menos não da maneira em que ele imaginava.
Você pergunta sobre os garotos, como eles estão, e pede para que o mesmo envie um abraço seu a todos, e se desculpe em seu nome por não terem conversado ultimamente. Você fica receosa em saber se eles estão chateados, ou ressentidos do seu comportamento, o que ele é rápido em negar, te tranquilizando, dizendo que eles entenderam a situação, e que apenas estão com saudades. Relata que contou ao grupo do envolvimento entre vocês, e que eles compreenderam. Mais uma vez te surpreendendo, em como ele está sendo transparente agora.
Ele é atencioso, e antes de irem embora, insiste para que você coma mais alguma coisa, sabendo como você é apaixonada pelas sobremesas de lá. Ele ri em como você abre um sorriso, e aponta animada para o doce, para que a garçonete o pegue. E em meio a isso, você não consegue parar de pensar, que se ele continuasse se comportando assim, você vai amar ele mesmo, e não vai se importar nenhum pouco com isso. Mas se está tudo tão bem, por que você ainda sente que tem algo errado?
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Espero que tenham gostado do capítulo, até o próximo 😚🩵
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tecontos · 7 months ago
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Rapidinha no carro
By; Bruna
Oi, me chamo Bruna, sou morena clara, 169, 68kg, bunda desenhada, peitos pequenos, casada, 31 anos e gaúcha.
Trabalho como atendente em farmácia a mais de 5 anos, então a gente acaba conhecendo os clientes. Confesso que nesse tempo todo já recebi muitas cantadas mas nunca tinha cedido a nenhuma delas. Mas depois que trai a primeira vez as outras traições foram mais fáceis.
Um cliente chamado Alan sempre comprava comigo. Era um negro, da minha idade, aparelho nos dentes, mais alto que eu, forte. Nós sempre trocamos olhares, mas nunca passou disso. Depois que fui ficando mais solta com homens comecei a pensar na possibilidade de me insinuar pra ele. Num dia que ele comprou comigo eu entrei no face dele e mandei convite. Ele aceitou em instantes e me mandou um certinho. Eu retribui com outro. Até que ele me chamou pra conversar:
– Oi Bruna, seja bem vinda.
– Oi Alan, obrigada
– Como me achou?
– Pelo seu nome né
– Claro claro kkkk eu já tinha te achado mas não sabia se podia mandar convite por causa do marido né hehe
– Nada a ver, ele não mexe no meu face
– Ainda bem, mas deve ser ciumento ne, linda desse jeito
– Nem tanto kkk mas obrigada pelo elogio, tbm te acho bonito
– Pena que é casada. Adoraria te conhecer melhor
– Ué, e pq nao?
– Tá falando sério?
– Se eu puder confiar em você, desde que nao comente com ninguém. Seus amigos todos conhecem meu marido.
– Capaz , de boa. Eu conheço teu marido também hehe jogo bola com ele
– Sério????
– Sim, mas fica de boa que ninguém vai saber não
– Vou confiar heim
– Que horas você solta?
– As 22. Pode esse horário?
– Até posso, problema é que não tenho carro e moro com minha mãe.
– Eu tenho carro, mas hoje não posso demorar pq não avisei em casa. A gente marca na semana, o que acha
– Ah não, tô louco pra te ver pessoalmente e te roubar um beijo pelo menos. Vem aqui atrás da empresa de ônibus onde moro. É escuro e ficamos no carro, só pra mim te beijar, prometo.
– Só um beijo então
– Ok, te espero.
Eu sabia que não seria só um beijo. Chegou as 22 mandei msg avisando que estava indo. Cheguei lá e ele estava na frente de casa, entrou no carro e mandou ir mais pra frente e estacionar entre 2 árvores.
Desliguei o carro e ele me olhou e me atacou.
- “Você tá sem tempo né, deixa eu provar essa boca”
Me beijou de um jeito excitante, língua percorria minha boca por dentro e por fora, beijo molhado, chupava minha língua e eu a dele, mas quando chupei a língua dele bem devagar ele não resistiu:
– Ah não, vai ter que por essa boca no meu pau rapidinho.
Tirou o pau pra fora e eu agachei no banco da frente mesmo. Chupei aquele pau duro, mais negro que ele, não era enorme, mas era grosso. Babei bastante antes e comecei a mamar, bem molhadinho, com uma mão batia pra ele com o pau na minha boca. Até que ele faz eu parar e manda tirar toda roupa de baixo, que ele gozava rapidinho e não ia demorar. Tirei a calça com calcinha e tudo e ele baixou a bermuda e puxou o banco do carona todo pra trás e me disse:
– Vem, senta de costas pra mim, apoia as mãos no painel do carro.
Com certa dificuldade fiz o que ele mandou, de costas pra ele deixei pra ele encaixar o pau em mim. Senti ele ajeitando e como eu tava toda molhadinha já foi encaixando fácil. Quando senti que a cabeça já tava enterrada em mim fui descendo devagarzinho até sentir as bolas dele em mim. Então comecei um sobe desce frenético, de dar barulho alto no carro, ele agarrando meus cabelos com uma mão e a outra acompanhando o ritmo na minha bunda. Com o banco todo deitado ele conseguia ver tudo:
– Que rabão tu tem Bruna, PQP!
Eu nessa posição não cansava muito, me apoiei no carro, e sentei valendo, volta e meia parava e rebolava no pau dele, até que ele me pegou pelo pescoço e me puxou e começou a gemer forte, gozando horrores dentro de mim. O pau dele pulsava forte até que eu parei sentada nele com pau dentro de mim. Ele ficou me alisando até o pau começar a amolecer. Quando sai de cima escorreu leite no pau dele.
Beijei ele, que desceu do carro e se despediu. Fiquei por volta de um ano dando pra ele
Enviado ao Te Contos por Bruna
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biancavogrincic · 3 months ago
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Prólogo - Ensejo de Paixão
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Sabe quando sua vida perde todo sentido pela falta de uma pessoa? Bem, foi isso que aconteceu com Enzo, depois da morte de sua esposa Carol, ele ficou sem foco algum.
Ele desistiu do maior clube do mundo, o Real Madrid, onde se sagrou campeão de três campeonatos importantes como Mundial de Clubes da FIFA, Champions League e Copa Rei para voltar para a América do Sul com sua filha e sogra.
De forma alguma abrir mão do contrato bilionário com o maior clube do planeta o prejudicou, Enzo possui a própria marca e próprio negócio, ele nunca passaria por dificuldades financeiras mesmo que desistisse da carreira, ele sabe como gerir empresas, foi ensinado a comandar grandes corporações pelos pais ainda na infância, pois seus pais são donos do maior polo de telecomunicações do Uruguai.
Ao contrário de muitos jogadores de futebol, Enzo nasceu em berço de ouro e escolheu a profissão de futebolista por puro amor ao esporte, o jogador nunca passou dificuldades financeiras e sempre foi atrás das suas oportunidades sem precisar se submeter a situações precárias como muitos garotos, ele chegou a jogar no Brasil aos 18 anos, mais especificamente no Cruzeiro, foi onde acabou conhecendo Carol e se apaixonando perdidamente.
Carol era uma mulher negra retinta e os pais de Enzo nunca aceitaram bem o casamento dos dois ou o nascimento da neta e para proteger as duas, ele não hesitou em se afastar dos pais, tudo estava perfeito até o dia em que houve uma tempestade fora do normal na cidade de Madri e ele estava dirigindo para casa, como a pista estava escorregadia, um outro carro conduzido por um jovem alcoolizado bateu no veículo dele ocasionando o acidente que tirou a vida da esposa.
Mesmo usando a raiva de perder a esposa como motivação para entrar em campo e dá o seu melhor, o mesmo estava em luto, pois não estava aguentando mais ficar na cidade que o amor de sua vida faleceu, ele acabou voltando para o Brasil.
Enzo decidiu no dia do funeral da esposa que jamais iria se apaixonar por outra mulher novamente, nem mesmo se casar, ele morreria sendo um pai solo e que não teria nenhuma mulher mais em sua vida, ele detestava que falassem para ele seguir em frente.
Atualmente ele mora em São Paulo, sempre teve estabilidade financeira porque além do futebol investiu em outras áreas, como a de modelo, ele é uma febre entre as mulheres e homens, possui milhões de seguidores nas redes sociais.
Enzo é um dos nomes do futebol que mesmo com pouco tempo de carreira construiu uma fortuna bilionária graças a visão para os negócios.
— Sospecharía del intento de tus padres de acercarse a ti y a Luna. — Giorgian De Arrascaeta, um dos melhores amigos de Enzo comenta pensativo.
Os dois eram da mesma categoria de base no Uruguai e até jogaram um tempo juntos no Cruzeiro antes de Enzo ser vendido para o Real Madrid. Eles sempre conversam por videoconferência, principalmente agora que um está em Minas Gerais e o outro em São Paulo.
— Sé que no lo haré, nunca olvidaré las cosas horribles que le dijeron a Carol el día que la presenté como mi novia. — Enzo murmurou preocupado.
— Pero estuvo bien que vinieras a Brasil, las personas que se preocupan podrían ayudarte más fácilmente, Luna necesita crecer rodeada de todos, mi única preocupación es su padre.
— Lo sé, este intento de acercarlos también me preocupa, algo están tramando y son poderosos, Gio. — engoliu em seco.
— Son poderosos en Uruguay, aquí en Brasil las cosas son muy diferentes. — relembrou tentando tranquilizar o amigo. — Pero ya te estás Tratando de encontrar a alguien con quien sali por ahí?
— No y no lo haré. — disse sisudo.
— Sé que es difícil, pero tener al menos una aventura sin condiciones no te matará y salir con alguien sería bueno para ti en lo que respecta a Luna, ella necesita una figura materna.
— Luna no necesita una figura materna, ya tiene a su abuela.
A lógica de Arrascaeta fazia sentido, mas Enzo era cabeça dura, isso sem contar que mesmo sabendo que sua sogra estava doente devido a um câncer de mama, ele não cedia nem mesmo a ideia de contratar uma babá para cuidar de Luna, ele tinha medo que alguém pudesse machucar.
— La señora Marilene no se encuentra bien, cuidar a Luna la mayor parte del tiempo debe ser agotador, incluso si no vas a tener una cita, busca a alguien en quien confíes.
— ¿Y cómo haría eso?
— Debe haber una mujer en el edificio donde trabajas que conozca a una niñera.
— No confío en nadie para que cuide a mi abejita, no es como si confiara en alguien para que se quede a dormir en mi casa con mi hija mientras estoy fuera por trabajo.
Enzo largou o futebol para cuidar da sogra doente, mas ele sempre precisa viajar por causa dos eventos ou das empresas.
— Tu necesidad no te da opciones. — o moreno deu de ombros. — Piense conmigo, la Sra. Marilene se desmaya durante la noche debido a los medicamentos fuertes, alguien necesita vigilar a Luna al menos en las primeras horas de la mañana.
— ¿Y a quién contrataría para que hiciera esto por mí?
— Ya dije esta parte, lamentablemente eso depende de ti, lo que sea, haz un período de prueba con alguien, estás en São Paulo, la gente dice que es fácil encontrar gente dispuesta a trabajar allí. — o homem riu concordando com o amigo, minutos depois eles desligaram a ligação.
— Papá, faz pipoca doce pra mim. — Luna apareceu na sala e pulou direto no colo do homem.
Enzo falava um "portunhol" quando não estava conversando com seus amigos do Uruguai, mas no normal ele precisa sempre falar em português, já que todos à sua volta só falam a língua oficial brasileira.
— A senhorita precisa ir dormir, não é hora de pipoca não, abejita. — ele sorriu acariciando o rosto da pequena.
Enzo ama os traços da filha, ela é bem parecida com a mãe,a única diferença é o tom de pele de Luna que é mais claro, mas os cabelos crespos cacheados castanho claro, olhos castanhos escuros, lábios carnudos e boca grande, nariz grande, ele acha a filha uma boneca de porcelana e é um pai coruja.
— Mas eu queria tanto.
— Luna, a vovó já tinha colocado você na cama para dormir. — Marilene, a sogra de Enzo, apareceu na sala atrás da neta. — Eu achei que a senhorita estivesse dormindo.
— Minha barriguinha tá querendo "mimida", abuela. — a pequena fez uma careta manhosa. — Queria pipoca doce.
— Isso mesmo, queria, agora não quer mais e você já escovou os dentinhos. — ele abraçou a pequena três anos de idade.
— Eu posso escovar de novo. — argumentou.
— Está tarde para você ficar acordada e comendo besteira, minha princesa.
— Olha, amanhã o papai faz pipoca e assiste A Princesa e o Sapo com você quando voltar do hospital com a vovó, está bem? — a pequena assentiu se empolgando.
Ela deu um beijo no rosto do pai, saiu da sala e voltou para o quarto, a sogra de Enzo sentou-se no sofá e o analisou rapidamente.
— Temos que conversar.
— Se for sobre a enfermeira, eu não abro mão, você vai ter alguém cuidando de você o tempo inteiro e eu matriculei a Luna no ballet, minha filha ficará bem e com a mente ocupada. — ele garantiu, suspirando pesadamente.
— Não é sobre a Luna, confio em você inteiramente, você é um bom pai, quero tratar sobre alguém para poder me ajudar aqui em casa com Luninha e sobre você começar a ver uma forma de seguir em frente…
— Eu estou seguindo em frente, não preciso de ninguém.
Enzo suspirou pesadamente, era um assunto que não poderia fugir, apesar de contratar uma cozinheira e uma faxineira, ainda tinha alguém para poder ajudar com Luna, mas esse assunto era delicado.
Sua sogra estava fazendo tratamento contra o câncer, prestes a fazer uma cirurgia na mama, não consegue fazer muitas atividades domésticas, tendo dificuldade até de fazer coisas básicas, ela precisa de alguém para cuidar da neta.
— Veja com suas amigas do prédio se tem alguém para indicar. Eu pago o que for preciso.
— Tem uma menina chamada Bianca, Isabel a indicou, ela faz faxina na casa desde os 16 anos, é muito dedicada e se dá bem com crianças, posso pedir para ela vir aqui amanhã conversar com você?
Marilene já tinha combinado tudo com Bianca anteriormente, ela viu muito de sua filha e dela mesmo na garota, adorou saber que ela também é baiana, mas precisava convencer Enzo a concordar com a ideia. Bianca foi aprovada na faculdade há poucos dias, mas está procurando um emprego para poder ter estabilidade e alugar um local para morar sozinha durante o curso.
Pelo que ela percebeu ao conversar com a garota, ela é muito doce, mas tem personalidade forte e sempre está disposta a aprender.
— Está bem, pode falar para ela vir aqui. — cedeu suspirando pesadamente.
— É só até eu vencer essa doença maldita, só quero que minha neta seja protegida e cuidada.
— Eu sei, Mari. Eu sei.
Enzo saiu e foi para o quarto da filha, Luna estava sentada na cama brincando com seu ursinho favorito.
— Achei que a abuela tinha sido clara sobre você ir dormir. — ele se aproximou da pequena e deitou na caminha da mesma.
— O Fulipeco queria brincar comigo. — contou se referindo ao amigo imaginário.
Luna começou ir para escola tem apenas uma semana e não tem amigos ainda, para suprir essa solidão, a menina criou esse amigo imaginário.
— Diga a ele que você precisa dormir para ir para escolinha amanhã.
— Está bem. Boa noite, Fuli. Boa noite, Papá.
Ela deitou a cabeça no peitoral do mais e o abraçou apertado, Luna não sabe o que é amor materno desde os 9 meses quando a mãe morreu. Além disso, o próprio Enzo reconhecia que ele entendia muito pouco sobre as experiências da filha sendo uma menina negra.
Na zona norte da capital, em uma realidade totalmente diferente das casas luxuosas de Moema, Bianca, a jovem indicada ao emprego na casa estava chegando em casa após um dia de trabalho fazendo faxina em apartamentos de luxo, já sabendo o que enfrentaria ao chegar na residência suspirou pesadamente e se forçou a pensar que logo as coisas melhorariam para ela, pois logo ela sairia daquela casa para morar na própria casa.
— Isso lá são horas de chegar em casa? — Carlos, esposo da tia de Bianca, perguntou mais uma vez implicando com a garota.
— Eu estava trabalhando, a casa da dona Isabel é longe. — respondeu revirando os olhos internamente e tentando manter o tom cordial para não apanhar dele ou da tia.
— E isso é motivo para chegar às nove horas da noite? — Juliane, prima de Bianca, lhe indagou querendo levianamente que a prima apanhasse dos pais.
— É um apartamento na região do Ibirapuera, hoje o trânsito estava um caos por causa daquele acidente na marginal Tietê, por isso cheguei agora. — explicou, olhando para os próprios pés e rezando para que isso não fosse motivo de implicância e posteriormente uma surra.
— Nossa, nem precisava falar desse jeito ignorante com ela. —  Juliano, primo de Bianca, comentou tentando fazer com que a garota entrasse em problemas.
— Se você falar assim com minha novamente quebro sua cara, Bianca. — Janaína, tia dela, ameaçou.
— Desculpa. — pediu já acostumada com o tratamento injusto e hostil.
Janaína apenas brigou pela guarda de Bianca porque tinha interesse na pensão que a previdência social daria para ela devido a morte da mãe, mas ela nunca gostou da sobrinha, a mesma tem ciúmes, especialmente porque o marido não a procura mais porque encontrou o alvo perfeito para os seus abusos, na cabeça doente e retrógrada da mulher, Bianca tem seu corpo violentado porque quer, ela nem mesmo ver a situação como estupro.
A vida de Bianca se enquadra perfeitamente no que o mundo conhece como violência doméstica e abuso sexual de vulnerável, desde a morte de sua mãe quando a garota tinha 10 anos de idade, ela passou a ser "cuidada" pela tia, irmã de sua mãe, já que seu padrasto a quem a mesma via como um pai não pode ficar com a guarda dela, o mesmo só conseguiu a guarda dos dois irmãos dela que são filhos biológicos dele.
O marido de sua tia é um homem extremamente violento, sua tia mesmo é uma vítima dos abusos constantes dele, embora ele seja o típico retrato do cidadão de bem, que trabalha, vai a igreja e é o chefe de família, em casa ele é um monstro horrível. Bianca é tratada pior que um animal dentro de casa e serve de saco de pancadas de todos dentro da residência, ela não tem vida desde os 11 anos, nunca pôde experimentar nada que uma adolescente poderia viver.
O máximo que Bianca sabe sobre festas e danças se dá porque ela ia catar latinha para vender e conseguir alguns trocados em bailes funks, festas da terceira idade  com samba e algumas festas com tema envolvendo baile charme e forró, ela via os movimentos e imitava de longe até se aperfeiçoar, mas nunca pôde dançar.
Até os namoradinhos eram proibidos para ela, mas isso nunca a impediu, mas depois de ter sido ameaçada de morte pelo tio misógino por namorar escondido um rapaz da escola,  ela nunca mais ficou com ninguém ou se permitiu se apaixonar.
— Tia, a senhora assinou as declarações pra enviar na faculdade? — Bianca questionou esperançosa.
— É para quando?
— O último dia de prazo é sexta-feira agora.
A semana estava apenas começando, mas a burocracia de documentação da Pontifícia Universidade Católica para o programa do governo federal ProUni era complicada e a única coisa que faltava para a garota que acabou de fazer 18 anos eram as declarações assinadas pela tia.
— Não sei porque esse negócio de faculdade, você não vai conseguir ser aprovada mesmo. — Carlos murmurou con segundas intenções, ele não queria isso para que Bianca não mudasse de vida e ficasse sempre sendo abusada por ele.— Você deveria era pensar em trabalhar ao invés de estudar.
— Pensar em trabalhar para ser igual o senhor? — perguntou não aguentando.
Às vezes, Bianca respondia não por malcriação, mas por raiva de ser colocada para baixo o tempo inteiro.
— O que você falou, sua rampeira? — o homem levantou e foi na direção dela. — Você me respeite e procure seu lugar! — ele deu um tapa em seu rosto, isso fez a garota cair no chão com o lábio cortado. — Culpa sua que essa mal agradecida é respondona assim. 
A tia, vendo uma oportunidade de descontar sua raiva do dia, foi até o quartinho no quintal que a jovem dormia, pegou os documentos que faltavam levar para universidade e rasgou, após isso voltou com uma bainha de facão e avançou contra a sobrinha.
A pobre garota só pôde gritar pedindo socorro enquanto ninguém ousava interferir, seja dentro de casa, seja fora de casa, nenhum vizinho interferia, embora discordasse do que faziam com a garota.
— Só porque você foi malcriada, não vou assinar porra nenhuma, sua mal agradecida. — a mulher disse parando de bater na menina finalmente. — E vai lavar a louça logo antes que eu meta a porrada em você novamente, sua preguiçosa.
A garota levantou com dificuldade e assentiu, ela sabia que após todos dormirem, seria pior, pois ela acordaria no meio da noite com o tio fazendo o que não deveria em seu corpo.
No meio desse caos, Bianca se lembrou que Edilene, a mulher que era empregada doméstica há décadas em um condomínio de luxo no bairro de Moema e que era um anjo na vida da garota, uma viúva que batalhou muito para criar filhos e netos que hoje estão todos formados na universidade e com bom emprego, a mulher trabalhava com Isabel que gostava muito de Bianca também.
Bianca fazia companhia de segunda-feira a sexta-feira desde que tinha 15 anos para a patroa de Edilene e ajudava a mulher a limpar a casa e fazer comida, Edilene disse que se a tia não desse as declarações, ela mesma faria isso pela garota e deixaria a mesma morar na casa dela uns tempos até ela conseguir um cantinho.
Isabel era uma mulher de 75 anos que vivia com o neto em um apartamento, ela foi ajudada casualmente por Bianca quando a mesma passou mal na rua, logo ela quis recompensar a garota que explicou que seus tios queriam que ela arranjasse um trabalho, então ela fez a proposta da mesma fazer companhia e ajudar a empregada da casa que já é uma de idade também a limpar o apartamento.
Dona Isabel e dona Edeline, a empregada da casa, logo gostaram de Bianca e viram futuro da menina, então Isabel começou a presentear a garota com livros e ao ver que a menina realmente estava lendo e se interessando pelas histórias, passou a lhe ensinar etiqueta, postura, línguas estrangeiras como inglês, francês e espanhol, a entender sobre cultura erudita e moda.
Enquanto Edilene ajudava a garota a ter o que comer, a conseguir as coisas no mundo quando ela se visse totalmente sozinha, Edilene era única que tinha uma mínima noção de como a vida da menina era complicada e sempre a ajudava como podia para fugir da família abusiva, ela chegou até a denunciar, mas como Carlos tinha contatos por causa de membros da igreja que ele frequenta, nada foi feito.
Nos dias seguintes, Enzo continuou pensando sobre os conselhos de Giorgian, especialmente no dia em que foi conversar com o advogado sobre a liminar que obriga o plano de saúde a cobrir a cirurgia e todo tratamento de câncer da sogra.
— O que eu quero unicamente é que minha sogra faça o tratamento, não existe justiça nesse país? — Enzo esbravejou para o advogado.
— Eles não podem negar, o código de defesa do consumidor proíbe, mas para ser mais incisivo, vou entrar com uma liminar. — o advogado explicou.
— E por que isso não foi feito antes? — Enzo murmurou impaciente. — Cada dia é precioso para saúde da minha sogra.
— Já foi feito. — o mais velho disse calmo. — Mas o juiz não decidiu ainda, infelizmente não controlamos os juízes.
Enzo acabou tendo uma ideia, um de seus amigos aqui no Brasil era desembargador, como um homem criado para ser poderoso, ele sabia que sempre é preciso ser amigo de juízes e desembargadores, ele irá entrar em contato com esse amigo.
Depois da reunião com o advogado, Enzo ligou para esse amigo, que disse que iria conversar com o juiz do caso para agilizar o processo. Ele poderia jantar com o homem, mas preferiu usar o horário de almoço para poder evitar conversar com a babá que seria contratada.
Enquanto isso, Bianca comemorava com Edilene e Isabel a sua aprovação na faculdade, ela era a primeira de sua família a conseguir ingressar no ensino superior, o curso escolhido era Direito, desde criança todos a achavam bem incisiva quando o assunto eram injustiças.
— Eu sabia que você iria conseguir, Bibi. — Edilene abraçou a garota de lado.
— Eu não conseguiria se a senhora não me ajudasse e se a dona Isabel não me desse os livros para estudar para o Enem. — a garota sorriu.
— O esforço não foi nosso, foi todo seu, o mérito da conquista é todo seu, Bi. — Isabel murmurou orgulhosa.
— Mas assim não é porque você conseguiu passar na faculdade que é para nos abandonar, viu, mocinha?
— Oh, dona Edilene, eu nunca vou abandonar vocês, sempre serei extremamente grata e vou vim aqui todos os dias pra te ajudar e fazer companhia para dona Isabel antes de ir para faculdade, quando eu me formar eu quero as duas indo pegar o diploma comigo e quando eu me tornar uma advogada quero mostrar a carteirinha da ordem primeiro para as duas. — a garota murmurou sincera.
— Me deixa tão feliz sabendo que você não vai esquecer de nós, minha filha. — Isabel a abraçou apertado.
— Bem, o que eu perdi? — João Victor, o neto de Isabel chegou em casa depois de passar dias fora de casa indo para festas da atlética da faculdade.
Ele também é um estudante de direito, mas ele já está no terceiro semestre e tem 19 anos, ele está segurando o notebook formatado que será doado a Bianca para que ela possa estudar, desde os 16 anos ele nutre uma paixão secreta por Bianca, mas nunca se aproximou da garota e a mesma nunca o olhou com outros olhos, na verdade, ela nunca teve interesse em ninguém.
— Oi, meu neto. — Isabel disse, se afastando o abraço. — Trouxe o que eu te pedi?
— Trouxe sim. — falou, entregando a caixa com o eletrônico para a mais velha. — Saiu a lista dos calouros das turmas de direito, você passou?
— Sim, meu primeiro dia na faculdade será amanhã.
— Estamos comemorando isso, Bibi passou e vai para a faculdade. — Edilene respondeu orgulhosa.
— Eu sabia que você iria conseguir, sua cara de CDF nunca me enganou. — o garoto disse sincero. — Parabéns, Bi.
A garota estranhou seu comportamento, ele nunca a chamou pelo apelido, mas apenas agradeceu as congratulações.
— Você já tem um vade?
— Ah, ainda não, eu vi que está bem caro, vou juntar dinheiro até conseguir comprar. — respondeu suspirando pesadamente.
— Eu tenho dois um desse ano, posso te dar um, eu nem uso um deles.
— Sério? — o garoto assentiu. — Obrigada mesmo, seu João. Que Deus te abençoe grandemente.
Edilene percebeu mais uma vez que o olhar de João era diferente, um olhar apaixonado e Isabel notou também, a avó do rapaz não aprovava, pois sabia que João não era homem de namorar e iria machucar Bianca.
— Ah, eu tenho um presente para você. — Isabel entregou o caixa com o notebook para Bianca.
Bianca pegou a caixa e abriu vendo o notebook, os olhos da garota brilharam, ela estava querendo comprar um notebook para ajudar nos estudos, mas nunca conseguiu porque o dinheiro que ganha vai todo para a família.
Ela abraçou a mais velha apertado e sorriu.
— Muito obrigada! — ela exclamou. — Eu nem sei como agradecer, Deus te abençoe, dona Isabel. — agradeceu sincera.
— Não é novo, mas por enquanto vai te ajudar. — ela concordou.
— Você tem carona para faculdade hoje? — João perguntou, tentando se aproximar.
— Eu vou de ônibus e metrô.
— Eu te levo de carro.
— Não precisa se preocupar, seu João.
— Eu insisto. — ele sorriu. — Pode ir descendo, eu te vejo na entrada do prédio, vou só trocar de roupa. — ela assentiu.
— Eu tenho que ir, mas amanhã estou de volta para contar tudo. — disse abraçando as duas. — Muito obrigada por serem uns anjos na minha vida.
Ela organizou o que ganhou na mochila e saiu do apartamento, ela pegou o elevador e foi para o térreo, mas acabou sentindo falta do celular e das chaves de casa, então foi procurando na mochila e nem se atentou direito ao caminho.
Nesse momento Enzo estava trocando mensagens com o advogado e também não prestou atenção no caminho enquanto estava caminhando para o elevador.
A desatenção dos dois fez ambos se chocarem, o impacto fez com que Bianca quase caísse no chão, mas Enzo a segurou com firmeza.
Enzo sentiu como se uma corrente elétrica passasse pelo seu corpo, uma energia surreal estava em suas articulações, ele encarou a mulher a sua frente e sentiu seu coração acelerando freneticamente, uma sensação que ele não tinha desde a morte de sua esposa.
Bianca teve uma sensação diferente, medo e dor. Como ele segurou seu braço machucado pela surra que ganhou de seus tios, isso fez a mesma soltar um gemido de dor e o medo da jovem estava atrelado ao fato de que ela tinha medo de toque físico vindo de homens.
— ¿Estás bien? — perguntou preocupado quebrando o silêncio. — ¿Se lesionó? — ele percebeu a inquietude da garota com o seu toque e notou um certo medo.
— Yo estoy bien… — Bia respondeu, soltando o ar dos pulmões que ela nem havia percebido que estava prendendo. — Lo siento, estaba distraída buscando algo en mi bolso. — ela explicou, voltando a procurar o celular e a chave, finalmente achando no meio das nécessaires.
— Yo también estuve desatento, no te preocupes.. — o homem sorriu gentil.— ¿Habla español? — Enzo indagou empolgado.
— Sí, quiero decir, mato mi lengua más de lo que hablo. — ele riu da resposta descontraída dela.
— Se sentir mais confortável, pode falar em português comigo, é que eu fiquei tão preocupado pelo susto que acabei falando espanhol no automático. — explicou, fazendo Bia sorrir timidamente, olhando para os pés. — Eu me chamo Enzo. — Bianca o encarou novamente.
— Eu me chamo Bianca.
— Espera, eu iria fazer uma entrevista de emprego com você hoje. — ele sorriu empolgado, de repente ele quis muito está próximo a ela e ir conversar.
Aquele sorriso fez a garota sentir uma corrente elétrica pelo corpo, dessa vez não tinha medo e sim conforto.
— A dona Marilene falou que o senhor teve um imprevisto hoje e não poderia me entrevistar, aí eu já ia embora.
— Você está disponível agora?
— Não exatamente, eu vou precisar ir para minha faculdade resolver algumas burocracias.
Enzo queria misteriosamente ficar perto da garota, como se seu corpo fosse metal e ela o ímã, algo dentro dele implorava para que ele a protegesse de alguma forma.
— Se você não ver problema, eu posso te levar na faculdade e nós vamos conversando no caminho.
Bianca ponderou muito, ela estava com medo de ficar num carro sozinha com um homem desconhecido, mas infelizmente ela precisava passar nessa entrevista com esse homem desconhecido para poder finalmente sair da casa dos tios.
— Tudo bem…se isso não for atrapalhar o senhor.
— Bi, eu estou te esperando um tempão. — João se aproximou e abraçou a garota de lado marcando território. — O CAA só fica aberto até às 19:30, está trânsito e você vai acabar se atrasando. — o garoto acariciou o rosto de Bianca propositalmente, ela se sentiu desconfortável e o afastou.
João percebeu o olhar de interesse e encantamento vindo de Enzo e o mais velho ficou incomodado com a atitude de João.
"Que desgraçado de sorte, ele namora com ela. " Pensou o homem, encarando fixamente o outro. Enzo não entendia esse sentimento parecido com ciúmes, muito menos a inveja que sentiu ao deduzir isso, ele não poderia sentir isso por ninguém, ele havia prometido a Carol.
— Seu namorado?
— Não. — Bianca respondeu prontamente.
Enzo ficou mais aliviado em escutar isso, enquanto João não gostou muito.
— Seu João, eu vou fazer a entrevista com o seu Enzo, vejo o senhor depois, combinado?
Enzo sorriu inconscientemente ao notar que a relação dos dois era puramente profissional.
— Se você for fazer a entrevista não vai conseguir fazer a carteirinha pra entrar na faculdade e vai perder o primeiro dia de aula amanhã.
— Eu vou levá-la, não se preocupe, Seu João. — Enzo murmurou com um leve tom de deboche.
Internamente ele não entendia porque estava se comportando de uma forma tão infantil por alguém que acabou de conhecer.
João olhou para Bianca pedindo a confirmação e ela assentiu.
— Você vai ficar bem? — ela assentiu. — Te vejo amanhã no campus então. — deu um beijo em sua bochecha. — Cuidado no caminho, Bibi. — ele saiu.
Enzo sentiu uma raiva tão grande vendo a cena, ele realmente não estava entendendo como uma desconhecida estava fazendo ele ter comportamentos de um homem atraído ou apaixonado por alguém e o pior, ele não entendia o fato de ter inveja de um homem que estava tocando uma mulher que ele está encontrando a primeira vez na vida dele.
Algo que ele não entendia de forma alguma era como ele estava sentindo isso por outra mulher após prometer a si mesmo que nunca mais se sentiria atraído, apaixonado ou encantado como nenhuma outra mulher que não fosse sua falecida esposa.
Bianca, por outro lado, estava se sentindo mal, pois a pequena disputa de ego entre Enzo e João fez com que ela se sentisse como se fosse um objeto prestes a ser leiloado, ela não gostou do comportamento dos dois e via um perigo muito grande no futuro chefe claramente tendo interesse nela.
Enzo não tinha maldade dentro de si, ele não via Bianca com desejo sexual embora achasse a jovem muito bonita, ele sentiu mais um sentimento de proteção, cuidado e amor, ele estava com desejo de viver algo romântico e nada sexual com ela, era um desejo subconsciente, mas que a garota de sorriso acolhedor lhe despertou.
Bianca havia sido a razão pela qual ele sabia que claramente não iria conseguir cumprir a promessa que fez a esposa, isso fazia ele se sentir culpado e um ser humano horrível.
A jovem passou a ter medo de que o homem propusesse algo sexual em troca da oportunidade de trabalho, isso fez a mesma ter se arrependido de ter aceitado fazer a entrevista com ele, mas na situação em que estava, ela não tinha muito escolha, era isso ou aguentar mais tempo dentro de um lar tóxico e abusivo.
Ambos estavam em conflito, mas por motivos diferentes.
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kretina · 4 months ago
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! TASK #1 : o diário do semideus. ( @silencehq )
CAMADA 1: BÁSICO E PESSOAL
Nome: katrina dela cruz.
Idade: vinte e seis anos.
Gênero: cis feminino.
Pronomes: ela/dela.
Altura: 1,68m compensando em ódio.
Parente divino e número do chalé: éris, sobrevivendo no chalé 30.
Idade que chegou ao Acampamento: cheguei aos quinze.
CAMADA 2: CONHECENDO OS SEMIDEUSES
Quem te trouxe até aqui? um sátiro, como a maioria. os deuses não mudam o disco.
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? infelizmente, de imediato.
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? família é foda, a minha me odeia. as vezes que saí, fiquei por conta própria mesmo.
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? já tenho o que eu poderia querer, essa resposta conta? no caso, o anel do desejo.
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? a única visão do futuro que me assombra, é morrer queimada com uma calcinha furada no corpo.
CAMADA 3: PODERES, HABILIDADES E ARMAS
Fale um pouco sobre seus poderes: basicamente, tenho a capacidade de manipular o ódio; posso o inserir, retirar, manipular. também descobri que posso encontrar uma marca do meu poder em quem já o usei, mas é recente, tô aprendendo.
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: tenho reflexos e força sobre-humana. é bom poder carregar um carro e desviar de uma bomba de cocô de cavalo.
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? tinha em torno de seis anos, usei em uma loira na escola. naquele dia, ela tocou fogo na escola por mim.
Qual a parte negativa de seu poder: e tem????
E qual a parte positiva: poder deixar todo mundo louco, se eu quiser.
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? gosto dos meus grilhões, são potentes e fáceis de serem usados.
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? na oficina de hefesto durante um baile brega aí.
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? não por não conseguir, mas por preguiça: arco e flecha.
CAMADA 4: MISSÕES
*Quem nunca esteve em missões, podem pular essa camada.
Qual foi a primeira que saiu? recuperar um grupo de semideuses que estava perdido.
Qual a missão mais difícil? a segunda missão, ficamos presos em um bar mágico e só dois saíram de lá, éramos em quatro.
Qual a missão mais fácil? e existe?os deuses querem nos f.
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? na segunda missão, meus poderes me salvaram.
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? até o momento não, esperando a hora!
CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
não se aplica.
CAMADA 6: DEUSES
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? poderia dizer que nenhuma, são todos uns filhos da puta. mas curto muito ares, embora os filhos sejam dor de cabeça.
Qual você desgosta mais? zeus.
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? jesus cristo.
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? 0 contato, e gostaria de seguir assim.
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? nunca fiz oferendas, é muita humilhação por um pedaço de sonho.
CAMADA 7: MONSTROS
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? todos.
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? químera.
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? éris.
CAMADA 8: ESCOLHAS
Caçar monstros em trio (X) OU Caçar monstros sozinho ( )
Capture a bandeira (X) OU Corrida com Pégasos ( )
Ser respeitado pelos deuses ( ) OU Viver em paz, mas no anonimato (X)
Hidra ( ) OU Dracaenae (X)
CAMADA 9: LIDERANÇA E SACRIFÍCIOS
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? não né, minha vida em primeiro lugar.
Que sacrifícios faria pelo bem maior? seguir vivendo.
Como gostaria de ser lembrado? a que aguentou muito e surtou.
CAMADA 10: ACAMPAMENTO
Local favorito do acampamento: arena.
Local menos favorito: o acampamento todo.
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: negócio de romance? tenho experiência não.
Atividade favorita para se fazer: trocar socos ou fazer alguém surtar.
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