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#Lista Anual de Leituras
lumitie · 9 months
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📚 Todas as minhas leituras de 2023 📚
Este ano começou com um desafio vigente: o 30 antes dos 30 que terminaria na primeira semana de março, então eu estava no pique para cumprir todas as categorias que eu mesma me propus.Logo após o desafio eu ainda estava animada porque meu ritmo de leitura estava bem legal, e isso durou alguns meses porque depois fui acometida pela terrível ressaca literária, que me rendeu uma ótima reflexão.Se…
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beadickel · 2 months
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Vamos para a Tag da semana?
Um livro que recomenda para todos
Um livro que recomenda para ninguém
Um livro que não conseguiu largar
Um livro que já releu
Um livro da sua lista de desejos
Um livro de não ficção
(Marque 2 mútuos para responder s2)
QG não desista de mim e da minha demora pra responder as tags 😭 Queria dedicar um tempinho extra pra essa, e finalmente consegui! Enfim, bora lá:
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🫧 Um livro que recomenda para todos: A Garota das Laranja, Jostein Gaarder - Um dos livros mais bonitos que já li! Entrou na minha vida num momento em que eu estava precisando, e acabou se tornando um dos meus favoritos. É sobre luto, família, amor e laranjas.
🫧 Um livro que recomenda para ninguém: Fazendo Meu Filme 3, Paula Pimenta - Infelizmente precisamos passar por esse para ler a série completa de FMF, mas não desceu pra mim. Quando li em 2020 pela primeira vez, foi ok, mas quando reli no ano seguinte, me deu tanto nojo. O relacionamento dos protagonistas tá numa toxicidade impossível de passar pano! Falas super gordofóbicas, ciúmes descontrolado e possessividade são coisas que, tudo bem serem abordadas, mas deveria ter sido de forma certa e consciente.
🫧 Um livro que não conseguiu largar: Impecáveis, Sara Shepard - É o segundo volume de Pretty Little Liars, e também o livro que me fez entrar de vez nessa série literária! Quando li Maldosas (primeiro volume) em 2021, não consegui gostar, mas aconteceu que Impecáveis entrou em um descontão na Amazon que acabei comprando - e não me arrependi!
🫧 Um livro que já releu: Minha Vida Fora de Série 1, Paula Pimenta - Esse é um dos meus livros favoritos, e gostaria de considerar ele uma espécie de "leitura anual". Esse livro me traz um conforto tão grande!! Minhas histórias favoritas da Paula são aquelas que se passam aqui no Brasil, com esses cenários de escola/faculdade mesmo, que faz nos sentir tão pertinho dos personagens.
🫧 Um livro da sua lista de desejos: Barbie: The World Tour, Margot Robbie - Gente, eu JURO. Esse livro é uma perfeição (nunca li)!!! É um apanhadão dos visuais mais icônicos da Barbie, desde os anos 50, com imagens exclusivas das bonecas e da própria Margot vestindo os looks. Ahh, sem contar nos desenhos das roupas! Se não fosse tipo, 300 reais, eu comprava 🥲
🫧 Um livro de não ficção: Cartas Xamânicas, Jamie Sams e David Carson - Na verdade, esse é um oráculo, mas é acompanhado de um livro com o mesmo nome! Esse é um dos meus oráculos favoritos, e vira e mexe gosto de tirar uma carta ou apenas folear o livro em si, lendo sobre os animais e seus poderes e o Grande Mistério.
Vou taggear a @sleepyheadnat e a @shakespereansonnet pra esse jogo!
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ventimomenti · 2 years
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Meus livros favoritos dos últimos dois anos (2019-20)
Geralmente essa lista é anual, mas 2019 e 2020 foram muito atípicos — o primeiro especialmente para mim; o segundo para todos nós — , então tomei a liberdade de fazer esse compilado abrangendo um período um pouco maior, já que nesses dois últimos anos a vida (rsrs) me fez uma leitora meio medíocre (alguns diriam que foi uma pausa justa) e eu não conseguiria dar corpo ao texto se fosse falar do que li em um ano só. Nunca li tão pouco na década. Apesar de tudo, algumas leituras significativas me/se salvaram nesse período e viraram Favoritas da Vida — como sempre, elas não falham. Foram sete ao todo e vale a pena falar delas, sem nenhuma ordem de preferência (desculpa pelo textão e não desiste de mim).
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Carcereiros — Drauzio Varella
Esse foi o primeiro livro que li escrito pelo médico favorito do Brasil, mas não será o único, porque Drauzio tem tanto domínio e fluidez ao transitar pelas palavras quanto esbanja competência atuando na área de saúde há décadas. Livre de nomenclaturas e jargões, não se pode dizer que esse é um livro de divulgação científica como eu esperava a princípio porque a proposta do Drauzio não é falar sobre medicina, e sim sobre pessoas; é um livro escrito sobre e para gente como a gente. Aqui ele fala das amizades e histórias que viveu com diversos agentes penitenciários do sistema prisional de São Paulo, mais especificamente no Carandiru, onde atuou como médico voluntário de 1989 a 2002, ano em que a instituição foi desativada. Muito conhecido por Estação Carandiru (1999)(preciso ler!!!), obra-prima que lhe rendeu o Prêmio Jabuti, o mais tradicional prêmio literário do Brasil, e que ganhou uma adaptação cinematográfica (2003) nas mãos do diretor Hector Babenco mostrando o cotidiano dos prisioneiros no local que hoje é símbolo da marginalização dessas populações, em Carcereiros Drauzio nos faz ver o mesmo ambiente através de outro ângulo, o dos funcionários, pessoas livres mas que passavam seus dias inteiros dentro do presídio. Esse livro mostra como as dores podem ser diferentes, mas estão em todos os cantos, e é impossível estar inteiramente bem se quem está ao meu lado padece, porque a desigualdade é um mal que se alastra.
‘’Estava tão envolvido com aquele universo, que abrir mão dele significava admitir passar o resto da existência no convívio exclusivo com pessoas da mesma classe social e com valores semelhantes aos meus, sem a oportunidade de me deparar com o contraditório, com o avesso da vida que levo, com a face mais indigna da desigualdade social, sem ouvir histórias que não passariam pela cabeça do ficcionista mais criativo, sem conhecer a ralé desprezível que a sociedade finge não existir, a escória humana que compõe a legião de perdedores que um dia imaginou realizar seus anseios pela via do crime, e acabou enjaulada num presídio brasileiro.’’
Por Todos os Continentes — Roberto Menna Barreto
Todo ano (em que não tá rolando, sei lá, uma pandemia) eu vou à Feira do Livro de POA com uma amiga e tenho o ritual pessoal de comprar pelo menos um livro do qual eu nunca tenha ouvido falar antes, pra sair da minha zona de conforto literária e conhecer coisas novas, quem sabe me surpreender. Por Todos os Continentes foi adquirido assim (o tema de viagem me fisgou de cara) e virou favorito. Roberto Menna Barreto foi um empresário e escritor que colaborou com diversas publicações brasileiras e rodou MUITO mundo afora, visitando mais de oitenta países ao longo dos seis continentes, sobre os quais escreveu em suas colunas, como um diário de viagem. Esse livro compila vários desses textos e outros do acervo pessoal do autor, um aventureiro inveterado, contando sobre suas andanças, conhecendo as riquezas materiais e imateriais de vários povos, observando costumes e refletindo conosco sobre diversos assuntos inspirado pela variedade cultural com que se deparava em cada canto que visitava. É um livro denso (não é uma leitura das mais fluídas, mas isso não é defeito aqui) e muito interessante. Ele virou um favorito porque a leitura acabou se transformando numa experiência muito pessoal, já que o li de forma bem espaçada (acho mesmo que é a maneira ‘’certa’’ de ler esse livro, episodicamente) durante um ano inteiro, coisa que eu nunca faço, e ele me acompanhou em diversos cenários (trabalho, passeios, ônibus, salas de espera em hospitais, banco de praça, aqui e ali), meio como minha própria viagem, e olhando em retrospecto lembro de várias fases da minha vida (porque 2019 foi algo) pelas quais passei enquanto acompanhava Roberto andando pela Índia, Alemanha, Berlim Ocidental... Lembro de pensar em muitos momentos que esse é o tipo de livro que eu gostaria de escrever, e quando acabei a última página e descobri que o autor faleceu em 2015 fiquei triste como se tivesse perdido um conhecido.
‘’Toda volta é sempre mais problemática do que a ida, por que será?’’
A Revolução dos Bichos — George Orwell
Eu não esperava ser tão marcada por um livrinho curto de cento e poucas páginas, mesmo depois de ter lido Orwell da biblioteca do colégio no ensino médio e achado incrível, então não deixei de me surpreender quando fui descobrir por mim mesma por que esse livro está sempre ao lado de 1984 (outro favorito) como magnum opus do autor. Mesmo que já dispense apresentações, A Revolução dos Bichos nos mostra uma fazenda onde os animais tomam o controle e se voltam contra seus algozes humanos, reorganizando a dinâmica do local de modo que todos desfrutem dos benefícios da propriedade; mas logo os porcos (sugestivo) se colocam no alto da hierarquia, promovendo injustiças e subjugando os outros animais, o que desencadeia uma sequência de tragédias. É um enredo comicamente simples que satirizou a ditadura stalinista e sua decadência (alguns porquinhos representam claramente figuras específicas como Stálin e Trotsky), e que se tornou uma obra atemporal como crítica alegórica a projetos políticos que sucumbem às fraquezas humanas e corroem a vida em sociedade através do autoritarismo. Alguma pessoa muito mais sagaz cujo nome desconheço e a quem não vou poder atribuir os créditos já fez uma síntese da fábula dizendo que ‘’de certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens’’, e é uma frase boa demais pra eu deixar de parafrasear. A Revolução dos Bichos é um livro fluidíssimo que li em dois dias no trabalho porque você voa pelas páginas se compadecendo com as desgraças do cavalo, do pato e da galinha pensando que eles já foram, são e ainda serão pessoas como você em algum lugar, talvez aqui, quem sabe hoje.
‘’O resultado da pregação de doutrinas totalitaristas é o enfraquecimento do instinto graças ao qual as pessoas sabem o que representa ou não um perigo.’’
Anna Kariênina — Tolstói
Esse livro foi o primeiro russo que li e escolhi logo um calhamaço de mais de oitocentas páginas porque tenho tara por livro grande e queria mergulhar de cabeça; nada melhor pra começar conhecendo a literatura de lá do que um dramalhão de família cheio de amores proibidos e gente infeliz. :) O livro tem como pano de fundo a Rússia czarista e nos apresenta vários núcleos de personagens, tanto que é difícil definir um protagonista (sabe-se, inclusive, que Tolstói cogitou dar à obra o nome das duas cidades russas que mais ambientalizam o enredo, São Petersburgo e Moscou), mas Anna Kariênina é uma aristocrata casada que se envolve num relacionamento extraconjugal com Vronski, um oficial da cavalaria, e vive o drama de escolher viver suas vontades pessoais em oposição a manter a aceitação da alta sociedade, ambiente em que desfruta de status, riqueza e admiração, mas se sente vazia e infeliz. Em paralelo, também acompanhamos Liévin, um misantropo inconvertível que tem dinheiro, terras e posses mas nunca se encaixou nos rolês e vive solitário e isolado em eterna (são quase mil páginas rsrs) desilusão amorosa, apaixonado por Kitty, que por sua vez é a fim do Vronsky, aquele que tem um caso com a Anna do título. E é esse todo mundo vai sofrer aí mesmo, rs. Mais do que os (des)amores dos personagens, essa história se consagrou graças à ambiguidade de todos eles; não há heróis nem vilões, e sim pessoas complexas que não cabem em rótulos, como é na realidade — ou deveria ser. Esse livro é uma baita novela, me acompanhou na mala em duas viagens (nada prático, não recomendo, ele é um tijolo; mas também pensei que seria minha única chance no ano de lê-lo de uma vez) e passou as férias inteiras comigo, mas nem assim fiquei satisfeita com o tempo que passamos juntos, e digo pra quem pergunta (ou não) que ele é tudo que você espera de um drama de mais de oitocentas páginas. Anna Kariênina é um livro que terminei há menos de um ano e já quero reler.
‘’ — Entenda bem — disse ele — , isso não é amor. Eu já estive apaixonado, mas isso não é a mesma coisa. Não se trata de um sentimento meu, mas de uma força exterior que se apoderou de mim. Veja, eu fugi porque decidi que tal coisa não poderia acontecer, entende, como uma felicidade que não pode existir na Terra; mas lutei contra mim mesmo e vejo que sem isso não existe vida.’’
A Guerra Não Tem Rosto de Mulher — Svetlana Aleksiévitch
Ganhei esse livro e outros mimos de presente de uma amiga e quando abri o pacote gritei de alegria, porque desde que li e favoritei Vozes de Tchernóbil em 2017, da mesma autora, não tinha nenhum outro livro no mundo que eu queria mais do que esse e ela acertou muito na escolha. Svetlana é uma jornalista ucraniana e ganhadora do Nobel de Literatura em 2015, internacionalmente consagrada por seus livros-reportagem onde ela retrata momentos históricos já amplamente divulgados e discutidos mas às vezes de forma unilateral, coisa que ela procura reparar em suas obras expondo ângulos pouco ou nada explorados, e muito intimistas, através das vozes de protagonistas e sujeitos históricos que vivenciaram esses episódios. Reunindo relatos e delineando lembranças pessoais alheias, ela recompõe uma teia de histórias verídicas construída ao longo de anos de pesquisa e conversa incansável. Em A Guerra Não Tem Rosto de Mulher ela entrevista dezenas de mulheres soviéticas que integraram o exército vermelho lutando contra o nazismo na II Guerra Mundial, seja nas trincheiras, nas estradas, como enfermeiras, cozinheiras, atiradoras, telefonistas que cuidavam da comunicação das tropas ou onde quer que fossem aceitas (o que nem sempre era o caso), elas eram voluntárias. Naturalmente, também temos aqui um forte recorte de gênero evidenciando o apagamento da atuação das mulheres na guerra, e aqui o título do livro é perfeito; a guerra não tem rosto de mulher porque a imagem delas é a última coisa que nos vem à mente quando pensamos nesses eventos, ‘’mulheres não vão à guerra’’. Mas foram sim, e não foram poucas, elas existiram, e nesse livro Svetlana escreve ao mundo sua história não contada. Esse é um livro de memórias que dá voz a vivências silenciadas (como os homens veteranos cheios de traumas e feridas, essas mulheres sofreram muito no pós-guerra, mas com uma faceta de perversidade que eles não conheceram, a do sexismo; a mesma guerra que aos olhos dos outros transformou-lhes em heróis fez delas vadias) e joga luz sobre experiências ocultas. Além de sua importância como registro histórico, esse livro é precioso pela intimidade com que a narrativa é construída, atentando sempre no universo particular das pessoas afetadas por esse conflito de dimensão global e priorizando a sensibilidade e a delicadeza em complemento aos registros mais abrangentes dos acontecimentos. A Guerra Não tem Rosto de Mulher é um livro duro e comovente, uma verdade a ser lida e relida.
‘’Tudo o que sabemos da guerra conhecemos por uma ‘voz masculina’. Somos todos prisioneiros de representações e sensações ‘masculinas’ da guerra. Das palavras ‘masculinas’. Já as mulheres estão caladas. Ninguém, além de mim, fazia perguntas para minha avó. Para minha mãe. Até as que estiveram no front estão caladas. Se de repente começam a lembrar, contam não a guerra ‘feminina’, mas a ‘masculina’. Seguem o cânone. E só em casa, ou depois de derramar alguma lágrima junto às amigas do front, elas começam a falar da sua guerra, que eu desconhecia. Não só eu, todos nós.’’
Sapiens, Uma Breve História da Humanidade — Yuval Noah Harari
Difícil não cair em redundância com o título autoexplicativo descrevendo o livro, então começo falando do autor: Harari é um professor israelense de história que leciona na Universidade Hebraica de Jerusalém e ganhou notoriedade quando esse livro virou best-seller em 2014, alavancando-o ao status de celebridade acadêmica (provavelmente ele desprezaria esse termo, mas meu vocabulário é limitado). Sua especialização é história mundial e processos da macro-história, o que, segundo a Wikipédia (após ler em meu face energy aqui), é um método analítico ‘’que tem como objetivo a identificação de tendências gerais ou de longo prazo na história’’, e é isso que ele faz neste livro colocando em perspectiva toda a trajetória da humanidade, desde a origem do homo sapiens na idade da pedra até a contemporaneidade e domínio tecnológico no século XXI. Como protagonistas que somos aqui (vilanescos, muitas vezes), é interessante encarar nossa pequenez individual diante de um panorama que traça com muita nitidez todo o nosso percurso, viável desde que coletivo, e que tira o ‘’eu’’ de foco pra narrar as aventuras e desventuras da espécie. O livro é dividido em quatro partes, das quais três são sobre as revoluções cognitiva, agrícola e científica pelas quais passamos e suas consequências, que definiram o que nos tornamos. À parte (na parte 3 do sumário, sendo específica), Yuval fala da unificação da humanidade e ressalta nossa característica que para ele é a mais fundamental e responsável por nossa prevalência sobre outras espécies: nossa capacidade imaginativa, responsável por nos unir em torno de conceitos abstratos (religião, leis, mitos, dinheiro, Estados…) sem valor concreto em si, mas que regem a sociedade graças a importância que lhes atribuímos e que seriam incompreensíveis pra, sei lá, uma lhama. Obviamente um livro sobre a humanidade é regado por análises sobre os mais variados assuntos em que possamos pensar (foi o livro que mais me fez refletir sobre vegetarianismo, por exemplo), então vale a leitura até como acesso a um acervo de informações muito curiosas e interessantes. Lamento não ter memória suficiente pra gravar pra sempre tudo o que esse livro ensina, porque ele é muito rico, mas talvez isso seja apenas mais um convite a infinitas releituras no meu exemplar já todo grifado. ;)
‘’Avançamos de canoas e galés a navios a vapor e naves espaciais — mas ninguém sabe para onde estamos indo. Somos mais poderosos do que nunca, mas temos pouca ideia do que fazer com todo esse poder. O que é ainda pior, os humanos parecem mais irresponsáveis do que nunca. Deuses por mérito próprio, contando apenas com as leis da física para nos fazer companhia, não prestamos contas a ninguém. Em consequência, estamos destruindo os outros animais e o ecossistema à nossa volta, visando a não muito mais do que nosso próprio conforto e divertimento, mas jamais encontrando satisfação. Existe algo mais perigoso do que deuses insatisfeitos e irresponsáveis que não sabem o que querem?’’
A Casa dos Espíritos — Isabel Allende
Li dois livros da Allende e em ambos ela é impecável. Desde o primeiro (Eva Luna, fiquei apaixonada) já me parecia impossível que essa mulher fosse capaz de escrever algo ruim, então quando comecei este aqui, sua obra-prima, estreia na literatura e livro pelo qual é mais consagrada, eu já esperava que ele virasse um favorito da vida; não foi surpresa, mas foi maravilhoso acompanhar essa história. Isabel é prima de Salvador Allende, presidente do Chile morto durante o golpe que implantou a cruel ditadura militar no país, levada com mão de ferro e regada a sangue de 1973 a 1990, e por ser filha dessa terra e ter um laço consanguíneo tão forte com os traumas desse período, a ditadura chilena é um dos principais panos de fundo de suas histórias inventadas. Em A Casa dos Espíritos temos um romance de família que perpassa gerações na casa dos Del Valle, destacando as mulheres indomáveis da família em contraponto ao patriarca intransigente. Seus dramas pessoais que às vezes ultrapassam os limites do lar, o casarão da esquina onde coisas fantásticas acontecem (espíritos se manifestam, objetos se movem, uma mulher tem cabelo verde e a clarividência de Clara impera), e se desdobram pelas ruas da cidade em conflitos, aventuras e subversão refletem o clima geral da sociedade, as intempéries, sofrimentos e desordem que precederam a fatídica insurreição política que condenou o país e os personagens fictícios, mas muito reais, dessa história à tragédia, à busca por redenção ou à superação. Allende faz uso do realismo mágico como espelho para a história nacional (sem citar o nome do Chile em nenhum momento, note-se) num livro em que ficção e realidade se enlaçam, tecendo uma trama onde elementos fantásticos dialogam com a realidade bruta, desse jeito latino-americano familiar a muitos leitores que já conheceram outros nomes e títulos incríveis semelhantes. Os personagens aqui são extremamente cativantes (Jaime, o médico dos necessitados, é meu favorito de todos esses livros), as mulheres Del Valle são excepcionais e todos eles tomam contornos de velhos conhecidos para o leitor. Tudo que acontece com os membros da família é sentido em nossa pele e lendo você pensa no quanto disso foi escrito pela autora na necessidade desesperada de expurgar os demônios do passado de sua própria família. Allende é uma romancista fantástica e A Casa dos Espíritos é um livro maravilhoso que honra a história chilena. Quero ler tudo que essa mulher escrever.
‘’As pessoas caminhavam em silêncio. Subitamente, alguém gritou, rouco, o nome do Poeta, e uma só voz, saída de todas as gargantas, respondeu: ‘Presente! Agora e sempre!’. Foi como se tivessem aberto uma válvula, e toda a dor, o medo e a raiva daqueles dias saíssem dos peitos e rodassem pela rua, e subissem num terrível clamor até as nuvens negras do céu. Outro gritou: ‘Companheiro presidente!’. E responderam todos num só lamento, pranto de homem: ‘Presente!’. Pouco a pouco, o funeral do Poeta transformou-se no ato simbólico de enterrar a liberdade.’’
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Sebo Beco dos Livros - Porto Alegre (24/08/2019)
Ufa, é isso. Li outros livros maravilhosos que eu também gostaria de [obrigar meus amigos a ler sob ameaça de agressão física só pra eu ter alguém com quem conversar sobre] recomendar a todos, mas priorizei só os que viraram Favoritos Absolutos da Vida Amém pro texto não ficar insuportavelmente grande (mais do que já está, eu sei, eu sei…). Eu francamente acho que desprezar ficção é coisa de otário, amo muito e sempre li quase tudo quanto é gênero, mas gostei de ver como quatro desses sete livros são literatura de não ficção porque tenho dado muita atenção a essas narrativas nos últimos anos, é a primeira vez que são maioria entre os favoritos. Espero que essa retrospectiva literária possa servir de incentivo pra que alguém leia qualquer um desses títulos, se tiver a chance. Eles valem a pena. Desejo um ótimo 2021 em leituras a todos que curtem livros, porque se a moda continuar e todo o resto der ruim com força pelo menos a gente leu coisa boa. ;)
[Texto publicado originalmente no Medium em fevereiro de 2021.]
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llewtalehcar · 1 year
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Coisas que eu quero fazer quando esse semestre infinito finalmente acabar e eu puder voltar a sorrir, uma lista em construção:
1. Lavar o chão de todos os cômodos da casa e esfregar como se o mundo fosse acabar
2. Terminar de aprender a tocar Nocturne
3. Super arrumação do guarda-roupa
4. Ir no oftalmo e trocar meu óculos depois de 1628263737 anos
5. Arrumar os armários da cozinha e tacar água sanitária em tudo o que puder
6. Arrumar aquele quintal apocalíptico
7. Consertar a bicicleta do meu irmão
8. Fazer um plano de estudo bíblico
9. Gastar mais tempo no devocional
10. Assistir todos os meus 162817282 filmes de conforto
11. Continuar a escrever a história de aniversário de Bárbara
12. Crochê
13. Assistir os filmes da lista
14. Assistir as séries da lista
15. Reassistir New girl (ou agents of shield, não decidi)
16. Tirar o atraso da leitura bíblica anual
17. Terminar de ler os livros do CS Lewis
18. Estudar TCC
19. Hidratar o cabelo e cuidar da coitada da minha pele
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Recuperação Voo
Voo era a última prova que tinha para fazer e, como não tinha minha própria vassoura, preferi focar na parte teórica da matéria. Tinha ouvido o professor e outros alunos comentarem que haviam outros esportes que podiam ser praticados com vassouras além do famoso quadribol, então aproveitei para ir até a biblioteca e pesquisar sobre eles, para caso houvesse alguma pergunta sobre eles na prova, e também para descobrir se havia algum jogo menos confuso e perigoso que quadribol. A bibliotecária me informou que um bom começo para pesquisa era o livro Quadribol Através dos Séculos, que tratava principalmente de quadribol, mas chegava a falar de outros esportes. Então, com o livro em mãos, escolhi uma mesa mais afastada e comecei minha leitura. Depois de várias páginas falando de famosas partidas e jogadores do passado, manobras específicas do quadribol e até mesmo marcas de vassouras, encontrei o capítulo que falava sobre diferentes esportes praticados sobre vassouras. Para minha surpresa, descobri que outros esportes sobre vassoura podiam ser igualmente confusos e infinitamente mais violentos que quadribol. Se eu achava péssima a ideia de bolas assassinas que só tinham a intenção de derrubar jogadores lá de cima, os balaços, fiquei horrorizada ao ler sobre o jogo de Rachacrânio, criado na escócia. Nesse esporte, os jogadores usavam caldeirões afivelados à cabeça, com a boca para cima, e então pelo menos uma centena de pedras e pedregulhos eram lançadas do céu para baixo, enquanto os jogadores tentavam capturá-las dentro do caldeirão. Pensativamente, tentei desenhar um jogador de Rachacrânio no meu caderno de desenhos. Era bem óbvio pra mim porque o jogo tinha esse nome, mas era um mistério porque alguém achou que seria uma boa ideia voar de vassoura enquanto choviam pedras do céu. Folheando mais algumas páginas, encontrei um esporte que parecia um pouco mais seguro, pelo menos à primeira vista. E bem mais simples nas regras. A Corrida Anual de Vassouras, na Suécia, soava à primeira vista como uma corrida de carros trouxas, ou talvez um rally. Lendo mais atentamente, vi que a corrida deveria atravessar uma reserva de dragões e isso sim chamou minha atenção. Há dias não parava de pensar em como seria um dragão visto de perto, desde que tinha encontrado o esqueleto de um na sala das criaturas. Será que esses dragões cospiam fogo? Será que eles voavam também? Li e reli as páginas, procurando mais informações sobre os dragões, mas o autor parecia achar que qualquer leitor saberia o suficiente sobre dragões para entender. De qualquer forma, esse era o esporte que me soava mais interessante no momento. Principalmente pela adição de dragões. Empolgada com a ideia, fiz uma ilustração ocupando quase toda a página do meu caderno de um corredor de vassoura, fugindo de um dragão. Como não sabia direito como um dragão se parecia, meu desenho parecia mais um jacaré com asas. A lista de esportes era longa, cada um mais estranho que o outro. Havia também o Malhaporco, que parecia ser uma versão voadora de uma partida de tênis e lembrei de ter visto um grupo de alunos jogando o que parecia ser uma partida de Derrubada perto do lago. Anotei o nome dos esportes em meu caderno e perdi um tempo distraidamente diferentes bruxos e bruxas voando em vassouras e também as bolas de quadribol. Depois de um tempo me dei por satisfeita, tanto com meus desenhos quanto com minha pesquisa. Devolvi os livros que tinha usado para a bibliotecária e fui embora para os dormitórios.
em 2020-06-07
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rodadecuia · 2 years
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itsendlesscorner · 5 years
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Minha lista de leitura para 2020
A minha lista de leitura para 2020 :)
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Hoje decidi compartilhar convosco os livros que tenho na minha lista de leitura para o ano de 2020. Algo que cresceu comigo foi o meu hábito de leitura e de há anos para cá faço de tudo para tornar um hábito a leitura através da criação consecutiva de um objetivo anual de livros que gostaria de ler. Isto acima de tudo porque é a minha forma de relaxar e com a criação desta lista acabo por…
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clau-carvalho · 5 years
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Minha lista de leitura para a Maratona Literária de Inverno 2019: Segredos do Universo
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O evento Maratona Literária de Inverno e os Segredos do Universo é um oferecimento do canal Geek Freak no YouTube em parceria com o Sem Spoiler (Twitter: @semspoiler_ Instagram: @sempoiler_tv)
Neste momento começa a anual Maratona Literária de Inverno. Ou seja, nos dedicaremos mais à leitura durante 15 dias. Com o tema deste ano, cada um pode personalizar um sistema solar de acordo com o que vai ler (tudo isso e mais no vídeo no fim do post).
O mapa acima representa a minha lista de leitura nessa maratona. É bem complexo explicar, então só vou colocar as capas e links para compras aqui:
MADAME BOVARY (Gustave Flaubert)
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13 SEGUNDOS (Bel Rodrigues)
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POR UM TOQUE DE OURO - TRINDADE LEPRACHAUM #1 (Carolina Munhóz)
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FALA SÉRIO, FILHA: A Vingança dos Pais (Thalita Rebouças)
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Saiba mais sobre a MLI:
youtube
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petrosolgas · 2 years
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Fábrica da Scania inaugurada no Brasil em 1957, está oferecendo centenas de vagas de emprego para início imediato em SP
A Scania, empresa de veículos que chegou ao Brasil em 1957, recebendo sua primeira unidade fora da Suécia, está com novas vagas de emprego para profissionais de São Bernardo do Campo (SP). Há oportunidades para analistas técnicos, consultores e diversas outras vagas em vários setores de atuação. Os interessados devem apenas estar dentro dos requisitos exigidos pela empresa.
Lista de vagas de emprego na Scania 
Os profissionais de SP que estão à procura de uma oportunidade podem se candidatar para uma das seguintes vagas de emprego:
ANALISTA DE REMUNERAÇÃO
Necessário graduação completa, inglês intermediário, conhecimento nos temas de remuneração, domínio de Excel e PowerPoint, diferencial:  possuir experiência em SAP módulo SucessFactors, entre outros.
Consultor Interno RH Sênior/HRBP
Necessário graduação completa, domínio do Pacote Office, Inglês avançado, vivência anterior em Recursos Humanos, vivência anterior para atuar nos assuntos de pessoas e cultura nos setores de negócio, gestão de mudanças e clima organizacional, entre outros.
TÉCNICO DE MANUTENÇÃO ELETROMECÂNICA
Necessário formação técnica completa ou superior em mecânica, eletromecânica, mecatrônica, elétrica, conhecimentos em inglês para leitura de instrumental técnico, conhecimento básico do Pacote Office 365, entre outros.
Técnico de Segurança do Trabalho
Necessário graduação completa, de preferência no setor ambiental, curso técnico em segurança do trabalho, com respectivo registro do MTb, inglês intermediário, habilidade em comunicação, conhecimento do Pacote Office, entre outros.
Técnico Manutenção Mecânica
Necessário formação técnica ou superior em Mecânica, Eletrônica, Mecatrônica ou áreas afins, conhecimentos em inglês para leitura de instrumental técnico, conhecimento básico no Pacote Office 365, entre outros.
Técnico Manutenção Mecatrônica
Necessário formação técnica ou superior em mecatrônica, automação industrial, eletrônica ou áreas afins, necessário conhecimento em manutenção elétrica ou eletrônica industrial, pneumática, IHM, CLP e hidráulica, redes industriais, Inversores, Manutenção e operação de robôs, entre outros.
Inscrições no processo seletivo para as vagas de emprego da Scania
Os profissionais de SP que estão desempregados e à procura de uma oportunidade devem acessar a página da Scania na plataforma Gupy.
Na página é possível conferir todas as vagas de emprego abertas pela empresa, assim como requisitos e qualificações, responsabilidades e atribuições, processo seletivo, entre outros.
Para a candidatura, os interessados devem enviar um currículo totalmente atualizado ou preencher dados pessoais, de qualificação e experiência profissional.
Além de um salário compatível com o mercado de trabalho, a empresa ainda disponibiliza benefícios como assistência médica, seguro de vida, assistência odontológica, subsídio na compra de medicamentos de titulares e dependentes, desconto na compra de veículos, PLR Anual, Vale-alimentação e restaurante no local, entre outros.
CLIQUE AQUI PARA SE CANDIDATAR
Conheça a Scania
A Scania é uma empresa referência mundial em soluções de transporte sustentável e um dos principais produtores de caminhões pesados, ônibus e de motores industriais, marítimos e geração de energia.
Presente em mais de 100 países, a empresa conduz a transição para um sistema de transporte e logística sustentável. Apenas no ano de 2020, a receita líquida da Scania atingiu 125,1 bilhões de coroas suecas e o lucro líquido do exercício, após a dedução de impostos, foi de 5,4 bilhões de coroas suecas.
A empresa conta com 50 mil profissionais no mundo inteiro e está conduzindo a mudança para um sistema de transporte sustentável, desenvolvendo um mundo de mobilidade melhor para os negócios, a sociedade e o meio ambiente.
O post Fábrica da Scania inaugurada no Brasil em 1957, está oferecendo centenas de vagas de emprego para início imediato em SP apareceu primeiro em Petrosolgas.
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lumitie · 2 years
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📚 Todas as minhas leituras de 2022 📚
📚 Todas as minhas leituras de 2022 📚
Esse ano eu tinha como objetivo retomar o pique que perdi no ano passado, já que de 2020 pra 2021 a quantidade de livros que eu li decaiu um bocado. Mas, afinal, o que importa mesmo é a qualidade delas, né? E já posso adiantar que esse ano tive leituras muito marcantes e que me deixaram com o coração quentinho. Não vejo a hora de descobrir o que 2023 me trará! 💖Feliz Ano Novo pra todos vocês,…
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Abril chegou? Verdade! Hoje, é celebrado o Dia da mentira.  Verdade! Hoje, dia 1º de abril, também conhecido como o Dia dos Bobos, Dia das Petas, Dia dos Tolos, Dia da Gafe é uma data onde as pessoas pregam peças em amigos e conhecidos e contam leves mentirinhas por pura diversão. Trata-se de uma celebração anual em alguns países europeus e ocidentais. No Brasil, além da pesquisa no Google sobre a origem desse dia, frases e pegadinhas, é o dia em que você tem dúvidas sobre todas as afirmações que chegam, sobre o que é postado nas redes sociais e sobre seu nome, telefone, estado civil e o que acabou de ouvir do vizinho que encontrou no elevador do prédio em que mora. Isso se for verdade que você mora nesse prédio mesmo! Redes sociais são o meio por onde buscamos, espalhamos e criticamos a informação, mesmo que venha originalmente de uma mídia tradicional.
Surpreendente e totalmente verdadeiro, foi verificado que durante a pandemia, uma lista com mais de 200 afirmações falsas foram contadas. Tratamento precoce, negacionismo, já passou e não é tão grave, contra vacinas, desprezo pelas vidas perdidas e por aí vai. A grande maioria delas foi divulgada e dita por alguma figura política. Figuras que deveriam servir de exemplo de conduta na maior emergência de saúde pública enfrentada e sentida no mundo. A boa notícia é que todas podem ser desmentidas com uma reportagem, uma checagem de fontes e dados, pelo uso de bom senso ou com um artigo científico. As agências de checagem de notícias nos ajudam a evitar que esse efeito devastador contribua para ter mais gente se infectando, replicando, comentando e compartilhando essas mentiras por aí. 
Simples mortal que sou, resolvi entrar na brincadeira e contar aqui umas "verdades". Aquelas "verdades" que falo alto para ver se eu mesma acredito. Proibido replicar isso nas redes sociais, não quero dar trabalho às agências de checagem. 
"Quando terminar o livro que estou lendo, começo outro" 
Desconheço o autor da frase. Basta entrar em uma livraria, receber um e-mail despretensioso com lançamentos que é match na certa. Coceira na mão. Cartão tem limite? A culpa é de quem? Do pensamento: preciso ler isso agora! 
"Preciso dormir cedo, logo, nada de ficar lendo até tarde hoje!"
Ha Ha Ha olha o olho de panda. Consequências virão. Lidar com o sono e os bocejos no dia seguinte é coisa pouca perto das descobertas do capítulo devorado na madrugada. 
"Só mais um capítulo"
E mais um, e mais um, e mais um cadinho, ops, acabou o livro? Nem pinóquio acredita nessa ladainha de só mais um.
"Só vou comprar livros novos quando terminar de ler todos os que comprei."
Então, algum decreto, proibindo o lançamento de livros novos até eu terminar todos os outros, foi publicado enquanto eu terminava de colocar as aspas na frase anterior? Livro é vício, tipo Elma Chips, você não consegue comprar um só e esperar que acabe para comprar outro. Leva de monte para casa. 
"Não vou dar spoiler, só um resuminho."
Eu? Detalhista que sou, conto mais do que devia e me seguro para não comentar o pulo do gato, o grande lance, o auge da obra. Contar sobre um livro é como escrever a história do meu ponto de vista. O que não necessariamente será igual ao seu. Tentando pegar leve comigo e justificar porque cometi o assassinato da sua curiosidade. 
"Esse ano termino o livro "Uma Terra Prometida - Barack Obama"
A vontade é grande. Administrando essa vontade via empurrando todo mês. Já li quase 500 páginas. Toda vez que pego esse livro, recomeço, ou seja, se não estivesse nesse ciclo vicioso já estaria terminando o livro.
"Vou ler grandes clássicos"
Então, chega de contar mentiras para mim mesma!
Por fim, um conselho verdadeiro: Leia. Leia muito. Leia tudo o que possa despertar seu interesse. Ler ajuda muito a escrever bem. Escreva sempre, mas leia muito mais do que escreva.
Falta de leitura favorece a disseminação de fake news. E, a partir de amanhã, jura dizer a verdade, somente a verdade, e nada mais que a verdade?
O Ministério da verdade adverte: este texto era para ser divulgado em 1º de abril, por pura preguiça não foi. Verdade ou mentira? 
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com-megan · 3 years
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Comecei a ler, fiz carteirinha anual na biblioteca pública da minha cidade e escrevi uma lista de 200+ livros para ler antes de morrer.Estou tornando a prática da leitura um hábito diário(algo que eu fazia mensalmente e olhe lá).
E, a partir de agora, o "Megan" no final de cada post escrito mudará, se tornará "Pink".
–Pink
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4maos · 3 years
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NOMES PARA LOJA DE ROUPAS: VEJA 89 OPÇÕES
Se você está pensando em abrir uma empresa como esta, com toda certeza precisa fazer uma boa escolha de nome. Mas falando especificamente sobre nomes para loja de roupas, você precisa entender que uma decisão pode arruinar completamente sua estratégia de mercado. Mas o que deve ter em uma boa escolha?
Além de ter uma fácil pronúncia, você precisa entender que o nome de sua empresa precisa ser pensando para seu cliente. Ainda é alto o número de empreendedores que abrem um negócio pensando apenas em si mesmos, quando na verdade isso deveria ser ao contrário. Você deve sempre entender a mente de quem deseja ter como cliente.
Com isso em mente, reunimos algumas dicas para que chegue ao final deste artigo com uma boa escolha entre a lista de nomes para lojas de roupas femininas. Boa leitura!
Ideias de nomes para lojas de roupas masculinas e femininas
4 Mãos Modas
5G Modas
A-Blue Modas
Azul Modas
Azul Roupas
Baby Blue Roupas
Bad Jeans
Beleza além do Cabelo
Belezas Modas
Betinna Modas
Bianca Modas
Black Hat Modas
Blue Modas
Blue Pink Modas
Boutique 4 Passos
B-Pink Modas
Brás Modas
Brechó Novidades
Cacto Modas
Canelas Modas
Carla Modas
Carlinha Modas
Carlos Modas
Carnal Modas
Carol Modas
Casa Azul Modas
Chique Botique
Chiqueiro Modas
Cintilante Modas
Ciranda Modas
Clairo Modas
Claudete Modas
Cláudia Modas
Color Modas
Confete Modas
Converse Modas
Cores Modas
Cravo e Rosa Modas
Dandara Modas
Diário Modas
Duarte Modas
Equilíbrio Modas
Erva Doce
Esquina da Moda
Fernanda Modas
Festa
Girassol Modas
Grécia Modas
Green Modas
Íntima Modas
Jeans Monteiro
João e Maria
Kids Modas
Libra Modas
Magia Roupas Femininas
Melhor Idade Modas
Menino Chique Modas
Moda para meninos
Modas para Meninas
Montanha Modas
Natália Modas
Para Menino e Menina Modas
Parada da Moda
Paraíso Modas
Pega Pega Modas
Pétalas Modas
Pink Blue Modas
Pink Roupas
Plus Size para todos
Quindim Modas
Rio de Janeiro Modas
Rosa Modas
Rosa Roupas
Roupas Floresta
Roupas para Meninas
São Paulo Roupas
Sport Fit
Tabu Modas
Teen Modas
Teenager Modas
Torrez Modas
Trilhos Estilosos Modas
Tudo Chique Roupas
Tantrum Modas
Roupagem para Meninas
Tulipa Modas
Verde Modas
Vestidos para Meninas
Yellow Modas
Com estas opções, a melhor coisa a se fazer é começar o processo de como abrir sua empresa. Isso porque com toda certeza você já tem o necessário para começar a vender. Mas antes de tudo vamos falar sobre o processo de abertura de uma empresa como esta.
Planejamento é essencial para que você consiga uma boa opção entre as opções de nomes para loja de roupas
Não podemos falar em boas ideias de nomes para lojas de roupas masculinas e femininas sem antes se planejar. Apesar de sua empresa ainda não estar aberta, você começa a trabalhar já nessa etapa. Isso porque todas as informações sobre seu empreendimento serão decidas aqui. Não estamos falando sobre escolha de um bom local (não por agora), mas sim de conseguir ter um propósito para seu empreendimento.
Entenda que para abrir uma empresa, você precisa sempre resolver um problema de um determinado público-alvo. Mas antes disso, é claro que precisa ter um público-foco definido. E como fazer isso? Primeiramente, você precisa entender quem deseja ter como cliente. Em seguida, é hora de saber sobre o que essas pessoas gostam. Uma pesquisa de mercado se faz mais do que necessária.
Quando entender o problema e gostos das pessoas, é hora de oferecer os produtos de sua loja. Mas entenda que: ter boas roupas é importante, porém agregar valor para seus clientes é ideal. Muitas pessoas escolhem por vender roupas, mas como você vai se diferenciar de todas as demais lojas.
O que fazer depois de definir meu público-alvo? Posso escolher os nomes para loja de roupas?
Agora que você já sabe sobre o que seu tipo de cliente ideal gosta, é hora de trabalhar para que tudo seja colocado em prática. O mais indicado é que não comece a trabalhar com todas as forças nos primeiros meses. Mas antes disso é ideal ter um catálogo de produtos para que o escalonamento venha logo depois. É hora de reunir os esforços necessários para abrir sua empresa.
Lembrando que aqui você já escolheu seu público-alvo e claro, como resolver os problemas pelo qual ele passa no dia a dia. Ainda assim, é importante entender o necessário para tirar sua ideia do papel. Some tudo: possível verba para aluguel de espaço, salário de funcionários, e claro, compra de peças para que possa lucrar.
Não deixe nada de lado. É ideal saber do valor necessário para que de fato você saiba quanto deve ter em sua conta bancária antes mesmo de escolher uma das opções de nomes para lojas de roupas femininas.
Entenda seus concorrentes diretos e indiretos antes de escolher um dos nomes para lojas de roupas
Quando falamos sobre o assunto de nome para loja de roupas, é essencial entender tudo sobre seus concorrentes. Imagine se, por uma incrível coincidência, você acabar escolhendo nomear seu empreendimento com o mesmo de um concorrente? Então faça uma lista de todas as empresas perto do local onde você está pensando em trabalhar e deixe tudo arquivado.
Já ouviu falar em concorrentes indiretos? Estas são as empresas que não necessariamente disputam clientes com você, mas podem fazer com que o movimento caia. É essencial saber o nome para loja de roupas destes locais para que fique blindado (a).
Com estes dados, é hora de entender como seus concorrentes diretos e indiretos trabalham e passar a procurar possíveis falhas nos processos que possuem. Um exemplo: uma loja de roupas que não possui acessibilidade (rampas) para pessoas com deficiência. Lembre-se que a moda sempre procura ser inclusiva e você jamais deve limitar a entrada de pessoas em sua loja de roupas. Também vale a pena ter isso em mente na hora de escolher uma opção de nomes para lojas de roupas.
Tenha um bom plano de marketing na hora de escolher entre as ideias nomes para loja de roupas masculinas e femininas
Que a divulgação é alma do negócio, isso todo mundo sabe. Mas entender como fazer isso de forma assertiva é ainda mais importante. Então com base nos dados de seus concorrentes, comece a traçar ações de marketing de vendas para conseguir chamar atenção do público-alvo que deseja. Muito se fala em ações na internet e estas pessoas não estão erradas. Mas boas fotos são essenciais para que as pessoas prestem atenção em sua empresa. Então vale a pena investir em um bom perfil nas redes sociais. Lembre-se: a primeira impressão é aquela que fica.
Além disso, aproveite datas sazonais para vender mais. Se você chegou neste texto procurando por nomes para lojas para lojas de roupas femininas, com toda certeza deve investir no dia das mães e fazer promoções. Já no nicho geral, para as pessoas que estão aqui por conta de ideias de nomes para loja de roupas masculinas e femininas, Black Friday, Natal e Ano Novo não são só podem, como devem ser aproveitadas para que você tenha mais vendas.
Se inspire em marcas famosas
Quando falamos sobre nomes para lojas de roupas, é importante que você se inspire em marcas que estão fazendo sucesso. Não estamos falando para usar o mesmo nome nas ideias de nomes para lojas de roupas femininas e masculinas, mas entenda o conceito de uma marca que está no mercado e tente aplicar em seu empreendimento.
Mas de nada vai adiantar se você escolher uma boa opção na lista de nomes para lojas de roupas se ficar realizando o famoso “mais do mesmo”. Lembre-se: sua loja precisa fazer algo novo para que as pessoas tenham interesse. Com isso em mente, aposte em promoções, cupons de desconto e até mesmo programas de fidelidade.
Antes de trabalhar com todas as forças, tenha um MVP
Agora que você já escolheu uma boa opção entre a lista de nomes para lojas de roupas, é importante fazer um teste para saber se a ideia é realmente válida. Então, é hora de construir seu MVP. Esta é a sigla para Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável. Este é um teste realizado por empresas de diversos segmentos para saber se de fato, vale a pena investir em uma ideia de novo produto. Ou no seu caso, ideia de loja de roupas.
Aqui, vale a pena comprar uma quantidade mínima de produtos e começar a vender. É claro, quanto mais rápido vender e sua marca ficar conhecida, mais assertiva é sua ideia de negócio. Aproveite este momento para saber se fez uma boa escolha entre os nomes para lojas de roupas. Sua marca precisa: ter uma fácil pronunciação, estar de acordo com o que vende e claro, ser fácil de lembrar. Não invista em uma nova solução. Vale mais a pena seguir o que já está dando certo para ficar longe de problemas.
Se sua ideia de empreendimento for bem aceita pelo público-alvo que deseja ter como cliente, então basta escalonar o empreendimento para ter mais vendas!
Tenha um cronograma com metas e prazos
Com uma boa opção dentro da lista de nomes para lojas de roupas, agora é importante que você tenha um cronograma de ações para enfim ter um lugar para chegar. Prazos são importantes e é importante seguir isso para que nada de errado aconteça. Tenha em mente que: se você não tiver um objetivo, então dificilmente vai ter um empreendimento de sucesso.
É ideal colocar tudo em uma planilha e ir acompanhando dia após dia para saber se você está mais longe ou perto de atingir a meta. Mas o que pode ser uma meta? Bem, isso varia muito de acordo com o tipo de empreendimento que você tem. Porém, basicamente, você pode ter um número alto de vendas e um bom faturamento. A lista de ações para atingir isso também conta muito, não deixe de lado.
O aumento do porte jurídico de sua empresa pode ser um bom objetivo, já que ao se tornar ME (Microempresa), tem a chance de contratar mais pessoas para trabalhar em sua empresa. Você também pode ter um faturamento anual maior. Muitos podem ser os objetivos, mas quem definirá isso de fato é o dono (a) da empresa.
Não descuide assuntos legais na hora de escolher uma opção na lista de nomes para loja de roupas
Muitas pessoas imaginam que os assuntos legais que envolvem emissão de CNPJ e relacionados. Mas entenda que você em hipótese alguma pode descuidar disso! Além de ter todas as contas registradas, você ainda precisa de um Alvará de Funcionamento para que possa de fato começar a trabalhar e receber pessoas em sua loja de roupas.
Também é essencial se importar com assuntos que envolvem impostos, uma vez que você precisa pagar tudo o que for necessário para trabalhar sem problemas. Por fim, mas não menos importante, lembramos que estar com o CNAE correto é essencial. Isso porque caso opte pela opção errada, pode pagar mais impostos do que deveria. Com isso em mente, entenda que jamais você deve deixar assuntos legais de lado. Isso é tão importante quanto os nomes para lojas de roupas masculinas e femininas.
Entendeu como escolher uma opção entre os nomes para loja de roupas? Hora de encontrar um escritório de contabilidade para sua empresa!
Agora que você já sabe como dar um bom nome para sua futura empresa, é hora de entrar em contato com um escritório de contabilidade que entende do assunto. Apenas com isso você ganhará uma maior qualidade de vida para gerenciar seu negócio e claro, uma maior produtividade.
Também vale a pena lembrar que os contadores possuem total aptidão para abrir sua empresa sem muitos problemas e ainda fazer com que pague menos impostos sem deixar a legalidade de lado. Não sabe como encontrar este profissional para sua empresa? É hora de entrar em contato com a Plataforma 4 Mãos e nos contar mais sobre sua demanda. Logo depois, iremos realizar o cadastro disso em nossa plataforma para contadores e até 4 especialistas diferentes entrarão em contato. Quando estiver com tudo em mãos, é hora de fechar negócio com o escritório de contabilidade que mais lhe agradar.
Lembrando que a Plataforma 4 Mãos não cobra nada para que você possa receber os orçamentos. Assim como não participa do acordo financeiro entre contador e empreendedor. Mas no caso de qualquer problema, iremos trabalhar para que sua demanda seja concluída. Não perca tempo e contate-nos agora mesmo! Nosso time de atendimento para lhe ajudar a abrir sua empresa.
E conte nos comentários: como será sua loja de roupas?
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recantodaeducacao · 4 years
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Universidade é centro de saber, não central ideológica, e está morta se não serve para transmitir conhecimento
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Um artigo narrando episódios da vida cotidiana como ela realmente é numa das grandes universidades de São Paulo, e que acaba de ser publicado na revista Piauí, revela o lado escuro e muito pouco falado das salas de aula mais elevadas deste país. É, no conjunto, um comentário chocante sobre as realidades do ensino superior público de hoje no Brasil. O autor do relato se apresenta sob um pseudônimo. Ele é um professor universitário e, pelos fatos que expõe, é muito compreensível que tenha mesmo de manter o seu nome em sigilo; do contrário seria impossível, na prática, continuar exercendo a sua profissão. O depoimento narra a história de um colega da área de ciências humanas — onde mais poderia ser? — que, ao chegar para a aula que iria dar certo dia num curso de pós-graduação, foi informado pelos alunos que a carga de leitura que estavam recebendo era excessiva — dois ou três trabalhos por semana, no máximo de vinte páginas cada um. O que eles queriam, então? Resposta: os alunos exigiram que eles próprios formassem pequenos “grupos auto-organizados”, que teriam o direito de escolher os textos que quisessem ler; assim, poderiam acabar o semestre mais cedo. O professor disse que iria estudar o caso, em busca de “uma solução satisfatória para todos”. Nada feito, conta o artigo da Piauí. “Você sempre quis negociar”, respondeu um dos alunos. “O que nós queremos é romper hierarquias e questionar o seu poder”. Segundo lhe informaram, estavam “lutando pela democratização da universidade e contra as estruturas de poder”. A história acabou dando em nada, mas o trágico é que casos assim, ou ainda piores, se repetem o tempo todo dentro da universidade pública brasileira. Ou, em outras e melhores palavras: a maior parte da universidade pública brasileira, hoje em dia, é isso aí.
Sob a camuflagem de uma linguagem agressivamente esquerdista, que reza por um ensino superior “justo”, “progressista”, “igualitário” etc. etc., muitos estudantes estão exigindo que a universidade funcione como “um supermercado ou um restaurante”, escreve o professor, “onde quem decide o que consome (que textos ler), quanto consome (quantos textos ler), por quanto tempo consome (quantas aulas ter) e como consome (como as aulas devem ser) são os consumidores” — ou seja, os alunos. E os professores? Esses são como um gerente de hotel ou um alfaiate, observa o autor do relato, e sua função é “servir ao cliente”. É a privatização levada às suas fronteiras mais audaciosas; eis aí a universidade pública transformada em propriedade privada dos estudantes e dos professores que se colocam a seu serviço, ou na sua liderança. O artigo da Piauí vai adiante, narrando aberrações que se tornam mais e mais curiosas. Em tal universidade, por exemplo, um aluno exigiu que o programa de pós-graduação desse “garantias” de que todos os estudantes inscritos iriam concluir o seu doutorado com sucesso; em outra, uma professora foi notificada por um aluno, via e-mail, que ele não queria escrever o trabalho final previsto para a conclusão do curso, mas fazia questão de ser aprovado. Nos dois casos, os estudantes se mostraram convencidos de que receber o título é um direito adquirido. A universidade, no seu entender, tem a obrigação de dar diplomas a todos os que passaram no vestibular e fizeram matrícula; se tratar os alunos conforme os resultados do seu mérito e de seus esforços individuais, estará praticando o crime de “discriminação”.
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A vacina não é de Doria nem de Bolsonaro: é do brasileiro pagador de impostos
Mais adiante, um pós-graduado, e ainda por cima bolsista, recusou-se a participar de uma reunião online de seu grupo de trabalho avisando em cima da hora que estava cansado. Numa universidade do Nordeste, um aluno de comunicação recusou-se a ler um texto pedido pela professora porque tinha ouvido “falar mal” do autor em “um documentário”. A professora lhe disse que ele não podia criticar um texto que não tinha lido; foi acusada de “autoritarismo”. Um outro estudante, este de ciência política, informou que o método das aulas deveria ser modificado, pois tinha dificuldade de prestar atenção no que diziam os colegas e ficava perdido. Só falta, nessa balada, que as notas sejam dadas pelos próprios alunos — mas ainda vai se chegar lá. Do começo ao fim, a mensagem é muito clara: a universidade pública brasileira, na perspectiva de quem está recebendo aulas, deve funcionar como local de atendimento a um consumidor privado que busca, como diz o autor do artigo, “minimizar custos e maximizar benefícios”.
Não melhora a questão em nada, é claro, o fato de que a essa desordem se junte um clima de repressão cada vez mais agressivo, e cada vez mais policial, contra o livre trânsito de ideias. Há uma proibição terminante à criatividade intelectual, ao debate e às opiniões independentes; só são admitidos como válidos os pontos de vista que se apresentam hoje como de “esquerda”, mais os seus mandamentos sobre raça, sexualidade, igualdade e todos os demais aspectos ligados à existência humana. Multiplicam-se, conforme relata o autor do depoimento, denúncias sem fundamento algum por “racismo”, “homofobia”, “fascismo” etc. etc. contra quem discorda do sistema de fé ideológica e de desejos políticos hoje em vigor. Estranhamente, não é incomum que as vítimas desses ataques sejam professores negros ou gays que de alguma forma não acompanham as doutrinas oficiais a respeito de si próprios; ou pensam como a “esquerda” quer que os negros ou gays pensem, ou vão ter problemas.
A degeneração geral da universidade pública se manifesta sobretudo na área de ciências humanas
Isso tudo é a própria negação da ideia do que deve ser, de fato, uma universidade pública — um centro de saber, sustentado com recursos de todos, e que existe unicamente para transmitir conhecimento àqueles que se empenham de verdade em aprender, e que vão devolver depois à sociedade, com as competências que adquiriram nos cursos, pelo menos uma parte daquilo que receberam. Não é um “coletivo”, nem um clube, nem uma central política ou ideológica; é um local de trabalho. Se a universidade não servir para fazer isso, não serve para nada; está morta. A situação relatada acima não é um problema interno, a ser resolvido dentro dos princípios da “autonomia universitária” — ao contrário, é uma questão de primeira grandeza do ponto de vista do interesse público do país e da sua população. A universidade está sendo privatizada por alunos e pelos professores que são seus cúmplices ou incentivadores, mas ela pertence a todos; são os pagadores de impostos, e ninguém mais, que cobrem cada centavo gasto com a universidade pública brasileira. Mais, e muito pior: o ensino superior, esse templo sagrado da esquerda nacional, é um dos mais descarados instrumentos de concentração de renda hoje em vigor no Brasil. É simples. O investimento total do poder público federal na educação, em números redondos e recentes, está um pouco acima de R$ 40 bilhões por ano: a universidade fica com R$ 10 bilhões desse dinheiro todo. Só que há 45 milhões de alunos estudando no curso básico da rede pública de ensino, e 2 milhões nas universidades estatais. Faça a conta. Quem está levando mais?
Essa montanha de dinheiro não sai do bolso dos brasileiros que estão na lista de milionários da revista Forbes; é paga pelos impostos cobrados de todos, sem exceção, ricos, médios e pobres. Não é preciso ter um PhD em nada para constatar que não há nenhuma possibilidade matemática de se dividir por igual uma conta e achar que o peso maior não vai cair no bolso de quem tem menos. Mais: a população está fazendo esse sacrifício no lugar errado. Segundo os últimos cálculos do Inep, a autarquia federal que cuida dos números essenciais da educação brasileira, o custo médio do aluno no curso básico — onde estão as necessidades mais desesperadas e mais urgentes de investimento — é hoje um pouco abaixo dos R$ 7 mil reais por ano. Um universitário está custando acima de R$ 28 mil por cabeça e por ano. Se você acha que isso é um disparate em estado puro, espere até ver os números da Universidade de São Paulo, a maior do Brasil. O pagador de impostos paulista (e brasileiro) coloca ali R$ 5,5 bilhões por ano, dos quais cerca de 85%, ou quase tudo, vão para salários e benefícios. O custo anual por aluno, segundo as últimas cifras do Inep, está acima de R$ 52 mil — isso tudo para que os alunos exijam escolher a sua própria lição de casa e se empenhem nas lutas pela “democratização da universidade”. As outras duas universidades estaduais têm números semelhantes. É a concentração dentro da concentração.
É verdade que a degeneração geral da universidade pública — algo que talvez se possa chamar de deep university, da mesma forma como há uma deep web, ou a internet das sombras — se manifesta sobretudo na área de ciências humanas; na área de exatas já é outra coisa, muito mais próxima ao que um curso superior deve realmente ser. É normal. Nas humanas, os alunos não imaginam a si próprios no exercício de atividades de fato competitivas, que exijam conhecimento, talento e mérito individual. Em geral veem a si próprios, no futuro, trabalhando no governo, em meios de comunicação ou em departamentos de marketing — onde não vai fazer muita diferença, no fundo, se o sujeito aprendeu ou não aprendeu alguma coisa na universidade. Nas exatas, ao contrário, o aluno sabe que o seu desempenho acadêmico pode fazer a diferença no verdadeiro mercado de trabalho — aquele, justamente, que exige mais, mas em compensação oferece ao profissional as ocupações mais bem remuneradas, mais compensadoras e sobretudo mais úteis para a sociedade que pagou por seu curso superior.
Não chega a ser um consolo — o grosso dos gastos na universidade pública do Brasil é torrado justamente nas humanas, onde alunos e professores devolvem ao interesse comum muito pouco, ou nada, do que receberam. Que contribuição se pode esperar, por exemplo, dos cursos de direito sustentados pelo pagador de impostos, num país que já tem por volta de 1 milhão de advogados formados? É por isso que países muito mais bem-sucedidos e muitíssimo mais ricos que o Brasil, como o Japão, começam a pensar seriamente em mudar as coisas em sua universidade pública. O Ministério da Educação japonês vem estudando, a propósito, a possibilidade de não oferecer mais cursos gratuitos de sociologia, filosofia ou antropologia nas faculdades do Estado. Quem quiser estudar essas disciplinas deveria procurar uma bolsa — ou então pagar pelo curso que pretende fazer. A ideia central é permitir que a sociedade japonesa, cada vez mais, pague apenas o ensino universitário que dê um retorno mais objetivo para o bem-estar da maioria. Na Índia, numa situação diferente, o poder público incentiva diretamente o aprendizado superior de matemática e das disciplinas tecnológicas. São exceções, é claro, e é apenas um começo. Mas certamente é um tema para avaliação de todos os que têm preocupações genuínas com a educação no Brasil — e não concordam com a liquidação da universidade pública em favor de interesses particulares, sob o disfarce da ideologia, do que é politicamente correto (e pessoalmente vantajoso) e da devoção ao “campo progressista”.
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osborgs · 4 years
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10 livros imperdíveis para você ler na férias
Olha a tão aclamada férias aí, minha gente! Após o ano caótico de 2020, o que mais queríamos era uma férias, né?  É um momento para a gente relaxar, curtir novas séries e também novos livros. Afinal, o tem agora para encarar uma boa leitura é maior. Por isso, nós separamos 10 livros imperdíveis para você aproveitar nesse período. Vamos de lista? 
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Beleza10 livros sobre beleza para quem é apaixonada por esse universo!18 set 2020 – 14h09
1. Amor & Sorte de Jenna Evans Welch
Nesse período de pandemia fica muito difícil viajar, mas que tal fazer uma viagem de férias para a Irlanda sem sair de casa? É isso o que o novo livro de Jenna Evans Welch, Amor & Sorte, propõe. Após vermos Lina se aventurar na Itália em Amor & Gelato, agora acompanhamos sua melhor amiga, Addie em uma emocionante aventura pelas estradas irlandesas. Quem a acompanha, além do irmão Ian, é um guia de viagem Irlanda para corações partidos, roubado da biblioteca do hotel. O segundo livro da autora traz uma história encantadora sobre família, amizade e a jornada para se recuperar de uma desilusão amorosa.
Nós até entrevistamos a autora que no contou um pouco mais sobre o livro, confira clicando aqui.
2. Pessoas Normais de Sally Rooney
Se você está em busca de um romance real, que não seja tão clichê assim, esta é a escolha certa. Sally Rooney trás a história de Marianne, uma jovem de classe média alta, curiosa, sarcástica, mas excluída do convívio social adolescente, e Connell, um jovem atleta, popular, que todos gostam e cuja mãe trabalha na casa da menina. Os dois têm uma relação secreta aos olhos dos seus colegas no colégio, o que causa muito problema mais para frente. Já quando estão na faculdade, as características deles são invertidas completamente, Marianne agora é a popular, enquanto Connel não consegue se encaixar e nem fazer muitas amizades. No meio disso tudo eles até tentam ficar separados, mas acabam percebendo que é mais difícil do que imaginam. 
O livro também baseou uma séria da Hulu, de mesmo nome, exibida no Brasil pela STARZPLAY. Te contamos um pouco mais sobre a nossa impressão aqui.
3. Os Bridgertons – O Duque e Eu de Julia Quinn
Se você é do time de romances de época, essa indicação é perfeita. O Duque e Eu é o primeiro de 8 livros da coleção Os Bridgertons, que inclusive virou série da Netflix! Simon Basset é um duque que tem um propósito de nunca se casar. Já Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo, tem dificuldade em achar um homem que realmente a interesse. Os dois então criam um acordo em que Simon finge que a corteja. Dessa forma ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Mas a farsa acaba se tornando algo real. É uma bela história sobre o poder do amor, contada com o senso de humor afiado e a sensibilidade que são marcas registradas de Julia Quinn.
4. Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática de Thalita Rebouças
Tetê acaba de se mudar do apartamento na Barra da Tijuca para a casa dos avós após o pai ter perdido o emprego, fazendo com que sua vida virasse de ponta a cabeça. Além de perder a privacidade, ela perde as referências, mas olhando para o lado bom, se livrou do colégio onde sofria bullying. Thalita nos mostra na história que sair da zona de conforto não é algo tão ruim assim e que precisamos enfrentar nossos medos para sermos felizes. Ah, vale lembrar que o livro virará um filme da Netflix, estrelado por Klara Castanho, Julia Gomes, Kiria Malheiros e Fernanda Concon, como foi anunciado durante o festival TUDUM Ao Vivo. 
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5. Trilogia Verão – O Verão que Mudou a Minha Vida de Jenny Han
Se você ama o verão, com certeza irá se apaixonar por essa trilogia de Jenny Han, autora de Para Todos os Garotos que Já Amei. Ela acompanha a vida de Isabel Conklin, uma jovem que aguarda o ano inteiro para que o sol lhe traga o mar, descanso e diversão. E também é quando ela encontra seus dois amigos, Conrad e Jeremiah Fisher. Os três constroem uma amizade muito forte, até que sentimentos românticos começam a aparecer. Parece que Belly terá que escolher entre um e quebrar o coração do outro nesse envolvente triangulo amoroso.
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1. Amor& Sorte, 2. Pessoas Normais, 3. Os Bridgertons – O Duque e Eu, 4.Confissões de uma garota excluída, mal-amada e (um pouco) dramática, 5. Trilogia Verão – O Verão que Mudou a Minha Vida de Jenny HanReprodução/Reprodução
6. Meu Corpo, Minha Casa de Rupi Kaur
Este é o terceiro livro de um dos maiores nomes da poesia mundial nos últimos anos, autora de Outros Jeitos de Usar a Boca e O que o Sol Faz com as Flores. Rupi Kaur sempre aborda em suas poesias a importância de estar sempre em movimento e de crescer. Inclusive, já listamos aqui algumas se suas melhoras frases para refletir. A sinopse diz: “em Meu Corpo Minha Casa, ela leva leitoras e leitores a uma jornada de reflexão através da intimidade e dos sentimentos mais fortes, visitando o passado, o presente e o potencial que existe em nós.” Uma leitura para trazer mais leveza e autorreflexão durante as férias é tudo de bom, né?  
7. Eu sei porque o pássaro canta na gaiola – Maya Angelou
Maya Angelou, uma grande poetisa e influente na cultura afroamericana, nos apresenta uma autobiografia que mais parece um romance. Marcada por racismo, abuso e libertação, vemos a infância e adolescência de Marguerite Ann Johnson, uma garota negra criada no Sul dos Estados Unidos. Com todo o fardo que ela carrega, a jovem conseguiu se sentir aliviada e livre através da literatura, e assim usando sua voz e palavras para sair das grades impostas pela sociedade. Angelou escreve de forma poderosa, densa, poética e muito reflexiva.
  8. Corrente de Ouro – Cassandra Clare
Em seu mais novo livro, Cassandra Clare nos apresenta uma nova geração de Caçadores de Sombra. Agora vemos Cordelia Carstairs, uma guerreira Caçadora de Sombras treinada desde a infância para enfrentar demônios. Quando seu pai foi acusado de um terrível crime, ela e seu irmão viajam a Londres na esperança de evitar a ruína de sua família. Este é o primeiro volume da trilogia As últimas horas. 
9. Um Lugar Bem Longe Daqui – Delia Owens
O livro acompanha Kya, uma menina que sobreviveu por anos sozinha em um pântano que chama de lar, após ser abandonada pela mãe, que não conseguiu suportas o marido abusivo e alcólatra, e pelos dois irmãos. Ela viveu na companhia do pai, que mais tarde a deixou também. Até que anos depois, Kya se permite vivenciar uma nova vida, mas uma tragédia acontece. Este é um romance emocionante, uma surpreendente história de mistério, que mostra o crescimento da personagem de uma forma muito legal de acompanhar.
10. Anne de Green Gables – L. M. Montgomery
A história que nos encantou nas telas da Netflix, foi publicada pela primeira vez em 1908. Ela conta a história de dois irmãos que decidem adotar um órfão para ajudá-los nas tarefas da fazenda, mas acaba acontecendo um “erro” que muda suas vidas para sempre. Anne Shirley, uma menina ruiva de 11 anos, acaba sendo enviada, por engano, pelo orfanato. A menina com o seu jeito de enxergar o mundo encanta os dois, atrai o interesse local e muitos problemas também.  Um livro que ilustra os valores sociais, a solidariedade, honestidade e a importância da amizade e do trabalho.
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6. Meu Corpo Minha Casa, 7. Eu sei porque o pássaro canta na gaiola, 8.Corrente de Ouro, 9. Um Lugar Bem Longe Daqui, 10.Anne de Green GablesReprodução/Reprodução
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lumitie · 3 years
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📚 Todas as minhas leituras de 2021 📚
📚 Todas as minhas leituras de 2021 📚
2021 foi um ano complicado pra muita gente e por algumas razões o meu também foi, e isso refletiu diretamente na minha qualidade de leitura. Se de 2019 pra 2020 eu baixei de mais de 100 livros pra cerca de 60, neste ano eu li “apenas” 47. E eu entendo que isso é muito mais do que a média da população mas houveram meses em que eu não consegui ler simplesmente nada, e isso faz com que role um pouco…
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