#Lacerações perineais
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Diferenças entre Parto Normal e Cesariana: Prós e Contras
As diferenças entre parto normal e cesariana são significativas tanto em termos de processo quanto de recuperação. O parto normal, também conhecido como vaginal, envolve a passagem do bebê pelo canal de parto da mãe, proporcionando uma recuperação mais rápida e menos intervenções cirúrgicas. Já a cesariana é uma cirurgia na qual o bebê é retirado por uma incisão no abdômen e útero da mãe, sendo…
#Aderências pós-cesárea#Anestesia epidural#Bebê na posição pélvica#Bebê prematuro#Cesárea agendada#Cesariana de urgência#Cicatriz de cesárea#Cirurgia cesárea#Complicações neonatais#Complicações no parto#Contrações do parto#Dilatação no parto#Hemorragia no parto#Incisão abdominal#Infecções pós-parto#Intervenções médicas#Lacerações perineais#Ocitocina no parto#Parto assistido#Parto de emergência#Parto humanizado#Parto induzido#Parto natural#Parto planejado#Parto prolongado#Parto sem complicações#Parto sem dor#Parto vaginal#Placenta prévia#Planejamento do parto
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Causas da dispareunia e tratamentos para a dor associada ao sexo
Você realmente sabe o que é a vagina? O que muita gente chama por esse nome, na verdade, é a vulva, a parte externa do órgão, que é composta pelo clitórios, lábios internos e externos e a abertura para a vagina, que é o canal interno. Além disso, o órgão completo também é composto pelas trompas, útero e ovários.
Como a vagina é complexa e pode gerar diversos questionamentos, conversamos com a ginecologista e obstetra Marieli Dosso, da Clínica Duo e com Leila Campos, sexóloga e terapeuta sexual para responder algumas questões comuns relacionadas ao assunto.
Índice do conteúdo:
12 dúvidas sobre a vagina respondidas por uma ginecologista
Anatomia genital feminina
Clitóris: o grande responsável pelo prazer
O que você pode e o que você não pode fazer com a sua vagina
10 curiosidades sobre a vagina
12 dúvidas sobre a vagina respondidas por uma ginecologista
iStock
É comum ter muitos questionamentos relacionados à vagina, mesmo para quem visita um ginecologista com frequência. Para isso, você pode conferir algumas das perguntas que são mais frequentes no consultório desse especialista.
1. Minha vulva é normal?
Marieli afirma que não existe vulva “normal”. Segundo um estudo recentemente realizado na Suíça, há uma grande variedade de tamanhos e formatos. “Muitas mulheres procuram a ginecologista hoje pois se sentem incomodadas com alguma característica e durante a consulta, é avaliado se alguma intervenção é necessária”.
Leia também: 7 problemas vaginais e como lidar com cada um deles
2. É normal ter dor durante a relação sexual?
A resposta curta é não! “A dor durante a relação sexual pode estar relacionada a questões emocionais e patológicas. Fatores como o relacionamento com o parceiro, diminuição de libido, atrofia vaginal na pós-menopausa e patologias como a endometriose são causas frequentes”, afirma a ginecologista. Ainda segundo ela, como essa é uma queixa que afeta a qualidade de vida das mulheres, as que sentem dor devem procurar um ginecologista para identificar a causa e assim iniciar o tratamento adequado.
3. É normal ter sangramentos após a relação sexual?
Não! Marieli afirma que “o sangramento após relação sexual geralmente é causado por alguma lesão no colo uterino ou paredes vaginais. Na maioria das vezes, não tem uma causa grave, mas que deve ser investigada e tratada. Infecções vaginais, pólipos cervicais e a presença de ectopia no colo uterino são causas frequentes. A ectopia é muito comum em usuárias de contraceptivos e é definida pelo deslocamento da mucosa endocervical, que é mais frágil para a parte externa do colo, ficando mais exposta ao trauma da relação”.
4. É normal não ter lubrificação durante a relação sexual?
Aqui, a resposta também é não. “A ausência de lubrificação está mais relacionada com a excitação no momento. Por isso as preliminares são tão importantes. Entre as causas fisiológicas para diminuição da lubrificação estão a fase da menopausa e o uso de contraceptivos, que pela diminuição dos hormônios circulantes deixam a mucosa vaginal menos vascularizada, diminuído assim a produção de secreção”.
5. A ejaculação feminina é mito ou verdade?
Segundo a sexóloga e terapeuta sexual Leila Campos, a ejaculação feminina ainda não foi comprovada cientificamente. Para ela, ao falar disso, é importante, primeiro, entender o famoso ponto G. “Segundo a teoria do Ponto G, do ginecologista Ernst Graffenburg, na fase de excitação sexual essa glândula aumenta de volume em função do maior afluxo de sangue e do ingurgitamento causado por uma certa espécie de fluido que serve para lubrificação vaginal. A teoria também sugere que, para algumas mulheres, o orgasmo pode resultar numa ejaculação feminina, em que haveria uma descarga em jorro desse fluido pela uretra”.
Em contrapartida, existem estudos que afirmam que o líquido é urina. Ainda, segundo a sexóloga e terapeuta sexual “Existem várias explicações possíveis para a questão da ejaculação feminina e para a questão de áreas particulares da vagina que dão melhor sensação do que outras. Em sua proposta de crescimento e descoberta da própria sexualidade, é importante que você formule o que é realidade em seu caso, e não o que a mídia promulga como “fato” presumido”.
Leia também: Vagina: guia completo para solucionar dúvidas e conhecê-la melhor
6. Quando devo me preocupar com o corrimento?
A mulher deve se preocupar quando a secreção apresenta tons amarelados ou esverdeados ou quando ela está relacionada a coceira e mau cheiro, afirma Marieli. Segundo ela, “muitas mulheres apresentam secreção vaginal branca e sem cheiro, em menor e maior quantidade, muitas vezes incomodam, mas que não se trata de infecção e na maioria das vezes não precisa de tratamento”.
7. Posso perder a virgindade usando absorvente interno?
A perda da virgindade é culturalmente reconhecida quando ocorre a ruptura do hímen. Para mulheres que nunca tiveram relação sexual e desejam usar absorvente interno, recomenda-se o uso do que apresenta menor tamanho e se colocado de maneira adequada, raramente vai provocar a rotura himenal, afirma Marieli.
8. É normal ter coceira na vagina?
A coceira, na maioria das vezes, está associada a candidíase, causada por um fungo, diz Marieli. Ela ainda afirma que o tratamento é simples, podendo ser realizado através de cremes vaginais ou medicações via oral.
9. É normal ter odores fortes na vagina?
O odor forte na vagina também pode estar relacionado a infecções vaginais e pode demandar tratamento tópico, com cremes vaginais ou medicações via oral, afirma a ginecologista.
10. É normal sentir ardências na vagina?
Ardência vaginal pode estar relacionado a infecções, alergias, lesões como fissuras ou até mesmo com alterações hormonais, mas não é normal. Marieli ressalta que é importante a avaliação do seu ginecologista para obter o diagnóstico correto.
Leia também: 10 razões que podem explicar um sangramento em você após o sexo
11. Como devo lavar a vagina?
Marieli diz que a região íntima deve ser higienizada com água e sabonete normal durante o banho, somente a parte externa. O uso de duchas vaginais não é recomendado, assim como o sabonete íntimo não deve ser usado diariamente. “Essas duas práticas levam a alteração da microbiota vaginal natural, aumentando a chance de infecções oportunistas.”, argumenta a ginecologista.
12. Minha vagina volta ao normal depois do parto natural?
O que acontece na vagina após o parto tem uma maior relação com a gestação do que com o parto em si. “Os hormônios da gestação causam um afrouxamento de toda a musculatura pélvica. Para tentar minimizar este efeito, é recomendado fisioterapia pélvica, para fortalecer esses músculos. Durante o parto vaginal, alguns eventos podem contribuir para esse enfraquecimento muscular, como grandes lacerações perineais ou episiotomias realizadas sem indicação.”, ressalta Marieli.
As respostas listadas acima são muito importantes para que você conheça a sua vagina e saiba lidar com ela da melhor forma possível, assim, você pode evitar situações desagradáveis e até mesmo doenças. Sem contar que também evita neuras desnecessárias.
Anatomia genital feminina
iStock
Você já sabe que a vagina está localizada na parte interna do órgão reprodutor feminino e a vulva externa, mas não é só isso. Confira abaixo toda a anatomia genital da mulher:
Órgãos externos
Grandes lábios: são dobras cobertas por pele e pelos que se estendem do púbis até o períneo.
Pequenos lábios: são duas extremidades finas, que estão na parte interna dos grandes lábios. Eles são finos, enervados e vascularizados. Além disso, são constituídos por mucosas.
Púbis: é a região localizada entre o abdômen e o clitóris.
Clitóris: encontrado na parte superior da vulva, está próximo da uretra e da ligação dos pequenos lábios. É um grande responsável pelo prazer feminino.
Meato uretral: é por aqui que sai a urina. Ele se encontra entre a entrada da vagina e do clitórios.
Introito vaginal: parcialmente coberto pelo hímen, ele se encontra na parte interior do vestíbulo.
Hímen: é formado por uma membrana coberta por uma mucosa. Pode variar de tamanho e de forma.
Períneo: é a parte que se encontra no inferior da vulva e vai até o ânus.
Órgãos internos
Vagina: a vagina é um canal que se estende até o útero. Ela conta com aproximadamente 7,5 a 10 centímetros. É esse o canal em que o pênis penetra durante a relação sexual. É também por ele que o fluxo menstrual sai. Assim como o bebê em um parto normal.
Útero: é no útero em que o embrião fica alojado e se desenvolve até o nascimento. Ele conta com o formato de uma pera invertida, mas pode variar de tamanho, posição e estrutura. Como é formado por tecido muscular, consegue aumentar de tamanho durante a gestação. Caso não ocorra a fecundação do ovo, sua parede interna, o endométrio, sofre descamação, que é eliminado durante a menstruação.
Trompas: também conhecidas como tubas uterinas, as trompas são responsáveis por transportar os óvulos para o útero. São compostas por dois canais, cada um de um lado do útero.
Ovários: as mulheres contam com dois ovários, sendo cada um de um lado do útero, logo abaixo das trompas. São eles os responsáveis pela produção de óvulos e os hormônios sexuais, chamados de estrogênio e progesterona. São esses hormônios que controlam o ciclo menstrual, assim como o crescimento do endométrio.
Clitóris: o grande responsável pelo prazer
iStock
O clitóris é constituído por aproximadamente 8 mil terminações nervosas, sendo 4 mil de cada lado, afirma Leila. Ainda, segundo ela, além de ele ter uma grande quantidade de terminações nervosas, elas estão comprimidas em um pequeno espaço, o que faz com que ele seja tão sensível. Seu formato é de pirâmide, mas o tamanho pode variar de mulher para mulher.
Leia também: 11 perguntas que você não deve ter vergonha de fazer ao ginecologista
Ele é comparado por muitas pessoas com o pênis, já que eles contam com várias semelhanças biológicas. Ambos são formados pelo mesmo tecido, além disso, ele tem um prepúcio, uma pele responsável para sua proteção. Porém, sua única função é proporcionar prazer para a mulher e, quando isso acontece, ele fica cheio de sangue, aumenta de tamanho e endurece. Isso pode lembrar uma pequena ereção. É através dele que muitas das mulheres chegam ao orgasmo.
O que você pode e o que você não pode fazer com a sua vagina
Como a vagina é um órgão delicado, é preciso ficar atenta ao que você pode ou não fazer com ela. Na lista abaixo, você confere algumas das coisas que você não precisa se preocupar e outras que você deve passar longe.
Dicas de Mulher
Não pode
Lavar internamente a vagina: a lavagem interna pode alterar a microbiota vaginal natural, o que faz com que a chance para desenvolver uma infecção seja maior.
Fazer duchas vaginais: a ducha vaginal é outro tipo de limpeza realizada na parte interna do órgão reprodutor feminino e deve ser evitada pelo mesmo motivo citado acima.
Colocar alimentos ou produtos químicos que possam agredi-la: o uso de produtos químicos e até mesmo alimentos pode gerar irritações na vagina. Caso você queira apimentar a relação sexual, pode usar produtos específicos para a prática.
Usar absorvente diário todos os dias: o uso de protetores diários faz com que a temperatura e a umidade da região vaginal aumentem, o que torna o ambiente suscetível a proliferação de micro-organismos que causam doenças.
Fazer vaporização vaginal: a vaporização vaginal pode causar irritações e até mesmo queimaduras devido à temperatura, por isso, a técnica deve ser evitada.
Pode
Realizar exercícios pélvicos: conhecida como pompoarismo, a prática de exercícios pélvicos ajudam a manter a musculatura tonificada, o que melhora o desempenho sexual. Além disso, ele também ajuda a evitar uma futura incontinência urinária.
Deixá-la respirar: para que sua vagina respire um pouco, é interessante usar roupas que não apertem a região e calcinhas de algodão. Além disso, deixar o local abafado por muito tempo pode gerar suor, o que pode causar irritação, assaduras e até mesmo infecções.
Usar lubrificantes: os lubrificantes podem ser ótimos aliados na hora de manter uma relação sexual, caso você não tenha uma lubrificação natural muito grande.
Ter relações sexuais durante a gravidez: não precisa ter medo de machucar seu bebê durante a relação sexual, pois um tampão de muco fecha o colo do útero e ajuda a manter as infecções longe. Além disso, o saco amniótico e o útero também o deixam protegido.
Usar lenço umedecido para limpezas de emergência: o lenço umedecido não deve ser usado com frequência, pois podem remover a camada de proteção da vulva, mas em situações emergências, você pode utilizar desse produto. Só não vale abusar e reutilzar um paninho que já foi usado para a limpeza, viu?
Evitar práticas ou produtos que possam fazer mal à sua vagina são fundamentais para a sua saúde, por isso, passe longe das opções citadas na lista de não pode, mas faça bom proveito das práticas citadas na lista do que pode e garanta o bem-estar da sua vagina.
10 curiosidades sobre a vagina
Falta saber alguma coisa sobre a sua vagina? Então confira uma lista de curiosidades:
1. Dormir sem calcinha faz bem
Depois de um longo dia usando roupas, dormir sem calcinha faz um bem danado para a sua vagina. Assim, ela consegue ficar fresquinha e respirar, o que pode mandar os fungos para longe.
2. Algumas infecções são causadas por fungos
Justamente por isso é importante manter a sua vagina seca e sempre bem limpinha. Assim, você evita coceiras, irritações e até mesmo infecções.
3. A vagina é autolimpante
É isso mesmo que você leu! A vagina é um órgão autolimpante, por isso, duchas ou lavagens internas são desnecessárias. Se sua flora estiver em equilíbrio, ela consegue manter longe a proliferação de micro-organismos indesejáveis.
4. Não existe vagina “normal”
Não só cada mulher tem um formato diferente de vagina, como a mesma mulher pode ter o lábio de um lado maior do que o do outro. Além disso, a cor também não é padrão e pode variar. A diversidade está presente até mesmo em partes mais escondidas do nosso corpo!
5. Orgasmo não é só clitoriano
O clitóris é muito famoso por dar prazer às mulheres, mas não é só com o estímulo dele que é possível obter um orgasmo, já que também existe o orgasmo vaginal. Para atingir esse momento, é interessante que você se conheça, assim, sentir prazer será uma tarefa muito mais fácil.
6. A vagina muda de tamanho
É isso mesmo! A vagina consegue se expandir e se contrair e é por isso que é possível colocar um absorvente interno lá dentro sem que ele se perca e que um bebê saia pelo mesmo canal.
7. Ter corrimento é normal
Ter um corrimento claro, sem odor e que não está associado com outros sintomas é comum. Mas caso haja coceira, mau cheiro, coloração esverdeada ou amarelada, consulte um especialista, pois isso pode ser um alerta para uma infecção.
Como você pode ver, a vagina é um órgão complexo e maravilhoso! É muito interessante que as mulheres a conheçam muito bem, para assim, evitar doenças e saber tudo o que ela pode fazer, assim como o que também deve passar longe dela. Assim, você pode melhorar a sua qualidade de vida!
8. Ela adora sexo!
A prática sexual faz com que os músculos vaginais sejam estimulados, assim, eles ficam saudáveis e em forma. Caso você fique um bom tempo sem sexo, pode praticar o pompoarismo.
9. Barulhos durante o sexo são normais
Dependendo da posição que você está ou como a penetração acontece, é possível que entre ar na vagina, e quando ele sai, o barulho é parecido com o de um pum. Se isso acontecer com você, não precisa ficar com vergonha, pois é algo bem comum.
10. O espelho é um bom amigo
Para saber se está tudo bem, não custa nada dar uma olhadinha com a ajuda de um espelho de vez em quando. Assim, você pode visualizar alguma irritação, verruga ou até mesmo um machucadinho que ainda não havia percebido.
Conhecer seu corpo é de extrema importância, assim, é mais tranquilo resolver problemas ou até mesmo evitar situações desconfortáveis. Além disso, isso também pode fazer com que seja mais fácil se olhar com o carinho que você merece. Outra coisa: não se esqueça de consultar seu ginecologista anualmente para saber se está tudo ok, certo?
O post Causas da dispareunia e tratamentos para a dor associada ao sexo apareceu primeiro em Dicas de Mulher.
Causas da dispareunia e tratamentos para a dor associada ao sexo Publicado primeiro em https://www.dicasdemulher.com.br/
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Causas da dispareunia e tratamentos para a dor associada ao sexo
Você realmente sabe o que é a vagina? O que muita gente chama por esse nome, na verdade, é a vulva, a parte externa do órgão, que é composta pelo clitórios, lábios internos e externos e a abertura para a vagina, que é o canal interno. Além disso, o órgão completo também é composto pelas trompas, útero e ovários.
Como a vagina é complexa e pode gerar diversos questionamentos, conversamos com a ginecologista e obstetra Marieli Dosso, da Clínica Duo e com Leila Campos, sexóloga e terapeuta sexual para responder algumas questões comuns relacionadas ao assunto.
Índice do conteúdo:
12 dúvidas sobre a vagina respondidas por uma ginecologista
Anatomia genital feminina
Clitóris: o grande responsável pelo prazer
O que você pode e o que você não pode fazer com a sua vagina
10 curiosidades sobre a vagina
12 dúvidas sobre a vagina respondidas por uma ginecologista
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É comum ter muitos questionamentos relacionados à vagina, mesmo para quem visita um ginecologista com frequência. Para isso, você pode conferir algumas das perguntas que são mais frequentes no consultório desse especialista.
1. Minha vulva é normal?
Marieli afirma que não existe vulva “normal”. Segundo um estudo recentemente realizado na Suíça, há uma grande variedade de tamanhos e formatos. “Muitas mulheres procuram a ginecologista hoje pois se sentem incomodadas com alguma característica e durante a consulta, é avaliado se alguma intervenção é necessária”.
Leia também: 7 problemas vaginais e como lidar com cada um deles
2. É normal ter dor durante a relação sexual?
A resposta curta é não! “A dor durante a relação sexual pode estar relacionada a questões emocionais e patológicas. Fatores como o relacionamento com o parceiro, diminuição de libido, atrofia vaginal na pós-menopausa e patologias como a endometriose são causas frequentes”, afirma a ginecologista. Ainda segundo ela, como essa é uma queixa que afeta a qualidade de vida das mulheres, as que sentem dor devem procurar um ginecologista para identificar a causa e assim iniciar o tratamento adequado.
3. É normal ter sangramentos após a relação sexual?
Não! Marieli afirma que “o sangramento após relação sexual geralmente é causado por alguma lesão no colo uterino ou paredes vaginais. Na maioria das vezes, não tem uma causa grave, mas que deve ser investigada e tratada. Infecções vaginais, pólipos cervicais e a presença de ectopia no colo uterino são causas frequentes. A ectopia é muito comum em usuárias de contraceptivos e é definida pelo deslocamento da mucosa endocervical, que é mais frágil para a parte externa do colo, ficando mais exposta ao trauma da relação”.
4. É normal não ter lubrificação durante a relação sexual?
Aqui, a resposta também é não. “A ausência de lubrificação está mais relacionada com a excitação no momento. Por isso as preliminares são tão importantes. Entre as causas fisiológicas para diminuição da lubrificação estão a fase da menopausa e o uso de contraceptivos, que pela diminuição dos hormônios circulantes deixam a mucosa vaginal menos vascularizada, diminuído assim a produção de secreção”.
5. A ejaculação feminina é mito ou verdade?
Segundo a sexóloga e terapeuta sexual Leila Campos, a ejaculação feminina ainda não foi comprovada cientificamente. Para ela, ao falar disso, é importante, primeiro, entender o famoso ponto G. “Segundo a teoria do Ponto G, do ginecologista Ernst Graffenburg, na fase de excitação sexual essa glândula aumenta de volume em função do maior afluxo de sangue e do ingurgitamento causado por uma certa espécie de fluido que serve para lubrificação vaginal. A teoria também sugere que, para algumas mulheres, o orgasmo pode resultar numa ejaculação feminina, em que haveria uma descarga em jorro desse fluido pela uretra”.
Em contrapartida, existem estudos que afirmam que o líquido é urina. Ainda, segundo a sexóloga e terapeuta sexual “Existem várias explicações possíveis para a questão da ejaculação feminina e para a questão de áreas particulares da vagina que dão melhor sensação do que outras. Em sua proposta de crescimento e descoberta da própria sexualidade, é importante que você formule o que é realidade em seu caso, e não o que a mídia promulga como “fato” presumido”.
Leia também: Vagina: guia completo para solucionar dúvidas e conhecê-la melhor
6. Quando devo me preocupar com o corrimento?
A mulher deve se preocupar quando a secreção apresenta tons amarelados ou esverdeados ou quando ela está relacionada a coceira e mau cheiro, afirma Marieli. Segundo ela, “muitas mulheres apresentam secreção vaginal branca e sem cheiro, em menor e maior quantidade, muitas vezes incomodam, mas que não se trata de infecção e na maioria das vezes não precisa de tratamento”.
7. Posso perder a virgindade usando absorvente interno?
A perda da virgindade é culturalmente reconhecida quando ocorre a ruptura do hímen. Para mulheres que nunca tiveram relação sexual e desejam usar absorvente interno, recomenda-se o uso do que apresenta menor tamanho e se colocado de maneira adequada, raramente vai provocar a rotura himenal, afirma Marieli.
8. É normal ter coceira na vagina?
A coceira, na maioria das vezes, está associada a candidíase, causada por um fungo, diz Marieli. Ela ainda afirma que o tratamento é simples, podendo ser realizado através de cremes vaginais ou medicações via oral.
9. É normal ter odores fortes na vagina?
O odor forte na vagina também pode estar relacionado a infecções vaginais e pode demandar tratamento tópico, com cremes vaginais ou medicações via oral, afirma a ginecologista.
10. É normal sentir ardências na vagina?
Ardência vaginal pode estar relacionado a infecções, alergias, lesões como fissuras ou até mesmo com alterações hormonais, mas não é normal. Marieli ressalta que é importante a avaliação do seu ginecologista para obter o diagnóstico correto.
Leia também: 10 razões que podem explicar um sangramento em você após o sexo
11. Como devo lavar a vagina?
Marieli diz que a região íntima deve ser higienizada com água e sabonete normal durante o banho, somente a parte externa. O uso de duchas vaginais não é recomendado, assim como o sabonete íntimo não deve ser usado diariamente. “Essas duas práticas levam a alteração da microbiota vaginal natural, aumentando a chance de infecções oportunistas.”, argumenta a ginecologista.
12. Minha vagina volta ao normal depois do parto natural?
O que acontece na vagina após o parto tem uma maior relação com a gestação do que com o parto em si. “Os hormônios da gestação causam um afrouxamento de toda a musculatura pélvica. Para tentar minimizar este efeito, é recomendado fisioterapia pélvica, para fortalecer esses músculos. Durante o parto vaginal, alguns eventos podem contribuir para esse enfraquecimento muscular, como grandes lacerações perineais ou episiotomias realizadas sem indicação.”, ressalta Marieli.
As respostas listadas acima são muito importantes para que você conheça a sua vagina e saiba lidar com ela da melhor forma possível, assim, você pode evitar situações desagradáveis e até mesmo doenças. Sem contar que também evita neuras desnecessárias.
Anatomia genital feminina
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Você já sabe que a vagina está localizada na parte interna do órgão reprodutor feminino e a vulva externa, mas não é só isso. Confira abaixo toda a anatomia genital da mulher:
Órgãos externos
Grandes lábios: são dobras cobertas por pele e pelos que se estendem do púbis até o períneo.
Pequenos lábios: são duas extremidades finas, que estão na parte interna dos grandes lábios. Eles são finos, enervados e vascularizados. Além disso, são constituídos por mucosas.
Púbis: é a região localizada entre o abdômen e o clitóris.
Clitóris: encontrado na parte superior da vulva, está próximo da uretra e da ligação dos pequenos lábios. É um grande responsável pelo prazer feminino.
Meato uretral: é por aqui que sai a urina. Ele se encontra entre a entrada da vagina e do clitórios.
Introito vaginal: parcialmente coberto pelo hímen, ele se encontra na parte interior do vestíbulo.
Hímen: é formado por uma membrana coberta por uma mucosa. Pode variar de tamanho e de forma.
Períneo: é a parte que se encontra no inferior da vulva e vai até o ânus.
Órgãos internos
Vagina: a vagina é um canal que se estende até o útero. Ela conta com aproximadamente 7,5 a 10 centímetros. É esse o canal em que o pênis penetra durante a relação sexual. É também por ele que o fluxo menstrual sai. Assim como o bebê em um parto normal.
Útero: é no útero em que o embrião fica alojado e se desenvolve até o nascimento. Ele conta com o formato de uma pera invertida, mas pode variar de tamanho, posição e estrutura. Como é formado por tecido muscular, consegue aumentar de tamanho durante a gestação. Caso não ocorra a fecundação do ovo, sua parede interna, o endométrio, sofre descamação, que é eliminado durante a menstruação.
Trompas: também conhecidas como tubas uterinas, as trompas são responsáveis por transportar os óvulos para o útero. São compostas por dois canais, cada um de um lado do útero.
Ovários: as mulheres contam com dois ovários, sendo cada um de um lado do útero, logo abaixo das trompas. São eles os responsáveis pela produção de óvulos e os hormônios sexuais, chamados de estrogênio e progesterona. São esses hormônios que controlam o ciclo menstrual, assim como o crescimento do endométrio.
Clitóris: o grande responsável pelo prazer
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O clitóris é constituído por aproximadamente 8 mil terminações nervosas, sendo 4 mil de cada lado, afirma Leila. Ainda, segundo ela, além de ele ter uma grande quantidade de terminações nervosas, elas estão comprimidas em um pequeno espaço, o que faz com que ele seja tão sensível. Seu formato é de pirâmide, mas o tamanho pode variar de mulher para mulher.
Leia também: 11 perguntas que você não deve ter vergonha de fazer ao ginecologista
Ele é comparado por muitas pessoas com o pênis, já que eles contam com várias semelhanças biológicas. Ambos são formados pelo mesmo tecido, além disso, ele tem um prepúcio, uma pele responsável para sua proteção. Porém, sua única função é proporcionar prazer para a mulher e, quando isso acontece, ele fica cheio de sangue, aumenta de tamanho e endurece. Isso pode lembrar uma pequena ereção. É através dele que muitas das mulheres chegam ao orgasmo.
O que você pode e o que você não pode fazer com a sua vagina
Como a vagina é um órgão delicado, é preciso ficar atenta ao que você pode ou não fazer com ela. Na lista abaixo, você confere algumas das coisas que você não precisa se preocupar e outras que você deve passar longe.
Dicas de Mulher
Não pode
Lavar internamente a vagina: a lavagem interna pode alterar a microbiota vaginal natural, o que faz com que a chance para desenvolver uma infecção seja maior.
Fazer duchas vaginais: a ducha vaginal é outro tipo de limpeza realizada na parte interna do órgão reprodutor feminino e deve ser evitada pelo mesmo motivo citado acima.
Colocar alimentos ou produtos químicos que possam agredi-la: o uso de produtos químicos e até mesmo alimentos pode gerar irritações na vagina. Caso você queira apimentar a relação sexual, pode usar produtos específicos para a prática.
Usar absorvente diário todos os dias: o uso de protetores diários faz com que a temperatura e a umidade da região vaginal aumentem, o que torna o ambiente suscetível a proliferação de micro-organismos que causam doenças.
Fazer vaporização vaginal: a vaporização vaginal pode causar irritações e até mesmo queimaduras devido à temperatura, por isso, a técnica deve ser evitada.
Pode
Realizar exercícios pélvicos: conhecida como pompoarismo, a prática de exercícios pélvicos ajudam a manter a musculatura tonificada, o que melhora o desempenho sexual. Além disso, ele também ajuda a evitar uma futura incontinência urinária.
Deixá-la respirar: para que sua vagina respire um pouco, é interessante usar roupas que não apertem a região e calcinhas de algodão. Além disso, deixar o local abafado por muito tempo pode gerar suor, o que pode causar irritação, assaduras e até mesmo infecções.
Usar lubrificantes: os lubrificantes podem ser ótimos aliados na hora de manter uma relação sexual, caso você não tenha uma lubrificação natural muito grande.
Ter relações sexuais durante a gravidez: não precisa ter medo de machucar seu bebê durante a relação sexual, pois um tampão de muco fecha o colo do útero e ajuda a manter as infecções longe. Além disso, o saco amniótico e o útero também o deixam protegido.
Usar lenço umedecido para limpezas de emergência: o lenço umedecido não deve ser usado com frequência, pois podem remover a camada de proteção da vulva, mas em situações emergências, você pode utilizar desse produto. Só não vale abusar e reutilzar um paninho que já foi usado para a limpeza, viu?
Evitar práticas ou produtos que possam fazer mal à sua vagina são fundamentais para a sua saúde, por isso, passe longe das opções citadas na lista de não pode, mas faça bom proveito das práticas citadas na lista do que pode e garanta o bem-estar da sua vagina.
10 curiosidades sobre a vagina
Falta saber alguma coisa sobre a sua vagina? Então confira uma lista de curiosidades:
1. Dormir sem calcinha faz bem
Depois de um longo dia usando roupas, dormir sem calcinha faz um bem danado para a sua vagina. Assim, ela consegue ficar fresquinha e respirar, o que pode mandar os fungos para longe.
2. Algumas infecções são causadas por fungos
Justamente por isso é importante manter a sua vagina seca e sempre bem limpinha. Assim, você evita coceiras, irritações e até mesmo infecções.
3. A vagina é autolimpante
É isso mesmo que você leu! A vagina é um órgão autolimpante, por isso, duchas ou lavagens internas são desnecessárias. Se sua flora estiver em equilíbrio, ela consegue manter longe a proliferação de micro-organismos indesejáveis.
4. Não existe vagina “normal”
Não só cada mulher tem um formato diferente de vagina, como a mesma mulher pode ter o lábio de um lado maior do que o do outro. Além disso, a cor também não é padrão e pode variar. A diversidade está presente até mesmo em partes mais escondidas do nosso corpo!
5. Orgasmo não é só clitoriano
O clitóris é muito famoso por dar prazer às mulheres, mas não é só com o estímulo dele que é possível obter um orgasmo, já que também existe o orgasmo vaginal. Para atingir esse momento, é interessante que você se conheça, assim, sentir prazer será uma tarefa muito mais fácil.
6. A vagina muda de tamanho
É isso mesmo! A vagina consegue se expandir e se contrair e é por isso que é possível colocar um absorvente interno lá dentro sem que ele se perca e que um bebê saia pelo mesmo canal.
7. Ter corrimento é normal
Ter um corrimento claro, sem odor e que não está associado com outros sintomas é comum. Mas caso haja coceira, mau cheiro, coloração esverdeada ou amarelada, consulte um especialista, pois isso pode ser um alerta para uma infecção.
Como você pode ver, a vagina é um órgão complexo e maravilhoso! É muito interessante que as mulheres a conheçam muito bem, para assim, evitar doenças e saber tudo o que ela pode fazer, assim como o que também deve passar longe dela. Assim, você pode melhorar a sua qualidade de vida!
8. Ela adora sexo!
A prática sexual faz com que os músculos vaginais sejam estimulados, assim, eles ficam saudáveis e em forma. Caso você fique um bom tempo sem sexo, pode praticar o pompoarismo.
9. Barulhos durante o sexo são normais
Dependendo da posição que você está ou como a penetração acontece, é possível que entre ar na vagina, e quando ele sai, o barulho é parecido com o de um pum. Se isso acontecer com você, não precisa ficar com vergonha, pois é algo bem comum.
10. O espelho é um bom amigo
Para saber se está tudo bem, não custa nada dar uma olhadinha com a ajuda de um espelho de vez em quando. Assim, você pode visualizar alguma irritação, verruga ou até mesmo um machucadinho que ainda não havia percebido.
Conhecer seu corpo é de extrema importância, assim, é mais tranquilo resolver problemas ou até mesmo evitar situações desconfortáveis. Além disso, isso também pode fazer com que seja mais fácil se olhar com o carinho que você merece. Outra coisa: não se esqueça de consultar seu ginecologista anualmente para saber se está tudo ok, certo?
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Vagina: guia completo para solucionar dúvidas e conhecê-la melhor
Você realmente sabe o que é a vagina? O que muita gente chama por esse nome, na verdade, é a vulva, a parte externa do órgão, que é composta pelo clitórios, lábios internos e externos e a abertura para a vagina, que é o canal interno. Além disso, o órgão completo também é composto pelas trompas, útero e ovários.
Como a vagina é complexa e pode gerar diversos questionamentos, conversamos com a ginecologista e obstetra Marieli Dosso, da Clínica Duo e com Leila Campos, sexóloga e terapeuta sexual para responder algumas questões comuns relacionadas ao assunto.
Índice do conteúdo:
12 dúvidas sobre a vagina respondidas por uma ginecologista
Anatomia genital feminina
Clitóris: o grande responsável pelo prazer
O que você pode e o que você não pode fazer com a sua vagina
10 curiosidades sobre a vagina
12 dúvidas sobre a vagina respondidas por uma ginecologista
iStock
É comum ter muitos questionamentos relacionados à vagina, mesmo para quem visita um ginecologista com frequência. Para isso, você pode conferir algumas das perguntas que são mais frequentes no consultório desse especialista.
1. Minha vulva é normal?
Marieli afirma que não existe vulva “normal”. Segundo um estudo recentemente realizado na Suíça, há uma grande variedade de tamanhos e formatos. “Muitas mulheres procuram a ginecologista hoje pois se sentem incomodadas com alguma característica e durante a consulta, é avaliado se alguma intervenção é necessária”.
2. É normal ter dor durante a relação sexual?
A resposta curta é não! “A dor durante a relação sexual pode estar relacionada a questões emocionais e patológicas. Fatores como o relacionamento com o parceiro, diminuição de libido, atrofia vaginal na pós-menopausa e patologias como a endometriose são causas frequentes”, afirma a ginecologista. Ainda segundo ela, como essa é uma queixa que afeta a qualidade de vida das mulheres, as que sentem dor devem procurar um ginecologista para identificar a causa e assim iniciar o tratamento adequado.
3. É normal ter sangramentos após a relação sexual?
Não! Marieli afirma que “o sangramento após relação sexual geralmente é causado por alguma lesão no colo uterino ou paredes vaginais. Na maioria das vezes, não tem uma causa grave, mas que deve ser investigada e tratada. Infecções vaginais, pólipos cervicais e a presença de ectopia no colo uterino são causas frequentes. A ectopia é muito comum em usuárias de contraceptivos e é definida pelo deslocamento da mucosa endocervical, que é mais frágil para a parte externa do colo, ficando mais exposta ao trauma da relação”.
4. É normal não ter lubrificação durante a relação sexual?
Aqui, a resposta também é não. “A ausência de lubrificação está mais relacionada com a excitação no momento. Por isso as preliminares são tão importantes. Entre as causas fisiológicas para diminuição da lubrificação estão a fase da menopausa e o uso de contraceptivos, que pela diminuição dos hormônios circulantes deixam a mucosa vaginal menos vascularizada, diminuído assim a produção de secreção”.
5. A ejaculação feminina é mito ou verdade?
Segundo a sexóloga e terapeuta sexual Leila Campos, a ejaculação feminina ainda não foi comprovada cientificamente. Para ela, ao falar disso, é importante, primeiro, entender o famoso ponto G. “Segundo a teoria do Ponto G, do ginecologista Ernst Graffenburg, na fase de excitação sexual essa glândula aumenta de volume em função do maior afluxo de sangue e do ingurgitamento causado por uma certa espécie de fluido que serve para lubrificação vaginal. A teoria também sugere que, para algumas mulheres, o orgasmo pode resultar numa ejaculação feminina, em que haveria uma descarga em jorro desse fluido pela uretra”.
Em contrapartida, existem estudos que afirmam que o líquido é urina. Ainda, segundo a sexóloga e terapeuta sexual “Existem várias explicações possíveis para a questão da ejaculação feminina e para a questão de áreas particulares da vagina que dão melhor sensação do que outras. Em sua proposta de crescimento e descoberta da própria sexualidade, é importante que você formule o que é realidade em seu caso, e não o que a mídia promulga como “fato” presumido”.
6. Quando devo me preocupar com o corrimento?
A mulher deve se preocupar quando a secreção apresenta tons amarelados ou esverdeados ou quando ela está relacionada a coceira e mau cheiro, afirma Marieli. Segundo ela, “muitas mulheres apresentam secreção vaginal branca e sem cheiro, em menor e maior quantidade, muitas vezes incomodam, mas que não se trata de infecção e na maioria das vezes não precisa de tratamento”.
7. Posso perder a virgindade usando absorvente interno?
A perda da virgindade é culturalmente reconhecida quando ocorre a ruptura do hímen. Para mulheres que nunca tiveram relação sexual e desejam usar absorvente interno, recomenda-se o uso do que apresenta menor tamanho e se colocado de maneira adequada, raramente vai provocar a rotura himenal, afirma Marieli.
8. É normal ter coceira na vagina?
A coceira, na maioria das vezes, está associada a candidíase, causada por um fungo, diz Marieli. Ela ainda afirma que o tratamento é simples, podendo ser realizado através de cremes vaginais ou medicações via oral.
9. É normal ter odores fortes na vagina?
O odor forte na vagina também pode estar relacionado a infecções vaginais e pode demandar tratamento tópico, com cremes vaginais ou medicações via oral, afirma a ginecologista.
10. É normal sentir ardências na vagina?
Ardência vaginal pode estar relacionado a infecções, alergias, lesões como fissuras ou até mesmo com alterações hormonais, mas não é normal. Marieli ressalta que é importante a avaliação do seu ginecologista para obter o diagnóstico correto.
11. Como devo lavar a vagina?
Marieli diz que a região íntima deve ser higienizada com água e sabonete normal durante o banho, somente a parte externa. O uso de duchas vaginais não é recomendado, assim como o sabonete íntimo não deve ser usado diariamente. “Essas duas práticas levam a alteração da microbiota vaginal natural, aumentando a chance de infecções oportunistas.”, argumenta a ginecologista.
12. Minha vagina volta ao normal depois do parto natural?
O que acontece na vagina após o parto tem uma maior relação com a gestação do que com o parto em si. “Os hormônios da gestação causam um afrouxamento de toda a musculatura pélvica. Para tentar minimizar este efeito, é recomendado fisioterapia pélvica, para fortalecer esses músculos. Durante o parto vaginal, alguns eventos podem contribuir para esse enfraquecimento muscular, como grandes lacerações perineais ou episiotomias realizadas sem indicação.”, ressalta Marieli.
As respostas listadas acima são muito importantes para que você conheça a sua vagina e saiba lidar com ela da melhor forma possível, assim, você pode evitar situações desagradáveis e até mesmo doenças. Sem contar que também evita neuras desnecessárias.
Anatomia genital feminina
iStock
Você já sabe que a vagina está localizada na parte interna do órgão reprodutor feminino e a vulva externa, mas não é só isso. Confira abaixo toda a anatomia genital da mulher:
Órgãos externos
Grandes lábios: são dobras cobertas por pele e pelos que se estendem do púbis até o períneo.
Pequenos lábios: são duas extremidades finas, que estão na parte interna dos grandes lábios. Eles são finos, enervados e vascularizados. Além disso, são constituídos por mucosas.
Púbis: é a região localizada entre o abdômen e o clitóris.
Clitóris: encontrado na parte superior da vulva, está próximo da uretra e da ligação dos pequenos lábios. É um grande responsável pelo prazer feminino.
Meato uretral: é por aqui que sai a urina. Ele se encontra entre a entrada da vagina e do clitórios.
Introito vaginal: parcialmente coberto pelo hímen, ele se encontra na parte interior do vestíbulo.
Hímen: é formado por uma membrana coberta por uma mucosa. Pode variar de tamanho e de forma.
Períneo: é a parte que se encontra no inferior da vulva e vai até o ânus.
Órgãos internos
Vagina: a vagina é um canal que se estende até o útero. Ela conta com aproximadamente 7,5 a 10 centímetros. É esse o canal em que o pênis penetra durante a relação sexual. É também por ele que o fluxo menstrual sai. Assim como o bebê em um parto normal.
Útero: é no útero em que o embrião fica alojado e se desenvolve até o nascimento. Ele conta com o formato de uma pera invertida, mas pode variar de tamanho, posição e estrutura. Como é formado por tecido muscular, consegue aumentar de tamanho durante a gestação. Caso não ocorra a fecundação do ovo, sua parede interna, o endométrio, sofre descamação, que é eliminado durante a menstruação.
Trompas: também conhecidas como tubas uterinas, as trompas são responsáveis por transportar os óvulos para o útero. São compostas por dois canais, cada um de um lado do útero.
Ovários: as mulheres contam com dois ovários, sendo cada um de um lado do útero, logo abaixo das trompas. São eles os responsáveis pela produção de óvulos e os hormônios sexuais, chamados de estrogênio e progesterona. São esses hormônios que controlam o ciclo menstrual, assim como o crescimento do endométrio.
Clitóris: o grande responsável pelo prazer
iStock
O clitóris é constituído por aproximadamente 8 mil terminações nervosas, sendo 4 mil de cada lado, afirma Leila. Ainda, segundo ela, além de ele ter uma grande quantidade de terminações nervosas, elas estão comprimidas em um pequeno espaço, o que faz com que ele seja tão sensível. Seu formato é de pirâmide, mas o tamanho pode variar de mulher para mulher.
Ele é comparado por muitas pessoas com o pênis, já que eles contam com várias semelhanças biológicas. Ambos são formados pelo mesmo tecido, além disso, ele tem um prepúcio, uma pele responsável para sua proteção. Porém, sua única função é proporcionar prazer para a mulher e, quando isso acontece, ele fica cheio de sangue, aumenta de tamanho e endurece. Isso pode lembrar uma pequena ereção. É através dele que muitas das mulheres chegam ao orgasmo.
O que você pode e o que você não pode fazer com a sua vagina
Como a vagina é um órgão delicado, é preciso ficar atenta ao que você pode ou não fazer com ela. Na lista abaixo, você confere algumas das coisas que você não precisa se preocupar e outras que você deve passar longe.
Dicas de Mulher
Não pode
Lavar internamente a vagina: a lavagem interna pode alterar a microbiota vaginal natural, o que faz com que a chance para desenvolver uma infecção seja maior.
Fazer duchas vaginais: a ducha vaginal é outro tipo de limpeza realizada na parte interna do órgão reprodutor feminino e deve ser evitada pelo mesmo motivo citado acima.
Colocar alimentos ou produtos químicos que possam agredi-la: o uso de produtos químicos e até mesmo alimentos pode gerar irritações na vagina. Caso você queira apimentar a relação sexual, pode usar produtos específicos para a prática.
Usar absorvente diário todos os dias: o uso de protetores diários faz com que a temperatura e a umidade da região vaginal aumentem, o que torna o ambiente suscetível a proliferação de micro-organismos que causam doenças.
Fazer vaporização vaginal: a vaporização vaginal pode causar irritações e até mesmo queimaduras devido à temperatura, por isso, a técnica deve ser evitada.
Pode
Realizar exercícios pélvicos: conhecida como pompoarismo, a prática de exercícios pélvicos ajudam a manter a musculatura tonificada, o que melhora o desempenho sexual. Além disso, ele também ajuda a evitar uma futura incontinência urinária.
Deixá-la respirar: para que sua vagina respire um pouco, é interessante usar roupas que não apertem a região e calcinhas de algodão. Além disso, deixar o local abafado por muito tempo pode gerar suor, o que pode causar irritação, assaduras e até mesmo infecções.
Usar lubrificantes: os lubrificantes podem ser ótimos aliados na hora de manter uma relação sexual, caso você não tenha uma lubrificação natural muito grande.
Ter relações sexuais durante a gravidez: não precisa ter medo de machucar seu bebê durante a relação sexual, pois um tampão de muco fecha o colo do útero e ajuda a manter as infecções longe. Além disso, o saco amniótico e o útero também o deixam protegido.
Usar lenço umedecido para limpezas de emergência: o lenço umedecido não deve ser usado com frequência, pois podem remover a camada de proteção da vulva, mas em situações emergências, você pode utilizar desse produto. Só não vale abusar e reutilzar um paninho que já foi usado para a limpeza, viu?
Evitar práticas ou produtos que possam fazer mal à sua vagina são fundamentais para a sua saúde, por isso, passe longe das opções citadas na lista de não pode, mas faça bom proveito das práticas citadas na lista do que pode e garanta o bem-estar da sua vagina.
10 curiosidades sobre a vagina
Falta saber alguma coisa sobre a sua vagina? Então confira uma lista de curiosidades:
1. Dormir sem calcinha faz bem
Depois de um longo dia usando roupas, dormir sem calcinha faz um bem danado para a sua vagina. Assim, ela consegue ficar fresquinha e respirar, o que pode mandar os fungos para longe.
2. Algumas infecções são causadas por fungos
Justamente por isso é importante manter a sua vagina seca e sempre bem limpinha. Assim, você evita coceiras, irritações e até mesmo infecções.
3. A vagina é autolimpante
É isso mesmo que você leu! A vagina é um órgão autolimpante, por isso, duchas ou lavagens internas são desnecessárias. Se sua flora estiver em equilíbrio, ela consegue manter longe a proliferação de micro-organismos indesejáveis.
4. Não existe vagina “normal”
Não só cada mulher tem um formato diferente de vagina, como a mesma mulher pode ter o lábio de um lado maior do que o do outro. Além disso, a cor também não é padrão e pode variar. A diversidade está presente até mesmo em partes mais escondidas do nosso corpo!
5. Orgasmo não é só clitoriano
O clitóris é muito famoso por dar prazer às mulheres, mas não é só com o estímulo dele que é possível obter um orgasmo, já que também existe o orgasmo vaginal. Para atingir esse momento, é interessante que você se conheça, assim, sentir prazer será uma tarefa muito mais fácil.
6. A vagina muda de tamanho
É isso mesmo! A vagina consegue se expandir e se contrair e é por isso que é possível colocar um absorvente interno lá dentro sem que ele se perca e que um bebê saia pelo mesmo canal.
7. Ter corrimento é normal
Ter um corrimento claro, sem odor e que não está associado com outros sintomas é comum. Mas caso haja coceira, mau cheiro, coloração esverdeada ou amarelada, consulte um especialista, pois isso pode ser um alerta para uma infecção.
Como você pode ver, a vagina é um órgão complexo e maravilhoso! É muito interessante que as mulheres a conheçam muito bem, para assim, evitar doenças e saber tudo o que ela pode fazer, assim como o que também deve passar longe dela. Assim, você pode melhorar a sua qualidade de vida!
8. Ela adora sexo!
A prática sexual faz com que os músculos vaginais sejam estimulados, assim, eles ficam saudáveis e em forma. Caso você fique um bom tempo sem sexo, pode praticar o pompoarismo.
9. Barulhos durante o sexo são normais
Dependendo da posição que você está ou como a penetração acontece, é possível que entre ar na vagina, e quando ele sai, o barulho é parecido com o de um pum. Se isso acontecer com você, não precisa ficar com vergonha, pois é algo bem comum.
10. O espelho é um bom amigo
Para saber se está tudo bem, não custa nada dar uma olhadinha com a ajuda de um espelho de vez em quando. Assim, você pode visualizar alguma irritação, verruga ou até mesmo um machucadinho que ainda não havia percebido.
Conhecer seu corpo é de extrema importância, assim, é mais tranquilo resolver problemas ou até mesmo evitar situações desconfortáveis. Além disso, isso também pode fazer com que seja mais fácil se olhar com o carinho que você merece. Outra coisa: não se esqueça de consultar seu ginecologista anualmente para saber se está tudo ok, certo?
O post Vagina: guia completo para solucionar dúvidas e conhecê-la melhor apareceu primeiro em Dicas de Mulher.
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