#Jantar de Formatura Direito
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Jantar de Formatura Valentina
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Eu quero antes de qualquer coisa que você saiba que eu estou aqui pra tentar ajudar a melhorar seus dias, eu te falei que estaria nos momentos difíceis e aqui estou, nao do jeito que eu queria, pois se fosse, com certeza nesse momento eu nao estaria sozinho deitado em meu quarto, eu ia fazer questão de estar do seu lado, aproveitando ao máximo o aconchego que o seu abraço pode trazer, a paz que a sua presença me proporciona, e matando a saudade da sua boca, do seu corpo, do seu sorriso, da sua voz, como eu queria... Não sei oque tá se passando, mas eu gostaria muito de saber se sentir confortável óbvio, e também se entender que eu posso te ajudar de alguma forma. Realmente, crescer dói muito, eu também estou passando por essa fase, a cobrança aumenta e por vezes nos sentimos incapazes de fazer muitas coisas, mas não podemos deixar esse pensamento ser dominante, mesmo que seja difícil.
Falando de emprego, ainda não consegui um, mas vou ter que agilizar tendo em vista que você falou que faria o possível pra me ver haha. Apareceu algumas oportunidades, hoje fiz uma entrevista em um restaurante, pra uma vaga de garçom, não é exatamente oque eu quero, mas no momento pode ser interessante, pois o horário é bem acessível e eu iria conseguir estudar e ir pra casa nos fins de semana, mas nada certo ainda. Uma amiga da faculdade me indicou uma empresa em que o marido dela trabalha, que tem uma vaga pra um cargo administrativo, eu enviei um currículo, mas sinceramente, não sei se eu tenho capacidade pra assumir uma função dessa, mas estou torcendo pra dar certo, eu posso tentar.
Fico extremamente feliz por saber que se apaixonou pelas áreas criminais, como eu te falei fiquei surpreso, mas muito feliz por saber que está empolgada com isso, com certeza vai se sair bem e vai fazer valer a pena. Você delegada; confesso que nunca imaginei, poderia por favor separar uma cela pra nós dois vivermos juntos pra sempre? Haha. Eu sempre achei que direito combinou com você e quando eu descobri que era isso que iria fazer eu não fiquei surpreso, lembro quando no jantar da sua formatura alguém falou no microfone o que você iria cursar, e que tinha conseguido uma bolsa, foi ali que fiquei sabendo e não consegui esconder minha felicidade, aplaudi assim como todos quando ouvi seu nome e fiquei muito orgulhoso, mas não pude te dizer isso aquela hora, infelizmente, mas tô te contando agora.
Confesso que eu também não sabia do porquê a gente ter que ver um cadáver, mas deve fazer parte das aulas de anatomia, mais pra frente vamos estudar os seus órgãos, isso eu acho que vai ser um pouco estranho, mas confesso que estou curioso. Tenho aprendido e estudando sobre muita coisa interessante, assuntos que eu gosto muito, e tento sempre estar inteirado, a psicologia é uma ciência incrível, eu sinto que me encontrei, e eu tenho muita vontade de ser um profissional excelente, mesmo que as vez eu pense que não vou conseguir. Mas eu me sinto muito feliz estudando e vou te contar tudo de interessante que eu aprender.
Não é possível que o destino não queira que seja possível a gente se reencontrar, tendo em vista que nada que sentimos mudou, que quando eu escuto o seu nome um frio na barriga aparece, que sempre que eu assisto um filme de romance eu lembro de você, ou quando ouço uma música o seu rosto vem na minha mente, obviamente a gente vai se encontrar em algum momento, e acredito que do jeito mais aleatório possível, mas tenho certeza que vai ser perfeito. Acho que mudarei minha rotina, vou acordar mais cedo e sair pra caminhar por volta das dez horas, vai que por ventura do destino eu encontro a pessoa que eu mais amo por aí, isso seria incrível. É irônico eu estar falando isso, até porque como estudante de psicologia eu não devo acreditar em destino, mas eu acredito em Deus, e eu tenho certeza que ele vai fazer com que eu e você se encontre novamente, estou guardando o meu abraço mais apertado e cheio de amor pra ti.
Eu fico bobo vendo você falar tudo isso, exatamente o que eu sinto. Também tenho saudade do calor teu corpo, o qual eu lembro cada detalhe, inclusive como as suas mãos eram fofinhas, do teu toque, do gosto da tua boca o qual eu nunca pude esquecer, obviamente sao sim coisas tangíveis, mas era tudo oque eu queria poder relembrar hoje. Sofro com a falta de tudo isso, mas não se compara a falta que a sua presença, a sua risada e as nossas conversas malucas me fazem, eu ainda sonho com o dia que você vai deitar no meu peito e vamos conversar sobre qualquer assunto que nos renderá horas de convera durante a madrugada, isso tudo antes de pegarmos no sono, espero que esse meu desejo ainda seja realizado. você é a primeira pessoa que eu amei, mas não é sobre isso, é sobre ser a primeira que me fez se sentir amado, e isso nunca ninguém vai me fazer sentir novamente.
Eu vou te contar tudo que quer saber, adoro ver que se interessa, quero te falar sobre as pessoas que conheci por aqui, mas não quero te deixar entediada com meu texto gigantesco, então te deixo informada na próxima haha. Mas respondendo uma das suas perguntas, já sai sim conhecer a ruas da cidade e eu adoro caminhar por aqui, me sinto bem e isso também me traz uma esperança de te encontrar por aí.
Não se sinta precionada pra responder rápido, sei que o seu dia é corrido e não quero que perca tempo comigo, mas aguardo sua resposta, fica bem! Estou por aqui sempre!
pra sempre seu.
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Quente como o inferno
Úrsula segue chocada com a confissão de Amanda.
[Úrsula]- amiga, é muita informação. Você se descobrindo sapatão e ainda apaixonada pela vazia da Fany é demais pra minha cabeça.
[Amanda]- calma aí, não sou sapatão! Pelo menos não me vejo assim.
[Úrsula]- ué, você é o quê então? No máximo bissexual, queridinha. E eu falo porque me encaixo super. Já andei dando umas linguadinhas numas minas aí, enfim.
[Amanda]- ai, tá vendo, eu sabia que você ia ficar me enchendo, não devia ter te contado nada!
[Úrsula]- mas contou, então agora aguenta.
[Amanda]- e o que eu faço?
[Úrsula]- ué, nada. Bora viver essa sexualidade, meu bem, fica perdendo tempo com Fany, não. Bora marcar uma balada!
[Amanda]- ah, não dá, semana que vem é a tal viagem de formatura da turma.
[Úrsula]- então me põe nessa. A gente vai causar, tenho certeza!
Maria fica assustada ao descobrir que será avó.
[Laura]- pelo visto ele não te contou, né. Lamento que fique sabendo assim.
[Jonas]- que cê tá fazendo aqui, Laura?!
[Maria]- Jonas, que história é essa de que vai ser pai?
[Jonas]- conversamos depois, mãe, agora...
[Maria]- não, você vai contar AGORA, eu tenho o direito de saber!
[Laura]- não se preocupe, senhora, o Jonas está me dando total apoio...
[Maria]- quero falar com o meu filho a sós. Volte outra hora, por favor.
[Laura]- tudo bem. Como quiser.
Laura fecha a porta, mas segue ouvindo tudo.
[Maria]- o que você tem na cabeça, Jonas? O que vão pensar de nós na igreja, no bairro?
[Jonas]- é claro, né, mãe. Porque é só nisso que consegue pensar: em você mesma. Já parou pra pensar que a Joyce e eu estamos nos fodendo de várias formas e você não tá nem aí?
Enquanto isso, em sua casa, Margarete conversa com alguém no telefone.
[Margarete]- eu sei, eu sei, fica tranquilo. O Eduardo tá super acreditando.
[...]- eu sei que ele não está, sua imbecil! Acha que eu não acompanho cada passo de vocês? Trate de conquistá-lo logo porque não temos muito tempo!
[Margarete]- eu estou fazendo o que posso, porra! Não dá pra fazer tudo da noite pro dia!
[...]- se vira. Nós entramos juntos nessa e nada pode dar errado.
Nesse momento, a porta bate.
[Margarete]- tenho que desligar, depois nos falamos.
Margarete respira fundo e abre a porta.
[Eduardo]- tá ocupada?
[Margarete]- pra você jamais, amor. Entre.
[Eduardo]- aceita jantar comigo?
[Margarete]- claro que sim! Você só espera eu tomar um banhozinho rápido?
[Eduardo]- vai lá.
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São Paulo, 03 de dezembro de 2021
Chegou a hora de nos despedirmos.
Foi um ano de pouca sobriedade. Precisei escapar da realidade em vários momentos, fugir desse lugar onde eu não queria estar, calar as vozes que eu não queria ouvir, entorpecer as emoções que eu não queria sentir. Eu me deixava corroer, enferrujar, consumir por tudo com o que não sabia lidar.
Eu dei o primeiro passo da despedida, sem pensar em olhar para trás. Quando você se foi eu precisei me despedir de todos os projetos e projeções, ficou aqui um eu solitário e confuso.
Me despedi dos nossos filhos, das formaturas. Depois, da casa na montanha. Me despedi dos jantares em família, da sua mãe, das férias fazendo trilhas. Me despedi das noites de inverno em frente a lareira, das paredes de madeira e do estúdio no subsolo. Me despedi da viagem à Islândia, das fotos pelo mundo, do lado direito da cama quente no sábado de manhã.
Eu precisei dizer adeus em parcelas porque fazer tudo de uma só vez era cruel demais, era violento demais. E assim se passou pouco mais de um ano. É importante dizer que na noite passada sonhei com você. Você e uma outra, você e o silêncio, você e minha teimosia, você ainda nesse outro lugar, você que não precisava e nem queria mais o eu.
Entendi que preciso dizer adeus. Passei todo esse tempo me despedindo de todos aqueles planos, mas esqueci de me despedir de você. Você precisa ir e eu preciso estar, aqui, comigo mesma e inteira.
Um adeus ainda com afeto,
Priscila
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Por cinco razões
Por cinco motivos, Gabriel é ou foi feliz. Por elas, eu existo. Por cinco diferentes – e conectados motivos, eu posso acreditar na felicidade. E, sem mais delongas, sem nenhuma ordem particular (somente a última, que é a mais importante delas), essas são elas:
AMIGOS
Se tem uma coisa que eu me orgulho e me alegro muito, são os irmãos, a família complementar que a vida me deu. Se eu te digo que eu tive tudo, absolutamente tudo na vida, isso significa dizer que eu tive comigo as melhores pessoas do universo para estarem comigo. Coisa de conexão espiritual, de vida passada ou de motivos que ninguém nunca vai entender. Vamos lá, eu não nasci ontem e eu também não sou (tão) bobinho assim. Eu sei diferenciar os níveis de cada tipo de relacionamento: sei o que é um conhecido, uma conversa mais delonga com alguém mais presente, um colega que até pode morar contigo e um verdadeiro amigo. E amigo esse que tem uma relação de poder, que salva, que cria, que muda, que dá razão, que incomoda, que nos preocupa... e muito mais. Talvez esses fiquem contados na sua mão. Eu tenho esses. E porque eu me encho de orgulho, eu vou materializar aqui: GUILHERME, MARCOS, LANGS, EDUARDO, LAYLA. Esses cinco estiveram comigo nos melhores e piores momentos e meu amor por eles é a minha força de vida. Acrescento ainda amigos que eu conheci na américa, que são a minha família nos Estados Unidos: DANIEL RAMIREZ e DANIEL MCKERNAN.
LAYLA
Essa pessoinha, que já foi mencionada acima, merece um destaque sim: como um dos cinco motivos de eu ser feliz. Ela vai ganhar ainda um outro posto: a mulher da minha vida que talvez tenha vindo nesta em forma de melhor amiga. Quando a Layla aterrissou, mexeu com tudo e com todos. Provocou incômodo e ódio em amigos e família. E o mais legal é que ela não estava nem aí. Ela nunca quis, na minha opinião, provocar nenhum reboliço. Mas as pessoas ao meu redor não estavam acostumadas a ver o que é tão normal por aí: viver. Layla me ensinou que a vida aqui fora é real e que todo mundo tem direito a fazer parte dela. Não é dada demais, ela só mencionou coisas que existiam, me contou como funcionava e por último me deu o convite: você quer? Eu disse, pela primeira vez, sim. Saí do meu mundinho religioso, da minha casa numa região afastada e fui para o Centro. Segurou a minha mão trêmula ao beijar o primeiro menino, me ensinou a gostar da noite, me levou a lugares da minha cidade que eu só via pela televisão e se chocou com o momento que eu segurei a mão dela: “eu sempre segurei na mão das pessoas, mas ninguém nunca segurou a minha”. A gente ria da nossa falta de dinheiro, fazia festa surpresa um para o outro. Estava de boa pegar os boys, mas ficava puta quando eu fazia nova amizade feminina ou quando virava namoro – tudo sobre a atenção que ela ia ter. Superamos a maior crise da nossa amizade, “eu estou apaixonada por você” e ficamos ainda mais fortes. Nos formamos, dançamos nas nossas formaturas como príncipe e princesa, tivemos que dar folheto na rua para fazer grana, choramos quando o outro sofria, cuidamos um do outro e NUNCA, nunca julgamos a nós mesmos. Criamos nossa própria forma de chamar um ao outro, a forma mais fofa do mundo – vale ressaltar. Dia 23 de outubro de 2018, 1:01am da manhã: “Meiju [...] tô sentindo mais dorzinha” meu mundo parou, meu coração disparou e as lágrimas vieram com força: estava nascendo sua filha, Giovanna Nunes Erlacker Drago, minha princesa e afilhada. Quando eu disse que, se eu contasse o que eu tenho feito para ela (na minha vida atual), ela poderia se decepcionar, Layla respondeu “eu acredito em você e sei que você é forte pra superar qualquer coisa, Meiju”. Com alegria eu digo para todos, Layla Caroline é, sem dúvida alguma, uma grande razão de ser eu feliz.
FAMÍLIA
Tem sido um ano muito difícil de aguentar, não adianta a gente fingir que não é. E quando a gente pensa em uma temporada sendo difícil, a gente sempre pensa que é um tempo sem dinheiro. E tem muito sentido nisso. Porque tudo que a nossa família teve de menos ou não teve muito, foi o equilíbrio financeiro. E isso sempre foi nosso único grande problema. A nossa união, nosso amor sempre foi tão forte e poderoso – como toda família, sempre tivemos problemas, mas família nunca foi uma grande dor de cabeça trazendo crises – que a gente nunca precisou ficar muito preocupado. Saúde no lugar, as vezes aquele corre no médico, ou algum parente que se vai, mas basicamente por velhice. Amigos, cada membro tem o seu grupo e todos estamos socialmente satisfeitos – fofoca sobre uma traição ou alguém criando picuinha é mais normal que a certeza de que o sol vai brilhar amanhã. E não tem nada de anormal nisso. É até diversão para um almoço em grupo: algo para se conversar sobre. Então sim, para nós, prosperidade financeira é o nosso ponto problemático que nos tira sorriso, noites sem dormir por contas, nomes em risco, consequências de perder coisas que valorizamos demais e nos foi tão doído de obter. Sacrifícios de ter que escolher quem vai comer a melhor parte do jantar ou qual conta pagar ou quem esse ano não vai ter a melhor roupa. Acredite, não é o só uma questão material, não é. E eu me coloco no lugar dos meus responsáveis. Da minha mãe, da minha avó e nada me dói mais do que pensar em tudo que elas tiveram que passar. Sacrifício é uma palavra muito forte entre nós. E com todos os problemas, eu tenho a melhor família do mundo. E, com orgulho, ela é uma razão de eu ser feliz.
A MINHA CORAGEM
Não sou o cara que vai se elogiar por aí, não sou. Não tenho o costume de valorizar muito as minhas qualidades, mas esse é um puta motivo bom para eu ser feliz. A minha coragem é o brilho da minha vida. É a minha parte mais sã e a mais louca, devo admitir. Em concordância com a minha querida e amada psicóloga, sou extremamente impulsivo. Agora imagina você ser impulsivo assim e ainda ter coragem! Resultado: mudança para Atlanta quando as coisas começavam a se ajeitar em New York, 2 meses após minha mudança para os EUA. Mas, veja como as loucuras têm um fundo de positividade, foi péssimo viver em ATL por 4 meses? Foi terrível. Mas até hoje eu preciso estar visitando meus amigos por lá e umas das pessoas que mais eu gosto de estar junto, mora por lá. Agora, o que está no topo da balança? Os problemas vividos por lá ou as incríveis amizades que eu fiz? Faria de novo? Bem, a vida nos ensina certas coisas, confesso. Mas, se a pergunta é: você se arrepende? A minha clássica resposta: eu não conheço esse sentimento. Não tem absolutamente nada que eu me arrependo (isso também conta como coragem): se aconteceu era para aprender. Se errou, vamos consertar. Mas querer voltar atrás com o objetivo de refazer, nunca. Não há nada terrível que venha na nossa vida que não nos faça evoluir. E esse é um princípio básico da humanidade. A coragem nos faz voar, conquistar e avançar. Sem ela a vida é sem cor, sem histórias. Essa é a qualidade que vai te fazer sorrir e chorar ao lembrar do que você foi capaz de fazer no passado. Então sim, considerações finais (saudades monografia): a minha coragem é um poder dado por Deus como um dom que me enche de orgulho de possuir.
MADALENA ARAUJO DA SILVA, MANOEL ALVES DA SILVA
Como uma pessoinha muito presa ao passado, passo muito tempo da minha vida pensando sobre como seria ter vivido no século passado. O mundo sem tecnologia, as relações mais próximas, os primeiros jornais, a invenção da TV e a evolução dos meios de comunicação, o mundo vivendo épocas de luxo, de riqueza, da maior crise financeira, das maiores guerras, do início da globalização... e, em especial do dia 8 de agosto de 1931, dia do nascimento da rainha da minha vida. Se comparamos a criação do homem a uma receita de bolo, diria que Deus “deixou escapar” muito mais amor que o normal. Acrescentou ainda uma dose extra de sacrifício e coragem, inseriu no forno na data que representa o leão, e lhe deu o dom de espalhar entre as pessoas ao seu redor suas melhores essências. Essa é a minha maior inspiração, meu maior orgulho. Se hoje eu deixo minha marca onde quer que eu passe, se consigo mudar a vida de alguém, impactar um grupo, ser importante para algumas pessoas, isso tudo vem dessa fonte. Meus avós nunca me deram uma vida de poder, luxo, conforto. Mas meus avós emanaram a todo segundo o maior poder incompreensível pelo homem: o verdadeiro amor. Eles separaram a carne para eu comer, me fizeram compreender o sentido de viver, me deram propósitos e objetivos. Essa é a minha maior e eterna fonte de motivação.
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Nesta ela decide por fazer de pensão, jovens estudantes e senhores solteiros vem ali para alugar seus quartos, ela também se dedica a pratos de salgados e massas que vende aos finais de semana.
Cristina, a irmã mais velha de Izaías com 21 anos esta terminando o curso de direito e já trabalha num escritório, Janete com 20 anos, terminara os estudos e trabalha numa boutique, faz faculdade de letras á noite, Elisabeth com 19 anos não trabalha e nem estuda, fica a passear com a classe de burgueses da sociedade, sempre em festas e confraternizações, bailes, é bem conhecida na alta roda society.
Izaías com 18 anos esta terminando o ensino médio e já há 5 anos trabalha de atendente numa farmácia, Lucimar só tem elogios a eles, nem tantos para Beth que vez e outra traz alguns assuntos sob sua conduta, alguns até vexatórios, tipo se embriagar e ser carregada por homens em festas de formatura, Lucimar já lhe chamara a atenção e até lhes dera algumas cintadas porém nada a fez mudar aquele tipo de "Patricinha sem ter o que ostentar".
Stéfany com 9 anos adora brincar com as primas irmãs porém quem a faz rir de verdade e realiza todos os seus gostos, mesmo que as escondidas de sua mãe, tipo, sorvete de manga antes do almoço, é Izaías quem encobre, ela ama o primo.
Assim vai caminhando a vida deles, até o dia em que batem a porta da casa e Lucimar vai atender.
- Oi, em que posso ajudar?
- É a dona Lucimar?
- Sim, por que?
- Sou Sérgio, o neto da dona Begônia, minha vó me deu esse endereço, arrumei emprego na fábrica têxtil, preciso de um quarto e........
- Vamos, entre rapaz, neto de dona Begônia, entre logo.
Lucimar leva o homem para conhecer a casa, o quarto que ficara para ele será o mesmo de Izaías devido aos outros 8 quartos estarem todos ocupados.
- Por mim, esta ótimo dona Lucimar.
- Que bom filho, agora vá me dê suas coisas que eu vou arruma-las.
- Me desculpe pode deixar, não trouxe muito, só essa mala mesmo.
- Só isso?
- Sim.
- Entendo, bem então vou deixa-lo arrumando suas coisas, fique tranquilo, esta em casa.
- Obrigado novamente, dona Lucimar.
- Só Lucimar, filho, te conheço de criança.
- Sim, obrigado Lucimar.
Izaías sai da farmácia e segue até a churrascaria do Leno, onde compra alguns espetos de carne e frango, tudo arrumado em dois marmitex ele paga e recebe o troco, nisso sente o flerte vindo do garçom que se aproxima e coloca no bolso da camisa de Izaías um bilhete.
- Meu número, me liga tá?
- Ok.
Izaías sai todo contente e logo pega o ônibus para seu bairro.
Cerca de 15 minutos depois, ele abre o portão da entrada da casa, Stéfany como sempre vem ao seu encontro e ele traz a menina para si no colo e entra na casa, Lucimar já logo vem e recebe a garota aos risos, ele entra na cozinha e guarda em cima do fogão as marmitas, ouve algumas estorinhas de Stéfany e segue para seu quarto.
- Oi.
Ali no seu quarto, um homem nú a secar o corpo.
Sérgio logo cobre seu corpo com a toalha.
- Oi, sou o Sérgio seu novo colega de quarto, vou ficar aqui um tempo e..........
- Acho que ja nos conhecemos?
- Sou neto da dona Begônia, a benzedeira, parteira.
- Izaías tenta mais não consegue se lembrar muito até que vem a lembrança.
- Ah sim, você é o Sérgio?
O rapaz vai até o colega e eles selam com um abraço e nisso a porta é aberta, Lucimar olha a cena deles ali abraçados.
- Que bom que ja se conhecerão, você se lembra dele Izaías, é o neto da dona Begônia?
- Sim tia.
020221.........
TEXTO INDICADO AO PÚBLICO DE 18 ANOS ACIMA.
CONTATO :paulo fogaçaz/ canal do youtube.
O jantar é animado, Stéfany aproveita para brincar com todos ali, momentos após, Janete e Cristina ajudam Lucimar com a louça, Izaías segue para o quarto, Sérgio fica na tv, o Celular de Izaías toca, ele dera alguns toques no celular do rapaz da churrascaria.
- Oi.
- E ai?
- Vamos se ver?
- Agora, demorou.
Izaías termina por borrifar o seu perfume pelo corpo, guarda o frasco no armário de roupas e olha no espelho, nisso Sérgio entra no quarto.
- Já vai dormir?
- Vou, preciso descansar um pouco, muito trabalho.
- Bom, muito bom, eu vou sair, quero ver o pasto.
- Sei.
- Sério meu, tenho um gato boy para fazer.
- Você gosta de homens.............
- Olha gato, eu já fui, tchau.
Izaías sai deixando Sérgio ali olhando sua saída.
Vinte minutos depois, Izaías ali num barzinho com Maurílio, 23 anos, garçom da churrascaria.
- Nossa, eu achei que não fosse vir.
- Esta louco é, nãso sou desses ai não, aqui não, quando falo eu faço.
- Já gostei de você, sabe que tal sairmos daqui para um outro lugar?
- Tudo bem.
Mais uns drinks e eles saem dali, uns amassos pelo caminho, os dois terminam no quarto de Maurílio num cortiço não tão longe do bar, Izaías se entrega ao boy de forma a fazer Maurílio ter e soltar uns bons gemidos ali, a língua do rapaz faz arrasos pelo corpo do garçom, Maurílio insiste em ter Izaías por completo, ja o mesmo se faz de desentendido do pedido e finaliza o boy pela quarta vez só oral.
- Cara você é bom demais, louquinho sabia?
- Que bom, gostou, ja que estamos satisfeitos é hora de eu ir, sabe, tenho que trabalhar cedo.
- Por que, achei que estivéssemos na mesma vibe, sabe, te gostei e você me gostou, que tal, fique aqui, vamos dormir juntinhos?
- Sério mano, tenho que ir.
Izaías se veste e quando vira a maçaneta da porta, Maurílio agarra o rapaz por trás derrubando o mesmo na cama.
- Acho que não entendeu, eu não te dei permissão para que saísse, agora fica quieto e me satisfaça, viado mais sem graça e sem consideração.
- O quê, me solta.
Inicia-se ali uma luta de Izaías e Maurílio onde Izaías não consegue se defender e Maurílio o imobiliza, depois o golpeando fazendo que Izaías desmaie, a roupa de Izaías é rasgada e o ato sexual acontece sem o consentimento do rapaz.
Minutos depois, Izaías retorna o sentido e se vê nú, roupas rasgadas e Maurílio de pé com uma cinta na mão.
- Acordou cinderela.
- O que foi isso cara, você abusou de mim?
- Vá se fuder, viado sem gosto, não tem regalias para coisas estranhas iguais a você.
- Desgraçado.
- Vá se fuder, porra, caralho quem você acha que é, um puto só isso, um carinha cheio de mimos que na real tudo o que quer é o que acabei de te dar, rola, caralho, rolaaaaaaaaaa.
Izaías se veste só de calça sai dali, tênis nos pés, ele sente dor pelo corpo, ainda recebe do homem uma cintada nas costas, ja fora dali ele manda mensagens para a irmã.
Sérgio já esta no sono quando Cris bate na porta, ele acorda e se veste para abri-la.
- Por favor, venha comigo, o meu irmão, ele precisa de ajuda, acho que fizeram mau a ele, vem comigo por favor.
- O quê?
- Me ajude por favor, vem comigo.
De pronto Sérgio se veste, ela o aguarda no corredor, logo ele sai com ela levando uma troca de roupa para o irmão.
Lucimar ouve o bater do portão e sai da cama indo a janela, vê Cris e Sérgio saindo com uma sacolinha.
- Meu Deus, o quê o Iza aprontou dessa vez?
A irmã vê o irmão ali na sarjeta sem camisa, de tênis e corre até ele, ao abraça-la Izaías desaba em choro, Sérgio surge com a sacolinha e entrega ao rapaz.
- Obrigado, olha eu estou um tanto sem jeito que me veja assim tá.
- Quem foi?
- O quê?
- Quem fez isso em você?
- Deixa para lá.
- Só me diz, quem foi?
Cris olha para ele, o irmão olha ainda com lágrimas.
- Diz para ele mano, afinal ele nos ajudou, vai diz logo.
Izaías cogita não dizer mais acaba por falar, Izaías é acompanhado por eles e no portão da casa Sérgio os deixa.
- Agora ja estão seguros.
- O quê?
- Preciso resolver algo.
Sérgio sai deixando Cris e Iza ali já na casa.
Maurílio termina a segunda carreira de pó quando ouve um bater na porta, ele questiona o horário mais abre, Sérgio entra ali ja dando socos no homem, logo ele sai, deixando Maurílio ensanguentado na cama.
De volta na casa, ele entra, Izaías esta na sala, tv ligada.
- Sérgio, você não foi.........
- Ele não vai mais mexer com você. As mãos de Sérgio com sangue, Izaías sai do sofá e segue com o homem para o banheiro, lava as mãos dele e coloca água oxigenada, faz um curativo ali e Sérgio a olha-lo, nisso surge um beijo tímido mais beijo, Izaías vai para a sala, desliga a tv, eles seguem para o quarto, amanhece e Izaías acorda, Sérgio já saíra pois entra mais cedo que o rapaz no seu trampo, Lucimar até fizera café para o rapaz que bebeu e logo saiu.
Izaías se espreguiça, coça seu corpo, hábito que o tem desde criança e segue para o banho, retorna, logo os outros hóspedes vão surgindo, fazendo suas higienes tomando o café e saindo para seus respectivos trabalhos.
Lucimar lhes serve o café, leite, bolo, pão, frita ovos para alguns deles.
- Bom dia mãe.
- O que foi dessa vez?
- Como assim?
- Vi sua irmã e o rapaz novato de seu quarto sairem já altas horas, foram atrás de você que eu sei muito bem, o que te aconteceu filho?
- Nada mãe.
- Por favor filho, pare de ficar por ai de pula pula.
- Nossa mãe, não é assim desse jeito, sou cult, não sou volúvel assim.
- Volúvel sim, sabe que eu sei muitas coisas de ti, seu único e principal defeito é esse, não se satisfaz com um só, credo cruzes.
- Mãe.
- Pare com isso Izaías, a vida ensina o certo, o erro é a gente que busca.
- Tá bom, vou pensar eu prometo, vou sim.
- E o rapaz?
- Qual?
- Seu companheiro de quarto oras?
- Não, gente boa, mais não só um espetinho aos finais de semana tá. Izaías ri muito daquilo para o contrário de Lucimar.
Sérgio chega do trabalho, toma banho e sai arrumado.
- Vai demorar Sérgio?
- Não dona Lucimar, vou falar com uns amigos.
- Nossa, que bom, já tem amigos então?
- Sim, um pessoal da empresa.
- Bom filho, é muito bom termos amigos ajuda muito na vida.
- Bem vou indo então.
- Tá bom filho, vá com Deus.
- Amém dona Lucimar.
Izaías entra no quarto e tira a roupa, de toalha segue para o banheiro, alguns hóspedes o cumprimentam, terminado o banho ele sai de bermuda, entra no quarto, tira este e veste cueca, calça, camiseta, procura pelos sapatos quando vê algo debaixo de sua cama.
- O que é isso?
Ele pega e senta na cama, uma foto, um casal bem jovem, Lucimar avisa da janta e entra.
- Mãe.
- O que é isso filho?
- Quem são estes aqui na foto mãe, você os conhece?
- Meu pai do céu, são seus pais.
- Eles?
- Como esta foto veio parar aqui?
- Você tem fotos deles?
- Tinha uma só, por incrível que pareça igual a essa mais eu a perdi há tantos anos.
- Mãe.
- Me dê por favor.
Izaías entrega para Lucimar que alisa a foto, lágrimas nos olhos, devolve para Izaías.
- Fique com ela mãe, vai que é a sua.
- Obrigada querido.
Lucimar sai cabisbaixo do quarto, foto no bolso do avental, segue para a cozinha, Izaías termina de se arrumar, todos jantam menos Sérgio que ainda não chegara, os hóspedes seguem para os quartos, Lucimar segura ali Izaías e as irmãs junto de Stéfany.
- Bem, filhos, hoje eu ganhei algo especial de Izaías e quero partilhar com vocês. Ela entrega a foto para eles, Cristina ao pegar a foto, se abre em choro, Janete também, Elisabeth se emociona mais não muito.
- Como ela esta aqui, você a tinha?
- Não Cris, na realidade eu tinha uma igual a essa.
- Como?
Izaías entra:
- Mais não é a da senhora?
- Não filho, a minha tinha dedicatória de sua mãe e essa tem data, hora e lembrete, só que a letra é do Osvaldo, seu pai.
- O quê?
- Isso é que esta me deixando aos nervos, como essa foto apareceu aqui?
Todos ali sem saber quando Sérgio entra na casa.
- Boa noite gente.
- Boa noite.
Izaías vai até ele.
- Olhe o que eu achei debaixo da minha cama.
- É minha, mais na verdade é para vocês, fui incumbido de entrega-la a vocês, ah, sempre me esqueço de algo.
- Como assim, explique melhor?
- Minha vó me deu para que entregasse a dona Lucimar, eu procurei muito por ela e olha só veio para as mãos certas.
Lucimar entra:
- Como assim Sérgio, o que tem haver a foto com a sua vó?
- Ela ganhou do seu irmão.
- Como?
- Antes do sr Osvaldo ir embora ele esteve em casa, tomou café e ficou por lá a conversar com minha vó, riram muito e quando ele se despediu dela deixou essa foto para que quando possível eu entregasse a vocês.
Lucimar ouve aquilo ainda descrente da história contada ali.
- Qual é mesmo o número da sua vó, Sérgio?
- Só um instante, vou busca-lo para a senhora. Ele entra no quarto e logo retorna entregando um papel a ela.
- Obrigado.
- Nada, eu havia me esquecido mesmo de da-los a vocês.
Cris acompanha a tia para o quarto, Izaías olha para Sérgio.
- Não vai jantar?
- Eu já comi, obrigado.
- Tá, gente eu vou sair.
- Cuidado, não fique por ai com estranhos.
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49.Uma característica sobre vc que pouca gente sabe?
Eu tenho uma característica de ser uma pessoa muito persistente, só quem convive cmg consegue ver isso. Um exemplo ressente é que eu queria muito show do Onze20 no meu jantar de formatura e eu era da comissão, ninguém estava botando fé nessa ideia, até pq ninguém nos dava resposta direito e tinha que estar dentro do orçamento. O que eu fiz? Fui no show deles fiquei em frente ao palco, no final do show eu gritei o guitarrista para me ajudar a fechar o contrato com eles, ele me passou o contato dele e eu consegui hahahahahaha
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Bom vamos lá amor… Hoje é dia 18, não exatamente o dia que eu deveria estar escrevendo isso mas cá estou eu… Fazem 4 meses que você entrou na minha vida, da forma mais despretensiosa possível. E o que parece não ser nada se tornou algo bem grande. Se tornou algo insuperável e incomparável. As vezes eu tento descrever tudo que eu sinto e da forma que eu sinto, mas me faltam expressões pra detalhar todas as situações incríveis que eu tenho vivido… Tanta coisa eu aprendi, vivi, senti, cheirei, observei, toquei nesses meses. Como eu sempre falo, não parece que estamos juntos à tão pouco tempo. Eu sinto como se eu estivesse contigo a minha vida toda, é tudo tão fácil, tão simples, tão quente. Uma simples cabine de fotos numa formatura se torna grande, uma simples viagem pra capital se torna um mar de coisas novas, um simples lanche na madrugada se torna algo esplêndido, um simples jantar feito por mim parece o mais cobiçado e extraordinário prato do restaurante mais bem recomendado do mundo. Tudo é simples e imensamente intenso, sabe eu sempre tive medo da intensidade das pessoas por não saber como lidar, as vezes eu não sei lidar nem com a minha própria intensidade, e sim as vezes eu sinto medo de não estar fazendo as coisas direito, e principalmente medo de cair…medo de cair desse sonho lúcido, medo de não sentir mais nada, medo de acordar e ler apenas um bilhete dizendo que você se foi! Eu sei que o ser humano tem um senso de complicar tudo, não sou diferente disso, sou mais humano do que deveria e muito mais maquina do que gostaria, mesmo gostando de menos da metade de um todo contido nesse corpo aqui. Enfim, agradecer por você estar aqui, se tornou um habito mais que constante nos meus dias, por mais que muitas vezes eu não diga com todas as palavras, eu to agradecendo com um sorriso, um suspiro, um olhar, um toque… e pode ter certeza eu sou grato por todos os momentos, desde os que estamos cercados por varias pessoas, como os que estamos sem fazer absolutamente nada deitados na cama, sou grato pelo simples fato de acordar com seu bom dia, ou uma marcação numa rede social, ou apenas um “oi amor”. As vezes eu sei que parece que eu sou desligado, e confesso as vezes eu sou mesmo, mas tenha em mente (droga vou repetir isso de novo) que por mais desligado, esquecido que eu seja, as coisas não perderam ou diminuíram o seu valor, elas continua iguais, com a mesma intensidade e brilho, que por mais distante que eu esteja eu não deixei de gostar ou amar, apenas estou focado em algo que no momento requer um pouco mais de atenção, você sabe como eu sou ( figurinha deitada chorando) tudo tem que estar em perfeita ordem ou minha sanidade se consome toda pra resolver, e não paro até conseguir. Eu queria que esse texto fosse mais bonitinho, cheio de frescurinhas que eu sei que você mas hoje ta sendo um dia fora do padrão, lembre-se preciso focar no trabalho pela troca de escala, que convenhamos foi uma ótima escolha, passamos um fim de semana muito bom, cansativo mas ótimo! Enfim, Amor obrigado por esses 4 meses. Prometo que os próximos meses e anos eu me esforçarei muito mais e serei alguém pra você se orgulhar mais ainda… saiba que eu amo você, sabe aqueles amores que chegam a apertar o peito de tão grandes ? mais ou menos assim… as vezes até transborda ahahahah! se é que me entendeu…. desculpa por não ser melhor ou perfeito, um dia eu chego lá! Feliz mêsversario de namoro com algumas horas de atraso! EU AMO VOCÊ! MUITO!
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Marasmo
O ato de ir para a escola parece ter sido trinta anos atrás, assim como o vestibular parece ter sido já há uns vinte. Da formatura eu me recordo como se fosse há dez anos, e desde então o tempo passa a conta gotas, de maneira que essas gotas de tempo caem nos circuitos da televisão e transformam-se em litros e litros de séries e filmes. Como um bom país de milhões de desempregados, essa nação parece ter aprendido muito bem a entretê-los. Como bom desempregado, mantenho-me entretido. Como bom cidadão de uma sociedade que envelhece, aos vinte e seis já reclamo como se tivesse setenta, e Cristian merece um Nobel por me aguentar esse tempo todo, tempo que para ele também deve ter passado como se fosse uma eternidade.
O mais estranho disso tudo é que, quando penso em Cristian, esse tempo todo parece ser comprimido em um único mês, e um único mês em que quero viver em looping, como um eterno dia da marmota. Reviver os momentos em que praticamente do nada o conheci no início da faculdade, que com um sorriso largo e branco, cabelos longos e muito sushi se apossou do meu coração e do meu corpo.
Eu o conheci primeiro em um aplicativo. Conversamos por meia hora e depois ele nunca mais me respondeu. Conversamos de novo um ano depois, só que dessa vez por semanas até que decidi viajar para vê-lo. Senti-me conectado profundamente com cada face que ele mostrava de si para mim e me apaixonei em um estalar de dados. Em um igualmente instantâneo bater de palmas, mudamos para a mesma cidade, para o mesmo apartamento, muito bem decorado com os livros que ele me deu através dos anos, excelentemente decorado com os discos de vinil que decidimos colecionar. E com o tempo, Cris foi sendo promovido na minha vida tanto quanto foi escalando cargos no restaurante japonês em que trabalha. Foi de namorado a “quase marido", foi de auxiliar de cozinha a chefe, assim como fui de estudante a desempregado. Fomos também escalando os níveis de alcoolismo, tabagismo, e nunca levamos enquadro por fumar maconha, o que não é necessariamente uma conquista.
Foram tempos muito intensos de amor e desamor, euforia e desilusão, e esse amor todo ainda está aqui comigo enquanto deito no sofá, e gosto de acreditar que ainda está com ele enquanto ele enrola sushis. Queria que ele fosse meu homem ideal como a mulher ideal o é para Vinícius de Moraes, e assim fosse meu homem “feito apenas para amar, para sofrer pelo seu amor e pra ser só perdão”, mas eu não tenho esse homem tanto quanto espero que Vinícius nunca tenha tido essa mulher.
E assim seguem meus dias, com muito menos da presença dele e muito mais de mim mesmo. Sigo diariamente imerso nesse marasmo magnético inertes a minha cama e sofá. Ele segue no agito inerente de um restaurante que nunca para (ou parece nunca parar). Sai de casa às oito da manhã, retorna à meia-noite. Toma banho, falece na cama e volta a trabalhar. Já eu acordo em um horário aleatório, geralmente quando Cristian já saiu. Permaneço em casa, peço comida em algum restaurante, retorno para a imersão de alguma série ou livro, peço comida novamente e me sinto em uma história fictícia. Cristian volta, vai dormir, eu vou depois e tudo se repete. Porém, em um dia no mês esse ciclo se interrompe, e esses dois universos se chocam em um jantar. Cris folga, dorme manhã e tarde, e comemos juntos antes de fagocitarmos um ao outro.
Hoje ele decidiu preparar um prato japonês estranho, que para surpresa de ninguém, leva peixe. Ele come em silêncio quando decido questioná-lo com um ar de normalidade, tocando no assunto que ele mais gosta de falar:
- Mas e então meu bem, como tem sido lá no restaurante?
- Ah, tem sido como sempre. As pessoas não sabem fazer as coisas direito e todo o tempo preciso quase gritar com eles pra ter algo decente.
- Sim, sim, entendo.
- Todo mundo naquele lugar sabe que faltam funcionários, daí semana passada o imbecil do auxiliar de cozinha deu uma de estressada, socou a parede, machucou a mão e me pegou cinco dias de atestado! É um absurdo.
- Mas você não pode simplesmente... mandar ele embora?
- Não. Posso tentar enforcar ele, mas o Cláudio apontaria uma arma pra minha cabeça - e nisso ele tem a ideia de levantar da mesa e ir até a cozinha do restaurante. De forma abrupta, abre a porta, procura pelo auxiliar de cozinha, o pega pelo pescoço e começa a apertá-lo, como que para fazer a disciplina entrar por meio da pressão física. Cláudio, o dono do restaurante, que por azar estava lá naquele momento, pega a arma que mantinha no estabelecimento e atira em Cristian, que para de pressionar pescoços e apenas pressiona o chão com seu peso.
Ao ver tudo de longe, levanto e vou observar mais de perto, incrédulo. Começo a chorar. Abraço-o como se o desespero de um toque mágico o fosse reviver, mas não revive e apenas assassina minha camiseta branca do David Bowie no processo. Choro sobre Cristian, que serve mais uma vez como o coletor das minhas lágrimas que foi durante toda nossa relação, relação que teve fim aqui, agora, no chão liso ensanguentado. Deito-me com ele e tento pensar, raciocinar, mas é impossível, improvável, e só consigo correr meus olhos pelo círculo de pessoas que se forma, motivados por curiosidade e espanto. Após alguns tapas nas costas de pena e empatia, percebo Cristian se levantar e ir ao banheiro, mas me mantenho sobre a cama.
Olhando ao redor e sobre mim, percebo apenas bagunça, sujeira. Percebo nosso quarto, percebo odores familiares, percebo restos de lubrificante espalhados. Assustado, respiro fundo, enxugo as lágrimas, e, mais calmo, decido me levantar, arrumar tudo e ir tomar banho também. Vou ao mesmo banheiro que Cristian, deduzindo que ele deva ter me convidado, afinal, ele sempre convida nessas ocasiões. Lá ele me deu um beijo molhado e meio maluco, disse que sentiu como se fosse no começo de tudo, que estávamos tendo uma noite ótima. Senti-me alegre, pois ser transportado de um assassinato para uma noite de amor é um lucro e tanto. Não entendi nada e decidi tentar não entender. Deve ter sido um sonho, ou qualquer outra coisa semelhante. Não me importei e fomos dormir. Abraçadinhos, como manda o script, e com um sentimento que parecia muito forte nele, mas que dessa vez em mim era algo mais como “dançar conforme a música”.
No dia seguinte, Cristian acorda antes de mim mais uma vez, me dá um beijo improvável e vai trabalhar. Não entendi muito bem sua felicidade ao acordar, mas com o tempo me lembrei da noite estranha que havia se passado. Levanto-me, faço café, sento no sofá e vou ler notícias na internet. O dólar que já atinge sete reais. O terceiro ex-presidente preso. A nova invasão dos Estados Unidos a um país do oriente, e por um instante sinto um lapso de empatia. Pego-me pensando nesses soldados que saem de suas famílias para receber a morte sob o objetivo de distribuir morte. “Ainda assim é um objetivo”, penso eu, sentindo a ausência de um para minha própria vida. Penso na próxima folga de Cristian, sinto-me ansioso e torço para me lembrar dos momentos de prazer na próxima vez.
Deito no sofá, seleciono uma série na TV e só assisto, com um único objetivo de assistir. Depois pego um livro, leio, com um único objetivo de ler. Assistir e ler quase que como uma forma de sentir vidas passando por dentro de mim, como uma forma de preencher um certo vazio por emoção e propósito, e lá pelas oito da noite minha emoção e propósito chegam mais cedo do restaurante.
- O que aconteceu? Você cortou o dedo de novo? – disse eu pensando no cenário mais provável.
- Eu cansei dessa droga, pedi demissão. A gente guardou algum dinheiro que dá pra viver até eu conseguir coisa melhor - e completamente embebido de felicidade, corro até ele e o beijo. Nisso, a noite se transforma então em um “dia de folga do Cris segunda edição”, com o incremento de que agora em diante ele é inteiramente meu, e por tempo indeterminado. Nos deitamos juntos, vimos um filme. Saímos juntos, compramos maconha e fumamos, compramos bebida e bebemos, e enquanto a gente transava de forma ensandecida no sofá, Cristian abre a porta, me dá boa noite e vai tomar banho.
Com um olhar fixo para a parede branca, sinto uma certa dor no pescoço. Ainda de pé, tento entender mais uma vez o que acontece, e nada parece fazer sentido novamente. Sento-me no sofá, e preocupado tento entender, sem muito sucesso. Cristian passa por mim, me chama para dormir e, ao perceber que não esboço reação, senta comigo e tenta entender o que acontece:
- Amor? Ei, tá tudo bem? O que se passa nessa cabecinha? – disse acariciando meus cabelos.
- Você pensa em pedir demissão do restaurante? – devolvo a questão, fugindo da pergunta.
- Não, mesmo porque, como a gente vai viver? – ele percebe meu olhar triste, me abraça e corre a mão pelo meu corpo, com alguns toques indecentes. Nos deitamos no sofá, e enquanto estamos nos beijando, Cristian bate a porta do banheiro.
- Você vai dormir?
- Já tô indo – e vou mesmo, esperando que a qualquer momento surja outro Cristian para me tirar daqui para uma realidade menos monótona. Deito-me, durmo, como sempre costumo dormir. Cris dorme também, como a pedra de sempre que o é, e parece que estou com o Cris real dessa vez. E nesse momento Cris abre a porta do quarto, se deita, me dá um beijo de boa noite e dormimos. E daí por diante prefiro não emitir opiniões sobre a realidade e apenas choro, no silencio e no breu da noite, com todo o cuidado para não atrapalhar o sono do chefe. Choro, e decido que meu choro é de verdade, e mesmo se não for, fica combinado entre mim e você, leitor, que é de verdade sim.
No dia seguinte me levanto mais uma vez como se nada tivesse acontecido. Peço as mesmas comidas, nos mesmos lugares. Vejo e leio as mesmas coisas, deito no mesmo sofá, que de alguma forma não parece ser o mesmo. Levanto, olho ao redor, e parecem não ser os mesmos prédios, nem o meu próprio prédio. Não parecem ser as mesmas paredes, e esses não são nossos discos de vinil, nem nossos livros. Numa tentativa de esquecer disso, sento no sofá desconhecido e torno a ver TV, mas o catálogo de filmes não é o mesmo, não é a mesma série que eu estava assistindo, nada é a mesma coisa. Vou ao banheiro me ver no espelho e não parece o mesmo eu, e para fugir desse mundo, me deito no sofá e apenas fecho os olhos, sem nem reconhecer perfeitamente os pensamentos que passam pela minha cabeça.
Alguém chega em casa, abro os olhos, e por lógica, deduzo que esse é o equivalente a Cristian nesse universo. Eu corro e o abraço, mas não sinto nada por ele, só um desespero que ele possa me ajudar de alguma maneira.
- Mas o que foi? O que aconteceu?
- Não sei, não sei o que aconteceu, eu não sei nem quem é você, só quem você parece ser.
- Eu sou seu marido, praticamente.
- Eu tenho mesmo um quase marido, mas não me lembro dele ser você. Não me lembro de onde te conheço, e se sou casado com você agora, não imagino o porquê. Você parece estranho, tudo aqui parece estranho.
E nesse memento, o possível Cristian toma para si todas as sobras de paciência dos seus estressantes dias e me detalhou toda a história do que vivemos, me relembrou cada detalhe. Em algum ponto da história que ouvia, percebi o quase Cristian tornar-se Cristian, e me senti de novo em casa. Minha quase vizinhança virou de novo minha vizinhança, meu quase prédio tornou-se meu prédio, mas meu quase rosto continuou quase, ainda se desgastando em chorar, e ouvi no fundo a voz do meu irmão me chamando de chorão mais uma vez, como que em um trauma de infância.
- Que foi? Por que tá chorando?
- Eu não sei ainda, não sei. Você não tava aqui, e eu sentia sua falta como senti falta de tudo ao meu redor, mas agora parece sim ser você, mas tudo se repete o tempo todo e talvez você não seja você, eu não sei dizer.
- Sim, eu sou Cris, seu marido, e posso te garantir que você está no mundo real. Agora já tá tarde, a gente vai tomar banho e ir dormir. Depois a gente conversa – e tomamos banho e fomos para a cama. Após cerca de uma hora de sono, percebi que Cristian chegou do trabalho, tomou banho, me deu um beijo de boa noite e foi dormir. Olhando para cima, para o nada, dessa vez não choro, apenas tento entender e fazer alguma coisa. Deixo o breu da noite cobrir meus olhos, deixo-me dormir. Decido não sonhar, decido fugir de qualquer ausência de realidade. Em um passo lógico, decido por lógica me apegar ao mundo, e não soltar a mão dele nunca mais.
Acordo mais uma vez, mas agora determinado. Levanto junto de Cris, conversamos como casais civilizados devem conversar, preparamos nosso próprio café e o acompanho até o portão do condomínio. Posteriormente, me sento no sofá e ligo a TV em um desses canais que são apenas noticiário, todo o tempo. Ainda inteiramente imerso na realidade, preparei minha própria comida, li algumas revistas que havia assinado para manter-me atualizado no ramo da construção civil. Mais tarde, saio para entregar currículos, inclusive para funções muito inferiores a formação de um engenheiro. Após retornar ao apartamento, faço o que é mais lógico: vejo mais alguns jornais. Assim o dia se esvai, da mesma forma a noite, com refeições esparsas e pobres. Cristian retorna no horário de sempre, tomamos banho, vamos dormir e nos obrigamos a não sonhar.
Nesse mesmo ritmo se vão todas as horas de todos os dias e semanas seguintes. Começo a ler alguns livros sobre sociologia, como uma forma de entender melhor a sociedade e, consequentemente, o mundo real. Passam-se as quinzenas até ser, mais uma vez, folga de Cristian, e sigo apenas na mais perfeita realidade.
Segue-se sendo como um dia qualquer, com a diferença de que Cristian está em casa. Ele dorme ainda como uma pedra, mesmo após as duas da tarde, me recuso a sair da cama antes dele, e só vamos fazer qualquer coisa após as cinco da tarde. Numa tentativa de reviver tempos antigos, vamos a um café perto de casa, e numa tentativa de reviver tempos recentes, passamos no supermercado e Cris prepara um jantar mais uma vez. Enquanto ele cozinha, pego um dos LPs e coloco para tocar. Jorge Ben, Tábua de Esmeralda.
Enquanto os alquimistas estão chegando, vou até a cozinha cheirar o pescoço de Cris, atrapalhar seu serviço da forma mais prazerosa possível. Depois de uns beijos e amassos, ganho um “tá, agora me deixa fazer as coisas”, e respondo apenas com “sim, chefe”. Na sala de estar, estou apenas contando o tempo, ansioso. Da última vez parece ter sido uma noite incrível, onde eu estava, mas não estava lá, porém dessa vez estarei de corpo e alma. Penso em assistir alguma coisa para o tempo passar, mas preciso garantir que vou continuar na realidade, e assim o faço.
Cristian termina, põe a mesa, se serve e me serve. Começamos a comer e a falar do que ele mais gosta de falar: trabalho.
- Ontem deu muito movimento no restaurante, sem falar no delivery. Os pratos estavam demorando demais pra sair... – e me esqueço de prestar a atenção no que ele diz, e começo a pensar no prato que estamos comendo. Ele fez um prato com atum, meu peixe favorito, de maneira que vi o esforço dele na cozinha para cortar a cabeça do peixe.
- Ah sim sim, entendo.
- E nisso a menina do atendimento saiu correndo, completamente surtada... – e aparentemente eu perdi mais do assunto do que acreditava ter perdido, mas sigo só concordando, afinal, ele parece muito empolgado dizendo o que diz - ... nós fomos atrás dela depois, ela tava ainda na praça perto do restaurante chorando, tadinha.
- Mas e aí, será que ele foi trabalhar hoje?
- Não sei, eu decidi começar a não ler e nem me comunicar com ninguém do trabalho enquanto estou de folga, pra ver se dou uma desligada, sabe, toda vez eu sempre me envolvo com... – o atum estava muito bem temperado, com coisas que não faço ideia do que eram.
- Sim sim, é uma boa pra você se desligar do trabalho mesmo. Esse prato aqui, como ele se chama? Quando aprendeu a fazê-lo?
- Ah sim, aprendi assim que comecei a trabalhar no restaurante, ele fazia parte do cardápio no começo. É só um atum em crosta de gergelim.
- Interessante, interessante. Olha, eu tô com a ideia de aprender a cozinhar também, porque eu fico o dia todo sem fazer nada aqui, e se eu aprender a cozinhar eu tenho uma possibilidade de emprego diferente também. - Cristian achou estranho, mas válido.
- O que você acha de aprender como faz esse atum? Eu faço um pra você ver como é, e você poder comer ele amanhã – gostei da ideia, e fomos até a cozinha. Nisso Cris pegou outro atum inteiro que estava na geladeira, colocou sobre a mesa – corta a cabeça dele pra você ir aprendendo desde já.
Peguei um cutelo e bati repetidas vezes sobre a cabeça do peixe, que insistia em permanecer lá. Estranhamente, a cada batida que dava esguichava sangue, o que achei bastante estranho, uma vez que o peixe, morto há dias, não esguicharia sangue dessa maneira. Apenas continuei, lentamente, até perceber a cabeça do peixe separada do corpo.
Nesse momento, ouço a porta do apartamento ser aberta a força e reconheço ser a polícia. Observo minhas mãos e as percebo inteiramente sujas de sangue, assim como minhas roupas e como as roupas de Cristian, além de tudo ao redor. O semblante de Cristian era o de alguém agonizando, sem forças agora sequer para gritar. Assustado, gritei em desespero, comecei também desesperadamente a chorar, e a ver que tudo em minha vida naquele momento estava destruído. Tudo o que eu mais amava, quem eu mais amava. Achei que talvez pudessem salvar Cristian, e removi a faca que cravei em seu pescoço. Tentei correr até a janela para pular e terminar com tudo de uma forma rápida, mas os policias correram a tempo de me impedir. Com todo o poder do Estado, fizeram questão de me manter na realidade, mesmo que na base do tapa.
- Sadico-aristocrata
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Capítulo 34 - Nostalgia
Começo a prender o meu cabelo enquanto eu podia escutar minha mãe e minha sogra tagarelarem sobre um programa de culinária que elas estavam viciadas e se reuniam todas as quintas-feiras para assistirem juntos após o jantar de amigas delas. Pego o garfo maior e enfio na carne, pegando a faca com a outra mão, começando a cortar o assado.
- Camila? - subo o olhar, vendo minha sogra se aproximar - Lauren disse algo sobre um novo emprego ou algo do tipo?
- Ela ainda está analisando suas opções. - explico cuidadosamente, ainda cortando a carne - Está esperando a resposta de Louis sobre abrir a sociedade, caso ele diga não, ela irá procurar outras opções.
- Querida, você conversou com ela o quanto abrir um escritório é algo instável e perigoso, ainda mais com a economia do país?! - sussurra a última parte - Vejo ela aos cantos conversando com Michael sobre reformas e não acho que seja uma boa ideia reformar o apartamento agora, vocês acabaram de se mudar e…
- Não não iremos reformar o apartamento. - franzo o cenho, confusa - Ele está em perfeito estado, você mesma viu. - ela começa a temperar a salada, me olhando com o canto do olho - Acho que ela deve estar pedindo opinião sobre possíveis reformas no próximo escritório, até pediu ajuda para Normani e Dinah.
Clara nunca havia se metido na carreira de Lauren, exceto quando a obrigou escolher Direito ao invés de Literatura, desde então deixava minha namorada fazer suas próprias escolhas perante sua carreira. Minha sogra sabia o quão grande era o salário de sua própria filha e sabia que nós duas somos acostumadas com uma vida bem confortável. Gostava de pensar que o rumo daquela conversa era meramente preocupação, me dava desespero só de imaginar Clara querendo se meter nas decisões da carreira de Lauren e fazendo a cabeça da minha namorada para ela voltar a trabalhar com algo que não quer.
- As contas do apartamento não vão ficar apertadas? - minha mãe questiona baixinho.
- Qualquer coisa mudamos. - respondo sem pestanejar, parando de cortar a carne assada - Lauren ainda está recebendo alguns valores e eu tenho um excelente salário, estamos bem. Eu sei que a preocupação é válida, mas somos duas adultas responsáveis e que sabemos exatamente o que estamos fazendo. - as duas se calam, me olhando por longos instantes - Além do mais, comentei com Lauren sobre vender o apartamento que acabamos de mudar para que seja possível ela abrir o próprio negócio. - minha mãe abre a boca, chocada com aquela informação.
- E ela aceitou? - Clara prontamente quesitona.
- É Lauren, é claro que ela não aceitou. - termino de cortar a carne - Nós estamos dando um jeito. - me encaram atentamente - Eu imploro, não toquem nesse assunto com ela. Bom, pelo menos, não até ela se sentir confortável o suficiente para falar sobre.
- Tudo bem, querida. - Clara beija minha cabeça e pega a travessa, caminhando em direção a porta - Quem quer almoçar? - fala em alto e bom som, escuto as comemorações e sorrio, saindo com a travessa de carne logo atrás.
Assim que colocamos as travessas na mesa, todo mundo logo começou a se servir. Fiz um prato generoso, me sentando entre Sofia e Lauren. Minha namorada falava em alto e bom som sobre jogos de basquete com Chris, que pouco se importava de estar com a boca cheia de pão. Taylor se afundava na cadeira, cada vez com mais vergonha, do primeiro namorado que ela apresentava para a família estar acompanhando toda aquela gritaria.
Enquanto eu comia, conversava com Sofia sobre sua faculdade. Ela faria Yale também, estava se mudando para cursar Jornalismo. Podia notar o quão radiante ela parecia estar com a mudança, Lauren e eu escrevemos cartas de recomendação para a universidade e ela arrasou em sua carta de admissão, fora as notas excelente todos esses anos.
Minha irmã não sabia, mas meus pais queriam comprar um apartamento para ela lá, instrui que seria muito melhor se ela tivesse a experiência de viver com pessoas diferente e poder viver melhor a verdadeira experiência da faculdade. Concordei em ajudar a alugar um apartamento nos dois últimos anos dela em New Haven.
Minha atenção foi desviada para Lauren, que soltava uma gargalhada tão alta que até os vizinhos poderiam escutar. Desde que ela havia largado o emprego estava tão radiante, não havia um dia ruim ao seu lado, minha namorada parecia animada com tudo e todos. Foi inevitável não sorrir com aquele som e encarar seus lindos lábios curvados em um sorriso largo, pousei minha mão em sua coxa e seu olhar prontamente encontrou o meu.
- O quê?
- Nada. - me curvo, deixando nossas bocas bem próximas - Eu te amo.
- Eu também te amo. - rouba um selinho, sorrindo - Papa, Chris está falando mal do (Miami) Heat. - meu sogro fecha a cara no mesmo momento.
- Ah, Christopher, nós já falamos sobre isso… - reviro os olhos, decidindo ignorar aquela conversa que seria interminável.
- Ei, Ashton? - o namorado de Taylor me encara - Como está sendo? - suas bochechas ficam vermelhas no mesmo momento - Eles falam bem alto, mas logo você acostuma...
- É verdade. - ele sorri, assentindo.
- Mike já tentou colocar medo em você? Ele tentou fazer isso comigo, mas ele é tão fofo que não colou. - o garoto ri e posso notar Taylor ficar menos tensa.
- Ele conseguiu comigo, Camila. - encolhe os ombros - Clara foi bem tranquila.
- Trate os filhos deles bem e você ganha melhores amigos. - explico calmamente, vejo minha sogra levantar no mesmo momento.
- Camila, você pegou o purê? Fiz mais empelotado, do jeito que você gosta. - sorrio largo e encaro Ashton.
- Não disse?! - murmuro para ele, Taylor ri, tendo os ombros acariciados por sua mãe.
- Disse o que? - Clara questiona curiosa.
- Disse para Ashton que quem trata Lauren, Chris e Taylor bem, tem Mike e você como melhores amigos. - ela sorri largo.
- É aquele ditado: trate meus filhos bem e me tenha como melhor amiga.
- Mãe, isso não é um ditado! - Chris resmunga, ela o belisca.
- Passou a ser. - todo mundo começa a rir - Coma mais carne, querido. - acaricia os cabelos de Ashton com uma mão, enquanto com a outra colocava mais um pedaço gigante no prato dele, sem que ele pudesse negar.
O almoço correu muito bem, principalmente quando Ashton e Taylor passaram a ficar mais a vontade, Sofia contribuiu com a situação encontrando um assunto em comum com ele. E tudo ficou cômico quando Clara decidiu pegar os álbuns de fotografia da família.
Não era surpresa alguma que Clara era uma pessoa muito organizada, entretanto, foi ainda mais notável quando peguei os álbuns de fotografia na mão. Cada álbum era separado por uma época, abaixo de todas as fotos tinham datas e os lugares que as fotos foram tiradas.
Não consegui evitar de rir quando peguei o álbum que continham as fotos do ano de formatura de Lauren. Fotos do time de Softball, ela em noite de jogos em família, jantares deles, para a metade do álbum para frente, fotos com o nosso grupo começaram a aparecer, fotos em nossa primeira viagem a Key West, a primeira vez que apareci como namorada em um almoço de família, havia até mesmo uma foto minha deitada com Lauren, Sofia e Taylor no antigo sofá.
Perto das últimas páginas pude encontrar fotos minhas com Lauren, só de nós duas, tinha uma foto que tiramos em uma das nossas idas até Key West, nós paramos em um dos postos de conveniência para comprar algumas porcarias e Normani tirou a foto. Na imagem Lauren estava toda encolhida em um abraço enquanto eu tentava envolvê-la com meus braços magrelos.
- Camila, olha como você era um palito… - Sofia resmunga chocada.
- Está tentando me dizer alguma coisa? - arregala os olhos no mesmo momento que eu arqueio minhas sobrancelhas.
- Oh, não… eu apenas estou dizendo que você precisava comer mais nessa época, você estava praticamente sumindo, olha isso, mãe! - tira o álbum de minha mão, erguendo o mesmo.
- Olhe essa aqui, Mila suas bochechas fofinhas! - meu pai fala empolgado.
Na foto que Ally havia tirado, havia sido a primeira saída do grupo que nós estávamos assumidas para todos os nossos amigos. Nossa melhor amiga insistiu muito para que tirássemos uma foto, então nos obrigou a ficar bem juntas para que ela capturasse o momento. Na foto Lauren estava bem colada em mim, ela tinha um sorriso forçado e eu tinha um sorriso estranho, fazendo um positivo com a mão.
- Eu lembro quando o cabelo de Lauren era desse comprimento, Clara vivia mandando ela cortar. - Michael ri divertido.
- Foi bem no começo do nosso namoro, não foi? - pergunta confusa, vendo a foto.
- Foi, o pessoal tinha acabado de descobrir que estávamos namorando, Ally tirou essa foto. - sorrio, passando a ponta de meus dedos na imagem.
- Vocês estão juntas desde a adolescência? - Ashton questiona interessado.
- Nós namoramos durante nosso ensino médio e toda a faculdade, mas terminamos no último ano. - explico brevemente.
- Continuamos amigas…
- Que se pegavam as vezes. - Taylor confidência e Lauren joga o guardanapo de pano dela, arrancando risadas de todo mundo.
- Mas então conhecemos outras pessoas e ficamos separadas por um tempo.
- Mas ano passado, para alegria de toda a família e meu alívio, elas voltaram. - Clara conta feliz - E se tudo correr como os conformes, irão casar daqui algum tempo e me dar lindos netos.
- Ashton, você precisa saber uma coisa sobre sua sogra: nenhum agregado supera Camila Cabello. Minha mãe pode te amar, mas ela sempre vai amar Camila mais. Sempre. - Chris explica brevemente e todo mundo explode em gargalhadas, minha sogra se levanta e me abraça.
- Não é nada pessoal, é só que ela é maravilhosa. - beija minha bochecha e Lauren tenta abraçá-la - Esse é meu momento com Camila, querida. - empurra a própria filha e eu abraço melhor, ouvindo mais risadas.
- Perdi a mãe e a namorada de uma vez, não está fácil hoje.
Conversamos bastante, Lauren e eu ajudamos arrumar todas as coisas e só então nos despedimos de todo mundo. Eu queria ir para casa dormir um pouco e ficar de preguiça na cama com a minha namorada, apenas nós duas. Assim fizemos, antes de irmos para casa passamos pegar sobremesa em uma das lojas de Ally, comprei o bolo favorito de Lauren.
Quando chegamos em casa guardei o bolo e fui direto para o nosso quarto, tirei meu sutiã e a calça jeans que eu usava, deitando apenas de blusa e calcinha em nossa gigantesca cama King-Size, Lauren entrou alguns minutos depois, fazendo exatamente a mesma coisa que eu.
Foi automático, quase como se tivéssemos combinado, enquanto eu puxava as cobertas, Lauren ligava o ar condicionado e a televisão, escolhendo algum filme que nós duas iríamos gostar no Netflix. Assim que escolheu um, O Turista, me aconcheguei em seu corpo e aguardei os carinhos que ela sempre fazia, o que não demorou para acontecer.
Mesmo o filme sendo bem interessante, não conseguia evitar de pensar em tudo que havia sido dito naquele almoço. Me deixava incomodada o fato de Clara e minha mãe quererem se meter em nossa vida, principalmente questionar tanto sobre problemas financeiros. Então eu não conseguia parar de pensar sobre como eu nunca superei Lauren, tinha todas as nossas fotos do nosso antigo relacionamento guardadas em um álbum.
- Lo? - ela resmunga alguma coisa, sem tirar os olhos da televisão - Você se livrou de algumas coisas quando nós nos separamos? - fica em silêncio por alguns instantes.
- Não, não consegui me livrar. - toco no pingente da correntinha que Lauren havia dado de volta para mim - Por que?
- Porque eu nunca consegui me livrar de nada, devolvi para você aquilo que sabia que não suportaria olhar sem querer chorar e implorar para voltarmos. O meu máximo de me livrar das coisas foi isso. - sussurro, tendo sua atenção toda para mim - Eu sempre soube que você era e é o amor da minha vida, sempre.
- Eu digo o mesmo. - toca meu rosto, beijando a ponta do meu nariz - Por isso eu te irritava tanto na escola, olhava para você e pensava “Se essa latina chata não vai me desejar, vou fazer ela me notar.” - em um movimento rápido, fica por cima do meu corpo, me arrancando uma gargalhada - Mas aí eu vi que você ficava olhando a minha bunda no uniforme de Softball e nas minhas calças jeans claras, nem precisei te irritar direito para você me notar…
- Cale a boca. - a empurro, ouvindo sua gargalhada - Você me irritava só de respirar, sentia vontade de te esganar quando você ficava colocando papel no meu cabelo durante a aula de matemática. - não consigo evitar de rir junto dela - E para a sua informação. - seguro o seu rosto - Quem olhava para a bunda de quem, era você. Você nem disfarçava, Jauregui, eu passava pelo corredor e você nem piscava.
- É claro que não, você já viu esse monumento? - dá um tapa na minha bunda com força, abro a boca, rindo com sua ousadia.
- Idiota.
- Oh, era assim mesmo que você me chamava… - segura minhas mãos sobre minha cabeça - Qual era a outra coisa? Delícia? - zomba, mexendo as sobrancelhas maliciosamente.
- Imbecil. - falo entre dentes e ela sorri de lado - Babaca, A4, estúpida e Bolinha Branca. - revira os olhos, se jogando ao meu lado.
- Calada. - me bate com um travesseiro - Mulher, você era muito brava. Linda. Mas muito brava, me deixava louca. Eu queria te esganar e beijar ao mesmo tempo.
- Era recíproco.
Permanecemos alguns instantes em silêncio, apenas olhando uma no fundo dos olhos da outra.
- Agora eu só tenho vontade de fazer bastante sexo e dar muitos beijos na boca. - não consigo evitar de soltar uma galhada alta, sentindo seus braços acolhedores me envolverem e seus lábios quentes entrarem em contato com o meu rosto, lotando o mesmo de beijos babados.
Acabamos saindo do quarto para comer o delicioso bolo que havíamos comprado, sentamos na sacada e ficamos vendo o movimento da praia enquanto comíamos. Lauren falava sobre sua apreensão perante a demora da resposta de Louis sobre sua proposta para serem sócios. Já fazia um mês. Harry havia me confidenciado que seu noivo estava apreensivo perante a amizade deles, Louis sabia o quanto trabalhar com amigos pode ser complicado e isso era a única coisa que estava lhe segurando para trás.
No final da tarde optamos por dar uma volta na praia, levamos uma toalha para que fosse possível sentarmos na areia sem sujarmos nossas roupas. Lauren fez questão de ficar agarrada em mim, me lotava de beijos, carinhos e dizia que me amava a todos os instantes.
Aquela tarde foi como uma avalanche de lembranças do porquê eu amar estar com ela e ser tão apaixonada pelo nosso relacionamento. Lauren fazia eu me sentir segura, amada, desejada e cuidada. Nós nos respeitávamos e não havia espaço para desentendimentos, apenas cumplicidade.
Segunda-feira de manhã, após tomar um delicioso café da manhã preparado por minha namorada, fui trabalhar. Resolvi muitas coisas pela manhã e almocei com Harry, ouvindo ele contar que Louis finalmente havia tomado sua decisão. Ele iria aceitar a proposta.
Tudo estava perfeito, perfeito demais para ser verdade.
As três horas da tarde, em ponto, minha sogra entrou em meu escritório -como estava agendado-, para que eu cuidasse de suas finanças. Enquanto eu explicava sobre suas aplicações, meu celular não parava de tocar, fui obrigada a olhar e ver que Lauren estava me ligando.
- Alô? - atendo, não conseguindo evitar de sorrir.
- Oi, amor. - minha sogra abre um largo sorriso.
- Oi, você não vai acreditar quem…
- Eu to dirigindo. - me interrompe e reviro os olhos, odiava quando ela dirigia e falava - Eu só liguei para avisar que minha bateria está acabando e eu vou me atrasar para chegar em casa. - fico em silêncio, apenas ouvindo ela tagarelar - Encontrei minha mãe e vou ter que ajudá-la com algumas coisas. - fico em silêncio por longos instantes - Camz?
- Sua mãe? - questiono para ter certeza que eu havia escutado corretamente.
- Sim, você sabe como ela é. - permaneço em silêncio - Eu tenho que ir, amor, eu te amo. - antes que eu possa dizer qualquer coisa, ela desliga o celular.
Subo o olhar e encaro Clara, sua expressão deixava muito evidente que ela havia escutado cada palavra de Lauren. Notei seus olhos ficarem escuros e suas sobrancelhas arquearem. Trocamos um longo e intenso olhar, juntei os papéis e Clara abriu a bolsa.
- É bom ela ter uma excelente desculpa para essa mentira ou eu juro que irei me encarregar de castra-la pessoalmente. - fala entre dentes.
Oh, minha sogra tinha total razão, era bom ela ter uma excelente razão para mentir para mim, ou ela jamais faria isso novamente.
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Pingente da Pandora destruindo vidas... ou será que não?
Oi gente, tudo bem? Espero que sim, ultimamente não está fácil para ninguém! Espero que a história de hoje possa aquecer o coração de todos nessa quinta-feira chuvosa. Quem sou eu? Se você é novo por aqui, não se preocupe, sou só uma pessoa XYZ contanto histórias alheias, na esperança de aquecer o coração de vocês nesses tempos de pandemia. Vamos lá? Apertem os cintos, que o babado de hoje é forte...
Hannah, 27 anos, mora em Munique, pais brasileiros. Hannah nasceu e morou a maior parte de sua vida na Alemanha. Como Hannah tem pais brasileiros, desde criança teve contato com a cultura brasileira e por conta disso entende e fala muito bem português. Sua família vem de São Paulo e por sorte, fez bastante amizades durante suas férias no Brasil, já que participava de acampamentos, como Lendas e Fogueiras, sempre que podia. E de vez em quando passava suas férias em Resorts 5 estrelas do Brasil, como o Sofitel Guarujá Jequitimar, onde também fez várias amizades.
Em uma dessas férias no Brasil, Hannah conheceu Otávio. Ela tinha 13 e ele 15 anos. A família de Otávio tem um escritório de advocacia em São Paulo e seu sonho sempre foi assumir os negócios da família. Para isso tinha que estudar direito ou administração. Anos se passaram, Otávio estudou direito na FGV e como viagem de formatura, foi passar as férias na Alemanha. Sim, para ver a Hannah novamente. Durante os anos eles sempre mantiveram contato, por carta, Skype, MSN, Whatsapp... Os dois fizeram um tour pelo sul da Alemanha, por 2 semanas. E nessas duas semanas... bom, eles se apaixonaram. Decidiram que iriam tentar, mesmo sendo um relacionamento a distância e que iriam sempre que possível visitar e sempre manteriam contato.
Sete anos se passaram e Hannah decidiu ir passar 2 semanas de férias no Brasil com Otávio. Já estava tudo combinado, Hannah ia ficar no Hotel Grand Hyatt e iriam no seu restaurante preferido, o Maní. Otávio estava animado pois não via Hannah há 6 mais de meses. Os pais de Hannah a levaram até o aeroporto de Munique e se despediram. Hannah fez o Check – In e embarcou sem problemas. Seu primeiro voo seria para Madrid e depois de Madrid para Guarulhos. Durante seu segundo voo, no assento do lado, estava Aysha, que morava no Brasil, mas tinha família na Índia. As duas viraram amigas rapidamente e Hannah começou a contar sobre a dificuldade de um relacionamento a distância. Também disse que queria muito fazer um mestrado em arquitetura em Munique, mas isso significaria que ela não iria morar no Brasil e sim continuar por mais um tempo na Alemanha. E isso a incomodava, pois já não via mais um futuro com Otávio. Planejava contar as novidades para ele durante o jantar. Outra coisa em comum, é que as duas tinham uma pulseira da PANDORA, daquelas que você coleciona pingentes. (O porquê da importância disso? Calma que eu já conto) Depois de ouvir toda a história de Hannah, Aysha resolveu lhe dar seu pingente de elefante. Segundo ela, recebeu esse pingente na sua adolescência e diz a lenda, que quem o usasse sempre teria sorte no amor. Aysha contou também, que na época estava para casar com alguém que não amava e que assim que começou a usar o pingente o casamento, por sorte, foi cancelado. Hannah aceitou o presente, agradeceu e as duas decidiram que continuariam em contato e trocaram e-mail, Whatsapp, etc. Hannah desembarcou, pegou suas malas e pegou um táxi em direção a seu Hotel. Chegando lá, fez o Check-In, mandou um Whats para Otávio, avisando que chegou e que o voo foi tranquilo e não tinha com o que se preocupar. Como ainda tinha umas horas até o jantar, resolveu descansar. O combinado era encontrar Otávio na entrada do Hotel às 19h30.
Hannah se arrumou e o momento tão esperado chegou. Estava um pouco insegura, por não saber como ele iria reagir a Notícia do seu mestrado e que ela não via mais um futuro com ele ou que no caso, não sabia como fazer dar certo. Os dois se abraçaram, se beijaram, tipo cena de filme mesmo. Ao chegar no Maní, fizeram seu pedido e assim que o garçom deu meia volta, os dois falaram ao mesmo tempo “Eu preciso te contar uma coisa”. Os dois se olharam surpresos e apreensivos. Hannah disse “você primeiro” e nisso, descobriu que Otávio iria finalmente assumir os negócios da família e que ter feito um MBA em administração de empresas o ajudou a convencer seus pais e avós que seria o certo a se fazer. Hannah então percebeu, que Otávio nunca iria morar na Alemanha, já que agora iria assumir os negócios da família. Logo em seguida ela o contou, que recebeu uma proposta de emprego ótima e que iria começar um Mestrado em Arquitetura em Munique. Nisso, o garçom voltou e trouxe as bebidas. Os dois ficaram em silencio o resto do jantar. A comida chegou, comeram, não trocaram uma palavra. Assim que terminaram de comer, Hannah pediu a conta, disse a Otávio que não tinha problema, ela pagava. E assim, Hannah chamou um Uber. Também o disse, que precisava de um tempo para pensar e que ela mandaria mensagem no dia seguinte. No caminho de volta, tudo que Hannah conseguia pensar era no pingente de elefante. Não sabia ainda identificar se o que estava acontecendo era sorte ou não. Ao chegar de volta no hotel, Hannah deitou na cama e começou a refletir, sobre todos esses anos juntos com Otávio, inclusive, no momento em que se conheceram. Foi muito difícil, mas no dia seguinte Hannah mandou uma mensagem para Otávio e eles combinaram de se encontrar na hora do almoço.
Ela então o disse, que embora o ame muito e que tenha sido muito feliz nesses últimos 7 anos, eles seguiram caminhos diferentes e que não tinha nada de errado, mas que não ia dar certo ter um relacionamento assim. E foi com muita dor no coração que Hannah terminou com Otávio. Otávio entendeu e disse que estava chateado, mas que ele também achava o certo a fazer. Hannah disse que não queria manter contato, pois seria muito difícil. Os dois se despediram e assim ela foi embora. Logo em seguida, mandou uma mensagem para Aysha e a agradeceu pelo pingente. Hannah passou o resto das duas semanas com suas amigas e aproveitando cantos do Brasil que ela ainda não conhecia.
Bom, espero que tenham gostado dessa história. Eu troquei os nomes, mas é verdade esse bilhete. Uma ótima semana para todos, usem a máscara, fiquem em casa, tomem a vacina.
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Bem-vinda, @YH96YI!
Nome completo: Jiang Yingyue Data de Nascimento: 02 de dezembro de 1996 / 24 anos. Local de Nascimento: Beijing, China. Faceclaim: Zhou Xianye – Tiktoker chinesa. User: @YH96YI Label: The bunny ears lawyer. Morador há quanto tempo? 3 anos. Ocupação: Stripper na Haven e acompanhante de luxo. Gangue: N/A.
Biografia: [TW: Agressão, assédio, relacionamento abusivo, menção a “prostituição”. ]
Nascida em um lar milagroso durante uma noite de lua cheia e gloriosa, Yingyue fora a filha única de um casal bem sucedido de empresários em Beijing. A residência tradicional vibrava com o choro engasgado da criança recém-nascida conforme a natureza ao redor parecia silenciosa para destacar os suspiros calmos que logo vieram, a felicidade reinando no lar dos Jiang naquele mês abençoado. A chinesa nascera fraca e pequena, consideravam quase um milagre ela ter sobrevivido sem a assistência médica e tecnológica de um parto – já que sua mãe insistiu em ter a filha da forma mais natural possível, à moda antiga.
O passar dos anos fora gracioso com a primogênita que fazia jus ao nome recebido, tão delicada e graciosa quanto o reflexo lunar nas águas calmas de um lago; a pequena crescia determinada e inteligente, mostrando sempre uma paixão pelo lado artístico que era plenamente incentivado por sua mãe, qual defendia que a garota deveria seguir o que bem entendesse. Diferente de seu pai, que preferia colocar a filha para estudar matemática e negociações financeiras desde o final do ensino fundamental com a desculpa de que estava preparando-a para o futuro. Um futuro que ela não desejava.
As discussões do casal, até então em união estável e perfeita, começaram após o ingresso de Yingyue no ensino médio – o motivo principal sendo o futuro da garota que parecia um tipo de jogo manipulável, principalmente na visão do pai. Por ele, pouco importava que seus olhos e seus dons fossem voltados para as artes: uma família de empresários deveria permanecer na linha e intocada, mesmo que precisasse recorrer à violência para isso. O que acabou se tornando realidade cada vez que sua mãe insistia em deixar a garota viver livremente e trilhar seu próprio destino. A pequena Jiang escutava tudo escondida em seu quarto, os tapas, as súplicas por piedade e o choro escondido de sua mãe que ainda tentava sorrir na direção da garota quando se encontravam.
Para esconder as agressões do público, a mãe de Yingyue contava com o dom da garota para maquiagens e criatividade artística. Não era pra isso que ela havia gastado tanto dinheiro com bases e sombras, mas acabou se tornando útil para esconder das pessoas o que se passava na residência antes tão amorosa e recheada de felicidade. Agora, o ar puro parecia pesado e carregava junto um cheiro alcóolico insuportável, fosse do seu pai tentando esconder as frustrações ou de sua mãe desejando esquecer o inferno que passava todos os dias na mão do homem que parecia mais violento do que nunca. E tentando fugir daquela bagunça, a garota se enfiou mais nos estudos tentando não dar brecha para insatisfações do progenitor.
Foi no final do ensino médio que a chinesa se envolveu com o primeiro namorado. Descrevia o rapaz como um príncipe caído do céu, a salvação ensolarada para seus dias nublados e chuvosos dentro de casa. O via como seu salvador e a dependência emocional crescia entre ambos – mais da parte feminina do que tudo. O que Ying não percebeu foi que estava se metendo com um rapaz “da mesma raça que seu pai”. Aos poucos o garoto se mostrava possessivo, criticava as roupas que vestia a ponto de rasgar e obrigá-la a vestir algo mais “comportado” porque não era nenhuma vadia. E de fato, não era. Estava tão presa naquele relacionamento que até mesmo aceitava os tapas e socos recebidos vez ou outra por considerar que havia sido sua culpa e que estava fazendo algo errado; entrando aí novamente seu talento com a maquiagem para esconder as agressões de quem fosse necessário.
Após quase nove meses vivendo aquela tortura, o término veio ao descobrir uma possível traição por parte do rapaz que, revoltado, resolveu “acabar” com o relacionamento em xingos e degradações. Yingyue nunca havia escutado tantas palavras rudes e dolorosas sendo ditas em sua direção e saber que não o teria ali de novo doeu mais que tudo, mas conseguiu ser amparada por sua mãe e por algumas amigas que sabiam da situação. Todas tentando consolar a garota da maneira mais discreta possível, já que nunca foi a público que ela sofria numa relação abusiva.
Foi perto do ano de sua formatura e após os dezoito anos que ficou sabendo sobre um site onde homens pagavam por acompanhantes e as levava em festas, restaurantes, jantares chiques e reuniões empresariais apenas para ter alguém do lado. Descobriu também que o tratamento feito por eles era excepcional e foi isso que mais chamou a atenção da chinesa que se encontrava desesperada por ser vista de forma digna, de negar todas as palavras ditas por seu ex-namorado naquele dia que ainda repetia na sua mente. Assim, passou a ser uma acompanhante simples e a ganhar dinheiro daquela forma, não que realmente precisasse dele, mas o guardava como uma poupança própria.
A tranquilidade – que durou pouco – na residência dos Jiang acabou sendo abalada novamente quando os exames de entrada para a universidade se aproximaram. Seu pai já era um alcóolatra evidente e permanecia a bater em sua mãe, que já cansada de tudo aquilo resolveu conversar com a garota sobre a ideia de se mudarem de casa, talvez de cidade ou país e largar tudo aquilo para trás. Yingyue não pensou duas vezes antes de concordar e comentar sobre o que estava fazendo e a quantia que havia guardada, surpreendendo a mulher que se preocupou com a garota, mas ainda assim não a criticou. Em questão de dias estavam com as malas prontas em um avião para Busan, na Coreia do Sul, com um coreano questionável de tradutor online e muito orgulho no peito por terem fugido de toda aquela situação.
Yingyue aperfeiçoou sua fala, escrita e escuta no coreano por um ano antes de se atrever a tentar ingressar em uma faculdade aos vinte anos – ao mesmo tempo em que conseguiu novas indicações de clientes e recomeçou seu “mercado” do zero, contando com a ajuda de um bico de stripper em uma casa noturna de Yuheong para conhecer novas pessoas e ampliar as conexões com toda a simpatia que esbanjava sob o acordo de que se negava a retirar toda a roupa. A formatura no curso de artes plásticas veio meses antes de conseguir o que considerava uma promoção no seu outro trabalho, fazendo seu talento em artes e maquiagens ficar apenas como um hobby de internet que servia como desculpa para as pessoas quando precisava explicar de onde que conseguia tirar tanto dinheiro para viver confortavelmente com sua mãe.
Trívia:
Possui duas tatuagens: uma no peitoral e outra no braço direito, que faz questão de manter escondidas com maquiagem quando está trabalhando para não ser facilmente reconhecida.
Por mais que mantenha a pose estranha de “stripper que não tira a roupa toda”, Yingyue acaba aceitando quantias maiores por fora para fazer um show completo.
Ela ainda sonha em sair desse ramo e trabalhar com algo em sua formação.
Costuma usar diversas perucas por causa do seu hobby como maquiadora e por gostar de mudar o visual sem se arrepender depois.
Consegue um bom dinheiro sendo influencer de maquiagem nas redes sociais, então costuma dizer que esse é seu trabalho verdadeiro.
Prefere trabalhar como acompanhante por não envolver toques ou exibições em excesso.
Utiliza o codinome “Sofie” para seus trabalhos não tão formais.
Possui uma bubbly personality.
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Yoongi - Same Old Love
“Jovens se conhecem, se apaixonam e se separam”.
Foi a última coisa que ele me falou no nosso baile de formatura. Min Yoongi era famoso e conhecido por ignorar a todos, mas mesmo assim eu quis me arriscar tentando algo com ele. Mas isso é passado.
Oito anos se passaram desde então, me mudei para Busan e comecei a trabalhar em um restaurante com funcionários incríveis. Fiz ótimos amigos naquele lugar e até conheci meu atual namorado, infelizmente este quase nunca está presente já que só sabe trabalhar e esconder nossa relação da sua mãe.
Por causa de meu trabalho precisava viajar ocasionalmente e hoje foi um desses casos; acabei pegando um voo para Seul junto com os funcionários e nossa chefe devido a organização de um evento que o restaurante ficou responsável. Aproveitando a viagem pensei em visitar alguns amigos que não via a tempos enquanto não estivesse trabalhando e comecei a pensar em como minha vida mudou após o colegial.
Chegando ao nosso destino todos colocaram suas máscaras e fomos em direção a esteira para pegar nossas bagagens mas logo Sra. Park nos encaminhou até uma sala de espera fechada e foi abraçar um garoto com uma máscara, e soube que era seu filho Jimin. Ele cumprimentou a todos se curvando e dando um sorriso.
“Trouxe uma van que irá levá-los até o hotel que irão ficar para se organizarem até o evento”.
O caminho foi rápido e tranquilo, decidimos que iriamos dividir os quartos mesmo com Jimin insistindo que eu não deveria ficar no mesmo quarto que um homem acabei optando dividir com Ji-Soo, meu grande e único amigo verdadeiro em Busan, já que ele não iria tentar nada comigo. Cada um subiu para seu respectivo quarto com suas bagagens e combinamos de nos encontramos mais tarde na cozinha do hotel para discutirmos o cardápio.
Às 17 horas todos já estavam na cozinha para conversar. Todos, exceto eu. Fiquei mais dez minutos em meu quarto para ter uma discussão por mensagem com o meu namorado, que acabou precisando sair dizendo que não podia se atrasar. Lavei meu rosto e olhei-me no espelho pela última vez antes de sair do quarto indo em direção ao elevador, e quando ele abriu mostrou a figura de uma homem vestido com roupas pretas, bandana e uma máscara cobrindo o rosto.
Entrei e apertei o botão do térreo, o homem parecia desconfortável com minha presença mas não me preocupei com o porquê. Quando o elevador estava no nono andar viro para encarar o homem que permanecia bufando e olhando para mim, seus olhos pareciam familiares. Eu me recusava a acreditar que era ele, que depois de anos estava o encontrando novamente nessas condições. E ele me reconhecia, sabia disto pelo modo que me olhava, pelo modo que retirou sua máscara e suas feições demonstravam surpresa.
Acordei de um transe que não sabia que estava ao ouvir o toque do elevador que mostrava a chegada ao térreo. Em um ato infantil apertei o botão de segundo andar e saí em disparada do elevador, deixando Yoongi para trás ainda com uma expressão surpresa. Respirei diversas vezes tentando me acalmar antes de rapidamente caminhar até a cozinha do hotel. Entrei silenciosamente enquanto Sra. Park falava algo sobre respeitar os clientes e percebi que haviam novos rostos no ambiente.
“Você está bem?” - Jimin me perguntou baixo, eu concordei com a cabeça - “Sinto muito noona”.
Decidi prestar atenção no que Sra. Park falava antes de precisar receber uma advertência por não estar focada.
“O cliente é um homem que irá propor casamento à sua namorada, que não sabe absolutamente nada, no dia programado. Portanto, é preciso pratos simples mas com requinte e não podemos esquecer que…”
Ela foi interrompida por um baque na porta que revelou Yoongi ofegante e envergonhado ao ver todos o olharem. Abaixou a cabeça sussurrando um pedido de desculpas e se colocando perto dos outros meninos não conhecidos por mim.
“Bom, não podemos esquecer que estaremos trabalhando em um lugar renomado e que pessoas famosas estarão presentes. Então sem falhas, entenderam?” – Sra. Park finalizou e acompanhei a conversa dos demais sugerindo alguns pratos.
Yoongi me olhava a todo momento enquanto eu tentava controlar meu constrangimento com isto. Finalizamos a escolha do menu decidindo quem iria preparar o que, o evento seria pequeno com no máximo 50 pessoas e eu não conseguia entender para que tanto desespero ou a presença de famosos. Não estava nervosa com isso, trabalho dentro da cozinha então é difícil ser chamada ou apresentada á alguém famoso.
Antes de irmos preparar os pratos como teste, Sra. Park apresentou os meninos como membros do grupo BTS: Jungkook, Taehyung, Jimin (que já era conhecido por mim), Namjoon, Hoseok, Yoongi e Seokjin. Já tinha ouvido falar do grupo já que trabalho com a mãe de um dos membros mas nunca dei muita bola para grupos de garotos.
O evento seria no dia seguinte e os pratos não eram difíceis mas mesmo assim precisavam de treinamento. “A pratica leva a perfeição”, foi o primeiro conselho que ouvi de Sra. Park e nunca o esqueço, não sei o que teria feito sem ela na minha vida. Foi a única que deu emprego para uma recém formada de gastronomia sem evitar, só tenho respeito e gratidão por esta mulher e não sei o que faria se a deixasse magoada.
Já de noite e em meu quarto sozinha, já que Ji-Soo resolverá ir até um clube e eu recusei sem precisar de tempo para pensar, ouvi batidas na porta e uma voz que eu amaldiçoava desde o meu colegial. Não sei como Yoongi descobriu meu quarto, ou porquê ele estava bêbado batendo em minha porta tão tarde.
“Eu sei que você está aí, abra por favor. Apenas q-quero conversar” – Tentei lutar comigo mesma para não abrir a porta mas meu resquício de adolescente apaixonada voltou no momento que Yoongi fungou e percebi que estava chorando.
Abri a porta e liberei passagem para um Yoongi de olhos molhados e grogue, de um jeito que nunca vi anteriormente, este entrou e me puxou para um abraço enquanto empurrava a porta com o pé. Seu abraço era apertado, sentia-o esmagando cada parte do meu corpo demonstrando a saudade que guardou durante esses anos. Pude sentir suas lágrimas atingindo meu ombro, seu cheiro de bebida misturado com perfume, seus braços mais fortes do que o garoto de 17 anos que me deixou para seguir seu sonho. Todas as lembranças daquela noite voltaram a minha cabeça e deram força para soltar-me de seu aperto.
“Você realmente acha que tem o direito de me abraçar desse jeito depois de tudo que fez? Depois de me rejeitar na noite que deveria ter sido feliz, de me fazer sofrer por meses, de ignorar minhas ligações e mensagens? Acha que pode me abraçar do jeito que fazia quando brigava com seus pais e me procurava por consolo?” – Tentei ser forte mas as lágrimas que segurei por esses anos já se manifestavam – “Acha que tem o direito de fazer isso comigo?”
Não foi dito nada, Yoongi apenas se aproximou de mim e me deu outro abraço enquanto acariciava meus cabelos e minhas costas do jeito que fazia antigamente. Gostaria de dizer que eu fui forte e o mandei para fora do meu quarto, mas ao invés disso apenas o apertei mais deixando-o me levar até a cama e deitar comigo enquanto ainda me dava carinho. Pode ser dito que ficamos horas daquele jeito, nos abraçando sem dizer nada e naquela hora realmente não precisava de palavras.
Acordei com o sol batendo em meu rosto me fazendo afundar ainda mais nos lençóis e naquela maciez de colchão de rico. Lembrei do que aconteceu na noite anterior e me julguei mentalmente por tê-lo deixado se aproximar novamente, lembrei-me dele indo embora no meio da noite e deixando um beijo na minha testa, de seus braços fortes me segundo e de chorar em seus ombros enquanto ele chorava comigo sem vergonha alguma de expressar seus sentimentos.
Levantei a cabeça e procurei o aparelho que tocava uma música do Shawn Mendes vendo que meu namorado me ligava.
“Você atendeu, pensei que ia me ignorar pela burrada que fiz ontem baby.” – Ouvi sua voz sonolenta e apenas fiquei quieta – “Eu sei minha querida, sei que você está cheia dessa distância e de não poder me tocar como e quando quiser. Eu também estou cheio disso mas não posso fazer nada, não por agora. Apenas te liguei para desejar boa sorte no evento de hoje é ouvir sua voz… mas acho que só vou poder ouvir sua respiração, certo?”
“Eu te perdoo, meu amor. Eu entendo seu lado e sei que você se preocupa com o meu, que está dando duro para adiantar as coisas e poder vir me ver e eu te amo por isso.”
“Ah jagiya, você não sabe como me deixa feliz por não estar me odiando. Estou tão aliviado!” – Escutei uns barulhos atrás e já sabia o que ia acontecer – “Tenho que ir, meus amigos estão me chamando… vou tentar de tudo para poder ter um tempo com você hoje, prometo. Saranghae noona”
Finalizei a chamada e me preparei para descer e praticar meu prato pela última vez, embora o gimbap (parecido com um sushi mas com óleo de gergelim) seja algo fácil de fazer é sempre bom estar preparada. Desci pelo elevador agradecendo aos céus por não encontrar Yoongi novamente e me dirigi a cozinha que estava com alguns funcionários próprios do hotel e alguns conhecidos do restaurante que pareciam ter tido a mesma ideia que eu.
Quando o relógio marcou 14 horas todos voltaram aos seus respectivos quartos, mas eu fui arrastada por Ji-Soo que dizia ser preciso nos arrumarmos bem já que no evento iriam ter celebridades. Ele insistiu que eu deveria fazer uma maquiagem e arrumar meu cabelo e mesmo com minha relutância acabei permitindo que ele me arrumasse. Para minha grande surpresa, meu namorado não me ligou como disse que o faria e decidi ignora-lo se o fizesse.
Às 18 horas todos deveriam se dirigir até a cozinha para preparar o jantar e esperar que o homem pedisse a mão de sua namorada. A entrada e o prato principal já haviam sido feitos e entregues, me dando uma folga já que o fechamento não seria com o meu prato. Pelo menos, eu pensei que teria uma folga.
Mas infelizmente, ou felizmente, uma mão falou minha boca enquanto outra puxava minha cintura e me arrastava até algum depósito sem eu ver quem era. Mas eu sabia quem era. Era a mesma pessoa que me fez chorar recentemente e que me fez dormir calmamente na noite anterior, não havia como confundir seu cheiro ou seu toque.
“Eu sinto muito não estar lá quando você acordou.” – Disse enquanto fechava a porta do lugar – “Percebi que aquele quarto não era só seu e não quis arranjar problemas para você.”
“O que você está fazendo Min?”
“Estou aqui para te dizer que eu te amo S/N, okay? Eu fui um idiota por ter te deixado anos atrás, estava pensando apenas em mim e sendo egoísta. Sei que não posso voltar atrás e mesmo se pudesse não o faria, agora sou mais maduro e responsável. Posso te mostrar isso se você me permitir, se me der apenas mais uma chance, por favor.” – O jeito que ele me olhava com seus olhos cansados e suplicante quase me faziam perder as forças, mas eu não seria fraca novamente.
“Eu tenho um namorado Yoongi, não posso fazer isso com ele. Eu o amo apesar de tudo e sei que…”
“Eu não ligo para isso, eu te amo e sei que você pode me amar de volta. Largue esse idiota, ele é só serviu como uma distração enquanto não nos encontrávamos.”
“Você realmente não sabe quem é meu namorado não é?”
“S/N, onde está você?” – Ouvi Ji-Soo me chamando e arregalei os olhos saindo apressadamente mas discretamente do pequeno quarto sem lançar nenhum olhar para Yoongi.
“Alguns famosos querem cumprimentar e elogiar nossos pratos, só falta nós irmos lá.” - Ji-Soo me puxava em direção à saída da cozinha.
Quando chegamos até as mesas não pude ver o casal feliz com seu recém noivado, mas pude ver Yoongi sentado ao lado de Seokjin e Sra. Park ao lado de seu filho.
“Eu gostaria de agradecer a todos os presentes e a todos que fizeram esse jantar possível. Não posso dizer que não estou completamente nervoso com esse dia e com o que vai acontecer depois da pergunta super esperada.” – Soltou uma risada nervosa e eu só pude arregalar meus olhos – “Não é todo dia que encontramos a pessoa certa sem a deixar escapar e eu aprendi da maneira difícil que é melhor não a deixar escapar. Namoramos durante cinco anos sem ninguém saber, nem mesmo minha mãe que me ajudou a preparar tudo isso, não nos víamos todos os dias e nem todos os meses. Aposto que ela está uma fera comigo, hoje especialmente, já que não a liguei como disse que ia e só a ignoro desde que esta chegou aqui. Mas espero que ela possa me perdoar e dizer o tão esperado sim que eu almejo ouvir desde que nos conhecemos…” – Ele ajoelhou na minha frente segurando uma caixa e a abrindo.
Suspirou.
“S/N, você aceita aguentar a mim, Park Jimin, pelo resto de sua vida?”
POSTADO EM ~NOURRYFUCKME, OUTRO BLOG MAS MESMA AUTORA.
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Yoongi - Same Old Love
“Jovens se conhecem, se apaixonam e se separam”.
Foi a última coisa que ele me falou no nosso baile de formatura. Min Yoongi era famoso e conhecido por ignorar a todos, mas mesmo assim eu quis me arriscar tentando algo com ele. Mas isso é passado.
Oito anos se passaram desde então, me mudei para Busan e comecei a trabalhar em um restaurante com funcionários incríveis. Fiz ótimos amigos naquele lugar e até conheci meu atual namorado, infelizmente este quase nunca está presente já que só sabe trabalhar e esconder nossa relação da sua mãe.
Por causa de meu trabalho precisava viajar ocasionalmente e hoje foi um desses casos; acabei pegando um voo para Seul junto com os funcionários e nossa chefe devido a organização de um evento que o restaurante ficou responsável. Aproveitando a viagem pensei em visitar alguns amigos que não via a tempos enquanto não estivesse trabalhando e comecei a pensar em como minha vida mudou após o colegial.
Chegando ao nosso destino todos colocaram suas máscaras e fomos em direção a esteira para pegar nossas bagagens mas logo Sra. Park nos encaminhou até uma sala de espera fechada e foi abraçar um garoto com uma máscara, e soube que era seu filho Jimin. Ele cumprimentou a todos se curvando e dando um sorriso.
“Trouxe uma van que irá levá-los até o hotel que irão ficar para se organizarem até o evento”.
O caminho foi rápido e tranquilo, decidimos que iriamos dividir os quartos mesmo com Jimin insistindo que eu não deveria ficar no mesmo quarto que um homem acabei optando dividir com Ji-Soo, meu grande e único amigo verdadeiro em Busan, já que ele não iria tentar nada comigo. Cada um subiu para seu respectivo quarto com suas bagagens e combinamos de nos encontramos mais tarde na cozinha do hotel para discutirmos o cardápio.
Às 17 horas todos já estavam na cozinha para conversar. Todos, exceto eu. Fiquei mais dez minutos em meu quarto para ter uma discussão por mensagem com o meu namorado, que acabou precisando sair dizendo que não podia se atrasar. Lavei meu rosto e olhei-me no espelho pela última vez antes de sair do quarto indo em direção ao elevador, e quando ele abriu mostrou a figura de uma homem vestido com roupas pretas, bandana e uma máscara cobrindo o rosto.
Entrei e apertei o botão do térreo, o homem parecia desconfortável com minha presença mas não me preocupei com o porquê. Quando o elevador estava no nono andar viro para encarar o homem que permanecia bufando e olhando para mim, seus olhos pareciam familiares. Eu me recusava a acreditar que era ele, que depois de anos estava o encontrando novamente nessas condições. E ele me reconhecia, sabia disto pelo modo que me olhava, pelo modo que retirou sua máscara e suas feições demonstravam surpresa.
Acordei de um transe que não sabia que estava ao ouvir o toque do elevador que mostrava a chegada ao térreo. Em um ato infantil apertei o botão de segundo andar e saí em disparada do elevador, deixando Yoongi para trás ainda com uma expressão surpresa. Respirei diversas vezes tentando me acalmar antes de rapidamente caminhar até a cozinha do hotel. Entrei silenciosamente enquanto Sra. Park falava algo sobre respeitar os clientes e percebi que haviam novos rostos no ambiente.
“Você está bem?” - Jimin me perguntou baixo, eu concordei com a cabeça - “Sinto muito noona”.
Decidi prestar atenção no que Sra. Park falava antes de precisar receber uma advertência por não estar focada.
“O cliente é um homem que irá propor casamento à sua namorada, que não sabe absolutamente nada, no dia programado. Portanto, é preciso pratos simples mas com requinte e não podemos esquecer que...”
Ela foi interrompida por um baque na porta que revelou Yoongi ofegante e envergonhado ao ver todos o olharem. Abaixou a cabeça sussurrando um pedido de desculpas e se colocando perto dos outros meninos não conhecidos por mim.
“Bom, não podemos esquecer que estaremos trabalhando em um lugar renomado e que pessoas famosas estarão presentes. Então sem falhas, entenderam?” – Sra. Park finalizou e acompanhei a conversa dos demais sugerindo alguns pratos.
Yoongi me olhava a todo momento enquanto eu tentava controlar meu constrangimento com isto. Finalizamos a escolha do menu decidindo quem iria preparar o que, o evento seria pequeno com no máximo 50 pessoas e eu não conseguia entender para que tanto desespero ou a presença de famosos. Não estava nervosa com isso, trabalho dentro da cozinha então é difícil ser chamada ou apresentada á alguém famoso.
Antes de irmos preparar os pratos como teste, Sra. Park apresentou os meninos como membros do grupo BTS: Jungkook, Taehyung, Jimin (que já era conhecido por mim), Namjoon, Hoseok, Yoongi e Seokjin. Já tinha ouvido falar do grupo já que trabalho com a mãe de um dos membros mas nunca dei muita bola para grupos de garotos.
O evento seria no dia seguinte e os pratos não eram difíceis mas mesmo assim precisavam de treinamento. “A pratica leva a perfeição”, foi o primeiro conselho que ouvi de Sra. Park e nunca o esqueço, não sei o que teria feito sem ela na minha vida. Foi a única que deu emprego para uma recém formada de gastronomia sem evitar, só tenho respeito e gratidão por esta mulher e não sei o que faria se a deixasse magoada.
Já de noite e em meu quarto sozinha, já que Ji-Soo resolverá ir até um clube e eu recusei sem precisar de tempo para pensar, ouvi batidas na porta e uma voz que eu amaldiçoava desde o meu colegial. Não sei como Yoongi descobriu meu quarto, ou porquê ele estava bêbado batendo em minha porta tão tarde.
“Eu sei que você está aí, abra por favor. Apenas q-quero conversar” – Tentei lutar comigo mesma para não abrir a porta mas meu resquício de adolescente apaixonada voltou no momento que Yoongi fungou e percebi que estava chorando.
Abri a porta e liberei passagem para um Yoongi de olhos molhados e grogue, de um jeito que nunca vi anteriormente, este entrou e me puxou para um abraço enquanto empurrava a porta com o pé. Seu abraço era apertado, sentia-o esmagando cada parte do meu corpo demonstrando a saudade que guardou durante esses anos. Pude sentir suas lágrimas atingindo meu ombro, seu cheiro de bebida misturado com perfume, seus braços mais fortes do que o garoto de 17 anos que me deixou para seguir seu sonho. Todas as lembranças daquela noite voltaram a minha cabeça e deram força para soltar-me de seu aperto.
“Você realmente acha que tem o direito de me abraçar desse jeito depois de tudo que fez? Depois de me rejeitar na noite que deveria ter sido feliz, de me fazer sofrer por meses, de ignorar minhas ligações e mensagens? Acha que pode me abraçar do jeito que fazia quando brigava com seus pais e me procurava por consolo?” – Tentei ser forte mas as lágrimas que segurei por esses anos já se manifestavam – “Acha que tem o direito de fazer isso comigo?”
Não foi dito nada, Yoongi apenas se aproximou de mim e me deu outro abraço enquanto acariciava meus cabelos e minhas costas do jeito que fazia antigamente. Gostaria de dizer que eu fui forte e o mandei para fora do meu quarto, mas ao invés disso apenas o apertei mais deixando-o me levar até a cama e deitar comigo enquanto ainda me dava carinho. Pode ser dito que ficamos horas daquele jeito, nos abraçando sem dizer nada e naquela hora realmente não precisava de palavras.
Acordei com o sol batendo em meu rosto me fazendo afundar ainda mais nos lençóis e naquela maciez de colchão de rico. Lembrei do que aconteceu na noite anterior e me julguei mentalmente por tê-lo deixado se aproximar novamente, lembrei-me dele indo embora no meio da noite e deixando um beijo na minha testa, de seus braços fortes me segundo e de chorar em seus ombros enquanto ele chorava comigo sem vergonha alguma de expressar seus sentimentos.
Levantei a cabeça e procurei o aparelho que tocava uma música do Shawn Mendes vendo que meu namorado me ligava.
“Você atendeu, pensei que ia me ignorar pela burrada que fiz ontem baby.” – Ouvi sua voz sonolenta e apenas fiquei quieta – “Eu sei minha querida, sei que você está cheia dessa distância e de não poder me tocar como e quando quiser. Eu também estou cheio disso mas não posso fazer nada, não por agora. Apenas te liguei para desejar boa sorte no evento de hoje é ouvir sua voz... mas acho que só vou poder ouvir sua respiração, certo?”
“Eu te perdoo, meu amor. Eu entendo seu lado e sei que você se preocupa com o meu, que está dando duro para adiantar as coisas e poder vir me ver e eu te amo por isso.”
“Ah jagiya, você não sabe como me deixa feliz por não estar me odiando. Estou tão aliviado!” – Escutei uns barulhos atrás e já sabia o que ia acontecer – “Tenho que ir, meus amigos estão me chamando... vou tentar de tudo para poder ter um tempo com você hoje, prometo. Saranghae noona”
Finalizei a chamada e me preparei para descer e praticar meu prato pela última vez, embora o gimbap (parecido com um sushi mas com óleo de gergelim) seja algo fácil de fazer é sempre bom estar preparada. Desci pelo elevador agradecendo aos céus por não encontrar Yoongi novamente e me dirigi a cozinha que estava com alguns funcionários próprios do hotel e alguns conhecidos do restaurante que pareciam ter tido a mesma ideia que eu.
Quando o relógio marcou 14 horas todos voltaram aos seus respectivos quartos, mas eu fui arrastada por Ji-Soo que dizia ser preciso nos arrumarmos bem já que no evento iriam ter celebridades. Ele insistiu que eu deveria fazer uma maquiagem e arrumar meu cabelo e mesmo com minha relutância acabei permitindo que ele me arrumasse. Para minha grande surpresa, meu namorado não me ligou como disse que o faria e decidi ignora-lo se o fizesse.
Às 18 horas todos deveriam se dirigir até a cozinha para preparar o jantar e esperar que o homem pedisse a mão de sua namorada. A entrada e o prato principal já haviam sido feitos e entregues, me dando uma folga já que o fechamento não seria com o meu prato. Pelo menos, eu pensei que teria uma folga.
Mas infelizmente, ou felizmente, uma mão falou minha boca enquanto outra puxava minha cintura e me arrastava até algum depósito sem eu ver quem era. Mas eu sabia quem era. Era a mesma pessoa que me fez chorar recentemente e que me fez dormir calmamente na noite anterior, não havia como confundir seu cheiro ou seu toque.
“Eu sinto muito não estar lá quando você acordou.” – Disse enquanto fechava a porta do lugar – “Percebi que aquele quarto não era só seu e não quis arranjar problemas para você.”
“O que você está fazendo Min?”
“Estou aqui para te dizer que eu te amo S/N, okay? Eu fui um idiota por ter te deixado anos atrás, estava pensando apenas em mim e sendo egoísta. Sei que não posso voltar atrás e mesmo se pudesse não o faria, agora sou mais maduro e responsável. Posso te mostrar isso se você me permitir, se me der apenas mais uma chance, por favor.” – O jeito que ele me olhava com seus olhos cansados e suplicante quase me faziam perder as forças, mas eu não seria fraca novamente.
“Eu tenho um namorado Yoongi, não posso fazer isso com ele. Eu o amo apesar de tudo e sei que...”
“Eu não ligo para isso, eu te amo e sei que você pode me amar de volta. Largue esse idiota, ele é só serviu como uma distração enquanto não nos encontrávamos.”
“Você realmente não sabe quem é meu namorado não é?”
“S/N, onde está você?” – Ouvi Ji-Soo me chamando e arregalei os olhos saindo apressadamente mas discretamente do pequeno quarto sem lançar nenhum olhar para Yoongi.
“Alguns famosos querem cumprimentar e elogiar nossos pratos, só falta nós irmos lá.” - Ji-Soo me puxava em direção à saída da cozinha.
Quando chegamos até as mesas não pude ver o casal feliz com seu recém noivado, mas pude ver Yoongi sentado ao lado de Seokjin e Sra. Park ao lado de seu filho.
“Eu gostaria de agradecer a todos os presentes e a todos que fizeram esse jantar possível. Não posso dizer que não estou completamente nervoso com esse dia e com o que vai acontecer depois da pergunta super esperada.” – Soltou uma risada nervosa e eu só pude arregalar meus olhos – “Não é todo dia que encontramos a pessoa certa sem a deixar escapar e eu aprendi da maneira difícil que é melhor não a deixar escapar. Namoramos durante cinco anos sem ninguém saber, nem mesmo minha mãe que me ajudou a preparar tudo isso, não nos víamos todos os dias e nem todos os meses. Aposto que ela está uma fera comigo, hoje especialmente, já que não a liguei como disse que ia e só a ignoro desde que esta chegou aqui. Mas espero que ela possa me perdoar e dizer o tão esperado sim que eu almejo ouvir desde que nos conhecemos...” – Ele ajoelhou na minha frente segurando uma caixa e a abrindo.
Suspirou.
“S/N, você aceita aguentar a mim, Park Jimin, pelo resto de sua vida?”
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OLÁ PESSOAL, VENHO COM MAIS UMA ESTÓRIA DE FICÇÃO PARA VOCÊS.
ESTE TEXTO TERÁ TRECHOS DE VIOLÊNCIA, SEXO, DROGAS, BEBIDAS, XINGOS.
TAMBÉM CONTERÁ RELACIONAMENTOS H��TEROS, HOMOSSEXUAIS.
QUALQUER RELAÇÃO DESTE TEXTO COM A REALIDADE, MERA COICINDÊNCIA.
NOMES E SITUAÇÕES AQUI SÃO FICTICIOS.
BOA LEITURA A TODOS, MUITO OBRIGADO PELO CARINHO E ATENÇÃO QUE NOS TEM DEDICADO.
PAULO FOG.
IZAÍAS
1
Judite puxa o ar com certa dificuldade, Osvaldo fora até a fazenda vizinha e logo trouxera a benzedeira de lá.
Tempos depois a mulher vem a ele, entrega alguns frascos.
- O que minha mulher tem?
- Melhor leva-la a cidade, deixe-a descansar, acho, melhor, sinto, seus pedidos serão atendidos.
- Um filho, homem?
- Por favor sr Osvaldo, meus 40 reais.
- Vou lhe dar mais, muito mais.
O homem dá um valor a benzedeira, o neto dela aguarda do lado de fora na carroça, auxilia a velha a subir.
- Tchau.
- Fique tranquilo, tudo vai dar certo, por Jesus e Maria.
- Amém.
Osvaldo entra na cozinha, coloca água no caldeirão, logo Lucimar entra ali.
- E ai, dona Begônia veio?
- A benzedeira, sim.
- O que ela disse?
- Vou ser pai.
- De novo?
- O que foi Lucimar?
- Com certeza outra menina.
- Não, ela me garantiu, será um menino.
Lucimar olha para o irmão com certo descaso diante ao dito dele, já outras vezes ele ficara no mesmo entusiasmo e o que viera, uma filha.
Meses depois e Judite sempre tendo o acompanhamento de médicos, ela traz ao mundo Izaías.
Osvaldo não esconde a felicidade diante ao filho e segura o garoto levando-o para o conhecimentos de todos por ali.
Lucimar se casa 5 anos após o nascimento do sobrinho e traz duas sobrinhas mais velhas que Izaías para sua casa, ficando o menino e a sua irmã terceira.
O tempo passa e aos 7 anos no dia do aniversário de Izaías, Judite passa mal ao ajudar o filho no sopro da vela.
Menos de dois meses depois ela falece de um tumor no cérebro, Osvaldo fica desgostoso, Lucimar vem a ele e leva Izaías e a irmã para junto dela, do marido e das outras irmãs.
Osvaldo desaparece e por dois anos não dá noticias, ressurgindo do nada nas festas de ano na fazenda onde Lucimar mora.
- Irmão.
- Oi mana.
- Por onde você esteve?
- Por ai, sai pelo mundo. Eles papeiam ali até que entram na varanda uma bugra com 3 crianças.
- E ela irmão?
- É Sônia, minha mulher, lá de Rondônia, viúva, estes 3 é filho nosso.
- E os teus Osvaldo?
- Então mana, é sobre isso que eu queria falar com você.
- Vai diz, o que foi Osvaldo?
- Olha, eu estou começando tudo de novo, então sabe, eu levo o garoto e você fica com as garotas.
Lucimar sai da cadeira e o avança, lhe dando um tapa no rosto, Osvaldo que não esperava por aquilo cambaleia ali e logo ela lhe prepara um outro, ele a segura e a empurra.
- Ficou louca, sou homem, muito homem, reconheço o que tem feito, mais mesmo assim, não te dou direito de bater na cara de um homem.
O esposo de Lucimar surge ali, alto, loiro, olhos claros.
- O que foi amor, é o Osvaldo, o que esta havendo aqui?
- Celso, me desculpe chegar assim, sou eu mesmo, vim buscar o garoto e te pedir se..............
- VAI EMBORA DAQUI, SAI, AGORAAAAAAA. Vocífera Lucimar ainda no chão, seus olhos em puro ódio, ela salta ficando em pe´, pega uma peixeira deixada por ela na janela e caminha ao irmão.
- Esta louca mesmo, mana, será que vou ter de te internar.
- Morra, seu desgraçado, nojento, vai pro inferno.
Osvaldo levanta a mão contra a irmã, recebe um soco certeiro de Celso ali, o homem cai no chão.
- Celso.
- Ouviu muito bem minha esposa, agora saia.
- Meu filho, eu vou levar ele.
Lucimar tenta avançar nele sendo segura por Celso.
- Daqui não sai um deles, eu crio e vou continuar, já que o pai não presta, é um biscateiro, canalha, sem caráter, sai daqui, eu como a tia deles vou dar educação e cria-los.
- EU SOU O PAI, PORRAAAAAAAAAAAAAAA.
- Você tem os registros deles?
- Como assim?
- Eu os registrei, estão no nome meu e do Celso.
- Como, quem te deu essa autorização, vou dar parte de vocês a justiça, isso é crime?
- Sua falecida e santa mulher a Judite.
- Mentira, prove.
- Traz para ele amor, a cópia da carta.
Celso deixa a mulher ali e segue para buscar o documento mais antes mostra abrindo a camisa a pistola presa ao cinto.
Osvaldo olha aquilo e solta um barulho estranho, logo Celso retorna e entrega para ele o papel, uma cópia de uma carta escrita a punho por Judite, bem mau escrita porém legível, nesta ela pede para que Lucimar tome conta de seus filhos caso Osvaldo demonstre comportamento adverso ao normal.
Osvaldo termina de ler e rasga o papel, Celso mira o homem pelo cano da arma.
- Não precisa de tanto querido, com certeza ele ja esta de saída e mais certo ainda, ele nunca mais retornará aqui, não é Osvaldo?
Osvaldo xinga diversos nomes ali e sai com sua nova mulher e enteados.
310121.....
TEXTO INDICADO AO PÚBLICO ADULTO, 18 ANOS A FRENTE.
face: Ione Azaepi
O tempo passa, dez anos depois e Lucimar segue com a lida na fazenda, Celso trabalhando sol a sol, ela além do cuido da casa, faz costuras para os arredores, doces em compotas, queijos, requeijão, mussarela, tudo vendido aos domingos na feira da cidade, Celso vai demonstrando uma certa fadiga, uma dor lhe toma o corpo, Lucimar vai com ele para a cidade, no hospital Celso passa por um clinico geral que lhe passa alguns exames e um mês depois o resultado, Celso esta com Leocemia.
Seis meses depois ele vem a óbito, Lucimar sai da fazenda, porém ganha em forma de indenização uma casa na cidade, ela fica nesta por um curto tempo e logo coloca a mesma á venda, com uma economias guardada e o dinheiro da venda da casa ela compra uma outra casa bem maior numa cidade mais evoluída.
Nesta ela decide por fazer de pensão, jovens estudantes e senhores solteiros vem ali para alugar seus quartos, ela também se dedica a pratos de salgados e massas que vende aos finais de semana.
Cristina, a irmã mais velha de Izaías com 21 anos esta terminando o curso de direito e já trabalha num escritório, Janete com 20 anos, terminara os estudos e trabalha numa boutique, faz faculdade de letras á noite, Elisabeth com 19 anos não trabalha e nem estuda, fica a passear com a classe de burgueses da sociedade, sempre em festas e confraternizações, bailes, é bem conhecida na alta roda society.
Izaías com 18 anos esta terminando o ensino médio e já há 5 anos trabalha de atendente numa farmácia, Lucimar só tem elogios a eles, nem tantos para Beth que vez e outra traz alguns assuntos sob sua conduta, alguns até vexatórios, tipo se embriagar e ser carregada por homens em festas de formatura, Lucimar já lhe chamara a atenção e até lhes dera algumas cintadas porém nada a fez mudar aquele tipo de "Patricinha sem ter o que ostentar".
Stéfany com 9 anos adora brincar com as primas irmãs porém quem a faz rir de verdade e realiza todos os seus gostos, mesmo que as escondidas de sua mãe, tipo, sorvete de manga antes do almoço, é Izaías quem encobre, ela ama o primo.
Assim vai caminhando a vida deles, até o dia em que batem a porta da casa e Lucimar vai atender.
- Oi, em que posso ajudar?
- É a dona Lucimar?
- Sim, por que?
- Sou Sérgio, o neto da dona Begônia, minha vó me deu esse endereço, arrumei emprego na fábrica têxtil, preciso de um quarto e........
- Vamos, entre rapaz, neto de dona Begônia, entre logo.
Lucimar leva o homem para conhecer a casa, o quarto que ficara para ele será o mesmo de Izaías devido aos outros 8 quartos estarem todos ocupados.
- Por mim, esta ótimo dona Lucimar.
- Que bom filho, agora vá me dê suas coisas que eu vou arruma-las.
- Me desculpe pode deixar, não trouxe muito, só essa mala mesmo.
- Só isso?
- Sim.
- Entendo, bem então vou deixa-lo arrumando suas coisas, fique tranquilo, esta em casa.
- Obrigado novamente, dona Lucimar.
- Só Lucimar, filho, te conheço de criança.
- Sim, obrigado Lucimar.
Izaías sai da farmácia e segue até a churrascaria do Leno, onde compra alguns espetos de carne e frango, tudo arrumado em dois marmitex ele paga e recebe o troco, nisso sente o flerte vindo do garçom que se aproxima e coloca no bolso da camisa de Izaías um bilhete.
- Meu número, me liga tá?
- Ok.
Izaías sai todo contente e logo pega o ônibus para seu bairro.
Cerca de 15 minutos depois, ele abre o portão da entrada da casa, Stéfany como sempre vem ao seu encontro e ele traz a menina para si no colo e entra na casa, Lucimar já logo vem e recebe a garota aos risos, ele entra na cozinha e guarda em cima do fogão as marmitas, ouve algumas estorinhas de Stéfany e segue para seu quarto.
- Oi.
Ali no seu quarto, um homem nú a secar o corpo.
Sérgio logo cobre seu corpo com a toalha.
- Oi, sou o Sérgio seu novo colega de quarto, vou ficar aqui um tempo e..........
- Acho que ja nos conhecemos?
- Sou neto da dona Begônia, a benzedeira, parteira.
- Izaías tenta mais não consegue se lembrar muito até que vem a lembrança.
- Ah sim, você é o Sérgio?
O rapaz vai até o colega e eles selam com um abraço e nisso a porta é aberta, Lucimar olha a cena deles ali abraçados.
- Que bom que ja se conhecerão, você se lembra dele Izaías, é o neto da dona Begônia?
- Sim tia.
020221.........
TEXTO INDICADO AO PÚBLICO DE 18 ANOS ACIMA.
CONTATO :paulo fogaçaz/ canal do youtube.
O jantar é animado, Stéfany aproveita para brincar com todos ali, momentos após, Janete e Cristina ajudam Lucimar com a louça, Izaías segue para o quarto, Sérgio fica na tv, o Celular de Izaías toca, ele dera alguns toques no celular do rapaz da churrascaria.
- Oi.
- E ai?
- Vamos se ver?
- Agora, demorou.
Izaías termina por borrifar o seu perfume pelo corpo, guarda o frasco no armário de roupas e olha no espelho, nisso Sérgio entra no quarto.
- Já vai dormir?
- Vou, preciso descansar um pouco, muito trabalho.
- Bom, muito bom, eu vou sair, quero ver o pasto.
- Sei.
- Sério meu, tenho um gato boy para fazer.
- Você gosta de homens.............
- Olha gato, eu já fui, tchau.
Izaías sai deixando Sérgio ali olhando sua saída.
Vinte minutos depois, Izaías ali num barzinho com Maurílio, 23 anos, garçom da churrascaria.
- Nossa, eu achei que não fosse vir.
- Esta louco é, nãso sou desses ai não, aqui não, quando falo eu faço.
- Já gostei de você, sabe que tal sairmos daqui para um outro lugar?
- Tudo bem.
Mais uns drinks e eles saem dali, uns amassos pelo caminho, os dois terminam no quarto de Maurílio num cortiço não tão longe do bar, Izaías se entrega ao boy de forma a fazer Maurílio ter e soltar uns bons gemidos ali, a língua do rapaz faz arrasos pelo corpo do garçom, Maurílio insiste em ter Izaías por completo, ja o mesmo se faz de desentendido do pedido e finaliza o boy pela quarta vez só oral.
- Cara você é bom demais, louquinho sabia?
- Que bom, gostou, ja que estamos satisfeitos é hora de eu ir, sabe, tenho que trabalhar cedo.
- Por que, achei que estivéssemos na mesma vibe, sabe, te gostei e você me gostou, que tal, fique aqui, vamos dormir juntinhos?
- Sério mano, tenho que ir.
Izaías se veste e quando vira a maçaneta da porta, Maurílio agarra o rapaz por trás derrubando o mesmo na cama.
- Acho que não entendeu, eu não te dei permissão para que saísse, agora fica quieto e me satisfaça, viado mais sem graça e sem consideração.
- O quê, me solta.
Inicia-se ali uma luta de Izaías e Maurílio onde Izaías não consegue se defender e Maurílio o imobiliza, depois o golpeando fazendo que Izaías desmaie, a roupa de Izaías é rasgada e o ato sexual acontece sem o consentimento do rapaz.
Minutos depois, Izaías retorna o sentido e se vê nú, roupas rasgadas e Maurílio de pé com uma cinta na mão.
- Acordou cinderela.
- O que foi isso cara, você abusou de mim?
- Vá se fuder, viado sem gosto, não tem regalias para coisas estranhas iguais a você.
- Desgraçado.
- Vá se fuder, porra, caralho quem você acha que é, um puto só isso, um carinha cheio de mimos que na real tudo o que quer é o que acabei de te dar, rola, caralho, rolaaaaaaaaaa.
Izaías se veste só de calça sai dali, tênis nos pés, ele sente dor pelo corpo, ainda recebe do homem uma cintada nas costas, ja fora dali ele manda mensagens para a irmã.
Sérgio já esta no sono quando Cris bate na porta, ele acorda e se veste para abri-la.
- Por favor, venha comigo, o meu irmão, ele precisa de ajuda, acho que fizeram mau a ele, vem comigo por favor.
- O quê?
- Me ajude por favor, vem comigo.
De pronto Sérgio se veste, ela o aguarda no corredor, logo ele sai com ela levando uma troca de roupa para o irmão.
Lucimar ouve o bater do portão e sai da cama indo a janela, vê Cris e Sérgio saindo com uma sacolinha.
- Meu Deus, o quê o Iza aprontou dessa vez?
A irmã vê o irmão ali na sarjeta sem camisa, de tênis e corre até ele, ao abraça-la Izaías desaba em choro, Sérgio surge com a sacolinha e entrega ao rapaz.
- Obrigado, olha eu estou um tanto sem jeito que me veja assim tá.
- Quem foi?
- O quê?
- Quem fez isso em você?
- Deixa para lá.
- Só me diz, quem foi?
Cris olha para ele, o irmão olha ainda com lágrimas.
- Diz para ele mano, afinal ele nos ajudou, vai diz logo.
Izaías cogita não dizer mais acaba por falar, Izaías é acompanhado por eles e no portão da casa Sérgio os deixa.
- Agora ja estão seguros.
- O quê?
- Preciso resolver algo.
Sérgio sai deixando Cris e Iza ali já na casa.
Maurílio termina a segunda carreira de pó quando ouve um bater na porta, ele questiona o horário mais abre, Sérgio entra ali ja dando socos no homem, logo ele sai, deixando Maurílio ensanguentado na cama.
De volta na casa, ele entra, Izaías esta na sala, tv ligada.
- Sérgio, você não foi.........
- Ele não vai mais mexer com você. As mãos de Sérgio com sangue, Izaías sai do sofá e segue com o homem para o banheiro, lava as mãos dele e coloca água oxigenada, faz um curativo ali e Sérgio a olha-lo, nisso surge um beijo tímido mais beijo, Izaías vai para a sala, desliga a tv, eles seguem para o quarto, amanhece e Izaías acorda, Sérgio já saíra pois entra mais cedo que o rapaz no seu trampo, Lucimar até fizera café para o rapaz que bebeu e logo saiu.
Izaías se espreguiça, coça seu corpo, hábito que o tem desde criança e segue para o banho, retorna, logo os outros hóspedes vão surgindo, fazendo suas higienes tomando o café e saindo para seus respectivos trabalhos.
Lucimar lhes serve o café, leite, bolo, pão, frita ovos para alguns deles.
- Bom dia mãe.
- O que foi dessa vez?
- Como assim?
- Vi sua irmã e o rapaz novato de seu quarto sairem já altas horas, foram atrás de você que eu sei muito bem, o que te aconteceu filho?
- Nada mãe.
- Por favor filho, pare de ficar por ai de pula pula.
- Nossa mãe, não é assim desse jeito, sou cult, não sou volúvel assim.
- Volúvel sim, sabe que eu sei muitas coisas de ti, seu único e principal defeito é esse, não se satisfaz com um só, credo cruzes.
- Mãe.
- Pare com isso Izaías, a vida ensina o certo, o erro é a gente que busca.
- Tá bom, vou pensar eu prometo, vou sim.
- E o rapaz?
- Qual?
- Seu companheiro de quarto oras?
- Não, gente boa, mais não só um espetinho aos finais de semana tá. Izaías ri muito daquilo para o contrário de Lucimar.
Sérgio chega do trabalho, toma banho e sai arrumado.
- Vai demorar Sérgio?
- Não dona Lucimar, vou falar com uns amigos.
- Nossa, que bom, já tem amigos então?
- Sim, um pessoal da empresa.
- Bom filho, é muito bom termos amigos ajuda muito na vida.
- Bem vou indo então.
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Welcome to the shining, @homin_jo!
O quê?! Você não conhece o [ JO HOMIN ]? Em que mundo você vive?! Com apenas [ 27 ANOS ], ele é [ LÍDER, MAIN RAPPER e FACE ] do [ STARZ-X ] e com certeza você deve tê-lo visto em algum lugar e não sabe, porque ele é igualzinho ao [ JOOHEON ]. Os tabloides dizem que ele é [ PERFECCIONISTA e AGITADO ], mas acho que ele também é [ APLICADO e DETERMINADO ]. Não acredita em mim? Dá uma olhadinha no site oficial da [ LITHOS ENTERTAINMENT ] e confere!
headcanons.
Homin nasceu e cresceu na Coreia do Sul, ate então nunca havia saído do seu país natal. A familia era pobre e o pouco que seus pais juntos ganhavam dava para o básico da familia, mas não ia dizer que eram infelizes pois ali naquela casa simples havia muito amor, além de vestes de segunda mão, mas como irmão mais velho, ele jamais reclamava e sem´re tinha um sorriso no rosto e a prontidão para ajudar os pais em tudo o que precisa-sem como tarefas de casa ou fazer trabalhos extras com o pai.
A vida da família Jo começou a mudar quando seu pai reencontrou um ex amigo de escola, o homem lhe ofereceu um emprego em sua casa, visto que Jeonghan não estava com uma vida boa, a aparência do homem parecia acabada como se ele tivesse mais anos do que na realidade tinha.Logo a mãe de Homin também começou a trabalhar na casa e os Jo ganharam uma pequena residencia nos fundos pois assim era mais comodo para todos. Agora Homin podia se focar em estudar ao invés de se preocupar com trabalhos extras e de quebra havia ganhado dois amigos,os filhos dos patrões de seus pais. Homin no inicio tinha mais proximidade com o rapaz, interesses em comum, a mesma idade, nessa epoca tudo o que ele queria era estudar e ser alguém bem sucedido, um médico ou advogado talvez e seu pai tinha orgulho disso.
Mas tudo mudou novamente quando o jovem Homin assistiu um reprise de um dorama onde Ahn Seulong, CEO da Lithos, era um idol em ascensão, conheceu a série na casa do melhor amigo, a irmã mais nova deste estava assistindo enquanto os dois estudavam, e logo Homin havia trocado os cadernos por um lugar no tapete ao lado da garota, onde permanecia encantado assistindo aquele novo mundo ao qual estava entrando. Todos os dias no mesmo horário Homin assistia com a menina, e logo aquele tempo falando do dorama, de Ahn Seulong se estendeu para outros assuntos voltados a ser um idol. A mãe da menina logo se interessou pelo entusiasmo de Homin, já que a familia era ligada aquele meio, mas seus pais nem queriam ouvir falar sobre o assunto, mesmo que seus empregadores apoiassem o jovem já que a própria família havia obtido sucesso nessa area, mas não havia nada que convencesse Jo Jeonghan a apoiar o filho. Mas Homin não se deixou abater por isso, aproveitava o tempo livre para treinar com a nova amiga, a amizade com Youngjae ia aos poucos esfriando já que ele não tinha interesse pela area do entretenimento, embora o foco maior de Homin ainda fosse os estudos mas os olhos dele brilharam mais intensamente quando a Lithos foi aberta já que sua maior inspiração era o CEO da empresa. Homin não pensou duas vezes ao participar da primeira audição para a empresa.
Quando passou na audição para Homin foi a melhor sensação do mundo, queria chegar em casa e contar a novidade, enfim tinha a chance de realizar um dos seus sonhos mas ao contar para os pais Homin teve sua primeira decepção, seus pais não queriam nem aceitavam aquilo, Jo Jeonghan ficou dias sem falar com o filho e se recusava dar apoio aquilo, mas Homin queria muito e após uma longa conversa com a mãe e um trato com a mesma de não abandonar os estudos mesmo depois de debutado, ele adquiriu autorização da mãe para se tornar um trainee da empresa. Todos comemoraram menos seus pais, e aquilo trazia uma tristeza ao coração do mesmo, mas sabia que era questão de tempo ate os pais acostumarem com aquilo.
Mas não foi uma questão de tempo, os pais nunca se acostumaram, e Homin tinha que criar alternativas para tornar a convivencia familiar melhor sempre que ia para casa, focava em mostrar aos pais a evolução que tinha nos estudos ao invés de falar de suas conquistas e evolução nos treinos, esse assunto ele guardava para a mesa dos patrões que estavam orgulhosos do filho 'postiço' e sempre o convidavam foi em um desses jantares que ele descobriu que a melhor amiga também ia ser trainee de uma empresa, era uma pena que não da mesma empresa que ele mas isso deixou seu coração alegre por ela, foi Homin que a introduziu ao mundo do rap underground ao qual havia se apaixonado e lhe servia de inspiração, ambos se apoiavam e ele tinha certeza que ela também teria sucesso em seu debut assim como ele esperava ter. Assim como sua vida familiar descia ladeira abaixo sua relação com o CEO da empresa se tornava mais próxima, e o rapaz aos poucos foi substituindo a visão paternal que tinha de Jeonghan para Seulong, embora a magoa por não ter o orgulho dos pais ainda o deixava muito triste.
A vida na empresa e como trainee ia bem, obrigada. Homin aos poucos ia melhorando seu desempenho mas os esforços em conjunto dos treinos com os estudos o esgotava demais mas ele não quebraria aquela promessa de treinar e estudar que havia feito a mãe, isso ele levaria consigo pois Homin jamais quebrava uma promessa depois de feita, mesmo quando debutou no Star-X e descobriu que seria 'pai' de seis membros, uma brincadeira que tinha ate hoje. Já acostumado no trato com irmãos pois tinha quatro mais novos que ele, sempre estava disposto a ajudar os outros membros, o rapper sempre colocava os outros acima de si mesmo. Mesmo com o debut ele não parou de estudar, tendo escolhido o direito como sua faculdade. Ele passava noites acordado para dar conta dos estudos e dos treinos, precisava recuperar as aulas perdidas em epocas de comeback, seus pais ainda não aceitavam sua profissão e ele estava cada dia mais desgastado com todas as coisas. Mas seus amigos sempre lhe davam apoio e o forçavam a descansar quando necessário, ele queria ser um bom lider e dar apoio a todos mas se surpreendia quando recebia aquele apoio e carinho de volta.
Se formou aos trancos e bareancos, não tinha tido as melhores notas da turma mais ainda assim se orgulhava, chegou em casa todo feliz para mostrar aos pais e convida-los para a formatura.Mas Jeonghan que ate então nunca tinha aceitado nenhum dinheiro do filho não esboçou nenhuma reação já que o mesmo dizia que se era pra ter um diploma de gaveta que Homin não precisava ter se dado o trabalho, sua mãe pelo contrário estava feliz por Homin ter mantido aquela promessa e foi em sua formatura assim como os seus irmãos. Mas mesmo assim ele ainda não tinha conquistado o apoio familiar que esperava na parte mais importante de sua vida e seu maior sonho era ver os pais em um dos shows ou ate mesmo um sorriso de orgulho pelo que deixava feliz, mas isso era algo que nunca veio.
Dentro da empresa pelo menos as coisas iam muito bem, apesar dos ruimores que as vezes saia de ser o queridinho do CEO e ter alguns privilegios por isso, ele não ligava e sempre lutava para que os amigos de grupo pudessem expressar sua criatividade atraves de suas composições, coreografias e produção, eram um grupo talentoso que compunham juntos, aquela tinha se tornado uma segunda familia e ele se orgulhava disso.
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