28 anos. Registro de hipérboles emocionais. Sou rascunho.
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Abriu-se tanto espaço
Enquanto eu caminhava pelo parque lembrei de Guimarães e da travessia, na voz de Riobaldo: "Ah, tem uma repetição, que sempre outras vezes em minha vida acontece. Eu atravesso as coisas – e no meio da travessia não vejo! – só estava era entretido na ideia dos lugares de saída e de chegada.". Parei e pensei porque lembrei - os espaços por onde essa travessia acontece mudam conforme o momento do trajeto. Já passei por vales descampados, por onde só vez ou outra me deparei com curvas no caminho. No vale o perigo é duplo: o descampado é nada, e o vasto espaço aberto é livre. Curioso, né? Muito livre. Mas também houve aquele caminho tortuoso. Na verdade, alguns. Tem a dificuldade imposta por algo maior do que qualquer um de nós, a natureza, munida de todos os seus elementos e impassível. Outro tormento é aquele causado pelo homem, de origens tão distintas mas que eu resumiria numa só: medo. Desses medos que todos nós temos, sabe? medo de perder a mãe, medo de ser privado de sua liberdade, medo de não fazer falta. Durante a travessia houve companhia, é claro, não é possível viver essa vida só. O difícil nessas horas é tentar agradar todo mundo: um pouco do meu espaço no seu espaço, um pouco da minha vida na sua, um pouco de um no outro. No caminho aprendi a doar um pouco, a acolher o que podia, a tentar ser companhia e ainda ser sozinha. Mas, olha, que travessia! Certa vez fiz um caminho que prometia cura. Era um caminho pra se fazer só, com visitantes ocasionais. As memórias são muitas, mas a que lembro claramente é a de me perder. Foram tantos momentos que, como num grande corredor cheio de portas, às vezes parecia que eu entrava em uma só para sair por outra e voltar para o exato mesmo lugar. É angústia! Ou, que angústia? De porta em porta, por dias que não consegui contar, fui entrando em lugares, passando por coisas, vendo pessoas e às vezes parecia só uma repetição. Até que não repetia mais. As coisas viravam outras coisas e as pessoas iam, vinham, existiam sem nenhum padrão perceptível. A repetição cessava e eu me acalmava. Ufa. Foi andando no parque que eu vi um vasto espaço se abrindo. Mais uma vez a vida dava dessas de oferecer oportunidade, potencialmente maravilhar, nutrir a liberdade que há em mim. Se não fossem todos os outros lugares, todas as breves e longas histórias, todos os medos, eu já estaria lá dentro. E de que adianta? no meio da travessia não vejo.
Priscila
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São Paulo, 29 de julho de 2022
Há em mim uma inquietude, tal qual um inseto que saracoteia em meio a muitos estímulos, ou uma perna que treme frente ao desafio. Existe, e não posso negar, um desejo por algo que não sei nomear.
É como se a vida pudesse me oferecer de bandeja algo tão sublime que fico a esperar e esperar e esperar. De repente o abismo aparece quando me acometo de: e se não houver esse algo sublime? E se esse objeto essa pessoa esse tempo ou esse espaço não existir e cá estou eu sem conseguir medir sua chegada ou pior sua existência?
Depois desses pensamentos o coração acalma, a respiração aquieta e é quase como se houvesse um tanto de esperança para nós. O problema é que esses movimentos se repetem, e o dia a dia vira uma angústia do não saber se me depararei com a calmaria ou a inquietude.
Será que há solução? Será que há caminho? Uma respiração a mais e o mundo grita que é preciso coragem. Agarro com todas as forças os caminhos que se abrem e meus braços se multiplicam na tentativa de segurar todos os portais abertos, até que encontremos a(s) solução(ões) desses descaminhos percorridos.
Tem que haver caminho.
Priscila
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São Paulo, 03 de dezembro de 2021
Chegou a hora de nos despedirmos.
Foi um ano de pouca sobriedade. Precisei escapar da realidade em vários momentos, fugir desse lugar onde eu não queria estar, calar as vozes que eu não queria ouvir, entorpecer as emoções que eu não queria sentir. Eu me deixava corroer, enferrujar, consumir por tudo com o que não sabia lidar.
Eu dei o primeiro passo da despedida, sem pensar em olhar para trás. Quando você se foi eu precisei me despedir de todos os projetos e projeções, ficou aqui um eu solitário e confuso.
Me despedi dos nossos filhos, das formaturas. Depois, da casa na montanha. Me despedi dos jantares em família, da sua mãe, das férias fazendo trilhas. Me despedi das noites de inverno em frente a lareira, das paredes de madeira e do estúdio no subsolo. Me despedi da viagem à Islândia, das fotos pelo mundo, do lado direito da cama quente no sábado de manhã.
Eu precisei dizer adeus em parcelas porque fazer tudo de uma só vez era cruel demais, era violento demais. E assim se passou pouco mais de um ano. É importante dizer que na noite passada sonhei com você. Você e uma outra, você e o silêncio, você e minha teimosia, você ainda nesse outro lugar, você que não precisava e nem queria mais o eu.
Entendi que preciso dizer adeus. Passei todo esse tempo me despedindo de todos aqueles planos, mas esqueci de me despedir de você. Você precisa ir e eu preciso estar, aqui, comigo mesma e inteira.
Um adeus ainda com afeto,
Priscila
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São Paulo, 06 de junho de 2021
Lindo,
Já se passaram mais de seis meses.
Não sei qual era a conta que eu pretendia fazer, só sei que seis meses me parecia muito. Parecia um tempo longo o suficiente para que todas as dores que ecoam na lembrança fossem embora, e só restasse em mim um meio sorriso de carinho.
Mas acontece que mesmo depois desse tempo, esse marcado no relógio, a pulsação desse sentimento híbrido de dor e falta ainda existe em mim. E às vezes me pego com os olhos marejados, um incômodo quase existencial, uma vontade de te mandar um "oi, sinto sua falta" mesmo sem saber o que espero de volta.
É pior nos fins de semana... são os dias que eu tenho mais tempo e a liberdade me joga dentro do turbilhão da memória. Parece certo me expor, deixar as vibrações da saudade ecoarem. A parte difícil é ser a responsável por segurar a onda, por bancar a dor. A consciência me puxa de volta e eu entendo que sofro pela projeção que criei. Mas, porra, criei porque realmente quis. Eu sonhei.
Bom, talvez esta carta seja só para dizer: oi, sinto sua falta.
Até um dia,
Priscila Yamaguchi
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São Paulo, 1 de fevereiro de 2020 (1:55PM)
MC’Donalds na R. Augusta while I listen to “since I’ve been loving you” by Led Zepelin
Eu lembro de nós. A beira do rio, a beira mar, na beirada da vida. Eu imagino você e eu. Em diferentes lugares, em diferentes momentos, em diferentes países. Quero aprender sua linguagem do amor, da raiva, do encanto e da dor.
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Brisbane, 8 de janeiro de 2020 (6:20AM)
Lindo,
Você saiu cedo para trabalhar e eu fiquei na cama. Tive um gostinho de como seria nossa rotina, dessa vez, sendo você aquele que acorda cedo. O primeiro beijo tinha cheiro de pasta de dente, a barba ainda úmida do banho. O segundo beijo teve sabor de sono - você sentado lendo um livro, com seu café, explica porquê te chamo assim -. O terceiro, já pressentindo sua saída, tinha sabor de café e saudade.
Eu viveria todos os meus dias na sua presença se pudesse. Fosse rindo de algo que você fez, fosse deitada na cama sentindo seu corpo.
Priscila Yamaguchi
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Gold Coast, 2 de janeiro de 2020
the way he looks serious when he is focusing
the way his eyes close a little when he smiles
the way he laughs when his friends are around
the way his eyeballs move when he is thinking
the way he talks, gently and playful with his family
the way his body turns to towards me when he is worried
the way fills min he fills my body when we have sex
the way he faces work, unstoppable
the way his arms hold me in bed in the morning
the way I love him
Priscila Yamaguchi
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Gold Coast, 30 de dezembro de 2019
Lindo,
Acordei pensando no futuro que nunca teríamos. Na casa no alto da montanha com paredes de pedra escura, intercalada com grandes janelas de vidro. A escada em caracol entorno da lareira. As crianças que correriam livres pela propriedade, subiriam a rua em busca da correnteza do rio. No andar de baixo o seu estúdio, no de cima meu escritório.
Aos fins de semana sua mãe nos visitaria com trazendo para as crianças um fudge diferente, e eu diria mais uma vez que é muito açúcar. Sua mão na minha lombar como quem diz “eu concordo com você, mas veja como os deixa felizes”, te olharia arqueando a sobrancelha seguido de um beijo.
Imagino a nossa vida porque nada mais parece tão certo. voz toque cheiro olhar Mas os seus tons mudam de forma que não sei descrever, é quase como me sentir analfabeta quando se trata de você. paciente Eu com meu inglês falho tento te apresentar meu mundo e sinto que reside em ti um incômodo. Mais uma vez, desapenrendi a ler e já não sei o que pensar. Priscila Yamaguchi
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Nas intensidades de nossa convivência, escrevi muito quando te conheci. No meio do caminho, ainda mais intensificada, escrevi. No término, me despedindo de lembranças e esperanças, escrevo.
pyamaguchi
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São Paulo, 11 de outubro de 2020
Começou com a página em branco. No alto, um eco de silêncio que expandia para as outras camadas. De algum lugar, sem ponto de partida definido, menos ainda o ponto de chegada, um corpo fértil eclodia. A quem cabe definir como nasceu? Tal corpo, que não se aguentou em si, dotado de todas as impossibilidades, então expandido, viaja longas distâncias para acariciar outro corpo. Tão expandido quanto o tal, dois universos passam a se determinar, influenciar os movimentos estelares, imaginando se algum dia haveria uma fusão das suas expansões. E se tudo fosse possível? Priscila Yamaguchi
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Brisbane, 27 de dezembro de 2019
Temo que qualquer tentativa de restringir seu espaço de expansão seria um erro. É quase como uma estrela, expandindo de forma descontrolada, sem fim. Eu temo não te ver mais aqui. Para onde iriam todos os estrangeirismos em mim? Priscila Yamaguchi
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Brisbane, 23 de dezembro de 2019
Logo eu, que sempre me vi repleta de palavras e explicações, acordei ao seu lado incapaz de dizer algo pela manhã. E seus olhos demoram a abrir. Fechando e abrindo repetidas vezes. Trocamos um beijo seguido por um “bom dia”, na minha língua explorando seu paladar. E, então, seus olhos bem fechados enquanto os músculos se contraem e soltam, um movimento em conjunto da sua face até a ponta dos dedos do pé.
Lindos olhos caramelo vasculham dentro das pálpebras, que se abrem para então olhar todo o resto. Preguiçoso. É só então que me olha consciente. Até esse momento já percorri meus dedos por sua pele mais exposta, e também mais escondida. Por debaixo do tecido, por entre seus vincos, através dos seus pelos. Senti cada músculo, vi cada pinta, observei cada veia. Uma em específico, corre do seu peito até sua cabeça. Pulsa primeiro na clavícula, depois no pescoço, o que faz movimentar sua barba do lado esquerdo, no mesmo ritmo que o coração pulsa. Termino meu devaneio quando seus braços envolvem meu corpo.
São diferentes essências. Por vezes o natural produzido por seu corpo - o meu preferido -, por vezes a refeição do dia anterior, ou então cheira a colônia e eu respiro aliviada.
Priscila Yamaguchi
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São Paulo, 21 de abril de 2020
Lindo,
Te escrevo com receio de que o retorno para as nossas vidas originárias seja iminente.
Sei que jamais seremos o eu de quando nos conhecemos. Quero dizer, você o você de antes e eu o eu de antes. Daquele tempo, quando não sabia o que significava esse amor.
Tateei alguns corpos antes do seu. Alguns após conhecer o seu. Alguns enquanto conhecia o seu. Sei que a experiência nos levou à novas descobertas... Nasceram, também, novos medos. Parecia frágil te nomear meu. No entanto, hoje são as palavras “meu amor” que vem a mente todas as manhãs.
Amar é explorar o desconhecido todos os dias. Existe uma familiaridade em nós, mas que se desfaz toda vez que nos reencontramos. Você esse outro, e eu um novo ser. A existência do nós parece questionável. Toda vez que nos reencontramos, todas as manhãs, as minhas manhãs que são suas noites e minhas noites que são suas manhãs, num renovar de votos do querer. De manhã, do amanhã, ainda te quero. Na noite, da sua manhã, você ainda me quer.
Sinto certo alívio por saber que não te conheço como um todo, e que nunca conhecerei. Que te descubro e você me redescobre todos os dias. Renovamos votos de querer.
Hoje reli minhas cartas para você. Todas secretas. Cheias de confissões não relatadas. Em uma outra descoberta, talvez eu te conte como me senti. Na primeira manhã. Nos primeiros toques. Quando trocamos os primeiros olhares. Quando você esteve dentro de mim nas primeiras vezes. Todos os segredos.
Sempre sua,
Priscila Yamaguchi
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“Pombinha, impressionada pela transformação da voz dele, levantou o rosto e viu que as lágrimas que desfilavam duas a duas, três a três, pela cara, indo afogar-se-lge na moita cerdosa das barbas. E, coisa estranha, ela, que escrevera tantas cartas naquelas mesmas condições; que tantas vezes presenciara o choro rude de outros muitos trabalhadores do cortiço, sobressaltava-se agora com os desalentados soluços do ferreiro.
Porque, só depois que o sol lhe abençoou o ventre; depois que nas suas entranhas ela sentiu o primeiro grito de sangue de mulher, teve olhos para essas violentas misérias dolorosas, a que os poetas davam o bonito nome de amor. A sua intelectualidade, tal como seu corpo, desabrochara inesperadamente, atingindo de súbito, em pleno desenvolvimento, uma lucidez que a deliciava e surpreendia. Não a comovera tanto a revolução física. Como que naquele instante o mundo inteiro se despia à sua vista, de improviso esclarecida, patenteando-lhe todos os segredos das suas paixões. Agora, encarando as lágrimas do Bruno, ela compreendeu e avaliou a fraqueza dos homens, a fragilidade desses animais fortes, de músculos valentes, de patas esmagadoras, mas que se deixavam encabrestar e conduzir humildes pela soberana e delicada mão da fêmea.
Aquela pobre flor de cortiço, escapando à estupidez do meio em que desabotoou, tinha de ser fatalmente vítima da própria inteligência. À míngua de educação, seu espírito trabalhou à revelia, e atraiçoou-a, obrigando-a a tirar da substância caprichosa da sua fantasia de moça ignorante e viva a explicação de tudo que lhe não ensinaram a ver e sentir.“
O Cortiço, Aluísio Azevedo
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Prenha
Te fiz nascer.
Não lembro exatamente como. Os processos podem se tornar todos um pouco confusos, um pouco perturbados. No caminho, um desvio. E fomos feitos de desvios por tantas decisões tomadas, não é? Acho que é. Na verdade, acho que foi. E como foi não importa muito no agora. Importou antes, importou quando ainda podíamos alterar o curso da história, mudar como tudo seria feito, tomar decisões que me fariam pensar duas vezes se hoje estaria aqui ou não. O fato é que estou. Estou mas... estaria? Essas são apenas digressões. Caminhos meio confusos que traçamos. Se estou, como estou, e talvez até devesse mesmo estar, chego a conclusão de que tudo convergia para que agora fosse assim.
Tomei sua mão e começamos, então, a caminhar. Eu achava no começo que o caminho seria feito por nós dois. Como se seu pé se colasse ao meu, e o passo do pé direito que seguia o passo do pé esquerdo faria com que nós nos encontrássemos por fim no destino que eu escolhi e você escolheu também. Acontece que sua perna tinha uma medida diferente, e quando vi meus passos não alcançavam mais os seus. O espaço entre a sua passada e a minha passada era grande demais, existia um vazio que eu não sabia como completar. Tentei correr, mas o descompasso era o mesmo. Eu corria e quando olhei para trás você estava a mil léguas de mim. Nesse afastamento, de passadas longas ou passadas curtas, você e eu nos estranhamos.
Olhava para trás e pensava: mas eu fiz nascer. Gestei. Quantos meses? Quantas horas se passaram de espera, angústia, projeções e expectativas? Eu medi pela agulha do tempo todos os sentimentos que nasceram e... Em algum momento entendi que o nascimento era também o primeiro sinal da despedida. Do desligamento. Despejei naquele momento, no primeiro suspiro, todos os sonhos. Acho que aprendemos a nadar no abstrato do que não se concretizou. E talvez eu tenha corrido no nada. Talvez, eu tenha corrido sozinha.
Priscila Yamaguchi
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O DIA QUE VOCÊ TOMOU CONTA DE MIM
Lá estava eu, deitada na cama em posição fetal, desconsolada. Sabia que meu útero me punia. Após 26 anos, fértil há pelo menos 12, meu corpo enviava mensagens físicas de que eu cometi a blasfemia de não procriar. Nos primeiros minutos você tentou me fazer rir e eu até consegui. Logo, a dor pulsante tomou meu corpo inteiro e a sensação era de que parte do meu cérebro havia parado de responder. Você então se tornou gentil, o homem mais doce que eu poderia imaginar. O que posso fazer para ajudar a aliviar a dor? O que preciso comprar? O.B.s? Absorvente? Remédio para dor? Bolsa térmica? Comida? Qualquer coisa, assim já estarei preparado e quando for pai poderei ir à farmácia e pedir tudo o que for preciso sem hesitar, ‘like a bad ass dad’.
Minha expressão facial não correspondia a como me senti naquele momento. Preenchida pela felicidade de te ter comigo, de me sentir acolhida da maneira mais calorosa possível, com a certeza de que fiz a melhor escolha ao estar do seu lado, tudo o que pude fazer foi esboçar um sorriso. Pedi para que você pesquisasse o remédio que me ajudaria com a dor e, também, que deitasse me abraçando pois o calor corporal ajudaria a melhorar a cólica. Paciente, você fez tudo o que pedi, sem me questionar. Em dado momento a dor alcançou o pico e eu não conseguia mais falar, ou sorrir, ou sequer reagir a qualquer investimento seu.
Foi então que você respeitou meu silêncio. Só pude agradecer mais uma vez. Porque você não tentou me preencher, sabendo que não era necessário. Porque você soube estar ao meu lado sem invadir. Foi como um acolhimento de energia, quando a sua abraçou a minha. A sua assertividade, o momento certo de usar palavras de cordialidade, o cuidado que tem ao abordar outras pessoas. Como pude ter tanta sorte? Pela primeira vez eu soube que qualquer dificuldade ao seu lado seria menos árdua, que eu confiaria de olhos fechados naquilo que você me oferecesse. Eu te vi como meu companheiro, aquele no qual poderia me apoiar nos momentos mais frágeis. Eu confiei no amor.
Priscila Yamaguchi
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