#Jacques Cujas
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amor-barato · 4 days ago
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Duas vezes por dia, ao meio-dia e às seis horas, Jacques precipitava-se para fora, descia a ladeira da rua e pulava nos bondes lotados, com cachos de passageiros em todos os estribos e que levava de volta os trabalhadores para seus bairros.
Comprimidos uns contra os outros no calor pesado, ficavam mudos, os adultos e o menino, voltados para a casa que os esperava, transpirando calmamente, resignados a essa vida dividida entre um trabalho sem alma, longas idas e vindas nos bondes desconfortáveis e, para terminar, um sono imediato. Certas tardes, Jacques ficava com o coração apertado ao vê-los. Até então, ele só conhecera as riquezas e as alegrias da pobreza. Mas o calor, o tédio e o cansaço revelavam-lhe sua maldição, a maldição daquele trabalho de uma estupidez de fazer chorar, cuja monotonia interminável consegue tornar ao mesmo tempo os dias mais longos e a vida mais curta.
Albert Camus, in: O primeiro homem
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its300am · 1 year ago
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Pseudo desafio das referências de Barbie (2023)
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Greta Gerwig, diretora do filme mais esperado do ano, fez uma lista com os principais filmes que inspiraram ela e sua equipe a fazerem Barbie do jeito que assistimos hoje. Nem todos estão disponíveis no Brasil e a maioria é muito antigo e super difícil de achar por aí dando sopa, então não dá para propor disso realmente ser um desafio.  Mas quero me incentivar a ver e comentar direitinho sobre os que consegui achar nas plataformas nacionais que sou assinante, então dos 33, minha lista ficou com estes:
#01 — O Mágico de Oz (1939) dirigido por Victor Fleming. Musical. Fantasia. Adaptação.
O filme é inspirado nos livros do Maravilhoso Mágico de Oz de L. Frank Baum. A trama se dá com Dorothy (Judy Garland) e seu cachorro Totó sendo levados para a terra mágica de Oz quando um ciclone passa pela fazenda de seus avós no Kansas. Eles viajam em direção à Cidade Esmeralda para encontrar o Mágico Oz e no caminho encontram um Espantalho, que precisa de um cérebro, um Homem de Lata sem um coração e um Leão Covarde que quer coragem. O Mágico pede ao grupo que tragam a vassoura da Bruxa Malvada do Oeste em troca de sua ajuda.
Eu já assisti ele algumas vezes e sempre que acho uma desculpa eu vou lá ver de novo, é um filme que não me canso de rever porque tem algo de mágico ali (além do óbvio), mas realmente parece uma superprodução para a época. Eu amo como minha eu criancinha assistindo nas primeiras vezes não percebia porque as personagens de Oz pareciam tanto com as do Kansas, foi algo que só adulta eu raciocinei. Isso é o quão imersa eu ficava pela história e ignorava completamente as alegorias, para mim esse filme era o auge do "aconteceu de verdade e eu tenho como provar".
Disponível na HBO Max.
#02 — Os Guarda-Chuvas do Amor (1964) dirigido por Jacques Demy. Musical. Romance. Drama.
Geneviève Emery (Catherine Deneuve), cuja mãe é dona de uma loja de guarda-chuvas, ama Guy Foucher (Nino Castelnuovo), um jovem mecânico. A mãe de Geneviève não vê com bons olhos o romance e preferiria casar sua filha com Roland Cassard, um rico comerciante de diamantes. Guy é convocado para a guerra da Argélia. Geneviève se entrega a ele antes de sua partida com a promessa de que iria esperá-lo.
Eu assisti pela primeira vez essa semana e já revi! O filme é incrível, muito lindo! Estou escrevendo um comentário detalhado sobre ele que vou postar aqui depois, mas em resumo: eu me apaixonei pelo figurino desse filme. É um filme que destrói quem está assistindo, tudo muito delicado e imersivo, você sente até que é com você.
Disponível na Telecine.
#03 — Duas Garotas Românticas (1967) dirigido por Jacques Demy. Musical. Comédia. Romance.
Em Rochefort, Delphine (Catherine Deneuve) e Solange (Françoise Dorléac), duas irmãs gêmeas de 25 anos, radiantes e espirituosas, dão aulas de dança e música. Elas sonham em ir a Paris e aproveitam a oportunidade quando uma trupe de fora passa pela cidade. Tudo isso acontece enquanto nossas heroínas gêmeas procuram o amor ideal.
A própria Greta estava tentando não listar todos os filmes do Jacques Demy, mas este entrou para lista por inspirar o figurino, ainda não assisti, mas como adorei Os Guarda-Chuvas do Amor e é do mesmo diretor e mesma atriz principal, tenho certeza que vou amar também.
Disponível na Telecine.
#04 — Sinfonia de Paris (1951) dirigido por Vicente Minnelli. Musical. Romance.
Após a Segunda Guerra, um soldado americano (Gene Kelly) resolve tentar a sorte como pintor em Paris. Ele é descoberto por uma mulher rica, com outros interesses além de seus quadros, mas se apaixona por Lise (Leslie Caron), que está noiva de outro homem.
[Ainda não assisti]
Está no Prime Video para aluguel.
#05 — Cantando na Chuva (1952) dirigido por Stanley Donen. Musical. Romance.
Don Lockwood (Gene Kelly) e Lina Lamont (Jean Hagen) são dois dos astros mais famosos da época do cinema mudo em Hollywood. Seus filmes são um verdadeiro sucesso e as revistas apostam num relacionamento mais íntimo entre os dois, o que não existe. Porém, o cinema falado chega para mudar totalmente a situação de ambos no mundo da fama. Decidido a produzir um filme falado com o casal mais famoso do momento, Don e Lina precisam, entretanto, superar as dificuldades do novo método para conseguir manter a fama conquistada.
[Ainda não assisti]
Disponível na HBO Max ou Prime Video para aluguel.
#06 — O Show de Truman (1998) dirigido por Peter Weir. Ficção Científica. Drama.
Truman Burbank (Jim Carrey) é um pacato vendedor de seguros que leva uma vida simples com sua esposa Meryl Burbank (Laura Linney). Porém, algumas coisas ao seu redor fazem com que ele passe a estranhar sua cidade, seus supostos amigos e até sua mulher. Após conhecer a misteriosa Lauren (Natascha McElhone), ele fica intrigado e acaba descobrindo que toda sua vida foi monitorada por câmeras e transmitida em rede nacional.
Assisti apenas uma vez, uns dez anos atrás, quando estava me aventurando em uma fase cinéfila, lembro que gostei muito e passei dias com esse filme sendo meu único assunto. Pretendo revê-lo agora.
Disponível na Telecine ou Prime Video para aluguel.
#07 — O Show Deve Continuar (1979) dirigido por Bob Fosse. Musical. Drama.
Quando não está planejando seu novo musical ou trabalhando na produção de seu filme, o coreógrafo e diretor Joe Gideon (Roy Scheider) está tomando pílulas e dormindo com uma fila infinita de mulheres. O stress mental e físico começa a afetar Joe, que agora tem que tomar uma decisão sobre o seu arriscado estilo de vida. O filme é uma semi-autobiografia escrita e dirigida pelo lendário Bob Fosse.
[Ainda não assisti]
Disponível gratuitamente na NetMovies.
#08 — Jejum de Amor (1940) dirigido por Howard Hawks. Comédia. Romance. Adaptação.
O filme é uma adaptação baseada no, também filme, Última hora (1931) dirigido por Lewis Milestone que por sua vez é uma adaptação de uma peça teatral de mesmo nome. Na noite de seu novo casamento, a repórter Hildy Johnson (Rosalind Russell) é convencida a fazer mais uma pauta por seu editor e ex-marido, Walter Burns (Cary Grant). Enquanto entrevista um homem condenado, Hildy percebe que seu enforcamento é uma armação para conseguir votos. Espontaneamente ela ajuda o homem a escapar. É curioso saber que depois de Jejum de Amor ainda houveram mais adaptações das adaptações desta adaptação.
[Ainda não assisti]
Está no Prime Video para aluguel ou gratuitamente sob demanda na Pluto TV.
#09 — Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988) dirigido por Pedro Almodóvar. Drama. Comédia.
Uma mulher é deixada por uma amante, mas não se conforma e tenta entrar em contato com ele através de sua esposa, que também não sabe de seu paradeiro. Enquanto isso, sua amiga acha que está sendo perseguida pela polícia devido ao seu namorado terrorista. Se a sinopse parece não ter pé nem cabeça para você, bem-vinde aos filmes do Almodóvar.
[Ainda não assisti]
Disponível no Prime Video.
#10 — 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) dirigido por Stanley Kubrick. Ficção científica. Aventura. Adaptação.
Uma estrutura imponente preta fornece uma conexão entre o passado e o futuro nesta adaptação enigmática de um conto reverenciado de ficção científica do autor Arthur C. Clarke. Quando o Dr. Dave Bowman (Keir Dullea) e outros astronautas são enviados para uma misteriosa missão, os chips de seus computadores começam a mostrar um comportamento estranho, levando a um tenso confronto entre homem e máquina, resultando em uma viagem alucinante no espaço e no tempo.
Sendo bem honesta, tentei assistir uma vez e achei muito viajado. Acho que eu nem era o público-alvo na época, devia ter no máximo 16 anos e não tinha sido introduzida nem ao menos em Star Wars, inclusive, graças a essa péssima experiência, eu me fechei para o gênero. Darei outra chance agora, mas provavelmente vai ser o último que assistirei.
Disponível na HBO Max ou Prime Video para aluguel.
#11 — Núpcias de Escândalo (1940) dirigido por George Cukor. Romance. Comédia romântica.
Uma herdeira entediada, destinada a se casar com um executivo chato, vê seus planos de casamento frustrados com a chegada de seu ex-marido playboy. E família então gradualmente começa a perceber a importância da integridade e dos verdadeiros valores.
[Ainda não assisti]
Está no Prime Video para aluguel.
#12 — O Terror das Mulheres (1961) dirigido por Jerry Lewis. Comédia. Caricato.
Rejeitado por seu grande amor, Herbert (Jerry Lewis) decide recomeçar a sua vida, de preferência longe das mulheres. Ele aceita um emprego de zelador em uma pensão sem saber que o estabelecimento só hospeda jovens solteiras.
[Ainda não assisti]
Disponível na Telecine.
#13 — Janela Indiscreta (1954) dirigido por Alfred Hitchcock. Thriller. Mistério. Adaptação.
O filme é uma adaptação baseada no romance investigativo de mesmo nome do autor Cornell Woolrich. Em Greenwich Village, Nova York, L.B. Jeffries (James Stewart), um fotógrafo profissional, está confinado em seu apartamento por ter quebrado a perna enquanto trabalhava. Como não tem muitas opções de lazer, vasculha a vida dos seus vizinhos com um binóculo, quando vê alguns acontecimentos que o fazem suspeitar que um assassinato foi cometido.
[Ainda não assisti]
Está no Prime Video para aluguel ou na assinatura da Oldflix.
#14 — E La Nave Va (1983) dirigido por Federico Fellini. Drama. Comédia.
O ano é 1914 e o funeral de uma famosa cantora de ópera reúne artistas e nobres a bordo de um luxuoso navio. Quase que essa sinopse disse "assista e descubra".
[Ainda não assisti]
Disponível gratuitamente na NetMovies.
#15 — Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1978) dirigido por Steven Spielberg. Ficção científica. Drama.
Um grupo de pessoas tenta entrar em contato com uma inteligência alienígena. Roy Neary (Richard Dreyfuss) não apenas viu um objeto voador não identificado: ele tem uma marca de queimadura para provar. Roy se recusa a aceitar uma explicação para o que viu e está disposto a dar a sua vida para descobrir a verdade sobre OVNIs.
[Ainda não assisti]
Está no Prime Video para aluguel.
#16 — Tempos Modernos (1936) dirigido por Charlie Chaplin. Comédia. Drama. Romance. Semimudo.
O icónico Vagabundo está empregado em uma fábrica, onde as máquinas inevitável e completamente o dominam e vários percalços o levam para a prisão. Entre suas passagens pela prisão, ele conhece e faz amizade com uma garota órfã. Ambos, juntos e separados, tentam lidar com as dificuldades da vida moderna, o Vagabundo trabalhando como garçom e, eventualmente, um artista.
Olha se não é o filme mais adorado pelos professores de História e Geografia desse Brasil. Confesso que devo ter assistido umas quatro vezes em sala de aula, mas nunca assisti sozinha para apreciar a obra sem pensar numa prova que viria a seguir. Quase 10 anos depois de largar a escola, irei me dispor ao flashback.
Disponível gratuitamente na NetMovies.
#17 — As Grandes Aventuras de Pee-Wee (1985) dirigido por Tim Burton. Comédia. Infantil.
O esquisitão Pee-Wee (Paul Reubens) é um homem excêntrico que possui um comportamento infantil. Ele embarca na maior aventura de sua vida quando parte em busca do seu bem mais precioso: sua bicicleta vermelha, que fora roubada em plena luz do dia. Pee-Wee percorre a imensidão do país para achá-la, e no meio do caminho se depara com pessoas e situações bizarras, como um caminhão fantasma, um cowboy, uma garçonete sonhadora e seu namorado invejoso, além de uma gangue de motoqueiros.
[Ainda não assisti]
Está no Prime Video para aluguel.
#18 — Grease — Nos Tempos da Brilhantina (1978) dirigido por Randal Kleiser. Musical. Romance.
Na Califórnia de 1959, a boa moça Sandy (Olivia Newton-John) e o metido Danny (John Travolta) se apaixonam e aproveitam um verão inesquecível na praia. Quando voltam às aulas, eles descobrem que frequentam a mesma escola. Danny lidera a gangue dos T-Birds, um grupo que gosta de jaquetas de couro e muito gel no cabelo, e Sandy passa tempo com as Pink Ladies, lideradas pela firme e sarcástica Rizzo. Quando os dois se reúnem, Sandy percebe que Danny não é o mesmo por quem se apaixonou, e ambos precisam mudar caso queiram ficar juntos.
Nem sei por onde começar a descrever o tanto que eu sou apaixonada por esse filme! É um filme que sempre me marcou muito por ser o único filme que me conectou com minha mãe, pois ela, ao contrário de mim, odeia cinema. E Grease é o filme que marcou a adolescencia dela e ela trouxe para minha e eu sei que um dia estarei levando esse filme para minha filha (que eu não tenho). Foi o musical que me fez amar musicais, também foi o filme que me introduziu ao Travolta e eu fui muito apaixonada por ele por um tempo. Óbvio que não perderei a chance de revê-lo, e vou tentar arrastar minha mãe comigo.
Disponível na Telecine.
#19 — O Poderoso Chefão (1972) dirigido por Francis Ford Coppola. Crime. Drama.
Uma família mafiosa luta para estabelecer sua supremacia nos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial. Uma tentativa de assassinato deixa o chefão Vito Corleone (Marlon Brando) incapacitado e força os filhos Michael (Al Pacino) e Sonny (James Caan) a assumir os negócios.
Mais um que assisti em minha época de cinéfila, mas como faz muito tempo irei rever.
Disponível na Star Plus.
Todas as sinopses são a versão padrão que surge quando se pesquisa o título no Google, algumas foram adaptadas por mim, pois julguei que ficaria melhor. Até agora só assisti 6 dos 19, mas como vou rever muitos, vou considerar como zerado e conforme eu for assistindo vou fazer algum post sobre o que for visto que eu achar relevante. Se você quiser assistir junto, a gente pode ir trocando ideia. A lista completa você encontra no Letterboxd. A entrevista que deu origem a essa lista está disponível em vídeo no YouTube e também como artigo.
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schoje · 5 months ago
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A Prefeitura de Florianópolis entregou nesta quinta-feira (14) mais uma passarela ambiental no Sul da Ilha para deleite de moradores e turistas, desta vez, na localidade do Novo Campeche. Seus 123 metros de extensão ligam a Rua Jerônimo Venâncio das Chagas à praia. A construção de madeira (inclusive o guarda-corpo) sobre dunas e restinga foi conduzida pela Secretaria dos Transportes e Infraestrutura, a exemplo de outras travessias semelhantes feitas na região. O novo deck foi feito em apenas 17 dias, ainda que o prazo fosse de dois meses. Por conta disso, será possível adiantar a construção de uma passarela do tipo na Costa de Dentro, nos Açores, também no Sul da Ilha, cuja execução está apenas no aguardo da licença ambiental. A estrutura terá 81 metros quadrados e também passará por área de restinga, ligando a Servidão Mem de Sá à orla. Ali, atualmente, existe uma antiga escada de concreto que dificulta a acessibilidade. O prazo de execução será de 40 dias. Leste da Ilha E a acessibilidade à praia gramada da Avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição, no Leste da Ilha, será ampliada. É que em janeiro vão começar a ser construídas cinco novas rampas para garantir que pessoas com dificuldades de locomoção consigam alcançar a orla. Hoje, a única estrutura do tipo ao longo dessa principal via da Lagoa dá acesso a um parque infantil, além da lagoa em si. O prazo de execução será de um mês. Norte da Ilha Já no Norte da Ilha, será edificada uma passarela ambiental de 71 metros na altura da Servidão Manoel Salomão Jacques, em Ponta das Canas, no mesmo padrão das demais, com piso e guarda-corpo de madeira que, no caso, passará por trecho alagado de restinga, o final do rio Sanga dos Bois. A construção está prevista para ser iniciada em fevereiro. galeria de imagens Fonte: Prefeitura de Florianópolis - SC
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arte-e-homoerotismo · 29 days ago
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Uma fantasia para dois, no baile dos invertidos da “Cidade Mágica”
📸 de Brassaï, 1931
Brassaï
Brassaï ( pseudônimo de Gyula Halász ; 9 de setembro de 1899 – 8 de julho de 1984) foi um fotógrafo, escultor, medalhista , escritor e cineasta húngaro-francês que alcançou fama internacional na França no século XX. Ele foi um dos numerosos artistas húngaros que floresceram em Paris a partir do período entre as guerras mundiais .
No início do século XXI, a descoberta de mais de 200 cartas e centenas de desenhos e outros itens do período de 1940 a 1984 forneceu aos estudiosos material para entender sua vida e carreira posteriores.
Início da vida e educação
Gyula Halász, também conhecido como Brassaï (pseudônimo), nasceu em 9 de setembro de 1899 em Brassó, Reino da Hungria (hoje Brașov , Romênia ), filho de mãe armênia e pai húngaro. Ele cresceu falando húngaro e romeno. Quando ele tinha três anos, sua família morou em Paris por um ano, enquanto seu pai, um professor de literatura francesa, lecionava na Sorbonne .
Quando jovem, estudou pintura e escultura na Academia Húngara de Belas Artes (Magyar Képzőművészeti Egyetem) em Budapeste . Ele se juntou a um regimento de cavalaria do exército austro-húngaro , onde serviu até o fim da Primeira Guerra Mundial . Ele citou Henri de Toulouse-Lautrec como uma influência artística.
Carreira
Após a Primeira Guerra Mundial, sua cidade natal, Brassó, e o resto da Transilvânia , foram transferidos do Reino da Hungria para a Romênia no Tratado de Trianon . Halász partiu para Berlim em 1920, onde trabalhou como jornalista para os jornais húngaros Keleti e Napkelet . Ele começou seus estudos na Academia de Belas Artes de Berlim- Charlottenburg ( Hochschule für Bildende Künste ), agora Universität der Künste Berlin . Lá, ele se tornou amigo de vários artistas e escritores húngaros mais velhos, incluindo os pintores Lajos Tihanyi e Bertalan Pór , que mais tarde se mudaram para Paris e se tornaram parte do círculo húngaro.
Em 1924, Halasz mudou-se para Paris para viver, onde ficaria pelo resto de sua vida. Ele começou a aprender francês sozinho lendo as obras de Marcel Proust . Vivendo entre a reunião de jovens artistas no bairro de Montparnasse , ele conseguiu um emprego como jornalista. Ele logo se tornou amigo do escritor americano Henry Miller e dos escritores franceses Léon-Paul Fargue e Jacques Prévert . No final da década de 1920, ele morava no mesmo hotel que Tihanyi.
Miller mais tarde minimizou as alegações de amizade de Brassai. Em 1976, ele escreveu sobre Brassai: " Fred [Perles] e eu costumávamos ficar com medo dele – ele nos entediava." Miller acrescentou que a biografia que Brassai havia escrito sobre ele era tipicamente "recheada", "cheia de erros factuais, cheia de suposições, rumores, documentos que ele roubou que são em grande parte falsos ou dão uma falsa impressão." 
O trabalho de Halász e seu amor pela cidade, cujas ruas ele frequentemente vagava tarde da noite, o levaram à fotografia. Ele a usou primeiro para complementar alguns de seus artigos por mais dinheiro, mas rapidamente explorou a cidade por meio desse meio, no qual foi orientado por seu colega húngaro André Kertész . Mais tarde, ele escreveu que usou a fotografia "para capturar a beleza das ruas e jardins na chuva e na neblina, e para capturar Paris à noite". Usando o nome de seu local de nascimento, Halász adotou o pseudônimo de "Brassaï", que significa "de Brasso".
Brassaï capturou a essência da cidade em suas fotografias, publicadas como sua primeira coleção no livro de 1933 intitulado Paris de nuit ( Paris à Noite ). Seu livro obteve grande sucesso, resultando em ser chamado de "o olho de Paris" em um ensaio de Henry Miller. Além de fotos do lado mais decadente de Paris, Brassai retratou cenas da vida da alta sociedade da cidade , seus intelectuais, seu balé e as grandes óperas . Ele fez amizade com uma família francesa que lhe deu acesso às classes altas. Brassai fotografou muitos de seus amigos artistas, incluindo Salvador Dalí , Pablo Picasso , Henri Matisse , Alberto Giacometti e vários dos escritores proeminentes de sua época, como Jean Genet e Henri Michaux . 
Jovens artistas húngaros continuaram a chegar a Paris durante a década de 1930 e o círculo húngaro absorveu a maioria deles. Kertèsz imigrou para Nova York em 1936. Brassai fez amizade com muitos dos recém-chegados, incluindo Ervin Marton , um sobrinho de Tihanyi, de quem ele era amigo desde 1920. Marton desenvolveu sua própria reputação na fotografia de rua nas décadas de 1940 e 1950. Brassaï continuou a ganhar a vida com trabalho comercial, também tirando fotos para a revista americana Harper's Bazaar . Ele foi um membro fundador da agência Rapho , criada em Paris por Charles Rado em 1933. 
As fotografias de Brassaï lhe trouxeram fama internacional. Em 1948, ele teve uma exposição individual no Museu de Arte Moderna (MoMA) na cidade de Nova York, que viajou para George Eastman House em Rochester, Nova York; e o Art Institute of Chicago , Illinois. O MoMA exibiu mais obras de Brassai em 1953, 1956 e 1968. Ele foi apresentado no festival Rencontres d'Arles na França em 1970 (exibição no Théâtre Antique, Brassaï de Jean-Marie Drot), em 1972 (exibição Brassaï si, Vominino de René Burri ) e em 1974 (como convidado de honra).
Em 1979, Brassaï foi introduzido no Hall da Fama e Museu Internacional da Fotografia .
Casado
Em 1948, Brassaï casou-se com Gilberte Boyer, uma francesa. Ela trabalhou com ele apoiando sua fotografia. Em 1949, ele se tornou um cidadão francês naturalizado após anos de apátrida . 
Morte
Brassaï morreu em 8 de julho de 1984 em sua casa na Riviera Francesa, perto de Nice, e foi enterrado no Cemitério de Montparnasse , em Paris. Ele tinha 84 anos. 
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Un costume pour deux, au bal des invertis du “Magic-City” 📸 by Brassaï, 1931
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high-on-passiflora · 7 months ago
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O papel da mãe é o desejo da mãe. É capital. O desejo da mãe não é algo que se possa suportar assim, que lhes seja indiferente. Carreia sempre estragos. Um grande crocodilo em cuja boca vocês estão - a mãe é isso. Não se sabe o que lhe pode dar na telha, de estalo fechar sua bocarra. O desejo da mãe é isso.
Jacques Lacan Seminário 17 - O Avesso da Psicanálise, p. 105
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capitalflutuante · 1 year ago
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Diante de cálculos conflitantes apresentados pela própria equipe econômica, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu que a Receita Federal refizesse as estimativas de perda com a prorrogação da desoneração da folha de pagamento. Ele levará o novo número ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com quem se reúne na noite desta segunda-feira (15). Até agora, o Ministério da Fazenda informou três impactos diferentes com a derrubada do veto. Inicialmente, a pasta tinha informado R$ 25 bilhões para o Orçamento de 2024. Posteriormente, informou R$ 20 bilhões e, por fim, R$ 16 bilhões. “Eu pedi para a Receita reestimar [a perda de arrecadação]. A primeira providência que vou fazer é levar ao conhecimento do presidente Rodrigo Pacheco o que que não está previsto no Orçamento que foi aprovado. Porque, como não foi feito o cálculo pela Fazenda, o projeto foi aprovado sem que houvesse participação do Executivo. Então, nós usamos esse tempo para fazer uma estimativa de renúncia não prevista no Orçamento que compromete os objetivos pretendidos”, disse Haddad ao retornar de reunião com o presidente do Paraguai no Itamaraty. Segundo Haddad, o novo cálculo considerará tanto a perda com a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores como com a redução da alíquota da Previdência Social para os municípios de pequeno porte. Remessa Conforme O ministro evitou informar de onde virão os recursos para compensar a perda de receitas, caso a medida provisória editada no fim do ano passado seja devolvida ou rejeitada pelo Congresso. Ele não confirmou se a taxação de compras online, cuja decisão ficou para este ano, compensará o impacto fiscal. “O orçamento é público: quando você faz uma renúncia fiscal você tem que compensar. É natural que haja lobbies, que haja grupos de interesses defendendo as suas propostas. Mas o papel do Ministério da Fazenda é buscar harmonizar o orçamento com aquilo que foi aprovado”, declarou. Segundo o ministro, a reunião desta segunda com Pacheco marcará o início de uma “discussão de alto nível” sobre o tema. Antes do encontro com Pacheco, Haddad reuniu-se com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com o líder do Governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA). Ao deixar o ministério, Wagner repetiu que não acredita que o Congresso devolverá a medida provisória, mas não entrou em detalhes sobre a possibilidade de o Legislativo converter a proposta em projeto de lei. Com informações da Agência Brasil
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marciamattos · 1 year ago
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Victor Brauner e o esoterismo. Texto de Jean-Jacques Lévêque!
"Se André Breton, em particular, demonstrou um grande interesse pelo esoterismo, não foi o único dentro do grupo surrealista. A atração pelo maravilhoso, pelo inusitado, pelos espaços da imaginação (Gérard de Nerval não está longe), leva quase inevitavelmente às ciências ocultas. Victor Brauner nutriu particularmente sua pintura com isso. Na Roménia (de onde vem), ele, com a poetisa Ilarie Voronca, inventou a pictopintura, uma tentativa de ligar a palavra à imagem. Já se afirmava o seu desejo de retirar a pintura da sua única função de representação (ou mesmo de expressão, em que se tornara) para torná-la o território de investigação que cedo juntou a alquimia e as ciências demoníacas. Principalmente porque descobre novos métodos, toda uma “culinária” um tanto secreta para criar imagens cuja estranheza não é gratuita, mas carregada de um significado codificado. Utilização de ceras que conferem um particular mate às composições cujo carácter hierático reforçam. Não entramos numa pintura de Brauner (como numa paisagem estatuária de Tanguy, numa máquina macia de Dali, num espaço estruturado de Matta, numa cidade de espanto de Chirico, numa orgia de Masson, numa procissão de estrelas de Miro). A tela se apresenta como um ícone. Impenetrável. Altivo e carregando todo o peso do seu enigma".
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ninaemsaopaulo · 2 years ago
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Catarata
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Por já ter certa idade e não trabalhar, Nicky recebe auxílio governamental. Porém, suas últimas parcelas serão cortadas. Começa o plano de suicídio através de uma overdose, mas Nicky tem uma preocupação: com quem ficará Izy, seu cachorro? Depois de escrever a carta de despedida, Nicky confia Izy à vizinha que, após poucas horas, desiste de cuidar do cão, devolvendo-o para Nicky. Começa uma corrida contra o tempo. A qualquer momento, ela pode cair dura no chão. É quando aparece Jacques, cuja visita estava agendada: é seu primeiro dia de trabalho, como fiscal do seguro social do governo. Ele precisa preencher uma papelada sobre a situação de Nicky, mas tudo que ela deseja é fazer de Jacques o novo tutor de seu cachorro, precisa convencê-lo antes do fim.
São treze minutos de humor perverso e denúncia sobre a burocracia e a situação das pessoas vulneráveis na França, mas são minutos de leveza. Os três atores presentes conseguem transmitir isso - sim, o cachorro também conta, talvez a mais dramática das atuações. 
Catarata é um curta de Faustine Crespy e Laetitia de Montalembert, e faz parte do My French Film Festival: um festival de cinema francês, online e gratuito, disponível até o dia 13 de fevereiro de 2023. Você pode assisti-lo aqui.
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radiorealnews · 2 years ago
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felipekurka · 10 months ago
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Aquilo que chamamos de imagem é um elemento num dispositivo que cria certo senso de realidade, certo senso comum. Um “senso comum” é, acima de tudo, uma comunidade de dados sensíveis: coisas cuja visibilidade considera-se partilhável por todos, modos de percepção dessas coisas e significados também partilháveis que lhes são conferidos. É também uma forma de convívio que liga indivíduos ou grupos com base nessa comunidade primeira entre palavras e coisas. O sistema de informação é um “senso comum” desse tipo: um dispositivo espaço-temporal dentro do qual palavras e formas visíveis são reunidas em dados comuns, em maneiras comuns de perceber, de ser afetado e de dar sentido.
Jacques Rancière
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lyslily · 6 years ago
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André Lefaur & le buste de Cujas La Présidente, Fernand Rivers (1938).
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renaultportugal · 4 years ago
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Renault na F1: Anos de glória na primeira década do milénio
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Na primeira década deste milénio, a Renault voltou em força à F1, escrevendo as mais gloriosas páginas da sua história na disciplina máxima do desporto automóvel! Em 2005 e 2006, conquistou dois títulos consecutivos de Construtores, com os monolugares R25 e R26 e com Fernando Alonso como verdadeiro pilar da equipa! Mas também com a Red Bull iniciou uma parceria de enorme sucesso. Hora de recordar uma época de ouro da Renault na F1…
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2000
O ano 2000 ficou, sobretudo, marcado pelas discussões nos bastidores sobre o regresso da Renault à F1, com chassis e motor próprios. A aquisição das instalações da Benetton durante o verão foi um passo importante nesse sentido, num ano em que, desportivamente, a participação ativa foi “mascarada”, com o motor “Playlife” (o antigo Mecachrome desenvolvido pela Renault Sport) a alimentar o Benetton B200 pilotado por Giancarlo Fisichella e Alexander Wurz e o “Supertec” (o mesmo motor, mas com outra designação) a “dar vida” aos Arrows A21 de Pedro de la Rosa e Jos Verstappen.
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2001
Ao adquirir a equipa Benetton, a Renault ganhou uma fábrica de última geração de construção de chassis em Enstone, perto de Oxford, no Reino Unido, ao mesmo tempo que, em Viry-Chatillon, a produção dos motores de Fórmula 1 foi retomada com todo o empenho. O chassis B201 foi pilotado, em 2001, por Giancarlo Fisichella e pelo futuro campeão mundial, Jenson Button, enquanto o motor R521 - um bloco 3.0 litros, V10 – apresentava-se como uma proposta totalmente nova. Caracterizada por um ângulo em 'V' de 101°, a altura das cabeças dos cilindros era nitidamente mais baixa do que a do antecessor, enquanto oferecia um aumento significativo de potência, entregando quase 800 cv às 17.200 rpm.
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Em termos de resultados, a equipa Mild Seven Benetton Renault terminou a época em 7º lugar no Campeonato de Construtores, tendo o V10 da Renault registado como melhor resultado um terceiro lugar no G.P. da Bélgica, por intermédio de Fisichella.
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2002
O regresso da Renault às grelhas dos Grande Prémios de F1, como construtor, veio sob o nome de “Renault F1 Team”. A lado de Jenson Button, passou a estar o italiano Jarno Trulli, numa dupla que colocou em pista o Renault R202, construído em Enstone, e impulsionado pelo motor R522, com uma potência anunciada de 825 cv às 17.500 rpm. Ou seja, com um ganho de 25 cv face ao propulsor da época anterior. Um regresso que não foi particularmente feliz, com Button a abandonar em cinco corridas e Trulli em nove, mas que permitiu também que a equipa ficasse por quatro vezes “à porta” do pódio, deixando antever que o sucesso acabaria por chegar, mais tarde ou mais cedo.  
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2003
Em 2003, a Renault começou a lançar verdadeiramente as sementes do sucesso. Batizou o chassis com apenas dois dígitos - “R23” -, sendo projetado pela equipa dirigida por Mike Gascoyne sob a direção de Pat Symonds. O motor acoplado ao chassis, um V10 construído com um ângulo de 111°, foi projetado para oferecer um centro de gravidade ainda mais baixo, assim como para incrementar a agilidade do chassis, para além de ter um peso mais reduzido que o antecessor e elevar o seu desempenho máximo até às 18.000 rpm.  
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Em termos de pilotos, Jenson Button deixou a equipa, enquanto Jarno Trulli se manteve. A novidade foi a contratação do jovem Fernando Alonso (que passou de piloto de testes para piloto efetivo na equipa). Logo na segunda corrida da época (G.P. da Malásia), o espanhol surpreendeu, ao conquistar a Pole-Position, mostrando o potencial da equipa, verdadeiramente concretizado, quando Alonso deu à Renault, no G.P. da Hungria, a primeira vitória desde o G.P. da Áustria de 1983 como construtor e desde o G.P. do Luxamburgo de 1997, como fornecedor de motores, após 97 corridas de jejum. Naturalmente, foi também o primeiro triunfo de Alonso na F1, que contribuiu para que a Mild Seven Renault F1 Team terminasse a temporada no quarto lugar no Campeonato dos Construtores, então já com a evolução do chassis R23B (disponível a partir do G.P. da Grã-Bretanha) e após a conquista de mais quatro pódios.
Vitória da Renault na Hungria
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2004
Durante algum tempo, foi por demais evidente que, para extrair a potência máxima dos então motores de três litros e 10 cilindros, com um ângulo em “V” de 101°, a Renault teria que sacrificar um pouco de fiabilidade, que constituía a sua imagem de marca da altura. Para aumentar esse desafio, a partir de 2004, deixou de ser permitido trocar de motor durante os fins-de-semana dos Grandes Prémios (era apenas permitido um motor por monolugar para os três dias de prova). Como resposta, a Renault Sport decidiu voltar à base do seu motor, abandonando o ângulo “V” de 101°, desenvolvendo para o novo RS24, uma unidade propulsora de 10 cilindros, mais tradicional, com um ângulo 'V' de 72°, que lhe rendeu a impressionante potência de 880 cv às 19.000 rpm.
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Com um RS24 competitivo, Alonso e Trulli, a quem foi renovada a aposta no início da época, conseguiram bons resultados, com o italiano a assegurar o triunfo no mítico G.P. do Mónaco e um pódio e a Alonso assegurar quatro pódios. Com este desempenho, a Renault recuperou a terceira posição na batalha pelos Construtores, enquanto Jacques Villeneuve substituiu Trulli nas últimas três corridas do ano.
Vitória da Renault no G.P. Mónaco
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2005
Os regulamentos da F1 mudaram novamente para a temporada de 2005, tornando-se ainda mais exigentes. Os motores passaram a poder ser apenas trocados de dois em dois Grandes Prémios, numa situação que acabaria por ter impacto decisivo na luta pelo título de Construtores. Alonso continuou a ter estatuto de piloto número um da equipa Renault, enquanto Fisichella passou a ocupar o lugar de Villeneuve, anteriormente ocupado por Trulli.
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Aerodinamicamente, o chassis R25 era excecionalmente sofisticado e fiável, enquanto o desempenho do motor RS25 deu também um passo à frente. Uma combinação chassis/motor perfeita que, no Grande Prémio do Brasil - a duas corridas do final da temporada – permitiu que Alonso fosse coroado Campeão do Mundo de Pilotos, naquele que foi o primeiro título de campeão da Renault como equipa independente. Mas, na luta pelo título de Construtores, a Renault teve que “suar” mais. A McLaren-Mercedes (com os pilotos Kimi Raikkonen e Juan-Pablo Montoya) - não facilitou a vida na batalha pela glória entre as Marcas. No final, o ceptro foi mesmo para a Renault, por apenas dois pontos, após a conquista de 10 vitórias em 19 corridas. 
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Um dos grandes segredos da conquista do título esteve na preparação da última e decisiva corrida. Com a regra de um motor novo a cada duas corridas, a Renault chegou ao derradeiro Grande Prémio da China com a possibilidade de construir um motor que tinha apenas que durar uma corrida! Neste contexto, os especialistas de motores da Renault, em Viry-Chatillon, não pouparam esforços e entregaram a Alonso e Fisichella um RS25 com um motor ainda mais “vitaminado”, capaz de entregar 900 cv de potência, o suficiente para Alonso liderar a corrida do início ao fim, Fisichella terminar a prova na quarta posição e a Renault escrever história, com a conquista do primeiro título de Construtores!  
Vitórias para a Renault na Austrália, Malásia, Bahrein, San Marino, Europa, França, Alemanha e China.
A Renault venceu o Campeonato Mundial de Pilotos de F1 com Fernando Alonso - e o título de Construtores.
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2006
Mais uma temporada excelente, cujas bases foram lançadas no ano anterior. Regulamentos ainda mais rígidos foram introduzidos em 2006 e, embora cada motor ainda tivesse que continuar a durar dois Grandes Prémios, agora os propulsores também precisavam de ter, obrigatoriamente, uma arquitetura de oito cilindros, com 2.4 litros e com um ângulo em 'V' de 90°. 
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O primeiro motor Renault com estas especificações conheceu o banco de testes, em Viry-Chatillon, a 9 de setembro de 2005, e o novo RS26 continuou a evoluir ao longo da temporada de 2006, especialmente ao nível do regime máximo, que passou a ser então atingido muito próximo das 20.000 rpm! No final da temporada e de todo o desenvolvimento, os motores Renault produziam cerca de 800cv, o que combinado com a leveza, maneabilidade e aerodinamismo do chassis, e a nova caixa de 7 velocidades, resultava num monolugar muito competitivo e num desempenho em pista notável.
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Alonso e Fisichella lutaram pelas vitórias regularmente, com Michael Schumacher e a Ferrari, conquistando, entre eles, oito triunfos. O espanhol assegurou sete, renovando o título de Pilotos conquistado no ano anterior, feito também repetido pela Renault, que colocou em pista um monolugar tão rápido quanto fiável, e que, para além do título também se revelou o fórmula que mais voltas passou no comando das corridas e que mais corridas venceu em 2006.  
Vitórias da Renault no Bahrein, Malásia, Austrália, Espanha, Mónaco, Grã-Bretanha, Canadá e Japão
A Renault venceu o Campeonato Mundial de Pilotos de F1 com Fernando Alonso - e o título de Construtores.
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2007
Após um período de merecidas comemorações, a Renault voltou as atenções para 2007 - uma temporada que prometia ser consideravelmente mais complicada. Com a saída de Alonso, nem Fisichella, nem o novo recruta finlandês, Heikki Kovalainen, que se estreava na equipa, foram capazes de tirar o melhor proveito do chassis R27 e seu motor RS27, cuja evolução não foi significativa face ao ano anterior. O único pódio foi cortesia de Kovalainen, que conquistou o segundo lugar no G.P. do Japão. Ao mesmo tempo, a Renault Sport retomou o papel de fornecedor de motores, tendo como cliente a equipa Red Bull Racing, com os pilotos David Coulthard e Mark Webber. No final da temporada, apesar de Kovalainen e Fisichella terminarem no 7º e 8º lugar, respetivamente, a Renault terminou o Campeonato de Construtores no pódio, enquanto a equipa Red Bull Racing-Renault, completou a temporada na quinta posição.
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2008
Em 2008, o motor R28 partiu da evolução do propulsor RS27, utilizado na época anterior, sendo acoplado ao chassis R28 da Renault e ao RB4 da Red Bull, numa altura em que os motores passaram, regulamentarmente, a estar limitados às 19.000 rpm. O “line-up” da equipa alterou-se para esta temporada, que já não contou com Kovalainen e Fisichella, que foram substituídos por Alonso e Nelson Piquet Jr., filho do Tricampeão do Mundo, Nelson Piquet. 
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Desta feita, Alonso não conseguiu oferecer mais um título à Renault, mas venceu duas corridas (G.P. de Singapura e G.P. do Japão), colecionando ainda um segundo lugar e cinco quartas posições, que lhe valeram o quinto lugar final. Já Piquet Jr., obteve um segundo lugar como a melhor classificação da época, contribuindo para o quarto lugar da Renault entre os Construtores. Já a Red Bull-Renault fechou a temporada na sétima posição.
Vitórias da Renault em Singapura e no Japão.
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2009
Num ano novamente marcado pela mudança de regulamentos na F1, cada piloto passou a ter que fazer a gestão dos oito motores para uma temporada de 17 Grandes Prémios. Na Renault, o chassis R29 substituiu o R28, enquanto o motor RS27 beneficiou de uma série de desenvolvimentos. Alonso voltou a liderar a equipa, conquistando todos os 26 pontos alcançados pela Renault, mas nenhum melhor resultado que um pódio no mesmo G.P. de Singapura que tinha ganho no ano anterior. Já Piquet Jr. fez uma época dececionante, tendo sido dispensado durante as férias de verão, devido à falta de resultados, sendo substituído por Romain Grosjean, que assumiu o seu lugar, a partir do G.P. do Brasil, a sete corridas do final da temporada. 
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Desportivamente foi um ano difícil para a equipa Renault, ao contrário da formação da Red Bull, que voltando a contar com o motor Renault, somou seis triunfos com o RB5: quatro por intermédio do recém-chegado à equipa Sebastian Vettel, e mais dois com Mark Webber. Cumpridas todas as provas, a Red Bull-Renault averbou o segundo lugar no Campeonato de Construtores.
Vitórias para o Red Bull com motor Renault na China, Grã-Bretanha, Alemanha, Japão, Brasil e Abu Dhabi
Factos e Figuras
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Fernando Alonso
Nascido a 29 de julho de 1981, Fernando Alonso rapidamente se tornou o “filho” pródigo da Renault. Após completar a temporada de estreia na F1, em 2001, na pequena equipa da Minardi, em 2002, o espanhol foi nomeado piloto de testes da Renault, sendo promovido a piloto efetivo da equipa no ano seguinte. A vitória, em Hungaroring, tornou-o o mais jovem vencedor de um Grande Prémio de F1 da história, feito alcançado com apenas 22 anos e 26 dias de idade. 
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De regresso à F1, em 2021, Alonso tem registadas, até o momento, 32 vitórias - 17 delas com a Renault -, bem como a conquista de dois títulos consecutivos de Pilotos para a Renault, em 2005 e 2006. Com eles, Alonso tornou-se o mais jovem Campeão Mundial de F1, então com apenas 24 anos e 59 dias, façanha apenas superada por Sebastian Vettel e Lewis Hamilton. O espanhol também disputou a famosa Indianápolis 500 de 2017, liderando a corrida antes do motor do seu monolugar falhar, e conquistou a vitória nas 24 Horas de Le Mans, em 2018 e 2019.
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Giancarlo Fisichella
Nascido a 14 de janeiro de 1973, Giancarlo Fisichella passou quatro anos, entre 1998 e 2001, na equipa Benetton, antes de ingressar na Renault, entre 2005 e 2007. Destacado pela elegância como piloto, “Fisico” (como era conhecido) alcançou um total de três vitórias em Grandes Prémios, duas delas com a Renault, em 2005 e 2006. Após deixar a equipa da Renault de F1, o italiano enveredou pelas corridas de Resistência, onde defendeu as cores da Ferrari.
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Jarno Trulli
Nascido a 13 de julho de 1974, Jarno Trulli correu pela Renault durante três temporadas, entre 2002 a 2004, tendo o italiano conquistado uma única vitória, em 2004, mas num dos palcos mais famosos e técnicos da F1, o Grande Prémio do Mónaco.
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Mark Webber
Nascido a 27 de agosto de 1976, Mark Webber começou a carreira na Fórmula 1 com a Minardi, antes de progredir via Jaguar para a Williams. No entanto, foi com a Red Bull-Renault que o australiano conquistou todas as nove vitórias em Grandes Prémios, entre 2007 e 2013.
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Sebastian Vettel
Nascido a 3 de julho de 1987, Sebastian Vettel fez uma estreia notável na F1 com a BMW-Sauber, no Grande Prémio dos Estados Unidos de 2007. Um desempenho impressionante, que lhe permitiu marcar os primeiros pontos da carreira, chamando a atenção da Red Bull, que rapidamente o inscreveu no seu programa de jovens pilotos. Em 2008, estreou-se na “equipa irmã” da Red Bull, a Toro Rosso, vencendo o primeiro Grande Prémio, em Monza. Em 2009, foi promovido à equipa Red Bull-Renault e mais do que justificou a promoção, somando quatro vitórias, embora o melhor ainda estivesse para vir! Entre 2010 e 2013, Vettel mostrou-se imparável, ao conquistar quatro títulos consecutivos de Pilotos, colocando o seu nome na galeria dos pilotos mais famosos da F1. Vettel ganhou 38 corridas na F1, muitas delas auxiliado pela potência dos motores Renault e estabeleceu ainda um novo recorde do piloto mais jovem a conquistar a coroa de Pilotos, chegando ao primeiro título com apenas 23 anos e 134 dias (enquanto Lewis Hamilton tinha realizado o mesmo feito com 23 anos e 301 dias e Fernando Alonso com 24 anos e 59 dias).
Saiba mais sobre a história da Renault na F1 nos links abaixo:
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Renault na F1: Os loucos anos 70 da “chaleira amarela” que se tornou uma vencedora
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Renault na F1: Nos anos 80, as vitórias tornaram-se um hábito!
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Renault na F1: Os primeiros títulos e um sem número de vitórias na década de 90
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sxnglant · 4 years ago
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                                           𝐋𝐀 𝐌𝐀𝐈𝐒𝐎𝐍 𝐃𝐄 𝐏𝐄𝐍𝐓𝐇𝐈𝐄̀𝐕𝐑𝐄
Apesar de, oficialmente, terem parado de se referirem como uma Casa Real depois da Revolução Francesa, na alta sociedade ainda são conhecidos assim. E a família Penthièvre se mantêm disso: status e posição. Obviamente, possuem inúmeros zeros na conta bancária tão antiga, mas não chegam nem perto de serem considerados uma das famílias mais ricas da França - não que isso importe, seu suposto sangue azul é tão forte que fazem todos esquecerem desse pequeno detalhe. Suas maiores posses são os castelos, pinturas, jazigos e jóias passados de gerações a gerações; e, por enquanto, o poder apenas do nome é suficiente para se sentirem como verdadeiros reis. 
Monsieur Jacques-Yves (Hugh Grant) é o filho mais velho e o responsável pela continuação do nome da família. Sempre foi um homem quieto, ainda que um tanto romântico. A falta de algo substancial no nome da família o forçou a escolher uma carreira, e Jacques decidiu pela magistério. Mestre em Literatura Francesa pela Universidade de Paris, atualmente serve como Reitor da Universidade de Sorbonne, uma das mais conceituadas da França. É um pai compreensivo e sempre disposto a ajudar e conversar com os filhos e é um marido completamente devoto.
Madame Lucrèce (Rachel Weisz) pertencia a proeminente família Stuyvesant antes do casamento. Sempre foi extremamente ligada as artes, tendo se tornado uma colecionadora de quadros ainda na adolescência. A paixão se tornou profissão, e, com a ajuda de ambos os sobrenomes, foi fácil decolar. Iniciou como curadora do departamento de Antiguidades Gregas e Romanas, até se tornar Diretora do Louvre, sua posição atual. Sempre tendo muitos conflitos com a mãe, Lucrèce prometeu que seria mais compreensiva com seus filhos, e é. Extremamente carinhosa e preocupada, deu - e dá - toda a atenção do mundo aos filhos (isso, por muitas vezes, se estendendo até os amigos destes). 
Jean-Claude (Andrew Garfield) é o primogênito dos Stuyvesant-Penthièvre. Sempre se sentiu responsável por cuidar dos irmãos, e é super protetor com todos (especialmente com Quentin). É Mestre em Física, e faz parte do departamento de pesquisas da Sobornne. Alguns meses depois de se formar no colegial descobriu que a, então, namorada, agora esposa, estava grávida. Marie-Ève (Emma Stone) vem de uma renomada família de cirurgiões e, apesar da gravidez, seguiu o mesmo caminho e é uma neurocirurgiã conceituada. Cosette (Sadie Sink) é a única filha do casal até o momento, e é o amorzinho dos avós. 
Théophile (Max Irons) é o segundo filho, e o que menos se parece com a família. Dono de uma personalidade forte e impetuosa, passa longe da fama de artísticos e cultos dos irmãos. Sempre incomodado com como seus parentes aceitavam a posição imaginária que possuíam, decidiu que seria ele a mudar isso, custe o que custar. No último ano da faculdade de administração conheceu Gisèle (Léa Seydoux), tão ambiciosa e calculista quanto ele. O pai da mulher, não confiando que a única filha seria capaz de comandar a empresa, abençoou a união dos dois (que é baseada em conveniência e sexo). Agora, ambos comandam uma das empresas de comunicação que mais crescem na França. São também pais dos gêmeos Fabien e Fabrice (Nicholas e Cameron Crovetti), dois pestinhas cuja única função é aterrorizar qualquer um que apareça em sua frente.
Séraphine é a única menina e consequentemente a princesinha da casa. Extremamente mimada, assim como o irmão mais novo, costumava ser a rainha de Truffaut antes de se formar, alguns anos atrás. É conhecida pelos inúmeros namorados e seus términos desastrosos (que já chegaram até ser manchete de tabloides), por causa da sua veia extremamente romântica. Está prestes a terminar a faculdade de Literatura Francesa, e pretende seguir os passos dos pai. 
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leftpeachchopshop · 4 years ago
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Adolescência:Sexualidade e Questões de Gênero, um Olhar Diferenciado
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Na atualidade, a multiplicação de sexualidades é acompanhada de perto pela propagação de nomeações ou seria, por causa de se nomeiam as sexualidades que os sujeitos se identificam? Nos prolegômenos do objecto, cabe uma primeira  essencial salvaguarda: o concepção de identidade de gênero se difere do de orientação sexual. De forma, na sigla LGBTTQI as três primeiras literato referem-se à orientação sexual do sujeito (lésbicas, gays  bissexuais),  as quatro últimas - sendo o intersexo um caso pessoal - referem-se à identidade de gênero (transexuais, travestis, queers  intersexuais). Estima-se que a orientação sexual se alude à atração física, romântica /ou emocional duradoura de um tipo por outra persona,  a identidade de gênero se alude ao sentimento intrínseco de ser masculino, feminino ou  outra denominação. Pessoas transexuais podem ser heterossexuais, lésbicas, gays, bissexuais ou assexuais, outrossim que as pessoas cis. A comunidade LGBTTQI, denomina de cisgênero - o prefixo cis vem do latim  significa “deste lado” - as pessoas cuja identidade corresponde ao gênero nomeado em seu promanação,  pessoas cuja identidade de gênero /ou frase de gênero não corresponde às normas sociais  expectativas tradicionalmente associadas ao sexo atribuído na nascença são denominadas trans (cf. Normas de Atenção à Saúde de Pessoas Trans  com Versatilidade de Gênero, 2012).
A atual clínica com adolescentes impõe ao psicanalista um aprofundamento nas questões de gênero, questiona preconceitos que ainda existem cá  além, ocasionalmente dentro da própria psicanálise,  introduz contribuições de enorme valia para avançarmos com a teoria psicanalítica. Realmente, é provável expressar que a própria psicanálise nasceu numa estação quando poucos clínicos  intelectuais começaram a questionar a, até logo tida como precisa, orientação cisgênero, que considerava desviantes ou mesmo perversos toda gente aqueles que a ela não se adequavam. Conquanto, foram sobretudo os movimentos sociais do início do século XX que, definitivamente, abalaram as certezas precedentes. Senão, vejamos:
Ao termo de sua imensa estudo do Pequeno Hans, Lacan (1956-1957/1995) se coloca a questão da opção pela masculinidade a gretar do pós-escrito de Freud (1922/2015)  o agora jovem Hans vem visitá-lo com a reparo de não se lembrar, em integral, de todo tratamento que fizera  pequeno. Lacan o associa a um correto classe de jovens que não são filhos de uma, porém de duas mães, acolá onde falta o pai. Isso faz Lacan articulá-lo, de um lado, a Leonardo da Vinci, analisado por Freud (1910/2013), , de outro, a um correto gênero de de jovens da geração de 1945 que esperavam que as ações viessem do outro lado, o das mulheres, jovens que esperavam que fossem elas a lhes tirarem as calças (Lacan, 1956-1957/1995). Do menino que brincava de esconde-esconde com as meninas, já não sobrou  daquilo que este queria mostrar a elas, a não ser a si mesmo  “um tanto como um objeto feitiço, quando o pequeno Hans se localiza numa certa posição apassivada” (Lacan, 1956-1957/1995, p. 342). Daí que, “ que seja a validade heterossexual de seu objeto, não vamos poder considerar que dê conta absolutamente da legitimidade de sua posição” (Lacan, 1956-1957/1995, p. 342). Por mas heterossexuais que esses jovens pareçam ser, a masculinidade ficou comprometida pela referência ao que Lacan identifica com um phallus dentatus, o materno, à espreita de  provável movimento que implique uma agressividade com relação ao objeto, por ser este mesmo “essa espécie de objeto fixado [...], imaginário” (Lacan, 1956-1957/1995, p. 342) que constantemente vitimará  machucará, “ assalto masculino” (Lacan, 1956-1957/1995, p. 342). Esse também é, como conclui Lacan, o porvir desse charmante pequeno Hans, o de um cavalheiro, por mas heterossexual que pareça.
A data não é anódina: em 1945, quantos jovens, na Europa, não se viram justamente desprovidos da presença de seus pais, tombados nos campos de guerra, nunca retornados à vivenda ou,  bastante, eles próprios tão machucados por tudo o que neles passaram, sem descobrir de que modo responsabilizar na presença de seus filhos - raramente deixados por anos, justamente no instante do desenvolvimento quando mas precisariam deles -, a função de pai real, aquele que castra?
Porém, Lacan não se atém a essa data  aponta outras leituras sobre o tema. A questão é complexa , em realidade, mantém a virulência dos ritos iniciáticos tantas vezes analisados em outros campos, que demonstram que ela nem é uma questão datada, porque, se esses ritos fazem função de amolado sagacidade a orientar a puberdade para a masculinidade, varias vezes é unicamente para garanti-la como máxima. Aqui está o que observam os autores intimados a esse saudação por Lattanzio (2011),  este analisa a função dos ritos iniciáticos na juventude como forma de os meninos se livrarem da feminilidade que os contagiou a partir de o instante quando passaram um tempo no útero materno. Referimo-nos, pouco, às interessantes contribuições de Tubert (1999) sobre os ritos no Vale do Asaro, em Papua - Novidade Guiné: os meninos moram com as mães com pouco contato com os pais. Chegado o instante da puberdade,  os meninos são isolados de suas mães, purificados de suas feminilidades antemão incorporadas, por intermédio de diferentes sangrias, as mães entram literalmente numa tempo de luto, “como reconhecimento da separação de seus filhos, que passam formalmente para a secção masculina da sociedade” (Tubert, 1999, p. 66). As sangrias  vômitos sofridos pelos jovens, desde manipulações de seus corpos por secção dos homens adultos, “liberam o menino do sangue do ventre materno, que este engoliu  estava no útero,  do aventureiro sangue menstrual que deve ter ingerido, sem perceber, com a comida que sua mãe lhe preparava” (Tubert, 1999, p. 67). Poucos anos vivendo separados, em “cabanas dos homens”, os jovens se tornam adultos  casam. A separação da mãe foi estrita  como sintoma encontramos aquilo a que Freud não dedicou poucas observações (1908; 1913; 1917), o horror ao sangue menstrual.  logo, “os meninos tornados homens [heterossexuais e casados] passam a ter uma relação de horror ao sangue menstrual de uma senhora, que deve mesmo eliminar um varão  representa a metódico ameaço de feminização” (Lattanzio, 2011, p. 140). Um jovem em respeito deve nos expor certa feita: “Sou bastante comunicativo, porém  fico perto de uma senhora me atrapalho todo. As mulheres são minha criptonita”.
O artigo que segue provém de uma busca realizada no Enfermaria Universitário, nos últimos 3 anos, junto à clínica com adolescentes atendidos em ambulatório de psicanálise  saúde mental, semanalmente, a arrebentar cujo se colocou a seguinte questão: que especificidades as sexuações hodiernas apresentam na juventude  como essa clínica afeta a teoria psicanalítica? Donde a metodologia utilizada secção da clínica que questiona a teoria deixando enriquecê-la,  nos colocamos o trabalho por uma preparação teórica que objetiva a busca em psicanálise. Fiamo-nos na asserto de Jacques Lacan, segundo a que “a feitio subjetiva possui, pela conexão significante, uma objetividade perfeitamente localizável, que fundíbulo a própria possibilidade da ajuda que trazemos sob método da versão” (Lacan, 1969-70/1992, p. 82). Para tal enriquecimento, partimos de uma revisão bibliográfica, cotejamos o  de tal revisão com a clínica  levantamos, logo, hipóteses para possíveis avanços teóricos.
Os Afetos de uma Juventude
Tendo ultrapassado alguma coisa a confusão entre lascívia  ato sexual, que levava as pesquisas à temática da AIDS entre a população mas jovem  à da gestação na juventude, as pesquisas atuais sobre a mocidade privilegiam a temática sobre identidade de gênero  orientação sexual.
A questão da identidade sexual do sujeito é alguma coisa continuamente elaborado a gretar do Outro - vide os ritos iniciáticos. Nos dias atuais, é seguro o papel da net na procura de respostas que os adolescentes podem conseguir no planeta do dedo, como na pergunta de uma juvenil: “porque razão a gente escolhe gostar do qual não gosta da gente?… Taí uma pergunta que Papai Google não responde. Porque se o léxico era o Tesouro da sua geração, o Google é o Pai dos desesperados da minha”, ela conclui, no instante quando fala com a exegeta. O comentador é também  de seu tempo  não deve ignorar os avanços de sua era. No caso, as redes sociais ditam ao sujeito o que deve fazer  sua identidade, sendo necessário enfatizar que em  se relacionam com a moral sexual civilizada de outrora, que instalava a norma do que se deve fazer como varão  como senhora. O que afeta a juventude no instante é a multiplicidade. Gallano já apontava, em 2006, que “os sujeitos não encontram atualmente esse Outro que normatize a diferença dos sexos” (Gallano, 2006, p. 317).
Sem questionamento, o modo como tal diferenciação era outrora transmitido fundamentava-se numa identificação clara da função paterna com o pai da veras, coisa que hoje em dia já não se observa mas, absolutamente. A própria psicanálise ocorreu no instante quando se começou a perceber a vacilação dessa identificação. O pai já não era suficiente nos tempos de Freud, por ex. Um contemporâneo dele, Wedekind, escreveu a fracção O Despertar da Vernal (Wedekind, 1891/2008), quando o Varão Disfarçado possui a função de substituir o pai para calçá-lo simbolicamente., a de sustentar o sujeito  desejante. A personagem Melchior, em frente à que aparece esse Varão, chega a se perguntar se este é seu pai. Presentemente,  “o sujeito deseja o base do pai para sustentar seus passos, para enfrentar as vicissitudes do libido do Outro, não encontra mas o pai que por este vela” (Quinet, 2002, p. 119).
Nesta segunda década do novo milênio, vemos o corpo teen tombar em mergulho de forma livre no esfinge da relação sexual. Não vamos poder negar os impactos políticos, sociais  estéticos das novas tecnologias da informação  informação nas encenações de destinos que não correspondem ao anatômico, semblantes que a idade inscreve no corpo. Se considerarmos a seguinte mensagem lacaniana: “que de antemão renuncie a isso [à psicanálise...] quem não conseguir conseguir em seu horizonte a subjetividade de sua era. [...] Que este conheça muito a lesma a que o arrasta sua idade na obra contínua da Babel” (Lacan, 1953/1998a, p. 322), vamos poder declarar que na atualidade não cabe à psicanálise simplesmente soltar as questões de gênero, nem as posições feministas  os estudos da teoria queer, que propõem a desmontagem de todo classe de identidade de gênero que não seriam adequadas ou corretas no cenário da bipolaridade.  Lacan, em 1970, faz a reparo de que é “incorporada que a estrutura [da linguagem] faz o afeto” (1970/2003, p. 406), deve-se falar em “afetos de uma estação, e inclusive de uma juventude” (Pollo, 2003, p. 69) a marcarem o próprio corpo do sujeito.
Embora gênero não seja um noção da psicanálise, não há como negar os efeitos discursivos gerados ao colocá-lo em questão. Como observou Ceccarelli (2010), há duas perspectivas em psicanálise, que varias vezes conflituam  autores abordam a questão do gênero: “a interseção do individual - da constituição do Eu, ou do sujeito -  as construções sociais como tributárias de processos históricos”. Fora da psicanálise, porém nela sustentada a arrebentar da fala do sujeito, a questão de gênero é fraude fundamentalmente como política, tal e como se lê em Leila Dumaresq (2014), bacharel em Filosofia, senhora transgênera  ativista que propõe uma “política sexual transgênera”. Sua parrésia: “meu lugar de fala é o da vivência  do convívio crítico da minha exigência. […] Testemunhar quem somos com nossas palavras é um ato fundamental de resistência.  poucas palavras não servirão para tantas formas verdadeiras de ser” (Dumaresq, 2014). Sua política propõe o reverência das diferenças que marcam pessoas, seres  subjetividades, na contramão da desumanização, marginalização  exclusão. Essa temática também questiona a nós analistas: o que intentamos expor  afirmamos que há diferença sexual?
A clínica psicanalítica com sujeitos adolescentes ilustra os impasses do sujeito na confrontação com a improbabilidade de uma relação de completude entre os sexos, proporcionando a ocasião de abordar uma questão pouco debatida   fácil, que nos asemelhava a particularmente esclarecedora na problemática da escolha de posição sexuada no instante da juventude - quando, sabidamente, ocorrem as vacilações identificatórias herdadas da puerícia (Alberti, 2004). A abordagem psicanalítica, centrada na clínica do caso, possui chances de se fazer ouvir nesse imbróglio já facilmente observável por pais  especialistas, de que os adolescentes estão “experimentando” novas identidades  não têm  se são homens ou mulheres.
A Mocidade  as Escolhas
Em 2004, Alberti retoma o tema da juvenilidade , desta vez, a enfatiza como instante de escolhas. Observa também que “não há escolha que prescinda de indicativos, direções, determinantes que lhe são precedentes” (Alberti, 2004, p. 10). Tais direções advém não somente dos pais  educadores, porém também dos “colegas, mídia, o planeta enfim a sua viravolta, através do que lhe é transmitido pela linguagem, falada, escrita, visual, comunicativa ou ainda pelo silêncio, que não deixa de ser uma forma de linguagem” (Alberti, 2004, p. 10). Aliás, é anterior à juvenilidade também a constituição da libertinagem, que, para Freud (1905/1996a), é categoricamente infantil.
Freud observaria que a vida sexual tem um caráter bifásico, entrecortada pela latência: de um lado, a puerícia; de outro, o jovem, sendo que na puberdade ocorreria a constituição estrita da vida sexual (Freud, 1905/1996a, p. 189). Há na verdade, uma escolha estrita do sexo na juventude? Essa seria uma asseveração datada de Freud? Estaria ela apoiada na teoria segundo a que a diferença sexual poderia ser situada entre a premissa fálica da lascívia infantil  o encontro com o Outro sexo na juventude? (cf. Alberti, 2004).
Anne Fausto-Sterling (1993) asseverava: “biologicamente falando, existem diversos graus entre fêmea  masculino; [...] poderíamos discutir que nesse espectro existem no mínimo cinco sexos.  talvez até mas [pois] o sexo é um continuum vasto  infinitamente maleável que desafia as limitações” (p. 2). Anos depois, ela acrescenta que é a complicação do sexo de um corpo que impede “o isso ou aquilo” (Fausto-Sterling, 2001-02/2000, p. 15)  que rotular alguém como varão ou senhora é pura resolução social que não advém do conhecimento científico,  sim de “nossas crenças sobre o gênero [que afetam] o classe de conhecimento que os cientistas produzem sobre o sexo” (Fausto-Sterling, 2001-02/2000, p. 15).
Em uma nota de pé de página acrescentada em 1915 aos “Três ensaios sobre a libertinagem”, Freud (1905/1996a) deixou evidente que os ideias de “masculino”  “feminino” figuram entre os mas confusos da ciência por acabarem decompostos em, no mínimo, três sentidos distintos: ora se emprega o sentido “atividade”  “passividade”, ora o sentido biológico (espermatozoide ou óvulos); apesar disso, há o sentido sociológico (homens  mulheres realmente). Segundo este, o primeiro desses três sentidos é o forçoso para a psicanálise,  isso se deve ao fato de que a libido é masculina, porque a pulsão é continuamente ativa, mesmo  estabelece para si um meta passivo.
Tal e como se sabe, Freud identificava o masculino com a atividade  o feminino com a passividade. Porém, isso não significa identificar os homens como ativos  as mulheres como passivas. Ao invés de: foi dele a oração segundo a que para se ser passivo é preciso muita atividade (Freud, 1931/2010a), além de ser dele também toda a teoria sobre a androginismo como fator definitivo: “Em toda gente nós, a vida inteira, a libido geralmente oscila entre o objeto masculino  feminino” (Freud, 1920/2011d, p. 130). Masculino  feminino, para Freud, não são simplesmente uma referência para o desenvolvimento do menino  da moçoila, porque se referem ao modo como qualquer sujeito lida com o reconhecimento da diferença. A anatomia é entregue, porém não o modo como qualquer sujeito vê sua anatomia. A visão vai entrar em jogo na diferenciação dos sexos.
Freud (1933/2010b) diz que a força motriz da vida sexual é a libido: “A vida sexual é dominada pela polaridade masculino-feminino; cabe logo examinar a relação da libido com essa polaridade” (p. 288), dado que “há unicamente uma libido que é posta a serviço tanto da função sexual masculina como da feminina”. Logo no início de “A feminilidade” (Freud, 1933/2010b), retomando a evidência entre “viril  fêmea”, afirma: “o que constitui a masculinidade ou feminilidade é uma particularidade desconhecida, que a anatomia não deve apreender” (p. 266).
Realmente, porque o oração é impotente de emendar  conceder conta, da “desnaturação” sexual do sujeito (cf. Lesko, 1996), o que temos é unicamente a referência ao significante fálico a fabricar consequências, continuamente insuficientes, para qualquer sujeito se posicionar na partilha dos sexos. É a lascar dessa referência que o sujeito empreende uma  escolha: a escolha da posição sexuada - quando assume a responsabilidade “por seu gozo” (Quinet, 2013, p. 131) -  a escolha do seu objeto sexual.
É lógico que isso deixa de fora tudo o que não se alude ao falo, razão de a escolha do sexo ser também “a escolha do não-todo [...] que deixa seu lugar ao Outro do sexo” (Strauss, 2015, p. 76). O não-todo é o buraco do sexo da senhora, “que remete o sujeito a seus próprios impossíveis, ao que este não compreende, ao que percebe, porém não consegue valer” (Alberti, 2004, p. 31). Impraticável de simbolizar, esse “buraco reenvia todo juvenil, ainda que sua cultura, a um quesito de irrepresentável, ao real em jogo no encontro com o sexo” (Alberti, 2004, p. 31).
Vede como Lacan subverte definitivamente para a psicanálise toda   versão da luxúria: ela não segue uma bipolaridade porque afirma a existência pela via do simbólico na referência ao significante fálico, existência de  sujeito, identifique-se este do jeito que desejar, ainda que  referência biológica,  do outro lado, a carência, o que o leva a conceituar, logicamente, que a “Senhora não existe” (Lacan, 1971/2009, p. 69).
A Lógica da Sexuação
Lesko (1996) critica as posições pré-concebidas sobre adolescentes desde uma interpretação arqueológica (no sentido foucaultiano do termo) da questão da feminilidade, que resiste a se inscrever sob receita de um descobrir, o que nos leva a perguntar com Prates (2001) “tal e como se deve distinguir, num outro projecto que não o das estruturas clínicas, a ‘tomada de resolução’ em comparação com sexo”? (Prates, 2001, p. 95). Para responder tal pergunta, a autora retoma a questão do uso por Lacan da lógica formal em seu ensino  o considera de relevância inestimável, “no sentido de contextualizar a discussão num projecto que não seja fenomenológico, ou da ordem da linguagem organico” (Prates, 2001, p. 95). Aliás, aponta que “varão”  “senhora” são palavras largamente utilizadas  impregnadas de significações culturais, o que torna ainda mas essencial constatar para o tratamento teórico oferecido por Lacan a esses termos, de forma a elevá-los ao regime de ideias psicanalíticos. Segundo Prates, a retomada feita por Lacan desses termos não é casual, porque “eles apontam uma coragem em não se roubar a uma problemática clínica, que acompanha a história da psicanálise, que seja, como o psicanalista deve descobrir, finalmente,  está em frente a um varão ou uma senhora?” (Prates, 2001, p. 96).
No ano de 1973, Lacan escreveu pela primeira vez as fórmulas da sexuação, formalizando logicamente seus 2 andares. Na secção de cima, com suas quatro fórmulas proposicionais - que não retomaremos cá -, postula “as únicas definições possíveis da secção dita varão ou muito senhora para o que almeja que se encontre na posição de habitar a linguagem” (Lacan, 1972-73/2008, p. 107). Já a secção de inferior, no que  “impropriamente a humanidade”, reparte-a em “identificações sexuais”. Lacan (1972-73/2008) é explícito quanto a expor que o sentido sexual “aponta a direção onde este fracassa” (p. 106): não se deve dizê-lo. Sobre sua fórmula, Lacan afirma: “ela não me parecido réplica senão, como de hábito, para fabricar problema-entendido” (p. 106). Lacan (1971-72/2012) já havia sublinhado que o detalhe precípuo, o quesito de urgência do ser falante é essa relação perturbada com o próprio corpo que se  gozo. Este,  efeito de linguagem, sofrem o golpe de uma castração.
Ao estabelecer a diferença entre varão  senhora como questão lógica, não há nenhuma brecha para a biologia. O termo sexuação, proposto por Lacan (1972-73/2008), identifica, em última estudo, o varão  a senhora por seu modo de gozo  deve-se manifestar que se trata de uma formalização do improvável, implicando o real (Miranda & Alberti, 2012). Lacan propõe um exposição que partiria do real, através da lógica, tendo em vista a uma premência de oração (1971-72/2012). O que faz com que alguém esteja de um ou outro lado na partilha dos sexos?
Quinet (2013) faz uma interpretação das fórmulas da sexuação, quando retoma as duas lógicas distintas: a Lógica fálica do Um, que constitui um cosmos a lascar da exceção, formando um conjunto fechado que articula o Um com o todo do batalhão fálico dos homens,  a Lógica da Heteridade, do Outro sexo, do não todo do lado feminino, Outro, porque heterogêneo em comparação com Um, donde Heteros.
Lacan aconselhava em 1972 que a partir de o promanação há uma diferença inata  organico que
corresponde ao que há de real no fato de que, na espécie que se autodenomina Homo sapiens, os sexos parecem dividir-se em 2 números por alto iguais de seres [...] muito mas cedo do que se espera. Conquanto é preciso reconhecer que somos nós que os distinguimos, não são eles que se distinguem. (Lacan, 1971-72/2012, pp. 15-16)
Ao enfatizar o caráter binário do sexo como uma urgência completamente lógica, Soler (2013, p. 121) propõe duas alternativas heterogêneas  todas e cada uma das duas podem ser ditas reais: entre másculo  fêmea, no ser animado  sexuado; entre varão  senhora, no falasser, procedente das determinações lógicas da linguagem.
A lascívia do sujeito se inscreve, a partir de continuamente, no Édipo - duplo, positivo   (Freud, 1923/2011a) -, porque este possui relação com o libido, “fenômeno mediano do temporada sexual da primeira puerícia” (Freud, 1924/2011b, p. 204), dependente da androginismo da gaiato. Lembremo-nos que já na missiva dirigida por Freud a Fliess em 1899 é provável ler: “Androginia! [...] Estou me acostumando a encarar todo ato sexual como um facto entre quatro pessoas” (p. 46). Em 1905, Freud já sabia que na natureza não se encontra a segregação masculino-feminino, a que, conquanto, a moral civilizada da era queria declarar com tanta veemência.
Lacan (1971-72/2012) leva a desnaturalização do sexo às últimas consequências, identifica na função  torrão da fala  da linguagem uma tendência, ainda, à obnubilação do real da castração. A linguagem, do modo como é enredo na pronunciação com o ser, possui uma função anedótica que faz suplência ao gozo sexual, não sem sustentar-se na função fálica, que, justamente, protesta a castração - como, aliás, Freud (1937/1996b, p. 287) já elaborara com sua teoria de “repudiação da feminilidade”, que substitui a de “protesto masculino”, proposta por Adler (cf. Rocha, 2002, p. 143). Praticamente, se “o multíplice de castração constantemente age no sentido de seu teor, inibindo  limitando a masculinidade  promovendo a feminilidade” (Freud, 1925/2011c, p. 296), o multíplice de castração, que implica a repudiação da feminilidade, é uma forma de tentar dela evadir, em contrabando. A linguagem continuamente funcionou, naquilo que tange à libertinagem, construindo mitos a darem conta do que é improvável manifestar , desse modo, se associaram o registro científico “ a linguagem simbólica do mito  das lendas” (Rocha, 2002, p. 131). Porém mitos  lendas se sustentam também no imaginário  daí no próprio pênis como consistência que chegou pequeno número de vezes a enganar o próprio Freud, pouco no início da psicanálise,  identificava nele a referência masculina. Aqui tendes o que Lacan denota como anedotas em seu Seminário ... ou pior (1971-72/2012)  vede o que procura derrubar, em imutável, , como observa Miller (2012), se utiliza do Um  real a rejeitar o 2 da pronunciação significante. Esse Um é um novo modo de ler a castração, real puro, a promover um novo intermediário: o que vai do real ao simbólico, veículo não anedótico, justamente. Daí, nesse instante, a função proposicional de Frege ser de tanta valia para Lacan: ela expressa as formas lógicas num simbolismo carente de  anfibologia. Se a função fálica está dentro da linguagem, a castração a ex--siste.  isso não é sem relação com o teor do inconsciente, porque é justamente o uso da lógica que deve prescindir do princípio da incongruência, que a partir de Freud não se encontra no inconsciente. A castração, hiância irreduzível, só deve ser abordagem a gretar da lógica, visto que o objeto da lógica se impõe por uma urgência de oração (Lacan, 1971-72/2012). Tal urgência, afinal, rejeita o Outro  eixo da dialética do sujeito  o remete à ficção, desvaloriza o libido, promete o gozo, rejeita o ser que não passa de semblante , em consequência derradeira, a henologia - teoria do Um - supera a estudo do ser - ontológico (Miller, 2012).
É a lógica da sexuação derrubando, em estrito, toda   referência organico, no que tange à sexuação do ser falante.
Gêneros
Ao final de Complicações de gênero, Butler (2003) tangencia a teoria de que o corpo não é um “ser”, no sentido de ter alguma coisa a expressar. Na realidade, é “uma fronteira variável, uma superfície cuja permeabilidade é politicamente regulada, uma prática significante contido em um plaino científico de jerarquia do gênero  heterossexualidade compulsória” (Butler, 2003, p. 198). É com isso que o juvenil precisa se ter: o gênero está na superfície, deve-se manifestar que se trata de um “corpogênero” (Knudsen, ‎2013). Que o corpo seja uma superfície, já se lê claramente também em Freud (1923/2011a). Porém, que essa superfície faça dele o Outro do gozo, é alguma coisa ainda a se explorar. Levantamos a hipótese de que, a partir de os primórdios da cultura, a mocidade é o palco quando isso se apresenta de modo mas pregnante.
Nossas pesquisas no começo tratavam de aprofundar a temática do despertar da libertinagem na juvenilidade. Vários adolescentes por nós atendidos no Sanatório Universitário.... diziam estar “experimentando”  não ter  se eram homens ou mulheres. Esses adolescentes poderiam rapidamente aceitar o diagnóstico dr. de “indisposição de gênero” (cf. DSM Canguçu, 2014), tão em voga nos últimos tempos, conotando o que, no campina social, é sabido como novas identidades de gênero. Para a psicanálise, apesar disso, tal “indisposição”, refere-se ao núcleo de toda neurose: que posição tomar na escolha forçada da sexuação? Visto que não é a anatomia que identifica os sujeitos como varão ou senhora, a inquietação no que se refere à próprio sexo é a regra para a humanidade. Aqui está o tema quando a psicanálise traz um subsídio relativamente original, por considerar que “não há identidade sexual; a libertinagem é a própria coisa que perturbará toda a identidade” (Zupančič, 2016).
Segundo Lacan (1971-72/2012, p. 33), “a lascívia está, não incerteza, no meio de tudo que se passa no inconsciente. Porém está no meio por ser uma falta”.  é com essa falta que o juvenil se vê obrigado a enfrentar, do jeito que puder, como o demonstram as situações clínicas , extraídas da fala de três adolescentes atendidos no ambulatório:
“Sou um varão num corpo de uma senhora, porém um varão que gosta de varão, um varão gay”, diz uma jovem, explicando claramente a diferença entre sua identidade de gênero, ou posição sexuada - sou um varão -,  sua orientação sexual, ou escolha de objeto - um varão que gosta de varão. Na sequência dos atendimentos, essa mesma juvenil afirma: “Sou uma senhora que é o viril  da vivenda”, identificando seu papel de gênero numa forma masculina, respondendo ao lugar quando se vê colocada pelos familiares, quer dizer, respondendo a uma demanda do Outro.
“Nós mulheres nos pegamos. Toda senhora é bi. Varão com varão é uma coisa nojenta, porém a gente não... Senhora anda de mãos dadas, troca de roupa junto, toma banho... aí a gente se pega, se toca, se experimenta. Você já experimentou uma? Se você nunca experimentou é porque ainda não apareceu a senhora certa para você”, diz uma jovem explicando sua luxúria feminina, concordando com Freud (1931/2010a),  este destaca que, na vida sexual das mulheres, a hermafroditismo vem para o primeiro projecto.
“Minha mãe acha que eu prosseguirei contornar uma bicha se colocar um alargador na ouvido, porém a exclusivamente coisa que eu posso pender é um homemsexual”, diz um juvenil ao apresentar o “alargador” como alguma coisa que poderia minimamente separá-lo dos ditos da mãe. Diante disso, é interessante observar a equivocidade da língua, ou o equívoco de lalangue que leva esse jovem a escutar o significante homossexual como homemsexual (cf. Alberti, 2017, pp. 83ss). Tal equivocidade é o que lhe dá condições para a separação.
Presentificação do ser-para-o-sexo, subversão freudiana da filosofia, a juvenilidade é um tempo lógico de trabalho, impulsionado pelo real do encontro com o Outro sexo, assaltado pelo Despertar da vernal (Wedekind, 1891/2008), que interrompe “o  de um Édipo letargo” (Alberti, 2009, p. 20),  a luxúria se mostra como um discrepância, marcando que não há relação sexual.
Para Judith Butler (2003), o gênero seria apenas um papel que se aprende de tanto repetí-lo,  o corpo materializaria o que da libertinagem é irrepresentável no gênero, porém se resignificaria na performance. Por sua vez, Lacan se questiona: “onde é que isso habita, o gozo? Do que este precisa? De um corpo. Para gozar, é preciso um corpo” (Lacan, 1971-72/2012, p. 28). Poderíamos declarar que é na juvenilidade o instante quando estaca mas evidente o fato de que o sujeito não somente possui um corpo, porém que este é um corpo  que de sua relação  sujeito, com esse corpo, surge o semblante. Seria este homeomorfo à noção de performance de Butler? Sem trespassar de seu contextura próprio - a clínica de qualquer sujeito -, a psicanálise não deve  de entregar sua tributo a uma discussão que coloca em seu meio a questão da luxúria, jurisdição por Freud, a partir de a instalação da psicanálise, à posição de culpa  fundamento de toda atividade humana.
Diante do oração dr., indagamos se a questão das “novas identidades de gênero” não está relacionada à conceituação da identificação no oração psicanalítico,  a questão sexo - no exposição dr. constantemente entendido a arrebentar do biológico - na teoria psicanalítica já não possui mas  de biológico.
Em psicanálise, a identificação é referida ao concepção de Eu, privilegiadamente uma instância identificatória,  poderia tapar a urgência do sujeito que, segundo a teoria psicanalítica, só emerge  tal lá onde fura as identificações. A lascívia, por sua vez, aproxima o sujeito do plaino pulsional, constantemente parcial. “É nessa situação que está a carência precípuo, a descobrir, aquela do que poderia simbolizar no sujeito o modo, em seu ser, do que nele é másculo ou fêmea” (Lacan, 1960/1998b, p. 863). Não há aproximação ao Outro do sexo oposto senão através das pulsões parciais, “onde o sujeito procura um objeto que lhe reponha a perda para toda a vida que lhe é própria, por este ser sexuado” (Lacan, 1960/1998b, p. 863), produzindo a dessimetria fundamental na relação entre o varão  a senhora.
A experiência analítica demonstra que as questões de gênero  identificação não equacionam o impasse diante do sexo  da lascívia. O que expressar  o que escutar na clínica com adolescentes atualmente? Sigamos não procurando sentido, validando os furos. Os adolescentes continuam nos ensinando.
“Você só deve ser Hétero ou Homo se Testar as Duas Coisas” (Mila)
Para elucidar de qualquer modo as questões clínicas que nos levaram à busca das quais resultado é também esse artigo, apresentaremos, logo depois, o que é provável expressar, até o instante, sobre o caso da jovem que chamamos de Mila. Por causa de, conforme as bases da teoria psicanalítica, a luxúria do sujeito se inscreve a partir de constantemente no Édipo, porque possui relação com o libido,  que possui, segundo Freud, uma “segunda eflorescência” depois o temporada de latência, com a chegada da puberdade, sexo, gênero, identificação  sexuação são princípios que a clínica com adolescentes nos deixa observar no instante mesmo quando são questionados, numa “travessia das aparências” (Alberti, 2009). Com a queda das identificações, o sujeito se confronta com os impasses da impedimento de uma relação de completude entre os sexos, com suas anedotas a que possui aproximação por ser de linguagem.
A primeira persona a encaminhar Mila (nome hipotético) para auxílio foi a avó materna, que pedia ajuda para sua neta, que há meses não conseguia transpor de moradia, porque,  saía, tinha “crises de fobia”. Apesar disso, não ia à local de ensino, adequava desejar permanecer sozinha com a mãe  que desejava arrefecer. Ainda assim, descreve a neta como uma moça que constantemente foi bastante inteligente, que se destaca em nível  em concursos escolares. Foi unicamente na segunda entrevista que a mãe de Mila acompanhou sua filha. Descreveu sua filha como “uma mãezona”, constantemente disposta a auxiliar  a ouvir a o mundo inteiro, porém que esquece de si mesma. Supimpa aluna, nunca foi uma jovem rebelde. Superior filha do parelha que a gerou,  nasceu a mãe já tinha três filhos homens  o pai já tinha um par de filhos. “Fui mãe velha”, ela diga. Nunca quisera ter uma filha por considerar que “mulheres continuamente sofrem bastante”, particularmente “por homens”, porém, paradoxalmente, achava que o impecilho da filha é “falta de varão”  que a filha ficaria melhor no caso de arrumar um namorado. Acrescenta ainda sobre o jeito da filha: “a partir de pequena ela asemelhava a um menino” (sic).
Mila, tentando descrever o que ela  de “crises de fobia”, diga que,  sai na rua, de repente todas e cada uma das pessoas parecem “mascarados”, tudo estaca “nevoento” - o que ela associaria com o susto que tinha,  gaiato, durante o Carnaval, devido das máscaras que as pessoas usavam. Seu coração dispara, as pernas tremem  ela sente que irá passar. Conta que já pensou em se eliminar numerosas vezes: “só não me matei ainda por pusilanimidade mesmo. Pensei: ‘ah não... arrefecer deve doer bastante’, aí eu desisti”. Tentando localizar o início de seus sintomas, conta que fez seu ensino fundamental todo numa mesma local de ensino, onde era querida pelos professores por ser “a mas inteligente”, porém era conhecida pelos amigos como a “Mila fragilzinha”, “tímida”,  tinha somente 2 amigos. Foi a apenas que passou para cursar o ensino médio numa local de ensino padrão, a que tinha uma particularidade: ao passo que os nomes dos aprovados eram divulgados, a diretora adicionava-os a uma página, desenvolvendo uma turma no Facebook. Dessarte, de antemão do encontro físico, todos e cada um dos alunos já se conheciam virtualmente. Foi que Mila, utilizando-se da proteção do computador, viu a “possibilidade maravilhosa para ser outra persona” (sic). Mostrava, em sua risco do tempo (fotografias, histórias  ensaios que contam a vida do sujeito no Facebook), ser uma moça extrovertida, enxurrada de amigos, simpática... Com isso, conseguia varias “curtidas”.  verdadeiramente chegou à local de ensino, sustentou aquela situação por qualquer tempo  vivia cercada de amigos, porém passou a se sentir só: “ aí a máscara caiu... Me vi sozinha  infeliz  voltei a ser eu mesma”.
Depois da primeira entrevista, Mila não retornou por 2 semanas.  regressou, diz que teve “crises de amedrontamento” ainda mas sérias, “crises horríveis”. Nesses momentos, precisava de um “rosto familiar”, que tinha que ser o da mãe. “Constantemente foi deste modo:  fico doente é dela que eu preciso. Preciso ver o rosto dela. Se início a prosperar, ela vem com as patadas dela”. O conflito entre mãe  filha, nada obstante, foi muito evidente a partir de o início. Sua mãe a apelidou de “Mila, coração de gelo”, justamente porque ela olhava para a mãe  aconselhava: “eu não sabor de você”.  Mila aborda o matéria em entrevista sozinha, diga não gostar da mãe por não responsabilizar nela  por não a ter como uma amiga: “ela é só uma companhia, constantemente gostei mas do meu pai”. Seria o troco da filha para a asserção da mãe que diga com todas e cada uma das caracteres que não a quis?
O pai vivia separado da mãe  acabou falecendo há três anos por desvantagens cardíacos pelos quais fora hospitalizado. A filha não quis ir ao enfermaria, nem ao enterro. Nas palavras da mãe: “Mila não derramou nem uma lágrima”. Se o pai sofria do coração, a filha tinha “um coração de gelo”.
animado, segundo Mila, a mãe constantemente atrapalhou tudo  não gostava do fato de Mila gostar do pai. Havia uma cena que continuamente se repetia  era gaiato: o pai ligava avisando que ia buscá-la  ela adequava desejar ir com o pai, porém,  o pai aparecia na porta de moradia, ela já não sabia mas se queria ir, também não sabia se queria permanecer... Saía correndo  se trancava no quarto. O pai voltava para vivenda sem ela. Com o tempo, passou a ir para a vivenda do pai quase todo final de semana, porém a mãe constantemente ligava para perguntar: “este está mostrando a mão em você?”. Ela conta que isso era bastante apavorante: “como minha própria mãe podia me fazer imaginar isso do meu pai?’.
Os atendimentos a Mila não eram contínuos, porque ela desaparecia. Após quase um mês sem atendê-la, unicamente trocando mensagens por celular, Mila aparece como um menino. Cortou o cabelo  está com vestes de menino. Ela diga: “cortei Joãozinho. Estava de saco referto daquele cabelão”. Conta que resolveu “testar uma moçoila”: “lembra que eu  falei que você só deve ser hétero ou homo se testar as duas coisas?”. Ela também fala sobre Ana, sua namorada: é uma moça “bastante sofrida”. A mãe de Ana,  descobriu que a filha era lésbica, colocou-a para fora de moradia.  pequena, morou com o pai  uma madrasta, que apagava seus cigarros no corpo da enteada: “ela é bastante traumatizada”. “Que escolha!”, observa a exegeta. Ela, dando-se conta, afirma: “é... Deve ser porque somos bastante parecidas. Me apaixonei por ela devido dos textos que ela me manda. Eu adoro redigir para as pessoas, porém absolutamente ninguém nunca me escreveu . Minha mãe nunca me deixou um bilhetinho de paixão. A Ana me envia textos lindos, você tinha que ler... Me sinto querida pelo que ela escreve”.
Após um tempo sem surgir mais uma vez, envia uma mensagem num domingo de madrugada pedindo para ser atendida urgentemente. Conta que tentou se assassinar por não sustentar mas o “desprezo” da mãe: “eu queria fazer falta. Visto que nunca fiz... Penso nessa situação a partir de que soube que ela queria me abortar porque eu era rapariga. Ela nunca quis ter uma filha senhora”. Na mesma sessão, conta ter determinado mudar de local de ensino. A diretora, contrária a essa resolução, já dissera à Mila que fora dessa local de ensino-padrão, ela sofreria bastante preconceito por ser do jeito que é, porque, nessa local de ensino, oitenta por cento dos alunos são gays, lésbicas ou bissexuais  toda gente se permitem.
Nada obstante, Mila estava irreduzível  optou por trocar de local de ensino. Em suas palavras, afirmava desejar ceder tudo aquilo que em  combinava com o que ela sentia agora: “preciso erigir minhas respostas”, ela diz de antemão de regressar a sumir mais uma vez.  girata, já está morando com a avó materna. Com o cabelo cromatizado de loiro, shortinho limitado  uma blusa decotada, agora possui um namorado, um menino “frágil”, que faz tudo que ela almeja. Mila subjuga o namorado: “este é meio histrião, meio assustado”. Este adoraria de estudar artes, porém ela acha que isso não dá porvir  o impede.
De novo, a moçoila desapareces por semanas ,  viravolta a surgir, está com o cabelo colorido de azul. Confrontada à pergunta sobre se essa novidade forma de se apresentar trazia alguma referência ao filme Azul é a cor mas quente?, ela responde com outra pergunta: “aquele que têm duas lésbicas se pegando? Evidente que não! Que nojo!”. Conta que, embora não tenha presenciado ao filme, leu pequeno número de reportagens, nas quais as atrizes se diziam violentadas, porque o diretor solicitou com finalidade de elas gravassem varias vezes. “Como eu poderia testemunhar a isso?”, Mila pergunta. Conta que só retornou aos atendimentos por uma questão: continua com o namorado, porém as pessoas acham que ela é lésbica: “o que, mesmo tendo um varão ao meu lado, as pessoas continuam achando que sou lésbica? Eu não paladar de senhora. Eu me assumi, porém já me desassumi!”.
Após uma longa carência, envia uma mensagem por celular: “cá é sua paciente mas cabuladora de consultas. Escrevo para agradecer  para  falar que passei no Vestibular!”. Segundo Mila, foi a gretar das consultas  por tê-la aceitado como ela era que se “inspirou” a desejar ir para a universidade. Aliás, diz que a comentador “foi uma fracção bastante essencial em seu ruptura-carola”,  que, caso não tivesse havido esse encontro, pensa que teria continuado perda  confusa: “eu continuaria a ser uma moçoila dependente  sem voz”.
DISCUSSÃO DO CASO
O caso relança as questões trabalhadas no post  testemunha sobre: (1) o fato de que não há uma letreiro a priori na sexuação, o sujeito precisa tomar posição; (2) as opções que estão dadas na cultura atual não são sem consequências para a forma pela que um sujeito jovem se questiona atualmente; (3) a posição subjetiva na partilha dos sexos não é sem relação com as profundas questões que o sujeito se coloca sobre seu lugar para o Outro; (4) porém há alguma coisa que este precisa selecionar na vertente da separação do Outro  que o implica como ser sexuado;  (5) a relevância de um encontro com um exegeta,  este não se coloca na posição do qual possui um descobrir, porém, em função de sua função  dieta, deixa que um sujeito construa seu resposta, seja ela que for.
O que tantos reposicionamentos? Em frente à cultura atual, segundo Mila, “Você só deve ser hétero ou homo se testar as duas coisas”. Se bem que não o experimente do modo como Mila o fez, a questão se coloca para qualquer jovem de forma consciente, o que não almeja expressar que todos e cada um dos adolescentes de atualmente tenham a liberdade de procurar respondê-la do jeito como fez Mila. Das novelas televisivas às relações com outros adolescentes, o planeta atual já não acoberta relações homossexuais para um jovem diante dele. Se ainda há os que se escandalizam, e inclusive adultos que vociferam  cenas quando a homossexualidade é transmitida para a sala de visitas através da televisão  jovens que atacam homossexuais, também de modo físico , não vasqueiro, mortalmente, nas ruas, é preciso expor que, nem mesmo esses sujeitos têm como evadir à questão.
Veja-se a cena do pai de Ricky Fitts, em American Beauty, de Alan Ball  Sam Mendes, no filme de 1999. O coronel Fitts, reformado da marinha, atribui ao fruto uma homossexualidade que, em realidade, é dele mesmo  com a que teria que se ter (cf. Alberti, 2004).
Se ainda, frequentemente, a anatomia decide o registro social, ela não comanda o libido, nem a pulsão. O registro social é traço unário que marca o sujeito, sim, porém, no instante quando o identificamos com o libido, no instante quando o escrevemos “S”, Esse [Es, em alemão], Esse excluído [$], esse sujeito é também da pulsão  nela, já afirmava Freud, o objeto é o que há de mas variável (Freud, 1915/2006).
É interessante observar que justamente traços unários dessa ordem, insígnias do que estava oferecido, máscaras que se impunham, era o que tanto perturbava Mila: as máscaras que transformavam os foliões do Carnaval em assassinos, a paradoxal máscara da mãe  a máscara que a mãe imaginava do pai, a própria máscara que assumiu  Mila se via tímida  sem amigos. Todavia, Mila começou a se conceder conta de que eram unicamente máscaras, ela também poderia utilizar máscaras, ser a mas cotada  curtida do meio de as colegas da novidade local de ensino... é provável distrair com as máscaras...  é provável  tombar uma máscara.
isso se tornou mas naturalmente para Mila, desde sua estudo, o trabalho que se impôs para ela adequava saudação a rever sua posição como ser - “já não ser uma moça dependente  sem voz” - diante do que nem constantemente é provável expressar. Há alguma coisa do ser que escapa ao manifestar, ao descobrir, ao ver  ao audível.
Esse ser, que na bocado de Wedekind (1891/2008) se vê manteúdo pela inusitada presença do Varão embuçado, unicamente uma máscara que o remete ao que já não é seu pai,  sim ao que há nele próprio a resolver: precisa erigir suas próprias respostas que, por implicarem o insabido, possívelmente não serão absolutamente definitivas.  a pulsão imprime seu caráter à lascívia, paixão, libido  gozo são funções que vacilam.
CONCLUSÃO
No nosocômio, vamos poder observar o tensionamento presente em duas abordagens diferenciadas das questões da luxúria. Se, de um lado, temos o protótipo biomédico, que se caracteriza por uma definição binária  rígida da diferença entre os sexos, classificando as sexualidades que não se enquadram no protótipo dicotômico como achaque de gênero; de outro, temos o atravessamento das teorias de gênero. Estas, por terem uma natureza questionadora, proporcionam uma inequívoca dificuldade no que seria a bipartição sexual, tornando mas complexas  escorregadias as categorizações  rótulos. Na aspecto do enfermaria quando trabalhamos, nos é graciosa a possibilidade de uma dialetização dessa mesma dicotomia, consentindo a ingressão do oração da psicanálise a ressignificar a própria clínica. Simultaneamente, essa possibilidade exige uma releitura da própria psicanálise, o que tentamos introduzir cá.
O jovem é o ser-para-o-sexo por primazia, porque, longe disso do ser-para-a-morte com o que se ocupa a filosofia (cf. Lacan, 1967/2003), o sujeito jovem em estudo vive as escansões tão muito presentificadas pelo caso Mila, quando as idas  vindas são cortes com preparação não somente do paixão, porém também do libido  do gozo, na pergunta sobre as formas de treinar sua libertinagem. Paixão, no registro do imaginário, libido, no registro simbólico,  gozo, no registro do real. O instante disruptivo de angústia, indigitado pela própria Mila, foi  sua “máscara caiu”. Porém porque havia a possibilidade de falar disso em estudo, inúmeras questões, da mãe que não a quis, ao pai com quem se identificava, puderam surgir.  dado que, a arrebentar do exposição psicanalítico, não há sujeito sem sexo, tal-qualmente como não há sujeito sem política em  que seja o oração, não há o que a psicanálise com adolescentes  de se aprofundar nessa situação.
Talvez acabemos mesmo nos deparando com o fato de uma feminização, como aponta Carneiro Riacho (2011)  diga que apostar no oração analítico, na força da imposto que este traz para o novo século, é apostar na posição feminina, no não-todo, na incompletude, no furo do descobrir.
Separado irremediavelmente do Outro, desamparado, só resta ao sujeito do inconsciente buscar restabelecer na fantasia aquele pequeno resto - um olhar cego, uma voz inaudível - que seria o complemento de seu ser. Caso se disponha a remunerar o preço de ir ao encontro de sua verdade, poderá, talvez, descobrir um novo descobrir  um espaço para a geração. Apostar na psicanálise também é apostar na termo, na escrita, na fala de paixão. Sem questionamento, uma aposta feminina. (p. 188)
Em psicanálise, trata-se de passar de uma lógica da identidade a uma lógica da posição de gozo,  isto independe da anatomia, inscreve-se no plaino da escolha, logo da responsabilidade. Do que Mila não se furtou.
São casos como o dela  aos quais temos entrada em ambulatórios públicos como o do nosocômio quando trabalhamos que exigem um afinamento da teoria psicanalítica a que não vamos poder nos roubar. Porém tal afinamento só ocorre se retomamos os textos que nos orientam, que introduzem os fundamentos da psicanálise conceitualmente  eticamente, com intenção de constantemente levemos em conta que a política da própria psicanálise é aquela que aposta na subversão do sujeito. No contexto quando atuamos, é a subversão do sujeito jovem que nos ensina a continuar na teoria.
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demoura · 5 years ago
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“A MORTE DE DANTON “ A AUDÁCIA DE NUNO CARDOSO VENCEU O DESAFIO DE ENCENAR BUCHNER :
Assistimos no domingo à “A morte de Danton”, encenada por Nuno Cardoso, chegada ao fim da digressão iniciada na estreia do Teatro S. João no Porto. Connosco assistiram 100 pessoas que iam ao teatro pela primeira vez .....
“É a mais formidável primeira peça jamais escrita, a mais portentosa estreia de um autor na escrita dramática. O jovem que a compôs projectou-se ao estatuto de precursor absoluto da modernidade teatral”, escreveu nas folhas de sala Francisco Luís Parreira, dramaturgo e tradutor do texto a falar de Buchner e da modernidade cinematográfica da sua criação, “a estrutura aberta e episódica, as abruptas mudanças de cena, as ousadas escolhas temáticas, a obscenidade, a emancipação cénica da canalha, que pode por fim tramitar no palco uma consciência de classe e comandar uma representação da História”. Uma menção aqui para o exemplar programa com textos de grande interesse
A devoção antiga de Nuno Cardoso a Büchner em boa hora o levaram a encenar esta obra prima do “teatro documental “ cujas versões anteriores em Portugal não tinham sido muito conseguidas ....”A Morte de Danton “ é uma obra de extrema exigência para os artistas e também para o público e a densidade do texto de Buchner dificulta a eficácia da dramaturgia na necessária empatia que um texto desta densidade exige do público. Imaginem que na sala estavam 100 pessoas que iam ao teatro pela primeira vez ....
O cenário de F. Ribeiro simula uma parede de pedra com três enormes , ventoinhas encimada por uma varanda/tribuna ( como a banheira Tapies e a cama de UCI é hoje peça favorita das encenações actuais ; também estava no Ricardo III de Ostermeier ....). Marca simbólica uma enorme fractura rasga a parede de alto a baixo . Neste cenário pululam com empenho os 13 actores que se desdobram nas 40 personagens da peça .um elenco de qualidade.
Albano Jerónimo actor NETFLIX na crista da onda é uma escolha feliz para representar o protagonista Georges Jacques Danton (1759-94), a quem Carlyle chamou de "o titã da Revolução". Mas como glorificar um homem que foi devorado pela violência que ajudou a instigar? Ao longo da peça, Danton orgulha -se de ser o líder que inflamou os massacres de setembro de 1792, quando a multidão assassinou 1.200 prisioneiros em Paris como "traidores" do novo regime. O que poderá parecer overacting é aqui, fidelidade histórica. “O verdadeiro Georges Danton viveu os seus últimos dias mergulhado na devassidão , entre álcool, mulheres e diletantismo, pelo que a constante alienação que permeia toda a sua interpretação demonstra rigor e não excesso”. Embora competente falta veneno ao Robespierre de Nuno Nunes .Rodrigo Santos cumpre como Saint-Just e agarra com violência o monólogo escrito por Buchner o mais cruel da peça .
Dos companheiros de morte de Danton, destaque também para se João Melo (Camille Desmoulins). Na cena do cárcere, incapaz de aceitar a ausência da sua Lucille, dança e canta “Por Una Cabeza” o famoso tango de Carlos Gardel num registo de grande impacto .
Uma actuação fascinante, foi a de Maria Leite. Desde a poética leveza com que desliza no austero cenário enquanto Marion, a demonstração de perícia como Baladeiro no sapateado e o canto da cena do passeio público versão vaudeville/revista à portuguesa) é impossível ignorar a sua presença ..TEATRO DE QUALIDADE
Com vinte-e-um anos ,génio precoce , o estudante de medicina , Georg Büchner (1813-1837) escreveu este ícone do „teatro documental „ recriando os doze dias do apogeu do Terror da Revolução Francesa (entre 24 de Março e 5 de Abril de 1794 , citando e adaptando discursos históricos de Robespierre, Danton ou Saint –Just .Morre com 23 anos, vítima de um surto de tifo, com apenas três obras teatrais escritas e apenas A Morte de Danton publicada em vida em 1835
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blogflores0 · 5 years ago
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O Jasmim e a perfumaria
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A família do jasmim tem pelo menos 300 espécies. Entre eles está o jasmim oficinal, o mais perfumado. No entanto, é o grandiflorum, o preferido dos perfumistas. Este último requer exposição ao sul e teme invernos frios e húmidos. Na verdade, é uma trepadeira que pode atingir mais de 10m de altura. A folhagem é decíduo, muito fina, o que lhe confere elegância. Conhecida como "A Flor", a sua flor branca e estrelada é muito frágil, uma das razões pelas quais é colhida de madrugada antes de o sol aparecer e é tratada muito rapidamente. A particularidade do jasmim Grasse cidade do sul da França e capital da perfumaria. É um jasmim enxertado, e por isso que é menor em tamanho do que outros jasmins exóticos. Para Jacques Polge, perfumista da Chanel, suas qualidades sempre o surpreendem. "Tem um volume, uma profundidade, uma riqueza inigualável. Ele é para mim o jasmim de referência do qual todos os outros são medidos ". Até aos anos 30, o jasmim era a principal produção de Grasse, por isso, participou no crescimento da indústria de Grasse desde o século XVIII. Desde a década de 1970, a família Mul, uma das últimas famílias a possuir campos de jasmim em Grasse, cuja produção é inteiramente da Chanel. Hoje outras famílias estão replantando plantas de perfume como o jasmim. Este é o caso do Domaine de Manon, onde Carole Biancalana, terceira geração de agricultores, continua com 3,5 hectares de plantas aromáticas sem fertilizantes químicos. Desde 2008, é a casa Dior que compra a totalidade de suas colheitas para fabricar a essência do perfume J'adore L'Or. "Os extratos aromáticos são muito próximos do cheiro da flor ainda no caule. É assim menos animal que o grandiflorum da Argélia. Além disso, sublima os outros produtos naturais, o que dá um rastro olfactivo animado a J'adore L'Or ", diz o criador perfumista de Dior, François Demachy. Depois, a cultura foi gradualmente para o Egipto, depois para o Marrocos, para se tornar os dois grandes produtores antes que a Índia o fizesse. Este último país produtor produz um jasmim Sambac cujo cheiro é mais carnudo e animal. De acordo com sua origem, o jasmim não tem o mesmo cheiro jasmim Egito: profundo / sensual / ensolarado, frutado jasmim Índia: frutado, com mel (um pouco de produção) jasmim Sambac da Índia: flor de laranjeira, verde jasmim Grasse: equilibrado, verde, um pouco animal  
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Como lembra Edmond Roudnitska, um grande perfumista, desde que temos a ideia de extrair o aroma dessas pequenas flores brancas, o jasmim tem sido a principal arma dos grandes perfumes. Mas, você deve saber que esta pequena flor delicada contém cerca de 259 constituintes. Assim, o Dr. Edouard Demole identificou a hediona cujo nome é Metil dihidrojasmonato, utilizada pela primeira vez em 1966, por Edmond Roudnitska (3%) em Eau Sauvage de Christian Dior (https://www.perfumaria-online.com/christian-dior-perfume-eau-sauvage.html). Em uma fórmula, a hediona traz fluidez, leveza e ao mesmo tempo um carácter tenaz! Podemos até dizer que ela age como um intensificador de aroma. E é assim que ela sublima o lado fresco. A partir daí, há apenas um passo com a evolução da família das águas frescas, incluindo Eau Sauvage, Eau de Rochas , Eau de Guerlain etc.. A família da hediona continua a crescer com a hediona HC, mais pura e a molécula Paradisone, uma versão intensificada da molécula Hediona. Lembrança de Bernard Ellena, um famoso perfumista de Grasse Bernard nos conta como em "Ange ou Demon Le Secret"( https://www.perfumaria-online.com/givenchy-perfume-ange-ou-demon-le-secret.html) de Givenchy, ele usou o jasmim Sambac. "Aqui eu preferi usar a variedade sambac da China. É uma flor perto do Jasmim Grasse, mas um pouco diferente do ponto de vista olfativo. “Sempre “jasminado”, oferece um efeito especial”. Mais comummente, essa flor é usada na composição do chá de jasmim. O Jasmim e os perfumistas "Qual teria sido o Chypre de Coty, o número 5 da Chanel, O Joy de Patou e tantos sem o jasmim?”, gostava de dizer Edmond Roudnitska. Para ele, o valor olfactivo do jasmim era que ele é ao mesmo tempo floral, fresco, expansivo e razoavel mente tenaz. Em uma composição, ele trouxe todas essas qualidades, mas também era maleável, flexível com uma base sólida que o tornava universal. Por sua parte, Céline Ellena, agora perfumista da Hermès, conta o que Jasmim evoca para ela e em que estado de espírito, ela imaginou "Jasmin de Nuit" de Different Company "É o perfume dos jardins de minha infância, o jasmim do meu pai "nos diz Céline Ellena:" Eu me lembro do final do dia de verão, quando a noite era relaxante, calmante e que a terra adormecida respirava suavemente perfumes de flores, madeira e plantas, sensuais e íntimas. O vento da noite nos trouxe grandes baforadas quentes de jasmim frutado e almiscarado, cujas trepadeiras invadiram as paredes de pedra seca que sustentavam as "tábuas", aquelas tiras de terra em espaldeira, que se encontra em Grasse. Esta é provavelmente a razão pela qual associei esta flor a um aspecto guloso e ao cheiro carnal da terra." Read the full article
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