#Fica com a gente audiência
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lcentretenimento · 5 months ago
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Fica com a Gente: Edu Guedes levanta audiência nas manhãs da RedeTV
A RedeTV está comemorando os resultados da primeira semana do “Fica com a Gente”, novo programa de Edu Guedes. Os números iniciais da atração culinária mostram uma melhora em relação ao programa anterior que ocupava o horário. Continue reading Fica com a Gente: Edu Guedes levanta audiência nas manhãs da RedeTV
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klimtjardin · 5 months ago
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Idolos, relações parassociais e como não cair nessa (ou: porque não ser fã de nada nem ninguém)
Ta, vamos lá galera, pode acontecer de sair em partes conforme vou me lembrando do que penso, depois quem sabe eu organizo tudo bonitinho num post mais formal.
Pra quem não sabe eu sempre fui fã de alguma coisa desde os 13 anos de idade, então tenho uma longa carreira nas costas. Vou contar o que eu percebi observando esses vários nichos nos quais me meti e algum conhecimento que tenho sobre marketing, isso é muito importante.
Bem, vamos começar pelo básico: toda personalidade pública é um personagem. Tudo que envolve um idol, desde o rosto até o sapato que ele usa no pé, é FEITO. É feito para comunicar uma mensagem para você, o público deles, a audiência.
Então quer dizer que tudo que eles dizem é fake? SIM!!! Amores, tudo o que eles dizem é fake. As mensagens carinhosas os carinhos com outros membros, é tudo um teatro. Mesmo que no fundo eles sintam aquilo (podem sentir, claro) no final das contas eles só tornam isso PÚBLICO, porque vai atrair olhares. Os conteúdos, a maioria, são EDITADOS e possuem ROTEIRO, eu já vi vídeo em que o idol tá recitando uma mensagem carinhosa aos fãs e membros e claramente ele está LENDO aquilo. Os próprios membros do NCT já zoaram o fato de eles saírem do roteiro previsto e terem que voltar a ler novamente.
Gente, até às roupas que eles usam, não são deles! Têm stylists ali trabalhando pra curar aquela imagem pra que ela seja o mais próxima da perfeição possível.
É por isso que quando alguém no kpop se mete em alguma polêmica-não-tão-polêmica, eu nunca tomo lados, porque geralmente é uma estratégia de marketing.
A mais usada pelas empresas é a de colocar os fãs contra a empresa ou a de idol x idol. Sabe porquê? Porque eles usam esse instinto protetor das fãs, que vão defender um lado, pra te tirar dinheiro! Pra você se sentir cada vez mais apegada àquele desconhecido e sentir que vocês têm intimidade.
IMPORTANTE: essa pessoa que você gosta, você não gosta dela! Você gosta da VERSÃO DELA que VOCÊ CRIOU na sua cabeça. Um dos grandes motivos pelos quais parei de escrever fanfic, é porque as histórias dão uma ideia/fazem a gente acreditar que um idol é de determinado jeito, sendo que não tem como saber. Se não tem nem como a gente saber quem são as pessoas que a gente convive de verdade, imaginem quem a gente não convive?
É lógico que você pode e deve ter interesses na sua vida, mas com cuidado, quando esse interesse começa a te fazer sair da realidade. Sabe quando 50% do seu tempo ou mais você se pega pensando naquilo? Cuidado! Cuidado se você fica pensando "ai, mas eu nunca vou namorar fulano, eu não sou bonita suficiente pro ciclano" olha bem o poder que você dá a um desconhecido...
Até aí já tá perigoso, mas fica pior quando começa a mexer onde dói: o bolso.
Lembrem-se que uma empresa quer te vender algo. Uma ideia, um produto, ela está ali pra solucionar uma dor que você sente ou acredita sentir.
Aí vem minha opinião mais polêmica: não compre nada que seja do seu fav. Não gaste seu dinheiro com pôster, álbum, photocard, não dê o gostinho à empresa, até porque esse dinheiro dificilmente vai chegar ao idol. Não compre nada oficial, opte por fanmade o máximo possível, claro, no caso de shows vale a pena porque você tá pagando por uma experiência, é diferente. Mas se você quer ver a cara do seu idol, abre a internet e digita o nome dele lá. Evite se cercar de coisas que te lembrem aquela pessoa, porque parece que você tem que estar sempre rodeado deles, e quanto mais isso acontece, mais você cai nessa ARMADILHA de que a pessoa é indispensável na sua vida.
Não sejam fãs, aprendam a apreciar a música e sei lá os conteúdos/vídeos, sem se apegar aquilo porque quando coisas desse cunho acontecem, a gente fica muito mal! Aquela pessoa é só mais uma pessoa no final das contas. Relações fantasiosas NUNCA vão te fazer bem. Nem com idol, nem com gente que você convive.
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idollete · 10 months ago
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muito se fala sobre a leitora atuando em uma cena de sexo ou sedução e POUCO SE FALA sobre ter uma cena de sexo com eles… 🎤🎤speak your truth queen
ADORO ESTE TÓPICO OBGDA POR TER PERGUNTADO 💭🌷💞🫂
enzo: aos olhos alheios, ele parece estar sendo super profissional, mas ele vai te provocar durante a cena, vai te olhar de um jeito que você sabe que não é encenação, mesmo com as proteções, ele vai te fazer sentir outras partes do corpo dele e quando você demonstra estar ficando afetada demais, ele te dá aquela encarada cínica, como quem diz "é sério que só com isso você tá ficando excitada?" sendo que você tá LITERALMENTE ouvindo ele gemer todo melodioso
pipe: passa duas semanas sem olhar direito na sua cara de tanta vergonha, porque só consegue pensar nos seus peitos na cara dele quando vocês gravaram
simón: ele é metade profissional, metade atribulado. você é quem fica mexida nesse cenário, porque o jeito que ele finge meter em ti vai te hipnotizar, te fazendo pensar se ele faria desse mesmo jeitinho contigo e ele sabe o que tá fazendo, vai te provocar, mas mantém a linha. o negócio é que no final de tudo, ele vai dizer "bem que a gente poderia regravar essa cena, né? mas pra valer dessa vez, e sem audiência", piscar e sair andando
matías: ele é RIDÍCULO! tenta disfarçar o quão nervoso/ansioso/excitado tá sendo um completo insuportável, vai dar uma de diva, porque interrompe a cena e diz que ele não tá se sentindo muito seduzido por ti, que acha que precisava de mais, que falta algo, mas o que ele quer mesmo é correr pro camarim e bater uma. no final do dia, ele vai passar por você de cabeça baixa, porque sabe que se te olhar, ele vai ficar duro de novo
esteban: (imaginem exatamente AQUELA cena do curta) ele tentou te deixar confortável ao máximo antes de começarem a gravar, mas o problema acaba sendo ele. esteban sabe exatamente o que precisa fazer, mas quando aperta seu seio é impossível impedir que o pensamento vá pra outros lugares, quando suas pernas foram pros ombros dele, ele se deixou levar, imaginando que vocês estavam daquele mesmo jeito, só que sem nenhuma roupa para atrapalhar e na cama dele. todo mundo pensa que aquela foi a performance da vida dele, porque esteban nunca aparentou estar tão entregue em uma cena, mas tudo que ele faz é agradecer sem graça e vai embora sem nem olhar na sua cara
agustín pardella: ele vai agir com tanta naturalidade que vai te desconcertar, te aperta com força mesmo (e nem é por provocação, ele só não sabe ser diferente disso) e os gemidos vão acabar te deixando molhada, por mais que sejam encanados, tem algo no semblante que parece muito, muito real. e ele sente o mesmo por ti, tanto quando se encaram fica muito óbvio o que tá acontecendo ali. no final, ele só te agradece pela ótima cena e vai embora com um sorrisinho de canto no rosto
rafa e santi: acho que é genuinamente provável que eles cheguem muito perto de gozar enquanto gravam, tanto que precisam parar a cena e pedir alguns minutinhos. o rafa, em específico, não consegue mais te olhar nos olhos depois
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estrelasemmanchete · 1 year ago
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Excluída do Churrasco?!🤯
Na última segunda-feira (7), muita gente se emocionou ao ver Xuxa, Angélica e Eliana subirem juntas pela primeira vez ao palco do Criança Esperança, já que as três fazem parte da infância de muitos.
O trio entregou muita música e carisma. E "calou" a boca de todos aqueles que afirmavam há anos que as apresentadoras possuíam algum tipo de briga ou rixa.
No entanto, muita gente se questionou de qual seria o motivo de Mara Maravilha não subir ao palco, pois a cantora também ficou famosa como apresentadora infantil na mesma época que as outras três apresentadoras.
Em 2020, muito já se comentava de como estava a relação das quatro mulheres. Pois Angélica expos ao publico que possuía um no aplicativo de mensagens WhatsApp, com Xuxa e Eliana, e em momento algum citou o nome de Mara.
No entanto, com a grande repercussão na internet, Eliana veio a publico e disse que na verdade não era um grupo de apresentadoras infantis, e sim, um grupo de trabalho, já que em 2019 realizaram uma publicidade e o grupo se manteve mesmo após o trabalho. Mara também veio a publico e disse que gostaria de estar no grupo, mas que mesmo assim, a relação entre as quatro estava normal.
Acreditava-se que não existia mais brigas ou pequenas intrigas, e que Mara apenas não era tão próxima das outras apresentadoras. No entanto, em 2021, Mara foi ao programa do Ratinho e cantou uma parodia de "Ilarie", ironizando Xuxa e sua musica. E alguns meses antes, em uma entrevista declarou que tinha ranço de Xuxa, pois sempre que participou de programas da apresentadora, a audiência subia níveis altíssimas, porém quando pediu para que Xuxa participasse de uma live sua, o convite não foi aceito.
Desde então, Mara aparece falando que não tem nada contra as apresentadoras, porém segue com indiretas nas redes sociais, que os fãs acreditam que seja para o trio. Internautas acreditam que inclusive, Mara tenha debochado da apresentação em suas redes sociais.
"Rindo à toa e ainda me perguntam por que minha ausência é tão lembrada? Respostas não faltam (risos). Tudo coopera para o bem daqueles que estão de boa!", escreveu a mesma em uma legenda de um vídeo em que aparece feliz.
Agora, a duvida que fica é: Será que o SBT não quis Mara Maravilha ao lado das outras três grandes apresentadoras, ou foi um pedido em especial delas?? Não se sabe ao certo, o que realmente se sabe é que parece que alguém ficou de fora do churrasquinho do SBT e não gostou👀👀🤪
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headlinerportugal · 5 months ago
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Wednesday, Sleater-Kinney, Los Bitchos e Sprints: o girl power rockeiro está superlativamente bem entregue - Dia 2 do Vodafone Paredes de Coura 2024 | Reportagem Completa
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Karla Chubb dos Sprints | mais fotos clicar aqui Rumei pela segunda vez, a partir de Guimarães até Paredes de Coura, depois de cumpridas duas situações: descanso regenerador e tarefas inerentes às reportagens realizadas. Esta segunda, uma exigência que tomo de bom grado pese as dificuldades em torno de toda a operação. Realmente com a experiência acumulada dos últimos anos, a tarefa fica mais facilitada de executar é certo. Exigência essa que é mantida nas escolhas dos concertos a assistir para posteriormente conseguir dar uma “pincelada” escrita. Como óbvio sempre com um cunho pessoal nas seleções.
Os Moonshiners, cujo trio base é formado por Vítor Hugo (voz principal e guitarra), Gamblin' Sam (voz e harmónica) e Susie Filipe (voz e bateria), apresentaram-se com reforços em palco. Neste formato quinteto contaram com a ajuda de baixista e teclista neste concerto de abertura cujo arranque aconteceu pelas 17:30h.
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Moonshiners em palco | mais fotos clicar aqui Susie Filipe, a baterista, com aquele toque feminino perfumado bem próprio. Gamblin' Sam (voz e harmónica) atuou em tronco nu e esteve sempre bastante agitado. Vítor Hugo (voz principal e guitarra) mostrou o seu timbre vocal bem apropriado aos blues/rock & roll, que são a "assinatura sonora" bem própria e refrescante deste projeto natural de Aveiro.
Do mais recente álbum, 'Monkey's Poetry', produzido por The Legendary Tigerman, tocaram "Rock & Roll Queen" e "High on Life".
"H.O.R.N.Y." e "Tipsy" temas menos recentes escolhidas para a setlist. Uma atuação bastante competente e entretida, foi só pena não ter tido uma maior audiência pois bem mereciam. Na abertura desta segunda jornada esteve bem menos gente do que no dia anterior… Foi pena, acho que o pessoal aqui passou ao lado de um concerto bem cativante e realizado por uma banda lusa.
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Susie Filipe dos Moonshiners em palco | mais fotos clicar aqui Os Quadra, uma formação originária de Braga, formada por Sérgio Alves (baixo), Gonçalo Carneiro (guitarra), Hugo Couto (bateria), Sílvio Ren (guitarra) e Lucas Palmeira (sintetizadores) neste concerto do Vodafone Paredes de Coura tiveram a participação vocal de Miguel do Mundo. Todos vestidos em tons de negro/azul-escuro.
A instalação sonora estava ao máximo e não estava a ser tão agradável curtir o som no seu esplendor, especialmente estando no setor frontal do palco.
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Quadra em palco | mais fotos clicar aqui Trouxeram as suas sonoridades vibrantes e interpretaram temas como “Stratos” (logo na abertura), “Tigre de Papel” ou “Solar Explosion”, só para citar alguns de entre 9 temas tocados. Incluíram na setlist e tocaram "Paixão", uma canção cujo original pertence aos Heróis do Mar.
Em dia de bastante calor, sol ainda alto e a brilhar calorosamente, o público presente optou por resguardar-se à sombra. Não esteve assim tanta gente, bem menos do que à mesma hora na jornada inaugural. O final da atuação registou-se pelas 18:40h, mais minuto menos minuto.
"É um sonho chegar aqui" disse Hugo Couto relembrando que tocaram no 'Jazz na Relva' na edição de 2018. Para encerramento de festa tocaram "Tropicália". Foi a última ao fim de sensivelmente 30 minutos de atuação.
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Hugo Couto dos Quadra | mais fotos clicar aqui Os Deeper são uma banda norte-americana da cidade de Chicago e os seus quatro elementos são Nic Gohl (guitarra, voz), Drew McBride (baixo/ sintetizador), Kevin Fairbairn (baixo) e Shiraz Bhatti (bateria).
"Build A Bridge", "Lake Song" e “Glare” foram alguns dos temas que escolheram nesta aparição no Alto Minho. Além destes, deixaram para a reta final a interpretação de "Bite" e "The Knife”, foram as duas últimas.
Produzem um som indie rock/post punk e tiveram uma estreia segura e afirmativa no Vodafone Paredes de Coura numa atuação ocorrida no Palco Yorn, o cenário secundário, perante um público maioritariamente melómano do que apenas pessoas de passagem ou simplesmente curiosas.
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Deeper em palco | mais fotos clicar aqui Karly Hartzman, a mentora do projeto, é também a vocalista e guitarrista dos Wednesday. Os outros elementos são Jake Lenderman, voz de apoio e guitarrista, na guitarra lap steel esteve Xandy Chelmis, o baterista Alan Miller e o baixista Ethan Baechtold. Fizeram a sua estreia no Vodafone Paredes de Coura. Esta foi a segunda vez que tiveram pelo nosso país depois do Primavera Sound em 2022. Curiosamente ambas ocorridas a norte.
“Excited to be back” foram estas as palavras exatas de Hartzman revelando o contentamento no regresso a Portugal. Pelos sorrisos e pela alegria contagiante demonstrada não fiquei com a mínima dúvida.
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Karly Hartzman dos Wednesday | mais fotos clicar aqui "Hot Rotten Grass Smell", “Chosen”, “Bath County” e "Quarry" são músicas essenciais dos Wednesday e não faltaram à chamada. A pitada de Country chegou com a interpretação de "Chosen to Deserve".
O público correspondeu na medida certa ao concerto destes norte-americanos. Excelente vibe que incluiu mosh pits à maneira, bastante enérgicos como ainda não se tinha visto até ao momento no Vodafone Paredes de Coura de 2024. O mais tradicional crowdsurf também surgiu naturalmente.
Na parte final toda a banda, sobretudo Karly, receberam toda essa energia positiva, deram um bocadinho mais de si e proporcionaram um fecho estrondoso. Ainda mais do que até aí tinha sido.
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Wednesday em palco | mais fotos clicar aqui "Por aqueles que estão a sofrer em Gaza" na entrada para "Bull Believer", tema que foi interrompido por momentos devido a problemas técnicos. Karly não se intimidou com este ligeiro percalço, finalizou em altíssima nota tendo-se notado que estava visivelmente emocionada.
Finalmente! Ao fim de 30 anos as Sleater-Kinney realizaram a sua estreia absoluta no noss país. Mereceram, pois claro, um slot no palco principal do Vodafone Paredes de Coura. O concerto no Alto Minho foi o primeiro de uma curta vinda à europa para 13 datas.
Elas cancelaram algumas datas bem recentemente nos EUA devido a Carrie Brownstein ter sido diagnosticada com uma infeção no peito. Pareceu ter sido coisa do passado, dada a enérgica atuação que realizou.
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Carrie Brownstein das Sleater-Kinney | mais fotos clicar aqui Corin Tucker e Carrie Brownstein, ambas vocalistas e guitarristas, são atualmente o núcleo duro da banda. Um tremendo girl power de uma das bandas 'riot grrrl' mais sobejamente conhecidas mundialmente. Incrível dupla feminina com guitarradas e riffs especialmente precisos.
Numa formação ao vivo só com mulheres, tiveram companhia duas artistas nos teclados e outra na bateria.
"Jumpers" e "Hunt You Down" foram dois dos temas que animaram as hostes num concerto iniciado às 21:50h desta quinta-feira.
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Carrie Brownstein das Sleater-Kinney | mais fotos clicar aqui Ao som de "Heaven Is a Place on Earth" de Belinda Carlisle a banda feminina Los Bitchos deu entrada no palco secundário do Vodafone Paredes de Coura às 22:50h. O recinto do palco secundário foi demasiado pequeno para a demanda do público. Sem margem para dúvidas, as Los Bitchos são um dos fantásticos projetos atualmente existentes no planeta musical.
Regresso do quarteto a Portugal depois da estreia em terras lusas no Super Bock Super Rock em 2022. Diversão surf rock com energia punk.
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Josefine Jonsson das Los Bitchos | mais fotos clicar aqui O projeto nasceu em Londres e tem como elementos quatro meninas: Serra Petale, Agustina Ruiz, Josefine Jonsson e Nic Crawshaw. Neste concerto lusitano tiveram ainda apoio de um quinto elemento masculino guitarrista. Na setlist estava escrito “Have fun!” e foi isso que o descontraído quinteto fez durante a sua atuação. Pediram colaboração para uma coreografia com os braços no ar durante a interpretação de "Pista". O público cumpriu rigorosamente e juntou-se igualmente a essa festa. Da cúmbia psicadélica argentina ao rock psicadélico turco o mix sonoro deste projeto tem um travo intercontinental irresistível que nos submete instantaneamente para um pezinho de dança inevitável. "Good To Go" e “FFS” foram dois dos tocados e altamente festejados, ambos do trabalho discográfico de debute apelidado de ‘Let The Festivities Begin’ cuja edição ocorreu em 2022.
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Los Bitchos em palco | mais fotos clicar aqui ‘Talkie Talkie' cujo lançamento ocorrerá no próximo dia 30 de agosto, foi obviamente introduzido nesta aparição. Em estreia tocaram, por exemplo, “1K” e "La Bomba", dois temas bem fresquinhos e que farão parte desse novo trabalho discográfico!
Os L'Imperatrice são Flore Benguigui, Charles de Boisseguin, David Gaugué, Hagni Gwon, Achille Trocellier e Tom Daveau. Formação francesa, apelidada igual a nome de perfume.
Montaram todo um elaborado cenário, de glamour à francesa. Um deleite visual colorido em toda a sua largura. Uma performance impactante perante uma encosta repleta, provavelmente no seu ponto máximo da noite. Em termos de público só rivalizou mesmo com Slow J.
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Flore Benguigui dos L'Imperatrice em palco | mais fotos clicar aqui Um letreiro iluminado a dizer L'Imperatrice num mini palco que albergava o baterista tirava todas as dúvidas da banda a atuar... Atuação bastante esperada por muita gente. Sinal disso mesmo foi a debandada no último quarto de hora do palco secundário onde atuavam as Los Bitchos. Temas marcantes como "Danza Marilù" ou "Love From The Other Side" foram interpretados para gáudio de uma audiência que provavelmente conheceu-os há dois anos precisamente neste mesmo local.
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Teclista dos L'Imperatrice | mais fotos clicar aqui Saíram sob uma estrondosa ovação, algo que foi repetido, tal como aconteceu em 2022, naquela que foi uma atuação mágica e que estes franceses nunca mais esqueceram. Daí terem dito sim à repetição da experiência tida há 2 anos.
“Não voltes aos sítios onde já foste feliz”, lá diz a sabedoria popular. Os L'Imperatrice provaram precisamente o contrário. Há já quem queira que estes franceses sejam a “Ivete Sangalo” deste festival do Alto Minho.
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Guitarrista dos L'Imperatrice | mais fotos clicar aqui
A banda Protomartyr de Detroit, cidade norte-americana dos EUA apresentou-se com os seus cinco elementos. A saber, eles são o vocalista Joe Casey, o guitarrista Greg Ahee, o baterista Alex Leonard, e o baixista Scott Davidson formam o núcleo duro. Ao vivo têm o auxílio de Kelley Deal como baixista e teclista desde 2020. O post-punk dos Protomartyr chegou como um tsunami. Atuaram na sequência do concerto "mais fofinho" proporcionado pelos L'Imperatrice... Certo é que não tiveram a enchente dos dois  predecessores que tocaram neste mesmo cenário secundário.
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 Joe Casey dos Protomartyr | mais fotos clicar aqui "Elimination Dances" e "Trust Me Billy" foram apresentadas na fase inicial sendo que "The Devil in His Youth" e "Pontiac 87" foram temas mostrados mais na reta terminal. Uma atuação sem grandes artifícios, estiveram concentrados e comprometidos com o seu desempenho.
1:50h já numa altura em que o cansaço começa a fazer mossa. Para muitos milhares de pessoas prostradas diante o Palco Vodafone isso já não queria significar grande coisa. Estavam ali para ver a performance de Slow J era nisso que as suas atenções estavam focadas.
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Slow J em estreia no Vodafone Paredes de Coura | mais fotos clicar aqui A banda entrou sem o seu “cabeça de cartaz” e iniciaram com um instrumental bastante apelativo. Foi o devido aquecimento para o rapper João Batista Coelho, mais conhecido por Slow J, fazer a sua entrada em tom triunfal. Revelou o sonho realizado "aos anos que que queria pisar este palco" e questionou "Estamos em família, não estamos Paredes de Coura?". Pelas reações efusivas ninguém teve dúvidas.
"Where U @", "FAM", "Sem Ti" e "Teu Eternamente” foram acentuados pontos de contacto com o imenso público que vibrou, bebeu das letras tendo igualmente cantado as canções do seu ídolo.
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Slow J e a sua banda | mais fotos clicar aqui Formados em Dublin no decurso de 2019 os Sprints são um quarteto composto pela vocalista e guitarrista Karla Chubb, pelo baixista e vocalista Sam McCann, pelo guitarrista Colm O’Reilly e pelo baterista Jack Callan.
Apenas dois meses depois de terem atuado no M.Ou.Co. regressaram a Portugal para uma jarda intensa de garage punk alicerçado no poder vocal da sua vocalista Karla Chubb e na sua atitude perfeitamente descomprometida.
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Karla Chubb dos Sprints | mais fotos clicar aqui Já passavam das 2h da madrugada, enquanto a maioria fazia a debandada após o concerto dos Slow J, houve outros que aprontaram-se para um sprint bem rápido pelos temas enérgicos da banda irlandesa.
“Ticking” e “Heavy” foram as duas primeiras numa atuação que passou pelos temas “Delia” e Can’t Get Enough Of It” e terminou com “Literary Mind” e “Little Fix”. Uma atuação que teve tudo o que os fãs pretendiam. Foram mesmo estes que por lá estiveram. Ainda com ganas de desfrutarem de um concerto memorável pese embora a hora tardia. Haverá uma hora certa para um garage punk com esta vibração? Provavelmente não. Aliás estou mais do que certo que não.
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Colm O’Reilly dos Sprints | mais fotos clicar aqui O girl power rockeiro está superlativamente bem entregue, regressei a Guimarães e aos meus aposentos satisfeito por ter a noção que o rock nunca estará fora de moda com artistas com repertórios e atitudes incríveis como as das Wednesday, Sleater-Kinney, Los Bitchos e Sprints. A minha alma ficou pacificada ao segundo dia do Vodafone Paredes de Coura em 2024.
Reportagem fotográfica: Clicar Aqui Reportagem fotográfica ambiente: Clicar Aqui
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Público dentro do recinto | mais fotos clicar aqui
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Público jovem em Slow J | mais fotos clicar aqui Texto: Edgar Silva Fotografia: Ana Lourenço @ blackphant (Instagram)
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schoje · 5 months ago
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Foto Eduardo Valente / GOVSC Uma comitiva da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Santa Catarina, prestigiou nesta terça-feira a sanção da lei que suspende prazos dos processos administrativos do Estado durante o recesso da justiça. A norma foi assinada pelo governador Jorginho Mello e vai ter impacto na vida profissional de cerca de 70 mil advogados e advogadas catarinenses. “Eu estou tendo a oportunidade de poder melhorar a qualidade de vida dos advogados. Eles vão ter férias, não vão precisar estar todo dia no fórum, todo dia lá na sua comarca. É uma contribuição que a gente dá. As férias eles podem ter com a sua família, podem fazer uma viagem, podem empreender qualquer outro tipo de atividade e sabendo que não vão perder nenhum prazo já que todos os prazos serão suspensos até volta do ano judiciário. É mais uma contribuição para essa classe de pessoas que honram Santa Catarina e o Brasil”, afirmou o governador. A presidente da OAB em Santa Catarina, Cláudia Prudêncio, comemorou a novidade e agradeceu por mais este gesto de atenção do governo para com a categoria. “Para os advogados é um ato extremamente importante porque nós temos aqui hoje a oportunidade das férias, suspensão dos nossos prazos e audiências no âmbito administrativo. Então fica aqui mais uma vez nosso agradecimento por esta bela atenção a todos os advogados do nosso Estado”, explicou. Fonte: Governo SC
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01298283 · 6 months ago
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Oii eu li seu texto eu concordo com vc eu tambem atravessei isso a adv do abus era o diabo tambem toda audiencia ela tentava me humilhar a justiça tambem me ignorou mas a parte boa é q um tempo depois ele ficou doente e morreu era bem velho eu espero que o seu morra tambem vou torcer por isso só a gente sabe o que passa eu vou seguir seu blog vc fala oq pensa sem papas na lingua
Nossa que notícia boa o desgraçado foi para o colo do Diabo,fico feliz por você quando uma desgraça dessa morre é sinônimo de alegria em nossa comunidade,um parasita a menos no planeta ♥️ Eu não tive muitas audiências mas todas elas são nesse padrão,elas não tem vergonha na cara e tentam rebaixar a vítima,o correto seria pegar a cara dela e esfregar no asfalto até arrancar o couro ou que elas sejam abusadas também para sentir na pele o que sentimos,não tenho empatia por mulher canalha,se você defende um abusador você também é um,se eu não me engano a vagabunda é cristã e tinha que ser né? Crente ama aplaudir merda,ama homens assim elas tem uma espécie de fetiche é hibristofilia. Eu vi algumas publicações dela de informações que me repassaram onde ela pública algumas coisas sobre violência contra mulheres,descobrimos muitas informações sobre ela e outros envolvidos uma cambada de hipócrita pior é que domingo esquenta o banco da igreja, é o que eu sempre digo aqui é um pior que o outro e quando uma merda dessa vai pra vala ainda ficam com dó,obrigada pelo apoio ❤️ Fica a vontade aqui,aqui nós entendemos umas às outras e que Lúcifer destrua essas escórias 💘🕊️
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O Concurso Anual de Tortas de 2023
– Começamos agora esta edição do nosso concurso de tortas com algumas palavras do nosso convidado especial!
Da plateia, emergiram enormes urros pela mensagem da anunciante (a qual, estando sob contrato terceirizado, não esperava tanta agitação vindo de um concurso de tortas de 7 envolvidos). Começando a gravação, mais berros. Assim que a equipe de realização do evento – também terceirizada – ligou o projetor, fugiu o mais rápido possível para trás do palco a ver se seus abafadores de som funcionavam mesmo. Começaram a entender o motivo de os terem recebido em primeiro lugar.
– Sejam todos muito bem-vindos ao Concurso Anual de 2023 Oficial da Comissão Mundial de Tortas. É uma honra ser o convidado especial desta edição. Como vocês bem sabem, eu estou, no momento, sob pena por homicídio doloso, então agradeço sinceramente que a minha presença tenha sido considerada tão importante a ponto de a Comissão montar toda uma infraestrutura pra eu poder discursar aqui. Todo mundo, uma salva de palmas para a Comissão!
Todos os participantes ficaram de pé para comemorar com perfeita compostura – inclusive o convidado, cuja cabeça não coube completamente na câmera. Logo voltaram a seus assentos, agora ainda mais unidos que antes.
– É… nossa, eu nem sei o que dizer. É…
O detento começou a chorar em risos de comoção – toda a audiência compartilhava do mesmo sentimento e, em seu próprio tempo, foram apertando os olhos e lacrimejando.
– É que… é… – agora ele já gaguejava sem mais força para completar uma ideia sequer, inspirando, na plateia, diversas mãos a serem levadas ao peito.
Ele respirou fundo, agora considerando retomar certa estabilidade em sua fala. Tentou acalmar suas tragadas de ar; desavermelhar o rosto; relaxar as sobrancelhas e tudo mais.
Começou a chorar profundamente, em uma tristeza miserável. A gravação subitamente parou enquanto ele se curvava em si mesmo. A plateia batia as pernas conjuntamente para celebrar o convidado como se faz para uma estrela de rock.
Passados dois minutos sob um ritmo surpreendentemente consistente em um chão de madeira que parecia prestes a explodir, uma assistente de organização novata teve que ser forçada pelo resto da equipe para fazer o anúncio final, já que ninguém mais queria fazê-lo. Com extrema hesitação, proclamou:
– Que comece a- a- é a avaliação das tortas! Sim, é... – Ao ouvir os mesmos urros, correu-lhe principalmente um pensamento: “Eles devem gostar mesmo de torta.”
Ela estava certa. Eles gostavam mesmo de torta.
Todos os presentes assumiram suas posições e se puseram a esperar – com visível antecipação no rosto – até às 10 em ponto. 9:59. 9:59. 9:59. 10 horas – como autômatos, voltaram a se mexer.
Os juízes se aproximaram das simples decorações da primeira tenda: alguns adesivos com desenhos de morangos virulentamente sorridentes os convidavam a desfrutar do que uma plaquinha de madeira chamava de “Torta de Morango Salgada da Vi”. Uma moça de avental se aproximou entusiasmada.
– É uma torta de morango, só que eu coloquei uma boa dose sal.
– Pera aí! Você é novata, dá pra perceber... – Um dos juízes, um senhor altíssimo e bem vestido, repreendeu já direto enquanto anotava em seu bloco de notas.
– Tem que se introduzir primeiro, viu? – Um outro juiz de sandálias de péssima qualidade explicou rindo.
– Ah, desculpa, claro. – Ela parecia ter ficado vermelha que nem um de seus morangos.
Para ultrapassar as tensões, o de sandália lançou mão de um comentário qualquer:
– Eu tô achando que você seja a Vi, não? Fica calma que é bem comum não pegar a pegada de primeira. Mas a gente aqui quer ver não só a torta, mas a experiência como um todo pra avaliar, viu?
– Queremos avaliar se há concórdia no momento de apreciação da torta. – Sua colega de galochas enunciou didaticamente.
– Mas é, a gente pede o nome de todo mundo, mesmo que já saiba. – O de paletó comentou acenando a cabeça, blefando quanto ao fato de entender o que era concórdia.
– Bom, é, eu- eu sou a Vi, de Vitória, e a minha avó também se chamava Vitória, só que com “i”. E como a receita era originalmente dela deu pra manter.
– Então seu nome não é com “i”?
– Não! – e, vendo os rostos confusos dos juízes, contorceu a direção de seus pensamentos a ver se sairia algo que soasse compreensível de sua boca – Não porque sim, no caso! Escreve com “i”, é...
– Então... – O quarto juiz, que até então esteve mandando mensagens no celular, tentava finalmente se atualizar com relação ao que tinha perdido.
– Então que eu não sei porque eu disse aquilo.
– Haha! Entendo. Gostei de você. – Ele falou, não tendo esclarecido nada, mas, olhando pela primeira vez as decorações, apreciando os desenhos.
Ela ficou ainda mais vermelha.
– Bom, como eu disse agora faz um tempo, é de morango com uma boa dose de sal.
– Ah, é? Fica bom isso? – o mesmo juiz, que Vi estava finalmente percebendo ter uma feição avoada por natureza, tentou chegar direto ao assunto enquanto brincava de balançar seus brincos. Era a hora de impressioná-los.
– Sim, uai. É receita de família. – E, estendendo aos juízes um conjunto de talheres e um pedaço bem decorado, completou o convite – Façam as honras.
Tentando se adequar ao fato de terem recebido pratinhos muito pequenos – e mentalmente descontando isso da nota de apresentação e serviço – os avaliadores partiram ao primeiro corte. Na tentativa de seccionar uma garfada que contivesse uma quantidade adequada de morangos, podia-se ouvir o singelo som do garfo perfurando delicadamente uma camada amortecedora de creme. Só de se estar passando pelo creme, a mente já se distraía ao pensar que em alguns instantes teriam um bom punhado dele preenchendo a boca assim como seu aroma já preenchia suas narinas, e–
TAC!
Acabada aquela camada, a força extra dos avaliadores repartiu com demasiada facilidade o resto da torta até o talher colidir com o prato de plástico – disso o som de tamborim. Curiosos, atentaram-se mais particularmente às fases da composição, a perceber que havia uma porção praticamente oca entre a cobertura e o fundo; em seguida, um som contínuo. Granuloso. Som de ampulheta? O correr do tempo revelava a verdadeira natureza da torta...
Vazava sal como se viesse de um pacote furado – sal pristino, inalterado – aglomerado no interior da estrutura da torta. Parecia que não acabaria nunca. De fato, os examinadores não esperaram o sal terminar de escorrer ao prato até colocarem a torta na boca. Remexiam com a língua os pedaços de morango enquanto sentiam todos os grãos se moldando ao redor de seus movimentos. Ao engolir, a distinta irritação na boca do sal puro que não tinha acompanhado o resto da comida pela garganta – acumulando-se embaixo da língua e em outros cantos. Os juízes olharam-se uns para os outros:
– A combinação do nome com a especificidade da receita já te dá de cara um certo destaque quanto a o que você está prometendo com sua torta. – A juíza de galochas apontou enquanto escrevia algo furtivamente em seu caderninho.
– É eu até gostei sim. – O juiz de paletó falou ajustando a coluna, já que se curvava para comer ao invés de só levar o prato até sua própria altura.
– Muito obrigado, senhores.
A competidora se virou para o único que não comentou nada, esperando que parasse de coçar as pálpebras para emitir uma opinião qualquer.
– Se eu puder, bem, perguntar o que você achou?
– O quê? Ah! Boa, até... É! Eu gostei, sim!
O de sandálias levantou a mão, e assim que recebeu a atenção da Vi retrocedeu o movimento. Lançou uma pequena dúvida:
– Posso só fazer um... adendo?
Ela acenou que sim. Ele prosseguiu:
– Seu creme estava muito úmido; se a sua apresentação não deixasse clara por si só a sua falta de experiência, isso já teria te entregado. Ele estraga completamente a temática e honestamente te faz parecer um pouco covarde por não se comprometer com a clara estrutura em dois atos – do normal ao absurdo – quando você tenta amenizar com uma cobertura aguada dessas. Ou a sua avó estava ocupada demais te mimando pra realmente fazer algo de excelência ou você impôs suas próprias inseguranças à receita dela e eu não sei o que te faria parecer pior. De qualquer forma é profundamente indigno, é o que eu quero dizer.
Contraindo todos os músculos que pudesse para não começar a chorar, Vitória procurou desesperada a reafirmação dos juízes anteriores. O de paletó começou, ajustando a coluna:
– É eu gostei eu só, não sei... também. Ele falou bem.
– Bom eu... uh. Eu achei legal, pessoalmente. – O de brincos falou com uma enorme dificuldade de focar nos olhos da mulher. – É... – Nenhum dos dois inspirou muita confiança.
– Mas muito obrigada por participar, querida. Foca aí no seu nicho que daí ano que vem você traz algo melhor, na certa! – E, com essa fala, a mulher de galochas gesticulou a todo o grupo para que fossem à próxima avaliação.
Vitória acenou que sim com a cabeça; de maneira alguma voltaria para o ano que vem. Voltou para um canto da tenda pensando se valia a pena conter o choro.
O bem-vestido, que tinha demorado um pouco para acompanhar os outros, se curvou novamente para lamber o dedo com um pouco do sal – que seguia escorrendo. Ao ver a moça no chão, se perguntou por um segundo se seria apropriado dizer algo, e concluiu que o melhor seria não falar nada. Infelizmente para ele, Vitória já tinha levantado o rosto e agora o encarava diretamente, à espera de ouvir mais algo desmotivador; ele teve que corresponder a essas expectativas com o que quer que lhe parecesse minimamente encorajador:
– Você fica bonita aí, assim.
Sentindo-se orgulhoso de ter acolhido a uma novata em sofrimento, passou os dez dedos pelo sal corrente ao mesmo tempo com os olhos fixos nela, a tentar preservar a atmosfera amigável que construíra. Antes que aquele rosto coberto de lágrimas esboçasse alguma reação que contradissesse a ideia de que estava fazendo um ótimo trabalho, o homem se aproveitou de sua altura em relação à tenda para cortar a linha de visão entre eles à medida que se descurvava, e começou chupar cada um de seus dedos da esquerda para a direita. Pegou o prato de sal ao sair, deixando escorrer por onde passava.
A tenda seguinte não tinha decoração temática. A cena era de uma barraquinha de feira comum com um papel marcado em texto Calibri: “Torta de Maçã Sapiente”. Galochas e sandálias, tendo avistado a placa, se apertaram juntas no passo – era um nome de levantar expectativas. Em seguida, balançavam pelo ar um par de brincos e uma gravata tentando não atrasar o andamento do evento.
– Então… – Olhando os dois homens que chegaram cansados de correr, a mulher operando a barraca estendeu pra eles copos plásticos d’água com tema de Halloween.
– Muito obrigado.
– Ah, eu estava precisando disso. Fofa. – Pegou seu copo e passou a lavar as mãos, cujas palmas estavam inteiramente lambidas com traços de sal que aparentemente teria conseguido consumir ainda que no meio de uma correria.
Ficaram todos à espera do brincos acabar com o copo, já que sua glote soltava uma aberração de ruído a cada gole. A apresentadora da vez ficou encarando diretamente o pescoço dele, o que originalmente era para tentar entender como seria capaz de produzir um som assim – “originalmente”, pois logo se distraiu com seu colar místico, que se parecia muito com o que ela tinha perdido na edição passada do concurso.
Tentando encaminhar a participante novamente, o de sandália fez de limpar a garganta e acabou se engasgando um pouco, forçando-o a se servir por conta própria de água também. A mulher seguiu mesmo assim:
– Bem, eu vou só começar mesmo… Vocês já devem ter lido, vocês sabem o que é. Eu realmente pensei nesse projeto como uma extensão das ideias do ano passado, sabem?
– Mas então ela é um ser vivo. – O juiz de sandália começou sua rodada de interrogações enquanto massageava delicadamente seu pescoço.
– É. Ela é profundamente contemplativa e especialmente preocupada com o fato de que estamos meramente em um texto. Mas ela é uma torta, só.
– Daí ela tem ansiedade?
– Sim, eu fiz com que ela tivesse.
– Tipo, na receita?
– Não, por trauma.
– Que trauma?
Ela ergueu os ombros e olhou pro lado, bocejando no ombro da própria jaqueta de couro. O de paletó bocejou logo em seguida. O de sandálias quis bocejar, mas apertou os lábios forte – soltou um pequeno “Desculpa” que ninguém ouviu – e retomou suas perguntas:
– Se a gente comer, ela vai sentir?
– Talvez. Não sei. Acho que não. Sintam-se livres; ela não vai reclamar de qualquer jeito, é só uma torta.
Após todos compartilharem um mesmo olhar, buscando permissão nos olhos dos outros, consideraram-se liberados para fitar a torta com vigor. Rapidamente enfiaram os garfos por entre a massa e recheio a trazê-los saborosos para a boca. Seus rostos davam a entender que estavam gostando. A torta não estava gostando tanto.
O de paletó balançava os braços de um lado pro outro, antecipando o que estava prestes a dizer:
– Tem um recheiozinho de doce de leite. Amei!
O de brincos embrulhou toda a boca, preparando-se para engolir algo grande, como se faz com um comprimido. Logo seguiu a cabeça toda em um arco para trás, endireitando a garganta. Assim que passou pelo pescoço, o homem comentou, em tom misto de curiosidade e tristeza:
– O meu tava com uma pedrinha...
– Ela faz isso às vezes.
Os juízes todos acenaram a cabeça em compreensão. Assim que engoliu seu pedaço, o juiz de sandália finalmente deixou solta a pergunta que estava formulando desde que viu a placa:
– Você parou pra pensar sobre as implicações éticas disso?
– Sim!
– Que bom! – E pegou uma garfada da borda, sua parte favorita na grande maioria das tortas.
A juíza de galochas segurou um pensamento por um tempo, até ter certeza de que sua contribuição fazia sentido.
– E, vem cá, não pensou em decorar com o Frankenstein, ou algo assim?
– O monstro?
– Não, o doutor. Vincular a torta com um ícone cultural forte já dá uma familiaridade, sabe? Primeiro que você já tem a estética de terror gótico. Daí o pessoal vê um cara meio merda que criou vida só pra fazer ela sofrer e você pode apelar para tipo, “você quer ser um merda que nem ele”?
– É, as pessoas querem ser merda hoje em dia. – O juiz de brincos apontou, mesmo com a boca cheia de torta, enquanto ligava o celular para tirar uma foto do pedaço que comia.
– Eu não... – O juiz de paletó fez esse comentário com o que parecia ser muita sinceridade, o que fez com que a própria moça se sentisse pressionada a colocar a mão em seu ombro enquanto ele pegava um bocado de cada uma das tortas em seu prato.
– Mas daí você não pensou da torta gritar não, ou essa sua compaixão feminina não conseguiu aguentar? – Ele questionou sem levantar seu olhar; estava ocupado tentando impedir que o sal – ainda vazando do pedaço anterior – se espalhasse pela torta atual.
– Quê? Uh… – Ela tentou ignorar o comentário e estender um prato novo, um que não tivesse sal jorrando dele, mas o avaliador nem percebeu seu gesto. Ao ver que a pergunta era de interesse dos outros juízes também – estando agora todos a encará-la com forte olhar de intriga –, recuperou-se para dar uma explicação. – A questão é que… elas costumavam poder falar direitinho, só que as tortas de quando eu tava acertando a receita rapidamente obtiveram acesso a um banco de dados compartilhado que formou meio que um subconsciente coletivo… o que significou que elas começaram a armazenar informações sobre quem as comeria para tentar aperfeiçoar sua habilidade de manipulação, então…
– Oh!
– É… eu tive que mandar minha m��e pra uma terapia por um tempo.
– E o gato, como é que tá lá o Torresmo? – a juíza fez questão de perguntar antes de terminar de anotar em seu caderninho temático de éguas (completo com uma capa de duas delas no meio de um salto ao cair da noite).
– Tá bem! Teve uma infecção urinária há um bom tempo mas já se recuperou!
Todos os juízes fizeram cara de compaixão pelo Torresminho. Mesmo sem perceberem, o fato de que não o puderam ver este ano já os tinha predisposto a descontar do fator de entretenimento. Em seguida, a juíza continuou com o questionamento:
– Mas então o banco de dados lá, elas ainda fazem isso?
– Sei lá.
Recebida a resposta, ela fingiu estar fazendo uma anotação, mas estava terminando de fazer um esboço de uma nova égua, tentando ajustar os músculos das pernas para fazer parecer menos com um cachorro. O de sandálias assumiu, e continuou a conversa:
– Devo notar, só, que o meu pedaço tinha um trechinho que parece que ficou preso na forma. Isso já começa a estragar a experiência de eu mesmo poder arruinar um ser vivo, entende?
– É... meio como uma banana, né?
– Mais ou menos isso.
Ela acenou a cabeça, indicando que entendeu as críticas, apesar de não ter nem prestado direito atenção a quem falou cada coisa; fez só uma nota mental indicando “mais banana”. Olhando para o de paletó, que parecia colocar um pouco do sal que saía – ainda – do pedaço anterior por cima da torta de maçã, quis perguntar:
– E você? O que achou no final?
– Eu gostei muito do seu vestido, fica justo em você.
– Ok? – Ela ignorou o comentário e focou no acessório que lhe parecia familiar – E você aí, do colar de cristal?
– Oi? – O de brincos olhou para baixo, em confusão, até perceber que era, de fato, ele mesmo que usava o colar. Quis corrigir e dizer que não era de cristal, e sim, por sua própria avaliação, um material policristalino, mas se reorientou a dar uma opinião sincera – Ah, eu. Eu não entendi a maçã... por quê?
– É, eu coloquei casca de banana, mas ficou com gosto de maçã. – Estava prestes a complementar sua frase com a hipótese de que ele teria, de alguma forma, pegado o colar dela na última edição do concurso, sobre a qual estava ficando mais e mais certa, mas antes:
– Ela perde pontos por isso? – o juiz olhou para o de sandália a esperar sua decisão. Foi respondido em pouco tempo:
– Saber que não foi por intenção dela é meio triste, já que maçã é bem pecado original, sabe?
– Se bem que maçã não é o pecado original, é outra fruta. – A juíza de galochas comentou, partindo a desenhar outro cavalo fêmea; tinha decidido que as duas estariam se beijando.
– Mesmo assim, culturalmente, entende? – O de sandálias reiterou seu ponto, não mais olhando para a concorrente diante de si.
– Então eu perco pontos ou não?
– Bom, isso a gente vai discutindo no caminho.
– Boa sorte! – Gritaram enquanto já se afastavam na direção do próximo confeiteiro a avaliar.
– Ei! – Ela foi em disparada até os juízes, tendo pulado por cima de sua bancada. Não foi impressionante. Era uma bancada curta. Mesmo assim, eles todos olharam fixamente para a mulher, apesar de continuarem seu trajeto como de costume, pois já se tinham removido mentalmente de estarem em conversa com ela. A moça, agora cansada demais para articular ideias minimamente complexas, só garganteou – Colar! Meu! – e o arrancou diretamente do pescoço do juiz de brincos, levemente o engasgando.
Na mente de todos, tinham acabado de observar um roubo à plena luz do dia, mas não se importaram muito – o engasgado tossiu um pouco, levantando a mão ao peito, porém logo se ajeitou e seguiu com os demais. A mulher, agora com seu colar de volta, voltou para perto de sua confortável folha de papel com texto em fonte Calibri. Vendo a pilha de sal que tinha se acumulado ao redor de sua tenda, ela se abaixou, colheu um pouco, e lambeu a mão como gato. Só naquele momento parou para pensar no fato de que, aparentemente, tinha acabado com uma estética de terror gótico completamente por acidente. Refletiu um pouco mais sobre como fazer dessa estética algo mais “banana”. Como estava cansada, parou de refletir. Sal bom.
Dessa vez, andaram todos juntos até a mesa do próximo participante, anunciando sua torta misteriosa de limão com um poster especial feito sob encomenda por algum artista hyperpop. O juiz de paletó parecia particularmente animado, pensando que desses dois outros confeiteiros ele podia esperar coisas de um nível mais profissional.
– Oi oi, sejam bem-vindos!
– Gostei do poster já. – O juiz de brincos chegou já animado para o que essa barraca traria, lembrando-se de quem a operava.
– Eu não. – A juíza de galochas disse desapontadamente, como se isso não fizesse parte de sua avaliação e fosse só um comentário pessoal. Absolutamente fazia parte de sua avaliação, ele tinha acabado de perder pontos na categoria de estética e apresentação.
O juiz de sandálias não sabia o porquê, mas sentia uma fúria primordial com relação ao homem apresentando tortas à sua frente. “Que doido.” Não se lembrava do ano passado o suficiente para entender como conseguia ter tanta vontade de socar alguém, mas continuou com sua postura descontraída.
– Bom, essa torta é minha, claro. Eu não estou aqui para plagiar tortas né, haha! – Ninguém riu. Já tinha acontecido antes e foi uma bagunça para todos os envolvidos. – Mas sim, eu fiz essa aqui de limão porque o azedo é até que importante para o que eu quero alcançar aqui com ela, sabe... assim... é, haha...
– Vejamos, então... – o juiz de paletó anunciou enquanto se esticava para servir a todos um pedaço. – Mas o que que ela–?
Caiu duro no chão antes que terminasse a pergunta. Com ele, o pedaço de torta com sal, que se espatifou por inteiro, deixou uma pilha de sal que parecia se reabastecer conforme se espalhava por aí, lentamente crescendo em volume.
– Ah, sim. A torta te mata quando você encosta nela.
E, com um olhar confuso, os outros juízes tentaram entender a situação. Após um bom tempo processando, a de galochas finalmente superou a má primeira impressão do poster e deixou seu entusiasmo pelo potencial do que testemunhava assumir o controle da conversa:
– Ah! Agora eu entendi! Cê vai abrir um negócio de vender essas tortas, né?
– Sei lá, eu até- ha, é, tava pensando meio nisso, mas não tenho certeza.
– Vende, vende sim! O mercado de suicidas tá crescendo, sabe? É um bom negócio.
– Mas você não acha que um produto de uso único assim não limita as próprias vendas?
– Você não tem cabeça pra ganhar dinheiro, não? Olha... – ela foi virando seu caderninho de anotações até encontrar uma página que não contivesse éguas. – Pensa assim: da forma que vem o produto, daria pra expandir para um comércio adjacente meio mercenário, entendeu?
O homem avaliado parecia ter expandido ainda mais seus horizontes. De pensar no quão valiosa tinha sido já a experiência, deixou cair uma lágrima na torta, que se vaporizou instantaneamente ao atingi-la.
– Que foi? – A juíza perguntou, afastando o caderninho para que o choro não tivesse nem a oportunidade de cair sobre seus cavalos. O de sandálias pensou em fazer alguma piada sobre tirar o cavalinho da chuva, mas não sabia como.
– Não, nada... Sabe, é que. Meu Deus! Vocês realmente... Nossa. Antes das tortas eu realmente sentia que eu não tinha nada, e agora toda essa... ai…
Os juízes assistiram impacientemente o homem, que se forçou a respirar fundo ao encarar os olhos sérios que o rodeavam.
– Eu pensei nessa torta quando eu tava passando por umas… dificuldades, sabe? Então eu espero que se eu possa vender isso, ela fique sendo um símbolo de recuperação – tipo, eu que mato as pessoas agora, olha só...
– Ah! AAAAAAHHH! – O de sandália gritou alto, em um estado de êxtase que parecia ter desencadeado uma leve taquicardia. – Eu lembrei de você! Você é... cê é o cara que eu achei que era tipo o oposto de um übermensch, né? É por isso que eu quero te socar tanto... Ok. Tá fazendo sentido o meu cérebro agora.
Ninguém sabia exatamente como reagir ao comentário, de modo que o próprio comentador se colocou a progredir a avaliação:
– Já que a gente já está falando disso, é a terceira vez que eu tive que perguntar isso hoje, mas cê já não pensou sobre a moralidade disso?
– Ah, sim. Eu tive uma aparição divina há umas semanas já e Deus falou que tava ok.
– Então você acredita numa moral única e objetiva? – O juiz riu para si mesmo: “É, bem coisa de último homem.”
– Não sei. Ver Deus complicou um pouco as coisas, acho.
– E como é que Deus se parecia? – O juiz de brincos aproveitou para sanar uma curiosidade que teve enquanto admirava o colar em seu próprio pescoço, tendo já se esquecido do fato de que não era para estar mais lá. Ao olhar para cima, percebeu que tinha feito o avaliado corar em um vermelho preocupante. Parecia que estava prestes a explodir.
– Meio como você, pra ser honesto. Ha ha...
– Legal. – Ele não entendeu o que isso significava. Para se distrair, pegou um pedaço da torta. Cremezinho bom.
Tentando se manter calmo, apesar de odiar profundamente quando algum de seus colegas interrompia suas interrogações, o de sandália tirou uma folha do cabelo, sem saber exatamente de onde ela tinha vindo. Ao perceber que poderia seguir sua linha de perguntas, fez exatamente isso:
– Você teve que planejar muito pra fazer ela matar?
– Não, na verdade.
– Como é que você fez então?
– Eu só, sei lá, quis bastante?
Por entre três éguas discutindo sobre seus problemas matrimoniais, a juíza de galocha se certificou de anotar que o terceiro avaliado tinha força de vontade enquanto traçava uma reta entre “terceiro concorrente” e “ligar para o tio Henrique” com um símbolo de caveira.
– Só uma coisa, vamos ter que te pedir para limpar por si próprio o pedaço que ficou no chão antes que alguém pise por acidente. Até porque a gente alugou esse espaço aqui, entende?
– Claro, claro.
Os juízes deixaram o confeiteiro com um aperto de mãos. Estavam começando a ficar cansados. O de brincos, com pressa de acabar já, tentou se lembrar do que seria o protocolo:
– Que que a gente faz sobre o Pinheiros?
– Queima o corpo, ué?
Completamente sem querer, os dois tinham dado a mesma resposta a uma oitava exata de diferença. Isso pareceu fazer com que o material do colar, que era basicamente 75% monocristalino, brilhasse ligeiramente, mas seu portador estava preocupado com outro assunto.
– Não não, sobre as notas que ele daria para os outros concorrentes.
– Ah, isso? – O de sandálias pegou um pouco do sal que estava se empilhando agora quase até seus pés antes de continuar sua fala. – Eu já tenho isso preparado, deixa eu colocar eles pra rodarem um dos avisos. Pode indo para a próxima torta que eu chego para avaliar junto.
O juiz de brincos acenou compreensivo.
– É, vai indo você na frente, só, que eu acho que a minha galocha ficou suja com o pedaço que caiu. – Ela disse, abrindo o zíper na parte de trás do calçado para ficar só com as galochas internas. Essas eram vermelhas; as de antes eram transparentes.
O juiz restante estranhou as duas desculpas diferentes, mas seguiu adiante até a barraca mais bem decorada possível. Tantos e tantos de cartolina e glitter em roxos e dourados se faziam convites a um novo mundo; sem dúvida um novo mundo de sabores. As tortas de formato inconvencional prometiam uma experiência sem igual, cada uma decorada com sua própria pétala lilás.
Ao olhar para o homem por trás das tortas, uma ruga de curiosidade se formou por entre os brincos do juiz.
– Você foi o segundo colocado do ano passado, não?
– Pelos últimos 40 anos. Inclusive, onde está o vencedor agora?
– Em casa. Ele disse que tava num episódio depressivo.
– Que chato pra ele...
O juiz voltou para o celular, fazendo planos para depois, apesar de o senhor estar muito disposto a continuar conversando. Fizeram um longo silêncio. Ao perceber que estava sendo encarado diretamente, e temendo faltar com o profissionalismo diante de um ancião da arte de fazer tortas, tomou a liberdade de apontar para a pilha de sal que agora se estendia desde seu companheiro caído até seus pés e perguntar para seu avaliado:
– Quer?
A resposta veio na forma de um restringido balançar da cabeça para os lados esboçando um “não”, com uma curta explicação:
– Pressão sanguínea.
O de brincos fez que entendeu. Assim se dispuseram a esperar quietamente que todos os juízes estivessem prontos. A de galochas, enquanto chegava, já se colocava como a primeira a falar:
– Desculpa o atraso! Mil desculpas – O de sandálias ainda aproveitou para levantar as mãos como se fosse alvo da polícia. – Mas o que que cê tem para apresentar? Tô vendo várias tortinhas.
– São tortas de bomba. – O senhor anunciou sorridente.
– A gente não baniu explosivos há uns 20 anos, 22 ou algo assim? – O de brincos perguntou, pois jurava de ter um motivo significante por trás daquela decisão.
– Tecnicamente explosivos são permitidos, a questão é ser reconhecido no noticiário como um atentado terrorista. – O concorrente disse, levantando de sua bancada uma cópia impressa do excerto do livro oficial de regras da Comissão que se referia ao assunto. Ele logo enrolou o papel de novo e prosseguiu com sua apresentação. – Mas não, não são explosivos. É que um amigo me convidou pra ver ele participar do concurso de alguma coisa chamada bomba de chocolate, que eu fui ver só depois que era pra ser um doce. E, no espírito de tentar trazer algo de novo aqui para o nosso concurso eu não parei de pensar naquilo lá.
– Então isso é pra ser algumas dessas tais “bomba”? – O de sandálias disse, chacoalhando um dos calçados para ver se ele se ajustava de novo, pois estava prestes a cair.
– Não, são tortas mesmo. Mas eu preparei como se fossem bombas. Ó, sirvam-se, que vocês vão entender melhor!
Os juízes já tinham provado tortas menores em suas vidas, mas, por algum motivo, apesar de serem muito mais diminutas que uma torta normal, essas tais “tortas de bomba” pareciam ser do tamanho adequado para o que eram. Antes de sequer pensarem em aproximar da boca, tatearam tudo o que podiam do estranho quitute. Profissionais em obra: uma vista sem igual! Como seguiam as instruções da Comissão, seu método de avaliação para OTNIs era sincronizada até os centímetros e milissegundos. Jogaram o doce para cima uma vez, avaliando seu peso, e logo cheiraram toda a superfície em zigue-zague. Da avaliadora de galochas, surgiu uma pergunta crucial:
– A gente come a pétala?
– Não, acho que ela dá caganeira...
– Certo.
Parecia ser algo perfeitamente adequado, porém os juízes seguiam nervosos. Olharam-se em comunhão: fariam isso juntos, na garra! Colocaram a ponta das tortas por entre os dentes e, fechando os olhos, deram uma mordida. Tendo sobrevivido, olharam entre si, com a comida na boca, e passaram a língua por todas as diferentes fases do pedaço amostrado. Deixaram a saliva dissolver um pouco a massa, virando mais e mais uma pasta doce, até finalmente engolirem tudo. Usaram o momento de trazer guardanapos aos lábios como merecido descanso, na tentativa de compilar suas opiniões. O de sandália sentiu a necessidade de começar uma frase, nem que só para forçar seu cérebro a terminá-la uma vez que já a tivesse introduzido às pessoas ao redor:
– Nossa, é bom mesmo! É... é como se...
Não foi suficiente. Era indescritível.
– É tipo uma torta, só que–
– Bom, é uma torta, não? – O senhor insistiu.
– É? – O de brincos estava perguntando legitimamente. – Você tá com o trecho aí que fala sobre o que é considerado uma torta?
– Não, infelizmente.
– E cê tava com o sobre explosivos!?
O confeiteiro desviou o olhar para a esquerda, escondendo uma risadinha ligeira em sua barba:
– Eu gosto daquele trecho, é humorístico.
Os juízes olharam para o senhor com fortíssimo estranhamento. Não entenderam se é porque já estava meio cego, ou se já não se importava mais, mas ele nem reagiu aos rostos de seus avaliadores. Deu um longo suspiro e começou somente a ruminar:
– Sabem, vocês, eu tenho participado desde a edição de 1973. Faz 50 anos exatos que eu comecei, e mesmo assim nunca ganhei! Já tá na hora, não?
O homem de sandálias, ao ouvir isso, se contorceu bem para coçar as costas enquanto pensou em alguma resposta vagamente apropriada.
– É, é. Vou ter que pensar mais, porque acaba que é bem... conceitual.
O senhor assistiu aos juízes se afastarem desconfortáveis – carregando para longe sonhos de mais de 50 anos – e manteve um semi sorriso inabalável.
– Muito obrigado pelo tempo de vocês.
Anotando o resto de seus pensamentos, os juízes se aglomeraram para enviar suas notas para o sistema de registro, que já determinaria o vencedor a tempo da cerimônia de premiação. Apertado o botão de confirmação do envio, o de brincos se voltou novamente para a bancada do confeiteiro para tirar uma dúvida.
– Pergunta, se um cara falou que viu Deus e que Ele se parecia com você, qual seria uma reação apropriada?
– Ah, eu acho que foi uma tentativa estranha de flerte. – A juíza respondeu, tendo se segurado todo esse tempo diante do que, para ela, era óbvio. Mas logo o concorrente complementou:
– Não, não, Deus parece com você mesmo. Eu posso confirmar.
– Legal.
Ela violentamente mordeu os lábios tentando aliviar o fato de seu palpite estar errado.
– Por sinal, eu quero te falar uma coisa. – O senhor falou.
– Falar com quem?
– A de galocha e sandália.
Os dois juízes aos quais essa descrição servia apontaram para si mesmos, confusos sobre com quem o concorrente queria falar, até se lembrarem que eram a mesma pessoa, e simplesmente usando um par de sandálias por fora das galochas vermelhas.
– Ah, o quê?
– Eu gostei dos seus desenhos de cavalos... Eu olhei alguns deles de relance e... achei eles bacanas.
– Ah, obrigada! Mas são éguas...
– O quê?
– São éguas.
– Certo, certo...
– Bom, às vezes são cavalos também, mas são principalmente éguas.
– Certo.
Ela começou a se perguntar se o homem tinha feito alguma expressão que não fosse aquele semi sorriso, até ele comentar:
– É que eu tenho um cavalo no meu sítio.
Ela já não sabia mais o que responder e meramente se afastou junto ao seu colega de trabalho. Sussurrou:
– Eu não vou muito com a cara dele.
– Homem estranho, né?
Ficou surpresa quando ele falou que precisava resolver algo com o confeiteiro que tinha matado o Pinheiros, mas a reação logo evaporou quando viu os dois indo juntos para trás de uma das tendas. “Ah, de fato é junho...” Aproveitou para mandar os desenhos de éguas para sua terapeuta, como tinha sido requisitado. As duas se entusiasmavam por esse tipo de coisa.
Passado certo tempo, assoviou para anunciar sua presença e convocou a gritos seu colega, indicando que voltasse para assistir à premiação. Assim que terminou, a oradora oficial do evento fez o mesmo para toda a plateia de antes 7, agora 6. Um a um, foram se encaixando nas cadeiras de plástico de frente ao palco.
– A gente tinha uma oradora oficial? – O de brincos quis saber.
– É que ela chegou há uns 3 minutos.
Ligaram-se as luzes. A oradora da Comissão, ainda um pouco ofegante, começou seu discurso:
– Sejam bem-vindos à cerimônia de premiação do Concurso Anual de Tortas de 2023. Primeiramente, como oradora oficial desta edição de 2023 do Concurso de Tortas, é com um grave peso no coração que anuncio a morte de um dos nossos juízes do evento, por favor, todos, um momento de silêncio por esse falecido profissional avaliador de tortas.
A apresentação passou rapidamente pelos slides já preparados para o luto dos outros juízes até chegar nas fotos do defunto. Por falta de opções, recorreram a fotos dele fazendo biquinho e em várias posições instigantes que a Comissão conseguiu extrair das conversas privadas dele com sua esposa. A plateia inteira ficou de pé em silêncio, por respeito à grande perda na comunidade mundial de tortas.
– Não imagino que precisemos descrever sua influência em como entendemos as tortas em seu verdadeiro potencial artístico para vocês. Por isso, não vamos. Mas planejamos honrá-lo de uma outra maneira. Recebemos, ao longo do tempo, diversas reclamações das mulheres participantes que seu comportamento trazia tendências inapropriadas. A Comissão gostaria de aproveitar para reiterar que sempre se propôs a construir um espaço de confecção de tortas acolhedor para todos os gêneros. Dito isso, decidimos honrar a memória do recém-morto por meio de um desconto simbólico de 3 pontos nas notas de todas as participantes femininas deste evento.
Uma mão se levantou na plateia. Era da que fez a torta que podia ser morta, que agora estava com sua atenção dividida entre a dúvida e um guia na internet chamado “Como deixar suas tortas goated e banana pilled em 5 passos simples”.
– Eu tenho ume amigue não binárie que às vezes participa, como é que elu ficaria?
– Ele não saberia o que significa, então provavelmente ele discriminaria contra, né? Elu pode perder 3 pontos também, que seja. – A oradora disse, não entendendo o que na arte de fazer tortas parecia atrair tanto desses LGBT. Estava irritando já. Ficou de perguntar para sua namorada depois. – Sem mais demoras, apresento a vocês o vencedor de nosso concurso, por favor, suba ao palco...
Na projeção para a plateia, o slide estava prestes a mudar, mas não sem antes fazer uma pirueta que o deixou picotado em mil pedaços espalhados pela tela como confete enquanto a animação de uma janela sendo aberta marcava a transição a um próximo slide. Vazio, claro. Ele primeiro foi preenchido de cor e modelos tridimensionais girando festivamente até aparecer, letra por letra, o texto: A – T – O – R – T – A
– Meu Deus, eu fiz uma torta, pode ser a minha! – Gritou o homem da torta de limão.
V – E
– Todo mundo fez uma torta, cala a boca! – Respondeu a confeiteira da que podia ser morta.
N – C
– Eu vou arrancar sua pele com um ralador! – Ninguém entendeu exatamente quem falou isso.
E – D – O – R – A – É – A – :
Efeitos sonoros de tambores rufando acompanhados de imagens de gatinho balançando baquetas.
– Torta de Morango Salgada da Vee! Nossa primeira vencedora mulher!
Vitória precisou ser convidada a se levantar, porque suas pernas, por si mesmas, estavam em firme dormência. Era ela mesmo? Então erraram o nome. Mais do que por felicidade, ela quis chorar de não fazer a menor ideia do que estava acontecendo.
A plateia, composta somente do resto dos concorrentes, aplaudia com compostura e dignidade.
– E agora, você tem direito ao seu desejo a ser realizado pela Comissão! Que seria...?
– Eu quero ir pra Disney! Eu posso ir pra Disney?
– Infelizmente, a comissão não permite o financiamento de voos desde 2001.
– Vocês podem matar o meu primo, então?
– Tem um motivo específico para isso?
– Não sei.
– Ok. Bom, espero ver todos vocês no nosso próximo ano de tortas.
Infelizmente, as operações da Comissão só continuariam até março de 2024, em que um escândalo internacional envolvendo um de seus maiores doadores provocaria uma investigação que revelaria atividades criminosas conectadas à Sociedade Global de Tortas e sua relação com diversas tentativas de golpe em múltiplos estados latino-americanos.
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ocombatente · 1 year ago
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Preocupação com estiagem e os prejuízos para economia regional
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Praticamente sem ligação terrestre com os demais Estados, Manaus já sofre com a seca prolongada e baixo nível do rio Madeira A preocupação das autoridades políticas de Rondônia com o prolongamento do período de estiagem, que inclusivamente levou os governadores de Rondônia, Marcos Rocha, e Wilson Miranda Lima, do Amazonas, ambos do União Brasil, a Brasília, atendendo ao chamado urgente do presidente Lula da Silva (PT) e sua equipe, assusta. A seca do rio Madeira, que corta Rondônia, é uma das mais agudas dos últimos anos, talvez a maior de todos os tempos. A queda do nível prejudica a navegação e atinge diretamente Manaus, uma das maiores e mais importantes capitais do País, com cerca de 2,2 milhões de habitantes. Manaus praticamente não tem ligação terrestre com as demais regiões do País. A BR 319, com cerca de 800 quilômetros, foi inaugurada no primeiro trimestre de 1973 e hoje está abandonada, com a maior parte do trecho sem pavimentação e, no período de chuvas, o Inverno Amazônico, quando chove praticamente durante seis meses, não há como chegar a Manaus via terrestre. A capital fica dependente do rio Madeira e do transporte aéreo, que é limitado. Estamos em pleno Século 21, e os ecologistas da Selva de Pedra, que nunca vieram à Amazônia e ficam em gabinetes refrigerados, têm a BR 319 como a destruidora da Floresta Amazônica. Hoje, com toda a tecnologia disponível, é possível uma 319 transitável o ano todo, moderna, adequada à realidade e sem prejuízos para a ecologia, fauna, flora e humanos. Desde que o mundo é mundo, humanos, animais e floresta convivem entre si. Também não tem como negar que em todo segmento tem gente e “gente”, correta e corrupta, e, por isso, não é possível ter um Brasil moderno, eficiente, transparente, rico, desde quando foi descoberto com pedras preciosas, terras férteis o ano todo, clima privilegiado, enorme extensão territorial. Mas com boa parte composta de humanos corruptos que conseguem ignorar leis que existem, muitas, porém, não são cumpridas devido à impunidade. É um país rico e pobre. Retomando a preocupação com a estiagem, é necessário dizer que a maior parte da economia de Manaus depende do transporte através de navios e dragas pelo rio Madeira. Devido à longa estiagem, a navegação noturna já foi suspensa há tempo, e os bancos de areia forçaram a redução das cargas, com as embarcações transportando bem menos tonelagem do que o normal. A expectativa é enorme sobre o resultado da audiência dos governadores Marcos Rocha e Wilson Miranda com o presidente Lula. Uma seria decretar emergência devido à longa estiagem e firmar compromisso de urgência para que sejam realizadas dragagens em vários trechos do rio Madeira garantindo a navegação. Outra opção muito mais viável, além de econômica. Por que não utilizar a estrutura do Exército do Amazonas e Rondônia, como o 5º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) de Porto Velho e o 2º Gpt E em Manaus, para dragagem no rio Madeira? Não seria necessária nem licitação... Read the full article
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lcentretenimento · 4 months ago
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RedeTV cresce 841% na audiência com debate político
A RedeTV viu sua audiência disparar com debate entre os candidatos para prefeito de São Paulo. Excepcionalmente deixando de exibir os programas “Fica com a Gente” e “Qualé, Moré?”, a emissora apostou no encontro dos políticos em um horário alternativo, que não fosse noturno. Continue reading RedeTV cresce 841% na audiência com debate político
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re-can-to · 1 year ago
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relato de experiência - atendimento prévio às audiências de custódia
"a partir de agora, é sim, senhor; não, senhor. cabeça pra baixo e mãos pra trás. isso aqui é a prisão." (fala de um agente penal para uma das pessoas que havia acabado de chegar na prisão)
quantas ações são necessárias para reafirmar a todo custo que uma pessoa, por estar presa, não deve mais ser tratada como uma pessoa?
próximo ao complexo prisional de Benfica, é possível observar várias viaturas de polícia. umas passando, outras paradas, com policiais conversando. é um lugar que já fica cinza antes mesmo de você adentrar o presídio. parece que as coisas vão perdendo a cor sem a gente nem perceber, quando vê, você já tá de frente pra um grande paredão escrito "Instituto Penal Oscar Stevenson (O.S)", que é o nome da parte feminina do presídio.
"Instituto Penal" é o nome bonito que resolveram dar pra prisão?
nossa função lá é realizar o atendimento prévio às audiências de custódia. antes de conversar com algumas residentes do ano acima, eu não fazia ideia do que era isso; e acho que só entendi mesmo quando nossa atuação de fato começou. nunca foi um campo que eu estudei, ou que fiz estágio/extensão. não tinha nenhuma ideia mesmo do que acontecia quando se é preso, fora o que todos nós já estamos acostumados a ouvir sobre as condições precárias e insalubres do lugar e de que prender não é solução de nada, é só estancar problemas sociais a base de racismo e guerra às drogas.
a audiência de custódia é um momento muito breve em que o juiz vai decidir se a prisão foi legal ou não, se houve violência por parte dos policiais e se a pessoa vai aguardar o processo que está sendo acusado em liberdade provisória (com ou sem medidas cautelares) ou continuar presa preventivamente. o nosso atendimento tem como função produzir um relatório informativo para o juiz, com o objetivo de fornecer mais informações sobre a pessoa e seu contexto de vida, sempre com o intuito de que ela aguarde o processo em liberdade. além disso, também apontamos encaminhamentos na rede de assistência social e/ou de saúde, que possam melhor acolher essa pessoa e suas necessidades.
é claro que o que vemos, na nossa atuação, é muito pouco perto da realidade de quem está passando por essa situação e está nesse lugar 24h sob pressão. mas estar presente nessa dinâmica durante 4 horas semanais já é o suficiente pra revirar o estômago algumas vezes e delinear mil pensamentos diferentes ao longo do dia.
a violência se dá de diferentes formas: simbólica, física, verbal. mas ela sempre, sempre está presente nos corpos presos. 
num determinado atendimento, uma mulher, já chorando, segura levemente o choro e diz: "pode chorar aqui? a agente disse que não podia chorar." 
qual o nome se dá pra violência de não permitir nem o direito ao choro?
homens, jovens, negros, acusação: tráfico de drogas.
"eu já fui envolvido. não sou mais! tenho minha casa, minha família, consegui um emprego. é sério, eu não tenho problema nenhum de chegar e assumir a parada que é minha, sou homem, mas não vou assumir o que eu não fiz. quem tem que pegar mesmo, eles não pegam". (fala de um menino de 19 anos durante atendimento)
vários homens, jovens, negros enfileirados e algemados juntos passando
vários homens, jovens, negros dentro da carceragem, podendo ser vistos através de uma janela de vidro: expostos
e, mesmo assim, os escolhidos pelos agentes para participarem do atendimento são, de preferência, os brancos, acusados de não pagarem pensão alimentícia e que perguntam se vão ficar juntos de bandidos na cela. 
presenciar uma pessoa algemada é violento, é de uma violência que eu nem tinha noção do quanto doía presenciar uma pessoa chorando, colocando as mãos na cabeça enquanto está algemada, dói mais ainda.
a diferença visual entre os presídios: o feminino, com uma estrutura bem menor; o masculino, grande, imponente
sempre alguns agentes fumando (homens e mulheres), mesmo em ambiente fechado como se isso deixasse eles mais macho
às vezes, somos recebidos por eles com brincadeiras, outras vezes, com maior frieza ou indiferença
a televisão, sempre ligada no balanço geral
é um espetáculo 
e eles gostam.
já tive receio achando que iria me sentir oprimida, de alguma forma, nesse lugar
até perceber que corpos como o meu não se sentem assim lá: uma mulher cis, branca, psicóloga
não sou eu o alvo.
entendi o sentido desse cenário dentro de uma residência multiprofissional em saúde mental a partir de alguns fatores: a prisão é uma produtora de adoecimento psíquico; a população que ingressa na prisão é, majoritariamente, uma população em situação de vulnerabilidade, com diversas demandas de saúde, englobando aí as múltiplas questões sociais que ampliam o conceito de saúde. muitas e muitas vezes, pessoas em uso abusivo de substâncias, em grave sofrimento e em situação de rua. a nossa presença ali tem seu valor: além do acolhimento, podemos apresentar os dispositivos existentes no SUS e no SUAS que ofertam os cuidados que essa pessoa precisa. a estrutura do formulário também acrescentou muito na minha forma de analisar o contexto social de uma pessoa e pensar rápido nos serviços necessários a ela dentro de uma rede intersetorial.
historicamente, a prisão e o manicômio são irmãos
engrenagens da mesma lógica
de exclusão, repressão,
isolamento e apagamento
corpos que são escondidos e uniformizados para serem esquecidos
e a gente faz lembrar que estão vivos.
pode entrar, se senta ali, por favor?
fica à vontade, pode deixar as mãos da forma que quiser.
o atendimento começa e pode durar 15 minutos ou 1h e 30, como já durou. a pessoa pode optar por responder restritamente às perguntas que estão no formulário, sem nem mencionar o motivo da prisão; ou pode querer contar sua vida inteira dentro daquela sala minúscula para pessoas que acabou de conhecer.
é fato também que não conseguimos atender um número substancial de pessoas, principalmente no presídio masculino, onde o ingresso por dia é muito alto. no feminino, conseguimos atender um número relativo melhor. em média, fazemos uns quatro atendimentos por dia em cada presídio. a gente visa mais a qualidade, do que a quantidade. já que não vamos conseguir atender todos, que os que serão atendidos, sejam da melhor forma.
a licença médica é um tipo de liberdade provisória?
de quais outras formas a sociedade cerceia o direito de existir das pessoas?
na prisão, são chamados de "o(a) preso(a)" pelos agentes penais,
no hospício, ainda são chamados de "o(a) doente" por alguns médicos.
esse primeiro cenário, juntamente com as enfermarias do IPUB, fizeram minha cabeça efervescer. me convocou pra importância de, enquanto profissional de saúde mental do SUS, não deixar nunca sair do horizonte que o sistema prisional tá sempre por perto e, mais do que isso, entranhado em quem é preto, pobre, periférico e louco.
as ressonâncias dessa experiência não se esgotam, sei que ficaria as voltas tentando encontrar uma forma de finalizar. fora que ainda tenho mais três semanas pela frente de presídio às segundas feiras. daqui um tempo, posso retomar pra dizer como sigo sendo afetada.
as marcas já produzidas são de sentir mais os pés no chão em relação à realidade dura e crua do Rio de Janeiro e a sensação de que é sempre pelas brechas e pelos furos que a gente segue sobrevivendo.
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gabrielpardal · 4 years ago
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Todos os projetos um só projeto
Esses dias uma assinante da newsletter me mandou e-mail perguntando "Você desenha cartuns, escreve newsletter, publica livros e agora tem um podcast. Como você consegue fazer todas essas coisas?"
Não estaria errado responder que pra mim tudo é a mesma coisa. Mas esse seria o resumo.
Se prestar atenção (e se você me acompanhar em todos esses projetos) vai perceber que um texto escrito aqui se parece com um desenho publicado ali. É frequente no meu trabalho adaptar um mesmo conteúdo para diferentes formatos.
Se quero lançar uma ideia no mundo, eu faço um desenho. Acontece que isso não é tudo o que quero fazer. Eu quero mais. Gosto de ter mais do que 5 minutos de conversa com meus amigos, gosto de contar e ouvir uma história com início, meio e fim. A newsletter e o podcast são os projetos onde posso desenvolver mais esse tipo de conversa.
Mas, novamente, isso não é tudo o que quero fazer. Se eu sinto que um texto demanda mais de mim e que posso contribuir mais dando-lhe uma estrutura e mais informações, então eu penso nele para um livro.
Cada canal tem a sua particularidade.
Instagram
Os cartuns são pílulas, fragmentos de ideias. Representadas com o simbolismo que o formato permite, muitas vezes com a intenção de gerar uma piada ou aquele estalo mental da sacada. É como se a gente se encontrasse no elevador e trocasse umas palavras.
Newsletter
Já quem prefere sentar e tomar um café ou um chopp e conversar sobre as coisas que estão na cabeça, a newsletter é onde isso acontece. É onde lanço ideias mais elaboradas, geralmente a partir de leituras e pesquisas, para quem gosta de ir além de um "Oi, tudo bom?"
Podcast
O podcast fica no meio do caminho pois, embora seja feito a partir desses textos que escrevo e envio por e-mail, ele é falado em um tom coloquial e embalado por uma trilha sonora. É como se eu ligasse para você para te contar uma coisa.
Livros
Livro é outra parada. Livro é para quem quer ter conversas mais profundas. Livro faz companhia, que é uma coisa que não dá pra sentir no Instagram, por exemplo. Às vezes eu quero viajar com uma pessoa, passar dias com ela, dormir com ela. O livro é isso.
* * *
Uma coisa que aprendi trabalhando dessa forma há alguns anos é que a extensão de cada conteúdo determina muito a sua audiência.
Sei que meus livros alcançam menos pessoas do que minha newsletter. E que a newsletter alcança menos pessoas do que o Instagram. Não é preciso muito esforço pra entender o por quê, mas bati muito a cabeça para aceitar isso.
Entretanto, não acompanho o alcance do que faço. Não fico ligado em quantas pessoas estão curtindo ou comentando os posts, abrindo a newsletter, ouvindo o podcast, comprando os livros. Sei como fazer esses números aumentarem. Mas a forma de fazê-los aumentar não é a mesma forma de fazê-los melhor.
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bunkerblogwebradio · 2 years ago
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BRASIL, NARCO ESTADO
Mas qual a diferença entre narco-estado e narco-nação? É muito simples. Narco-estado é aquele no qual o tráfico de drogas está infiltrado na política e no judiciário, interferindo legalmente, e essa é a grande jogada desse povo, nas decisões do país. E nós transformamos em uma narco-nação quando as drogas são incorporadas ao cotidiano das pessoas, primeiro descriminalizando o consumo, depois o cultivo, depois a comercialização.
Mesmo tendo um presidente opositor a essa narco-agenda, que não é só brasileira, é mundial, já estamos avançados na implementação dela. Prova disso, por exemplo, é que em um dos canais de sucesso no YouTube, um dos apresentadores, fuma maconha diante dos entrevistados, faz apologia ao uso de drogas, e tudo é tratado na maior normalidade do mundo, por quase todos, entrevistados e audiência. E é esse tipo cada vez mais crescente de leniência que nos levará a ser uma narco-nação de fato. Em outros tempos, esse estúdio já teria sido mapeado pela inteligência da Polícia Federal e recebido uma carreata de Uber Black em dia de gravação.
Durante a pandemia o STF soltou mais de 35 mil presos, a pretexto sabe-se lá de que, ou porquê, ou quem sabe até por quanto. Tiraram bandidos das cadeias para não pegarem Covid, sendo que nos presídios, até a última informação que eu tenho, o índice de contaminação pelo flango flito foi menor do que do lado de fora deles. Entre os libertados, diversos líderes das facções criminosas, sendo André do Rap o mais famoso deles, ou pelo menos o que mais repercutiu. Mas não fica nisso, claro. As evidências do poder do crime organizado se espalham pelas instâncias do judiciário e do legilslativo, havendo inclusive parlamentares eleitos com dinheiro do tráfico e agindo como legítimos representantes dele. Quer mais? Ninguém explicou porque o ministro Fachin, em nome da pandemia, proibiu ações policiais apenas nas favelas do Rio de Janeiro. Por que só no Rio de Janeiro? Os milhões de moradores de outras favelas do Brasil não pegam flango flito? São imunes? O vírus não gosta deles?
Lula e José Dirceu não foram soltos apenas porque teriam o que dizer contra ministros do STF. Ele foi solto porque essa gente precisava deles para liderar o enfrentamento a esse governo e a essa agenda maldita. Basta ver como o tema das drogas está presente nos discursos de Lula. Basta ver como ele entende e trata a criminalidade de modo geral.  Basta ver as alianças que ele está fazendo, com quem anda falando, quem ele anda apoiando, exemplo disso Marcelo Freixo ao governo do Rio de Janeiro.
A esquerda no congresso defende aberta, raivosa e insistentemente as pautas que estão ligadas à ruptura social que leva à facilitação para que o que entendemos como crime deixe de ser crime, defesa essa que encontra eco também na cabeça de muitos magistrados: descriminalização das drogas, aborto, destruição da família, transformar pedofilia em doença ao invés de crime, proteger estupradores, desarmamento, fim das polícias, e por aí vai. Tudo isso fazendo parecer aos incautos que trata-se de progressismo, de esquerdismo, quando não passa de puro banditismo praticado no seu mais alto grau. E não agem sozinhos. Instituições como a OAB e diversos procuradores da república não apenas endossam como dão suas contribuições para que a sociedade fique à mercê da bandidagem.
Veja de quem são amigos esses defensores da transformação do Brasil em uma narco-nação: Venezuela, Bolívia, Cuba, FARCs colombianas, todos envolvidos com tráfico internacional de drogas, armas, pessoas e órgãos humanos. Um ministro do STF teve a coragem de afirmar que a Venezuela é uma ditadura de direita.
Todas as vozes contrarias estão sendo caladas, censuradas pela imprensa, pelas plataformas de redes sociais e pelo próprio judiciário através de inquéritos e ações ilegais e inconstitucionais, sem que a OAB ou o ministério público tenha saído em socorro da legalidade. É normal?
Vimos a operação Lava Jato ser destruída diante de nossos olhos, com cobertura da imprensa, enquanto deputados e senadores criaram leis como a Lei de Abuso de autoridade, sentaram em cima de projetos como o fim do foro privilegiado e a prisão em segunda instância, e ainda tentaram obter controle sobre o Ministério Público através de um projeto de lei controverso que daria a um conselho composto também por políticos, com poderes até para anular processos retroativamente, tipo anular todas as operações da Polícia Federal e acordos de delação premiada. Felizmente não passou, a despeito de, na minha opinião, muita gente da direita ter defendido por entender o Ministério Público como inimigo, quando o verdadeiro inimigo, nesse caso, é o judiciário que acolhe qualquer palhaçada que esses procuradores fazem. Se o judiciário agir apenas pela lei, em defesa do povo, que é sua função, não haverá espaço para que esse "inimigo" seja bem sucedido nas suas empreitadas.
Passa da hora de tirarmos as vendas dos olhos e enxergarmos o cenário feio como ele é. E é muito feio.
Não sei explicar exatamente porque  poucos articulistas comentaristas tem falado tão abertamente sobre esse assunto quanto eu falei aqui. Talvez medo de represálias, cancelamento ou até porque não enxergam o tema da mesma forma que eu, que posso até estar errado, ou medo de cadeia mesmo, porque quem tem grande alcance na mídia, que não é o meu caso, fica mais sujeito a ser penalizado pelos agentes dessa agenda socialmente caótica.
Fiz um apanhado raso da situação. Comentei apenas sobre o que é comentável por qualquer um que consiga juntar A com B através dos fatos, mas o buraco é profundamente mais embaixo. Não dá para lidar com isso tudo somente com retórica. Tem que ter força e disposição para enfrentar o sistema, e quem se atreve a isso precisa ter o respaldo da maioria da sociedade, caso contrário será dominado pela minoria doutrinada e associada a todos esses movimentos que visam dar o último passo na direção de uma narco-nação através das eleições para presidente.
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eclipse-idol · 3 years ago
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[INTERNET - ASIA] ECLIPSE UNCOVER #02: ZOE
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O eClipse:UNCOVER é um pequeno projeto lançado junto com o debut do grupo para que o público conheça mais profundamente cada uma das integrantes. Os episódios consistem em pequenos documentários feitos durante as gravações do mini-album Break Your Heart, contando da abordagem e do ponto de vista de cada integrante do eClipse, como se relacionam com a música, como se sentem chegando tão perto do debut, e o que esperam se tornar agora que estão finalmente trilhando o caminho de idol.
O segundo episódio do UNCOVER é o de Zoe, ACE do grupo; sendo lead vocal, lead dancer, lead rapper, visual, face e center do eClipse. Este episódio não é emocional como o de Yeona, que mostrou sua trajetória até se encaixar no conceito do grupo, mas sim mostra como Zoe carrega tanto peso nas costas representando tantas partes do eClipse, e mostra como mesmo sendo uma pessoa “fria”, ela usa essa característica para exercer seu trabalho da melhor forma possível.
Zoe começa gravando o vídeo dentro de um avião. Ela fica uns bons segundos se olhando na câmera, vendo como estava bela, seu cabelo arrumado, cheiroso, bem penteado e em forma. Depois disso ela finalmente dá um sorriso e começa a falar com a câmera.
[eClipse] Zoe: Ooo! Annyeong-haseyo.. eu me chamo Kim Sumin… e sejam todos bem vindos ao meu vlog - elá da uma piscadinha para a câmera - Agora eu tô num avião voltando pra Coreia… o Yang-oppa deu umas férias pra gente fazer o que quisesse antes do debut, e eu aproveitei que nem uma rainha - ela diz estalando o pescoço e sorrindo.
Bem, me disseram que era pra eu gravar um vlogzinho bem bonito dizendo como é minha visão pro grupo, o que espero pra ele e essas coisas, então cá estou eu…
Zoe para de falar por um momento, como se estivesse lendo uma notificação em seu celular. Ela revira os olhos, soltando um suspiro, mas dá uma risadinha olhando para a câmera. Depois de um corte, vemos Zoe novamente gravando, como se nada tivesse acontecido.
[eClipse] Zoe: Bem, onde eu estava….? Ah sim… o vlog… O vlog é para ser sobre o grupo, e sobre como eu me encaixo nele…. bem, a ChunJa-unnie disse que o grupo foi atomicamente moldado para ser perfeito, e cada uma das meninas que foram selecionadas adicionam uma série de fatores importantes e essenciais para que o grupo seja perfeito, e também disse que eu vou ser a peça chave disso tudo. Como é um grupo pequeno, todas terão um destaque incrível, mas né… todo o grupo precisa de um center, e a center do grupo vou ser eu. A Unnie disse que ela vê em mim todas as características de uma It Girl da nova geração… e sábia ela… por que está certíssima - Zoe joga o cabelo dando um sorriso encantador - então eu vou desempenhar praticamente todos os papéis possíveis que uma pessoa pode desempenhar… Porque? Por que eu sou perfeita, claro! Então eu vou ser lead vocalist, lead dancer, lead rapper, center, visual e face…caralh-- caramba…
Zoe fica um pouco impressionada, e logo ela levanta um papel vendo que estava descobrindo essas últimas informações que ela deu agora, lendo de um papel.
[eClipse] Zoe: Nossa…é realmente bastante coisa… mas olha bem pra mim - ela olha para a lente da câmera com uma expressão poderosa - Vocês podem esperar pela mais nova It Girl da 5° geração do Kpop chegando ai… e o nome dela é Kim Sumin… ou melhor: Zoe… a ChunJa-unnie disse que eu devia ter um Stage Name simples, que se comunicasse com a audiência internacional também, e eu achei Zoe perfeito!
O olhar de Zoe parecia preocupado toda vez que ela voltava a ler o papel, vendo tudo que teria que fazer, mas nunca deixava de ser confiante.
[eClipse] Zoe: Então… já que eu já me apresentei… vejo vocês mais tarde no estúdio - ela dá uma piscadinha, um beijinho, e desliga a câmera.
Quando o vídeo volta, Zoe e Melorie estão numa sala com alguns outros staffs e KJ, o lendário rapper do KPOP, da empresa Body&Seoul, eles conversam como se já tivessem se apresentado anteriormente, e já estivessem prontos para compor.
[eClipse] Zoe: A ChunJa-unnie achou que faria muito bem pra música a composição de um rapper experiente, então a Melorie sugeriu o Jongin-oppa, e ele aceitou o convite!
[KJ]: OPA! Boa tarde hoobaenims!
[eClipse] Melorie: AH! É um prazer te conhecer oppa! EU SOU FÃ DE TUDO QUE VOCÊ FAZ! Sério… pessoas gostosas com comportamento disruptivo e irreverente vão moldar a indústria como NUNCA! Né, Sumin?!
[eClipse] Zoe: --- É…! Isso…. é um prazer, oppa!
KJ é super educado com as meninas, sempre deixando elas falarem antes de responder, mesmo ele sendo sênior na indústria em comparação a elas. Melorie parecia super animada, mas Zoe um pouco receosa e com o nariz torcido em estar trabalhando com ele, mas não faz muito caso sobre isso.
Logo, o vídeo mostra eles se divertindo durante a composição, cada um com um caderninho, rindo e escrevendo coisas diferentes.
[KJ]: Hmmm.. “And I’m never gonna miss you”... AH! PUTA QUE PARIU EU SOU UM GENIOOOOOOOO!
[eClipse] Melorie: O QUE FOI, OPPA???!! FALA FALA!
[KJ]: CALMA! - ele diz enquanto termina de escrever, e logo começa a fazer o rap com um flow:
And I’m never gonna miss you
If you ever get an issue
I’m VOGUE Korea’s cover issue
Are you crying? Need a tissue?
[KJ]: PORRA ISSO FICOU MUITO FODA!
[eClipse] Zoe: OPPA! THAT’S SO HOT! MEUDEUS!
[eClipse] Melorie: AAAA! Isso já confere o que a Zoe tinha dito sobre ser modelo, e é FRIO PRA CARAMBA!
[eClipse] Zoe: Frio não, Melorie, acabei de falar: THAT’S HOT!
[KJ]: EU SEI PORRA! EU SOU MUITO BOM MANO! Essa música vai virar um hit do caralho, escrevam o que eu tô dizendo!
Eles pensam mais um pouco, debatem, riem, escrevem, apagam, até mostrar mais uma cena do processo.
[KJ]: E esse vroom vroom vroom aqui… precisa mesmo?
[eClipse] Zoe: Errr…. também acho bem cringe… mas a ChunJa não quer tirar essa parte…
[KJ]: Ué mas se ela gosta, então ela põe numa música dela--
[eClipse] Melorie: SAVAGE! HAHAHAH-- Meu deus oppa!
Zoe também cai na risada, não conseguindo segurar.
[eClipse] Zoe: Calma calma, eu tava pensando: por que a gente não introduz nesse verso que tá faltando o nome secundário da música… tipo
Like it's a game (play-play)
You pass the blame (shame-shame)
[KJ]: BOA-- Nossa, ficou bom pra não escancarar o nome de forma jogada no refrão… mas falta um verso pra fechar essa parte ainda..
[eClipse] Melorie: EU SEI! Já que você que ficou de doida, Sumin, por que não faz algo tipo “e assim eu fique como a vilã, e você o mocinho”...
[eClipse] Zoe: BOA!
Now we play the parts, I’m the devil, you’re the saint
[eClipse] Melorie: ISSO!!!!
[KJ]: CARALHO MENINAS! ESSA MÚSICA VAI FICAR PERFEITA!
[eClipse] Zoe: THAT’S HOT! É claro que vai, oppa!
A câmera mostra mais poucas cenas deles se divertindo muito enquanto escrevem a letra da música, em certo ponto quase como se fossem amigos casuais e não tivessem acabado de se conhecer. Logo Zoe é filmada cantando as partes que eles acabaram de escrever, e KJ e Melorie comemoram em ver o resultado, encerrando esta parte do vídeo.
Quando a gravação volta, ela já está sozinha na sala de gravação da Black Comet, com um microfone em sua frente, e começa a cantar.
A música sendo gravada desta vez é ‘GET OUT’, já revelada sendo a preferida de Zoe em outro programa que ela participou.
Should’ve known from the start
you were gonna break my heart
whatever you do I know you know that I can outsmart
Zoe faz seu rap quase como se estivesse com ódio, realmente conversando com alguém sobre o que a letra fala, diretamente em sua frente.
Uma coisa notável no processo de gravação dela é que mesmo estando apenas gravando sua voz, seu rosto segue as expressões faciais que a música pede, com ferocidade, um pouco de deboche e a beleza matadora.
The way things between us went down
took my crown
I’m aiming right on your head now
Podemos perceber que Zoe é a última a estar gravando sua parte, pois já tem os versos das outras garotas tocando no instrumental ao fundo, mas Zoe não fica dançando, apenas permanecendo séria o tempo todo enquanto grava sua parte.
I'ma vroom, vroom, vroom
My head’s too busy, you can’t get no room, room, room
Zoe passa algumas vezes o verso do “vroom” pois acha engraçado e um pouco clichê usarem onomatopeias daquele tipo na música, então acaba rindo em algumas vezes que precisa fazer aquela linha.
And I’m never gonna miss you
If you ever get an issue
I’m VOGUE Korea’s cover issue
Are you crying? Need a tissue?
Uma sessão inteira do vídeo é dedicada para cada vez que Zoe precisava soletrar o título da música “GET OUT”.
G-E-T-O-U-T
G-E-T-O-U-T
G-E-T-O-U-T
G-E-T-O-U-T
Zoe se mostra uma pessoa bem eloquente, pois mesmo inglês não sendo sua língua primária, ela consegue reproduzir perfeitamente os fonemas de cada letra em inglês, e até tentam passar uma vez em coreâno para ver como ficava, mas Zoe toma voz ativa e deixa bem claro que fica bem melhor em inglês, após verem a versão final.
G-E-T-O-U-T
Em seu último verso solo, ela quase derruba o microfone logo antes dele começar, mas consegue puxar ele novamente antes que caísse no chão, o que faz ela começar seu verso de rap um pouco desprevenida, mas o que só acaba sendo mais uma demonstração de seu talento nato, pois mesmo assim, consegue entregar suas linhas perfeitamente.
A câmera então corta para uma cena dela já fora da sua cabine de gravação, sendo filmada por outra pessoa.
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[eClipse] Zoe: Foi MUITO BOM! Não foi? Ahh é claro que foi! De primeira os oppas já disseram que saiu perfeito… essas coisas me enchem de confiança que eu tô seguindo o caminho certo…
O áudio muta, como se alguém de fora tivesse dito algo, que Zoe olha e começa a dar risada muito alto, deitando no sofá que estava sentada.
[eClipse] Zoe: Pois é… sabia que eu escrevi muita coisa da música? Quer dizer… tem situações bem específicas nela… que a gente escreveu com o KJ-sunbaenim… Eu tava até um pouco “hmmm pra que chamar um cara que não está ligado com a formação do eClipse pra compor uma das nossas músicas?” mas é… essa foi uma das poucas vezes na vida que eu tava errada… o jeito que ele escreve encaixou muito bem com o jeito que eu escrevo, e o jeito que eu queria que a música saísse… quer dizer, que a ChunJa noona…. mas saiu perfeito!
“The way things between us went down
took my crown
I’m aiming right on your head now”...
[eClipse] Zoe: Fala sério… THAT’S SO HOT! Então Oppa se você estiver vendo este vídeo… obrigadinha pela ajuda em construir essa obra prima….
Ela olha para trás da câmera, conversando com algúem.
[eClipse] Zoe: NOSSA-- Eu pensei em uma coisa… GET OUT realmente PRECISA ser single… tipo.. Okay, a gente divulga Break Your Heart por umas semanas e depois estende nosso debut com GET OUT?? SERIA PERFEITO! Eu preciso falar isso com o Yang-Oppa A-G-O-R-I-N-H-A! THAT’S HOT
Ela se levanta e se vira para porta, mas antes de alcançar ela, um produtor abre a porta do lado de fora, e põe metade do corpo pra dentro.
[P]: Sumin… a ChunJa precisa de você na sala de gravação de novo…
Zoe olha para a câmera com os olhos arregalados, mas dá um sorriso, e logo, a câmera corta. O vídeo volta na sala de gravação, com ChunJa falando com Zoe.
ChungJa: Então, garota… vamos resolver primeiro essa parte da gravação, e depois eu vejo se dá pra arquitetar isso daqui umas semanas...
[eClipse] Zoe: THAT'S HOT! Ah--- e o que você queria, unnie?
ChunJa: Já disse.. unnie não, Sunbae. Enfim, vamos mudar uma coisa na música… que vai ser ótimo se isso que você me falou acabar acontecendo mesmo… mas enfim que o último refrão da música vai ser seu… preciso dos seus vocais.
[eClipse] Zoe: SÉRIO? THAT’S HOT!
Zoe logo entra na cabine e passa o último refrão de GET OUT.
I’ll get out, get out, get out, I’m no fool
Get out, get out, get out by my own rules
Get out, get out, get out yeah, nah, thank you
G-E-T-O-U-T
(Get out, get out, get out)
Após mais um corte, vemos Zoe novamente naquela sala onde estava antes, falando sobre Get Out, porém agora ela está dançando pela sala, plenamente feliz com o feedback que recebeu lá dentro.
[eClipse] Zoe: ISSO VAI SER LENDÁRIO! Eu prometo que vou ficar amarga pelo resto da vida se a gente não performar GET OUT nos programas de variedade… sério é NECESSÁRIO!--
Zoe então para na frente de um pequeno espelho da sala e começa a cantar, olhando para si mesma, com toda a atitude feroz que mostrou desde sempre.
Should’ve known from the start
you were gonna break my heart
whatever you do I know you know that I can outsmart
[eClipse] Zoe: AHGGGG THAT’S SOOO HOT! É errado eu estar amando BEM MAIS GET OUT do que Break Your Heart??? Eu to animada de verdade!
A câmera continua gravando ela na frente do espelho por mais alguns minutos enquanto ria, dançava e cantava sua parte.
Um pouco mais tarde, a câmera volta, já filmando Zoe encostada no sofá, mais calma, mas ainda plenamente contente.
[eClipse] Zoe: Ahh… eu pensei tanto… as coisas que eu falei antes… de parecer ser bastante coisa… é tudo verdade, claro… também fiquei sabendo que eu vou representar o nome do grupo em contratos com marcas internacionais… e ir em eventos especiais… tudo representando o eClipse… e francamente… EU TÔ 100% PRONTA! Ver como as coisas acontecem bem de perto tá me deixando mais SEGURA do que nunca… mesmo não sendo a líder, eu quero muito ajudar a carregar as meninas o mais longe que eu conseguir… eu quero que o eClipse seja um grupo LENDÁRIO… reconhecido em todos os cantos do mundo… #1 até fora da terra HAHAHA--- mas sério… uma pressão dessas pode até assustar pessoas que não estão preparadas… mas eu tô absolutamente PRONTA!
O vídeo termina com Zoe sorrindo para a câmera, mas se perdendo em seus pensamentos de imaginar um futuro brilhante pro eClipse.
[DIVULGAÇÃO PARA BREAK YOUR HEART & GET OUT]
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schoje · 5 months ago
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Audiência pública em Araquari, na noite desta segunda (11), discutiu a necessidade da retomada da obraFOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL Lideranças políticas e empresariais dos municípios do Litoral Norte do estado solicitaram à superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Santa Catarina (Dnit-SC) urgência na retomada da duplicação do trecho da BR-280 que liga Araquari e São Francisco do Sul, paralisada desde o ano passado em função da necessidade de readequação do projeto. A manifestação aconteceu durante audiência pública promovida na noite desta segunda-feira (11) pela Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura da Alesc para debater o tema. Na condição de proponente do evento, que aconteceu na Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Araquari (Aciaa), o deputado Sargento Lima (PL) destacou a importância do trecho, de 36 quilômetros, para o desenvolvimento da região. “O forte trânsito existente na BR-280 vem trazendo grandes prejuízo para esses municípios, mas também para toda a região, e para o nosso agronegócio, podendo até mesmo, em algum momento, inviabilizar as nossas importações, além dos nossos pontos turísticos do Litoral Norte, razão pela qual precisamos discutir, com tecnicidade, este problema com o Dnit.” O presidente da Câmara Municipal de Araquari, Sidinei Xavier, manifestou-se no mesmo sentido. “Essa é uma demanda que não é somente de Araquari, mas regional. A BR-280, em meio ao nosso grande porto de São Francisco do Sul, praias e também a Barra do Sul, se tornou um grande gargalo, pois ninguém consegue mais andar, não tem movimentação. Então há uma grande importância de desafogo, de acompanhar o crescimento dos nossos municípios.” De acordo com o presidente da Aciaa, Vilmar Leoni, a interrupção da obra vem impedindo até mesmo o desenvolvimento do Porto de São Francisco do Sul, um importante catalisador de investimentos na região. “Já estamos esperando por essa duplicação há 20 anos e, para nós empresários da região, é de suma importância. O porto de São Francisco está querendo se desenvolver e essa obra que não sai. Imagine um caminhão parado três, quatro horas em uma fila, e são milhares deles.” O turismo também é outro setor que vem sendo fortemente afetado pelas condições de trafegabilidade da via, sobretudo durante a temporada de verão, informou o prefeito Balneário Barra do Sul, Valdemar Baraúna Rocha. Segundo disse, os moradores do município precisam utilizar estradas alternativas para se dirigirem a outras localidades ou para acessarem a BR-101. “É comum demorarmos mais de duas horas só para sair do município, situação que fica ainda mais difícil na temporada de verão.” Presente à audiência, o superintendente do Dnit-SC, Alysson Rodrigo de Andrade, apresentou os motivos para a suspensão da duplicação da via. “Esse projeto é muito antigo, remonta há outras décadas e inúmeros problemas surgiram, inclusive comerciais, naturais de uma região que cresceu tanto e que agora a gente precisa adequar para compatibilizar os preços dos insumos aos preços do contrato avencado lá atrás.” O novo projeto, disse, contará com novas previsões, como o contorno do Bairro Itinga, uma nova inspeção geotécnica para denotar problemas com viadutos, o contorno ferroviário, e também uma ciclovia, objeto do plano básico ambiental indígena. Ele disse ainda que a expectativa é que a obra seja retomada no próximo ano. “Nós já fizemos uma revisão, que agora vamos encaminhar ainda esse mês a Brasília para aprovação, para que possivelmente em 2024 possamos retomar essa primeira fase do empreendimento, compreendido entre o porto de São Francisco, no km 0 até o km 36, na divisa com a BR-101.” Retrospecto da obra Conforme apresentado durante a audiência, os trabalhos de duplicação da BR-280 iniciaram em 2018 e, desde então, sofrem com a falta de recursos e morosidade. O trecho entre Araquari e São Francisco do Sul (lote 1) é considerado pelo Dnit o mais complexo entre as obras em andamento nas rodovias federais de Santa Catarina.
Em dezembro de 2022, novos empecilhos surgiram: a necessidade de readequação do projeto e de um contrato complementar para o canal do Linguado e, ainda, a instalação de ciclovia nos 36 quilômetros do lote 1. O Dnit reservou R$ 80 milhões para o trecho, quantia considerada adequada para uso em 2023, sendo que parte dos recursos será usada também em desapropriações. Na retomada das obras de duplicação da BR-280 entre São Francisco do Sul e Araquari, o Dnit informou que deve priorizar dois trechos, com extensão de 17 quilômetros, somados. As frentes de trabalho prioritárias serão entre os quilômetros 3 e 17, no traçado novo (contorno) de São Francisco do Sul; e entre os quilômetros 25 e 28, em Araquari, onde será construído um elevado. Alexandre Back Agência AL Fonte: Agência ALESC
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unniedosdramas · 4 years ago
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Um milhão de títulos, mas vai levar, o de melhor de 2021 e só minha opinião importa.
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Eu achando que o drama da desgraça ia levar tranquilamente o de melhor do ano, eis que despretensiosamente esbarrei em #LawSchool.
Vocês sabem a tortura de esperar a semana passar pra ver ep sair né? Então fui caça drama pra suprir, o que eu achava que ia ser o drama insuperável do ano, fiquei entre dois dramas, e #SolHwi bateu o martelo e me conquistou, acabei aqui nesse drama jurídico, cujo os episodios eu maratonei até chega ao ponto de acompanha o drama e MEU DEUS....
Sei nem por onde começar pra falar desse hino, mas vamos lá, eu vou tentar.
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Como todo mundo sabe, Law School se apresenta no cenário jurídico, mas precisamente uma faculdade de direito, cujo os alunos basicamente aprendem na prática, inicialmente ele até parece aqueles dramas que você espera um motivo pra continuar vendo, e esse motivo não demora, alguém morre e você fica se perguntando quem foi? Por qual motivo? E por que? (Vou abri um parentese aqui só pra comentar que minhas habilidades de Sherlock nesse drama, mandou lembranças, não consigo palpitar em nada, mas continuando...)
É ai que o game começa, todo mundo é suspeito, até um renomado professor, que como um bom educador, aproveita a situação pra colocar seus ensinamentos em prática com os alunos, isso mesmo...
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Tô falando do Yang, carinhosamente conhecido como Yangcrates, o advogado que todo mundo quer na vida, o encantador de juri, o homem conhece a profissão como a palma da mão e sabe o que fazer com ela, ex promotor, atualmente trabalha como professor de direito na faculdade, basicamente ensina os alunos na prática, sua metodologia é ou você aprende, ou você aprende, não tem segunda chance aqui... E também é nosso primeiro suspeito de matar o professor Seo.
A medida que o drama vai caminhando você percebe que X da questão vai muito além do quem matou fulano? E quem apostou em questões do passado acertou! Por trás dessa morte, tem muita conta pra ser paga, muitas perguntas a ser respondida e aqui está a mágica do drama, ele praticamente te obriga a assistir pra você ter suas resposta... Sim meus amigos, inicialmente surge varios suspeitos, até que uma audiência ofusca a outra, e a gente fica aqui esperando como tudo vai se conectar, porque todos ali parecem ter um passado, que os levaram até ali, e acredito que a personagem que a gente mais sabe o que fez no verão passado, é ela...
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Kang Sol A, a perdida mais achada no rolê, a estudante que representa todos nós estudantes quando está numa roda de nerd, para ela tudo começou com um golpe, que acabou a levando pra faculdade de direito, mas a relação de Sol A com o Yang é de outros carnavais, a aluna e o professor, já se encontraram em outro cenário, onde Yang era promotor e a Sol A era rê, mas pegou a pena leve graças ao seu atual professor, até tenta dar um golpe pra alcançar os sonhados digitos que ela necessita na sua cardeneta do banco, mas sua irmã mais nova a convence a volta atrás e torna a mentira, uma realidade. E é assim que Kang Sol A adentra a faculdade de direito, depois de tentar dar um golpe no namoradinho(sim, porque eles são e só minha opinião e a de quem shippa #SolHwi importa)
E sabem o que? Temos aqui um referência a cinderela, só que Sol A não esquece um sapato, mais sim um livro que Joon Hwi guarda com todo carinho, pra jogar na cara dela na primeira oportunidade, é o casal do drama, e não sei qual o problema da JTBC não me entregar esse plot, parece que gosta de me ver todo santo dia pertubando no twitter, pra ver o casal acontecer, mas... Cof cof cof... RETORNANDO ...
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Por falar no casal, não posso falar dela e logo em seguida não falar dele, pode entrar Joon Hwi, mas conhecido como cachorrinho da Sol A, inclusive Kim Beon pode confessa que tu se apaixonou pela Ryu, eu deixo viu...
Joon Hwi é sobrinho do falecido e em um determinado momento também é apontado como suspeito de matar o tio, a única pessoa que o defende com unhas e dentes nesse momento é a namoradinha Sol A, por conta disso a JTBC me enfia um diálogo lá pelos eps finais do drama, onde ele justifica que todo esse carinho e cuidado que ele tem por ela é gratidão por ela ter se importado com ele, enquanto ninguém mais se importou quando ele mais precisou, eu sei viu Joon Hwi que é por conta disso, seu olhar e atitudes não mente desgraça, novamente custava JTBC me dar esse casal?
Mas falando sério gente, o alívio cômico desse drama é #SolHwi, o clima pesado e a tensão que o drama provoca, se alivia instantaneamente quando Kim Beon e Ryu contracenam, a química é surreal, um literalmente completa o outro, e não é porque eu shippo fortemente que vou negar este fato.
Eu poderia parar a resenha aqui, porque eles são o principalmente motivo por me fazer morar nesse drama, as migalhas... A JTBC NÃO TEM A MENOR PENA DE JOGAR, TEM GENTE QUE CHORA VIU JTBC? CHORA E PASSA MAL!
Mas enfim, nem sempre de shipper vive um drama, mas talvez um grupo de estudo sustente. Então bola pra frente que tem mais história pra rolar...
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Como eu falei anteriormente a trama vai se mostrando aos poucos que é construída com base no passado dos personagens, e o segundo que a gente sabe o que fez no verão passado é o Ji Ho.
Ji Ho perdeu o pai pras "Fakes News", por conta de boatos que destruiu tudo que ele construiu ao longo da vida, o pai dele suicídou-se, e a unica maneira de ele vingar a morte do pai é punindo o culpado, por conta disso decidiu se tornar um estudante de direito, com a finalidade de encontrar o culpado e puni-lo, a história do Ji Ho é mais um ponta solta que a gente espera se conectar com o caso principal. Não recordo agora se em algum momento ele se torna o suspeito pela morte do professor Seo, pois a única coisa que lembro é dele investigando o caso.
E por falar em suspeito, pode entrar Kang Sol B, dizem que a personagem gosta do Joon Hwi, porém nunca nem vi indicious, só sei que ela é a típica estudante que nasceu pra realizar o que os pais desejam, porém no passado, ela tem conta pra pagar, Kang Sol B, é suspeita pois professor Seo havia descoberto o plágio que ela cometeu para entrar na faculdade, porém descarto a possibilidade, pois acho o motivo fraquíssimo, e me desculpem quem gosta, mais não tenho muito do que falar dela, a não ser que apesar dela ter essa personalidade fria, no fundo bem lá no fundo ela é uma humana que se importa com seus colegas. É isso, sorry.
Agora deixem eu pular pra outro ponto alto do drama, o julgamento que deixou o primeiro em segundo plano, e que aborda um tema interessantíssimo, inclusive pra nós, mulheres!
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Yesul, pode entrar! Você e a bagagem que você carrega no drama, Yesul é a responsável de trazer para história o relacionamento abusivo. Ela namora um cara de status e sofre nesse relacionamento o pão que o diabo sambou em cima, e o julgamento dela é um dos piores, e arrisco a dizer que desperta gatilhos, pois o Juri ao invés de julgar o inconsequente, julga a vitima pela situação e cabe o squad elabora a defesa da amiga para ajuda-la a sair dessa enrascada.
É também nesse ep que a gente ver o Yang transformar um julgamento em uma sala de aula e faz sua aluna se defender da promotoria que insisti em vende-la pro juri como culpada, necessita uma participação da Sol A pro Juri entender como a banda realmente tocou.
Porém o julgamento não acaba ai, ele se estende para a sociedade, as pessoas continuam julgando a mulher pelas atitudes do macho e a gente é obrigada a ver uma cena dolorosa, onde a vitima é obrigada a se desculpar por ter vivido e dado fim da pior maneira possível em um relacionamento abusivo(acredito que esse também seja um dos motivos de que muitas mulheres ficam presa a relacionamento assim, por medo de serem julgadas como a errada da história), mesmo sendo ela a maior vítima da situação.
Alguns pontos que Law School faltou trabalhar, um deles foi nele, Seung Jae, sumiu depois de ter sido descoberto como Hacker, o único expulso da faculdade, até compreendo porque de todos, que de repente tem problemas na justiça, Seung Jae é o único que cometeu crime de verdade, apesar de saber que ele tem um passado como hacker, que é casado e vai ser pai, Seung Jae me deixou com um ponto de interrogação enorme na cabeça, qual a finalidade no drama? Quem é o personagem? Qual é sua história? Pra que veio?
Outro ponto Kang Dan, irmã gêmea da Sol A, o que ocorreu pra ela se mandar do país, trocar de nome e cortar laços com a família? Qual a relação dela com o Yang?
Ta vendo JTBC, tu tem que me dar uma segunda temporada!
E por fim, vamos falar do ser mais detestável do drama...
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O Deputado Ko, pra mim, tudo de ruim que aconteceu nesse drama, é culpa desse homem, e claro, pra fechar com chave de ouro, temos o cenário político como motivação.
Cada vez que assisto algo que encena o cenário político, fico imaginando que ele pode ser até mais podre do que é retratado em cena, mas não estamos aqui pra comentar a realidade e sim do drama, o Deputado como bom político que é, construiu uma reputação a base de fake news, e o que não era história inventada, ele fez acontecer de algum modo, seja via contatinhos ou medidas drástica,e quando a punição chega na porta, AAAAH OS REFRESCO, o primeiro tombo desse homem acontece no final do ep 15, no 16 pra ele é só ladeira baixo IRRAAAAAA.
Pra finalizar, Law School é um drama bem desenvolvido, com começo, meio e fim, que vale muito a pena acompanha, e ao contrário do que ele vende inicialmente, que é uma corrida pra encontrar um culpado, o drama na verdade vai te mostra a expor o culpado com maestria, uma aula pratica do YANGCRATES.
Sim, eu tô dizendo aqui e agora pra vocês que não assistiram (mas deviam ter assistido), que esse drama não se trata de encontrar um culpado, mas sim de como levar um culpado para ser punido pela justiça.
Acabamos?
Não, não acabamos porque temos alguns personagens que eu deixei de fora do meu enredo ai de cima mais que merecem atenção...
E a primeira delas é a Dean Oh Jung Hui, que se eu não me engano ocupa um cargo importante na faculdade, a bicha só aparece pra dar lacre em cima de quem gosta de fazer show e proteger seus alunos, de qualquer julgamento precipitado
A segunda é o "cérebro"(só quem assistiu sabe) do Yang, a professora Kim, sabe aquele povo que você não sabe para o que veio, que é uma incógnita é a professora Kim, a metodologia da mulher é praticamente dar uma falsa segurança pro inimigo, pra na hora certa dar o bote.
De resto é só personagem incompetente que prejudicou mais do que ajudou...
E o primeiro deles pode entrar promotor Jin, pra mim não serviu de nada, era só um falador que no final passa mal, me admiro que uma pessoa que trabalha com lei e justiça, se presta o papel de encobrir falcatruas pra subir de cargo, oh amigo você já tá errando, antes mesmo de começar.
Depois dele, o elenco mais desnecessário era o da polícia, foi mais do mesmo, na pressa pra se promover não investigava as coisas direito e depois achavam ruim quando levava um baile dos advogados.
Por fim, e com muita dor no coração, chegamos ao fim, ao fim do drama, pois minhas considerações finais vem agora.
Law School, é literalmente seu título, uma escola de direito, onde você ver futuros advogados aprendendo advogar, onde uma squad de estudante estrela com maestria o enredo, mesmo tendo suas bagagens pra carregar.
Obrigada #LawSchool, você entrou pra minha listinha como um dos melhores dramas que eu pude assistir e acompanhar ... Muito obrigada!
Mais um drama que entrou pra categoria "não aprendi dizer adeus, maa tenho que aceitar"...
... JTBC EU QUERIA MAIS.
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"A lei é uma justiça imperfeita. mas quando se ensina direito, a lei deve ser perfeita. E quando se estuda direito, deve ser sinônimo de justiça. Porque uma lei injusta é a violência mais cruel."
- Yangcrates
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Drama: Law School
Título Original: 로스쿨
Episódios: 16
Ano: 2021
Emissora: JTBC
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