#Festival Gestores em Movimento
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Festival Gestores em Movimento une música popular e de concerto neste fim de semana em São Luís
Apresentação do violonista Augusto Nassa no programa Pátio Aberto, do Centro Cultural Vale Maranhão, em 2020 Todo mundo já ouviu falar ou já pode testemunhar a riqueza, a força e a diversidade da cultura popular do Maranhão. Estamos em junho, mês em que isto pode ser demonstrado ainda mais intensamente na prática: grupos de bumba meu boi, tambor de crioula e cacuriá, entre muitas outras…
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#Augusto Nassa#Ângela Marques#bumba meu boi#cacuriá#choro#cultura popular#economia da cultura#Festival Gestores em Movimento#Instituto Cultural Vale#instrumental pixinguinha#Lei Federal de Incentivo à Cultura#maranhão#música#música de concerto#Rose Nogueira#Sala Guarnicê#tambor de crioula#teatro da cidade de são luís
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O álbum "Ela é Mulher Capoeira", que reúne canções gravadas em estúdio por mulheres capoeiristas da Bahia, será lançado nos dias 19 e 20 de janeiro. O disco é resultado do primeiro projeto musical de capoeiristas do gênero feminino, como uma ação do Plano de Salvaguarda da Capoeira da Bahia. As músicas ficarão disponíveis para download em MP3 nas principais plataformas digitais. O projeto é fruto do Festival de Música Maria Felipa no qual as finalistas tiveram a oportunidade de gravar 23 músicas em diferentes ritmos da capoeira, como Quadra, Ladainha, Chula e Corrido. O disco evidencia a expressão criativa das mulheres na capoeira e consolida o caminho para uma nova geração engajada na preservação dessa expressão. A programação do lançamento inclui uma roda de conversa com mestras de capoeira, seguida por uma roda de capoeira. Haverá ainda intervenções culturais, como o Ajeum, no Solar Ferrão, no Pelourinho, no dia 19 de janeiro. No dia 20, na Biblioteca Central dos Barris, haverá uma interpretação do Hino da Bahia, com a apresentação das intérpretes do álbum "Ela é Mulher Capoeira". A capoeira, tradicionalmente liderada por homens, tem limitado o protagonismo feminino, com poucas mulheres alcançando o título de mestra e muitas vezes não sendo reconhecidas como professoras, apesar de sua participação na prática ao lado dos mestres. O Coletivo Mulher na Capoeira Tem Axé tem buscado promover o empoderamento feminino na capoeira, estimulando não apenas o treinamento, mas também a ocupação de espaços de liderança, visando dar voz às questões do universo feminino. “O lançamento representa um marco importante no fortalecimento do papel das mulheres na capoeira e na promoção da diversidade étnico-cultural, respeitando os saberes afrodescendentes e africanos, além de aprofundar o entendimento sobre a história da formação da sociedade baiana”, destaca Mestra Princesa, presidenta do Conselho Gestor da Salvaguarda da Capoeira da Bahia. O projeto é organizado pelo Movimento Mulher na Capoeira Tem Axé, em parceria com o Movimento Cultural Viva Irará e o Conselho Gestor da Salvaguarda da Capoeira da Bahia, com apoio financeiro do IPAC, instituição que integra o Conselho Gestor da Salvaguarda da Capoeira. Programação: 19/1 (sexta-feira) Local: Solar Ferrão - Pelourinho 16h - Roda de conversa com as mestras de capoeira “Eu conto a minha história” 17h30 - Roda de Capoeira das Mestras 19h - Intervenção cultural de Encerramento e Ajeum 20/1 (sábado) Local: Biblioteca Central dos Barris 17h - Receptivo com o Grupo Mesa de Ogâs 17h40 - Hino da Bahia, interpretado pelas Karapaças 18h - Fala institucional 18h35 - Reconhecimento aos parceiros e parceiras 19h - Fala e apresentação das intérpretes do Álbum Musical “Ela é Mulher Capoeira 20h30 - Intervenção Cultural 21h - Encerramento
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A medicina do amanhã e a economia do hoje
“Medicina do Amanhã”, escrito pelo neurologista gaúcho Pedro Schestatsky, chegou em minha casa um dia após a compra em uma livraria virtual, gerando séria desconfiança sobre a existência de uma filial da varejista online na portaria do prédio onde moro. Tão rápido quanto a entrega foi o tempo de leitura das 222 páginas, cerca de quatro horas, divididas ao longo de duas insônias. Além de bem escrito, o conteúdo é fácil e interessante, ao propor uma nova mentalidade de encarar a medicina, a partir de ideias como os 5 Ps ou a sigla MAP (de Movimento, Alimento e Pensamento). Restava a mim achar uma justificativa para a publicação de uma resenha literária sobre saúde e bem-estar nesta coluna de temas relacionados ao universo econômico. Só havia um jeito: entrei em contato e perguntei para o Dr. Schestatsky, que, gentilmente, me “recebeu” para uma entrevista via Zoom em seu consultório na capital gaúcha.
“Saúde e economia sempre tiveram forte relação”, afirma Schestatsky. “A pandemia deixou isso muito claro, a saúde é a moeda mais valiosa”. Em seu livro, ele se dedica a explicar como a genética, a tecnologia, os comportamentos que adotamos e os ambientes que criamos ao nosso redor podem convergir na direção de mais saúde e qualidade de vida. Isso passa necessariamente pelo empoderamento do paciente e pela mudança de relacionamentos. “A base de todo o conceito é gerar uma tripla conexão: a do paciente com ele mesmo, para que deixe de delegar completamente sua saúde aos outros; a do paciente com o médico, em um relacionamento mais horizontal; e a do paciente com a tecnologia, de uma forma positiva”.
A ênfase na medicina de prevenção, um dos 5 Ps do livro, gera ampla economia de recursos, seja na esfera pública seja no âmbito das empresas, e a tecnologia é um forte aliado nesse processo. A tecnologia à qual Schestatsky se refere vai de dispositivos simples, como aplicativos de contadores de passos disponíveis em celulares, até o acesso a bancos de dados complexos, como o que mapeia informações genéticas, ferramenta da medicina preditiva, outro de seus 5 Ps. “O mapeamento genético mostra os elos frágeis, não são sentenças de morte. A boa notícia é que somos 18% genes e 72% ambiente”, pondera. Os outros 3 Ps da medicina são a proativa, a personalizada e a parceira.
A junção da tecnologia com a humanidade para forjar um novo comportamento médico nasceu em um momento crítico na carreira de Schestatsky. “Eu estava frustrado com a medicina tradicional e tinha descoberto uma pré-doença ao fazer um exame admissional, para ingressar no setor público. Descobri que tinha uma inflamação sem sintomas. ‘Fique doente e volte para se curar’ era o que os médicos me diziam”, conta, destacando a reatividade da categoria, contra a qual se rebela, pregando a proatividade no segmento.
Pedro SchestatskyDivulgação/Raul Krebs/Veja Rio
Em todo esse novo conceito, o cérebro desempenha um papel fundamental. E, para alinhar os eixos, Schestatsky criou o MAP. “Nosso cérebro depende de Movimento e Alimento”. O médico é ferrenho defensor da tese de que devemos dar 10 mil passos por dia, todos os dias, para melhorar a oxigenação cerebral. Ele não está propondo maratonas, são movimentos naturais, do dia a dia. Tão benéfico quanto o Movimento é o Alimento, resumido em dietas saudáveis, de comida “viva”, como a mediterrânea (pode vinho!). O Pensamento, vertical que completa o tripé, apoia-se na respiração, com ganhos na interatividade neuronal, gerenciando estresse, relacionamentos, sono, propósitos de vida. Desta forma, os hábitos diferentes podem ser implementados aos poucos em nossas rotinas – há dicas práticas no livro. O resultado impacta positivamente no microbioma (a ligação entre cérebro e intestino é um dos capítulos mais ousados), afasta males como o de Alzheimer e, de brinde, nos oferece oito anos a mais de expectativa de vida.
Quanto mais MAP, menos remédio na equação. “O MAP é anti-inflamatório, antidepressivo, anticâncer, aproximador de pessoas e redutor de remédios”, enumera.
Sem TV no quarto Segundo Schestastky, sua lógica se baseia na máxima de que o ambiente sempre vence. “É mais fácil mudar o ambiente do que os hábitos. Não adianta comprar no supermercado um monte de junk food e dizer que é para as visitas. A visita vai à sua casa por você, não pela comida. Se não tiver refrigerante na geladeira, a sua família não bebe”. Outro vilão, ensina, é um monte de TV espalhada pela casa, principalmente no quarto de dormir. “Sabe por que eu não assisto a TV antes de dormir? Porque eu não tenho TV no meu quarto! Não tenho como ficar insone”, diz, enfático, destacando que também despreza o controle remoto em sua batalha contra a inércia que impera nos sofás.
“Ande a pé, vá ao trabalho de bicicleta, more perto de uma feira orgânica, crie um ambiente que facilite escolhas saudáveis.” A partir dos alimentos, ele nos faz refletir sobre a naturalidade com a qual aceitamos ingerir diariamente substâncias químicas desconhecidas. “Não compre alimentos com palavras no rótulo que você não sabe nem o que significam”.
A fórmula que Dr. Pedro Schestatsky procura passar a seus pacientes e leitores é simples, trivial até. De algum modo, a partir da crença de que o ambiente sempre vence, ele procura reproduzir as Zonas Azuis de Dan Buettner e da National Geographic por aí. As chamadas Blue Zones são cinco regiões do globo que, por questões geográficas e culturais, oferecem um ambiente e estilo de vida que propiciam alto índice de longevidade e maior qualidade de vida. De posse de mais um dado, vem a ideia de planejamento urbano. “Você já ouviu falar do Raio da Vida? Pois saiba que passamos 80% do tempo de nossas vidas em um raio de 3,6 milhas. Em cada um desses círculos, as cidades poderiam ter, de modo planejado, uma feira, um posto médico, uma escola que ensine o poder dos fermentados às crianças, um limite para restaurantes fast foods, e assim por diante”.
Interesses capitalistas O que Schestatsky propaga bate de frente, muitas vezes, com interesses capitalistas de indústrias poderosas atualmente, como a farmacêutica, a alimentícia e a hospitalar. “Cerca de 80% das causas de morte são preveníveis, causadas por remédios, cigarros, má alimentação”. Ele questiona lucros excessivos, ética publicitária e outros mecanismos difundidos pelo sistema, como a remuneração dos médicos pelos planos de saúde. Mas cita alguns movimentos de mudança, como o da operadora de saúde norte-americana Kaiser. “A remuneração dos cooperados, nesse caso, além de salários, se dá com base em seu desempenho anual, com métricas que vão desde a redução de internações por ano, passando pela melhoria dos níveis de glicose e colesterol dos pacientes atendidos até o número menor de intervenções cirúrgicas”. O método é o oposto do vigente hoje em muitos países, onde a remuneração dos médicos ocorre em função do número de procedimentos prescritos ou do número de pacientes que pipocam em consultas-relâmpago de 15 minutos.
Se as indústrias não se reinventarem – algumas já vêm enxergando isso -, Schestatsky acredita que não vão sobreviver, por mais poderosas que sejam. Ele cita o emblemático caso Blockbuster versus Netflix para ilustrar, pois há os que se apegam à vaca leiteira, até a última gota. Certa vez, ouviu da boca de um gestor de uma rede nacional de hospitais: “Pedro, as suas propostas preventivas são interessantes, só que hospital é que nem teatro, temos que manter a casa sempre cheia.”
Filho de um professor de medicina, Schestatsky, que também é professor, deixa claro que sua filosofia não é contra remédios, ao contrário. “Se o paciente pede, vou ouvir e posso receitar, não há problema. O remédio é mais uma ferramenta importante para termos saúde, só que deve ser usado na hora certa”.
“Somos o país com o maior número de pessoas depressivas e ansiosas do mundo”
Pedro Schestatsky
Schestatsky correlaciona os ambientes economicamente doentes em que vivemos com taxas de suicídio e casos de depressão. Infelizmente, o Brasil se destaca nesse ranking. “As pessoas se afundam em comida, em busca de dopamina por causa de uma dor, muitas vezes, a dor da desigualdade social, das dificuldades econômicas”, lamenta. “Aqui, temos 8 suicidas a cada 30 minutos, um país com o maior número de pessoas depressivas e ansiosas do mundo”. O dado assusta, principalmente se confrontado com o fato, descrito no livro, de que somos o sexto mercado farmacêutico, atrás de EUA, China, Japão, Alemanha e França. No Brasil, existe uma farmácia para cada mil habitantes, mais que o dobro do indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Medicina do Amanhã” (Gente Editora) é um livro que nos obriga a pensar sobre saúde e bem-estar, por isso mesmo toca em muitas feridas. Pergunto ao Dr. Schestatsky se ele não enfrenta uma jornada quixotesca com suas ideias. “Ao contrário do Harari, que eu adoro (Yuval Harari, escritor de Sapiens), eu sou um otimista. Acredito nos jovens, na informação, na transformação”. Ele destaca que o poder de decisão está em nossas mãos. “Vamos migrar de pacientes a agentes. E, para quem acha que o sistema sempre vence, digo que podemos amenizar as perdas.”
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Os 20 álbuns que podem ter-te escapado | 2020
Estamos a chegar ao último capitulo de um ano extraordinariamente bizarro, estranheza essa que faz com que ecoemos nas nossas cabeças um qualquer episódio de "The Twilight Zone", série norte-americana apelidada por Portugal de “No Limiar da Realidade”. Nesta obra de ficção cientifica acontecem coisas bizarras e que dificil imaginação no dia a dia... Basicamente estamos a descrever o ano que acabamos de viver, melhor dizendo, o ano que acabamos por sobreviver.
Um novo vírus de transmissão humana, uma pandemia, um estado de prisioneiros em casa resultou num processo nunca dantes vivido retirando-nos prazeres básicos da vida e que dávamos por garantidos. Um deles é a ida a um concerto ou a um festival de música. Apesar de uma retoma gradual nas atividades culturais, se bem que ainda bastante limitada, continuamos a sofrer por não termos desfrutado em 2020 de mais um verão passado por entre os variados concertos e pelas tradicionais idas a festivais.
Nesta recta final de ano costumamos apresentar os nossos tops de melhores músicas e/ou melhores álbuns do ano. Como tudo tem sido tão atípico, nós pelo headLiner, resolvemos também fazer algo incomum ao que vem sendo tradicional.
Assim deste modo, invés a esses tops, decidimos apresentar uma listagem de 20 trabalhos discográficos editados em 2020 e que foram álbuns de muita qualidade porém sem terem sido tanto falados ou terem tido tanta visibilidade. Não há uma ordem específica, nem uma pontuação ou escala. A escolha foi realizada por Edgar Silva e Luís Silva, gestores do headLiner.
Baxter Dury - The Night Chancers
Baxter Dury é um veterano nestas andanças, sendo este ‘The Night Chancer’ já o seu sexto álbum, no entanto, nesta lista a dimensão que o artista possa ou não ter diz-nos muito pouco. A verdade é que a primeira música de 2020 que me fez abusar no replay foi a 1ª faixa deste álbum, “I’m Not Your Dog”, uma música que logo nos 1ºs segundos conquista-nos com a sua batida forte acompanhada pelo um bonito conjunto de violinos. A spoken word do artista britânico em conjunto com a sua voz grave, poética e imponente faz apaixonar qualquer um que o ouve, e neste ‘The Night Chancer’ não é exceção.
~~ escolha de Luís
Mac Miller - Circles
Poderá estranhar ver este álbum do Mac Miller, artista com um renome incontornável, milhões de fãs por esse mundo fora e que infelizmente deixou-nos muito novo (26 anos) no ano de 2018. No entanto, devido ao ano atípico que vivemos, ‘Circles’ poderá ter passado despercebido a muitos, ainda mais se não são os maiores apreciadores do artista (como nós). O álbum póstumo do artista foi lançado bem no inicio do ano, a 17 de Janeiro, e quem o ouve sente-se logo invadido pelo talento inegável do artista. Sendo este conhecido no mundo do hip-hop, ‘Circles’ distancia-se desse cenário navegando entre o R&B, indie-folk ou synth-pop. Um dos grandes trabalhos discográficos do ano de 2020, sem dúvida.
~~ escolha de Luís
Poliça - When We Stay Alive
Este 5º álbum dos Poliça não será, com certeza, o mais “vistoso” deste projeto liderada pela norte-americana Channy Leaneagh e que existe deste 2011. Apesar disso tem boas malhas como “Driving” ou "Forget Me Now" e no seu geral fazem parte de um trabalho discográfico relevante deste 2020. São uma referência dentro do synth-pop no qual diversos estilos são mergulhados tais como R&B e o rock alternativo. O título deste disco, ‘When We Stay Alive‘, está intimamente ligado à vida de Channy Leaneagh. A artista sofreu um gravíssimo acidente em sua casa e que a deixou acamada durante meses. Felizmente recuperou bem, tal pude constatar na sua estreia ao vivo no nosso país na Casa da Música no Porto. O concerto aconteceu dias antes da pandemia eclodir por Portugal e tive a oportunidade de o presenciar. A reportagem desse concerto pode ser lida aqui.
~~ escolha de Edgar
Yves Tumor - Heaven To A Tortured Mind
Quem ainda não viu Yves Tumor ao vivo, recomendo-o vivamente que o vejam (e tem a oportunidade de o fazer no Festival Paredes de Coura 2021). Foi com a sua explosiva, excêntrica e possante performance no NOS Primavera Sound em 2019 que saltou-me à vista o seu trabalho. Felizmente logo a seguir, neste ano de 2020, editou um dos seus melhores (se não mesmo o melhor) disco da sua carreira até ao momento, ‘Heaven To A Tortured Mind’. Um rock carnal, como escreveu a Pitchfork, sendo um dos artistas mais interessantes e experimentais da atualidade que transparecem na sua música.
~~ escolha de Luís
Porridge Radio - Every Bad
A cena post-punk está a explodir, principalmente no seio da cena britânica. Oriundas de Brighton, uma das cidades responsáveis por esta afirmação, as Porridge Radio mostram que o poder feminino tem uma palavra a dizer neste género musical. Provavelmente desde as londrinas Savages, que não víamos um banda feminina a ter a atenção devida neste mundo. O quarteto editou o 2º disco de estúdio, ‘Every Bad’, um dos álbuns mais explosivos deste ano e uma das bandas a ter em atenção nos próximos anos.
~~ escolha de Luís
Tennis - Swimmer
Alaina Moore e Patrick Riley além de serem um casal, formam este duo apelidado de Tennis. Oriundos de Denver nos Estados Unidos da América fazem música juntos já há bastantes anos. Não têm muita visibilidade no continente europeu, no entanto, estou atento à carreira deles há bastante tempo, acredito na qualidade da sua música e nas suas possibilidades. Este ‘Swimmer’ foi lançado no Dia dos Namorados em 2020 e com uma expetativa em alta pois ‘Yours Conditionally‘, o anterior trabalho discográfico, é um disco incrível e que recomendo igualmente uma audição atenta.
~~ escolha de Edgar
Hamilton Leithauser - The Loves Of Your Life
A vida deste músico multi-instrumentista e cantautor fez-se notar em grande estilo nos primeiros 10 anos de vida do atual século. Hamilton Leithauser fez parte do trio The Walkmen, uma das bandas mais excitantes no mundo durante aquele período. A banda entrou em hiato, tal provocou o inicio de uma nova aventura em nome próprio, e ao seu 2º álbum com ‘The Loves of Your Life’, oferece ao mundo um trabalho extraordinariamente sólido da primeira até à última faixa. Até agora uma auspiciosa carreira a solo e à qual dedica uma energia inesgotável semelhante aquela que pude visualizar nas duas vezes que o vi ao vivo.
~~ escolha de Edgar
Tom Mish & Yussef Days - What Kinda Music
Nunca tínhamos sido chamados a atenção de Tom Mish, um jovem artista de 25 anos, que sempre fugiu para o pop, R&B, funk. Neste ‘What Kinda Music’ colabora com o experimentalista baterista, Yussef Days, um dos artistas mais interessantes da nossa geração e dentro da cena jazz, que ficou mais conhecido por colaborar com Kamaal Williams no seu projeto comum, Yussef Kamaal. Com a colaboração de Tom Misch e Yussef Days, o som do jovem artista britânico ganha uma nova roupagem onde o forte instrumental faz uma fusão perfeita com a sua voz, dando resultado num dos álbuns que mais consumi neste ano: ‘What Kinda Music’.
~~ escolha de Luís
Disq - Collector
Disq foram uma das bandas que descobrimos neste ano de 2020 e uma das que mais suscitaram a nossa atenção. Não é ao calhas que “Daily Routine”, single do álbum de estreia, foi uma das malhas mais ouvidas no nosso Spotify. Os americanos Disq editaram então em Março o seu álbum de estreia intitulado, ‘Collector'. O álbum conta, de uma forma literal, histórias e dificuldades da adolescência da banda de Wisconsin, acompanhadas por um som distinto e característico com influências indie rock, post-punk e power pop.
~~ escolha de Luís
King Krule - Man Alive!
Dentro da cena alternativa, King Krule é provavelmente um dos nome mais forte e mais conhecido desta lista. Porque? Bem, uma das razões é porque achamos que o seu 4º disco não teve a atenção que entendemos (quem somos nós?) que deveria ter tido. ‘Man Alive!’ até pode não ser considerado o melhor álbum de Andy Marshal, isso também acontece porque o jovem britânico editou já geniais discos como o seu de estreia ‘A New Place 2 Drown‘ ou mais recente de 2017, ‘The OOZ’. No entanto, este ‘Man Live!’ mostra-se um disco bem consistente deste a primeira faixa “Cellular” até à última “Please Complete Thee”, passando por grandes malhas onde o jazz e o dark wave se cruzam. No fundo, ouvir qualquer coisa de King Krule sabe sempre bem quando acompanhado por com uma luz a meio faz e um copo de tinto na mão.
~~ escolha de Luís
Yakuza - AILERON
O jazz que outrora ouvíamos através da trompete de Miles Davis, do contrabaixo de Charles Mingus o do saxofone de John Coltrane, evoluiu, adaptou-se tal como toda a música tem feito ao longo dos seus longínquos anos de existência. Chamam-lhe new jazz e tem ganhado grande notoriedade graças a artistas como Nubya Garcia, The Comet Is Coming, Kamasi Washington e muitos outros. O trio lisboeta Yakuza veio escrever a sua historia no new jazz da cena portuguesa, e fizeram-no ao lançar o seu excelente disco de estreia, ‘AILERON’. Gravado nos conhecidos estúdios HAUS, viaja por cerca de 45min pelo jazz groovy, funky e muito dançável, bem característicos do tal novo movimento que tem trazido à tona grandes artistas.
~~ escolha de Luís
Widowspeak - Plum
‘Plum’ é o 5º álbum deste projeto oriundo de Nova Iorque e que atualmente é guiado pela cantautora Molly Hamilton e pelo guitarrista Robert Earl Thomas. Anteriormente já me tinha cruzado com esta banda porém só mais recentemente com os primeiros singles deste novo trabalho é que realmente cativou-me a ouvir mais.
~~ escolha de Edgar
Muzz - Muzz
Paul Banks dos Interpol, Matt Barrick e Josh Kaufman colaborador assíduo de diversas bandas tais como os The National formam esta super interessante banda. Este é o seu álbum de estreia, lançado via Matador, contando com excelentes temas tais como "Red Western Sky" ou "Knuckleduster". Paul Banks (com a sua inconfundível voz) para mim é um dos fatores diferenciadores, em Muzz demarca-se um bocadinho do seu projeto âncora e de sucesso indiscutível.
~~ escolha de Edgar
Pottery - Welcome To Bobby's Motel
Pottery diz-vos alguma coisa? Não? Pois bem, é mais uma banda que editou neste ano de 2020 o seu disco de estreia, assinando logo por uma das editoras discográfica que tem mais dado que falar, a Partisan Records, discográfica de bandas como IDLES, Fontaines D.C. ou de Laura Marling. O quinteto de Montreal, Canadá, editou ‘Welcome To Bobby's Motel’ a 26 de Junho. Querem um motivo para ouvir esta banda? Ouçam logo a 1ª malha da banda. As comparações com bandas como Talking Heads ou o mais recentes Parquet Courts é inevitável com o seu funky acelerado marcado pela excelente bateria deste incrível e divertido álbum.
~~ escolha de Luís
Mild Orange - Mild Orange
O radar do headLiner percorre o planeta e está sempre a captar novas ondas sonoras. O primeiro trabalho discográfico auto-intitulado deste quarteto da Nova Zelândia provocou-me boas sensações nas vezes que o ouvimos de ponta a ponta. A dream-pop está lá em toda a sua a majestade e o indie rock também dá um ar de sua graça no som destes neozelandeses. Parece-me que o potencial está todo lá...
~~ escolha de Edgar
Slift - UMMON
Apesar de variados concertos pelo norte lusitano, inclusive num festival que muito acarinho o festival Rodellus, ainda não os consegui ver ao vivo. O nome ficou na retina e o som nos meus ouvidos. Estes franceses têm um portentoso som e diz quem os viu ao vivo que são incríveis. Com ‘UMMOM’ estes franceses de Toulouse conseguiram levar mais além a sua discografia tendo inclusive realizado uma sessão ao vivo para a bem conhecida rádio norte-americana KEXP.
~~ escolha de Edgar
Hinds - The Prettiest Curse
Estas 4 jovens espanholas oriundas de Madrid já se chamaram de Deers, porém, tiveram de enfrentar um processo judicial por causa do nome ser idêntico ao de uma banda canadiana. Devido a isso no final de 2014 mudaram para Hinds e o seu percurso de ascensão não teve mais entraves. Ao terceiro álbum de estúdio com este ‘The Prettiest Curse’ o seu garage rock não passou despercebido à crítica internacional. Ao apurado radar do headLiner também não!
~~ escolha de Edgar
Sports Team - Deep Down Happy
Sports Team é mais uma banda de uns miúdos que surgiu do nada, e que neste álbum de estreia, ‘Deep Down Happy’, já vem marcar forte a sua presença neste mundo vasto do showbiz. Os seis elementos conheceram-se na conceituada universidade de Cambridge, onde deram inicio a este percurso ainda curto. Apesar de já se ter lido que esta banda veio dar uma lufada de ar fresco ao movimento Britpop, este disco de estreia mostra que a banda britânica bebe também de bandas norte-americanas alternativas como Parquet Courts ou dos veteranos Pavement. Só uma “pequena” curiosidade deste disco de estreia, foi o nº2 nos UK Charts ficando apenas atrás do disco de Lady Gaga, ‘Chromatica‘.
~~ escolha de Luís
Três Tristes Trigues - Mínima Luz
Seria muito difícil de não dar destaque ao regresso aos álbuns da banda histórica dos anos 90 portuguesa, os Três Tristes Trigres, projeto do duo Alexandre Soares e Ana Deus. Passado sensivelmente 22 anos (!!!) desde o ultimo disco de originais, o duo portuense volta com ‘Mínima Luz’. Neste disco a banda conta com colaborações de luxo como Fred Ferreira na bateria (Orelha Negra, Banda do Mar, Buraka Som Sistema), como da harpista Angélica Salvi ou como letras de Regina Guimarães e de Luca Argel ou de poemas traduzidos e adaptados de William Blake e Langston Hughes. Um dos álbuns fortes nacionais, e que deve ser escutado e re-escutado com muita atenção.
~~ escolha de Luís
Bully - SUGAREGG
A banda Bully sofreu um valente reset e o coletivo formado por três músicos passou a ser o projeto a solo de Alicia Bognanno, oriunda de Nashville . Surpreendente é o adjetivo que empregados para este ‘SUGAREGG’, o primeiro a título individual da artista de 29 anos. Editado pela bem conhecida Sub-Pop este álbum de rock alternativo com laivos grunge merece uma audição atenta. Trata-se igualmente de um grande triunfo pessoal da artista pois tem vindo a ultrapassar um diagnóstico de bipolaridade.
~~ escolha de Edgar
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Produtor cultural, produtor musical, técnico de áudio, educador social, ativista e agente cultural atuante desde a década de 90, e por que não dizer apaixonado por tudo que faz.. Possui uma vasta e eclética experiência de trabalho com cultura e economia criativa, principalmente no meio musical. Foi coordenador de produção no projeto do Ministério do Trabalho, Consórcio Social da Juventude e gestor em vários projetos da Prefeitura de Fortaleza. No ramo da produção cultural, produziu mais de 100 festivais de música, encontros culturais, acampamentos de juventude e produção em geral. Tendo participado da equipe de coordenação da Movimento Independente de Rock Cultura (MIRC), participado de produções como Feira da Música, Tendas da Juventude, Acampamento Latino Americano de Jovens, Festival Distorção, Mirc Rock Cearense, Festival de Música da Juventude, Viradão da Juventude, Festival Rock Vive e vários outros eventos realizados em parceria com coletivos do Ceará. Atualmente trabalha como Coordenador de Cultura na Rede Cuca em Fortaleza. Semana Mundial do Rock Nossa cena. https://www.instagram.com/p/CCtpKVblkEk/?igshid=1k3f2n4i60xsf
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ACREÚNA FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA
O Acreúna Festival Internacional de Cinema é o evento audiovisual mais importante do sudoeste goiano. Acreúna é a primeira cidade da região a desenvolver um projeto de empreendedorismo baseado no Audiovisual. Desde 2010 vem transformando as possibilidades criativas e empreendedoras dos jovens Acreunenses com a criação do cineclube 7ª Arte localizado na Biblioteca Municipal Jerônimo Martins Márquez, dependente da Diretoria de Cultura da Secretaria de Educação. Coordenado pelo fotografo e artista plástico Ruyter Fernandes, diretor de cultura, premiado em diversos eventos fotográficos e concursos de artes plásticas em Goiás e no exterior.
Em 2010, o 7ª Arte participou do “Programa Cine Mais Cultura” do Governo Federal e concorreu junto a mais de mil projetos dos 27 estados da União e foi um dos dois selecionados no Estado de Goiás, sendo contemplado com equipamentos e material de exibição que permitiria fomentar o audiovisual na cidade. Neste ano, o 7ª Arte participou do “Prêmio Cultura Viva” Concorrendo com 1.794 projetos de 750 municípios, ficou entre os 10 finalistas que receberam o “Selo Cultura Viva” na categoria de Gestor Público. Em 2011, Acreúna foi convidada a participar do “Anápolis Festival de Cinema”, que realizou o “Encontro Anápolis de Cineclubes do Centro Oeste”, onde começou a participar ativamente do movimento Cineclubista junto ao Cineclube Xicara da Silva de Anápolis e Cineclube Cascavel de Goiânia. Em 2014, participou do Projeto “Câmera Cotidiana” que capacitava 15 arte-educadores de escolas públicas e pontos de cultura, selecionados para capacitar jovens para a produção de vídeos de bolso, por meio do curso de qualificação de multiplicadores e desenvolver o audiovisual nos municípios. Acreúna participou com mais de 20 produções audiovisuais e foi premiada no “Circuito Câmara Cotidiano” com o filme “Candidato Especial”, uma realização coletiva e com a direção de “Heytor Augusto” que estará presente na Mostra Acreunense deste ano.
O Cineclube 7ª Arte participou do Encontro de Cineclubes Goianos realizado na Vila Cultural Cora Coralina, em Goiânia, no dia 14 de maio de 2014, onde se estabeleceram as seguintes propostas, realização de oficinas de formação cineclubista, mapeamento dos cineclubes, criação de uma comissão para a participação do 29º Encontro do Conselho Nacional de Cineclubes em Itaparica (Jornada Nacional de Cineclubes), na Bahia e a realização do 1º Encontro de Cineclubes de Acreúna. No mesmo ano, o 7ª Arte participou do 2º Encontro de Cinema e Educação, um Encontro de Projetos que envolvem Cinema, Cineclubismo e Educação, realizado na Vila Cultural Cora Coralina, sendo uma oportunidade de reconhecimento de projetos que confirmam a importância do cinema e do cineclube na Educação, uma área de transcendência para o futuro do Brasil. Em 2015, Acreúna participou do Encontro do CNC na Bahia, onde foi escolhida a Nova diretoria do Conselho Nacional de Cineclubes para os períodos 2016-17, e Acreúna foi escolhida para a Direção Representativa do Centro Oeste (Adjunto), participando das reuniões Online para o desenvolvimento do Cineclubismo no Brasil e no Centro Oeste.
O Cineclubismo Goiano, a partir de 2015, tem um papel importante no contexto nacional, consolidando o seu lugar na vida cultural de Goiás, a través da realização de Encontros Cineclubistas no Estado, sendo oito encontros anuais, assim como, na participação ativa em Festivais, Curadorias, Encontros e Mostras Cineclubistas. Um dos objetivos do movimento cineclubista é o de oficializar a criação da União de Cineclubes de Goiás (UCGO) para legalizar e representar os Cineclubes Goianos nos âmbitos estadual, nacional e internacional perante a classe artística, os gestores culturais e as autoridades públicas, defendendo o papel do Cineclube na Cultura, na Educação e na Política Cultural.
Em 2016 foi criado o Instituto Brasileiro de Cultura e com ele o Cineclube Cine Arte Cultura, uma Organização Associativa ligada a Cultura e as Artes, o IBRAC veio a desenvolver projetos que estavam aguardando, entre eles, a realização, entre 28 e 29 de janeiro de 2017, do 1º Encontro Cineclubista de Acreúna, na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas de Acreúna, se reuniram cineclubes de Acreúna, Aparecida de Goiânia, Faina, Goiânia, Senador Canedo, representantes da União de Cineclubes de Goiânia-Região Metropolitana e do Instituto Brasileiro de Cultura-IBRAC. O 2º Encontro Cineclubista de Acreúna, realizado entre 28 e 29 de abril de 2018, se realizaram as oficinas de Cinema e educação, Cineclubismo e direitos autorais e como analisar um filme. O I Acreúna Festival Internacional de Cinema contou com três mostras não competitivas e duas competitivas. Abrindo espaço para a produção nacional, mas dando ênfase a produção do estado, o independente e a cineclubista. Com parceiros importantes como ACINE, FICA, CNC e a União de Cineclubes de Goiânia. Entre seus objetivos estão Interiorizar para dentro do Estado mais festivais de cinema, abrindo novas janelas de exibição de filmes, descentralizando assim a exibição dos filmes, somente na capital, promover as produções audiovisuais regionais, independentes, cineclubistas, brasileiras e estrangeiras, democratizar o acesso à cultura e entretenimento para os moradores de Acreúna, contribuir com a formação de platéia tão necessária para o sustento do mercado, promover oficinas e palestras que contribuirão para a formação de público e aperfeiçoamento de produtores audiovisuais.
O II AFIC é um festival que conta com três Mostras não Competitivas e três Competitivas. Com parceria da prefeitura de Acreúna, apoio do FICA, União de Cineclubes de Goiânia, Conselho Nacional de Cineclube, Festival de Filmes de Faina, Festival Curta Canedo e Imprensa Criativa. O festival homenageara nesta edição ao Cineclubista Rafael Sepúlveda pela sua participação no designer e a gráfica do AFIC, o Ator Boanerges Filhos por sua contribuição direta em oficinas de preparação de atores para integrantes do IBRAC, também será homenageado o cineclubista Luiz Eduardo Rosa Silva, pela sua trajetória no Cineclube Xicara da Silva de Anápolis e no Anápolis Festival de Cinema e finalmente a Homenagem ao cineclubista e o realizador chileno Nicolas Pienovi, Assessor Internacional da União de cineclubes de Goiânia e Representante da Produtora Imagen & Sonido de Viña del Mar do Chile.
O II AFIC será realizado entre 24 a 27 de abril, realizará além das seis Mostras de Cinema, uma “Mostra de Cinema e Educação” para as escolas de Acreúna e seus distritos, administrada por Francisco Lillo do Cineclube Imigração e coordenador do “Encontro de Cinema e Educação” e que em 2019 realizará a 7ª edição do Encontro. Nicolas Pienovi realizará a Oficina de Internacionalização dos Cineclubes, potencializando o cineclubismo goiano para fora dos limites do país. No III Encontro Cineclubista de Acreúna serão definidos temas importantes como a oficialização da União de Cineclubes de Goiás, um dos objetivos do Encontro realizado em Goiânia em 2014.
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Sounds & Talks estreia na Lapa
https://www.piscitellientretenimentos.com/sounds-talks-estreia-na-lapa/
Sounds & Talks estreia na Lapa
Um palco para “talks” e novas experiências sonoras. Essa é a proposta do Sounds & Talks: um ambiente para trocar experiências sobre o ecossistema da música, educação, tecnologia, oportunidades e lançamentos musicais. A cada edição receberemos no palco um palestrante convidado e artistas em formato acústico. A apresentação é de Leo Feijó, empreendedor e coordenador executivo do Programa Música & Negócios.
Convidados Sounds & Talks: Felipe Rodarte, Juliana Brittes e Almir Chiaratti
Os convidados de estreia do Sounds & Talks são Juliana Brittes, Felipe Rodarte e Almir Chiaratti.
Em 2018 iniciou uma colaboração com o DJ Alok, gravando e co-produzindo a nova faixa do artista. No mesmo ano produziu a faixa “Doce Companhia” da cantora, compositora e instrumentista Lucy Alves. Rodarte também articulou o movimento #ACenaVive, com diversos artistas. O mais recente trabalho como produtor musical foi com Falcão, ex-vocalista do Rappa. (leia mais abaixo).
A segunda participante dos “talks” será Juliana Brittes. Fundadora da plataforma Sound Club, Juliana teve sua ideia selecionada para aceleração em São Paulo e está lançando novas funcionalidades.
Além de reunir artistas de todos os gêneros, Sound Club oferece ao usuário a programação de shows em cada cidade. A proposta é fomentar o mercado de shows, facilitando o trabalho de curadoria e aproximação entre contratantes e artistas.
No palco, Sounds & Talks recebe Almir Chiaratti, compositor, cantor, videomaker carioca, radicado em São Paulo, que também trabalha com music branding. Almir Chiaratti fez sua estreia artística com o álbum Bastidores do Sorriso, considerado entre os melhores álbuns pelo TMDQA em 2015.
O artista está produzindo canções novas para seu 2º álbum, com previsão de lançamento em 2019. Almir apresenta no Sound&Talks no Teatro Odisseia canções em formato acústico.
Ouça Almir Chiaratti na plataforma Deezer Brasil
https://www.deezer.com/mx/artist/8989986
A edição de estreia do Sound & Talks será no Teatro Odisseia, na Lapa. Um bairro que tem a música na sua essência. Garanta a sua presença. Sounds & Talks [Networking+Inovação+Música] Inscrições: R$ 15 (antecipado na plataforma Sympla) ou R$ 20 (na hora) https://www.sympla.com.br/sounds–talks-001-no-teatro-odisseia__449788 Datas: toda segunda quarta-feira do mês Estreia: 13/02/2019 (quarta-feira) Horário: das 18h30 às 22h30 Local: Teatro Odisseia Classificação: 18 anos Teatro Odisseia Av. Mem de Sá 66, Lapa, Rio de Janeiro Horário: das 18h30 às 22h30 Contatos: 21 2224.6367 | [email protected] www.facebook.com/teatroodisseia | instagram @oteatroodisseia
Organizador: Leo Feijó Jornalista, empreendedor cultural e gestor de políticas públicas na economia criativa. É coordenador executivo do curso Música & Negócios PUC-Rio, com mais de 450 alunos certificados. Foi subsecretário de Cultura e coordenador de Música na Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro entre 2016 e 2018. Participou de missões no exterior a festivais e feiras de música como SXSW (Austin, EUA), Womex (Budapeste, Hungria), The Great Escape (Brighton, Inglaterra), Wundergrund (Copenhague, Dinamarca). Integrou missões ao Reuino Unido a convite do British Council. Criou espaços como a Teatro Odisseia, Cinematheque, Casa da Matriz e Bar Bukowski. É autor de “Rio Cultura da Noite” (Editora Casa da Palavra, em parceria com Marcus Wagner) e coordenador do Festival Literário Lapa, Literatura e Entusiasmo (Lapalê), em parceria com Chris Lima.
Instituto Gênesis da PUC-Rio Criado há mais de 20 anos, o Instituto Gênesis é uma unidade complementar da PUC-Rio, com o objetivo de transferir conhecimento da Universidade para a sociedade, por meio da formação de empreendedores e da geração de empreendimentos inovadores de sucesso, contribuindo assim para a inclusão social, a preservação da cultura nacional e melhoria da qualidade de vida da região onde está inserido. Em 2018 foi eleita melhor incubadora ligada a universidades no Brasil, pelo ranking da UBI Global.
REALIZAÇÃO Multimeios Instituto Gênesis da PUC-Rio Teatro Odisseia
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Palco Hip-Hop Danças Urbanas 2018 Edição Rio de Janeiro
Nova matéria públicada em https://www.vidaloka.net/palco-hip-hop-dancas-urbanas-2018-edicao-rio-de-janeiro
Palco Hip-Hop Danças Urbanas 2018 Edição Rio de Janeiro
Resistente desde 2011, o Palco Hip-Hop Danças urbanas é hoje um dos maiores e mais importantes festivais dedicados à cultura de rua do Brasil. Após várias edições realizadas em Belo Horizonte e Região Metropolitana (MG), sendo as últimas quatro dedicadas às danças urbanas, o Palco amplia suas ações com a primeira edição na cidade do Rio de Janeiro nos dias 12, 13 e 14 de outubro, colocando-se entre os grandes festivais que circulam Brasil afora. Um diferencial, junto com a integração com outros Estados, é o fato do Palco ainda levar na maior parte da sua programação artistas de Belo Horizonte, sua cidade de origem.
O Palco Hip-Hop será realizado na Arena Carioca Dicró (Parque Ary Barroso, entrada pela Rua Flora Lobo, Penha – Rio de Janeiro – RJ) e no Oi Futuro Labsônica (Rua Dois de Dezembro, 107 – Rio de Janeiro – RJ).
Os ingressos são gratuitos e serão distribuídos para o público nos respectivos locais. O Palco Hip-Hop Danças Urbanas 2018 é viabilizado através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. O festival Tem patrocínio da Oi e Cemig, conta com o apoio cultural do Oi Futuro e apoio da Arena Carioca Dicró, Observatório de Favelas e Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro.
As atividades do Palco Hip-Hop incluem workshops e batalhas de dança com as participações de nomes relevantes como Luciana Monnerat (RJ) Eduardo Sô (MG), Bia Monteiro (RJ), DJ Roger Dee(MG), DJ Evehive (RJ), DJ Seduty(RJ), Silvia Kamyla (MG), representando a Cia Fusion no workshop de dança, além dos shows do MC Douglas Din (MG), um dos principais nomes do rap brasileiro na atualidade e da Família de Rua (MG), grupo/ coletivo representativo da cultura de rua no Brasil, responsável pela criação do Duelo de MCs, evento sediado em Belo Horizonte e que ganhou âmbito nacional nos últimos anos.
Diálogos necessários
Índice
1 Diálogos necessários
2 Programação Palco Hip-Hop – Danças Urbanas – Rio De Janeiro
2.1 Programação Oi Futuro
2.2 Programação Arena Carioca Dicró – Sábado 13/10
2.2.1 Workshop De Voguing Com Victórya Devin (MG/RJ)
2.2.2 Pista Cypher – Dj Evehive (RJ)
2.2.3 Seletiva Da Batalha De Passinho – Jurada Celly Idd (Rj)
2.2.4 Feira De Marcas do Hip-Hop – Autorais de Minas Gerais e Rio De Janeiro
2.3 Programação Arena Carioca Dicró – Domingo 14/10
2.3.1 Workshop De Street Jazz Com Cia Fusion /Silvia Kamyla (Mg)
2.3.2 Workshop De Passinho Com André Oliveira Db E Vn Dançarino Brabo Do Passinho Carioca (Rj)
2.3.3 Pista Cypher – Dj Jp Black (Rj)
2.3.4 Finais da Batalha de Passinho – Jurada Celly Idd (Rj)
2.3.4.1 Finais Da Batalha Livre De Danças Urbanas – Jurados
2.3.4.2 Apresentações De Dança
2.3.5 Feira De Marcas Autorais De Minas Gerais E Rio De Janeiro
3 Informações de serviços do Palco Hip-Hop danças Urbanas 2018 Edição RJ
3.1 Outras informações do Palco Hip-Hop danças Urbanas 2018 Edição RJ
4 Siga o Palco Hip-Hop nas redes sociais
Além da promoção das artes que integram a cultura Hip-Hop, movimento que completa 45 anos de existência em 2018, o evento é pautado também por ações que têm como objetivo fortalecer a formação das pessoas ligadas à cadeia produtiva do Hip-Hop, para além dos artistas, incluindo também gestores e produtores de eventos. Pensando nisso Victor Magalhães, idealizador e gestor do projeto, irá apresentar no dia 12, a partir das 16h, o debate: Produzindo Festivais de Cultura Urbana no Brasil, onde discutirá os desafios e as conquistas que vivenciou durante os anos de construção do Palco. A ocasião contará também com as presenças do MC e coreógrafo Filipi Ursão (RJ), representante do Rio H2k, um dos maiores festivais de danças urbanas do Brasil e Ingrid David Alves (RJ), especialista em Acessibilidade Cultural que coordenou o festival Favela Dança. A mediação ficará por conta da antropóloga e articuladora de tecnologias sociais, Carol Delgado.
Programação Palco Hip-Hop – Danças Urbanas – Rio De Janeiro
Programação Oi Futuro
Sexta-feira dia 12/10/2018 às 16h – Debate: Produzindo Festivais de Cultura Urbana no Brasil. Participação de Victor Magalhães (Palco Hip-Hop – Danças Urbanas/Duelo de MCs Nacional) / Filipi Ursão (MC do Rio H2k) / Ingrid David (Baluarte Cultura) Com Mediação De Carol Delgado (Rj)
Sábado dia 13/10/2018 às 11h – Palestra: Mobilização Comunitária e Cultura Hip-Hop com Luck (RJ)
Entrada franca, sujeito a lotação do espaço.
Programação Arena Carioca Dicró – Sábado 13/10
Workshop De Voguing Com Victórya Devin (MG/RJ)
Local: Porão
Horário: 13h
Quantidade de vagas: 25
Inscrições com uma hora de antecedência na entrada da Arena, por ordem de chegada.
Pista Cypher – Dj Evehive (RJ)
Local: Área Externa
Horário: 14h
Quantidade de público: Conforme a capacidade do local.
Seletiva Da Batalha De Passinho – Jurada Celly Idd (Rj)
Juradxs :Luciana Monnerat (Rj) Eduardo Sô (MG) Bia Monteiro (RJ)
Show: Douglas Din (MG) + Dj Sérgio Giffoni (MG)
Apresentações de Dança: Bonde do Jack (RJ) / Eduardo Sô (MG)
Dj Roger Dee (MG) – DJ Convidado Para a Batalha do Passinho DJ Seduty (RJ)
Graffiti Com Lídia Viber (Mg)
Local: Teatro
Horário: 15h
Abertura do Teatro: 14h30
Quantidade de público: 338 Pessoas sentadas
Ingressos gratuitos distribuídos na bilheteria do teatro 01 por pessoa a partir das 13h.
Feira De Marcas do Hip-Hop – Autorais de Minas Gerais e Rio De Janeiro
(venda de produtos e materiais dos artistas e empreendedores da cadeia produtiva do Hip Hop)
Local: Área Externa
Horário: 13h às 18h00
Quantidade de público: Conforme a capacidade do local.
Entrada franca, sujeita a lotação do espaço.
Programação Arena Carioca Dicró – Domingo 14/10
Workshop De Street Jazz Com Cia Fusion /Silvia Kamyla (Mg)
Local: Porão
Horário: 10h
Quantidade de vagas: 25
Inscrições com uma hora de antecedência na entrada da Arena, por ordem de chegada.
Workshop De Passinho Com André Oliveira Db E Vn Dançarino Brabo Do Passinho Carioca (Rj)
Local: Porão
Horário: 12h
Quantidade de vagas: 25
Inscrições com uma hora de antecedência na entrada da Arena, por ordem de chegada.
Pista Cypher – Dj Jp Black (Rj)
Local: Área Externa
Horário: 13h
Quantidade de público: Conforme a capacidade do local.
Finais da Batalha de Passinho – Jurada Celly Idd (Rj)
Local: Teatro
Horário: 14h
Abertura do Teatro: 13h40min
Quantidade de público: 338 Pessoas sentadas
Ingressos gratuitos distribuídos na bilheteria do teatro 01 por pessoa a partir das 12h.
Finais Da Batalha Livre De Danças Urbanas – Jurados
Luciana Monnerat (Rj)
Eduardo Sô (Mg) + Bia Monteiro (Rj)
Show Família De Rua (Mg)
Apresentações De Dança
Cia Fusion (Mg) / Victórya Devin (Mg/Rj)
Dj Roger Dee (Mg) – Dj Convidado Para A Batalha Do Passinho Dj Seduty (Rj)
Graffiti Com Lídia Viber (Mg)
Feira De Marcas Autorais De Minas Gerais E Rio De Janeiro
Local: Área Externa
Horário: 12h às 18h
Quantidade de público: Conforme a capacidade do local.
Entrada franca, sujeita a lotação do espaço.
Informações de serviços do Palco Hip-Hop danças Urbanas 2018 Edição RJ
Quando: dias 12, 13 e 14 de outubro
Endereços: LAB OI FUTURO – (Rua Dois de Dezembro, 107 – Flamengo – Rio de Janeiro – RJ) e ARENA CARIOCA DICRÓ (Parque Ary Barroso, entrada pela Rua Flora Lobo – Penha – Rio de Janeiro – RJ)
Entrada: Os ingressos são gratuitos e serão distribuídos para o público nos respectivos locais.
Outras informações do Palco Hip-Hop danças Urbanas 2018 Edição RJ
Patrocínio: Oi e Cemig
Apoio Cultural: Oi Futuro
Apoio: Fila, Natora Design, Nephew, Nest Panos, Hotel Royal Regêncy, Arena Carioca Dicró + Secretaria de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro + Observatório de Favelas
Parceria: Família de Rua
Produção: Neon Cultura e Entretenimento
Incentivo: Projeto Executado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais 0041/001/2017
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Os bastidores do I Festival de Cinema de Brasília
Curta-documentário de Paulo Gil Soares “Memória do Cangaço”. Crédito: Divulgação
Foi há 54 anos, num 15 de novembro de 1965. As primeiras imagens que reluziram na tela do Cine Brasília, naquela noite especial para a cinematografia local e nacional, pegaram todos de surpresa. Trazia registros raros de Lampião (Virgulino Ferreira da Silva cangaceiro brasileiro que atuou no sertão nordestino), feito nos anos 30 pelo libanês, Benjamin Abraão, misturados com narrativa de cordel e depoimentos de sangue e luta.
Era o curta-documentário de Paulo Gil Soares, “Memória do Cangaço”. A aventura de um bandido-herói que se confundia com misticismo, muita violência e senso de justiça desvirtuado. Nascia assim, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, primeiramente chamado de Semana do Cinema Brasileiro, que caminha, amanhã (22), para a sua 52ª edição.
Curiosamente, nesse mesmo espaço, templo da sétima arte em Brasília, mais de 30 anos depois, os pernambucanos Lírio Ferreira e Paulo Caldas, transformaram em ficção a história de amizade entre esse “Robin Hood do sertão” e o “mascate árabe” no longa, “Baile Perfumado” (1996), vencedor do prêmio de melhor filme daquele ano.
Parecia até que o passado e o presente estavam acertando seus ponteiros com os deuses do cinema e a mística do festival mais antigo e tradicional do país. Um ritual que, volta e meia, insisti em acontecer.
“Essa coincidência tem tudo a ver porque, com a era Collor [Presidente da República Fernando Collor de Melo de 1990 a 1992], nos anos 90, houve o desmonte do cinema brasileiro. Quando a classe retoma, na metade da década para a frente, as novas gerações de cineastas recorrem às velhas tradições do cinema brasileiro. Não apenas ‘Baile Perfumado’, mas também ‘Central do Brasil’, que dialoga com o Cinema Novo do Nelson Pereira dos Santos”, traça o paralelo, o crítico de cinema e jornalista Sérgio Moriconi, diretor do curta “Athos” (1998) e frequentador assíduo dessa que é a mais importante mostra de cinema do Brasil.
Assim como o Cine Brasília, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é um patrimônio da cidade sonhada por Juscelino Kubistchek e projetadas por Lucio Costa (urbanista) e Oscar Niemeyer (arquiteto). Faz parte da identidade cultural do DF e teve sua origem no seio de outra instituição pioneira local, a Universidade de Brasília (UnB). E num momento importante, crucial e determinante para o cinema brasileiro e a política nacional.
O início de tudo
Paulo Emílio Salles Gomes, junto com outros acadêmicos da UnB, ajudou a implantar o curso de cinema da universidade, o primeiro do país. Foto: Cinemateca Brasileira
Tudo começou no início dos anos 60, quando o então professor Pompeu de Sousa, da Faculdade de Comunicação de Massas da UnB, convidou o intelectual Paulo Emílio Salles Gomes, para dar um curso de extensão cultural sobre Nelson Pereira dos Santos, então na crista da onda como um dos expoentes do “Novo Cinema Brasileiro”.
O foco era o filme mais recente do cineasta, o drama sertanejo, “Vidas Secas” (1963), baseado na obra homônima de Graciliano Ramos. Um sucesso de crítica e público, o filme seria um marco na cinematografia brasileira e, juntamente com outras duas obras fundamentais da época, “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), do baiano Glauber Rocha, e os “Os Fuzis” (1964), do moçambicano, Ruy Guerra, formariam a tríade que daria origem ao Cinema Novo, o mais emblemático movimento cinematográfico da América Latina.
“Era o cinema sendo considerado institucionalmente pelos meios acadêmicos, que passam, então, a reconhecê-lo (particularmente o Cinema Novo) como matéria de interesse universitário e intelectual”, lembra a pesquisadora Berê Bahia, no livro, “30 anos de Cinema e Festival – A História do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (1965 –1997) ”.
Ferrenho defensor do Cinema Nacional e um dos fundadores da Cinemateca Brasileira – instituição paulista que, desde 1940, é responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira – Paulo Emílio Salles Gomes extrapolaria os meandros do campus universitário realizando, na Escola Parque (507/508 Sul – escola pública da rede de ensino do DF), em 1964, outro curso destinado à “apreciação cinematográfica”.
Esses dois eventos, apresentados em forma de mostra, culminariam na semente que germinaria, no ano seguinte, em 1965, na criação do primeiro curso de cinema que se tem registro em uma faculdade pública brasileira – a UnB -, além do surgimento da I Semana do Cinema Brasileiro, a partir de 1967, Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
“A mostra de filmes na Escola Parque era prestigiada não só pela comunidade acadêmica, mas pela imprensa e a cidade em peso”. Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília
“A mostra de filmes na Escola Parque era prestigiada não só pela comunidade acadêmica, mas pela imprensa e a cidade em peso”, conta Berê Bahia. “Se o festival teve um pai, certamente foi Paulo Emílio Sales Gomes. E se teve mãe, foi a própria Universidade de Brasília, cujos alunos e docentes, nunca abandonaram sua concepção”, escreve o jornalista e pesquisador, Lino Meireles, autor do livro “Candango – Memórias do Festival, Vol. 1”.
Entre os alunos e docentes do qual Meireles faz referência no livro estão os cineastas Nelson Pereira dos Santos, Vladimir Carvalho e Geraldo Sobral Rocha (falecido em julho deste ano), os professores Rogério Costa Rodrigues e Jean-Claude Bernardet (também crítico de cinema) e o acadêmico Pompeu de Sousa, o intelectual, Walter Mello de Albuquerque, criador do Arquivo Público do DF. “É nesse ambiente que nasceu o curso de cinema da UnB, o primeiro curso regular de cinema no Brasil”, lembraria anos mais tarde o “veterano de guerra”, Vladimir Carvalho, em entrevista para o livro de Lino Meireles.
Influência do cinema político
Baiano de Monte Santo, aos 14 anos, Fernando Adolfo foi estudar na capital, Salvador, conhecendo, nessas duas cidades, o inquieto Glauber Rocha. O encontro foi rápido, mas o suficiente para mudar sua vida. “O conheci, ligeiramente, com Paulo Gil Soares, seu assistente de direção e equipe técnica do filme, mas o bastante para influenciar minha trajetória profissional”, revela.
Em 1965, aos 18 anos, Adolfo desembarcou em Brasília, abraçando uma oportunidade de trabalho na extinta Fundação Cultural do Distrito Federal, hoje Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Na época, o diretor executivo da instituição era o conterrâneo, Carlos Augusto Albuquerque, e o presidente, Cleantho Rodrigues de Siqueira.
“O professor Cleantho designou uma comissão organizadora para colocar em prática a lª Semana do Cinema Brasileiro, presidida pelo Paulo Emílio Salles Gomes”, lembra Adolfo, até 2010, servidor da Secretaria de Cultura, sempre ligado ao Festival de Cinema. “Eu fazia parte do grupo, não fui aluno do professor Paulo Emílio, estudava no Elefante Branco [escola pública da rede de ensino do DF], mas assistia ele comentar filmes, que eram verdadeiras aulas ali no Clube de Cinema de Brasília, criado por Geraldo Sobral Rocha, e Rogério Costa Rodrigues, na Escola Parque”, recorda.
Se tivesse chegado dois, três anos mais cedo, Fernando Adolfo teria como chefe ninguém menos do que o poeta Ferreira Gullar, o primeiro gestor da instituição. Poucos sabem, mas foi na gestão do maranhense que o primeiro projeto do Cinema Novo ganharia um importante empurrão.
Trata-se da coletânea de curtas, “Cinco Vezes Favela”. Quem lembra a história é o cineasta Cacá Diegues, na época estudante universitário, no livro “Vida de Cinema – Antes, Durante e Depois do Cinema Novo”.
“Como a UNE não tinha recursos para fazer o filme, o Leon (Hirszman/Cineasta) convenceu o Carlos Estevam (sociólogo) a ir com ele para Brasília pedir ‘socorro’ a Ferreira Gullar, que dirigia a Fundação Cultural do Distrito Federal. Gullar procurou José Aparecido de Oliveira, secretário particular de Jânio Quadros [Presidente da República Brasil em 1961], que arrumou o necessário para começarmos a produção, permitindo, sobretudo, a compra do negativo virgem, item mais caro de nossos orçamentos”, escreve Diegues, que nesta edição do festival irá presidir o júri.
O episódio envolvendo o poeta Ferreira Gullar e a jovem turma do Cinema Novo, nos primórdios de Brasília, ilustra bem o contexto político, social e cultural em que surgiu o mais importante, tradicional e emblemático festival de cinema do país.
Ou melhor, como toda essa confluência de informações e transformações, foi determinante para o surgimento da mostra mais duradoura do Brasil dentro de relevante contexto histórico e social da época.
“Na verdade, o Festival nasce com o crescimento político do cinema brasileiro. Veja bem, nasce um ano e pouco depois da gênese do Cinema Novo brasileiro, desde sempre tem essa característica política. É o Festival que lutou contra a censura, que lutou arduamente pela afirmação do cinema brasileiro”, constataria Geraldo Sobral, no livro, “Candango – Memórias do Festival, Vol. 1”, de Lino Meireles.
“O Festival era, de certo modo, um foco de resistência à ditadura [regime militar que durou de 1964 a 1985]. Não só pelos filmes que passavam, mas pela ideia de passar filmes brasileiros, de ser um festival de cinema brasileiro”, concorda Cacá Diegues.
Daí a importância, por exemplo, de o filme de abertura da primeira edição do Festival de Brasília, em 1965, ser “Memória do Cangaço”, de Paulo Gil Soares, por sinal, o principal assistente de Glauber Rocha na pesquisa de cordel que fez para o filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), marco do Cinema Novo e da cinematografia brasileira.
As peças se encaixavam. Política e cultura engajados andando de mãos dadas na mesma direção. Numa época em que, como cantaria Geraldo Vandré na música Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
Os filmes e os vencedores
Realizado entre os dias 15 e 22 de novembro de 1965, a 1ª mostra do Festival de Brasília contava com seis longas-metragens e dez curtas. Dos dezesseis participantes, nove nomes estavam ligados com a nova corrente cinematográfica que colocou o país de ponta cabeça entre o final dos anos 50 e 60: o Cinema Novo.
Eram eles, Leon Hirszman, que concorreu com “A Falecida”, Walter Lima Jr., defendendo “O Menino do Engenho”, Luiz Sérgio Person, por trás de “São Paulo S. A.” e Paulo Cezar Saraceni com “O Desafio”, mais o vencedor da noite, “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, do paulista Roberto Santos, que abiscoitaria ainda, o Candango de Melhor Diretor, Roteiro e Melhor Ator, para Leonardo Villar, no papel-título.
“A semana toda foi incrível. Além dos filmes, a surpresa das noites no Cine Brasília, nesta primeira edição, foi o público, beirando 2 mil pessoas”, lembra Fernando Adolfo. “Foi lindo, naquela época, o cinema tinha 1.200 poltronas, tempo bom”, continua o ex-servidor.
Baseado no conto de Guimarães Rosa, “A Hora e a Vez de Augusto Matraga” retrata os paradoxos e conflitos existenciais do homem do sertão, trazendo à tona a realidade nua e crua de um Brasil profundo e distante dos grandes centros urbanos, preocupação constante, é bom dizer, dos cineastas do Cinema Novo.
“O realizador de cinema brasileiro poderá comunicar-se diretamente com seu público com mais força se procurar antes de tudo a simplicidade da linguagem”, diria Roberto Santos, na época, em consonância com o movimento.
Além do já mencionado Paulo Gil Soares, com o curta-metragem sobre o cangaço, outros nomes da categoria que dialogavam com a corrente cinematográfica que ajudaria a forjar o conceito do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foram Geraldo Sarno e Arnaldo Jabor.
O primeiro, esmiuçando o impacto do fluxo migratório do Nordeste para o Centro-Sul do país, na vida das pessoas nos idos dos anos 60. O segundo, o grande vencedor neste formato, um olhar poético sobre a vida circense.
“Foi feito com muita candura, quase ingenuamente, durante dois meses acompanhando um circo pelo subúrbio do Rio [de Janeiro]”, conta Jabor à Agência Brasília. “Na época, existia no ar, uma espécie de euforia boa, pela existência do festival como foco de resistência com um ano de golpe na rua”, recorda.
Paulo Gracindo e Fernanda Montenegro em “A Falecida”. Crédito: Divulgação
Protagonista do filme “A Falecida”, baseada em trama de Nelson Rodrigues, Fernanda Montenegro, então com 36 anos, seria a primeira atriz a receber o prêmio na categoria em Brasília. Não ainda o famoso troféu Candango, que só começaria a fazer parte da festa, em 1967.
Homenageando os operários que trabalharam na construção da cidade, a peça foi concebida pelo escultor Dante Croce, artista colaborador em obras de Alfredo Ceschiatti, responsável, entre outras obras da cidade, pelos “Anjos e os Evangelistas” da Catedral de Brasília.
“Ambos faziam parte da equipe do Oscar Niemeyer”, destaca Fernando Adolfo.
Os bastidores do I Festival de Cinema de Brasília publicado primeiro em https://www.agenciabrasilia.df.gov.br
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Caça às bruxas: diretor da Funarte chama Fernanda Montenegro de “sórdida” e “mentirosa”
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Caça às bruxas: diretor da Funarte chama Fernanda Montenegro de “sórdida” e “mentirosa”
Considerada uma das grandes damas do teatro brasileiro, a atriz Fernanda Montenegro se tornou alvo de críticas do diretor do Centro de Artes Cênicas (Ceacen) da Funarte. O dramaturgo Roberto Alvim, nomeado por Jair Bolsonaro e discípulo de Olavo de Carvalho, resolveu atacar atriz pelas redes sociais. O texto foi motivado pela recente capa da revista Quatro Cinco Um, que mostra a atriz vestida de bruxa numa fogueira de livros.
“(…) hoje Fernanda saiu na capa de uma revista asquerosa de esquerda, amarrada como uma bruxa prestes a ser queimada em uma fogueira de livros… NADA pode ser mais INFANTIL, MENTIROSO E CANALHA do que o que essa senhora diz na referida matéria”, escreveu o encenador com palavras destacadas em letras maiúsculas.
A matéria intitulada As Bruxas Estão à Solta fala sobre três lançamentos que trazem visões diferentes sobre a história da bruxaria e fazem conexões com o tempo presente. Fernanda Montenegro participou do ensaio fotográfico que ilustra o texto sobre a ideia da bruxaria sendo explorada em três tempos distintos.
Símbolo da identidade nacional e com reconhecimento em todo o mundo, Fernanda Montenegro foi ofendida por Roberto Alvim que disse ainda que a classe teatral é “radicalmente podre”. Ele acrescenta que gente “hipócrita e canalha” propaga agendas progressistas, violando uma “sagrada herança judaico-cristã”.
O diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte – que se apresenta no Facebook como “dramaturgo, professor de artes cênicas e diretor de teatro/cristão, nacionalista e conservador” – também afirmou estar em “guerra irrevogável” com a classe artística “que tentou, com suas obras demoníacas, adoecer a população brasileira nos últimos 30 anos”.
Após a repercussão negativa, Rodrigo Alvim voltou a tratar do assunto no mesmo tom agressivo: “Sites, blogs e páginas da classe artística, além de inúmeras postagens, afirmam que sou ‘grosseiro’ e que tenho que ‘respeitá-la’, me xingam de tudo que é nome e exigem que eu me retrate e que seja demitido do cargo de diretor de Artes Cênicas. Fernanda MENTE escandalosamente, deturpa a realidade de modo grotesco, ataca o presidente e seus eleitores de modo brutal, e eu sou grosseiro e desrespeitoso, apenas por ter revidado a agressão falaciosa perpetrada por ela?”
Prestes a fazer 90 anos, Fernanda Montenegro se mantém como um sopro de cultura e inteligência! Ela é a própria arte, a arte que resiste, a arte que se reinventa para sempre encantar, chocar, provocar reflexão. Agora… https://t.co/eKM675PFFh
— Patricia Pillar (@patriciapillar) September 23, 2019
Xingar Fernanda Montenegro é como xingar a mãe. Mãe do Brasil, mãe da nossa arte, da nossa cultura. Esse verme q hoje está diretor da Funarte não merece nem q eu diga seu nome. Fernanda Montenegro é patrimônio nosso! Respeito!
— Teresa Cristina (@1TeresaCristina) September 23, 2019
A classe artística reagiu às falas do diretor do Ceacen nas redes sociais, por meio sobretudo de associações teatrais, defendendo Fernanda e pedindo o afastamento de Alvim. Em comunicado, a Associação dos Produtores de Teatro (APTR) repudiou as declarações do dramaturgo.
“Como cidadão, o Sr. Roberto Alvim pode expressar opinião, independentemente do campo social, cultural e ideológico. Já como gestor público de relevância nacional – ou seja, representando o país como um todo – o mesmo deveria atentar-se à natureza do seu cargo, pautando-se pelo respeito à classe que representa e aos profissionais consagrados por sua atuação”, esclareceu a APTR em trecho da nota divulgada.
Há 20 anos, a grande Fernanda Montenegro, era a primeira e única brasileira indicada do Oscar de Melhor Atriz, por Central do Brasil (1998). Dirigido por Walter Salles, o filme conta a história de Dora (Fernanda Montenegro), uma amargurada ex-professora, ganha a vida escrevendo cartas para pessoas analfabetas, que ditam o que querem contar às suas famílias.
No dia que Fernanda Montenegro teve seu nome mencionado por Jack Nicholson na cerimônia do Oscar e apareceu divina e elegante no telão ao lado das talentosas Gwyneth Paltrow (vencedora por sua atuação em Shakespeare Apaixonado), Cate Blanchett (Elizabeth), Meryl Streep (Um Amor Verdadeiro) e Emily Watson (Hilary e Jackie) indicada ao maior prêmio do cinema, muitos brasileiros se sentiram orgulhosos. Apesar do Oscar ter sido tirado das mãos da atriz brasileira, Fernanda Montenegro ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim. O filme foi o melhor do ano em Berlim e o melhor em língua estrangeira no BAFTA e no Globo de Ouro.
Infelizmente, no momento atual, quando o assunto é a nossa política o sentimento é inversamente proporcional ao que os artistas brasileiros sempre proporcionam. Apesar da vitória, até agora parece, entretanto, que Bolsonaro continua em campanha eleitoral, dialogando só com o grupo de radicais de extrema direita e estimulando a perseguição de opositores nas suas falas como chefe de Estado brasileiro.
O PT não chegou ao poder mostrando que fez obras e etc. Eles chegaram dominando: -EDUCAÇÃO -CULTURA -MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Vamos melhorando o Brasil, mas sem deixar de lado estas 3 áreas, pois se a esquecermos eles voltarão e nada adiantou melhorar o Brasil, pois eles destruirão.
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 22, 2019
A manutenção do clima de guerra cultural é feita com a indicação de olavistas principalmente para órgãos ligados às áreas da Cultura, Educação e Comunicação. O próprio deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o filho Zero 3 do presidente Jair Bolsonaro e escolhido pelo pai para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos, já revelou o seu projeto de dominação para essas áreas.
Obscurantismo, ignorância, moralismo e fundamentalismo religioso finalmente mostram suas garras sinalizando que as trevas já dominam o poder do Estado brasileiro. A banalização do discurso de ódio na arena política; a promoção de linchamentos virtuais de personalidades pela rede bolsonarista ‘jacobina’ de MAVs (Movimento Ativista Virtual) são cada vez mais frequentes; o fantasma da censura volta a assombrar e o extermínio de moradores das favelas como parte dos “danos colaterais” da política de segurança pública no estado do Rio de Janeiro apontam que com Bolsonaro o país caminha rapidamente para o colapso social.
Em Fahrenheit 451, romance distópico escrito por Ray Bradbury, é apresentada uma situação em que os livros foram deixados de lado pela sociedade, cada vez mais fútil e desinteressada. Nesse cenário distópico, as pessoas vivem imersas em seus mundos próprios; dormem a base de remédios como é caso de Mildred, a esposa do bombeiro Guy Montag; são alimentadas e manipuladas pelas grandes telas de TV e rádio.
Nessa sociedade do futuro que baniu todos os materiais de leitura, o trabalho dos bombeiros é manter as fogueiras a 451 graus: a temperatura que o papel queima. Porém, um bombeiro começa a repensar sua função ao conhecer uma jovem que adora livros. A amizade com Clarisse desperta nele o espírito “questionador”, que muda completamente o curso da sua vida. O fato que desencadeia essa “rebeldia” em Montag é quando ele vê uma mulher sendo queimada viva para não se desfazer da sua biblioteca. Afinal, o que os livros trazem? Por que é proibido lê-los?
A foto de Fernanda Montenegro como bruxa na fogueira de livros é um tapa na cara do governo fascista e ignorante vigente. A atriz interpreta três diferentes bruxas no ensaio fotográfico concebido por Luciano Schmitz, diretor criativo da Quatro Cinco Um. Serviram de inspiração para a sessão de fotos: As Bruxas de Salem (peça escrita por Arthur Miller em 1953), Joana D’Arc e a mulher queimada no romance distópico Fahrenheit 451 – de onde também vem o nome da publicação.
“Eu não poderia ser leviano a ponto de representar uma bruxa sem ter em mente a caça a elas que sempre existiu e que está muito forte hoje na cultura brasileira. Ver como bruxa qualquer pessoa que questione, que saia do lugar-comum, do que é o ‘correto’, não é novidade, é algo que sempre existiu e a história nos mostra isso”, diz Schmitz.
Fernanda Montenegro deu uma surra nos fascistas ao posar altiva, elegante e com o olhar brilhante celebrando seus noventa anos e o lançamento do seu livro de memórias Prólogo, ato, epílogo pela Companhia das Letras. Apesar das táticas rasteiras de disputa da hegemonia cultural, o legado da grande dama do teatro brasileiro é inabalável e envelhecer como Fernanda Montenegro é um mérito cármico.
Para Pedro Granato, coordenador dos Centros Culturais e Teatros da Secretaria Municipal de Cultura de SP, um gestor no cargo que Alvim ocupa “não pode dar declarações de ódio”. “Por um lado, é uma coisa profundamente infantil, de chamar a atenção. Então, ele pega uma pessoa como a Fernanda Montenegro, que não preciso nem defender, porque é uma atriz soberba e reconhecida mundialmente. Agora, a questão não é nem discutir o ataque, mas nos perguntarmos quanto tempo essa infantilidade vai durar num cargo público, porque tem coisas que ele não pode fazer, por ser ilegal”, declarou Granato para o jornal O Globo.
Após as revelações da #VazaJato (série de reportagens realizada pelo site The Intercept Brasil, em parceria com diversos veículos de comunicação, com base em mensagens vazadas de autoridades brasileiras envolvidas na Operação Lava Jato), a Lava Jato – antes vista como uma tábua de salvação de um povo à deriva num país afundando no mar de lama – foi “o ovo da serpente” do fascismo no Brasil.
Casos de ameaças e agressões por motivações políticas aumentaram após a vitória de Jair Bolsonaro. O efeito Bolsonaro desencadeou uma onda de violência e perseguição contra artistas, jornalistas, professores e minorias (indígenas, defensores dos direitos humanos, ativistas ambientais, gays) no país. Artistas como Fernanda Montenegro, Chico Buarque, Wagner Moura e outros realizadores que se esforçam para produzir audiovisual no Brasil, BNegão, entre outros, mostram que será difícil calar a voz da resistência contra o fascismo, indispensável para manter e recuperar a nossa jovem democracia.
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#As Bruxas Estão à Solta#bücherverbrennung#Central do Brasil#ensaio fotográfico revista Quatro Cinco Um#Fahrenheit 451#Fernanda Montenegro Oscar Melhor Atriz#guerra cultural#olavismo cultural#perseguição aos artistas#Roberto Alvim diretor da Funarte ataca Fernanda Montenegro
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— Susan Sarandon, atriz estadunidense, co-protagonista de Thelma & Louise (1991–), 2013.
Em Arbitragem, você joga a esposa de um gestor de fundos hedge multi-milionário que é mais forte do que ela aparece pela primeira vez. Não é o arco de personagem habitual para um papel de apoio feminino – foi que parte do apelo?
Absolutamente e eu também foi feita pelo entusiasmo e paixão de Nicholas Jarecki, e Richard Gere, que eu conheci sempre e eu comecei a trabalhar com ele. Eu tenho que vestir roupas bonitas e filmes em Nova York, por isso era muito sedutor.
Eu acho que o que acontece em um longo relacionamento [como o do filme] – e o mais longo que eu já tive foi de 23 anos – é que as pessoas têm pressupostos e hábitos firmes na forma como eles se relacionam entre si. Ele [o personagem Richard Gere] fez algumas suposições sobre ela, mas quando ela começa a mão superior, que faz com que ele volte. Ela fez alguns compromissos, mas ela é uma mulher inteligente. Eu gostei daquilo.
Você é conhecida por interpretar mulheres fortes…
Só que eu particularmente não pensar neles como forte. Muitas das mulheres que desempenham pode tomar decisões difíceis, mas quando eu estou jogando-los, ele não se sente forte. Eu conheço um monte de gente dizer que cerca de Thelma & Louise, mas que era uma mulher à beira de um colapso nervoso. Ela fez algo que tinha que fazer. Mais uma vez, a irmã Helen [em Dead Man Walking, para o qual Sarandon ganhou um Oscar em 1996] não veio a disparar todas as grandes armas no topo do filme, ela gradualmente se torna mais e mais profundamente envolvidos. Mas em retrospectiva, eles parecem ser mulheres fortes.
Será que você chamar-se uma feminista?
Me considero humanista, porque acho que é menos alienante para as pessoas que pensam do feminismo como sendo uma matilha de cadelas estridentes e porque você quer que todos tenham igualdade de remuneração, direitos iguais, educação e saúde.
É um pouco de uma palavra antiquada. É usado mais de uma forma de minimizar você. A minha filha [Eva Amurri, do relacionamento de Sarandon com o diretor de cinema italiano Franco Amurri], que é de 28, nem sequer se relacionam com a palavra “feminista” e ela é definitivamente no controle de suas decisões e seu corpo.
Você é conhecida por seu ativismo e ter sido envolvida com uma vasta gama de campanhas. Você famosa falou sobre a situação dos refugiados haitianos HIV-positivos nas concessões 1993 da Academia e se opuseram à guerra no Iraque, apoiou o movimento Occupy Wall Street e destacou o dano ambiental feito por fracking. Você sempre pensa: “Eu simplesmente não pode ser incomodado”?
[Risos] Meu coração é quebrado frequentemente. É mais uma questão de que você pode viver com você mesmo se você não dizer algo, e que você recebe através quando talvez a sua energia é baixo. E é ao nível das bases que eles estão lidando com coisas realmente difícil. Eu sou mais um diletante, então eu realmente não posso reclamar.
Você é uma daquelas atrizes as pessoas sentem que sabem. Você disse antes que, quando você terminou com Tim Robbins, seu cônjuge de 23 anos, estranhos que vêm até você na rua e dizer-lhe como é triste que eles eram. Era que surreal?
Bem, tudo [sobre a fama] é surreal. É por isso que eu não levá-la muito a sério. Estou bastante simples em entrevistas e já é tarde demais para começar a mentir agora… Eu acho que as pessoas provavelmente me conhece até certo ponto. Estive vocal sobre a minha filosofia de vida, os meus erros. Eu nunca falo especificamente dos meus relacionamentos, provavelmente porque eu sou um pouco supersticiosa. Quando Tim e eu decidimos dividir, certamente você sente a pressão para não decepcionar as pessoas além de sua família imediata, porque as pessoas têm desfrutado o que pensam de como seu relacionamento perfeito. Você tem que tentar dissociar-se de essas exigências e que é um tipo de coisa estranha.
Por outro lado, as pessoas vêm até você na rua dizendo: “Eu te amo” e é completamente não ganho também, mas é uma maneira muito agradável para começar o dia.
Alguma vez sentiu o nome de “Susan” não reflete com precisão a sua personalidade?
Quer dizer que é chato?
Não, não é chato… apenas muito doce.
É meio chato. É difícil encontrar um Susan com menos de 35. Eles devem tomar algumas das Jessicas e renomeá-los Susan. Há tantas Jessicas ao redor. Um monte de pessoas da minha idade que foram chamados Susan mudou seu nome para coisas como Sigourney. Ele nunca me ocorreu para mudar isso e então eu estava re-inventado como uma Sarandon [quando ela casou com o ator Chris Sarandon, em 1967. O casal divorciado mais tarde] e eu gostei que, principalmente porque meus pais não eram muito favoráveis sobre mim querendo para se tornar uma atriz. Mas, sim, é um pouco tarde no jogo para começar a repensar isso. Quero dizer, minha filha não está ameaçando chamar seus filhos Susan ou qualquer coisa. Na verdade, eu conheci uma menina chamada depois de mim no festival de cinema de Toronto. Eu pensei que sua mãe ia dizer que ela foi chamada Susan mas ela disse:”. Este é Sarandon” Eu estava tipo, “Oh meu Deus. Realmente?” Eu mesmo tive uma foto tirada com ela.
Você é a mais velha de nove filhos. Isso significava que você era a pessoa sensível, capaz, que cuidou de todos os outros?
Definitivamente e eu continuou a ser o tipo de figura materna. Levei muitos anos para aprender a não se aproximar meus relacionamentos românticos de uma forma maternal, e, certamente, no set, eu acabo sendo o único que faz as festas de aniversário e tem todos a minha casa para minha frango de churrasco feito em casa.
Você está rumores de estar namorando um 33-year-old. Você aprendeu como não ser uma mãe em seus relacionamentos pessoais agora?
Descobrir como para segurar a si mesmo e onde estão os limites é uma das grandes lições que as mulheres têm de aprender, porque estamos condicionados pela sociedade a agir como produtores, não para agarrar o poder pelo poder. Nós sabemos como fazer as pessoas confortáveis, como terminar as suas frases. Então, o que é difícil, pois a mulher está a levantar-se para si mesmo e ferir os sentimentos das pessoas ocasionalmente.
Qual é o segredo para o seu churrasco de frango caseiro?
Fazendo o molho de churrasco a partir do zero. Quando eu estava fazendo Bull Durham, eu aperfeiçoei um fabuloso molho de churrasco com melaço e algumas coisas diferentes e eu fiz isso sem parar…
Tenho orgulho de dizer que os meus meninos [Sarandon tem dois filhos, Jack e Miles, de seu relacionamento com Robbins] pode cozinhar. As coisas que eu disse a eles que fazer se eles queriam uma boa mulher estavam a aprender a ouvir e aprender a cozinhar café da manhã, almoço e jantar. Eles podem fazer isso. Meu filho mais novo é uma tremenda padeiro.
— Elizabeth Day, “Susan Sarandon: ‘Feminism is a bit of an old-fashioned word’,” The Guardian, 30 de Junho de 2013. http://www.theguardian.com/theobserver/2013/jun/30/susan-sarandon-q-and-a
Olha essas também:
• “Feminismo é patologia social que condena homens por nascerem homens.” « Erin Pizzey ocontraditorio.com/ladodireitodaequidade/?p=24860
• “Quando as pessoas falam de feminismo, fico tipo ‘ai, meu Deus’.” « Lana Del Rey ocontraditorio.com/ladodireitodaequidade/?p=8150
• “Não compactuo com o desrespeito expresso e disseminado pelas marchas feministas.” « Cris Corrêa ocontraditorio.com/ladodireitodaequidade/?p=28648
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Mais um dj do URB 2018 Diego Fabio Santos de Jesus, mais conhecido como DJ Tecnykko . Dançarino , Dj profissional e Produtor cultural como Dj : atua cerca de 8 anos formado pela Red bull favela beat , Dj resisdente Cypher na Rua ,Madureira Cypher , Ataque de Rua , já fez som em eventos quanse todos eventos de Cultura no Rio de Janeiro e fora do Rio de Janeiro uns dos Djs + bem-conceituado no cenário urbano atual – Recentemente ganhou o prêmio de melhor gestor de cultura do Estado do Rio de Janeiro Ganhador do prêmio melhor festa da Baixada - revelação Hiphop de 2014 , Dj especializado nas cenas urbanas , explode nas battle e cypher por onde chega Professor e líder do movimento Hip-Hop no Ponto de Cultura Lira de Ouro - Duque de Caxias / RJ;Criador do evento Hip Hop 31, o primeiro evento de Batalha da Baixada Fluminense / RJ - 2006 Entre outros uma lenda da cultura urbana • https://www.facebook.com/DJTECNYKKO/ • https://www.facebook.com/Cyphernarua/ #festivalfancarpordancar #segmentodadancadepetropolis #Petrópolis #pmp #dj #urb2018 (em Festival Dançar por Dançar)
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Novo artigo do Blog Ipitanga http://ipitanga.com.br/governo-abre-novembro-negro-com-espetaculo-no-tca/
Governo abre Novembro Negro com espetáculo no TCA
A abertura oficial do Novembro Negro será realizada na quarta-feira (8), às 19h, no Teatro Castro Alves (TCA) com apresentações do Bando de Teatro Olodum e das cantoras baianas Juliana Ribeiro, Marcia Short, Wil Carvalho, Larissa Luz, dentre outras atrações. O mês marca o período emblemático de mobilizações pelo combate ao racismo, garantia e ampliação dos direitos da população negra.
A abertura no TCA terá transmissão ao vivo da TVE e do Portal do Irdeb. O espetáculo será antecedido por apresentações artísticas de alunos da rede pública estadual, no foyer do TCA. Os ingressos poderão ser adquiridos pelo preço popular de R$1 (inteira) e 0,50 (meia).
Ao longo do mês o Governo do Estado, através da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e demais órgãos estaduais, realiza e apoia diversas atividades, tendo como ponto alto o 20 de novembro, instituído como Dia Nacional da Consciência Negra. Na programação de abertura haverá, ainda, assinatura dos termos de colaboração do edital Novembro Negro 2017, que viabilizará projetos da sociedade civil a serem desenvolvidos na capital e no interior, com investimento total de R$ 500 mil.
A programação do mês, que estará disponível no site da Sepromi, inclui seminários, eventos culturais, rodas de diálogo, campanhas, além de entregas governamentais para povos e comunidades tradicionais no interior. As ações integram o calendário de 10 anos de criação da Sepromi e a agenda da Década Internacional Afrodescendente na Bahia (2015-2024). Reforço à luta
O edital Novembro Negro tem como objetivo incentivar projetos que valorizem os ideais de luta, liberdade e emancipação do povo negro, a partir das propostas da sociedade civil organizada. Serão apoiados 15 projetos cujo público-alvo é a população negra baiana, assim como os povos e comunidades tradicionais. Estão programadas atividades variadas, a exemplo de capacitação e formação de jovens em comunicação popular, oficinas, dentre outras.
O dia 20 de novembro foi instituído como o “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra” em alusão ao líder negro Zumbi dos Palmares, falecido neste mesmo dia, em 1695. A medida tem como base legal a Lei Federal 12.519/11, em atendimento à demanda histórica do movimento negro no Brasil, que elegeu a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no país. Zumbi liderou o Quilombo dos Palmares (União dos Palmares, Alagoas), comunidade formada por escravos fugitivos das fazendas no Brasil colonial. O quilombo também foi palco da luta pela liberdade de culto religioso e prática da cultura africana.
Teatro Castro Alves
A programação artística do Teatro Castro Alves para novembro contempla uma série de espetáculos, a preços acessíveis, com foco ao tema alusivo ao Novembro Negro. Dentre as ações, estão o Concerto “OSBA EM CASA”, em sua nova edição, que acontece no dia 5 de novembro. A Orquestra Sinfônica da Bahia apresenta, um concerto de percussão em homenagem ao Mês da Consciência Negra, com duas sessões, às 17h e 19h, na Sala Principal do TCA. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (meia). O espetáculo, com a plateia no palco (limite de 230 lugares), terá a regência do jovem maestro Yuri Azevedo, expoente do programa NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), e a participação especial do percussionista Mário Paim, mestre do bloco afro Ylê Ayiê.
O repertório traz a emblemática “Depois que o Ilê Passar”, composição de Miltão, com arranjos de Gilberto Gil Santiago; “Abertura Percussiva”, de Gilberto Gil Santiago, integrante do naipe de percussão da OSBA; “Como um Animal que Desce aos Vales”, de Flávio Gomes de Queiróz; “Toccata Para Instrumentos de Percussão”, do mexicano Carlos Chávez; “Ziriguidum”, de Paulo Costa Lima, e “Mitos”, de Ney Rosauro. Quabales
Depois de ter se destacado nos palcos do Rock in Rio neste último mês de setembro, com um show próprio ao lado da cantora Margareth Menezes e ainda numa participação especial na apresentação do cantor norte-americano CeeLo Green, o coletivo percussivo e vocal Quabales será atração de novembro do projeto Domingo no TCA. Oriundo do bairro do Nordeste de Amaralina, o grupo mistura música, performance, percussão baiana, hip hop, canto, som eletrônico e percussão corporal com a linguagem do stomp e influências de música contemporânea. O espetáculo acontecerá na Sala Principal do Teatro Castro Alves, no dia 19 de novembro, às 11h, com ingressos a R$ 1,00 (inteira) e R$ 0,50 (meia). Camila Pitanga
No encerramento do ciclo de encontros em 2017, o Mulher com a Palavra recebe, no dia 23 de novembro, às 20h, a atriz e diretora Camila Pitanga, com o tema “Negra, Sim!”. O evento, com apresentação de Rita Batista, vai discutir em plena semana da Consciência Negra a diversidade da negritude no Brasil, trazendo um olhar direcionado para as questões de gênero.
Na oportunidade, será possível refletir sobre temas como identidade racial e sua multiplicidade, os enfrentamentos das mulheres negras no Brasil e diversidade, a partir da própria trajetória da atriz, com mais de 20 anos de carreira na TV, cinema e teatro. O projeto é uma realização da Maré Produções Culturais, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia, patrocínio da Bahiagás e Instituto Avon.
Concha Negra
No dia 18, na Concha Acústica do TCA, às 18h, a terceira edição do projeto Concha Negra traz ao palco o Ilê Aiyê, primeiro bloco afro da Bahia, que nasceu no Curuzu – Liberdade, bairro de maior população negra do país. Ao longo de 43 anos de trajetória, “o mais belo dos belos” vem homenageando países africanos, revoltas negras, personalidades e estados brasileiros que contribuem para o processo de identidade étnica e autoestima do povo negro. Neste show, seus convidados são a rainha do axé Daniela Mercury e o rapper paulistano Criolo. A abertura do espetáculo fica por conta do Bando de Teatro Olodum. O ingresso custa R$ 30 e R$ 15 (meia).
Detran
No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, o Detran realizará atividades lúdicas e educativas com o tema: “DETRAN CONSCIENTE: FIQUE BONITO NO TRÂNSITO”, voltadas para crianças de escolas públicas de Salvador, no Centro Interativo do órgão, localizado na Avenida ACM, ao lado da Rodoviária, a partir das 9 horas.
Os temas da abordagem do Detran estão relacionados ao da”Consciência Negra”. Ser bonito no Trânsito, por exemplo, é respeitar o próximo, as leis e as regras, ou seja, é tratar da conduta diária, inclusive as crianças, enquanto pedestres. Serão realizadas oficina de turbantes e maquiagem nas crianças, assim como a criação de frases alusivas para que as crianças tirem selfies com mensagens educativas
Agenda Sepromi
Dia 08/11:
19h: Abertura oficial do Novembro Negro e assinatura dos termos de colaboração para projetos (Edital Novembro Negro) – No TCA / Salvador-BA.
Dia 15/11: 15h: Caminhada pelo Fim da Violência, da Intolerância Religiosa e pela Paz – Engenho Velho da Federação / Salvador-BA.
Dia 17/11 e 18/11: Alvorada dos Ojás – Dique do Tororó, Corredor da Vitória, Itapuã, Avenida Paralela e entrada do Aeroporto (bambuzal) / Salvador-BA. Atos iniciados no dia 17, às 22h, seguindo até o dia 18, às 7h.
Dia 20/11: Manhã: Lavagem da estátua de Zumbi dos Palmares – Praça da Sé / Salvador-BA. Tarde: Caminhada da Liberdade (Curuzu) e Marcha da Consciência Negra (Campo Grande) / Salvador-BA.
Dia 24 a 26/11: 1ª Feira Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais – Largo do Campo Grande / Salvador-BA.
Dias 30/11 e 1º/12: Reunião do Fórum de Gestores Municipais de Promoção da Igualdade Racial / Salvador-BA.
Festival Esportivo Zumbi dos Palmares (Sepromi/Setre-Sudesb) – Ginásio de Cajazeiras / Salvador-BA (data a confirmar).
Inauguração de unidades habitacionais (Sepromi/SDR) – Comunidade quilombola Boqueirão / Vitória da Conquista-BA (data a confirmar).
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Alguns eventos mais recentes
2010 – Colunas
2 colunas | 6 agentes | 21 cidades | 4100 km |
2010 – Grito Rock
80 cidades
2010 – Etapas regionais Congresso Fora do Eixo
Primeira experiência de etapas regionais
2010 – Festival Fora do Eixo
São Paulo | 2ª edição | 18 atrações | Itaú Cultural | Studio SP | Tapas Club | Livrearia Esquina A | Livraria Esquina B | Neu Club | Casa da Cultura Digital
Rio de Janeiro | 1ª edição | 19 atrações | Cinemathèque Música Contemporânea | Teatro Odisseia | Circo Voador
2010 – Fórum da Cultura Digital
#FicaJuca | Surgimento da UniCult
2010 – III Congresso Fora do Eixo
Uberlândia | Festival Jambolada | 7 dias | 300 reuniões livres e consultorias | 2 mil pessoas | 800 congressistas presentes | 2000 pessoas presentes | 200 grupos de trabalho e discussão | Bancadas Regionais, Estaduais, Ponto de Articulação Nacional | Sede Moradia | Caixa Coletivo | Linguagens e bancadas: Musica, Audiovisual, Artes Cenicas, Artes Visuais, Literatura, Meio Ambiente, Formação, Política, Sustentabilidade, Comunicação, Software Livre | 82 coletivos, 300 pessoas
2010 – UniCult
Universidade das Culturas | Fórum da Cultura Digital Brasileira | promover a elaboração de políticas públicas | São Paulo
2010 – I Circuito Mineiro de Festivais Independentes
1ª Edição | 8 Festivais | Conexão do Interior | Circulação de agentes | Fortalecimento da regional
2011 – Casa Fora do Eixo SP
Maio | 22 moradores | Gestores de todo Brasil | Lógica Hacker | Chegada no Eixo | São Paulo, cidade do mundo | Hospedagem solidária | Coletivo de Coletivos | Casa coletiva | Sede | Domingo na Casa: Festa colaborativa gratuita | Cedo e Sentado: evento semanal no Studio SP | Residência Cultural | Programa Ao Vivo diário na Casa | Laboratórios de vivências sócioculturais
2011 – Colunas
35 colunas | 89 cidades | 15 países | 12.500 km | 215 dias | 92 agentes
2011 – Grito Rock
130 cidades | 27 estados | 10 países |30 turnês | Coletânea Compacto.Rec| Investimento dos produtores R$2,2 milhões | Média de investimento por grito $16.000,00 entre reais e moedas solidárias | 9 mil pessoas trabalhando direta e indiretamente | 1 Turnê do Palco Fora do Eixo
2011 – UniCult
1º Forum da Universidade da Cultura | Salvador | UFBA, UFRJ, RNP, UFRB, Fora do Eixo e UFSCar
2011 – Pós TV
Marcha da Maconha ⇒ Violência Policial ⇒ Marcha da Liberdade ⇒ Transmissão das marchas ao vivo direto da rua | Milhares de expectadores | Popularização da plataforma | Criação de dezenas de programas na Pós TV | Experimentação de formatos | Novos apresentadores | Estúdio fixo na Casa Fora do Eixo São Paulo | Programa no Profissão Repórter | Ferramenta de Guerrilha | Democratização do acesso | Sevirologia | Novas Mídias
2011 – Premiações
Premio Trip Transformadores | Premio Bravo | Premio Orilaxé | Premio Midia Livre | Premio Betinho
2011 – Balanço
100 pontos | 2000 agentes | 300 festivais independentes | 30 rotas de circulação de bandas | 200 Turnês | 5000 shows | 71 pontos de articulação | 18 pontos de linguagem | 35 pontos parceiros | 6 etapas do Congresso Fora so Eixo | 150 filmes na DF5 | 100 pontos de distribuição | 10 moedas complementares
2011 – Festival Fora do Eixo
Belo Horizonte | São Paulo | Rio de Janeiro | Goiânia
2011 – Palco Fora do Eixo
Cabaré | Circulando | Catálogo | Casting de atores
2011 – Fora do Eixo Letras
OrFEL | Compacto.Txt | Vídeo Poemas | Varal da Arte | Twitadas poéticas
2011 – Banco e Universidade Fora do Eixo
Projetos: Cartilhas | Imersão FdE | Colunas | Vivência FdE | Compacto.Tec | Wiki FdE | Hospedagem Solidária | Fundo Fora do Eixo | Pregão FdE | Diário Oficial | Cardápio FdE
2011 – Casa Fora do Eixo Porto Alegre
Regional Fora do Eixo Sul | Rua José do Patrocínio, Cidade Baixa | AP FdE
2011 – Casa Fora do Eixo Nordeste
Novembro | Pro Disc
2011 – IV Congresso Fora do Eixo
São Paulo | Auditório Ibirapuera | Paço das Artes | Simulacros: Banco, Partido, Universidade, Mídia | Redes em Rede | #ConexõesLatinas | 120 coletivos | 2 mil pessoas | 7países |
Regionalização
2012 – alguém anotou a placa?
Casas Fora do Eixo: Belo Horizonte, Fortaleza, Belém, Porto Alegre, São Paulo | Cidade que Queremos | Emissora ⇒ Mídia ⇒ Narrativas | Aproximação do Brasil Profundo | Circuito Cultural <= => Movimento Social | Amor Sim Russomano Não | Existe Amor Em SP | Cobertura de centenas de marchas e protestos por todo país | Preliminares | Novos Mundos Possíveis | Benjamin :: VidaFdE
2012 – Digitália
Festival Internacional de Música e Cultura Digital | Salvador | Unicut | Gilberto Gil é nomeado patrono da UniCult
2012 – I Encontro Ponto de Articulação Nacional
Janeiro | Porto Alegre | Fórum Mundial de Mídia Livre | Conexões Globais | Fórum Social Temático | 100 agentes Fora do Eixo | Planejamento do ano | Reuniões abertas
2012 – Colunas
50 000 km | 6 estados | 14 colunas | 67 cidades
2012 – Cultura de Red
Julho | Brasília | Espaço para articução, promoção, reflexão e formação | Redes colaborativas na América Latina |
2012 – Grito Rock
10ª edição | 200 cidades | 15 países | 700 produtores culturais | 200 mil pessoas | 26 estados do Brasil | 1350 shows | 130 músicos | 34 turnês | 5965 inscrições no TNB | 36 mil horas de trabalho | 1 milhão e 800 mil cards investidos | Grito Rock Buenos Aires: Criolo e Emicida
2012 – II Encontro do PAN
Rio de Janeiro | Caravana das Redes | Rio +20 | Cúpula dos Povos | Youth Blast | Festival Internacional de Circo | Encontro Ponto de Articulação Nacional FdE | Aldeia Interativa | Juventudes na Rio + 20 | Marcha Global dos Povos | Orkutizando a Rio +20 | Fórum Mundial de Mídia Livre | Marcha 4:20 | Busão Hacker | Povos Indígenas | FIB Rio – Felicidade Interna Bruta | Festival Circo Digital | Bicicletada |
2012 – Casa Fora do Eixo Minas
Fevereiro: Encontro dos moradores | Abril: Lançamento oficialBelo Horizonte – Minas Gerais | Busão Hacker |
2012 – Circuito Paulista de Festivais
20 festivais | 17 cidades | 300 shows | 30 turnês | 1200 artistas em circulação | 100 mil pessoas alcançadas |
2012 – FISL Festival Internacional de Software Livre | Cultura Digital | Hackeamento |
2012 – Circuito Sul de Festivais Independentes
13 festivais | 13 cidades | 1ª Edição
2012 – Circuito Centro Oeste de Festivais
15 festivais em Brasília, Mato Grosso e Goiás |
2012 – Circuito Amazônico de Festivais
7 festivais | 200 atividades
2012 – Circuito Nordeste de Festivais
30 festivais | 20 cidades | 60 horas ininterruptas | 500 artistas em circulação
2012 – Universidade das Culturas
Projetando | Camelô 2.0 | Semanas do Audiovisual | Obsertatórios | Conta Comum | Casas Fora do Eixo | Percursos | Moedas Criativas | Colunas
2012 – Cidade que queremos
Eleições municipais e estaduais | Série de debates | 20 dias | 200 programas | 29 cidades | Variedade de temas e convidados
2012 – Amor Sim Russomano Não
Eleições 2012 | Ato contra candidato à prefeitura de São Paulo | Discussão sobre estado laico | Forte ação nas redes | Objetivo de impedir a eleição do pastor Russomano |
2012 – Existe Amor em SP
Eleições 2012 | União de artistas e movimentos sociais pra garantir a pauta política na prefeitura de São Paulo | Manifesto artístico cultural e político com uma série de shows na Praça Roosevelt |
2012 – Preliminares do novo mundo possível
Não é que o mundo acaba em 2012, ele começa em 2013 | 2013 vai ser foda | Georreferenciamento, Mídia, Ocupação | Copa Pública | Matilha Cultural | Minhocão | Grajaú | Manifesto Carnavalista dos Blocos de Rua | Studio SP | Parque da Luz | Casa Fora do Eixo | Agência Solano Trindade | Choque Cultural | Espaço Lâmina
2012 – Rede Brasil de Festivais
107 Festivais | 88 cidades | 10 mil artistas | 50 turnês | 13 mil atividades | Circuitos Regionais |
2013 – Casa Fora do Eixo Amazônia
Janeiro | Domingo na Casa
2013 – Grito Rock
300 cidades | 30 países | 10ª edição
2013 – Casa das Redes
Junho | Brasília | Embaixada de redes | Conexões #AmericaLatina #Africa | Circula Cultura | Hospedagem solidária |
2013 – NINJA
Março | Fórum Social Mundial – Tunísia | Missão Marabala | Missão Felisburgo | Coberturas por todo Brasil
2013 – Encontro UniCult
Março | Campus da Praia Vermelha da ECO-UFRJ | Novos parceiros | AP Unicult |
2013 – Colunas
38 colunas | 27 000 km | 6 estados | 103 agentes |
Fonte: http://foradoeixo.org.br/historico/ (e mais)
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ColaborAmerica - parte I: veja como foi a participação da Tucum no festival
Colaboramerica: repensando modelos, lógicas e práticas de consumo em prol de uma América Latina mais colaborativa
De 17 a 19 de novembro de 2016, a primeira edição do festival reuniu gente de diferentes áreas engajadas no desenvolvimento de negócios conscientes. Entre as iniciativas, empresas e projetos alinhados com essa proposta, a Tucum foi uma das convidadas para compartilhar ideias, experiências e metodologias inspiradoras que promovam o capital humano como fundamento para práticas comerciais.
O ColaborAmerica uniu os ideais de três festivais distintos, o #ColaboraRio, o Reboot e o OuiShare Fest. Foram mais de 1500 empreendedores, líderes em setores de negócios, cidadãos e gestores de toda a América Latina que se reuniram no Rio de Janeiro para repensar práticas de consumo e modelos de negócios rumo a novas formas de desenvolvimento mais conscientes e colaborativas.
A Tucum esteve por lá apresentando um pouco dos valores norteadores da marca e de que forma se dá o trabalho de valorização da arte da floresta, e o impacto positivo junto às comunidades tradicionais brasileiras. Participamos de três fóruns diferentes, onde pudemos compartilhar a experiência do comércio justo e da nossa visão de negócio social: o Painel Empreendedorismo Indígena & Inspirações do pensamento indígena para a Nova Economia; a mesa Tecendo o Futuro da Moda, reunindo empresas que desenvolvem métodos de implementar modelos de consumo consciente; e a Plenária Cultura Tradicional e Economia da Floresta, dedicada às novas formas viabilizar acordos comerciais respeitando as diversas realidades locais da floresta.
Foram dias de muita troca de ideias, palestras e atividades inspiradoras para quem acredita que um mundo de consumo mais responsável é possível. A gente conta aqui no blog como foi a participação da Tucum no evento, que ainda teve lojinha pop-up com a arte da floresta e pintura corporal Kayapó feita pela artista e amiga Panhgroti Kayapó, enfeitando os corpos que passaram por lá com tinta de jenipapo e os grafismos tradicionais de seu povo. A primeira parte da nossa cobertura é sobre o Painel Empreendedorismo Indígena & Inspirações do pensamento indígena para a Nova Economia, que teve Panhgroti Kayapó – com tradução de Amauri Kayapó, seu companheiro e coordenador da Associação Floresta Protegida (AFP) – falando sobre o fortalecimento da cadeia produtiva e o processo criativo do artesanato Kayapó, além de Fernando Niemeyer, antropólogo e indigenista, sócio-fundador da Tucum e assessor da AFP, apresentando a estrutura econômica e social indígena, seus modos de produção, de existência e resistência.
O documentário “Waricoco”, de Simone Giovine / AFP, foi exibido na abertura do painel. O filme mostra a preparação e o feitio do waricoco, cachimbo usado para proteger quem entra na mata e que é talhado manualmente pelas mulheres Kayapó.
youtube
Frame retirado do filme "Waricoco". Simone Giovine/AFP.
Depois de cumprimentar a plateia, Panhgroti abriu sua fala dizendo que tinha sido uma longa viagem da aldeia até o Rio de Janeiro para apresentar seu trabalho e das mulheres Kayapó pela primeira vez como palestrante: “Estou muito feliz de ver tanta gente ouvindo e aprendendo mais sobre a nossa cultura.”
Fernando Niemeyer também se apresentou e exaltou a parceria com o povo Kayapó: “Tenho o grande prazer de trabalhar com o Amauri e com a Panhgroti, há mais de cinco anos. E há mais ou menos três anos, eu e minha companheira empreendemos a Tucum, que é um movimento para valorizar comercializar a arte da floresta, de maneira justa, seguindo uma economia equilibrada e que possa sempre gerar benefícios para as comunidades.”
“Manter os costumes é proteger a cultura. A venda de artesanato, a pintura é [também uma forma de] proteger. Participar de eventos como esse é ajudar a manter a cultura indígena viva.” (Panhgroti Kayapó)
(Foto: Colaboramerica/Divulgação)
As diferentes formas de ver o mundo: indígenas e não-indígenas
“Vocês aqui são diferentes da gente. Na aldeia, na Terra Indígena onde nós vivemos, não tem nenhum índio passando fome, nenhum garoto vivendo na rua. Por isso que gente que a gente quer manter essa terra pra gente, pra proteger nosso povo. “
Assim, Panhgroti Kayapó chamou atenção de forma incisiva e certeira para uma diferença primordial entre a organização social dos povos indígenas e a nossa: o valor da vida.
Amauri contou um pouco sobre o trabalho valorização da arte tradicional, como ferramenta para o fortalecimento da autonomia de sua comunidade: “Os caciques e os mais velhos foram criando uma aproximação maior com os brancos, estimulando que os indígenas falassem melhor o português. Até que criamos uma instituição indígena, chamada Associação Floresta Protegida para buscar soluções, e pensar em projetos que sejam revertidos para a aldeia. Isso já acontece com a castanha, com a fiscalização do território e com a produção e venda do artesanato.”
Amauri e Panhgroti Kayapó. (Foto: Simone Giovine/AFP)
“É muito impressionante que a gente possa ver que, dos limites da terra indígena para fora, já está tudo destruído e para dentro, preservado. Os Kayapó são mais ou menos 5 ou 6 mil indivíduos e se tivesse a mesma quantidade de não indígena nesse território, provavelmente não teria um pé de árvore, e sim pastagens ou coisa do tipo.”, declarou Fernando Niemeyer.
Fernando propôs algumas questões para dar continuidade a reflexão sobre as diferenças fundamentais entre o pensamento indígena e o nosso, não-indígena. “O que nós temos de diferente em relação aos povos indígenas, enquanto que a gente não consegue viver sem destruir e eles não conseguem viver sem floresta?”, provocou o indigenista. “A principal diferença está no modo de pensar, no modo de existir, no modo de ser.”, disse.
Aldeia Kendjam, T.I. Kayapó. (Foto: Simone Giovine/AFP)
O indivíduo e a natureza
“Os povos indígenas não têm uma palavra para “natureza”. Na verdade, o conceito de natureza não existe entre esse povos.”, explicou Niemeyer. “A natureza, tal qual conhecemos, é uma construção da nossa cultura, da nossa sociedade. Já as relações que os indígenas têm com isso que chamamos de natureza são relações sociais. Quando se fala aqui da castanha ou da caça ou da pesca ou do mato é como se fosse toda uma rede de parentesco estendida, é outra forma de pensar, e isso faz com que haja uma maneira de interagir diferente.”
“A valorização da nossa cultura, com o apoio da associação indígena, vem buscando melhoramentos para nosso povo, como a venda do artesanato (pulseiras, colares, pinturas). Assim, a gente está protegendo o que a gente tem o direito de proteger. Não estamos envolvidos com garimpo, com pesca ilegal e nem outras atividades ilegais. E daqui pra frente, queremos estar presentes nos eventos, para mostrar nossa cultura pra vocês. E como ela é forte e viva.”, falou Panhgroti Kayapó.
Economia indígena: modo de produção doméstica e a não-acumulação – por Fernando Niemeyer
A gente tende a pensar nos povos indígenas como coletivistas e o modo de produção de indígena não é coletivista a priori. Chamamos de modalidade de produção doméstica, ou seja, a finalidade da produção é doméstica, serve para alimentar os seus, sua família. Os povos indígenas, antes do contato com os brancos, e ainda hoje, são considerados sociedades de abundância. Abundância é quando se equiparam meios e fins.
Esse modelo de produção doméstica tem características interessantes e inspiradoras. Uma delas é a subprodutividade: você produz menos do que poderia produzir. Subprodutividade do território e do trabalho. O trabalho indígena poderia produzir mais, mas não produz porque os fins aos quais eles se propõem são limitados e bem estabelecidos. A produtividade não é o fim em si próprio, pois existem outras coisas que não tem a ver com dinheiro e que são socialmente importantes, e uma delas é justamente o tempo. O tempo que você tem livre, é voltado para as crianças, para ficar com sua família, para preparar as festas e cerimônias e outras atividades na aldeia. Se você já plantou uma roça, se você caçou, se você pescou, agora é hora de descansar, de ficar com seus filhos. Então isso que é o mais importante.
“Quais os nossos meios, quais os nossos fins?”
Hoje o nosso meio, por excelência é o dinheiro; e os nossos fins não têm limites. Com o lucro, com o capital, a gente sempre quer mais.
Essa modalidade de produção doméstica a princípio, é frágil. Pois se você tem uma família com pouca força economicamente ativa – se alguém viaja ou fica doente, por exemplo – ela poderia ficar fragilizada. Então, ela depende de uma rede, que é a rede de parentesco. Por isso, as relações de parentesco são fundamentais para que se consiga sobreviver de forma economicamente equilibrada. Se alguém produz menos, ele vai ter que contar com algum parente.
A rede de reciprocidade é tão importante e tão intensa, que reprime a acumulação. Não faz sentido produzir mais do que precisa, a não ser que seja para doar para alguém. A reciprocidade faz parte de todo o modo de produção da economia indígena; produzir o que necessita mas sem acumular, sem gerar excedente. Esse é um plano de produção muito específico no Brasil, mas que existe em outras partes do mundo, como na Rússia, por exemplo. A economia dos povos indígenas da América do Sul se estrutura dessa maneira e ainda é vista como menos evoluída.
Os Kayapó só contam até três. O “três” é o “dois” sem o companheiro dele, que ‘”um”, o “sozinho”. Entender como um povo que só conta até três se organiza pode ser inspirador. É importante observar os dados conceituais e teóricos, além das relações sociais que estão envolvidos nisso. Será que nós [não-indígenas] somos tão evoluídos mesmo, será que a nossa lógica é realmente uma evolução?
É como eles falaram aqui: eles não deixam uma criança com fome. Não existe isso. A sociedade é feita para que todo mundo viva bem.
Aldeia Kendjam, T.I.Kayapó. (Foto: Simone Giovine)
A relação da Tucum com quem produz
O povo Kayapó é parceiro da Tucum desde o início, desde quando a Tucum era ainda um embrião, antes de virar loja. Somos muito gratos à confiança que os Kayapó depositaram nesse sonho, e é muito gratificante ver que essa rede fica cada vez mais forte. Panhgroti falou um pouco dessa parceria: “O apoio da Tucum ajuda a aumentar a produção das índias, que fazem o artesanato. É uma parceria que a gente vem confiando para melhorar ainda mais as nossas vendas, porque ajuda a alcançar mais gente.”
Perguntado como se dá a relação entre os artesãos e a Tucum, Fernando, explicou que a empresa atua tanto na comercialização do artesanato como na estruturação da cadeia, desenvolvendo um trabalho que respeita o contexto de cada comunidade. “A maioria dos povos indígenas não tem uma estrutura formalizada para trabalhar com negócios, para empreender. Então, a Tucum tem dois braços: um de comércio e outro de serviço, trabalhando diretamente com associações locais, núcleos familiares e cooperativas levando em conta o modo de pensar de acordo com cada realidade. Nos Kayapó, por exemplo, eles fundaram uma cooperativa, a Coo’Bay, para que possam fazer operações de compra e venda e remunerar cada vez melhor os artesãos da aldeia.”
Artesã Kayapó. (Foto: Simone Giovine/AFP)
A diferença entre preço e valor
“É sempre difícil precificar um produto, porque cada um deles tem um valor imaterial envolvido. Além disso, a gente nunca sabe como o mercado vai reagir àquilo, então, a gente fez na Tucum um estudo de mark-up com o objetivo de pagar nossas contas, que é o que a gente aplica a priori nas peças à venda na loja. Se a gente vê que o mercado está aceitando uma determinada peça de uma forma mais fluida, o que a gente faz é aumentar o valor de compra, na aldeia. Se vende pouco, a gente entra em contato e discute se não é o caso de baixar um pouco o preço, o que é mais raro. Em geral, o que acontece é a gente testar um produto e ter uma saída rápida. Na pintura em tecido, por exemplo, em menos de um ano, aumentamos o valor de compra em 200%. Neste caso, foi uma iniciativa da Tucum de entrar em contato com os artesãos e renegociar o valor desse produto. Por mais que uma artesã demore menos tempo para fazer uma pintura do que uma pulseira, aquela pintura tradicional um valor simbólico enorme e é nesse sentido que a gente procura trabalhar. Sempre pensando nisso como forma de não mudar o modo de ser e fazer dessas comunidades; a gente não quer que eles produzam exclusivamente para a venda, porque eles também não querem isso. Não vamos chegar lá e encomendar três mil pulseiras, por exemplo.”
Guerreiro Kayapó confeccionando manualmente a borduna, artefato tradicional feito pelos homens da aldeia. (Foto: Simone Giovine/AFP)
No próximo post, a participação da Tucum na mesa Tecendo o Futuro da Moda, e na Plenária Cultura Tradicional e Economia da Floresta.
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"Ayrton Senna, o musical" - espetáculo multidisciplinar, com direção de Renato Rocha, inicia as vendas.
http://www.piscitellientretenimentos.com/ayrton-senna-o-musical-espetaculo-multidisciplinar-com-direcao-de-renato-rocha-inicia-as-vendas/
"Ayrton Senna, o musical" - espetáculo multidisciplinar, com direção de Renato Rocha, inicia as vendas.
Aventura Entretenimento inicia a venda de ingressos de “Ayrton Senna, o musical” – espetáculo multidisciplinar, com direção de Renato Rocha
A produção, que estreia em novembro no Teatro Riachuelo Rio, terá cenário de Gringo Cardia, figurino de Dudu Bertholini, direção musical de Felipe Habib e coreografia de Lavínia Bizzotto. Venda de ingressos inicia dia 03 de novembro.
A história do brasileiro Ayrton Senna, tri-campeão mundial de Fórmula 1, o levou a ser reconhecido como um dos maiores pilotos de todos os tempos, herói nacional e ídolo internacional. Mas é a essência da sua personalidade e caráter, com espírito guerreiro e de solidariedade, que estará nos palcos do espetáculo “Ayrton Senna, o musical”, que estreia no Teatro Riachuelo Rio, dia 10 de novembro. Nesta sexta, 03 de novembro, inicia a venda de ingressos para o espetáculo.
Produzido pela Aventura Entretenimento, em parceria com a família Senna e apresentado pelo Bradesco, “Ayrton Senna, o musical” é a vigésima quarta produção da Aventura, em nove anos de estrada, e um espetáculo diferente de tudo o que já foi criado pela produtora até o momento. “Para falar sobre Ayrton Senna temos que voar alto”, comenta Aniela Jordan, sócia-diretora da Aventura, ao lado de Fernando Campos, Luiz Calainho e Patrícia Telles. “Ayrton Senna, o musical” tem patrocínio da Atlas Schindler, Riachuelo, Sem Parar, Volkswagen Financial Services, apoio da Alelo e White Martins, Avianca como transportadora oficial e Localiza Hertz como locadora de carros oficial.
Claudio Lins e Cristiano Gualda são a dupla que assinam o roteiro e as canções originais – compostas especialmente para o espetáculo. “É incrível contar a história de uma pessoa normal que virou um herói nacional. O país precisa de referências nesse momento”, diz Claudio Lins. “Escrevemos a primeira canção e fomos apresentar à família Senna. Estávamos muito nervosos, pois ninguém tinha ouvido ainda e eles foram logo os primeiros. Foi um momento inesquecível, único, muito emocionante!”, comentou Gualda.
Para dar movimento e velocidade ao espetáculo, a direção fica por conta de Renato Rocha, diretor que desenvolveu carreira internacional por quase 10 anos, reconhecido por unir circo e teatro. Renato criou espetáculos em Londres (para a Royal Shakeaspeare Company, The Roundhouse, LIFT (Festival Internacional de Teatro de Londres) e Circolombia), para a Bienal Internacional de Artes de Marselha, Teatro Nacional da Escócia, Festival Internacional de Dança de Leicester, União Européia e Unicef. “Não tem como fazer um espetáculo sobre Senna sem muita velocidade, sons e luzes. Teremos muitos números aéreos e pendulares”, comenta o diretor.
Vinte e quatro atores/cantores/bailarinos/acrobatas compõem o elenco formado após audição entre 100 pessoas. Hugo Bonemer (Hair, Yank!, Rock in Rio, o musical e A Lei do Amor) foi o ator escolhido para interpretar o Ayrton. “Foi a audição mais difícil que já fiz. Além da pressão do personagem, o teste foi com uma música autoral”, comentou Hugo. “Eu buscava um ator que me emocionasse e o Hugo me emocionou com o olhar. Me lembrou o olhar do Senna pelo capacete”, disse Renato Rocha, diretor da montagem. “Ayrton Senna, o musical” traz ainda nomes de peso na equipe criativa, como Gringo Cardia no cenário e direção de arte, Dudu Bertholini assina os figurinos, a direção musical é de Felipe Habib, criação sonora de Daniel Castanheira, coreografia de Lavínia Bizzotto e visagismo de Anderson Montes.
Elenco: Hugo Bonemer, Victor Maia, João Vitor Silva, Lucas Vasconcelos, Pepê Santos, Will Anderson, Leonardo Senna, Adam Lee, Ivan Vellame, Kiko do Valle, Natasha Jascalevich, Estrela Blanco, Karine Barros, Lana Rhodes, Bruno Carneiro, Douglas Cantudo, Juliano Alvarenga, Marcella Collares, Marcelinton Lima, Olavo Rocha, Laura Braga, João Canedo, Gabriel Demartine e Paula Raia.
Sobre a Aventura Entretenimento:
Produtora de grandes sucessos musicais, a Aventura Entretenimento está há nove anos no mercado, investindo no crescimento e na modernização do setor. Neste período, os espetáculos criados no país ampliaram sua estrutura, ganharam espaço no mercado e poder de atração entre espectadores e investidores. A empresa dos sócios Aniela Jordan, Fernando Campos, Luiz Calainho e Patrícia Telles é responsável por grandes sucessos como Elis, A musical, Chacrinha, o musical, Um Violinista no Telhado, Hair, A Noviça Rebelde, Sete – O musical, O Mágico de Oz, Rock in Rio – O Musical, entre outros, levando mais de 2 milhões de pessoas ao teatro. Em agosto de 2016, a Aventura inaugurou o Teatro Riachuelo Rio.
Sobre o Instituto Ayrton Senna:
Há mais de 20 anos, o Instituto Ayrton Senna contribui para ampliar as oportunidades de crianças e jovens por meio da educação. Nossa missão é desenvolver o ser humano por inteiro, preparando para a vida no século 21 em todas as suas dimensões. Impulsionados pela vontade do tricampeão de Fórmula 1 Ayrton Senna de construir um Brasil melhor, atuamos em parceria com gestores públicos, educadores, pesquisadores e outras organizações para construir políticas e práticas educacionais baseadas em evidências. Estamos em permanente processo de inovação, continuamente investigando novos conhecimentos para responder aos desafios de um mundo em constante transformação.
Partindo dos principais desafios da educação identificados por gestores e educadores com quem trabalhamos no dia a dia, produzimos, sistematizamos e validamos conhecimentos críticos para o avanço da qualidade da educação, em um trabalho conjunto com as redes públicas de ensino. Todo o conhecimento produzido é compartilhado com mais atores por meio de iniciativas de formação, difusão, cooperação técnica e transferência de tecnologia.
Nossas ações são financiadas por doações, recursos de licenciamento e por parcerias com a iniciativa privada. Considerando iniciativas voltadas para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, estamos em 17 Estados e mais de 660 municípios, apoiamos a formação de mais de 60 mil profissionais por ano e beneficiamos a educação de mais de 1,5 milhão de alunos por ano. www.institutoayrtonsenna.org.br
Sobre o Bradesco Cultura:
Com mais de 350 projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. O Banco apoia iniciativas que contribuam para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de Norte a Sul do país, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte. Com apoio a eventos regionais, museus, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros, a instituição possui, ainda, uma plataforma de naming rights com o Teatro Bradesco, que conta com unidades em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Já passaram pela Temporada Cultural do Bradesco de 2017 as exposições Anita Malfatti, Antônio Gaudi, Steve Jobs, Van Gogh, Yoko Ono, os espetáculos “Les Misérables”, “O Homem de La Mancha”, o Festival Amazonas de Ópera, o Forrozão do Galo de Recife e as festas de São João de Campina Grande e Caruaru.
SERVIÇO – AYRTON SENNA, O MUSICAL
Local: Teatro Riachuelo Rio – Rua do Passeio, 40 – Cineândia – Rio de Janeiro/RJ
Temporada: de 10 de novembro a 04 de fevereiro
Horários: Quinta e sexta às 20h30; sábado às 16h30 e 20h30; domingo às 19h.
Vendas: www.ingressorapido.com.br
Preços:
Quinta, sexta e sábado (16h30): Plateia – de R$25,00 a R$120,00 | Balcão Nobre – de R$25,00 a R$100,00 | Balcão – de R$25 a R$70
Sábado (20h30) e domingo (19h): Plateia – de R$25,00 a R$150,00 | Balcão Nobre – de R$25,00 a R$120,00 | Balcão – de R$25,00 a R$80,00
Capacidade: 1000
Duração: 2h20 (com 15 min de intervalo)
Classificaçãoetária: Livre
Informações para a imprensa
MNiemeyer Assessoria de Comunicação
http://www.mniemeyer.com.br
Bruna Tenório – [email protected]
(21) 2178-2101 / 98280-8921
Andrea Pessôa – [email protected]
(21) 2178-2112 / 99155-1222
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