#Felicidade em São Tomás de Aquino
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falangesdovento · 2 years ago
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Somos de vidro, também de pedra, água e areia...
Viajantes do tempo. O remetente e o destinatário.
Tudo que jogamos contra o vento vem ao nosso encontro. Somos o próprio reflexo que vemos no espelho e além dele. Somos a vida e a morte. O tudo e também o nada. Somos idealizadores. Sonhadores. Propagadores. Feitos de inocência num mundo de regras. Maldosos ou bondosos - no tempo exato...
Ora oferecemos riscos, ora somos a mais perfeita das ternuras. O ponto de encontro está em cada um de nós. Encontrar-se é o desafio. Entender-se sagrado é o caminho. Enxergar além de, é o que falta. Permitir-se acolher o irmão e entender que ele é tão frágil e tão forte como nós é a meta. Que ninguém é melhor do que ninguém. No final das contas somos pó...
Nem sempre intactos. Nem sempre puros...
O importante é buscar, olhar para dentro de si e observar que o mundo é benção, que somos filhos da Graça - temos a divindade dentro de nós..
"Sejamos gratos às pessoas que nos proporcionam felicidade, são elas os adoráveis jardineiros que nos fazem florir a alma."
(São Tomás de Aquino)
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fredborges98 · 5 months ago
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O manto é feito de penas vermelhas de guará costuradas em uma malha por meio de uma técnica ancestral do povo tupinambá. Mede cerca de 1,80 metro e tem 80 centímetros de largura.
A doação da peça pela instituição dinamarquesa só foi possível graças ao envolvimento do embaixador brasileiro na Dinamarca, Rodrigo de Azeredo Santos, do Museu Nacional e da comunidade tupinambá da Serra do Padeiro, localizada na ainda não demarcada Terra Indígena Tupinambá Olivença (Bahia).Será?
Argonautas.*
Por: Fred Borges
Passear pelo Museu Britânico, em Londres, é o equivalente a dar a volta ao mundo. É o lugar mais visitado em todo o Reino Unido, mas na verdade as pessoas vão a ele para admirar um pedaço da Grécia antiga, conhecer a Pedra Roseta, uma estela de granodiorito que desvendou os hieróglifos do Egito Antigo, ou o Iraque anterior à guerra de 2003. O que seria dos grandes museus europeus se começassem a devolver a arte saqueada no passado para os seus países de origem?
Alguns deles já estão dando pequenos passos nessa direção. O Rijksmuseum, de Amsterdã, planeja resolver o espólio colonial no Sri Lanka e na Indonésia, devolvendo as peças de sua coleção que foram roubadas ou saqueadas.
Muitas coleções do Louvre, do British Museum e muitos outros museus europeus se nutriram de obras que inicialmente não pertenceriam a eles.
O resultado da pilhagem, roubo de tesouros, objetos de civilizações desconstruiu um passado e é fonte hoje de por exemplo de nossa síndrome de vira- lata, nossa baixa autoestima e isso vem de séculos a fio até hoje tendo o protagonismo ou cumplicidade de líderes/ presidentes/ políticos/ empresários que junto com esses tesouros, objetos, vendem a moral imoral , a retidão comportamental, a história, o passado, presente e futuro de uma nação, dentre eles Lula da Silva e os argonautas ou "extraterrestres" do mundo pilhado, para onde transferem a riqueza material,espiritual, histórica, social, econômica/ financeira, deixando nós,i.g.: brasileiros e todo restante dos países explorados para manutenção da chamada hegemonia dos países ricos e nós sem alma, alma guerreira, desdentados, sem garras, opressores-oprimidos,a questão é : até quando?
Num mundo de egos obesos com mentes, espíritos e corações anor��xicos, onde os riscos ou mossas na chaparia precede o motor do carro, as paletas do parabrisa, em terra seca e exaurida, precedem as rodas, e onde se reinventam as rodas,retóricas substituem a prática ou a plástica, tenho pouca esperança pelo mundo do amanhã ou pelas próximas gerações.
Se o Reino Unido quisesse interrompia o fluxo que alimenta a corrupção mundial, seus paraísos fiscais são a ponta do Iceberg e do seu Titanic.
O que aconteceria se os museus europeus tivessem que devolver a arte colonial espoliada?O que aconteceria se a o velho continente, como um todo, valorizasse todas as "commodities" exploradas,todas as riquezas roubadas, pilhadas, saqueadas começassem a devolver aos povos, nações, países saqueados? Eles continuariam ricos? Hegemônicos? Haveria um equilíbrio, uma retratação, uma reparação, uma inclusão que não passasse da pura retórica política corrupta?
A riqueza sempre esteve em mentes, morais,corações espíritos ou almas brilhantes!
O estadista se preocupa com a próxima geração e o político com a próxima eleição.O Brasil tem um Estadista?
Para Aristóteles, o que o estadista mais quer produzir é um certo caráter moral nos seus concidadãos, particularmente uma disposição para a virtude e a prática de ações virtuosas.
Em Tomás de Aquino, as virtudes e os valores cristãos são inseparáveis da prática política, do buon governo e da figura do rex justus. A cosmovisão do governante inclui felicidade em Deus, homens bons e virtuosos, abnegação cristã (diversa da abnegação republicana), amizade honesta, unidade, paz e comunhão social. O governante pio e virtuoso inspira súditos igualmente pios e virtuosos, pelos quais é amado. A natureza é tomada como modelo para o governo dos homens e o governante tem o papel ordenador análogo ao de Deus.
Já em Maquiavel, a condução do Estado é considerada uma arte, e o estadista, um autêntico artista. Para Maquiavel, assim como para Quentin Skinner e Merleau-Ponty, o estadista é adaptável às circunstâncias, harmonizando o próprio comportamento à exigência dos tempos. Sua virtù é a flexibilidade moral, a disposição de fazer o que for necessário para alcançar e perenizar a glória cívica e a grandeza - quer haja boas ou más ações envolvidas - contagiando os cidadãos com essa mesma disposição. O estadista é visto como simulador e manipulador da opinião pública ("a ação acusa mas o resultado escusa"), em uma sociedade acrítica e influenciável pelas aparências, constituída de indivíduos interessados exclusivamente em seu próprio bem estar. Mas a corrupção é vista como perda da virtù pelo conjunto dos cidadãos.Será?
Pessoalmente não acredito! O brasileiro não sabe dizer não há muito tempo! E o não nunca foi não! Somos uma gelatina de morango exposta ao calor das queimadas.Nossa moral é flácida, disforme, deformada, queimada,falta de umidade é uma unanimidade, que em si, é estúpida,rasa e superficial na aparência, mas olhe para dentro de cada brasileiro, você brasileiro, e verá o vazio contido nas suas falsas ilusões de carro do ano, apartamento ou casa de luxo em condomínio de muros de 5 metros, comendo alfafa sem fígado,aspargos sem coração e verá que na essência somos pura aparência!
Somos os próprios museus britânicos, franceses, dinamarqueses, holandeses, e tantos outros espalhados pelo mundo, somos o que somos pois vendemos nossa própria mãe por conveniência, e continuamos alimentando o SISTEMA , SISTEMA político, partidário, equivocado,de um povo que tem a corrupção na veia, na velha, na nova, mátria, adoramos deuses que não nos pertencem, deixamos levar o " manto sagrado" agora desnuda-se, desconstrói-se por políticas populistas, o índio que sempre esteve nú, mas agora ele também veste roupas feitas em países explorados pela Super Fast Fashion que polui o mundo, poluídos estamos, agoniza a Natureza, a natureza do homem, agoniza a mata, a fauna, flora, liquida-se, liquidifica-se a dignidade, mais uma onda colonizadora impera e entre a globalização e o globalismo, agendas, emendas, remendos em togas, nos tornaremos parte de uma hegemonia comunista chinesa, e agora, e agora José, e agora?
O manto sagrado, como os indígenas disseram, é um simples objeto, objeto material,o espírito da terra, da mata, da floresta, foi levado na velha e nova onda colonialista e só nos sobrou um líder corrupto, ladrão de nossa nação, ele representando aqui no Brasil a grande corrupção mundial ou global, essa sim hegemônica e com mantos sagrados.
*A saga dos argonautas descreve a perigosa expedição rumo a Cólquida em busca do Velocino de Ouro. Conta o mito que Éson havia sido destronado por Pélias, seu meio irmão. Seu filho Jasão, exilado na Tessália aos cuidados do centauro Quíron, retornou ao atingir a maioridade para reclamar ao trono que por direito lhe pertencia. Pélias então, que tencionava livrar-se do intruso, resolveu enviá-lo em busca do Velocino de Ouro, tarefa muito arriscada. Um arauto foi enviado por toda a Grécia a fim de agregar heróis que estivessem dispostos a participar da difícil empreitada. Dessa forma, aproximadamente cinquenta jovens se apresentaram, todos eles heróis de grande renome e valor. Cada um deles desempenhou na expedição uma função específica, de acordo com suas habilidades.
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marianeaparecidareis · 9 months ago
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EVANGELHO
Domingo 12 de Maio de 2024
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Marcos
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.
19Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à direita de Deus.
20Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.
- Palavra da Salvação.
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- Comentário do Dia
💎 Ascensão do Senhor, nossa esperança
Pelo fato de ter introduzido sua natureza humana nos céus, nosso Senhor também nos dá a esperança de chegar lá também.
Queridos irmãos e irmãs, celebramos neste domingo a Ascensão do Senhor, o mistério no qual nosso Senhor Jesus Cristo sobe em corpo e alma ao céu, onde foi preparar-nos um lugar.
Um dos motivos pelos quais os santos doutores afirmam ser útil para nós a Ascensão do Senhor é a elevação da nossa esperança. São João nos recorda que, durante a última ceia, nosso Senhor disse "Vou preparar-vos um lugar, depois virei novamente e vos tomarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais também vós".
Pelo fato de ter introduzido sua natureza humana nos céus, nosso Senhor também nos dá a esperança de chegar lá também nós, pois vale aqui aquilo que Cristo mesmo disse em São Mateus: "Onde estiver o corpo, ali se congregarão as águias". Por tal motivo, Santo Tomás de Aquino via uma profecia da ascensão naquelas palavras do profeta Miquénias, capítulo 2, versículo 13, "Sobe abrindo o caminho diante deles". Ao subir, nosso Senhor vai abrindo o caminho, vai rasgando os céus para que possam penetrar os que vêm atrás.
Por isso, a atitude especial que deve brilhar neste domingo da ascensão é a virtude da esperança. Uma virtude, entretanto, pouco compreendida, pouco vivida, pouco encarnada nos homens de nosso tempo e diante da qual podemos observar duas atitudes opostas. Aliás, nosso tempo se caracteriza por dois vícios que se opõem a esta virtude, a presunção e a desesperança.
A presunção
Nosso mundo é um mundo presunçoso. A presunção é uma atitude dupla. Há daquele que espera o que tem que esperar, mas se apoiando somente em suas forças e há daquele que não põe os meios para alcançar o que espera, confiando falsamente que Deus finalmente lhe dará o que espera. Nosso mundo está totalmente entusiasmado com seus progressos, com seus avanços, com a conquista da técnica, da medicina, das comunicações. Muitos estão convencidos que não falta muito para fabricar a felicidade do homem neste mundo, uma nova ordem mundial que será para todos paz e felicidade, prosperidade e luxo.
Outros se sentem tão fortes e tão bons que pensam (quando pensam) que ganharão o céu sem fazer nada. Outros dizem que Deus é tão bom que por mais que sejamos pecadores obstinados, Deus nos dará uma última oportunidade antes de morrer para arrumar as nossas contas e ganhar o céu. Mas qualquer bom catecismo nos diz que todas estas atitudes são pecados, e pecados contra a esperança, pecados de presunção.
A desesperança
Ao mesmo tempo que o mundo confia tanto em si mesmo, não deixa de pecar por desesperança. O desespero se manifesta em todos aqueles que não encontram mais sentido para a sua vida, todos aqueles que não sabem por que nem para que vivem, aqueles que brincam com a morte, que elogiam e exaltam a morte na literatura, na música, na pintura, e finalmente, sua mais clara manifestação, o suicídio. A tentação do suicídio não é só um fenômeno que afeta idosos, jovens e meninos, como em nenhuma outra época se viu, é também uma tentação social. Nossas sociedades são sociedades que estão se suicidando, são sociedades que se fecharam ao dom da vida proclamando um amor sem fecundidade e, embora ainda tenhamos gente que continue insistindo na grande mentira de que temos um planeta superpopuloso, os países mais avançados se deram conta que partem para um inflexível desaparecimento.
Cada ano são mais os que morrem e menos os que nascem, são sociedades que não só se fecham ao dom da vida que Deus oferece, mas também destroem a vida que não puderam impedir. É o terrível crime do aborto, o emblema mais vergonhoso de nossos séculos XX e XXI. São sociedades que destroem a vida que já não lhes é útil por meio da eutanásia, aos portadores de doenças mentais, há os idosos que já não servem para trabalhar. E depois nos escandalizamos dos crimes do nazismo, quando as leis democráticas da maioria dos países livres permitem e inclusive prescrevem os mesmos crimes pelos quais os líderes do nazismo foram condenados à morte em Nuremberg.
Qual é a verdadeira atitude de esperança que nós devemos ter contra essas duas atitudes opostas que falamos? Contra tudo isso, Deus coloca nos corações dos que se aproximam dEle aquela semente de vida, essa virtude teologal que chamamos esperança. A esperança é a virtude pela qual aspiramos o reino dos céus e a vida eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e nos apoiando não em nossas forças, mas sim nos auxílios da graça do Espírito Santo.
A esperança é a virtude que mais nos enquadra no estado em que nos encontramos. Ela, com efeito, nos recorda que estamos longe da felicidade verdadeira, longe de Deus, esperamos porque não possuímos. Ninguém espera o que já tem, esperamos o que não temos. Por isso a esperança nos recorda que ainda não chegamos e nos faz falta ser humildes, porque ainda não entramos e poderíamos ficar fora. Deste modo, a verdadeira esperança se opõe à presunção daquele que já se crê salvo.
Mas, ao mesmo tempo, nos recorda que o que esperamos é possível, assim, se opõe ao desespero. Não esperamos absurdos nem impossíveis, mesmo que aquilo que esperamos supere imensamente as forças humanas. Por quê? Porque esperamos nos apoiando em Deus, que é onipotente. Para Deus, nada é impossível. Porque esperamos em Deus, que é misericordioso, que tem entranhas de misericórdia, seu nome é Santo e Sua misericórdia se estende de geração em geração. Porque esperamos em Deus, que nos prometeu nos fazer entrar em Sua glória: "Logo virei novamente e vos tomarei comigo, de modo que, onde eu estiver, estejais também vós." Porque esperamos em Deus, que é fiel e não se retrata de suas promessas. Como diz a Carta aos Hebreus, "Mantenhamos firme a confissão da esperança, pois fiel é o autor da promessa."
Peçamos neste dia, meus irmãos, que Deus inflame nossos corações nesta esperança, já que, como diz São Paulo, a esperança não falha, é a âncora da alma, o capacete da salvação, da alegria em meio das tribulações. Que a Virgem Santíssima, Mãe de Deus e Nossa Mãe, Mãe da serena esperança, nos conceda esta graça. Amém.
Deus abençoe você!
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o-amor-nao-e-amado · 1 year ago
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EXISTE FELICIDADE PLENA NESTE MUNDO?
A perda do sentido cristão na vida humana vai distanciando cada vez mais o homem da Revelação Divina, de sorte que as verdades contidas no Evangelho já não se fazem mais presentes na consciência da maioria das pessoas. Razão pela qual se torna muito difícil explicar aos nossos contemporâneos a questão da felicidade x sofrimento. Deus incutiu no homem uma vigorosa propensão para buscar a felicidade, faz parte de nosso fim sermos plenamente felizes; porém, no mais das vezes, procuramos a felicidade fora de Deus, e comumente nas criaturas.
Uma mera criatura humana nunca poderá fazer outra plenamente feliz, as duas são limitadas e igualmente chamadas à felicidade plena em Deus. Por isso não é possível sermos absolutamente felizes nesta vida terrena; estamos rodeados de seres tão ou mais limitados do que nós, tudo é precário e transitório.
São Paulo nos explica que todos os seres estão ordenados para a glória de Deus. Por isso a Igreja afirma que as criaturas foram destinadas à glória d’Ele. Como fim parcial, somos chamados a conhecer, amar e servir ao Criador. Porém, o que nos espera para a eternidade é incalculavelmente superior: nosso fim último é gozar da presença perpétua de Deus, vendo-O face a face, através da visão beatífica.
Mas haverá sofrimento no Céu? São Tomás de Aquino nos ensina que a visão beatífica é um “bem perfeito”, que “aquieta todo e qualquer desejo”. Portanto só no Céu seremos plenamente felizes, livres de qualquer incômodo.
Quanto ao sofrimento terreno, por incrível que possa parecer, ele é essencial para alcançarmos a felicidade, já que, dado o pecado original, sofrer faz parte intrínseca da prova estabelecida por Deus. Portanto, no que diz respeito ao nosso fim último, sem provação não há, e nunca haverá, aprovação.
Verdade exposta com simplicidade por Nosso Senhor Jesus Cristo em seu belíssimo Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.” (Mt 5, 4).
Também São Paulo, em sua segunda Carta aos Coríntios, afirma que “a nossa presente tribulação, momentânea e ligeira, nos proporciona um peso eterno de glória incomensurável. Porque não miramos as coisas que se veem, mas sim as que não se veem. Pois as coisas que se veem são temporais e as que não se veem são eternas” (II Cor 4, 17).
Quando o Apóstolo dos gentios diz que o sofrimento deste mundo é momentâneo e ligeiro, ele não está exagerando ou usando um recurso de oratória com a intenção de impressionar seus expectadores. A realidade é que, chegando à eternidade, nossa vida mortal parecerá uma nesga insignificante de tempo.
Finalmente, ainda paira a pergunta: haverá felicidade satisfatória neste mundo? Felicidade perfeita, como muitas vezes nos retratam os filmes e contos românticos, evidentemente não; são fantasias nascidas da criatividade do homem. No entanto, a doutrina cristã explica que, sim, é possível uma felicidade relativa, desde que o homem pratique os Mandamentos. Fora isso, como nos ensina Salomão, debaixo do sol tudo é vaidade e aflição de espírito (Ecl 2, 17).
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allezinha25 · 3 years ago
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🌷Plantinha de casa🌷 🌟🌟 Somos de vidro, também de pedra, água e areia... Viajantes do tempo. O remetente e o destinatário. Tudo que jogamos contra o vento vem ao nosso encontro. Somos o próprio reflexo que vemos no espelho e além dele. Somos a vida e a morte. O tudo e também o nada. Somos idealizadores. Sonhadores. Propagadores. Feitos de inocência num mundo de regras. Maldosos ou bondosos - no tempo exato... Ora oferecemos riscos, ora somos a mais perfeita das ternuras. O ponto de encontro está em cada um de nós. Encontrar-se é o desafio. Entender-se sagrado é o caminho. Enxergar além de, é o que falta. Permitir-se acolher o irmão e entender que ele é tão frágil e tão forte como nós é a meta. Que ninguém é melhor do que ninguém. No final das contas somos pó... Nem sempre intactos. Nem sempre puros... O importante é buscar, olhar para dentro de si e observar que o mundo é benção, que somos filhos da Graça - temos a divindade dentro de nós.. Sejamos gratos às pessoas que nos proporcionam felicidade, são elas os adoráveis jardineiros que nos fazem florir a alma. 💓💓 São Tomás de Aquino https://www.instagram.com/p/CS7vvrVsiZVp1eEyo-wCtm60Pmn6Z6sogBn5no0/?utm_medium=tumblr
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rpmtrevo-blog · 5 years ago
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Trabalho de Geografia/Sociologia/Filosofia Colégio Trevo 1°EM B
Filosofia
A Grécia que se deu a mais ou menos 2600 anos atrás da região da Junia, o império grego ele tinha se espalhado pelo pelo Mar Mediterrâneo pelo mar Egeu então e até por parte ali da Península Itálica então a gente não tem uma referência muito certa do que seria a Grécia naquela época sem dispensar a Grécia de hoje esses pensadores da Júnia eles estavam fazendo pela primeira vez no ocidente uma busca racional pela or virgem de todo universo pela origem de todo o mundo toda a Constituição de tudo em contraposição aos mitos as mitologias por isso o que eles estavam fazendo era chamado de cosmologia o nome desse primeiro período da filosofia antiga gente era pré-socrático ou cosmológico tá porque a gente tá falando de pensadores aqui do lado o início de tudo anteriores a Sócrates a gente vai ver daqui a pouco Por que Sócrates marca filosofia antiga e na que a gente tem pensadores como Tales.
 Tales de Mileto primeiro filósofo anaximandro anaxímenes e Pitágoras de Samos entre outros segundo período da filosofia antiga, o período chamado período socrático ou antropológico tá aqui entra em cena a figura de Sócrates que ele vai operar uma mudança que estava sendo feito na sua filosofia até então, Sócrates vai introduzir questões humanos relacionadas a vida do ser humano e as marcas que o ser humano deixa no mundo portanto há uma mudança completa de foco, aquele foco que antes estava na entender a origem de tudo, agora é entender o que o ser humano fez a partir desse universo, o seu discípulo Platão, ele vai deixar os escritos sobre Sócrates no chamados diálogo socráticos para posteridade e vai desenvolver mais algumas teorias em relação por exemplo conhecimento na teoria do conhecimento de Platão que distingue ali um mundo material de um mundo imaterial no mundo material ele seria imperfeito mundo em material super sensível seria perfeito e etc. O que chamou de mundo das ideias e Aristóteles que foi discípulo de Platão, ele faz ali uma espécie de sistematização geral e de classificação da filosofia desenvolvida.
 A doxa é a opinião, o nível de conhecimento que fica na superficialidade, não se preocupando em determinar como as coisas são nelas mesmas, e sim apenas perpetuar discursos que passam de geração em geração.
Já a episteme é o conhecimento, é a "crença verdadeira justificada". Baseia-se não na tradição, no "ouvir dizer" ou na superfície, e sim em um raciocínio de caráter reflexivo, que rejeita tudo aquilo que não for demonstrado e demonstrável. Ela está no fundamento de todo conhecimento científico.
A Teoria das Ideias ou Teoria das Formas é um conjunto de conceitos filosóficos criado por Platão, na Grécia Antiga. Esta teoria declara que a realidade mais fundamental é composta de ideias ou formas abstratas, mas substanciais. Para ele estas ideias ou formas são os únicos objetos capazes de oferecer verdadeiro conhecimento. A teoria foi desenvolvida em vários de seus diálogos como uma tentativa de resolver o problema dos universais. Os filósofos pré-socráticos, desde Tales, notaram que a aparência das coisas mudava e começaram a se perguntar o que a coisa que muda��realmente é. A resposta é: substância - aquilo que permanece, mesmo na mudança, seria a coisa realmente existente. Então, o conceito de aparência foi questionado: o que seria a forma e como estaria relacionada com a substância?
Platão usa outras palavras para designar aquilo que é tradicionalmente chamado forma ou ideia: idéa, morphē, eîdos e parádeigma, além de génos, phýsis e ousía. Segundo a teoria platônica, as formas (ou ideias), que são abstratas, não materiais, eternas e imutáveis, é que seriam dotadas do maior grau de realidade - e não o mundo material, mutável, conhecido por nós através das sensações. As formas ou essências das coisas seriam independentes dos objetos comuns - cujo ser e cujas propriedades participariam das essências, porém não grau inferior. Platão fala dessas entidades através dos personagens dos seus diálogos (sobretudo Sócrates), os quais algumas vezes sugerem que somente o estudo das formas poderia levar ao conhecimento verdadeiro. Platão também se refere às formas em A República, quando propõe uma possível solução para o problema dos universais.
 Para Aristóteles, as ciências são a busca das causas e princípios primeiros da realidade com um fim em si mesma. Isso significa que o homem busca esse tipo de saber para aperfeiçoar seu raciocínio e sua alma, não para algum fim ou com utilidade (em vista de). É a busca do universal. Então, como Aristóteles classificas as ciências:
Ciências produtivas – que visam à fabricação de algum utensílio (p.ex.: sapatos, roupas, vasos, etc.);
Ciências práticas – que usam o saber para uma ação ou com a finalidade moral (ética e política);
Ciências teoréticas – que buscam o saber pelo saber, independente de um fim ou utilidade (metafísica, física, matemática e psicologia).
A abstração é a operação mediante a qual alguma coisa é escolhida como objeto de percepção, atenção, observação, consideração, pesquisa, estudo, etc. É isolada de outras coisas com que está numa relação maior. Ela é inerente a qualquer procedimento cognitivo. Segundo Aristóteles, o processo todo do conhecimento pode ser descrito com ela; sendo que Tomás de Aquino reduz todo o conhecimento intelectual à operação de abstrações. O homem cria por abstração.
É o ato de separar mentalmente um ou mais elementos de uma totalidade complexa (coisa, representação, fato), os quais só mentalmente podem subsistir fora dessa totalidade
O ceticismo é caracterizado, acima de tudo, pela dúvida e pela desconfiança em relação à capacidade humana de conhecer as coisas como elas são nelas mesmas, fundamentando-se em uma dúvida total que rejeita tudo aquilo que não pode ser afirmado acima de quaisquer suspeitas.
Já o neoplatonismo, defendido por filósofos como Aquino, resgatava o platonismo, a divisão em dois mundos e o associava às perspectivas cristãs de bom e mal, puro e impuro.
Sempre almejando a sabedoria e mais ainda a verdade, Agostinho de Hipona passou por diversas experiências filosóficas, desde seu materialismo racionalista, passando pelo ceticismo, até sua substituição por uma concepção espiritualista. Porém, nunca negou a existência de Deus. Estas experiências fizeram com que o filósofo cristão amadurecesse bastante, inclusive no que diz respeito às Sagradas Escrituras, que passou a compreender de forma mais significativa e profunda.
Em princípio, Agostinho havia se integrado à seita Maniqueísta, uma doutrina persa que pregava a existência de dois polos equivalentes e em permanente luta no universo: o Bem e o Mal. Perceba que segundo esse modo de pensar, além de existirem, isto é, possuírem realidades concretas, esses elementos têm o mesmo valor ou a mesma força. Assim, os cristãos representavam os adeptos do Bem e os pagãos e bárbaros, os do Mal.
No entanto, foi no neoplatonismo que Agostinho percebeu a existência das coisas incorpóreas, reorientando sua busca em um sentido transcendente. Segundo interpretações de Platão, o Mal não existe enquanto entidade, só o Bem como ideia ontológica por excelência. O Mal não é uma realidade, é um juízo e uma ação errôneos por ignorância. A partir daí, Agostinho verificou que todas as coisas são boas, porque são obras de Deus e que o Mal é culpa da forma como utilizamos o livre arbítrio. Mas verificou também que todos buscam a felicidade e o Bem (pensamentos semelhantes aos de Sócrates!). Eis, então, o problema: como reconhecer o Bem e a felicidade? Agostinho constatou, pois, que a felicidade somente se encontra em Deus, o Bem Supremo, e que nós temos esse conhecimento em nosso íntimo, de forma confusa.
Desse modo, Agostinho estabelece uma ordem de perfeição, uma graduação ou distinção dos seres para alcançar esse conhecimento que nos levaria a uma vida beata. O corpo é mortal e a alma é seu princípio de vida. Esta distinção vai dos seres inanimados e passa pelos vegetais, animais até o homem. Mas não termina aqui. Acima da razão (do homem) ainda há verdades que não dependem da subjetividade, pois suas leis são universais e necessárias: as matemáticas, a estética e a moral. Só acima destas está Deus, que as cria, ordena e possibilita o seu conhecimento, que deve, agora, ser buscado na interioridade do homem.
A filosofia islâmica ou árabe faz parte dos chamados "estudos islâmicos". Os filósofos desse ramo buscam alcançar uma harmonia entre os ensinamentos religiosos do Islão e a razão. De um ponto de vista Ocidental, a filosofia islâmica teve o grande mérito de despertar a renovação filosófica da cultura medieval.
Avicena (Bucara, 980 — Hamadã, 1037) foi um célebre filósofo e médico persa da Idade Média. Avicena foi o maior filósofo islâmico do período. Elaborou um vasto sistema filosófico, continuando a tradição aristotélico-platônica de Alquindi e Alfarábi - este último, o mais antigo e conhecido entre os filósofos islâmicos do século X.
Pressupondo a unidade da filosofia, Avicena procurou conciliar as doutrinas de Platão e Aristóteles. Utilizou-se das ideias aristotélicas para provar a existência de Deus, alegando que, Nele, existência e essência são iguais: Deus é igual à sua essência e fonte do ser de outras coisas.
Sua influência no Oriente não foi duradoura devido à oposição dos teólogos ortodoxos. No Ocidente, contudo, Avicena foi decisivo para a difusão do pensamento de Aristóteles nos séculos XII e XIII, tendo influenciado filósofos posteriores, como Duns Scotus, Alberto Magno e Tomás de Aquino, que nutriam grande admiração por ele.
Averróis (Córdoba, 1126 — Marraquexe, 1198) foi um filósofo, médico e polímata muçulmano andalusino. Membro de uma família de juristas, estudou medicina e filosofia. É um dos maiores conhecedores e comentaristas de Aristóteles. Aliás, o próprio Aristóteles foi redescoberto na Europa graças aos árabes, e os comentários de Averróis muito contribuíram para a recepção do pensamento aristotélico. Averróis também se ocupou com astronomia e direito canônico muçulmano.
Sua filosofia é um misto de aristotelismo com algumas nuanças platônicas. A influência aristotélica se revela em sua ideia da existência do mundo de modo independente de Deus (ambos são coeternos) e de que também não existe providência divina. Já seu platonismo aparece em sua concepção de que a inteligência, fora dos seres, existe como unidade impessoal.
Tomás de Aquino, em italiano Tommaso d'Aquino (Roccasecca, 1225 – Fossanova, 7 de março de 1274), foi um frade católico da Ordem dos Pregadores (dominicano) italiano cujas obras tiveram enorme influência na teologia e na filosofia, principalmente na tradição conhecida como Escolástica, e que, por isso, é conhecido como "Doctor Angelicus", "Doctor Communis" e "Doctor Universalis". "Aquino" é uma referência ao condado de Aquino, uma região que foi propriedade de sua família até 1137.
Ele foi o mais importante proponente clássico da teologia natural e o pai do tomismo. Sua influência no pensamento ocidental é considerável e muito da filosofia moderna foi concebida como desenvolvimento ou oposição de suas ideias, particularmente na ética, lei natural, metafísica e teoria política. Ao contrário de muitas correntes da Igreja na época, Tomás abraçou as ideias de Aristóteles - a quem ele se referia como "o Filósofo" - e tentou sintetizar a filosofia aristotélica com os princípios do cristianismo. As obras mais conhecidas de Tomás são a "Suma Teológica" (em latim: Summa Theologiae) e a "Suma contra os Gentios" (Summa contra Gentiles). Seus comentários sobre as Escrituras e sobre Aristóteles também são parte importante de seu corpus literário. Além disso, Tomás se distingue por seus hinos eucarísticos, que ainda hoje fazem parte da liturgia da Igreja.
Tomás é venerado como santo pela Igreja Católica e é tido como o professor modelo para os que estudam para o sacerdócio por ter atingido a expressão máxima tanto da razão natural quanto da teologia especulativa. O estudo de suas obras há muito tempo tem sido o cerne do programa de estudos obrigatórios para os que buscam as ordens sagradas (como padres e diáconos) e também para os que se dedicam à formação religiosa em disciplinas como filosofia católica, teologia, história, liturgia e direito canônico. Tomás foi também proclamado Doutor da Igreja por Pio V em 1568. Sobre ele, declarou Bento XV.
  Sociologia
 Processo de socialização
 O questionamento sobre o que é necessário para vivermos em sociedade foi e ainda é objeto de reflexões da Sociologia, da Filosofia, da Antropologia e da Psicologia. Embora seja um tema muito debatido, não há uma resposta fácil à questão da preponderância do aspecto biológico ou do aspecto cultural no modo como os seres humanos vivem socialmente. Será que o ser humano é apenas mais um organismo vivo predeterminado biologicamente, desenvolvendo-se ao longo de sua vida sem significativas mudanças advindas de estímulos sociais externos? Ou será que a caracterização de sua personalidade é muito mais influenciada por questões psicológicas, sociais e culturais?
 Apesar de nascermos com capacidades cognitivas e sociais prévias, não necessariamente vamos desenvolvê-las, pois, para aprendermos a viver em sociedade, é preciso a interação com outros indivíduos. As capacidades cognitivas referem-se ao potencial que o indivíduo tem de conhecer o ambiente que o cerca com base em suas próprias experiências, ou seja, apreender o mundo, resolver problemas, identificar e classificar objetos e conceitos abstratos. Já as capacidades sociais referem-se ao potencial que os seres humanos têm de interagir com os demais, assimilar as regras de convivência e se adaptar à vida em sociedade.
 Isso quer dizer que, embora tenhamos a capacidade de nos adaptar à sociedade, necessitamos desenvolver tal potencial ao longo de nossa vida, de forma gradativa, por meio da incorporação de práticas e costumes do grupo social em que estamos inseridos. Assim, é possível dizer que, na formação da identidade do indivíduo, existe a cooperação mútua entre os aspectos biológico e social.
 Instituições sociais
 Em meio ao processo de socialização, diversas instituições sociais (ver Conceitos sociológicos) atuam estabelecendo modelos e referências de comportamento para os indivíduos, tais como a família, a escola, o trabalho, a religião e a mídia. Os ambientes em que estamos inseridos desde nossa mais tenra idade influenciam nossa maneira de ver o mundo. Familiares, amigos, vizinhos, professores, colegas de trabalho e meios de comunicação – como a televisão e a internet – são importantes agentes no processo de socialização dos indivíduos, pois se constituem como o meio de transmissão social de valores, modos de vida, regras sociais, papéis sociais (ver Conceitos sociológicos) e modelos de comportamento.
 Para Durkheim, o termo educação não se refere apenas à assimilação de conhecimentos formais realizados por meio da instituição escolar. A educação tem um aspecto mais abrangente, incluindo a assimilação de hábitos, normas de conduta, formas de agir, de pensar e de sentir, inseridos desde a infância até o final da vida adulta.
 Em nossa sociedade, a socialização opera-se inicialmente na família, passa a ser sistematizada na escola e, posteriormente, na universidade e no mercado de trabalho. É pelo processo de socialização que o “ser individual” se transforma em “ser social”. Os processos contínuos de socialização, que são em essência educativos, podem ser divididos em duas fases distintas: socialização primária e socialização secundária.
   Socialização primária
 De modo geral, a família é o primeiro agente responsável por inserir a criança no meio social. A socialização primária é aquela que ocorre ainda na infância, e é por meio dela que o indivíduo se torna membro da sociedade. Nesse contexto, a família é o principal agente da socialização primária, uma vez que, em geral, se encarrega da proteção e da educação da criança.
 Para o indivíduo, a socialização primária tem valor mais relevante, pois corresponde à estrutura básica de formação do ser social. Pais e familiares buscam inicialmente desenvolver na criança determinados hábitos e padrões de comportamento que representem os modos considerados socialmente adequados de agir, andar, alimentar-se, vestir-se e falar. A socialização primária corresponde, portanto, ao primeiro mundo do indivíduo, no qual ele é adaptado ao contexto social em que vive.
 Um bom exemplo da influência da família na delimitação dos futuros papéis sociais dos indivíduos refere-se às carreiras profissionais. É comum os filhos seguirem a profissão dos pais ou da família, principalmente quando se trata de áreas como Medicina, Direito e Engenharia.
 Nas questões de gênero, também é possível identificar, com clareza, essas formas de socialização como maneiras de diferenciação social entre os indivíduos. Nas brincadeiras infantis, por exemplo, há, geralmente, expectativas quanto aos papéis sociais do gênero masculino ou feminino.  
 Socialização secundária    
 Corresponde ao processo subsequente à socialização primária e introduz um indivíduo já socializado em novas experiências e interações sociais para além dos vínculos familiares. Como é frequente em nossa sociedade que a criança seja inserida desde muito cedo na escola, muitas vezes, a socialização secundária pode ocorrer paralelamente à socialização primária. Além disso, constata-se a existência de outros agentes de socialização na formação do indivíduo, tais como os amigos, os meios de comunicação, os clubes e as associações esportivas ou culturais, as comunidades religiosas e o ambiente de trabalho.
 A socialização secundária se constrói cotidianamente, conforme os indivíduos transitam pelas instituições sociais que compõem a sociedade e adquirem novos papéis sociais. Assim, os diversos aspectos dessa socialização são essenciais para a formação da identidade do indivíduo, modificando sua auto percepção e seu relacionamento com os demais.
 Instituição escolar na formação dos indivíduos
 Em nossa sociedade, a escola é, sem dúvida, a principal instituição social responsável pela socialização secundária dos indivíduos. Nos últimos anos, verificou-se o aumento do número de pessoas que frequentam instituições escolares nas sociedades modernas, processo denominado universalização do ensino.
  Trabalho e socialização
 O trabalho assume uma dimensão socializadora na medida em que estabelece oportunidades diárias de interação social e de construção das identidades profissionais. Os indivíduos passam a se inserir profissionalmente em determinados espaços de trabalho, como órgãos estatais, escritórios, indústrias e comércio, que se caracterizam pelas interações sociais especializadas e cotidianas.
 Papel das mídias na formação dos indivíduos
 As mídias são todas as instituições sociais que representam os meios de comunicação de massa das sociedades modernas. Trata-se do conjunto de mídias escritas (jornais, revistas, etc.), digitais (internet e suas redes sociais), televisivas, radiofônicas, cinematográficas e teatrais. O conjunto dessas estruturas de comunicação de massa representa as mídias como instituição de socialização cultural em virtude de seus efeitos e de sua atuação na mentalidade dos indivíduos.
Instituição religiosa na socialização
 As religiões são um sistema de crenças e práticas relacionadas àquilo que é sagrado, místico e divino, das quais são derivadas determinadas representações, normas e comportamentos morais. As religiões têm um potencial socializador ao darem significados que não se limitam às barreiras científicas, mas abrangem aspectos emocionais e subjetivos. Abordam temas que não se explicam apenas pela razão, mas que necessitam de uma expressão de f�� por parte dos devotos ou seguidores. Estão providas de símbolos, práticas e crenças compartilhados socialmente e que passam a ser interiorizados pelos indivíduos em suas ações cotidianas.
 Origens da escola tradicional
A educação é um conceito amplo e envolve o modo como os indivíduos são integrados à sociedade pelas gerações adultas. Ao longo dos séculos XVIII e XIX, a escola surge como instituição na qual são postos em prática alguns aspectos discutidos nas ciências da educação. Ao contrário da educação realizada no âmbito da família, a escola tradicional se diferencia por sua intervenção voltada à formação dos indivíduos com base no fornecimento de determinadas competências cognitivas, sociais, morais e físicas.
 A instituição escolar correspondente ao modelo atual é fruto de diversas transformações sociais. Historicamente, a ascensão da burguesia e a consolidação do movimento iluminista modificaram o ideal educativo do ser humano. Conforme ocorria a modificação estrutural da sociedade e a divisão do trabalho social se tornava ainda mais complexa, havia a necessidade de modificar o modelo educacional das novas gerações a fim de transmitir conhecimentos mais sofisticados.
 Portanto, observa-se, desde o início do Iluminismo, uma contradição em torno da questão da educação: era necessário educar o povo, mas não demasiadamente, de modo que pudesse se emancipar. Para se constituir em instituição formadora de cidadãos úteis ao sistema produtivo, a escola deveria estar ao alcance de todos. Assim, os iluministas passaram a defender a escola gratuita, organizada pela ação estatal, laica e universal.
 Desse modo, a instituição escolar criada após as revoluções industriais e burguesas dos séculos XVII e XVIII tinha por objetivo estabelecer um método geral e sistematizado de educação de crianças e adolescentes, com objetivos e procedimentos previamente definidos. Assim, as crianças e os adolescentes eram classificados com base em sua faixa etária, submetidos a um programa de ensino e a métodos avaliativos previamente definidos pelos profissionais da educação. Enquanto o programa de ensino. Ou currículo define as competências e os conhecimentos correspondentes às faixas etárias dos alunos, os métodos avaliativos permitem mensurar o grau de aprendizado deles.
 Transformações sociais e tecnológicas na cultura escolar
 A concepção de escola tradicional correspondia a uma instituição socializadora que agia no sentido de moldar os indivíduos de acordo com os parâmetros sociais preestabelecidos. As instituições escolares estiveram, por um longo período, voltadas à formação dos indivíduos conforme os valores e as práticas disseminados socialmente, visando à manutenção da ordem social estabelecida, bem como das desigualdades sociais. Assim, durante todo o século XIX e parte do século XX, a escola esteve voltada primordialmente à formação da classe trabalhadora, criando nos indivíduos formas de pensar e agir que estivessem em conformidade com o sistema produtivo industrial.
 Com o passar do tempo e as contínuas transformações sociais, tal modelo de escola, voltado unicamente à formação da classe trabalhadora, passou a ser contestado por educadores, sociólogos e teóricos da educação. Assim, a escola acabou perdendo a dimensão de instituição disciplinar e autoritária, que não respeitava as particularidades nem os conhecimentos dos alunos, e começou a assumir a função de instituição voltada à formação de cidadãos autônomos. A escola passou a aproximar a teoria da prática e se adaptou aos novos tempos, tornando-se mais democrática e menos impositiva e/ou autoritária.
 Por esse motivo, as escolas têm passado por uma série de reformulações curriculares. Muitas delas adotaram métodos centrados no aprendizado dos alunos, instigando a participação ainda mais ativa desses sujeitos e desenvolvendo suas habilidades individuais. A escola que antes visava padronizar e disciplinar os alunos passou a ser repensada como instituição responsável por fornecer uma formação integral e problematizadora. A própria noção de socialização na escola, que anteriormente implicava a interiorização passiva de regras e condutas, foi modificada e agora é entendida como um processo no qual o indivíduo tem uma postura ativa.
 A escola na formação dos indivíduos
 A escola foi inicialmente projetada para massificar os alunos, ou seja, padronizar os modos de agir e pensar. Tal padronização era considerada necessária para a formação de indivíduos integrados à sociedade capitalista. Mas será que, em vez de reproduzir tão somente os valores e as regras sociais, a escola também pode ser espaço para a emancipação dos indivíduos? Ela é apenas uma instituição que visa manter a ordem dos indivíduos na sociedade ou também permite que eles desenvolvam habilidades para serem livres e autônomos em suas escolhas?
 Para responder a tais questões, é preciso fazer uma análise por diversos ângulos. Não existe uma função única e consensual da escola, por mais que esta corresponda aos interesses da sociedade em que se insere. Vivemos em uma sociedade repleta de contradições, que também são expressas na instituição escolar. Desse modo, a escola tanto pode representar a transformação da sociedade quanto ser o mero mecanismo de reprodução desta.
 Escola como mecanismo de reprodução das desigualdades sociais
 Pierre Bourdieu (1930-2002), sociólogo e filósofo francês, compreendia a escola como instituição a serviço da reprodução e da legitimação dos interesses das classes dominantes. Assim, não seria um espaço neutro, que visaria unicamente à transmissão de conhecimentos universais e hierarquicamente superiores. Pelo contrário, seria o mecanismo pelo qual as classes dominantes imporiam às classes dominadas os conteúdos considerados mais significativos. Essa concepção é denominada pelo autor de arbitrário cultural, ou seja, a seleção dos conteúdos a serem transmitidos aos alunos corresponde à cultura das classes dominantes.
 A cultura escolar, para ser reconhecida como legítima, deve transmitir a noção de neutralidade, para que alunos e professores não suspeitem dos interesses ocultos no currículo escolar. A cultura consagrada e transmitida pela escola não seria de fato superior a nenhuma outra, sendo apenas uma escolha arbitrária e, portanto, questionável. Em geral, a cultura das classes mais privilegiadas acaba por se impor diante das demais, assumindo o papel de cultura dominante.
 Na perspectiva de Pierre Bourdieu, a escola tenderia a ignorar a diferença existente entre os capitais culturais dos alunos, reproduzindo as desigualdades sociais. Imagine, por exemplo, um aluno do Ensino Fundamental que não tenha contato com qualquer cosa sobre o Egito Antigo, e outro que tenha acesso a todos os recursos necessários. Provavelmente, ao estudar o tema na aula de História, aquele aluno com conhecimentos prévios sobre o assunto, vai se expressar melhor a respeito do conteúdo, enquanto o aluno que não teve contato com nada não irá. Para ele, o conhecimento vai se apresentar, ainda mais distante da sua realidade do que para o colega.
 Escola: espaço de reprodução ou de emancipação social?
 É possível compreender a escola como espaço que permite o acesso aos conhecimentos legitimados, considerados socialmente relevantes, e que propicia a aquisição de diplomas e a inserção no mercado de trabalho. Ao contrário da crítica realizada por Pierre Bourdieu acerca das desigualdades sociais na escola, tal instituição também pode ser vista como responsável por transmitir aos alunos o acesso aos bens culturais. Desse modo, ao propiciar a aquisição de diplomas, muito provavelmente a escola também possibilitaria a mobilidade social dos indivíduos, uma vez que dá acesso a níveis mais elevados de escolaridade e, consequentemente, pode vir a aumentar a renda individual.
Quando nos referimos ao caráter socializador da instituição escolar, temos de compreender, para além da incorporação de hábitos e padrões de comportamento sociais, a relação com as pessoas à nossa volta e com aqueles que consideramos diferentes de nós.
 A escola é um espaço marcado tanto pela diferença quanto pela contradição. Vivemos em uma sociedade, por vezes, intolerante, preconceituosa e violenta em relação àqueles que fogem aos padrões de comportamento ou aos modos de aceitação social e temos a tendência de reproduzir as práticas sociais vivenciadas diretamente.  Obviamente, a escola, como instituição pertencente à sociedade, também é marcada pelos conflitos, pela reprodução de práticas discriminatórias, pela intolerância e, até mesmo, pela violência.
 Geografia
 Evolução do Sistema Solar iniciou-se há cerca de 4,568 x 109 anos com o colapso gravitacional de uma pequena parte de uma nuvem molecular. A maior parte da massa colapsada ficou no centro, formando o Sol, enquanto que o resto achatou, devido à força gravitacional, tornando-se num disco protoplanetário, que mais tarde viria a formar os planetas, luas, asteroides e outros corpos menores do sistema solar.
Esse modelo é conhecido por hipótese nebular e foi inicialmente desenvolvido no século XVIII por Emanuel Swedenborg, Immanuel Kant e Pierre Simon Laplace. O desenvolvimento desta teoria teve um grande impacto noutras disciplinas científicas, como a astronomia, física, geologia e planetologia. Desde o início da era espacial na década de 50 e da descoberta de exoplanetas na década de 90, o modelo têm sido testado e melhorado para que possa explicar as novas observações.
O Sistema Solar evoluiu bastante desde o momento da sua formação. Muitas das luas se formaram a partir de discos circulares de poeira e gás, à volta dos planetas parceiros, enquanto que outras se pensa terem-se formado de forma independente e, mais tarde, foram capturadas por planetas. Há ainda quem defenda a hipótese de que algumas luas, tal como a da Terra, Lua, se formaram a partir de um grande impacto. As colisões entre corpos têm sempre ocorrido até ao presente e foram fundamentais para a evolução do Sistema Solar. As posições dos planetas foram várias vezes deslocadas, tendo estes mudado de lugar. Pensa-se agora que esta migração planetária seja responsável por grande parte da evolução inicial do Sistema Solar.
Daqui a cerca de 5 mil milhões de anos, o Sol irá arrefecer e expandir-se até muitas vezes o seu diâmetro atual (tornando-se uma gigante vermelha), antes de perder para o espaço as suas camadas exteriores numa nebulosa planetária e de deixar para trás os restos estelares conhecidos por anã branca. Num futuro muito distante, a passagem de estrelas, por ação da gravidade, irá moldar a sequência de planetas em redor do Sol. Alguns dos planetas serão destruídos, outros ejetados para o espaço interestelar. Finalmente, passados bilhões de anos, é provável que se encontre o Sol sem um dos corpos originais a orbitá-lo.
O planeta Terra possui aproximadamente 4,6 bilhões de anos, o que pode ser considerado muito tempo, a depender do referencial. Para nós, seres humanos, esse tempo é quase que inimaginável, uma vez que nossa existência no mundo data de algumas centenas de milhares de anos. A invenção da escrita e a constituição das primeiras civilizações, por sua vez, são ainda mais recentes, iniciando-se há cerca de sete mil anos ou até menos.
Em razão dessa brutal diferença de tempo, torna-se importante estabelecer a distinção entre a escala de tempo geológico e a escala de tempo histórico. O tempo geológico refere-se ao processo de surgimento, formação e transformação do planeta Terra. O tempo histórico, por sua vez, faz referência ao surgimento das civilizações humanas e sua capacidade de comunicação escrita.
 Para se ter uma noção aproximada do quanto a existência do ser humano é um mero episódio recente no tempo geológico da Terra, utilizamos algumas analogias. Por exemplo, se toda a história do planeta fosse resumida nas vinte e quatro horas de um dia, a existência da humanidade teria ocorrido nos últimos três segundos desse mesmo dia. Por isso, quando falamos em uma formação de relevo geologicamente antiga, estamos dizendo que ela se formou há alguns poucos milhares de anos, provavelmente em uma das últimas eras geológicas.
Os minerais são substâncias encontradas na natureza, formados por uma composição química equilibrada, resultante de milhões de anos de processos inorgânicos (ação do calor, pressão, etc). Todos os minerais são sólidos, como feldspato, mica, quartzo. A água, apesar de ter fonte mineral, não é um minério, assim como o mercúrio (que é líquido em temperatura ambiente).
As rochas são formadas por dois ou mais minerais agrupados. Existem três classificações para as rochas, de acordo com a sua formação: magmáticas, sedimentares e metamórficas.
Rochas Magmáticas
As rochas magmáticas, ou ígneas, como também são chamadas, são formadas pelo magma solidificado expelido por vulcões, e ainda podem ser subdivididas em dois tipos: intrusivas e extrusivas;
Rochas magmáticas intrusivas
São as rochas formadas pelo magma que se solidificou em grandes profundidades. O granito é uma das variedades desse tipo de rocha. No Brasil, algumas serras são formadas de granito, como a da Mantiqueira, do Mar, e algumas serras do Planalto Residual Norte-Amazônico.
Rochas magmáticas extrusivas
São as rochas que são formadas pelo magma solidificado na superfície. Um exemplo de rocha extrusiva é o basalto.
Rochas Sedimentares
São formadas através da sedimentação de partículas de outras rochas existentes ou de materiais orgânicos. As rochas sedimentares podem ser divididas em três tipos: clásticas, orgânicas e químicas.
Clásticas
Também chamada de rochas sedimentares detríticas, são formadas por detritos de outras rochas antigas. Como exemplo de rocha clástica, existe o Arenito, Tilito, etc.
 Orgânicas
As rochas sedimentares orgânicas são formadas por restos de animais e vegetais mortos, que vão se acumulando em alguns locais, e através de grande pressão e temperatura, dão origem á rochas e minerais como calcário, carvão mineral, petróleo, etc.
Químicas
São formadas quando o líquido (água) onde os sedimentos de rocha estão dispersos, se torna saturado. As rochas químicas em geral formam cristais. Ex: calcita, aragonita, dolomita, estalactites e estalagmites.
Rochas Metamórficas
As rochas metamórficas são rochas que sofreram alterações na sua estrutura em decorrência de altas pressões e temperaturas. Exemplos de rochas metamórficas são o mármore, quartzito (de onde é extraído o quartzo), etc.
 A Terra é formada por três camadas:
Crosta terrestre: camada mais superficial, de estrutura relativamente fina e bastante rochosa.
Manto: localizada abaixo da crosta, apresenta propriedades sólidas.
Núcleo: camada mais interna e quente da Terra. Apresenta duas porções:
Núcleo externo: formado por níquel e ferro líquido.
Núcleo interno: também formado de níquel, mas com ferro sólido.
As camadas da Terra e suas respectivas proporções
 Crosta terrestre
A crosta terrestre é a parte mais externa da Terra, que envolve todo o planeta e onde vivemos. Essa camada é formada por rochas ricas em silício, magnésio e alumínio.
Essa camada apresenta de 0 a 40 km de espessura, variando entre os continentes e os oceanos.
A crosta é formada por grandes porções sólidas denominadas de placas tectônicas, que se movem lentamente sobre o manto terrestre.
A região denominada de Descontinuidade de Mohorovicic, divide a crosta do manto terrestre.
  Manto
O manto é a camada mais extensa, localizada abaixo da crosta da Terra. Ela é formada por diferentes tipos de rochas, como silício e magnésio, que permanecem em estado líquido como consequência do calor emanado pelo núcleo.
O manto é dividido em duas camadas: manto superior e manto inferior. O manto inferior permanece em elevadas temperaturas, atingindo até 2.000 º C. Ele pode chegar até 3 mil quilômetros de profundidade a partir da litosfera.
A litosfera, formada pela crosta terrestre e manto superior, tem pelo menos 70 quilômetros de espessura logo abaixo os continentes e quase 10 quilômetros na parte abaixo dos oceânicos.
Ela é dividida em grandes porções denominadas placas tectônicas que se movem lentamente sobre o manto terrestre.
As rochas da litosfera são divididas em rochas magmáticas ou ígneas, formadas pelo magma que se solidifica; rochas sedimentares, formadas pelas erosões e rochas metamórficas, que são formadas por rochas magmáticas e sedimentares.
A Descontinuidade de Gutenberg divide a região do manto e do núcleo.
Núcleo
O núcleo corresponde a quase um terço de toda a massa terrestre. É composto, principalmente, pelos metais ferro e níquel. Por isso, o núcleo também pode ser chamado de nife, devido a presença destes dois elementos químicos.
Essa camada é dividida em núcleo interno e externo. A temperatura do núcleo externo apresenta entre 2.900 a 5.100 km, é mais fluido e suas temperaturas variam entre 3.000º C e 3.800º C. O núcleo interno possui 5.100 a 6.370 km, sendo sólido.
Somente em 2013, os cientistas conseguiram precisar a temperatura no núcleo da Terra, que pode chegar a 6.000 ºC, a mesma que o Sol.
Segundo os cientistas, a temperatura do núcleo terrestre é tão alta que o ferro pode ser levado ao estado líquido. O material, contudo, volta para o estado sólido em decorrência da pressão, que o faz se agrupar novamente.
 Placas tectônicas são grandes blocos rochosos semirrígidos que compõem a crosta terrestre. A Terra divide-se em quatorze principais placas tectônicas, as quais se movimentam sobre o manto de forma lenta e contínua, podendo aproximar-se ou se afastar umas das outras.
A movimentação das placas resulta na formação de montanhas, fossas oceânicas, atividades vulcânicas, terremotos e tsunamis.
 Teoria das Placas Tectônicas
Em 1913, Alfred Wegener apresentou a Teoria da Deriva Continental, que afirma que, há milhões de anos, as massas de Terra formavam um único supercontinente, chamado Pangeia. Essa teoria foi confirmada por sua sucessora, a chamada Teoria das Placas Tectônicas.
A Teoria das Placas tectônicas parte do pressuposto de que a crosta terrestre está dividida em grandes blocos semirrígidos, ou seja, em placas que abrangem os continentes e o fundo oceânico. Essas placas movimentam-se sobre o magma, impulsionadas por forças vindas do no interior da Terra. Portanto, a superfície terrestre não é uma placa imóvel, como era falado no passado.
Principais placas tectônicas
O planeta Terra está dividido em 52 placas tectônicas, sendo 14 principais e 38 menores. Como exemplos de placas principais, podemos citar a Placa Sul-Americana, a Placa do Pacífico e a Placa Australiana. As menores podem ser exemplificadas pela Placa do Ande do Norte, Placa da Carolina e Placa das Marianas.
  Placa  tectônica
Localização
Placa  Sul-Americana
Abrange  a América do Sul e estende-se até a Dorsal Mesoatlântica.
Sua  fronteira leste faz limite divergente com a Placa Africana; ao sul, faz  limite com a Placa Antártica e com a Placa Scotia; a oeste, faz limite  convergente com a Placa de Nazca; e ao norte, limita-se com a Placa  Caribenha.
Placa  de Nazca
Localiza-se  à esquerda da Placa Sul-Americana. O choque entre essas duas placas formou a  Cordilheira dos Andes.
Placa  do Pacífico
Abrange  boa parte do Oceano Pacífico.
Limita-se  ao norte com a Placa do Explorador, com a Placa Juan de Fuca e com a Placa de  Gorda.
Seu  limite com a Placa Norte-Americana resultou na falha de San Andres.
Placa  Euro-Asiática
Abrange  parte da Eurásia e limita-se com a Placa Africana e a Placa da Índia.
Separa-se  da Placa Norte-Americana pela Dorsal Mesoatlântica.
    Tipos de placas
Oceânicas: encontram-se no assolho oceânico.
Continentais: situam-se sob os continentes.
Oceânicas e continentais: situam-se sob o continente e no assoalho oceânico.
 O relevo é caracterizado como o conjunto de variações de nível da superfície terrestre. Os agentes formadores do relevo são responsáveis por um processo contínuo e dinâmico na transformação morfológica, sendo classificados em agentes internos (tectonismo, abalos sísmicos e vulcanismo) e agentes externos (vento, chuvas, neve, alternâncias de temperatura, seres vivos, etc.).
As forças externas, também chamadas de forças exógenas, têm função importantíssima na formação do relevo, assim como as forças internas. O intemperismo físico atua no processo de “desgaste” das superfícies rochosas. Esse fenômeno consiste na alteração das rochas em razão da alternância da temperatura, em que o calor provoca a dilatação das rochas; e o frio, a contração. A repetição desse processo durante anos modela o relevo.
As águas das chuvas e dos rios, a neve e o vento também são agentes modeladores do relevo. A água pode alterar a composição das rochas, causando o intemperismo químico. Com isso, ocorre a desagregação das rochas, que podem se romper ou desencadear erosões. A ação dos ventos também contribui para a aceleração desse processo.
No entanto, atualmente o homem é o principal responsável pelas modificações no relevo. A expansão das áreas urbanas, a construção de rodovias, escavação para a exploração de minerais, entre tantas outras atividades antrópicas atuam de forma significativa na formação e modelagem do relevo.
Bases geológicas e grandes compartimentos
do relevo mundial atual
 As formas do relevo são erguidas e destruídas, revelando uma dinamicidade das paisagens geralmente constatada no decorrer de longos períodos do tempo geológico. Atualmente, o território brasileiro é desprovido de grandes altitudes. Contudo em regiões que se localizam sobre as áreas de colisão de Placas Tectônicas, despontam as mais altas cordilheiras do globo na atualidade. Sua formação corresponde aos dobramentos modernos, iniciados aproximadamente no começo da Era Cenozoica.
 A análise criteriosa das atuais formas de relevo sugere que estas passaram por grandes transformações e que, em um futuro geológico, elas também estarão modificadas em relação ao cenário atual.
 O arcabouço geológico, que também pode ser definido pelas macroestruturas geológicas ou, simplesmente, como bases geológicas, é o conjunto de diferentes tipos de rochas e dos processos que criaram a configuração dos terrenos de uma região.  As macroestruturas geológicas das diferentes regiões do mundo podem ser divididas em três grupos.
 Escudos cristalinos: conjuntos de rochas mais antigas formadas na Era Pré-Cambriana e em parte da Era Paleozoica.
 Bacias sedimentares: estruturas rochosas formadas pela deposição de sedimentos, ou seja, resíduos de rochas mais antigas que, no decorrer de milhões de anos, preenchem superfícies mais baixas (depressões ou bacias).
 Dobramentos modernos, terciários ou cenozoicos: originados por pressões tectônicas, próprios da movimentação e da colisão de placas litosféricas, os dobramentos modernos constituem os cinturões móveis, que se caracterizam pela elevada altitude e pela intensa movimentação tectônica.
 Relevos sul-americano e brasileiro
 Bases geológicas sul-americanas e brasileiras
 Uma travessia aérea da América do Sul, de leste para oeste (por exemplo, ao longo do paralelo de 20° S), expõe de forma bem elucidativa três dos principais conjuntos geológicos que compõem o relevo da América do Sul:
• no leste, desde a costa do Atlântico, situam-se planaltos de origem geológica bastante antiga (pré-cambriana) e desgastados por longos processos erosivos;
 • na região central, no interior do continente, predominam baixos planaltos e planícies formados por sucessivas deposições de sedimentos;
 • no oeste, eleva-se a Cordilheira dos Andes, formada por dobramentos desde o início da Era Cenozoica, recente na escala geológica do tempo.
 Os diferentes conjuntos de relevo que se alternam entre o oriente e o ocidente da América do Sul se modelaram a partir do arcabouço geológico que estrutura o continente.
Bases geológicas e recursos minerais do Brasil
 Atualmente, destaca-se a exploração do cobre, principalmente no subsolo do Deserto do Atacama, no norte do Chile e no sul do Peru. No Brasil, durante o Período Colonial, iniciou-se a extração mais intensa de minerais, com destaque para a exploração do ouro, do diamante e de esmeraldas, em Minas Gerais e no Centro-Oeste do país.
 Denominam-se recursos minerais aqueles que são destinados a servir como matéria prima e cuja extração é técnica e economicamente viável. No subsolo brasileiro, os recursos minerais são retirados tanto nos escudos cristalinos quanto nas bacias sedimentares.
 Nas áreas de mineração, contudo, os impactos ambientais são grandes, com a ocorrência de contaminação do solo, dos rios e da atmosfera, além do acúmulo de rejeitos da mineração, ou seja, resíduos rochosos que não são economicamente aproveitados. Em relação aos trabalhadores do setor de mineração, alguns dos aspectos mais preocupantes correspondem à saúde e à segurança do trabalho nas áreas de extração.
 Relevo sul-americano e suas influências
  Observe, no mapa físico da América do Sul, como as planícies, os planaltos e as cordilheiras de modo geral dispõem-se em eixos longitudinais, ou seja, no sentido norte-sul. Confira também como se destaca, ao longo de toda  a sua  extensão ocidental,  a Cordilheira  dos  Andes. Desde  sua  gênese, no  início  da  Era Cenozoica,  a  cadeia de  montanhas se impõe. Afinal, desde então, sedimentos provenientes dos Andes têm contribuído para formar a Planície Amazônica. Além dessa contribuição geológica, destacam-se outras interações ambientais das montanhas andinas.
 • O Amazonas, mais extenso e volumoso rio do mundo, tem sua nascente na Cordilheira dos Andes e nela percorre o primeiro terço de seu curso. Em seu percurso, retira, transporta e deposita sedimentos derivados dos Andes, que são espalhados, principalmente sobre as várzeas, nas margens do rio em território brasileiro.
 • Delimita biomas: em seu lado oriental, desenvolve-se a Floresta Amazônica e, na estreita faixa situada entre o Oceano Pacífico e a encosta ocidental dos Andes, há várias outras formações vegetais, entre elas as existentes no Deserto do Atacama.
 • Direciona a circulação das massas de ar: o ar úmido que se forma sobre o Oceano Atlântico e a Floresta Amazônica causa um grande volume de chuva na face leste da cordilheira. Massas de ar polar avançam da Patagônia em direção ao norte, barradas a oeste pela cadeia de montanhas que também impede que as massas de ar úmido do Atlântico alcancem a face oeste dos Andes, contribuindo para a presença do Deserto do Atacama.
 Em parte dessas planícies, a navegação fluvial é uma prática utilizada há séculos pelas populações indígenas, bem como desde os tempos coloniais para escoar riquezas do interior do continente
Nas planícies e nos vales fluviais, intensas chuvas, sobretudo no verão, ocasionam enchentes, quando o volume da água dos rios extravasa das margens, invadindo áreas rurais e urbanas.
Menos comum, porém muito impactante, é o que pode ocorrer em vales localizados próximo a vulcões ativos quando se forma o lahar, espécie de lama vulcânica. O lahar origina-se quando materiais liberados por um vulcão, como as cinzas e outros resíduos, misturam-se à neve, derretendo-a. O resultado é uma enxurrada de lama que desce rapidamente pelos flancos da montanha e toma o vale dos rios.
Compartimentos do relevo brasileiro
Acima das estruturas geológicas, dispõe-se o relevo, conjunto das formas da superfície terrestre que se encontram ora elevadas, ora mais baixas; às vezes planas, outras irregulares. O estudo do relevo, de suas formas e de sua dinâmica é o objeto da Geomorfologia, um dos campos da Geografia.
Com o passar do tempo geológico, as formas do relevo são moldadas e esculpidas pela contínua e, muitas vezes, conjunta ação de agentes internos (endógenos) e externos (exógenos). Na superfície do território brasileiro – situado sobre a Plataforma Sul-Americana, cuja estabilidade já foi destacada –, nos últimos milhões de anos, as formas de relevo têm sido transformadas quase exclusivamente graças à ação conjunta de forças externas.
A classificação de Aroldo de Azevedo, datada do fim da década de 1940, determinou grandes áreas de características geomorfológicas de certa homogeneidade.
Já a classificação de Aziz Ab’Sáber, realizada cerca de uma década após a de Aroldo de Azevedo, levou em consideração a influência das condições climáticas do passado (paleoclimas) na formação do relevo.
Uma revolução na classificação do relevo brasileiro ocorreu a partir da análise de imagens de radar obtidas por via aérea, que cobriram a superfície brasileira entre 1970 e 1985.
Por meio desses recursos, Jurandyr Ross realizou, no fim do século XX, uma nova classificação de unidades do relevo. Nela, predominam os baixos planaltos e as depressões, situados sobre escudos cristalinos e bacias sedimentares. Apesar da preponderância de planaltos, em virtude da antiguidade dos terrenos, as altitudes no Brasil são modestas – apenas 3% da superfície brasileira apresenta altitudes superiores a 900 m. As planícies, tanto a costeira quanto as fluviais, de formação bastante recente (do período quaternário), ocupam estreitas faixas, limitadas por depressões, planaltos ou serras.
Principais formas do relevo brasileiro
Planaltos: formas de relevo, ora relativamente planas, ora irregulares, caracterizadas pelo predomínio dos processos erosivos em relação à sedimentação. Os planaltos podem ser encontrados sobre estruturas geológicas cristalinas ou bacias sedimentares. Sobre os planaltos, em diversas áreas do país, assentam-se serras, com seus cumes geralmente arredondados, e chapadas, com topos aplainados e encostas bastante íngremes.
Planícies: superfícies, situadas sobre bacias sedimentares recentes, que se apresentam bem aplainadas. Nas planícies, predominam os processos de deposição de sedimentos em relação aos erosivos. As mais extensas planícies, geralmente, apresentam altitudes inferiores a 200 metros.
Depressões: superfícies relativamente planas e, ao mesmo tempo, suavemente inclinadas que circundam os planaltos, formadas por duradouros processos erosivos. As depressões ocorrem, principalmente, sobre estruturas sedimentares.
Dinâmica do relevo brasileiro
De modo geral, as formas da superfície terrestre guardam em suas características vestígios de um passado cujos ambientes eram muito diferentes dos atuais. Isso revela quanto o relevo é dinâmico e como os fenômenos atuam para sua transformação.
Há mais de dois milhões de anos, não ocorre atividade vulcânica sobre terras brasileiras. As últimas erupções vulcânicas aconteceram nos arquipélagos de Trindade e Martim Vaz, além de Fernando de Noronha e dos Penedos de São Pedro e São Paulo. Na parte continental do território, a atividade vulcânica se deu há muito mais tempo. Durante a Era Mesozoica, uma extensa região compreendida entre o sul do atual estado de Goiás e o norte do Rio Grande do Sul, além de parte da Argentina e do Paraguai, foi palco de grandes derrames de magma. Ao longo dessa área, relacionadas a esses derrames, há diversas estâncias de águas termais sulfurosas.
Quanto à ocorrência de grandes terremotos, o Brasil, por situar-se na porção central da Placa Sul-Americana, não apresenta áreas de risco. A maioria dos tremores que ocorrem em território nacional resulta da reacomodação de terrenos no subsolo, tendo, portanto, menor magnitude e sendo muito menos destrutivos. O maior tremor já registrado ocorreu no município de Porto dos Gaúchos, no Mato Grosso, em 1955, atingindo 6,2 na escala Richter.
Por que ocorrem terremotos?
A litosfera terrestre está em permanente dinâmica e sob a atuação de diversas forças tectônicas e sísmicas. Quando submetidas a pressões de deslocamento lateral ou vertical, as placas tendem a reacomodar-se, provocando abalos sísmicos ou, como são mais conhecidos, simplesmente terremotos. Quando esse fenômeno ocorre no mar, também pode ser chamado de maremoto.
O local exato, dentro da crosta terrestre, onde ocorre o terremoto é chamado de hipocentro. O ponto da superfície situado acima do hipocentro é o epicentro. Desse ponto, propagam-se, pela crosta terrestre, ondas sísmicas.
Os terremotos  que  ocorrem em  virtude  de pequenas  falhas  geológicas ou  acomodação  de terrenos  no  subsolo, em geral, são bem menos destrutivos que aqueles produzidos pelo choque entre Placas Tectônicas, nas zonas de convergência (sejam elas de subducção, sejam de obducção), ou quando elas se atritam umas nas outras, nas zonas de transformação
Diferentes impactos sociais
Os impactos produzidos pelas violentas catástrofes naturais, sejam elas decorrentes de outras causas (furacões, deslizamentos de encostas, tornados, erupções vulcânicas, secas ou cheias prolongadas, etc.), sejam particularmente o caso dos grandes terremotos e tsunamis, revelam a fragilidade humana diante das forças da natureza.
A vulnerabilidade das sociedades aos efeitos desses episódios, no entanto, é relativa. Países de economia mais forte e com menor índice de pobreza entre seus habitantes, mesmo quando situados em áreas de risco, tendem a enfrentar melhor essas catástrofes, minimizando as perdas humanas e materiais. Por outro lado, se o cenário é oposto, os efeitos podem ser ainda mais devastadores.
Nesse sentido, apesar de os terremotos e tsunamis provocarem danos materiais e ceifarem grande quantidade de vidas, os efeitos diferem muito de acordo com as condições socioeconômicas da região atingida. A força da natureza pode ser implacável, atingindo ricos e pobres, mas certamente os efeitos para os mais vulneráveis são bem mais devastadores.
Como se formam os vulcões?
Nos limites entre as Placas Tectônicas, por configurarem locais onde a crosta terrestre encontra-se rachada, também ocorre expressiva atividade vulcânica. O vulcanismo, no entanto, ao contrário dos grandes terremotos, não está restrito aos locais em que há colisão entre placas, podendo ocorrer também nas zonas de divergência. Por isso, é comum haver vulcões ao longo das dorsais oceânicas.
Quanto à atividade, os vulcões podem ser classificados em ativos, dormentes ou extintos. No entanto, tal classificação deve ser tomada com reservas, considerando que o intervalo entre as erupções pode demorar até milhões de anos, dificultando que, no curto período de seu tempo histórico, a humanidade possa contabilizar tais fenômenos com exatidão. Além disso, elas têm durações variáveis e irregulares. Há vulcões, como o Stromboli, na Itália, que estão em permanente erupção há mais de mil anos. Já o Kilawea, no Havaí, que está em erupção desde janeiro de 1983, é considerado o vulcão mais ativo do mundo na atualidade.
Em alguns casos, no entanto, a dinâmica das forças da natureza, conduzindo silenciosamente as câmaras magmáticas ao limite da pressão interna, dificulta que se percebam os sinais de uma erupção iminente. Um bom exemplo disso foi a tragédia de Cracatoa, o vulcão que a originou era, até então, considerado extinto.
Consequências do vulcanismo
Os perigos associados às erupções vulcânicas são vários:
 • a lava que escorre pelas encostas do vulcão pode atingir povoados e
cidades a quilômetros de distância, destruindo tudo em seu caminho;
 •os gases tóxicos emitidos, em especial o SO2 (dióxido de enxofre), são nocivos à saúde e provocam a ocorrência de chuvas ácidas;
 • as partículas provenientes da erupção que ficam em suspensão na atmosfera podem atuar refletindo a radiação solar de volta para o espaço, diminuindo a quantidade de energia que atinge a superfície terrestre e alterando o clima, trazendo sérias consequências à agricultura;
• podem ocorrer explosões de expressiva magnitude, como a que houve em Cracatoa, gerando outros efeitos diversos, como tsunamis e terremotos.
Dentre outros.
O caso do Círculo de Fogo
As regiões situadas nos limites de convergência das Placas Tectônicas são as que apresentam as maiores atividades tectônicas na crosta terrestre. Além disso, o Oceano Pacífico apresenta litorais ativos pelo fato de a Placa do Pacífico estar mergulhando sob os continentes e as placas que a delimitam, caracterizando zonas de subsunção.
Tais fatores explicam a expressiva ocorrência de terremotos e tsunamis, bem como a presença de elevado número de vulcões ativos ao longo das margens do Oceano Pacífico, além de a maioria dos terremotos ocorrerem lá.
O lado positivo do vulcanismo
Apesar de todos os inconvenientes, viver próximo a vulcões também tem seu lado positivo quando as sociedades utilizam técnicas para desfrutar das condições existentes. Países como a Islândia – que, por se situar exatamente sobre a Dorsal Mesoatlântica, conta com vários vulcões ativos – exploram largamente a energia geotérmica.
Na Islândia, além da geração de energia, a presença de vulcões, gêiseres e estações de águas termais impulsiona fortemente a indústria do turismo. Em alguns locais, as duas atividades (produção de energia e turismo) podem coexistir, usufruindo do mesmo território.
Áreas de risco no Brasil: a questão da ocupação em encostas
O território brasileiro pode não ser atingido por erupções vulcânicas, terremotos avassaladores ou tsunamis, no entanto, uma significativa parcela de sua população vive em áreas de risco por outros fatores naturais. Trata-se da combinação, principalmente nas regiões situadas próximas à costa, da elevada pluviosidade (típica de alguns dos tipos climáticos aqui existentes) com a presença de muitas áreas serranas.
Encostas de montanhas são terrenos sensíveis e apresentam possibilidade de ocorrência de deslizamentos de terra. As serras litorâneas brasileiras são naturalmente sujeitas a deslizamentos em virtude da inclinação dos terrenos e do excesso de umidade, que torna os solos mais instáveis. Na Serra do Mar, por exemplo, independentemente das ações antrópicas, sempre houve deslizamentos.
Colégio Trevo Itupeva 1°EM B
Renan do Prado Miziara N:13
Victor Ostanelo Barros N:17
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diariumfilosofico-blog · 6 years ago
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Ética de São Tomás de Aquino em A Suma Teológica
Ética de São Tomás de Aquino em A Suma Teológica
Da mesma forma que Agostinho [1] fez 800 anos antes, são Tomás produz uma leitura cristã da filosofia Grega, com ênfase em Aristóteles [2]. Assim, Tomás de Aquino, se torna o principal nome, em sua época, a demostrar a compatibilidade da ética aristotélica e o cristianismo. Com isso, criou condições para a leitura da filosofia de Aristóteles no final do século XIII que, sob diversas vertentes,…
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grupo-demode · 6 years ago
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Congruência ou disputa ideológica? Olavistas e militares no governo Bolsonaro
Rodrigo Lentz
Os ataques proferidos pelo clã Bolsonaro e pela milícia cultural “olavista” contra os militares do governo reacenderam uma questão cada dia mais recorrente: qual é a solidez dessa relação? A celeuma, com requintes de traições e defecções ideológicas dos militares, pôs em xeque a hipótese de que os dois núcleos - militar e “ideológico” - teriam estreitas afinidades normativas, especialmente quanto ao seu inimigo objetivo.
Essa tese foi proposta pelo professor Eduardo Costa Pinto, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No texto “Bolsonaro e os quartéis: a loucura como método”, Costa Pinto expõe a hipótese da congruência com base na existência de uma “Doutrina Avellar Coutinho”, com penetração no alto oficialato do Exército. Em suma, tal doutrina teria como objetivo defender os valores judaico-cristãos do ocidente ameaçados pelo “marxismo cultural”, versão pós-guerra fria do comunismo a ser combatida com os métodos da “guerra híbrida”. Por isso, juntos, os dois núcleos teriam em comum a missão ideológica de “libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto” (Pinto, 2019).
Após a desavença pública entre os dois núcleos essa tese expôs fragilidades sem, contudo, perder seu valor instigador do debate. Nessa linha, passo a comentar seu argumento principal e outros dois adjacentes: divergência ideológica no pensamento econômico e existência de um planejamento dos militares voltado para a ação política.
Quanto a penetração da doutrina no seio militar, especialmente no oficialato, cumpre apontar uma fragilidade metodológica. A presença de alguns mantras do anticomunismo do século XXI no discurso de quatro oficiais do Exército não significa, por si só, que as teses de Avellar Coutinho (militar) e Olavo de Carvalho (civil) se transformaram em uma nova doutrina militar. Seria preciso investigar os manuais doutrinários de suas escolas políticas, especialmente pós-88, em busca de uma ressonância doutrinária no pensamento militar. Esse trabalho tenho feito com os manuais doutrinários da Escola Superior de Guerra (ESG), sabida por todos como a mais tradicional e importante escola do pensamento político militar. E, conforme o andamento dessa pesquisa, veremos que a existência de um “Movimento Comunista Internacional” é matéria histórica, que constava com letras garrafais nos manuais da década de 70, de forma mais contida na década de 80 e que definitivamente desapareceu no século XXI. Isso não quer dizer que a cultura política do anticomunismo tenha desaparecido do pensamento político dos militares (Teixeira, 2014). Mas, tão somente, que o anticomunismo do século XXI de Avellar Coutinho e Olavo de Carvalho não se transformou em doutrina, aqui entendida como “um conjunto de preceitos (regras, princípios, processos e métodos) que servem de fundamento a um sistema destinado a orientar a ação” (Brasil, 1975, p.84).
A refutação dessa tese também se mostra plausível pelos atuais estudos sociológicos sobre as instituições militares, organizados pelas professoras da PUC-RIO Maria Alice Rezende de Carvalho, Sarita Schaffel e pelo professor Eduardo Raposo, no âmbito da pesquisa “para pensar o Exército Brasileiro no século 21”. Financiada pelo edital “pró-defesa”, as investigações envolvem aplicações de questionários com oficiais da ativa, como os trabalhos de Denis de Miranda (2018) - citado por Costa Pinto - e Everton Araújo dos Santos (2018)[1]. Todos passam longe desse anticomunismo do século XXI e apontam para um processo de profissionalização endógena e heterogeneidade social, ainda pendente de maiores conclusões.[2]
Portanto, tenho outras explicações para essa semelhança aparente. Uma das conexões de discursos apontados por Costa Pinto seria a perda de coesão dos valores essenciais da nação. Esse elemento, de fato, traduz uma doutrina, mas que não identifico como sendo o anticomunismo do século XXI. Em verdade, expressa o núcleo duro do pensamento político dos militares, baseado na teoria dos sistemas e numa visão orgânica da sociedade, que tem como fim último o “bem comum” (felicidade divina de São Tomás de Aquino). Nesse pensamento, a coesão moral é exigência da lei eterna e da lei natural, no processo de evolução social. Os valores essenciais a que se referem são aqueles ligados às tradições histórico-culturais brasileiras do cristianismo, de brasilidade (cordial, pacífica, ordeira), de instituições inspiradas nos modelos estadunidense e inglês, na cultura francesa. Trata-se da velha e conhecida ideologia de segurança nacional, que perdura estruturalmente no pensamento político dos militares.[3]
Quanto ao uso do termo “politicamente correto” no discurso dos oficiais, é demasiadamente frágil associá-lo como expressão do anticomunismo do século XXI. Como o próprio Costa Pinto nota de rodapé, há críticas da direita à esquerda a esse fenômeno, críticas que se remetem às teorias relativistas e pós modernas, mais por sua alegada imposição moralizante de comportamentos e menos por construir uma cultura de respeito aos direitos humanos. Portanto, essa associação pelo politicamente correto também parece descabida.
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Agora, não significa dizer que a tese de Avellar Coutinho e Olavo de Carvalho não tenha ressonância no seio militar. Mas isso nos remete ao debate sobre as cisões e fragmentações dentro das Forças Armadas (Cunha, 2018). E, nesse ponto, talvez Bolsonaro seja o exemplar de uma corrente interna assentada no anticomunismo do século XXI. Esse é um mérito do texto, pois traz à luz a existência viva dessa tradição no interior dos militares. Lembro que aparecia em algumas monografias de alunos da ESG, nas revistas e, principalmente, nos clubes militares. Assim como no passado, o militarismo brasileiro comporta correntes que podem ser classificadas como “duras e brandas”, “radicais e moderadas”, “intelectuais e porões”. Basta conferir os comentários da milícia olavista no twitter de Vilas Bôas: os militares “positivistas” são atacados por sua tecnocracia e “neutralidade ideológica”. Esse dilema começou na década de 1920, deu surgimento aos “jovens turcos”, mais ideológicos, e desaguou na ideologia de segurança nacional que tivemos até a década de 1980. E, por falar em traição, até recomendam a leitura do livro “ideais traídos”, do General Sylvio Frota. Assim, a “Doutrina Avellar Coutinho” pode ter ressonância entre o baixo oficialato e as praças, grupos mais identificados com Bolsonaro. E mais: com as milícias cariocas e os esquadrões da morte. Mas não se tornou uma doutrina do pensamento militar brasileiro. Por isso, o estudo sobre como esse anticomunismo do século XXI penetra no seio militar e na tropa são questões se faz importante. E levantar essa necessidade é um dos méritos do texto do autor.
Ainda sobre a versão ianque-brasileira do anticomunismo do século XXI, tenho duas hipóteses. A primeira, mais a nível internacional, é que a tradição anticomunista tem se mostrado uma ideologia forte que dá conteúdo a uma espécie de ideologia assessória, o populismo (Mudde & Kaltwasser, 2017)[4]. Embora seja ainda um problema insolúvel defini-lo, algumas características têm se mostrado perenes, tais como o apelo “pelo povo” contra as elites; crítica ao establishment; e a exaltação da “pessoa comum”. Como se pode perceber, a natureza vaga desses conceitos permite que políticos e políticas de direita e de esquerda sejam chamados de populistas, especialmente por liberais que apontam a reivindicação da soberania de uma “maioria” como conflitantes às instituições políticas, sobretudo devido ao fantasma da tirania da maioria. Paul Taggart, num texto publicado em 2000, apresentou a tese do neopopulismo, ou seja, um fenômeno político moderno que atualmente tem como traço novo a frustração com os partidos políticos do liberalismo. Devido a seu caráter vago, a chave explicativa para cada populismo seria a identificação de seu heartland: um dispositivo retórico que evoca uma imagem simbólica do povo sobre si mesmo, fundamentado em mitos históricos que se remetem às raízes culturais de cada povo. Com isso, esse povo é nostálgico de valores que devem ser resgatados. Taggart aponta para o “homem médio” formador de uma “maioria silenciosa” relutante à participação política ordinária que, em momentos de crise e “degradação”, se vê como a verdadeira imagem de povo e a maioria legitimada a impor sua vontade (Taggart, 2000).
Nesse sentido, esse neopopulismo faz uso de teorias conspiratórias - que jamais serão comprovadas e são terreno fértil para fake news - para mobilizar a maioria silenciosa desapontada com as instituições liberais, reforçar a ideia de um inimigo e produzir o sentimento interno de solidariedade e corpo. É no heartland do neopopulismo que faz sentido bancos, corporações e magnatas serem comunistas, membros dessa elite que conspira contra o povo por meio do marxismo cultural. A autoridade carismática e religiosa também é mobilizada, em detrimento da autoridade lógica-racional, conforme as categorias de Weber mobilizadas por Taggart. Portanto, tenho a hipótese de que o anticomunismo do século XXI se comporta como uma ideologia forte do neopopulismo ianque-brasileiro.
A segunda, mais a nível nacional, é que desde junho de 2013 - mês que até hoje não terminou – a emergência do antipetismo representaria “a terceira onda” do anticomunismo no Brasil. Rodrigo Patto de Sá Motta, professor de história da UFMG e autor de obra referência sobre o anticomunismo no Brasil (Sá Motta, 2000), elaborou um ensaio buscando fazer aproximações e distinções importantes entre antipetismo e anticomunismo[5]. Analisando com base nos dados do Barômetro das Américas (LAPOP) de 2017, também escrevi com Thiago Moreira da Silva (IESP) um micro ensaio na mesma direção[6]. Contudo, há muitas diferenças no contexto internacional, histórico e, principalmente, programático que exigem certa cautela com essa hipótese.
Outra questão relevante levantada por Costa Pinto é que, no ponto e econômico, haveriam “divergências ideológicas” entre os núcleos militar e “ideológico”. Segundo o autor, a doutrina Avellar Coutinho seria a favor da globalização, da abertura de mercados mais identificada com o neoliberalismo, se contrapondo ao antiglobalismo e uma espécie de nacionalismo econômico no “núcleo ideológico”. Por essa razão, “para boa parte das Forças, o mercado (sem ideologias) seria a instituição mais eficiente, no plano tático, para reconstruir o projeto de nação”. Novamente, se nos voltarmos aos manuais doutrinários da ESG, vamos perceber que, ao menos, desde a década de 1980, o pensamento político dos militares tem se orientado dessa maneira: o Estado deve ser regulador, não empresário, salvo quando necessário e por tempo determinado, devendo ser a empresa e o mercado os principais atores na tomada de decisões econômicas. Com esse Estado ajustador do capitalismo, especialmente na função consumo, o “mercado livre” seria o espaço “onde a força de consumo integradora de vontades individuais é a formuladora decisiva do padrão da atividade econômica” (Brasil, 1983, p.141-142). Portanto, essa visão econômica não se contamina pela doutrina Avellar Coutinho, pelo contrário, é esta quem reproduz a consolidada doutrina econômica do pensamento político militar.
Aliás, o próprio termo “gigantismo estatal” também era usado por Roberto Campos, avó do atual Presidente do Banco Central e ministro de Planejamento e Coordenação Econômica do ditador Castelo Branco (1964-1967), para criticar o monopólio da Petrobrás. Um de seus inspiradores teóricos, Friedrich August von Hayer, permanece atualmente influenciando o pensamento econômico dos militares (Brasil, 2014b, p.133).
Portanto, um dos grandes desafios é saber como, atualmente, esse pensamento econômico dos militares se relaciona com o nacionalismo econômico, especialmente com o passado desenvolvimentista da ditadura de 1964 adotado após os primeiros três anos de grande abertura ao capital externo (era Roberto Campos). Tenho buscado testar a hipótese de que o desenvolvimentismo econômico foi adotado por uma razão de segurança e não por um traço ideológico sobre um papel do Estado indutor do desenvolvimento econômico nacional. E que o atual pensamento, mais privatizador e aberto ao capital externo, tem raízes mais profundas, sem traduzir uma novidade doutrinária. O que mudaram são as razões de segurança, que não apontam para a necessidade de manutenção do Estado empresário em áreas estratégicas do poder nacional, como aviação (Embraer), energia (Eletrobrás) e petroquímica (Petrobrás). Além de razões geopolíticas, que por tradição desse pensamento “destina” ao Brasil o alinhamento com os EUA, como Costa Pinto suscita, porém sem se descuidar da relação com outras potências (China e Rússia). Sem falar em possíveis razões organizacionais, uma vez que a fusão com a Boeing manteve a Embraer como majoritária no mercado de defesa, com injeção de significativos investimentos.[7]
Nesse sentido, vejo que a divergência ideológica aventada por Costa Pinto é explicada mais pelas características do neopopulismo e não mostra contornos fundamentais. O episódio do preço do diesel demonstrou que as motivações da influência legítima do executivo na política de preços da Petrobrás atenderam a razões da base política do governo, com seu discurso “pelo povo”, e menos a uma ideologia que defenda a intervenção do estado na economia ou ainda um nacionalismo econômico. Dizendo em outras palavras, o campo econômico deverá ser uma razão de atrito entre os dois núcleos, mas não por uma divergência ideológica fundamental e sim por razões instrumentais e conjunturais. Assim, o ponto de atrito econômico, e também político, decorre do neopopulismo do núcleo “ideológico” que se choca com o liberalismo político do núcleo militar. É aqui que, a depender da conjuntura econômica, a corda poderá roer.
Por fim, Costa Pinto percebe com precisão no discurso dos oficiais militares, especialmente de Mourão, a existência de planos de ação política. Novamente, antes de ser expressão da doutrina Avellar Coutinho, trata-se da doutrina de ação política dos militares consolidada no século XX. Essa doutrina, sobre a qual elaboro minha tese, tem raízes no pensamento de Góes Monteiro, passou a ser construída pela ESG, se normalizou no manual doutrinário de 1975 e, até hoje, vem sendo atualizada e colocada em prática pelas Forças Armadas. Além de seus núcleos normativo e político, é no núcleo instrumental que o método de ação política se desenha, baseado nas teorias dos sistemas, da decisão e do planejamento (Brasil, 2014c).    
Esse método de ação política passou, assim como a doutrina em geral, por um processo de pasteurização vocabular para se apresentar de forma mais técnica, neutra, “não ideológica”, como efeito da democratização. Por exemplo, em 1975 se chamava “método para ação política”; em 1983, “método para o planejamento da ação política”; em 2014, “método para o planejamento estratégico”. Contudo, jamais deixou de formular uma ideologia e uma doutrina de ação política. Atualmente, a doutrina tem a estrutura muito semelhante, com algumas adaptações e mudanças que procuro caracterizar. Mas, seguramente, foi justamente esse núcleo instrumental que mais recebeu mudanças e acompanhou a revolução tecnológica. Baseado no grande volume de informações estratégicas, em diferentes níveis e tempo, o método para a ação política tem quatro fases: diagnóstico (leitura da realidade ambiental e de poder), político (etapa de projeção de cenários exploratórios e normativos, para definição de objetivos), estratégico (preparação e mobilização dos poderes nacionais na concretização dos objetivos) e gestão (execução e controle).    
Há, portanto, uma tradição de planejamento para ação política dos militares continuamente atualizada. Desde junho de 2013, há inegáveis sinais de que as Forças Armadas, em especial o Exército, estão colocando esse planejamento em prática. Em outubro de 2017 escrevi o primeiro texto alertando para esses indícios e da necessidade de olhar os militares na política[8]. Na sequência, os acontecimentos de 2018 apenas reforçaram as digitais ocultas dos militares na disputa de poder desde as eleições de 2014. Num desses textos descrevo como o General Mourão, no Comando Militar do Sul, projetava alguns cenários definidores da conjuntura política: rompimento do PMDB com o governo, prisão do ex-presidente Lula, afastamento de Renan Calheiros, comprometimento da imagem de Michel Temer pela Lava Jato[9].
Uma das questão ainda em aberto é saber se essa ação política dos militares confirma a concepção de guerra híbrida, atuando nas expressões do poder nacional “não militares”, especialmente nas expressões política (executivo, legislativo, judiciário), psicossocial (moral nacional) e ciência e tecnologia (guerra eletrônica). Na teoria do conflito desse pensamento militar, há uma separação entre óbices antagônicos, que atacam os valores fundamentais, e fatores adversos, que “dificultam os esforços da sociedade ou do governo para alcançar e preservar os objetivos nacionais” (Brasil, 2014c, p.73). Com isso, situações de conflitos e crises que ameacem, ainda que potencialmente, os “objetivos nacionais” exigem definições de ações estratégicas que neutralizem ou até eliminem esses óbices. O método é sofisticado, engloba matrizes de comportamento de atores, testes de aceitabilidade, programação, planos, projetos. Resta saber qual leitura da realidade resultou desse método e, por quais motivos os partidos tradicionais da política pós-88 (PSDB, PMDB e, principalmente, o PT) foram colocados como ameaças aos “objetivos nacionais” e, mais precisamente, o que de fato significam esses objetivos. Tarefa para outro momento.
Apesar das considerações acima, o texto de Costa Pinto consegue apontar para a questão crucial nos próximos meses: se as políticas neoliberais do governo irão surtir efeito econômico para a população no geral. É possível, como o autor suscita, que uma guinada desenvolvimentista suceda uma política neoliberal fracassada, como ocorreu em 1967? E que os militares sejam protagonistas dessa guinada? A depender do pensamento político dos militares, diria, apenas o fracasso econômico sem insegurança seria insuficiente. Para uma intervenção do Estado na economia, especialmente com indução da indústria nacional e proteção do patrimônio nacional, a segurança nacional precisará, na visão dos militares, estar em risco e exigir ações “ajustadoras“ do capitalismo.
Por isso, até o momento, se depender desse pensamento, vejo um período de arrocho por convicção. Até que, por questões de conjuntura e não ideológicas fundamentais, essa corda roer entre os dois núcleos do governo. Antecipar-se a essa possibilidade, tendo uma estratégia com fins bem definidos, será fundamental para quem busca interferir nos rumos políticos do país.
Referências
BRASIL. ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA. Manual Básico. Rio de Janeiro: ESG, 1975.
BRASIL. ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA. Manual Básico. Rio de Janeiro: ESG, 1983.
BRASIL. ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA. Manual Básico: elementos fundamentais. Rio de Janeiro: ESG, 2014a, v.1.
BRASIL. ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA. Manual Básico: assuntos específicos. Rio de Janeiro: ESG, 2014b, v.2.
BRASIL. ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA. Manual Básico: método para o planejamento estratégico/ESG. Rio de Janeiro: ESG, 2014c, v.3.
CUNHA, Paulo Ribeiro da. Militares na política ou política entre os militares: uma falsa questão? In: BARBOSA, Jeferson Rodrigues et al (Orgs.). Militares e Política no Brasil. 1º edição. São Paulo: Expressão popular, 2018.
MUDDE, C.; KALTWASSER, C. Populism: a very short introduction. Oxford: OUP, 2017.  
SÁ MOTTA, Rodrigo Patto. Em guarda contra o "Perigo Vermelho": o anticomunismo no Brasil (1917-1964). São Paulo: Perspectiva: FAPESP, 2002.
TAGGART, P. Populism. Buckinham: Open University Press, 2000.
TEIXEIRA, Mauro Eustáquio Costa. Em nome da ordem: a cultura política anticomunista nas forças armadas brasileiras: 1935-1985. Dossiê pensamento de direita e chauvinismo na américa latina. Mediações, Londrina, v.19, n.1, p.151-169, jan-jun, 2014.
Notas
[1] “o carisma do comandante”, disponível em: <http://www.editora.vrc.puc-rio.br/media/o%20carisma%20do%20comandante%20miolo.pdf>. Acesso em 10 mai. 2019.
[2] O estudo, de forma preliminar, aponta seis aspectos sobre a socialização da instituição militar, preliminarmente apresentadas nesta entrevista: < https://outraspalavras.net/outrasmidias/mudou-algo-no-perfil-das-forcas-armadas/>. Acesso em 11 mai. 2019.
[3] Em recente encontro da ANPOCS apresentei uma versão preliminar de texto em que proponho uma revisão desse pensamento a partir de uma proposta de categorização. Disponível em: <http://www.anpocs.com/index.php/papers-40-encontro-3/gt-31/gt31-17/11380-o-pensamento-politico-dos-militares-brasileiros-a-doutrina-de-seguranca-nacional-revisitada-1930-1985/file>. Acesso em 10 mai. 2019.  
[4] Os autores usam o termo “thin-centered ideology” para classificar o populismo a partir de uma abordagem chamada de “ideacional”, isso do ponto de vista liberal. Para uma crítica laclauniana a essa conceituação, especialmente apontando o populismo como um discurso e não como uma ideologia, ver ASLANIDIS, Paris. Is populism na Ideology? A refutation and a new perspective. Political Studies 2016, Vol. 64(1S) 88–104.
[5] Uma versão preliminar foi apresentada no colóquio “Pensar as direitas latino-americanas no século XX”, ocorrido em agosto na UFMG, posteriormente publicada em 2019 no livro homônimo organizado por Sá Motta, Ernesto Bohoslavsky e Stéphane Boisard.
[6] Disponível em: <http://18.218.105.245/o-antipetismo-como-heranca-do-anticomunismo/>. Acesso 10 mai. 2019.
[7] Disponível em:<https://www.valor.com.br/empresas/6085747/competicao-da-airbus-e-oportunidade-militar-definem-acordo-com-boeing>. Acesso em 10 mai. 2019.
[8] Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/2017/10/04/artigo-or-a-intervencao-militar-e-os-democraticos-tateantes/>. Acesso em 20 mai. 2019.
[9] Disponível em: < https://www.cartacapital.com.br/politica/militares-des-informacao-e-batalha-politica/>. Acesso em 10 mai. 2019.
(13 de maio de 2019.)
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lea-transmutare · 5 years ago
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Repassando da amiga Raquel Martins Pinheiro... Que texto lindo e verdadeiro. Somos de vidro, também de pedra, água e areia... Viajantes do tempo. O remetente e o destinatário. Tudo que jogamos contra o vento vem ao nosso encontro. Somos o próprio reflexo que vemos no espelho e além dele. Somos a vida e a morte. O tudo e também o nada. Somos idealizadores. Sonhadores. Propagadores. Feitos de inocência num mundo de regras. Maldosos ou bondosos - no tempo exato... Ora oferecemos riscos, ora somos a mais perfeita das ternuras. O ponto de encontro está em cada um de nós. Encontrar-se é o desafio. Entender-se sagrado é o caminho. Enxergar além de, é o que falta. Permitir-se acolher o irmão e entender que ele é tão frágil e tão forte como nós é a meta. Que ninguém é melhor do que ninguém. No final das contas somos pó... Nem sempre intactos. Nem sempre puros... O importante é buscar, olhar para dentro de si e observar que o mundo é benção, que somos filhos da Graça - temos a divindade dentro de nós.. "Sejamos gratos às pessoas que nos proporcionam felicidade, são elas os adoráveis jardineiros que nos fazem florir a alma." Vitor Ávila (São Tomás de Aquino) (em Porto Alegre, Rio Grande do Sul) https://www.instagram.com/p/CA5yzc0H0gC/?igshid=1qfofcbcyz2p1
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miliciadaimaculada · 7 years ago
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“O satanismo aumenta porque se reza pouco”, diz exorcista.
O satanismo está em alta. A razão, para este exorcista da Itália, é que “abandonamos a fé, as pessoas rezam pouco e de forma errada, muitas vezes”.
O satanismo está aumentando. A razão? "Abandonamos a fé, as pessoas rezam pouco e de forma errada, muitas vezes". As palavras de alerta são do padre italiano Ermes Macchioni, exorcista da diocese de Reggio Emilia, em entrevista a La Fede Quotidiana.
O sacerdote afirma que "o satanismo, com as consequências terríveis que traz consigo, efetivamente está em crescimento, e isso deveria levar-nos a fazer um exame de consciência":
"Cada vez mais, parece que perdemos a fé, a sociedade vive de modo pagão e podemos dizer que está em curso uma tentativa, ainda que difusa, de eliminar Deus da vida pública para substituí-lo pelo próprio 'eu'. Hoje o ser humano se sente autorreferencial, pensa que não precisa de Deus. Tudo isso leva a formas de idolatria, como o dinheiro, o sucesso, o poder custe o que custar, o sexo desordenado e contra o projeto de Deus, a pornografia... Além disso, reza-se muito pouco e mal ainda por cima." Mas por que se reza mal? O padre Ermes explica que tem notado muitas "adaptações pessoais" às orações. "Cada um acrescenta, retira e coloca o que bem entender", muitas vezes "sem levar em consideração a rica bagagem da Igreja e da sua Tradição".
Voltamo-nos para Deus... tão somente a fim de que Ele nos sirva. A declaração desse exorcista faz-nos lembrar um adágio antigo, que vemos repetido no Catecismo da Igreja Católica (§ 1124), segundo o qual "lex orandi, lex credendi", isto é, "a lei da oração é a lei da fé". A liturgia católica, os sacramentos que celebramos, todos eles estão de acordo, adequam-se, por assim dizer, àquilo em que cremos — em atenção especial Àquele em quem cremos, "que não se engana nem nos pode enganar". Os fiéis, por sua vez, são chamados a aderir a essa fé, renunciando às suas opiniões privadas, aos seus gostos pessoais, a fim de entrar na unidade da Igreja. E isso transforma — ou pelo menos deveria transformar — todo o modo como eles rezam.
O que se percebe com muita frequência, no entanto, é justamente o que afirma o pe. Macchioni: as pessoas têm substituído Deus por uma religião "autorreferencial", na qual o objeto de suas preocupações, em última instância, são elas mesmas. Levamos as nossas vidas de maneira muito despreocupada, fazendo pouco caso dos Mandamentos, dos Sacramentos e do próximo, e gastamos todo o tempo que possuímos pensando só em nós mesmos. Quando as coisas começam a não dar certo, é então que nos voltamos para Deus. Mas seria por acaso essa "conversão" para chorarmos os nossos pecados? Para traçarmos um projeto de mudança de vida? Para nos comprometermos de verdade com Deus e com a sua Igreja? Não, de modo nenhum! Voltamo-nos para Deus... tão somente a fim de que Ele nos sirva. Nossa fé não é a Fé da Igreja, com "f" maiúsculo, virtude sobrenatural infundida por Deus em nossas almas. Cremos sim, mas em nós mesmos. Dizemo-nos cristãos, mas seguimos, na verdade, a religião do próprio "eu". Rezamos o "Pai nosso", mas é da boca para fora que dizemos: "Seja feita a vossa vontade", já que é a nossa vontade própria o que queremos ver satisfeita.
O que isso tem a ver com o aumento do satanismo? A resposta é: tudo! Todas as vezes, de fato, que o verdadeiro Deus é substituído em nossos corações, é em direção ao seu inimigo que caminham as nossas almas. Vale a pena lembrar, nesse sentido, uma lição de Santo Tomás de Aquino, na qual ele explica por que Satanás é cabeça de todos os maus, assim como Cristo é cabeça da Igreja:
"Cabe ao que governa conduzir os governados a seu fim. O fim do demônio é fazer a criatura racional voltar as costas para Deus. Por isso, desde o princípio, tentou remover o homem da obediência ao mandamento divino. Voltar as costas para Deus tem razão de fim enquanto é desejado sob a aparência de liberdade, segundo Jr 2, 20: 'Há muito quebraste teu jugo, rompeste teus laços, dizendo: Não servirei'. Portanto, enquanto pelo pecado alguns são levados a esse fim, incidem sob o regime e governo do demônio. E por isso ele é chamado sua cabeça." Assim, para que o satanismo cresça no mundo, não é necessário — como muitos poderiam pensar — filiar-se a uma seita demoníaca e prestar culto aberto e declarado ao príncipe das trevas. Nós sabemos que, infelizmente, existem muitas pessoas que fazem isso, mas elas definitivamente não constituem a maioria do mundo — e estão longe de sê-lo. O problema maior são aquelas pessoas que foram batizadas, sentam-se nos bancos de nossas igrejas (às vezes, participam da Missa todos os domingos até!), mas têm vendidas as suas almas, pelo pecado mortal, ao inimigo de Deus. A expressão pode assustar, mas é exatamente isso o que diz Santo Tomás, quando comenta a petição dominical "Não nos deixeis cair em tentação": "Ser tentado é humano", ele diz, "mas consentir é ter parte com o diabo."
Sempre portanto que, dando ouvidos aos apelos de nossa carne, cedemos àquele pecado de impureza na Internet, cobiçamos a mulher que está caminhando na rua, odiamos o próximo com olhares fulminantes, palavras e até agressões, é o reino de Satanás que vem a nós, e é para o inferno que se encaminha a nossa alma, caso não nos arrependamos e não procuremos depressa o sacramento da Confissão. A razão disso é bem simples: Deus e o diabo não podem conviver juntos na mesma casa, ou, para utilizar a linguagem do Evangelho, "ninguém pode servir a dois senhores" (Mt 6, 24).
Há muitos todavia que lêem estas linhas — e Deus queira que não seja você uma dessas pessoas —, para as quais tudo o que aqui vai escrito não passa de "letra morta". No fundo de seus corações, esses indivíduos já declararam a Deus o seu "Não servirei". No começo, elas até se incomodavam com uma ou outra coisa errada que, sabendo ser má, se envergonhavam de cometer e de contar a alguém que praticaram. Depois, no entanto, adquirido o mau hábito, elas não só começaram a dormir tranquilamente em seus pecados, como passaram a incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo, numa tentativa patética de apagar de suas consciências o peso enorme que carregam todos aqueles que vivem sob o jugo do demônio.
Lá no fundo, no entanto, elas sabem que estão procurando a felicidade onde ela não existe; sabem que serão em vão todos os seus esforços para se verem livres de Deus. Dentro de seus corações permanece o chamado de Cristo à sua alma, silencioso mas audível, convidando-as à conversão e a uma autêntica mudança de vida.
Sim, é possível mudar de vida e, com a graça de Deus, começar tudo de novo! Se você ainda não tem vida de oração, comece agora mesmo a cultivá-la, pedindo Àquele que é todo-poderoso as graças necessárias para levar, de agora em diante, uma vida totalmente diferente da que você tem levado até este momento. Se as suas orações até aqui têm sido tão somente pedidos fúteis de riquezas, conforto e felicidade passageira neste mundo, mude o foco da sua oração e comece a rezar bem! Deus quer atender às nossas orações, mas Ele, muito mais do que nós, sabe o que nos é conveniente e não nos dará senão o que nos ajudar a conseguir a nossa eterna salvação. Peçamos insistentemente a Ele, portanto: "Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu", pois só assim conseguiremos opor resistência ao terrível avanço do mal que vemos no mundo.
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marianeaparecidareis · 11 months ago
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"SATANÁS, ANTES DE ATACAR, EXAMINA O VÍCIO"
Satanás, antes de atacar, examina o vício, a inclinação, a parte mais débil de cada pessoa.
Ouçamos a São Leão foi papa entre (440 d.C - 461d.C): Satanás conhece a quem há de abrasar com o fogo da cobiça, a quem há de prender pela gula, a quem há de possuir pela luxúria, em quem há de inocular o veneno da inveja, conhece aquele que há de se turbar pelos arrependimentos, exceder-se pela alegria, sobrecarregar-se pelo temor, e deixar-se seduzir pela administração.
Calcula as inclinações de cada um, descobre os cuidados, esquadrinhas os afetos, busca os meios de prejudicar, explorando, sobretudo, as inclinações do homem.
Satanás disfarça o pecado com a aparência e o nome de doçura, de flores louçãs de felicidade e até de virtude. Oculta o anzol do pecado e, sobretudo, do deleite, a fim de que vos torneis presas deste aguilhão penetrante e mortal, enquanto saboreais um prazer enganoso e envenenado. Satanás impele o homem ao vício passo a passo; começa por fazer-lhe cometer faltas leves, e arrasta-lhe assim a maiores (Homil. ad pop.).
Assim também sugere São Tomás de Aquino:
"Um erro insignificante ao início pode tornar-se grande ao final”.
"Se você se aproximar dele estará pondo a si mesmo em perigo. Relembre-se que o demônio tem somente uma porta pela qual pode entrar na alma: a tua própria vontade." (São Pio de Pietrelcina)
- Referência:
(Tesouros de Cornélio à Lápide)
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profmesquita-blog · 6 years ago
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um verdadeiro presente..._ Somos de vidro, também de pedra, água e areia... Viajantes do tempo. O remetente e o destinatário. Tudo que jogamos contra o vento vem ao nosso encontro. Somos o próprio reflexo que vemos no espelho e além dele. Somos a vida e a morte. O tudo e também o nada. Somos idealizadores. Sonhadores. Propagadores. Feitos de inocência num mundo de regras. Maldosos ou bondosos --no tempo exato... Ora oferecemos riscos, ora somos a mais perfeita das ternuras. O ponto de encontro está em cada um de nós. Encontrar-se é o desafio. Entender-se sagrado é o caminho. Enxergar além de, é o que falta. Permitir-se acolher o irmão e entender que ele é tão frágil e tão forte como nós é a meta. Que ninguém é melhor do que ninguém. No final das contas somos pó... Nem sempre intactos. Nem sempre puros... O importante é buscar, olhar para dentro de si e observar que o mundo é benção, que somos filhos da Graça --temos a divindade dentro de nós... "Sejamos gratos às pessoas que nos proporcionam felicidade, são elas os adoráveis jardineiros que nos fazem florir a alma." (São Tomás de Aquino) https://www.instagram.com/p/Byu2OGXFeRV/?igshid=xrhmlybsahyn
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edynho92 · 6 years ago
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Texto lindo e verdadeiro. Somos de vidro, também de pedra, água e areia... Viajantes do tempo. O remetente e o destinatário. Tudo que jogamos contra o vento vem ao nosso encontro. Somos o próprio reflexo que vemos no espelho e além dele. Somos a vida e a morte. O tudo e também o nada. Somos idealizadores. Sonhadores. Propagadores. Feitos de inocência num mundo de regras. Maldosos ou bondosos, no tempo exato... Ora oferecemos riscos, ora somos a mais perfeita das ternuras. O ponto de encontro está em cada um de nós. Encontrar-se é o desafio. Entender-se sagrado é o caminho. Enxergar além de, é o que falta. Permitir-se acolher o irmão e entender que ele é tão frágil e tão forte como nós é a meta. Que ninguém é melhor do que ninguém. No final das contas somos pó... Nem sempre intactos. Nem sempre puros... O importante é buscar, olhar para dentro de si e observar que o mundo é benção, que somos filhos da Graça, temos a divindade dentro de nós... "Sejamos gratos às pessoas que nos proporcionam felicidade, são elas os adoráveis jardineiros que nos fazem florir a alma." (São Tomás de Aquino) (em Secretaria de Saúde de Campina Grande) https://www.instagram.com/p/BwIVL65HtaG/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1gwvchybcl522
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paraderepetir · 8 years ago
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“Não temos direito à felicidade” - C. S. Lewis
"Afinal de contas," disse Clare, "eles tinham direito à felicidade."
Estávamos discutindo algo que certa vez acontecera em nossa vizinhança. O Sr. A havia desertado a Sra. A e conseguira o divórcio para que pudesse se casar com a Sra. B., quem havia de igual maneira conseguido seu divórcio para casar com o Sr. A. E não havia dúvida alguma de que o Sr. A. e a Sra. B estavam realmente muito apaixonados um pelo outro. Se esse amor perdurasse, e nada de errado acontecesse com sua saúde ou sustento, eles poderiam razoavelmente esperar serem muito felizes. Estava igualmente claro que eles não estavam felizes com seus parceiros antigos. A Sra. B havia adorado seu esposo no começo. Mas então ele foi para a guerra. 
Foi como se ele tivesse perdido sua virilidade, e era sabido que ele tinha perdido seu emprego. A vida com ele não era mais o que a Sra. B havia barganhado. Pobre Sra. A., também. Ela havia perdido sua bela aparência - e toda sua vivacidade. Pode ser verdade, como alguns disseram, que ela foi consumida pelos filhos e pelo cuidado com seu marido através da longa doença que ofuscou o começo da sua vida de casada. Você não deve imaginar, por falar nisso, que o Sr A. era o tipo de homem que de maneira despreocupada joga uma esposa como o bagaço de uma laranja que já não lhe servia mais. O suicídio dela foi um choque terrível para ele. Todos nós sabíamos disso, pois assim ele nos disse. "Mas o que eu poderia fazer?" ele disse. "O homem tem o direito à felicidade. Eu tinha que agarrar minha chance quando ela veio." 
Eu fui embora pensando no conceito de "direito à felicidade." 
A princípio isso me soa tão estranho quanto ter direito à sorte. Pois eu acredito - não importando o que diferentes escolas morais possam dizer - que uma grande parte de nossa felicidade ou miséria depende de circunstâncias fora de todo controle humano. Um direito à felicidade, para mim, não faz muito mais sentido do que um direito à ter dois metros de altura, ou possuir um pai milionário, ou de ter tempo ensolarado toda vez que você quiser fazer um piquenique.
Eu posso entender um direito como uma liberdade garantida à mim pelas leis da sociedade na qual eu vivo. Portanto, eu possuo o direito de viajar pelas estradas públicas uma vez que a sociedade me dá essa liberdade; isso é o que significa chamar as estradas de "públicas." Eu também posso entender um direito como uma reivindicação garantida à mim pelas pelas leis, e correlativa à obrigação da parte de um terceiro. Se eu possuo o direito de receber 100 reais de você, essa é outra maneira de dizer que você tem o dever de me pagar 100 reais. Se a lei permite que o Sr. A. deserte sua esposa e seduza a esposa de seu vizinho, então, por definição, o Sr. A. possui o direito legal de assim proceder, e nós não temos que trazer toda a conversa sobre "felicidade."
Mas obviamente não foi isso que a Claire quis dizer. Ela quis dizer que o direito que ela possuía não era apenas legal, mas também moral. Em outras palavras, a Claire é - ou seria se tivesse parado para pensar nisso - uma moralista clássica seguindo o estilo de Tomás de Aquino, Grócio, Hooker e Locke. Ela acredita que atrás das leis do estado existe uma lei natural. Eu concordo com ela, e mantenho que essa concepção é básica à toda civilização. Sem ele, as leis do estado se tornam absolutas, como em Hegel. Elas não podem ser criticadas uma vez que nos falta uma norma pela qual elas devem ser julgadas.
O ancestral da máxima de Clare, "Eles possuem o direito à felicidade," é Augusto. Em palavras que são amadas por todos os homens civilizados, mas especialmente pelos Americanos, foi estabelecido que um dos direitos do homem é "a busca da felicidade." E agora nós chegamos ao ponto real. Qual era o significado que os escritores daquela declaração queriam passar? Está bastante certo o que eles não quiseram passar. Eles não quiseram dizer que o homem estava intitulado para perseguir a felicidade através de todo e qualquer meio - incluindo, digamos, assassinato, estupro, roubo, traição e fraude. Nenhuma sociedade poderia ser construída sobre tais bases.   O significado era "perseguir a felicidade através de todos os meios legais"; isto é, através de todos os meios que a Lei da Natureza eternamente sanciona e que as leis da nação devem sancionar.
Admitidamente isto parece a princípio reduzir a máxima à tautologia que o homem (em sua perseguição da felicidade) possuem o direito de fazer tudo aquilo que eles possuem o direito de fazer. Mas tautologias, quando enxergadas contra seu apropriado contexto histórico, não são sempre tautologias estéreis.
A declaração é antes de tudo uma negação de todos os princípios políticos que por muito tempo governaram a Europa: Um desafio arremessado aos Impérios Russo e Austríaco, à Inglaterra antes do Ato de Reforma de 1832, à França Bourbon. Ela exige que quaisquer meios de buscar a felicidade sejam legais pois qualquer um deve ser legal para todos; que o "homem," não homens de uma determinada casta, classe, status ou religião, deveriam ser livres para usá-los. Em um século onde isto é desmentido por nação após nação, partido após partido, não a chamemos de uma tautologia estéril. Mas quanto à questão sobre quais meios são "legais" - sobre quais métodos são permissíveis pela Lei da Natureza ou se deveriam ser declarados legalmente permissíveis pela legislação de uma nação particular - permanece exatamente no mesmo lugar. E nesta questão eu discordo da Clare. Eu não penso que seja óbvio que as pessoas possuam o "direito à felicidade" ilimitado como ela sugere.
Eu acredito que Clare, quando diz "felicidade," quer dizer simples e puramente "felicidade sexual." Em parte porque mulheres como Clare nunca usaram a palavra "felicidade" em qualquer outro sentido. Mas também porque eu nunca ouvi Clare falar sobre o "direito" a qualquer outra coisa. Ela era um tanto esquerdista em sua política, e teria se escandalizado se alguém defendesse as ações de um implacável milionário sobre a base de que sua felicidade consistia em ganhar dinheiro e ele estava apenas buscando sua felicidade. Ela era rigidamente abstêmia em relação ao álcool; eu nunca a ouvi desculpar um beberrão porque ele estava feliz quando bêbado.
Clare, de fato, está fazendo o que aos meus olhos todo o mundo ocidental vem fazendo durante os últimos e estranhos quarenta anos. Quando eu era jovem, todas as pessoas progressivas estavam dizendo, "Porque todo esse puritanismo? Tratemos o sexo exatamente como tratamos todos os nossos impulsos." Eu era ingênuo o suficiente para acreditar que eles realmente queriam dizer aquilo. Eu desde então descobri que eles queriam dizer exatamente o oposto. Eles queriam dizer que o sexo deveria ser tratado como nenhum outro impulso na nossa natureza jamais havia sido tratado por pessoas civilizadas. Todos os outros, nós admitimos, devem ser freados. Obediência absoluta ao seu instinto de auto-preservação é o que nós chamamos de covardia; ao seu impulso aquisitivo, avareza. Até mesmo o sono deve ser combatido se você é um sentinela. Mas toda e qualquer falta de bondade e quebra de fé parece ser tolerada desde que o objeto desejado seja "quatro pernas nuas em uma cama."
É como ter uma moralidade onde roubar frutas é considerado errado - a menos que você roube nectarinas.
E se você protesta contra essa visão geralmente encontra alguma tagarelice sobre a legitimidade e beleza e santidade do "sexo" e é acusado de abrigar algum desrespeitoso e vergonhoso preconceito Puritano. Eu nego a acusação. Vênus. Afrodite dourada. Eu jamais respirei uma palavra contra vós. Se eu contesto os garotos que roubam minhas nectarinas, devo eu desaprovar as nectarinas em geral? Ou até mesmo os garotos em geral? Pode ser que seja o roubo o que eu desaprovo.
A real situação é habilmente ocultada ao dizer que a questão do "direito" do Sr. A. em desertar sua esposa é um que pertence à "moralidade sexual." Roubar um pomar não é uma ofensa contra uma moralidade especial chamada "moralidade das frutas." É uma ofensa contra honestidade. A atitude do Sr. A é uma ofensa contra a boa fé (às promessas solenes), contra a gratidão (para alguém a quem ele estava profundamente endividado) e contra a humanidade comum.
Nossos impulsos sexuais, portanto, estão sendo colocados em uma posição de privilégio absurdo. O motivo sexual é dito ser capaz de perdoar todos os tipos de comportamentos que, se tivessem qualquer outro fim como propósito, seriam condenados como impiedosos, traiçoeiros e injustos.
Agora, embora eu não enxergue nenhuma razão legítima para conceder ao sexo este privilégio, eu penso que isto se deve à uma poderosa razão. Ela é esta.
É parte da natureza de uma poderosa paixão erótica - como distinta de um transitório arroubo de apetite, por exemplo - que ela faz promessas muito mais elevadas do que qualquer outra emoção. Sem dúvidas todos nossos desejos fazem promessas, mas não de maneira tão impressionante. Estar apaixonado envolve a quase irresistível convicção de que estaremos apaixonados para o resto de nossas vidas, e que a possessão do amado ou amada irá conferir, não apenas êxtases frequentes, mas uma estabelecida, frutífera, profundamente enraizada e eterna felicidade. Portanto todas as coisas parecem estar em jogo. Se perdermos essa chance teremos vivido em vão. O próprio pensamento de tal acontecimento nos lança nas mais insondáveis profundidades de auto-piedade.
Infelizmente, frequentemente descobrimos que essas promessas são falsas. Todo adulto experimentado sabe que esse é um fato quando o assunto são todas as paixões eróticas (exceto aquela que ele está sentindo no momento). Nós relevamos as pretensões sem fim de nossos amigos deveras facilmente. Sabemos que certas coisas às vezes duram - e às vezes não. E quando elas de fato duram, isso não se deu porque eles prometeram fazê-lo no início. Quando duas pessoas alcançam felicidade duradoura, isso não se dá simplesmente porque eles são grandes amantes mas também porque - eu devo colocar de maneira crua  - são pessoas boas; controladas, fiéis, racionais e mutuamente adaptáveis.
Se estabelecemos um "direito à felicidade (sexual)" que suplanta todas as regras ordinárias de comportamento, não o fazemos pelo que nossa paixão mostra na experiência, mas sim pelo que ela professa enquanto estamos no seu ápice. Portanto, enquanto o mal comportamento é real e cria misérias e degradação, a felicidade que era o objeto do comportamento se mostra vez após vez ilusória. Todas as pessoas (exceto Sr. A. e Sra. B.) sabem que o Sr. A. em um ano ou menos pode ter a mesma razão para desertar sua nova esposa como teve para desertar a antiga. Ele irá sentir novamente que todas as coisas estão em jogo. Ele se enxergará novamente como um grande amante, e sua auto-piedade irá excluir toda a piedade por sua mulher. 
Dois pontos permanecem.
Um é este. Uma sociedade na qual a infidelidade conjugal é tolerada deve sempre e por necessidade se tornar a longo prazo uma sociedade adversa à mulher. Mulheres, a despeito do que algumas músicas machistas e sátiras possam dizer são mais naturalmente monogâmicas do que os homens; é uma necessidade biológica. Onde a promiscuidade prevalece elas sempre serão com mais frequência as vítimas do que as culpadas. Ademais, felicidade doméstica é mais necessária a elas do que a nós. E a qualidade pela qual elas mais facilmente atraem e mantém um homem, sua beleza, diminui ano após ano após terem atingido a maturidade, mas isto não acontece com aquelas qualidades da personalidade - as mulheres não dão a mínima realmente para nossa aparência - pelas quais atraímos e mantemos as mulheres. Dessa maneira em uma implacável guerra de promiscuidade as mulheres possuem uma desvantagem dupla. Elas põem mais em jogo e têm menos chances de ganhar. Eu não tenho simpatia por moralistas que franzem suas sobrancelhas à cada vez maior crueza da provocatividade feminina. Estes sinais de desesperada competição me enchem de compaixão.
Em segundo lugar, embora o "direito à felicidade" seja principalmente invocado em conexão ao impulso sexual, me parece impossível que o assunto devesse permanecer apenas aqui. O princípio fatal, uma vez permitido neste campo, deve cedo ou tarde infiltrar-se em todas as áreas de nossas vidas. Nós então avançaremos para um estado de sociedade onde não apenas cada homem mas também cada impulso em cada homem reivindica carte blanche*. E então, embora nossas habilidades tecnológicas possam nos ajudar a sobreviver um pouco mais, nossa civilização terá morrido no coração, e irá ser - ninguém nem mesmo ousa dizer "infelizmente" - varrida para sempre. *Carte Blanche - Expressão Francesa que possui o significado literal de "carta branca" tendo como definição mais próxima a de "possuir total e completa autoridade e liberdade para agir conforme sua vontade."
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sakrum1 · 5 years ago
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Quinta-feira, dia 16 de Julho de 2020 : Commentary São Tomás de Aquino
Podemos considerar a mansidão de Cristo em quatro circunstâncias: na sua vida ordinária, nas suas reprimendas, na graça do seu acolhimento e finalmente na sua Paixão. Primeiro, podemos ver a doçura de Cristo na vida ordinária, porque todas as suas atitudes eram pacificadoras: Ele não procurava provocar discussões, mas evitava tudo quanto pudesse produzir altercações; e dizia: «Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração». Imitemo-lo, pois. [...] A mansidão de Cristo também aparece nas suas reprimendas. Teve de sofrer, por parte dos seus perseguidores, muitos opróbrios, mas nunca respondeu com cólera nem em tom de querela. No seu comentário ao texto «Por causa da verdade e da mansidão» (Sl 44,5), Santo Agostinho afirma que a verdade se dava a conhecer quando Cristo pregava, e que era admirável a doçura e paciência com que respondia aos seus inimigos [...]. A sua mansidão é igualmente patente na graça do seu acolhimento. Há quem não saiba receber com ternura. Cristo, pelo contrário, recebia os pecadores com benignidade, comia com eles, admitindo-os às suas refeições ou aceitando os seus convites, para espanto dos fariseus: «Porque é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?» (Mt 9,11). Finalmente, a mansidão de Cristo manifesta-se ena sua Paixão, para a qual avançou como um cordeiro: «Insultado, não devolvia os insultos» (1Ped 2,23). [...] Diz Ele, através do profeta Jeremias: «Sou semelhante a um cordeiro levado ao matadouro» (Jer 11,19). [...] A mansidão garante a herança da Terra da felicidade. É por isso que lemos em São Mateus: «Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra» (Mt 5,5).
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mauricio1954 · 6 years ago
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Somos de vidro, também de pedra, água e areia...
Viajantes do tempo.
O remetente e o destinatário.
Tudo que jogamos contra o vento vem ao nosso encontro.
Somos o próprio reflexo que vemos no espelho e além dele.
Somos a vida e a morte.
O tudo e também o nada.
Somos idealizadores.
Sonhadores.
Propagadores.
Feitos de inocência num mundo de regras.
Maldosos ou bondosos - no tempo exato...
Ora oferecemos riscos, ora somos a mais perfeita das ternuras.
O ponto de encontro está em cada um de nós.
Encontrar-se é o desafio.
Entender-se sagrado é o caminho.
Enxergar além de, é o que falta.
Permitir-se acolher o irmão e entender que ele é tão frágil e tão forte como nós é a meta.
Que ninguém é melhor do que ninguém.
No final das contas somos pó...
Nem sempre intactos.
Nem sempre puros...
O importante é buscar, olhar para dentro de si e observar que o mundo é benção, que somos filhos da Graça - temos a divindade dentro de nós...
"Sejamos gratos às pessoas que nos proporcionam felicidade, são elas os adoráveis jardineiros que nos fazem florir a alma."
 (São Tomás de Aquino)
#orar
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