#Dona Odete
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Festival Sensacional anuncia lineup da próxima edição
Veio aí: nesta semana, o Festival Sensacional divulgou o lineup da edição de 2024 do evento. Os shows acontecem nos dias 21 e 22 de junho, em Belo Horizonte. Confira!
Já anota aí na agenda: nesta terça-feira (23), o perfil do Festival Sensacional nas redes sociais anunciou o lineup da próxima edição do evento. Os shows de 2024 estão previstos para os dias 21 e 22 de junho, no Parque Ecológico da Pampulha, em Belo Horizonte. Até o momento, 10 atrações já estão confirmadas. Confira! View this post on Instagram A post shared by SENSACIONAL!…
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Dona Odeteh - Qual é O Seu Caminho | Ukulele #shorts
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Oii, gente, tudo bem? Por muitos motivos eu não assisti os capítulos para que completasse uma quinzena, mas prometo terminar logo. No entanto eu já terminei duas primeiras quinzenas de Vale Tudo e acho que é importante eu comentar aqui para de vocês entendam a continuação (e também por que eu queria escrever aqui).
Vai ter spoiler, gente, perdão.
Contextualizando aqui para vocês: Vale Tudo começou a ser exibida em 1988, sendo o ano da nossa Constituição Federal, inflação altíssima, redemocratização após pouco tempo do fim da ditadura. Não vou me estender muito porque cursando história amo esse assunto, mas vamos para a novela.
O maior questionamento da obra é "Vale a pena ser honesto no Brasil?" e a maioria das personagens são frequentemente expostos a situações onde tem de decidir se vão ou não ser honestos. Ninguém é totalmente bom, ninguém é totalmente mal, assim como na vida o o caráter dúbio e o contexto social influenciam na tomada de decisões no cotidiano.
A protagonista é a Raquel, uma mulher honesta que acredita na bondade das pessoas e que com o trabalho duro qualquer um chega a qualquer lugar, mãe da Maria de Fátima, que odeia esse papo da mãe e acha que Vale Tudo para subir na vida e alcançar os objetivos pessoais, que no início é ser modelo de sucesso e ter muito dinheiro.
A CRETINA da Fátima começa vendendo única casa que o vô dela deixou de herança, sendo onde ela e a mãe sempre moraram, para ir para o Rio de Janeiro atrás do César (um modelo meio fracassado que foi fazer um ensaio na cidade da Fátima e prometeu que ajudaria ela a subir na vida). Raquel jura que a filha foi enganada e acreditando na bondade dela vai pro Rio sem um puto no bolso atras da filha e do Rubinho, pai da Fátima, para ajudar a achar a filha.
Lá a Raquel é roubada, passada para trás, desmaia, é humilhada pela filha assim que a encontra e todas as outras vezes também e começa a morar de favor em uma vila com um pessoal muito legal (a pobre), além de começar a vender sanduíches na praia para arrumar um dinheiro. E, claro, conhece o Ivan, um cara muito legal, inteligente e divorciado, com quem acaba se envolvendo logo cedo e tendo um romance muito legal, mesmo que ele não seja tão honesto quanto a Raquel (o que gera alguns conflitos).
Inclusive, a avó da atriz britânica Mia Goth está na novela no núcleo pobre como moradora da vila muito sincera e amiga da Raquel.
No núcleo rico tem a Heleninha (alcoólatra), Celina (tia da Helena), Afonso (irmão da helena), Solange Duprat (uma diva que começa a se envolver com o Afonso que é um machista de 20 anos), Renato (dono da revista tomorow) que é primo do Marco Aurélio (o mais insuportável de todos, ex marido da heleninha), e, a mais ilustre, mais elitista, a que mais fere os direitos humanos: Odete Roitman, mãe da Heleninha e Afonso, irmã de Celina, e SIMPLESMENTE ela é DONA de uma empresa aérea, a TCA.
Tem o núcleo jovem, claro, porém nada de muito interessante. Da mesma forma que o núcleo classe média, que de mais visível só tem a Leila, ex mulher do Ivan.
O ato mais triste foi a morte por infarto do Rubinho, que era um pianista falido que tinha o sonho de ir para os Estados Unidos tentar a vida, mas dentro do avião indo para os EUA depois de ter brigado com a filha, infarta e morre, sem nunca ter conseguido alcançar o sonho mesmo que tão perto.
Se eu for comentar detalhadamente tudo que eu lembro isso aqui ficaria enorme, mas espero que vocês tenham entendido e gostado, qualquer dúvida eu respondo se a resposta já tenha aparecido na trama :))
Personagens que mais gosto: Raquel, Ivan e Aldeie (divide casa com a Raquel e está louca para tirar o atraso, além de ser secretária na TCA).
Personagens que mais odeio: Marco Aurélio, Leila (com um tempo eu explico meu ódio) e Tiago (filho de Marco Aurélio e da Heleninha que foge para São Paulo atrás de independência sem avisar ninguém, o que desestabiliza heleninha e faz com que ela volte a beber).
Enfim, esse foi o geral que resumi de 30 capítulos aqui para vocês.
Não se esqueçam de estudar, um beijo da anitta :*
#brazil#come to brazil#brasil#valetudo#vale tudo#novela#novelas#remake#Vale Tudo#tumblr#twitter#blog
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Dona Odete. Midjourney
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Havia silêncio na casa.
Sua mãe não estava em casa, dona Odete. Boa senhora, Bruno achava mais fácil tolera-la por telefone. Era por isso que sempre que a mãe viajava a impressão que ficava registrada em seu coração era que afinal ela era uma boa mãe.
Bruno preparava-se para sair com os amigos, os cabelos desgrenhados, ouvia Los Hermanos quando colocou os fones de ouvido e desceu correndo as escadas. Entusiasmado pelo que lhe aguardava no mundo.
O garoto havia tido uma infância corriqueira, mas uma vida adolescente cheia de aventuras. Agora aos 28 anos, aparentemente parecia saber manejar melhor o jogo da vida.
Esperou na frente da mansão por alguns instantes, chamou um táxi e foi-se embora.
#VidasDeUmGaroto ( 2 ) ~ Uma Novela de Carlos Eduardo
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FIOCRUZ: Alunas do Curso de Enfermeiras de Emergência da Reserva do Exército em treinamento
Fotografia de Virgínia Portocarrero durante treinamento que fez no Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército. Além dela, identificada como a terceira da direita pra esquerda, os metadados nos possibilitam também conhecer outras figuras: Haidèe, Bertha, Lúcia, Odete e Juracy. Pensamos a fotografia, junto com a intervenção artística, como forma de destacar a determinação feminina no exército, principalmente na época da Segunda Guerra Mundial. É interessante contrastar a visão tradicional da mulher como dona de casa com a função assumida pioneiramente por Virginia e pelas outras alunas.
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Quente como o inferno
Vicente chega no seu flat acompanhado por Lilo, mas se assusta ao ver Emanuel.
[Vicente]- oi, pai.
[Emanuel]- oi, filho. Oi, Lilo.
[Lilo]- ei.
[Vicente]- que cê tá fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa?
[Emanuel]- filho, eu...nem sei como te dizer, tô tão sem graça.
[Vicente]- que sem graça, você é meu pai. Entra, entra.
[Emanuel]- eu vou ser bem direto. Será que eu posso ficar aqui pelos próximos dias? Prometo que vou te ajudar no que for preciso.
[Vicente]- ué...pode, é claro. Mas o que rolou?
[Emanuel]- Hugo e eu brigamos feio. Nos agredimos, foi terrível. Decidi sair de casa antes que as coisas piorassem.
[Vicente]- o quê?! Mas por que brigaram assim?!
[Emanuel]- peguei ele na cama com outro. Na nossa cama.
[Lilo]- aff.
[Vicente]- eu sabia. Esse cara não presta, é um filho da puta!
Gabriel desperta a curiosidade de Madalena ao chegar em casa acompanhado por Hiago.
[Gabriel]- obrigado por ter me acompanhado.
[Hiago]- que nada, eu moro aqui perto. E agora que somos amigos, vamos poder vir juntos sempre, né não?
[Gabriel]- sim, claro.
[Madalena]- amigo novo, Gabriel?
[Gabriel]- oi, mãe. Não...quer dizer, sim.
[Madalena]- hã?
[Hiago]- oi, dona mãe do Gabriel, eu estudo na sala dele.
[Madalena]- hum. Entendi. Estranho, o Gabriel nunca me fala de você. Qual seu nome?
[Hiago]- Hiago.
[Madalena]- ah, minto. Ele já falou sim. Algumas vezes.
Madalena intimida Hiago com o olhar.
[Hiago]- bom, eu já vou. A gente se vê, Gabriel.
Na saída da escola, Edmundo topa com Camila, amiga de Odete, que logo volta sua atenção pra ele.
[Camila]- oi, Eduardo.
[Edmundo]- oi?
[Camila ri]- você deve não me conhecer, mas meu nome é Camila, sou amiga da Odete. Estava viajando, voltei por esses dias. Ela me fala muito de você.
[Edmundo]- sinto te decepcionar, Camila, mas meu nome é Edmundo, eu sou o irmão gêmeo do Eduardo.
[Camila]- ai, mentira! Me perdoa, meu Deus, que vergonha!
[Edmundo]- imagina, isso acontece com muita frequência. Mas eu não sabia que a Odete era tão a fim assim do meu irmão.
[Camila]- acho que falei demais, né.
[Edmundo]- que nada, meu irmão nunca me conta as coisas, é super fechado.
[Camila]- ah, já que comecei vou terminar então. Ela tá super na do seu irmão, mas não sabe como fazer pra chegar nele até hoje, acredita?
[Edmundo]- hum...que acha de nos unirmos pra fazê-los ficarem juntos? Vai ser divertido.
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poeta d'Odemira, artista e tudo
A Joana vem buscar-nos pelas 10h30. O seu furgão VW Transporter, verde e bem usado, respira no espartano e largo interior uma vida larga e solta entre pradarias e montes, curvas e planícies de pó. Os colchões extra servem de assento à sobrelotação desta breve viagem com destino a Monte Gavião, onde mora a tão afamada Dona Odete.
Num instante saímos do asfalto para caminhos de terra e pedra onde qualquer carro citadino morreria ao primeiro metro percorrido. Entre pinheiros e eucaliptos de maturidade variada, no sobe e desce, curva e contracurva, entre referências desaparecidas e outras que a Joana tenta recordar, ao fim de meros quinze minutos de talvez 3 km trilhados, chegamos ao vale encantado. Sim, o lado bucólico imediatamente invade o grupo. É difícil resistir à beleza deste pequeno monte encartado entre cerros circundantes. No sopé das verdejantes encostas desta primavera inicial um rebanho de ovelhas está para lá da vedação poucos metros à nossa direita. Do lado oposto, uma levada abre-se para um tanque onde a água se esconde pelo portal construído como uma pequena edificação e na parede branca sulca um poema manuscrito:
...
vão cantando alegremente à sombra dos vossos ninhos onde alegria há-de haver. Não chorem não, passarinhos, um dia quando eu morrer. Maria
Um pouco acima à esquerda, uma habitação caiada e térrea domina qual castelo altaneiro. Ouvem-se cães ladrando no aviso duplo de alerta e interrogação, e rapidamente dois pequenos rafeiros (de nomes Passarinho e Fred, saberemos pouco depois) nos surgem pelo caminho que de lá desce, para rapidamente humanos e canídeos sucumbirem em encanto mútuo. Da mesma curva surge a senhora Maria Odete, em passo leve e decidido avançando para o abraço afectuoso à Joana. Ambas agora mais próximas de nós, vislumbramos uma senhora bonita de idade enganosa e sorriso inteiro, talvez estatura 1,65m, cabelos grisalhos lisos em rabo de cavalo preso por cordel preto, vestida em traje de trabalho de avental cinzento sobre camisolas de gola alta e saia comprida alargando-se até aos pés. No seu rosto aberto, a expressividade de sol e vida em cada suave ruga lavrada inspira um albergue de histórias. Apresentamo-nos um a um. Os seus olhos castanho-vivos recebem-nos tanto quanto as suas formosas palavras hospitaleiras.
— — — Maria Odete, ou apenas Odete, como por vezes Joana a chama, rapidamente nos fala do que faz. Especialmente enquanto artista. "Sabem o que é uma cepa de urze?", pergunta-nos. Alguns sim, outros não. Mostra-nos as cepas nas quais esculpe formas tentando escapar ao "ângulo fácil" (como é o caso da tartaruga aqui exposta) e descortinar no olhar mais desafiante as originais figuras animais e humanas que veremos no interior do adjacente casebre, recuperado para reunir um acervo etnográfico. Porém, o material necessita de preparo prévio, uma hibernação na água entre meses e anos, para que "o ar se solte" e se faça mais resistente ao trabalhá-la. Os troços de outrora vida vegetal, nas torções dinâmicas e sugestivas, tomam pelas suas mãos e arte uma nova vida iconográfica.
Dois homens mais novos, porventura na casa dos cinquenta, surgem alternadamente. O primeiro, boina colocada para afugentar insolações, fala com Odete sobre os afazeres do monte. O segundo, cabeça calva descoberta, aparece no lado oposto, braços estendidos para trás puxando um carrinho de mão vazio. Ambos rapidamente continuam para as suas tarefas.
Maria Odete abre-nos o espaço expositivo. Após a entrada, à esquerda um grande armário acolhe peças diversas, entre objectos recolhidos e um vaso da sua autoria. À direita, duas figuras de vestimentas rurais e rostos em cerâmica feitos por si a partir das fisionomias dos seus pais, recebem-nos ladeando um engenho para produzir azeite. Várias são as esculturas em cepa de urze que por aqui se exibem (principalmente aves). Faz também peças em cerâmica (tem um forno), experiências com vidro (contorcendo no calor imenso do forno as formas de garrafas de vinho ou cerveja), e lê-nos mais poemas seus escritos pela própria mão em tantos outros materiais diferentes (azulejos, sacas de batata, etc.).
Em duas paredes estão emoldurados poemas, cartas e também documentos referentes ao trabalho do trigo. Num, datado “Gavião 28 Fevereiro 67”, o pai António assina como “industrial” em Notas de Laboração do Trigo listando nomes de vinte quatro produtores o respectivo Registo do movimento de entradas de trigo e saídas de farinha de cada um nesta “trocas à vista”.
Maria Odete mostra-nos três blocos de adobe que encontrou no terreno, provavelmente feitos pelo seu pai, sujeitos em breve a um qualquer desígnio artístico seu. A minha curiosidade volta-se para ornamentadas tiras de papel de seda branco que pendem de uma forma circular abraçada por uma coroa de flores brancas e botão amarelo. Este objecto é chamado função, esclarece-me. É uma recriação feita para um evento do grupo etnográfico evocando as antigas festas de casamento. Outrora, enquanto os familiares ofereciam as comidas quentes, a função correspondia à oferta dos convidados onde nestes recipientes se transportavam os doces para a boda. Trabalho colaborativo e peça de encomenda, o objecto com refinados recortes estéticos simbolizaria, na celebração do matrimónio, reciprocidade e solidariedade da comunidade.
Como tem sido a questão da água, perguntamos. "O tempo sempre foi assim" de seca, diz-nos. Já no tempo do seu pai tinham de cuidar muito bem da quantidade de água a usar e guardar. As alterações climáticas não são necessariamente perceptíveis nos quotidianos das gentes, as adversidades e as diversas formas de escassez de água são história comum e recorrente. Lembra-se que o acesso e disponibilidade da água, ali no seu monte e habitações em redor, começou a escassear tanto que foi necessário fazer um açude, para lá de uns cerros mais adiante, de modo a encaminhar a água por levadas e assim abastecer a zona. Especialmente o tanque que vimos na entrada e onde os cepas se preparam submersos. Há aqui seguramente mais conteúdo a saber da sua parte. Curiosamente para nós, a sua filha formou-se em ciências ambientais.
— — — Surpreende a sua desenvoltura no discurso. Estaríamos nós à espera de pausada pronúncia alentejana, e de uma velha senhora, amorosa sempre, cuja calma e lentidão corresponderia a todo o imaginário estereotipado de nativo. Nada mais falso. O léxico dela é rico (teve muito boa escolaridade e continuados hábitos de leitura embora agora menos que desejaria), conseguindo nunca repetir palavras, numa frase ou dupla de frases, habilmente substituídas por substantivos ou adjectivos sinónimos enriquecendo e esclarecendo a sua oralidade. Ignorantes somos nós; Maria Odete é muito mais que imaginávamos. Sabendo à partida que a nossa anfitriã pertencia a um grupo etnográfico, foi por demais evidente que ser dinamizadora é palavra acertada, o testemunho da sua enérgica acção participativa e preservação do património local demonstra que a senhora é um oásis de cultura e memória.
Maria Odete diz-nos que ali vive há pouco mais de vinte anos. Na verdade, aqui nasceu, num quarto impecavelmente cuidado como todo o resto da casa onde tão amavelmente nos receberá no fim da visita. Regressou após muitos anos na "grande cidade", como nos diz. Casada com um engenheiro electrotécnico da vizinha Sabóia (agora adoentado, que a deixa por vezes preocupada), juntos com a filha pequena viveram em Póvoa de Santo Adrião.
Que idade terá? A Joana julga que Odete faça agora 75, ou seja, nasceu em 1948. Parece que tem menos 10 anos, toda a sua energia assim nos ilude. Mas ela própria admite que no cuidar dos pais e sogro, este falecido com 101 anos, a tarefa árdua e longa apenas a fortaleceu, estando pronta para qualquer coisa. Mais que pujança das gentes rurais do permanente acto de 'fazer' que se sobrepõe à constância de 'estar' do citadino, será a atitude e expectativa social na sua condição de género que lhe dita avanço.
Nas misérias extremas dos tempos antigos, conta-me Joana o seguinte, houve quem pedisse aos pais de Maria Odete que cuidassem ou mesmo ficassem com seus filhos. O pai, agricultor, era pessoa muito respeitada na zona, inventando poemas que a filha foi entretanto semeando pelo monte em quadrículas de azulejo. Não soubemos muito nesta manhã sobre a sua mãe, senhora que sabia ler. De tanto que nos relata (e muito haverá por beber), em Maria Odete o saber artístico manual e poético é acima de tudo herdado do pai.
— — — "Quem me sabe dizer o que isto é?" Ao subirmos breve ladeira para alcançarmos a entrada da desactivada escola primária, uma estrutura cónica de vimes entrançados e coberto de folhagem aparenta ser guarda de algo. "É um galinheiro", esclarece-nos por fim. Extraordinariamente inventivo e eficiente, os materiais naturais fornecem solidez e resistência a predadores, um acondicionamento óptimo às amplitudes térmicas, um interior cujos pilares são igualmente poleiros, e com dois acessos dissimulados (uma para as galinhas saírem e entrarem, outra no lado oposto para mão humana alcançar os ovos).
Cedida pelo município para albergar outros aspectos etnográficos da região, a escola de instrução primária construída após a barragem teve seus últimos alunos lá para 1988 ou 1989, um menino português e dois estrangeiros, já ilustrativo das várias formas de alteração demográfica do sítio. Castanhos balcões e armários de madeira, provenientes de uma antiga loja de Santa Clara, recebem-nos à entrada. Nenhum espaço está por preencher, em cada oportunidade encontramos objectos vários de décadas recentes e mais afastadas, algumas ainda de minha ou nossa memória. Na antiga sala de aula, junto à grande ardósia de parede, a clássica mesa (carteira) de aluno ostenta um menino de rosto cerâmico e cujas vestes evocam passado e aprendizagens. Maria Odete mostra-nos uma caixa de giz de várias cores, pertença desta escola, onde encontrou um pequeno esqueleto de ave e a inspirou na altura a novos versos (que nos leu) sobre um passarinho que apesar do ruído dos meninos ali teve necessidade de regressar. Noutro canto, uma manta de retalhos coloriza sobre uma cama de ferro. Mapas e palavras cobrem as paredes.
—— A etapa final da visita leva-nos à sua casa. Peças artísticas decoram os espaços livres em redor e nas franjas das fachadas. A taipa e o adobe destas casas adossadas está coberta pela cal branca que se abre ante o verde-floresta envolvente e o azul-céu que nos cobre. Um breve pátio se faz alpendre acolhedor nas traves das latadas ainda sem folha, filtrando o sol que projecta nas paredes formas e sombras que replicam a natureza do lugar. Estas paredes são rematadas na base por faixa amarela, sendo as portas e janelas e suas molduras brilhantes no azul forte que nos beija. Um peixe de grandes dimensões ganha vida na cortiça recortada pousando sobre o longo assento de pedra acompanhada de almofadas bordadas com figuras de animais em cores esbatidas pelas horas exteriores da luz. Maria Odete convida-nos a entrar. A sala, em impecável distribuição de cadeiras, sofás, mesas e outras formas, desdobra-se ante uma mesa larga, abrindo-se perpendicularmente a outras divisões mais, seja desta habitação ou de outras hoje interligadas pelo interior. Há muitos anos, mais de uma dezena de pessoas dormiam numa divisão só. Mais peças suas se expõem, retratos a carvão dos seus pais e de si, as primeiras que fez há muitas décadas, e o rosto de Jesus num quarto a cuja cama se acoplou na cabeça e pés enormes rodas de carroça. Telefonia alemã de dimensão considerável e uma grafonola à espera de arranjo encontram aqui seu pouso firme. Carteiras de couro antigas mostram-se sobre uma mesa baixa. Uma viola campaniça feita por um pastor encima o arco da cozinha. Maria Odete sorri ainda mais ao dizer-nos dos netos que se deliciam em brincadeiras na quase miniatura dos objectos caseiros noutra cozinha com antiga lareira larga onde comida e gente se juntavam.
No fim, somos deliciosamente surpreendidos por mais um gesto seu. Um bolo de mel rectangular, que fabulosamente reparte em golpes diagonais, é aconchego ao cálice de medronho caseiro brindado em uníssono.
— — — A hora convencionada para almoço está quase no fim, e apenas agora nos retiramos. Na despedida, a senhora acompanha-nos até o carro. O sol mantém bravura de meio-dia embora nestes dias de Março nos toca como carícia. À sombra da azinheira, voltamos a mirar as ovelhas. A maioria do rebanho está além de um barranco, do lado de cá está a mais velha, diz-nos, como quem não consegue juntar-se às irmãs, interpreto. "Ó'velhinhas!" num quase cantado tom agudo Maria Odete as chama. De imediato um coro das velhas clama resposta, virando a marcha na nossa direcção. A mais velha é a primeira a chegar junto à vedação, balindo em voz rouca de forma tão ou mais frequente que as restantes. Maria Odete reconhece-as quase todas, seja pelo andar ou pelo corpo, muitas delas têm nome próprio. Apenas vende os borregos para ajudar no orçamento da casa, a lã das mais velhas é garantia de outro rendimento.
Em quase três horas muita foi a informação recebida (e não registada aqui), e uma experiência encantada. O fascínio por Maria Odete cresceu em todo o grupo, como se cada um por ela se tivesse apaixonado. Seja pela sua genuína simpatia, o seu trabalho artístico, a valorização etnográfica, e o muito que poderá ensinar-nos sobre os usos da água por estas cercanias.
Só após escrever este texto, e de modo a não condicionar o registo, pesquisei na internet sobre a senhora. Além de dinamizadora do Grupo Etnográfico Gentes do Alto Mira (ver link), pertence também ao CACO - Associação de Artesãos do Concelho de Odemira. E em 2015, participou no projecto A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria (ver link). Parafraseando o irreverente Almada Negreiros, Maria Odete é mesmo "poeta d'Odemira, artista e tudo".
Texto a partir do trabalho e caderno de campo Projecto de investigação 'Águas Gémeas' Santa Clara (Odemira), 15 Março 2023 — SulCo - Colectivo de Antropologia e Cultura
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Montréalban megismert brazil-kanadai barátaink csak a mi kedvünkért terveztek be egy hétnyi brazíliavárosi látogatást. A közellenséggel való kellemetlen találkozásunk részben ezt is felülírta. De tegnap már mertünk találkozni és egy teljes napot együtt töltöttünk. Esti fényekben pompázik az igazságügyi minisztérium vízeséses betonépülete és a törvényhozás két félgömbös kamarája, közte a képviselői irodaház tornyaival. A természetfotók pedig a mindig csodálatos botanikus kertből valók. Ebbe a képcsokorba befért még Lorena sógornőm édesanyjának, Dona Odete-nek az ararája is, amelyik mindig akkora hülyeségeket tud halandzsázni:)
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Gaby Amarantos Lança Novo Album "Purakê". 》10 Anos Após Lançar O Primeiro Álbum A Cantora Traz Um Novo Empolgante Album Pop Legitimamente Brasileiro Com A Sonoridade Rica Do Brasil, Fundindo As Referências Da Cantora Do Norte Com As Dos Convidados De Outras Partes Do País 》Participações De Ícones da Musica Brasileira Como Alcione, Dona Odete, Elza Soares, Ney Marogrosso Mesclando Com Os Novatos Luedji Luna, Potyguara Bardo, Jaloo, Liniker, Urias e Leona Vingativa O Álbum Passa Por Tecnobrega, Brega Funk, Eletro Pop, Pagode Bahiano, Guitarrada, Pop Alternativo E Muito Mais.... Um Ótimo Exemplar Da Riqueza Musical Do Brasil. Ouça Em Todas As Plataformas Digitais. #gabyamarantos #alcione #donaonete #neymatogrosso #elzasoares #urias #leonavingativa #luedjaluna #jaloo #potyguarabardo #liniker #slavesofpop #musicabrasileira #202 https://www.instagram.com/p/CTiLF34Hhap/?utm_medium=tumblr
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Why the fuck do old portuguese ladies observe everything that happens outside from their window AND THEN they tell you to your face where you were, with whom you were, when it was CRUZES CREDO CANHOTO DONA ODETE DEIXE-ME EM PAZZZZ
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Três meses depois, Marlene termina de passar o café, Zuleide e Simão ali na mesa saboreiam o bolo de morango, geléia de jaca, suco de cajá manga. - Minha nossa, filha, esta tudo uma delicia, bom demais. - Obrigada, aqui trouxe o café. Os 3 tomam café enquanto o ambiente é tomado por um som sertanejo antigo. - Não é hoje o casamento da tia do Rodrigo? - Sim, ás 10. - Nossa, providencial, terminam de assinar e ja fazem o cobre bucho. A gargalhada toma conta deles, com um atraso meigo de um mês, Carlão esta no salão do Clóvis a fazer barba, depilação do peito e pedicure. - Nossa Carlão, que te vê assim, duvida. - Qual é Rodrigo, sou homem tenho que me arrumar para a gata da sua tia. - Sei, vocês dois são loucos, isso sim. Risos. - Um pelo outro. Risos. Genilse esta no vestido de acetinado branco champanhe que comprara a quase dez anos atrás em uma proposta furada de matrimônio com um primo de terceiro grau de Tocantis. - Nossa, você é bem louquinha, casar no cartório de branco. - O que foi Odete, eu guardei essa tralha tanto tempo, agora quero usar. - Justo no dia do assino, sei não, pode dar............... - Dar porra nenhuma, eu quero ver é dar, quem vai dar e muito sou eu lá naquele hotel em Caldas Novas MG. - Olha, tá ai um acerto daqueles, ouvi dizer que o hotel é tudo de bom. - Lógico, fontes termais miga. - Viu, a louquinha quer ficar nenê. Risos. No salão do Clóvis, Carlão termina o corte e a barba, seus pe´s ficaram perfeitos e ele é direcionado para o uforô de banho com leite de rosas.
Nossa, isso é muito fresco, não.
Vai logo, entre ai na sua que eu entro aqui.
Sabe Carlão, eu não me sinto muito bem fazendo isso aqui.
Nem eu, por isso que te trouxe, amigo e agora somos parentes.
Que parentes, não viaja, você vai ser marido da minha tia.
Seu tio, obedeça viu.
Tá vendo, ja tá se achando. Risos.
Tá, tá bom, mais me diz, ai como ficou você e a Rafa?
Não ficou Carlão, eu vi a pior coisa do mundo, depois eu a confrontei ela negou e nega ainda hoje, dei marcha, segui o pião, ela que se foda, bem longe de mim.
Você não a ama mais?
Sei lá, acho que vou ficar na revoada por um tempo.
Bem, o que posso te dizer, siga do seu jeito, mais tome cuidado.
Falou como tio. Risos. Rafa termina de lavar a louça na cozinha da panificadora, leva o lixo em vários sacos para o ponto específico demarcado por Simão.
Olha, ficou bem limpo aqui.
Bom dia Romeu.
O que foi, que cara foi essa?
Não gostei das mudanças viu, agora fiquei aqui pra trás e…………
Olhe, esta de aprendiz no forno, logo vai ser padeira.
Ninguém me perguntou se eu queria isso.
Olhe, garanta sua vaga, aqui ficou um mel com a vinda da dona Marlene, ela trouxe uma nova luz para este lugar.
Você tá ficando esnobe Romeu, só por que foi para gerente.
E você nem disfarça a inveja.
Eu jamais, querido. Risos. No balcão foram contratados duas moças, Zuleide fica no caixa por pouco tempo, logo entrega para Marlene que maneja tudo como que se fosse criada naquilo. O depósito de Simão também fora reformado, e novo letreiro agora luminoso fora instalado, dois rapazes na entrega e uma moça no telefone e zap, Simão esta faturando muito mais, Marlene faz diversas promoções e sorteios de brindes a cada dois meses. Vanusa termina de colocar a calcinha enquanto Nicanor vai se lavar na pia do lavatório aos fundos da loja, ela vai até o espelho ao canto, arruma os cabelos e se olha ali, terminado, vai até a prateleira e pega uma micro filmadora.
Vou ter de sair velhote.
Vai aonde coração?
Resolver algo meu.
Volta logo, sabe que tem de trabalhar.
Volto sim, coração.
Beijo.
Beijo. Ela sai mascando chicle, entra num táxi que pedira por aplicativo e 20 minutos esta numa lanchonete do outro lado, ali na sua frente a mulher de Nicanor.
Fez do jeito que combinamos?
Como me pediu.
Ele desconfia?
De nada, muito bobo.
Como sempre, a Marlene me disse.
E a grana?
Pegue, não precisa voltar.
Nem vou, obrigada. Vanusa sai deixando a mulher ali com o aparelho. 160622....................
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Aceito sugestões, tudo sujeito a mudanças
1. Literatura
Capitu (Dom Casmurro)
Aurélia Camargo (Senhora)
Marcela (Memórias Póstumas de Brás Cubas)
A Cartomante
Dona Flor
Escrava Isaura
Cachorra Baleia
Ana e Bibiana Terra
2. Vilãs de Novela
Carminha (Avenida Brasil)
Naraze Tedesco (Senhora do Destino)
Jezebel (Chocolate com Pimenta)
Olga (Chocolate com Pimenta)
Cristina (Alma Gêmea)
Odete Roitmam (Vale Tudo)
Constância (Lado a Lado)
3. Turma da Mônica
Mônica
Magali
Denise
Tina
Xabel
Cabeleira Negra
4. Universo Rá-Tim-Bum
Morgana (Castelo ra tim bum)
Seleste (Castelo Rá-Tim-Bum)
Caipora (Castelo Rá-Tim-Bum)
Polca (Ilha ra Tim bum)
Nhã nhã nhã (Ilha Rá-Tim-Bum)
5. Folclore e lendas urbanas
Mula Sem Cabeça
Iara
Matinta Pereira
Loira do banheiro
6. Cinema
Lisbela (Lisbela e o Prisioneiro)
A Compadecida (O Auto da Compadecida)
Tainá (Tainá)
Sarah, a Sandy (Acquaria)
Dona Hermínia (Minha Mãe é uma Peça)
Rosinha (O Auto da Compadecida)
Inaura (Lisbela e o Prisioneiro)
7. Mocinhas de Novela
Aninha (Chocolate com Pimenta)
Catarina (O Cravo e a Rosa)
Xica da Silva
Laura e Isabel (Lado a Lado)
As Empreguetes
Jade (O Clone)
8. Séries e minisséries
Cuca (Cidade Invisível)
Maria (Hoje É Dia de Maria)
Dra. Carolina Alencar (Sob Pressão)
Lena (Amorteamo)
Malvina (Amorteamo)
Ellen (Som e Fúria)
9. Séries de Comédia
Fátima e Sueli (Entre Tapas e Beijos)
Vani (Os Normais)
Magda (Sai de Baixo)
Nenê (A Grande Família)
Dona Etelvina Mãe do Beiçola (A Grande Família)
Bebel (A Grande Família)
10. Músicas
Geni (e o Zepelim)
Ana Júlia (da música Ana Julia)
Jennifer (da música)
Gatinha Comunista
Menina Veneno
11. Sítio do Pica-pau Amarelo
Emília (Sítio do Pica-pau Amarelo)
Cuca
Dona Benta (Sítio do Pica-pau Amarelo)
Tia Nastácia (Sítio do Pica-pau Amarelo)
Narizinho
12. Capitalistas
Lu da Magalu
A moça do leite moça
Lilica Repilica
13. Desenhos
Lara (Irmão do Jorel)
Vovó Juju (Irmão do Jorel)
Duda (Tromba Trem)
Chanel (Gui e Estopa)
14. ???
Mais um grupo de novelas ???
15. ???
Posso escolher mais personagens da Fernanda Montenegro e dar uma chance para as outras personagens de filmes
16. Ícones
Urna Eletrônica
Maria Gotinha
Mel, a minha vira-lata caramelo
Coxinha
Desgrupadas:
Flora e Donatella (A Favorita)
Penha (Cheias de Charme)
Ellen (Cobras e Lagartos)
Dona Flor (Dona Flor e Seus Dois Maridos)
Bebel (Paraiso Tropical)
Dona Jura (O Clone)
Chayenne (Cheias de Charme)
Sol (Malhação: Sonhos)
Juma (Pantanal)
Josiane de (A Dona do Pedaço)
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Pesquisa e texto meus para o catálogo sobre a mestra Odete Maciel, pioneira da renda renascença em Pernambuco.
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Morador ouve alarme, grava dupla e só depois descobre que registrou furto; assista
Morador ouve alarme, grava dupla e só depois descobre que registrou furto; assista
Um veículo Spin (placa – BDB4G80) foi furtado por uma dupla de bandidos, na manhã desta segunda-feira (15), no bairro Mercês, em Curitiba. A ação foi filmada por um morador da região (veja abaixo). Em entrevista à Banda B, Rosa Odete, dona do veículo, disse que a testemunha resolveu fazer a gravação após se incomodar com o barulho do alarme, mesmo sem saber que, na verdade, se tratava de um…
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Quente como o inferno
Emanuel fica surpreso quando Vicente conta sobre os assédios de Hugo.
[Emanuel]- filho, eu...te agradeço por ter me contado. Te peço que o ignore.
[Vicente]- como assim, pai? Não acredito que esteja me pedindo pra fazer só isso, você ouviu mesmo o que eu falei?
[Emanuel]- sim.
[Lilo]- calma aí, Emanuel, me desculpe a intromissão, mas te vendo falar assim, até parece que você sabia.
[Emanuel respira fundo]- não sobre o Vicente, mas...isso chegou a acontecer outras vezes.
[Vicente]- pai, como você permite? O cara tá te fazendo de idiota, além de ser um encostado, ainda te trai na cara dura!
[Emanuel]- Vicente, eu te peço, não se meta. Mais uma vez, obrigado por ter sido sincero, mas da minha vida cuido eu.
[Vicente]- não. Esse assunto também é meu, pai. Que porra de autoestima é essa que tá te faltando?
Nesse momento, Hugo aparece.
[Hugo]- oi, Vicente, oi, Lilo. Tô atrapalhando alguma coisa, amor?
[Emanuel]- não, amor, fique à vontade. Os meninos...vieram pra almoçar.
[Vicente]- agradeço, mas já estamos indo.
Vicente encara Hugo e sai, acompanhado por Lilo.
Odete e Silvana mentem para Bárbara.
[Silvana]- não, é que...estávamos falando da viagem que a sua turma vai fazer. O Edmundo será o tutor de vocês, não é?
[Bárbara]- sim, por quê?
[Odete]- ah, filha, eu estou querendo colocar mais uma pessoa pra acompanhá-los.
[Bárbara]- por que, mãe? O Edmundo é o nosso melhor professor, todo mundo adora ele.
[Odete]- mas é que vocês formam uma turma grande, coitado, ele não vai dar conta de tanta gente. Por isso eu tava pedindo pra Sil ir junto.
[Silvana]- isso.
[Bárbara]- hum. E o que isso tem a ver com vingança?
[Silvana]- vingança?
[Odete]- que vingança, Bárbara? Você está ouvindo demais.
[Bárbara]- ah, mãe, cê tá me achando com cara de idiota?
[Silvana]- não fala assim com a sua mãe, nós não temos motivo pra mentir. Bom, preciso ir. A gente se vê, amiga.
[Odete]- tá bom, amiga. Até amanhã.
Tadeu diz a Úrsula que não tem onde ficar.
[Tadeu]- eu tava numa pensão, mas a dona me mandou embora. Disse que...ia alugar pra outras pessoas por um preço melhor, enfim.
[Úrsula]- tá, e o que você quer que eu faça?
[Tadeu]- que me aceite de volta. Pelo menos até eu encontrar outro lugar.
[Úrsula ri]- cê acha que tudo é fácil, né?
[Amanda]- ai, amiga, coitado.
[Úrsula]- miguxa, só fala quando eu der o ok, pode ser? Beleza.
[Tadeu]- Úrsula, eu sei que não estamos mais juntos, mas...
[Úrsula]- aí é que tá o ponto. Não temos mais vínculo nenhum. Nem de amizade, olha que pena.
[Tadeu]- me diz o que você quer.
[Úrsula]- huuum, deixa eu pensar...quero que me pague um aluguel mensal. E que faça todos. Absolutamente TODOS os afazeres da casa.
[Tadeu]- o quê?!
[Úrsula]- é pegar ou largar.
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