#Daqueles filmes que esperava uma coisa
Explore tagged Tumblr posts
victor1990hugo · 2 years ago
Text
Tumblr media
0 notes
surrealsubversivo · 2 years ago
Text
22 anos e mais mil formas de se sentir vivo
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Eu tenho passado horas no supermercado em busca de aromas artificiais do sabor de tangerina, opa, olha só eu mais uma vez perdido em uma seção de produtos nada confiáveis desse cheiro maravilhoso. A vida jovem adulta chega e você começa a desenvolver hábitos peculiares. Tenho olhado para os espelhos apreciando aquilo que eles chamam de existência. A existência é mesmo uma coisa fascinante, não? olhar para pele, dedos, mãos e sentir o seu coração bater. É curioso, como levamos tempo para aprendermos a amar quem realmente somos; para desvendar que talvez tenhamos mesmo que conviver com os nossos traumas, para compreender, por exemplo, que você pode levar a si mesmo até ao cinema no meio da tarde de uma segunda-feira, para esclarecer, de uma vez por todas, que os filmes sobre os vinte e dois são mesmo uma grande bobagem. Separamos os nossos melhores momentos para colocarmos nas vitrines virtuais, e escondemos a vida como realmente ela é. Okay, eu estou aprendendo a lidar com o fato do arroz ter acabado de queimar, estou aceitando se não existe absolutamente nenhum cara gato apaixonado por mim ou até mesmo se precisarei recomeçar novamente a organizar o meu quarto pela vigésima vez nessa semana. Quando lembro do garoto que eu era e agora para o que eu estou me tornando, mergulho o mais fundo na água gelada verde da cachoeira afim de encontrar eu mesmo em uma dessas pedras no fundo. Ás vezes, eu encontro quem eu esperava, ás vezes, descubro mais mil versões de mim mesmo implorando para serem o que são. Não há como voltar para as portas do passado e tentar resgatar quem você foi, aprenda com aquele coração a moldar as novas versões de ti mesmo. A vida te faz perceber que nada é para sempre, tudo pode mudar, nenhuma dor ou sofrimento é eterno, doce criança, nenhuma alegria ou euforia te consumiram até o fim. De uma hora para a outro, o tempo passa, e você começa a ver beleza em seus caninos maiores que o normal. O sino da igreja toca às cinco da tarde, e eu me perco em mais um sebo com palavras que não faço a mínima ideia do que significam, sorrio para a civilização se reconstruindo pós uma pandemia muito doida e deixo os meus fones de ouvidos continuarem nutrindo o futuro que tanto quero. Eu tenho vinte e dois e agora eu tenho mais uma chance de respirar ar fresco, de passar pelos lugares com esse sorriso que me invade como ondas do mar, de puxar oxigênio e fazer uma oração antes de dormir. Esses dias a minha psicóloga me falou sobre o conceito de plasticidade neural, que é basicamente a capacidade do nosso cérebro de aprender coisas novas sempre que quer. Juro que quero aprender cada vez mais, quero aprender a beijar aqueles lábios cor de terra embaixo de uma pracinha cheia de árvores, quero desafiar a minha respiração com mais uma corrida até um novo kilômetro, quero olhar no fundo daqueles olhinhos e dizer o quão importante eles são.
Eu tenho vinte e dois anos e uma sede insaciável de se sentir vivo.
36 notes · View notes
atheartbreakhotels · 2 years ago
Text
Black Swan: Austin Butler X Leitora
Tumblr media
Capítulo 2: Singularidade
Avisos: Conteúdo sexual e sangue.
Trechos finais desse capítulo são intencionalmente confusos.
O Maverick 1974 era – sem trocadilhos – um velho conhecido das ruas do Soho, e de toda Nova Iorque, assim como seu dono. Cada pedra e centímetro de concreto, que ajudavam a erguer aquela cidade conheciam, e guardavam o grande e sombrio segredo do loiro alto de estonteantes olhos azuis tempestuosos.
Olhos azuis que com frequência se tornavam vermelhos.
- Foi quase um milagre conseguir um aluguel nesse valor deste lado da cidade. – S/N comentou quando pararam no cruzamento a menos de um quarteirão do seu apartamento.
- Mesmo sendo estando numa localização tão boa como você diz é um excelente valor. Já vi pedirem em apartamentos como o seu praticamente o dobro. Tudo por ficar no Soho, mas longe das melhores áreas. – a voz rouca de Austin encobrindo a inconfundível de Stevie Nicks, que saía baixa pelos autofalantes do invejável sistema de som instalado no automóvel.
- A corretora que me ajudou a achar o meu apartamento falou a mesma coisa. – ela disse.
- Você teve muita sorte. – a mão pousada casualmente no cambio, enquanto esperava o sinal abrir.
Os efeitos da compulsão já haviam praticamente se extinguidos nela, mostrando que dali por diante que o acontecesse dali por diante tudo seria acontecesse seria, como precisava ser espontâneo por parte dela. Tudo corria como planejado. Por isso, a “empolgante” conversa sobre mercado imobiliário. Ele só precisava se certificar que ela estava pensando por conta própria naquele momento.
E por outro lado, tudo que ele precisava naquele momento era de um assunto que desviasse seu foco do cheiro dela, que ele podia sentir se espalhando por cada canto do seu carro. Se apropriando de cada centímetro. Impregnando no couro do acento e no revestimento interno do veiculo. O cheiro de S/N já estava em suas roupas, marcando a pele onde ele havia sentido o seu toque. Era quase – e mesmo que de forma inconsciente – como se a garota estivesse marcando território. E se realmente assim fosse o imortal começava a pensar que passaria a existência queimando de desejo pelo sangue dela.
- Logo que voltei para cidade o Soho foi o primeiro lugar que pensei em morar, - ele dizia quando o sinal abriu voltando a colocar o automóvel em movimento – Mas sempre gostei muito da arquitetura histórica de TriBeCa. Mas foi o festival de filmes na primavera foi decisivo para que eu ficasse por lá de uma vez. Você chegou a procurar alguma coisa por lá?
Ela afirmou com um aceno – Mas não havia nada dentro do meu orçamento na época...
- Uma pena. Porque é um excelente lugar para se viver. – ele colocou.
- Imagino...Você pode entrar a próxima direita e a segunda a esquerda. – ela informou enquanto o carro preto avançava pela rua pouco movimentada na área mais residencial de um dos mais famosos bairros de Manhattan. – No prédio de tijolos.
Austin logo se viu em uma rua praticamente vazia, porém iluminada e muito bem-cuidada, um daqueles lugares que uma família escolheria para morar. À medida que o Maverick ia avançando, o prédio simpático de quatro andares com seus tijolos vermelhos se destacava de forma quase graciosa entre os prédios de cores suaves, na rua pontilhada por árvores baixas. Um lugar pitoresco na selva de concreto e telões de led que era a cidade de Nova Iorque.
- Parece um lugar agradável. – ele falou quando começou a manobrar para estacionar.
- A melhor escolha que eu podia ter feito. – a pontada de orgulho na voz dela era evidente. O orgulho por suas pequenas conquistas.
Fazia muito tempo que o vampiro não ouvia um humano valorizando suas pequenas vitórias, por menores que elas parecessem ser, mas não ela. S/N parecia diferente de todas as garotas que tinham cruzado seu caminho, ou ele o delas, ela realmente se interessava em ouvir e ser ouvida. Ao contrario das outras que sempre davam um jeito de acabar com o seu pau na boca em algum momento. Não que ele em algum momento tivesse reclamado, em muitos parecia muito necessário manter aquelas garotas com a boca ocupada, mas daquela vez tudo estava diferente.
E Austin se pegou apreciando aquilo.
Pelo menos até a sua laringe latejar dolorosamente, ele quase podia escutar o seu eu mais jovem, e mais impaciente, gritando porque ele estava demorando tanto para foder e enfiar os dentes de uma vez naquela garota. O fato é que ficar confinado com ela e o seu cheiro arrebatador dentro daquele carro durante os últimos vinte e poucos minutos havia sido um ato de bravura.
Quase uma loucura.
Austin percebeu pelo canto o olho S/N fazer menção para destrancar a porta do passageiro, assim que ele girou a chave para desligar o motor.
- O que você acha que está fazendo, minha senhora?! – ele chamou fazendo-a congelar no meio da ação, o personagem cavalheiresco do estacionamento estava de volta.
- Eu achei que...
- Não. Comigo você não precisa fazer esforço algum. – disse destrancando a porta ao seu lado e saindo para o frio da noite antes que ela pudesse ao menos reagir.
O efeito do ar congelante em sua garganta maltratada foi muito bem-vindo, um alivio paliativo antes da satisfação definitiva.
Ele contornou o carro até a porta do passageiro para abri-la – Permita-me – disse inclinando-se ligeiramente e oferecendo a mão a S/N, que aceitou prontamente.
- Eu só preciso de te avisar que não tem elevador e eu moro no terceiro andar – ela disse num sorriso ao descer.
- Para mim isso não é um problema. – sorriu de volta enquanto empurrava a porta do carro que fechou com o som característico, antes de acionar o alarme.
- Um homem que não tem medo de desafios – ela falou puxando-o em direção aos poucos degraus que davam acesso à porta principal do edifício.
- Nunca . – ele disse com uma ferocidade velada
Austin docilmente se deixou ser conduzido por ela todo caminho até o interior do saguão, ainda pelo primeiro lance de escadas.  Pelo menos até chegar ao vão que levava ao lance de escadas para o segundo andar, quando a puxou de volta, e para os seus braços, empurrando-a contra a parede. O seu corpo contra o dela, quente e pulsante, ele se descobriu gostando muito da sensação que aquele ato lhe provocava. Assim como de ter os lábios dela nos dele, não só do sabor delicioso, mas de como se moldavam os seus. E de quão macios os dela eram.
O vampiro que Austin havia sido nas primeiras décadas de sua transformação, mais jovem e enfurecido, quis gritar que porra ele achava que estava fazendo, que não enfiava o pau e os dentes na garota de uma vez. Ela era uma só uma refeição, por mais incomumente deliciosa que ela fosse, era uma porra de uma refeição.
Ele nem ao menos deu ouvidos ao recém-criado vampiro há quase duzentos anos atrás. Não quando a protuberância ganhava forma no confinamento de suas calças. Ou, o desejo por aquela garota que pareceu crescer de alguma forma desassociada da sua sede por ela. Embora aquilo não quisesse dizer que ele não estaria bebendo do sangue de S/N, quando ele a fizesse gozar com força ao redor do seu pênis, porque ele estaria.
- Acho que nenhum morador ia gostar de flagrar a vizinha fodendo nas escadas. – ele disse ao interromper o beijo. O suspiro quase inaudível para os ouvidos humanos chegou aos ouvidos dele quando ela o sentiu endurecendo contra sua barriga.
- Não eu acho que não. – ela falou num levemente rouco dando-lhe um meio sorriso, o equilíbrio perfeito entre sensual e inocente.
 E lá estava àquela sensação de novo, ele começava a sentir que se não a sufocasse se tornaria algo muito próximo do familiar. Uma coisa que ameaçava lhe dominar.  E ele nunca havia gostado de se sentir daquele jeito. Quando sua humanidade, enfim lhe havia sido tirada, ele havia sido libertado da fraqueza da vulnerabilidade.
Os dois últimos lances de escadas foram feitos entre mais beijos roubados e risos baixos. E sem a inconveniência de um vizinho aparecendo, e Austin se vendo obrigado a fingir que havia sido surpreendido. Tudo quando ele perfeitamente podia ouvir os passos, o som do coração acelerado e a respiração ofegante pelo esforço. Vampiros antes de tudo eram excelentes atores, afinal, eles viviam uma interminável peça de teatro. Fingindo uma normalidade que havia sido apagada de suas vidas no minuto em que o coração deles parava de bater.
Assim como os outros andares inferiores o terceiro era iluminado por lâmpadas amarelas, as paredes num rosado discreto com piso em tacos de madeira clara combinando com as portas em cor marfim. O prédio estava em um silêncio aconchegante, quebrado por sons que só a audição apuradíssima do vampiro podia captar, como a conversas baixas de dois homens no primeiro andar e o ressonar de uma idosa no quarto do segundo apartamento à direita.
Contudo, nada daquilo importava quando os lábios de Austin estavam no pescoço de S/N e os braços ao redor da cintura. O que fazia do simples ato de procurar as chaves na bolsa de alça curta uma missão quase impossível para ela. O som dos suspiros excitados dela podia ser praticamente inaudível aos ouvidos humanos, ele podia ouvi-los como se eles enchessem todo corredor. E para o imortal era quase impossível resistir aquela jugular pulsando contra a ponta da sua língua. Os dentes doloridos, a ânsia de rasgar a pele delicada e, enfim, provar o liquido vermelho, que de tão ridiculamente próximo parecia provoca-lo.
- Eu estou atrapalhando você, baby. – ele disse ainda com os lábios colados na curva do pescoço moreno, onde ele pôde sentir o arrepio que percorreu o corpo dela.
- Talvez você esteja me distraindo um pouquinho, Austin. – admitiu enquanto um riso baixo e sem folego escapava.
- Nunca foi minha intensão. – os dentes dele roçaram delicadamente a pele que cobria a veia pulsante arrancando mais outro suspiro dos lábios cheios da garota.
- Então eu acho que devo manter uma distancia adequada para que você consiga achar suas chaves – ele riu contra pele dela antes de se afastar, os braços escorregando sem muita vontade para libera-la do abraço.
- Isso vai ser de grande ajuda, Sr. Butler.- ela retrucou num tom divertido.
- Sr. Butler, hein?! Eu gosto do som da sua voz dizendo isso. – apoiando o ombro na parede ao lado da porta marfim enquanto cruzava os braços sobre o peito, a malícia implícita na voz do imortal.
O som do coração de S/N falhando uma batida chegou aos ouvidos dele um pouco antes do som metálico das chaves sendo puxada para fora da bolsa. Em um silencio expectante, Austin a observou escolher entre as duas chaves existentes no chaveiro de flores encapsuladas no acrílico transparente. Com dedos ligeiramente trêmulos a garota conseguiu enfiar o metal na fechadura e destrancar a porta e abrindo-a. Com um olhar sobre o ombro antes de entrar no apartamento escuro.
Mesmo sabendo o que o esperava Austin descruzou os braços ao desencostar da parede para posicionar em frente à porta...E foi como sempre foi, desde  o dia 16 de novembro de 1823, dezesseis dias após sua criação, quando Antoine casualmente, lembrou-se de informa-lhe que um vampiro não poderia entrar em uma residência habitada por humanos sem um convite feito em alto e bom tom – isso depois do recém-criado fazer papel de idiota pelo menos duas vezes. O convite precisava ser feito expressamente pelo menos um dos moradores do lugar, não importando se a pessoa era dono ou locatário. O que importava é se a pessoa era quem morava no lugar.
A natureza, ou o que quer fosse, havia tentado criar uma barreira entre os humanos e criaturas iguais a ele. Mas os mortais sempre tiveram uma inclinação para a inconsequência, como se sempre estivessem colocando sua finitude à prova. E era daquela inconsequência que os vampiros se utilizavam para se alimentar deles.
Certamente foi a falta de som que chamou a atenção de S/N, quando ela acendeu a luz e retirou o cardigã jogando sobre o sofá branco acinzentado com convidativas almofadas em borgonha. A garota virou-se para encontra-lo ainda do lado de fora, as mãos enfiadas nos bolsos da calça bem cortada. Um sorriso meio-sorriso que combinava bem com o olhar cheio curioso em seu rosto, enquanto observava uma gravura minimalista envelhecida de Wuthering Heights, que ela havia provavelmente encontrado em uma feira de rua, e estava casualmente sobre um móvel e recostada em uma parede.
- O que você ainda está fazendo aí fora? – ela perguntou com uma ruga surgindo entre os olhos.
- Eu não sou de sair entrando na casa de todo mundo assim sabe...
- Assim como? Você está brincando? – ela perguntou genuinamente confusa. – Sem um convite formal?
- Você pode me chamar de antiquado. – ele falou dando de ombro – Mas foi assim que eu fui educado. Sempre me disseram que não se pode entrar na casa de ninguém sem ser convidado.
 Ela fez o caminho de volta para a porta parando a centímetros dele, separados somente por aquela maldita barreira invisível. Ela o olhou como se conseguisse enxerga-lo por trás da sua armadura cuidadosamente construída...Por um momento ele teve a certeza que S/N não faria o convite.
- Acho que seus pais devem ficar muito orgulhosos de terem educado tão bem o filho. – ela sorriu.
Ele simplesmente deu de ombros, evitando olhar nos rostos dos fantasmas que insistiam visita-lo nas horas mais inconvenientes.
- Então Austin, sinta-se convidado para entrar na minha casa. – ela falou a mão na direção dele.
- E eu aceito com todo prazer. – suas mãos indo segurar cuidadosamente o rosto dela enquanto atravessava o batente da porta.
Foi como mergulhar de cabeça no cheiro dela, a sensação mais inebriante que ele havia tido. Do chão ao teto, todo aquele lugar emanava o aroma da garota. Era impossível não estar ali sem que ele pensasse se era possível não sucumbir à fraqueza, e aquilo era só uma amostra do que devia estar por vir. Contudo, ele era um Malkavian, pouco conhecidos pelo bom senso, suscetíveis demais ao vício.
Se havia alguma reserva nos beijos do imortal esta ficou no corredor no milésimo de segundo que ele entrou no apartamento da humana.
 S/N nunca havia sido beijada daquele jeito, como se Austin quisesse alcançar sua alma, mas ao mesmo tempo como se ela fosse coisa mais preciosa da Terra. Tentar não gemer durante o beijo estava se tornando um desafio quase impossível. A forma que língua dele cariciava, ou melhor, saboreava a dela. O sabor da vodca persistente fazia de tudo ainda mais tentador. Mesmo de salto ela estava nas pontas dos pés para alcançar os lábios dele, mas ela também sentia que poderia começar a flutuar a qualquer momento.
- Eu preciso sentir mais de você. – ele disse interrompendo o beijo para fechar porta e tirar o sobretudo, revelando braços tonificados no tank top.
- Eu esperei por isso a noite toda. – ela admitiu quando ele voltou a tocá-la, afastando as grossas do macacão. Ela decidiu que gostava das mãos dele, da forma que elas a tocavam.
- Não mais do que eu. – voltando a beijar o pescoço dela mais outra vez, enquanto a mão se ocupava com o zíper lateral. – Eu preciso tirar você o mais rápido possível dessa roupa e dessas sandálias.
E no instante que ele conseguiu aquilo pela primeira vez na noite ela se sentiu expostas, ainda que continuasse com suas roupas intimas. As bochechas queimando de vergonha, como se pela primeira vez naquela noite ela tivesse consciência de quem ela era, e ele o cara mais deslumbrante que já havia cruzado o seu caminho. Mesmo que o olhar apreciativo no rosto de Austin contasse outra história.
- Ei, você não tem porque ficar tímida. – a voz mais rouca do que já havia estado durante toda noite – Você não tem ideia de como só ver você assim está me deixando duro. – ele disse envolvendo-a em seu braço, fazendo com que ela sentisse a inquestionável ereção petrificada contra sua barriga escondida sob a calça.
A umidade aquela altura já havia arruinado sua calcinha, ela nunca tinha sido tão responsiva como naquele momento. Quando seus lábios se encontraram novamente o beijo era repleto de urgência. S/N podia sentir o dorso das mãos de Austin como se ele estivesse testando o peso dos seus seios. A forma como ele a tocava era quase apreciativa. Quase como se estivesse a testando, até onde ela aguentaria.
Austin se pegou sendo envolvido calor do corpo dela contra o seu, tanto quanto pelo cheiro, sua sede dolorosa exigindo o sangue dela correndo garganta abaixo naquele momento. Dizer que ele estava impressionado e – levemente – orgulhoso da própria contenção seria uma perda de tempo. Mas ele precisa de algum alivio até o momento em que finalmente teria seus dentes cravados nela.
- S/N, eu preciso muito te provar. – a voz áspera, a evidencia da sequidão. – E eu quero fazer no seu quarto, na sua cama.
O sangue se acumulando mais uma vez nas maçãs só fizeram sentir ainda mais excitado e impossivelmente sedento. Ela assentiu timidamente, que lhe lembrou das mocinhas retraídas que ele cortejou, também visando o sangue delas. Ele podia ver o desejo mal contido nos olhos dela, enquanto soltava o fecho do sutiã e expunha o par de seios claros.
O apartamento de S/N era um daqueles apartamentos modernos que seguiam o estilo estúdio, o quarto era separado por uma meia-parede de vidro fosco e uma estrutura de ferro. A cama era convidativa, o lugar perfeito para sacia-la e, principalmente, o lugar perfeito para ela sacia-lo.
Gentilmente ele a fez deitar nos lençóis que cheiravam como ela. Austin livrou-se do tanq top junto com duas das três correntes que usava, ficando com mais fina, e das botas pretas. Ver a dona daquele aroma delicioso esperando por ele em meio aqueles lençóis era a personificação da noite perfeita.
- Você não tem ideia do que fez comigo desde o momento em que te vi – ele bem poderia dizer senti , enquanto a puxava pelos tornozelos para o final da cama. – Eu sabia que era com você que eu precisava terminar essa noite. – ele falava se deixando levar pela sensação ébria do aroma que adentrava por suas narinas e enchia seus pulmões paralisados. – O seu cheiro, o gosto que seus lábios tem...Você não ideia do que essas duas coisas podem fazer, S/N.. Eu nunca senti nada parecido – o nariz e a língua deslizavam pela panturrilha como se ele desejasse cheira-la e saboreá-la ao mesmo tempo.
O som do coração dela batendo forte e da respiração pesada dela abafavam todos os outros sons, fazendo com ele estivesse completamente cercado por ela. A expectativa nos olhos dela à medida que ele avançava era a coisa mais interessante de se assistir. Austin não conseguia tirar os olhos dos dela, a garota ansiando por qualquer coisa que ele tivesse para lhe dar.
A visão das veias aparentes sob a pele delicada da parte interna das coxas era a coisa mais tentadora que o imortal já havia visto. Contudo, o gemido necessitado que escapando dela – a realização de que ela precisava dele, que só ele podia sacia-la – fez dele o homem em uma missão, não era o desejo dele pelo sangue de S/N, mas a vontade de ouvir mais daquilo, mesmo que a secura o fizesse querer rugir de dor. Ele queria saber como era ter o nome sendo clamado por ela. Austin não tinha ideia do que estava acontecendo consigo. Não que ele foi um amante egoísta, mas daquela vez parecia diferente.  Ele só se sentia irresistivelmente atraído por ela, e nada daquilo tinha haver com aroma ou o sangue dela.
Quando a língua deslizou sobre o material delicado da calcinha outro gemido carente encheu o quarto. Ele redobrou seus cuidados naquela parte sensível, ele precisava do nome dele saindo da boca dela. Saber que era ele quem dominava não só o corpo, mas cada pensamento da humana naquele momento.
- Austin – ela gemeu agarrando os lençóis com força, enquanto ele continuava devasta-la.
Senti-la mesmo que sob o tecido da sua roupa intima era a melhor coisa que ele havia provado em dois séculos. Ainda mais responsiva do que ele imaginou que ela seria, era como se cada parte dela fosse feita para ser tocada por ele.  
- Aonde você havia se escondido todo esse tempo, humm? – o imortal indagou entre as ministrações.
- E você aond.. –foi com satisfação que ele escutou a voz dela morrer em um gemido lamentoso quando seus lábios se fecharam sobre clitóris sensível.
Ela era dele, pelo menos por àquelas horas, para que ele fizesse o que bem entendesse, para que ele maltratasse o seu centro quente e pulsante como fazia naquele momento. Sorvendo tudo que ela tinha para lhe dar. Enquanto ela se desmanchava em suspiros e lamentos e seus dedos estivessem entre os cabelos dele se agarrando como se a vida dela dependesse do prazer que ele – somente ele – estava lhe dando.
Todavia, ele não saía impune daquela tortura, mesmo com o leve alivio que aquilo proporcionava para sua garganta dolorida, ele se via duro como mármore dentro de suas calças, a glande vazando pré-sêmen incessantemente. O sabor dela em sua língua, os sons que ela fazia e a eminencia de, finalmente provar da iguaria que corria na quente nas veias de S/N, que jogava perversamente com ele.
- Eu preciso...preciso gozar. – ela anunciou num murmúrio, enquanto seus quadris perseguiam o alivio.
Em resposta o vampiro trabalhou de forma mais impiedosa, sua língua batendo sem cessar no minúsculo feixe de nervos, empurrando-a para o abismo que era o clímax dela. Logo ela se derramava em sua língua tentando arquear o corpo, mas sendo contida pela mão de Austin, enquanto o seu orgasmo desmoronava implacavelmente.
- Oh meu De...- a garota parecia não ser capaz de formar uma frase enquanto o loiro trabalhava para prolongar o máximo possível o seu ápice.
Havia certo orgulho de ter sido ele, e somente ele, quem a fazia desmoronar daquele jeito. O mesmo sentimento que aquele Austin, recém-criado, sentia ao ver mulheres vampira e humanas, se perdendo no prazer que ele lhes dava. O mesmo sentimento que se perdeu, diante do tédio da existência e da distancia, que se tornava cada vez maior, dos sentimentos genuinamente humanos.
Lentamente orgasmo foi cedendo, a respiração se acalmava, o corpo ainda estava tremulo pelos resquícios do clímax. Austin continuou acorrentando beijos pela barriga subindo para o vale entre os seios, deixando um rastro de umidade pelo caminho. Os dedos frouxos dela deslizaram dos cabelos curtos do imortal para os lençóis, enquanto as mãos dele foram para a calcinha dela, rasgando o material como se fosse papel.
- Você está sendo incrível, baby. – ele diz quando seus beijos alcançam a linha do queixo.
- E você destruindo as minhas roupas intimas. – ela disso em uma voz rouca fazendo-o rir contra os lábios dela.
- Só espero que não fosse uma das suas favoritas. – ele riu roçando os lábios nos dela enquanto seus dedos beliscavam o mamilo excitado dela.
- Você não tem com o quê se preocupar. – não resistindo a outro beijo.
Austin a ouviu suspirar ao sentir o próprio sabor em sua língua, os dedos dele correram livremente pela pele aveludada da barriga, encontrando o caminho para centro úmido e pulsante entre as pernas de S/N. Um som lamentoso escapou do fundo da garganta dela quando os dedos dele mal roçaram a carne sensibilizada pelo gozo recente. O indicador deslizou lentamente fazendo com que ela se agarrasse a ele, como se ele fosse o único ponto que a prendesse a Terra.
Ele nunca percebeu o quão fascinado ficou com aquela reação.
O toque era tão macio e rico, como a seda mais cara, e mais quente do que ele havia imaginado. A cada segundo que passava ele se convencia que ela havia sido feita para ser tocada por ele. Arruinada somente por ele. O dedo médio deslizou para dentro quando umidade se tornou abundante, massageando e esticando-a, preparando a garota para recebê-lo.
- Você é uma coisinha tão apertada, S/N. Eu só consigo imaginar como o meu pau se sentir bem aqui dentro. – ele disse partindo o beijo, enquanto os quadris dela dançavam no mesmo ritmo que os dedos dele.
- Tão perto... – o gemido sôfrego escapou dos lábios inchados.
- Isso mesmo, baby. É isso que eu quero você gozando para mim de novo. – e, mal aquelas palavras haviam sido ditas a liberação dela se derramava nos dedos dele com um grito mudo.
- O que você está pretendendo fazer comigo, Austin?  - ela perguntou sem folego enquanto seu ápice se acalmava.
- Fazer essa noite tão boa tanto para mim quanto para você. – falou fazendo-a suspirar ao escorregar os dedos suavemente para fora. – Eu preciso do meu pau dentro de você.
- Eu também preciso muito dele. – confessou.
Austin podia sentir o olhar dela acompanhado cada movimento seu desde o momento em que saiu da cama para se livrar das meias, da calça e de sua boxer. Aquela sensação de ser apreciado era diferente de tudo que ele já havia sentido. Normalmente, as mulheres de quem ele se alimentava acabavam simplesmente vendo-o como um pedaço de carne, elas sempre pareciam estar prestes a devora-lo. E se aquele olhar fascinado não fosse algo que ele considerasse normal, mesmo para um vampiro, ele se sentia impossivelmente mais duro.
Momentaneamente sem saber o que fazer ele viu S/N engatinhar até a ponta da cama para se ajoelhar aos seus pés.
- Você não...
- Shiiiiiiii...Eu só quero provar você um pouco. – os olhos dela encontrando os dele naquela posição, deixando-o sem palavras.
Ela parecia um presente depositado aos seus pés. Quando a mão pequena dela envolveu seu membro rígido, ainda maior do que já era, pareceu tão... certo. Como se ele tivesse sido feito para ser tocado por ela. Provado por ela. Austin assistiu a mão dela deslizando até a ponta, que expelia incessantemente o liquido viscoso do pré-gozo, para espalha-lo com o polegar pela glande. Aquele único movimento o fez choramingar de necessidade.
Hipnotizado ele a observou a língua dela brincar com a ponta vermelha raivosa para depois lambe-lo até a base e depois voltando para o ponto inicial. Ele tinha certeza que se ainda respirasse teria parado naquele momento. Ele já havia visto mulheres fazerem aquilo mais vezes do que podia contar, mas nenhuma delas tinha o olhar que aquela garota tinha no rosto. Havia uma curiosidade inocente, misturado com um desejo que ardia incandescente no fundo da íris dela, alguma coisa ameaçava consumi-lo.
Arruiná-lo.
Ele pensou que talvez valesse a pena se deixar consumir.
- Por favor, eu preciso estar dentro de você, S/N.  – ele disse agarrando-a firmemente pela nuca para coloca-la de pé em seguida, enquanto sua garganta em chamas lembrava-lhe porque ele estava ali. – E eu sei que você precisa de mim.
O cheiro dela parecia ainda mais exuberante naquele instante por causa carência latente entre as pernas.
- Desde quando você lê pensamentos, Austin? – a garota brincou, ao ser gentilmente empurrada de volta para cama.
- Você se surpreenderia com as coisas que eu posso fazer. – ele disse num sorriso sombrio, enquanto S/N se arrastava para os travesseiros e ele avançava para encurrala-la.
- Camisinha? – ela perguntou casualmente.
Os olhos dele de novo ganharam a aquela mescla de azul e vermelho – Acho que não precisamos disso, uma vez que eu estou limpo e você certamente está no controle de natalidade.
- Você tem toda razão. – concordou enquanto abria as pernas para recebê-lo.
Com cuidado para não colocar todo seu peso sobre S/N o imortal apoiou-se no antebraço, quando a mão do braço livre viajou até a base do pênis para alinha-lo com a entrada rosada e gotejante. Austin podia ouvir respiração quase inaudível, porém ofegante, e o coração acelerado pela expectativa.
- Porra... tão molhada, humm – ele disse num gemido quando a glande começou a entrar nela.
- Nunca... foi assim. – fechando os olhos com força.
- Não, não... –ele começou fazendo-a abrir os olhos- Eu preciso que você veja isso... Como você foi feita para me receber assim, S/N. – Austin nem fazia ideia porque estava falando aquelas coisas, mas pareciam tão certas. Parecia que aquilo poderia ser real, que havia peças que encaixavam tão perfeitamente, independentemente do que fossem feitas, que tinham sido feitas para se completarem. Como eles dois naquele momento.  
Ela fez o que ele pedia. Tão fascinada quanto o vampiro a humana assistia os dois se fundirem, se tornarem um só.
Polegada por polegada ele a sentia se abrindo, o envolvendo, se moldando ao seu formato. Por outro lado, ele parecia ter sido feito para aquele lugar, para estar embainhado por ela. Ele se perguntava de novo onde aquela garota havia se escondido. Por que ele havia demorado tanto para encontra-la?
- Apertada e tão quente...Tão frágil – ele falou com uma voz tremula, enquanto saía parcialmente só para voltar a repetir uma e mais outra vez, até os quadris de ambos se sincronizarem naquela dança irresistível.
Os suspiros e os gemidos dela foi o que ele teve em resposta assim como as unhas cravadas em suas costas.
- Tão cheia, Austin... – ela conseguiu falar num murmúrio.
Gradativamente o ar do quarto se tornava mais denso, o cheiro do sexo se misturando ao dela era algo arrebatador. Como ele havia passado duzentos longos anos de existência sem sentir aquele aroma ele não sabia. Diante dele todos os outros pareciam uma pálida tentativa de imitação do que deveria ser a essência do sangue humano.
O som úmido do roçar dos seus sexos enchia o pequeno quarto empurrando os dois para o centro de espiral de sensações que pareciam desafia-los. A necessidade crescente que os fazia não conseguir ter o suficiente um do outro.
- Tão boa pra mim...Me levando tão bem – seus quadris atacando os dela incessantemente.
E alguma coisa lhe dizia que se o seu coração ainda fosse capaz de bater estaria prestes a arrebentar naquele momento. Principalmente quando o nome dele saía da boca de S/N como se fosse uma prece. Um clamor. Uma suplica. Ou, como ele havia parecia ter encontrado o paraíso entre as pernas dela.
- Eu ...não sei quant...quanto tempo eu vou durar. – ela disse numa voz sobrecarregada, a cabeça ancorada no ombro dele.
Pela forma como ela começava a aperta-lo ele sabia que o orgasmo começava a avançar – Eu quero – ele disse fazendo com ela o olhasse – continuar por trás.
- Tudo bem. – ela concordou tremula.
Não demorou nada para que ele a tivesse apoiada nas próprias mãos e joelhos com suas palmas firmemente plantadas no quadril da garota o imortal embainhou-se mais uma vez nela. Naquela nova posição todas as sensações pareciam ter ganhado uma nova potencia. Austin havia achado com facilidade, novos e prazerosos lugares dentro dela. Quase como se soubesse que eles estavam lá, só esperando por ele.
O barulho úmido do sexo misturando-se com o som de pele formava uma sinfonia de intensos acordes, que era quebrado pelos sons dos gemidos e das palavras desconexas que saiam das bocas de ambos. Mas a sede de Austin estava em seu limite, ele precisava dela gozando logo e duro para aliviar aquele inferno em sua garganta.
- Eu preciso que você goze para mim, baby – ele falou numa voz carregada, quando seus dedos viajaram sem escalas direto para o clitóris dela. Indefesa S/N só conseguia gemer diante do ataque impiedoso dos dedos longos dele.
Quando os primeiros sinais do orgasmo dela despontaram, ele a trouxe mais para perto, quase na vertical, expondo o pescoço e a veia pulsante. O orgasmo agressivo caiu sobre a garota milésimos de segundos antes do imortal rasgar a pele frágil e a jugular com dentes afiados. A íris azul dando lugar ao rubro, quando a primeira e tímida leva vermelha tocou sua língua...
Nada em dois longos séculos o havia preparado para aquilo.
Nada em dois longos séculos havia se parecido minimamente com aquele sabor.
Sabores.
Todos os sangues que ele havia experimentado antes pareciam pálidos, doentios perto daquele, que naquele momento inundava sua boca. O alívio instantâneo em sua laringe torturada chegava a ser atordoante. Contudo, não se comparava ao que acontecia em seu paladar. Não se comparava ao liquido macio que tocava sua língua e descia por sua garganta. Ao sabor, ou melhor, sabores que se agrupavam em suas papilas, se reversando, e formando ricos, únicos e novos sabores. Ora doces. Ora ácidos. Ora doces arrematados pela caprichosa ardência apimentada. E ainda o leve sabor do Louis Roederer que ela havia tomado mais cedo.
Não é que ela uma garota com um sangue raro, S/N era uma singularidade. Ele mal podia acreditar em sua sorte.
Frenesi
Ele precisava parar.
Ele precisava parar antes que fosse tarde demais.
 O lado racional e equilibrado em sua mente lutava para voltar a ganhar espaço. Mas estranhamente seus ouvidos, desde o momento em que ele cravou, estavam atentos aos batimentos do coração dela. Coisa que ele havia parado de fazer na primeira década de sua criação. Ele simplesmente sabia quando parar ou não. Todavia, já havia algumas boas décadas que ele não matava ninguém enquanto se alimentava. E Austin não desejava recomeçar aquele padrão.
Não com ela.
Foram os movimentos erráticos dos quadris dele, anunciando eminencia do seu próprio apogeu, que o tiraram daquele quase delírio.  Daquele momento onde ele ficou a beira da insanidade. O vampiro começou a se afastar, não sem antes lamber a mordida fazendo desaparecer qualquer vestígio e estancar o sangramento, se deixando levar pelo clímax mais duro que já havia tido.
- Porra.. – ele dizia em abandono enquanto a enchia até a borda com seu sêmen grosso, porém estéreo.
Ele segurava a forma tremula dela em seus braços enquanto cavalgava o seu próprio orgasmo. Os quadris atacando languidamente os dela. Enquanto a liberação de ambos se misturava, escorrendo pelas coxas dela e pingando nos lençóis.
- Isso foi...- ela começou ainda enlaçada pelos braços dele.
- Eu sei...eu sei – o vampiro se limitou a dizer, ainda atordoado demais com o que havia acabado de acontecer.
Os abraços dele começaram a afrouxar quando finalmente conseguiu começar a se acalmar, percebendo a exaustão que recaía sobre a humana. Ambos gemeram baixo quando o membro parcialmente amolecido escorregou para fora da carne sensibilizada. Austin não conseguiu não se sentir orgulhoso de ver uma parte sua escorrendo dela, provando o quão bem ele a havia enchido.
- Eu preciso limpar você – ele disse com um sorriso brincando no canto dos lábios, ainda meio perdido em sua obra-prima.
- Têm toalhas na primeira porta do armário do banheiro. – ela falou quando a criatura fez menção em sair da cama.
Obviamente achar a porta do banheiro não foi um mistério, nem mesmo achar as toalhas e apanhar a do topo para umedecê-la com água morna na torneira da pia. De volta ao quarto ele podia vê-la com o rosto corado e a pela brilhante pela fina camada de suor os cabelos escuros espalhados graciosamente pelo travesseiro. Provavelmente a sua visão favorita dela naquela noite.
- Eu vou tentar ser o mais gentil possível. – ele disse ocupando o espaço vazio ao lado dela.
Ela só assentiu com um sorriso cansado.
Sob os suspiros leves da garota Austin conseguiu limpa-la dos fluidos que ainda escorriam dela. Há tempos ele não se sentia tão sensível após uma foda.
Mas, ele tinha plena consciência que havia sido mais que aquilo.
- Vem aqui. – ele disse depois de jogar a toalha para ponta da cama, puxando a manta jogada caprichosamente sobre a ponta para cobri-los ao ocupar o espaço vazio ao lado dela – Você parece exausta.
- Você acabou comigo. – ela disse arrastando-se para os braços dele, que estavam a sua espera.
- Acho que estamos empatados nisso. – ele riu enquanto ela se acomodava em seus braços.
Em dois longos séculos uma das coisas que Austin entendeu era que seres humanos eram criaturas de uma natureza carente. Em níveis diferentes, mas sempre existia uma necessidade intima, e muitas vezes não confessada, de um gesto de carinho. As mulheres principalmente. Aquilo não era uma visão machista, mas uma apenas constatação depois de um tempo de observação da natureza humana. Principalmente depois do sexo casual. Um abraço era um gesto que só em casos muito específicos ele ousava oferecer. Especialmente, porque eles eram o meio para o passo seguinte, o momento em que ele precisava apagar os vestígios da pele de suas vítimas. No caso do vampiro, as marcas de sua mordida, onde ele faria isso oferecendo algumas poucas gotas do seu próprio sangue a sua vítima, a fim de cura-la. O passo dois seria apagar parcialmente suas memórias, e por meio da compulsão fazê-las entender que aquilo se tratava de uma coisa única. Austin nunca estava interessado o suficiente para um segundo encontro...Pelo menos até aquela noite.
Diante de tudo o que havia acontecido instantes antes, ele não estava minimamente disposto a perder S/N com seu sangue único de vista. Porque ele sabia que eram raros os imortais que teriam a decência realmente disfrutar do sangue da garota sem sacrifica-la. Mesmo que em algum instante durante o momento em que se alimentava quase, ele mesmo tenha chegado perigosamente perder o controle sobre si mesmo...
Mais um motivo para mantê-la por perto, outra razão para não ir embora assim que ela adormecesse. Austin precisava aprender a lidar com aquela singularidade presente naquele sangue. Ser capaz de se controlar enquanto se alimentasse saber desfrutar sem despertar o vício. Sem coloca-la em risco, seria uma pena desperdiçar uma preciosidade daquelas porque ele quase se voltou a ser um recém-criado sem controle.
- Você tem muita literatura por aqui. – ele comentou observando a estante repleta de exemplares dos mais variados títulos.
- Eu amo histórias e literatura de uma forma geral. – disse reprimindo um bocejo. – Mas também faz parte do meu trabalho.
- Você é paga para ler? – um riso ecoou no fundo da sua garganta – Parece o emprego dos sonhos.
- Mais ou menos. Na realidade, eu trabalho com a equipe de marketing, mas eu também escrevo algumas das resenhas para o clube de assinantes da livraria. – Austin podia ouvir respiração dela começando a ficar mais cadenciada.
- Então eu estou falando com uma critica literária? – o seu tom era brincalhão.
- Frustrada talvez. – voz ficando cada vez mais preguiçosa. – Esse até foi o meu sonho durante a universidade, ...- S/N foi interrompida por mais outros bocejo e as pálpebras mais pesadas -..mas a vida adulta aconteceu com muitas contas para pagar.
Ele gostava do senso de humor realista dela, era como uma lufada de ar fresco, especialmente, para alguém que vivia lutando para não se perder dentro da própria mente.
- Essa é uma das desvantagens dessa fase da vida. Mas de uma forma ou de outra você conseguiu realizar o seu sonho. No final acabou não sendo tão ruim. – ele disse percebendo o corpo dela contra o seu lado e a cabeça seu ombro se tornando mais relaxado.
- Acho que sim...Você pode ter razão. – daquela vez a resposta demorou um pouco mais a chegar, os sinais que a inconsciência não demoraria a chegar.
Não levou mais que alguns poucos instantes para que ela estivesse completamente adormecida ao seu lado. O que lhe restava esperar ela entrar em sono profundo para que Austin lhe desse nada mais que algumas gotas do seu sangue. O que seria o suficiente para curar as marcas da mordida, deixando a pele intacta como antes, mas antes que a inconsciência – mesmo sem saber exatamente o quê – a avisasse que havia alguma coisa muito errada com o cara deitado ao seu lado. A falta de batimento cardíaco era o real motivo para tal reação, mesmo que na maior parte do tempo os humanos não prestassem atenção em tal detalhe, aquilo fazia diferença.
Era o que denunciava a humanidade de alguém.
Pacientemente o vampiro acompanhou ela passar pela etapa que a levaria do sono leve ao de conexão, o momento em que ela estaria prestes a entrar no sono profundo. Vinte décadas de pratica o havia tornado praticamente um especialista no procedimento, por isso, assim que percebeu a mudança de estágio ele fez rasgo mínimo com o canino à pele do pulso de onde imediatamente o liquido vermelho intenso começou a minar. O vampiro levou aquela região do braço, que logo estaria incólume, até os lábios entreabertos da garota deixando que vazasse algumas poucas gotas, que as engoliu com uma leve ruga entre as sobrancelhas. Então era só esperar o momento em que ela instintivamente se afastaria.
O que estava demorando em acontecer.
Austin já havia corrido os olhos pela estante no canto direito quarto repleta de autores que iam de clássicos medievais e vitorianos como, Oscar Wilde, Emily e Charlotte Brontë  e Charles Dickens a contemporâneos, James Joyce, Thomas Mann e Franz Kafka eram só alguns. Vários títulos que ele ficou genuinamente surpreso em encontrar, e outros nem tanto, mas não chegavam a ser uma decepção. E como ela disse escrever para o clube de assinantes da rede livrarias para a qual trabalhava o imortal deduziu que alguns dos livros deveriam fazer parte da demanda de trabalho.
Bem, havia se passado pouco mais de uma hora, e ela não havia menção alguma de se afastar. Por sua vez, com o braço em volta dela o loiro se viu encurralado sem conseguir se mover, sem acorda-la. Enquanto S/N estava muito bem aconchegada a ele, que possua vez, com sua sede saciada, começava achar o cheiro leve reconfortante, agora que o aroma pesado do sexo havia se dissipado. Era no mínimo inesperado se sentir daquele jeito, especialmente, quando o cheiro humano para criaturas como ele estava sempre ligado à alimentação e a copula. Nunca ao reconforto.
Há muito tempo sentimentos humanos como reconforto e aconchego havia se tornado uma sensação de uma função que não funcionava como deveria. Algo defeituoso e desgastado pelo tempo. Sentir aquilo era quase como uma descoberta de um sentimento desconhecido, como se pertencesse à vida de outra pessoa.
E talvez fosse aquilo mesmo.
Ele viu duas horas inteiras se passarem, se seus membros ainda fossem capazes de ficar dormente aquela altura seu braço direito estaria completamente inutilizado pelo resto da madrugada. Austin começava a se perguntar se era tarde demais para achar aquela garota estranha demais. Ou, muito ingênua, que com um sangue como aquele, era um verdadeiro milagre que ela ainda continuasse viva. Não com a quantidade de vampiros que circulam por Nova Iorque.
Austin esticou o braço para tentar alcançar a perna da calça jogada ao lado da cama, mas a súbita lembrança de ter deixado o celular no bolso do sobretudo o fez xingar de frustração. E ela nem ao menos havia deixado um livro sobre uma das mesas de cabeceira. Tudo que lhe restava era observar o quarto bem decorado. Ou, o que acabou atraindo, de forma irresistível, sua atenção à própria S/N. Era fascinante o quão pacifica ela parecia adormecida, como se nada no mundo pudesse perturba-la naquele momento. Ele observou cada recanto do rosto dela, como a nariz se encaixava bem com o rosto. Ou, como o lábio inferior parecia levemente mais cheio que o superior. E o discreto sinal de nascença no inicio da curva do pescoço do lado direito. O que deveria ser um incômodo alerta de que ele estava prestando atenção demais na humana não pareceu tão importante. A mão dela deitada daquela forma sobre o abdômen dele para Austin pareceu mais uma coisa digna de sua atenção naquela noite.
A noite sangrou para o dia sem que ele ao menos percebesse a mudança das cores no céu lá fora. A manhã do domingo cálido, nada lembrando a noite fria do dia anterior. Nem o som irritante do liquidificador dois andares abaixo, ligado por algum vizinho madrugador, foi capaz de tira-lo do seu estranho transe. Foram somente os primeiros sinais que ela estava a prestes a acordar que chamaram sua atenção, como a sútil mudança da respiração dela batendo em sua pele.
Era hora de começar a atuar. E, diga-se de passagem, ele era muito bom naquilo.
Com a sua audição e percepção apuradas de forma sobre-humana foi tudo com o que ele pôde contar, quando fechou os olhos, ainda sim, era como se não o tivesse feito. Todos os talentos que imortalidade havia lhe concedido, o poder de percepção era uma das características fundamentais de um vampiro. Era o que lhes tornava mestres na arte de ludibriar os humanos e vampiros recém-criados.
Aos poucos S/N começou a ficar mais desperta, mas não plenamente consciente ainda, ela afundou no travesseiro ao lado levando consigo seu toque quente. Austin franziu levemente o espaço entre as sobrancelhas, a perda de contato lhe provocou uma sensação desagradável que nunca havia experimentado.
- Para onde você está indo? – ele perguntou com a voz ainda mais rouca pela falta de uso.
- A lugar algum – ela num risinho enrouquecido. – Eu só imaginei que o seu braço podia estar dormente...Desculpe, mas eu me senti muito confortável. – a voz dela saiu tímida.
Ela se sentiu confortável, os olhos dele se abriram de súbito.
 Aquela frase era tão inesperada quanto se ela revelasse naquele momento que sabia qual era a real natureza dele. Talvez, ele devesse considera-la estranha, humanos não deviam se sentirem espontaneamente a vontade perto de alguém como ele. A presa não podia se sentir bem na companhia do predador. Ele devia começar considera-la estranha...Todavia, aquilo havia o emocionado.
Aquela garota havia conseguido fazer com que Austin sentisse um sentimento que jurava não ter mais capacidade de vivenciar.
Silencioso ele voltou-se para ela deitando-se de lado, apoiando a lateral cabeça no braço dobrado. O vampiro podia ouvir coração dela descompassando e viu os olhos dela ficarem sutilmente maiores, enquanto os dedos torceram nervosamente a ponta da manta. A respiração dela estava em suspenso. - A nossa noite foi incrível, não foi? – ele falou recebendo um tímido aceno de concordância, aquele era o momento onde pelo menos por parte dele um acordo seria selado. - Eu sei que isso pode parecer estranho... mas, eu quero continuar te vendo.. Eu também me senti muito bem com você. Também quero continuar te vendo. – ela admitiu de forma quase envergonhada. A cabeça curvada, mirando-o com um olhar submisso.  
O imortal sorriu satisfeito sentindo a pressão do sangue correndo direto para o membro pesado.
- Fico contente de ouvir isso. - dizia enquanto sua mão segurava o queixo dela. – O dia seguinte sempre parece meio nebuloso, não é?
- Acho que é por isso que muitos caras acabam indo embora antes do dia amanhecer.
- Talvez eu não seja como eles. – sugeriu num tom de arrogância velada.
- Hummm...Isso é bom de saber. – ela brincou quando a mão que estava em seu queixo foi para a cintura puxando-a para perto.
O suspiro que escapou dos lábios de S/N quando ela sentiu a ereção firme e úmida contra sua coxa. O cheiro se tornou mais sensual de uma forma tão sútil, e ao mesmo tempo tão envolvente que a cabeça dele pareceu mais leve. Imaginando que seria muito semelhante à sensação que alguém chapado teria. Ele teria que se acostumar com aquilo também.
- Eu quero que você fique de costas para mim. - ele disse mordiscando muito levemente o lábio inferior dela.
A hesitação nos olhos era tão perceptível quanto o cheiro dela dominando cada canto daquele apartamento.
- Eu nunca vou fazer nada que você não queira baby. Prometo que você vai gostar. – Austin deu seu sorriso mais charmoso. – Até agora eu não fiz nada que você não tenha gostado, não é?
- Tudo o que você fez foi realmente muito. Bom até demais – S/N sorriu fazendo a incerteza se desfazer gradativamente no rosto dela para em seguida fazer o que ele havia pedido.
Sem que o loiro ao menos precisasse dar alguma instrução às pernas da garota se abriram por espontânea vontade, enquanto o braço que estava dobrado sob a cabeça dele circundasse a cintura dela, e a mão errante do braço livre tocasse a carne superaquecida e encharcada. Austin roçava o queixo barbado no ombro dela enquanto seus dedos a acariciavam com uma gentileza agonizante. Suspiros torturados escapavam pelos lábios entreabertos da humana.
- Estou tão pronta para você – ela admitiu fracamente, quando de forma quase distraída o polegar dele roçou se clitóris, fazendo–a gemer em agonia. O cheiro parecia ainda mais excitante com a sede dele saciada.
- Você não tem ideia da tentação que é – o vampiro de disse raspando levemente os dentes na ponta orelha dela, quando os dedos se afastaram fazendo–a choramingar de frustração. A mão dele foi direito para a base do pênis vermelho e latejante. – Eu prometo que isso vai ser bom. – o calor dela parecia queima-lo enquanto ele guiava sua ereção para se acomodar entre as coxas dela. A excitação dela era pesada emanando de um cada dos seus poros. A união lasciva dos dois estava escondida sob a coberta, o pau duro dele imprensado entre as coxas e os lábios inferiores esfregando-se contra clitóris sensível dela.
- Isso é tão... – ela tentou dizer, mas sua voz se perdeu um gemido alto, enquanto eles se moviam juntos. Os dedos dele brincavam incansável com mamilo sensível do seio dela.
- Isso mesmo, baby. Aperte-se desse jeito mesmo em volta de mim. Você nasceu para ser pressionada contra o meu pau exatamente desse jeito. – ele confessou em meio a um lamento excitado. – Você está tão bem aconchegada.
- É tão gostoso...Você é tão grande. – Liz dizia se contorcendo contra ele, fazendo-o ter certeza que ela estava dolorosamente a beira do orgasmo.
Aquilo levou tudo de Austin para que ele não entrasse nela de uma vez sem aviso prévio algum. Os olhos dela estavam fechados com força enquanto suas unhas estavam fincadas no antebraço bronzeado. Quando a cabeça do pênis dele caprichosamente cutucou a entrada dela, apenas ligeiramente, deslizando magnificamente sobre clitóris dela, os gemidos sôfregos encheram cada centímetro do quarto.
- Tão duro...Tão molhado...
- Você falando essas coisas está me deixando quase lá, S/N – Austin falou fodendo-a tão forte e rápido. Era cru e carente como se ambos estivessem esperado a vida inteira por aquilo.
- Eu estou tão tão perto...- ela mal conseguindo conter o choro na voz.
- Eu também ...Eu também. – o timbre não estava muito diferente do dela.
A sensação decadente do orgasmo construiu-se impiedosamente sobre ambos, deixando mortal e imortal a beira do colapso mental. Avançando inclemente sobre fazendo-os derramar um para o outro no mesmo instante, quase como algo ensaiado. Os sons que escapavam das bocas deles era uma sinfonia harmônica em meio ao caos orgástico.
O som do coração dela batendo como se estivesse prestes a arrebentar foi a sua trilha sonora particular pessoal, enquanto a euforia do clímax se dissipava em seu corpo. Ele podia sentir o corpo dela ainda trêmulo pressionado ao seu. A respiração aos poucos dando sinais que se acalmaria, o mar depois de uma noite de tempestade.
- O que você acha de café da manhã? – perguntou Austin apoiando o queixo barbado no ombro dela.
- Você é de verdade mesmo? – ela devolveu divertida.
- Bem, eu acho que você não tem do que duvidar depois do que acabou acontecer. – a voz dele falhando enquanto sutilmente empurrava o quadril contra o dela, membro ainda entre as dobras dela, que gemeu baixo revelando-se tão sensível quanto ele.
- Ok. –  riu baixo. – Você tem um ponto.
- Um pouco mais do que isso eu diria.– ele disse esfregando levemente o queixo contra o ombro observando a pele dela se arrepiar.
- O que você quer dizer com isso?
- O meu pau ainda entre as suas pernas é mais que um ponto. – o riso dele foi abafado pelo beijo no ombro dela.
- Ok. Eu vou te deixar ganhar essa.
- Muito gentil da sua parte. Afinal, sou eu quem vou cozinhar. – ele divertiu-se. – Espero que você não se incomode se eu tomar um banho antes.
- Claro que não.– ela falou. – Eu preciso de um tempo para conseguir
- Mas antes eu preciso fazer uma coisa. – ele disse mexendo-se entre as pernas dela.
- Por favor...Sensível demais. – choramingou S/N.
- Eu sei... eu sei - ele suspirou saindo do meio das coxas dela para em seguida começar a sair da cama.
- Eu tenho escovas de dente novas na primeira gaveta do lado esquerdo. – ela avisou.
Ele assentiu enquanto fazia seu caminho pelo quarto – Obrigado.
Austin pôde sentir os olhos apreciativos dela em suas costas até sumir pela porta do banheiro minúsculo. A sensação de ser apreciado era algo estranho, ele estava acostumado com os olhares avaliativos e de desconfiança até de desdém. Toda sua existência foi marcada por aquilo, especialmente, quando outros vampiros descobriam por quem ele havia sido criado. Ele era escória entre os da própria espécie e de certa forma havia se acostumado com aquilo.
Afinal, poucos eram aqueles que ao menos fingiam vê-lo como um igual.
Em alguns minutos o cheiro dela era quase lavado de sua pele, se não fosse por aquele fundo sutil e quente que insistia em continuar se agarrando a ele. Uma lembrança muito bem-vinda do que agora ele podia desfrutar quando sua sede o atormentasse. Ou, quando quisesse ter em sua língua o mesmo sabor frutado aquecido que sentia naquele momento. O sexo ter sido insanamente bom fechava aquela caçada com chave-de-ouro.
E o que havia para ajustar o seria feito com o tempo.
Quando ele voltou ao quarto, parcialmente vestido, a encontrou já de pé, vestida com um roupão que remetia a um quimono curto digitando ao celular, enquanto perambulava sem rumo definido pelo quarto. S/N parecia frustrada o seu aroma havia se tornado sutilmente mais denso, a ruga entre as sobrancelhas funcionava como um reforço.
- Algum problema? – ele perguntou passando a mão pelos fios úmidos na região da nuca parando na frente dela e impedindo-a de continuar com sua perambulação sem sentido.
Ela só deu de ombros visivelmente não querendo se aprofundar no assunto. – Nada que valha a pena. – completou evasiva
- Humm.. – ele decidiu que talvez aquilo não fosse da conta – Então, esse poderia ser o momento ideal para ter o meu número nos seus contatos.
- Realmente essa parece ser uma excelente ideia. – ela sorriu pouco antes de acessar a agenda do dispositivo.
Não levou mais que meros instantes para que o nome de Austin com o emoji de um par de taças de champanhe figurasse.
- Acho que temos um símbolo. – o loiro divertiu-se quando S/N mostrou a tela do aparelho, ao enviar uma mensagem para o número conforme ele havia instruído.
- Acho que sim. – concordou – Você quer ajuda para encontrar as coisas na cozinha?
- Pode ir tomar o seu o banho, que quando voltar você vai ter o melhor café da manhã da sua vida. – ele disse presunçoso.
- Eu tenho cereal no armário e leite comum e de castanha na geladeira. – ela gracejou indo em direção ao banheiro.
Austin lança a ela um olhar falsamente ofendido, um leve sorriso brincando no canto da boca – Agora é uma questão de honra. – ele diz antes que ela desapareça pela porta.
Com ouvidos atentos Austin começou a se movimentar com sua velocidade sobre-humana em direção à pequena cozinha do apartamento. Localizando com facilidade os ingredientes que precisaria para preparar suas imbatíveis panquecas de limão. O gosto pela cozinha era uma das poucas coisas boas que a imortalidade não havia lhe tirado, assim como a necessidade de continuar consumindo comida humana.
Aquela descoberta havia sido tão surpreendente quanto saber que vampiros existiam. De certa forma um pouco decepcionante entender que todas aquelas histórias e contos que ele devorava noite após noite, depois que o trabalho na padaria acabava, estavam muito a quem do que era a sua nova espécie. O desapontamento com Willian Beckford, John Polidori e Ernest Theodore Hoffman, seus autores favoritos quando humano ainda lhe deixava um gosto ruim na boca. Tão ruim quanto o queijo duro e o pão de cevada torrada, que Antoine havia lhe dado embrulhado em um pedaço de imundo de pano.
- Se você quiser continuar com uma aparência minimamente humana vai precisar continuar comendo essas porcarias, garoto - ele lhe disse jogando sobre a mesa que tinha uma aparência não muito diferente ao do pacote improvisado. Austin lembrava-se exatamente o quão confuso se sentiu com aquela revelação, quase uma semana depois de ter recebido o Abraço – Não sei se você já se viu no espelho, mas sua cara de moço bem alimentado está começando a dar espaço para uma cara que daqui vai fazer com que até eu fuja de você, pequeno Aust.
Era óbvia que ele já havia notado a diferença, no final da tarde do anterior aquela conversa Austin já havia notado a diferença evidente em sua aparência. Como sua pele havia começado a perder a cor e textura elástica, lembrando muito algo como papel ressequido pelo tempo, uma coisa quase quebradiça. Olheiras arroxeadas e veias cada vez mais aparentem. O loiro dourado do cabelo comprido havia ganhado um tom esbranquiçado uma textura que parecia cada vez mais porosa. Sem contar quanto mais fria havia se tornado sua temperatura, que havia baixado pelo menos meio grau depois da sua criação.
Todavia, nem tudo naquela descoberta foi decepcionante, havia sido um prazer, pelo menos nas refeições posteriores, descobrir o quão apurado seu paladar havia se tornado. O quanto mais prazeroso o ato de se alimentar havia se tornado, consequentemente o ato de cozinhar também. E com dois séculos de existência Austin teve algum tempo, e dinheiro, para aperfeiçoar o seu talento.
Com todo mise en place* pronto, depois dos poucos segundos que Austin levou conhecendo a cozinha de S/N, ele se decidiu por uma receita simples, mas que por suas mãos se tornaria mais que aquilo. Panquecas de limão regado por um coulis* com os morangos frescos que havia encontrado na geladeira dela. Uma combinação que brincava com a acidez do morango e do limão e com a doçura do açúcar.
Ele queria surpreender à humana.
Começando a receita aquecendo o ovo da receita no micro-ondas por dez segundos para deixa-lo em temperatura ambiente, enquanto em sua velocidade humana misturou o leite e o limão espremido. Não demorou mais que alguns instantes para que diante dele estivesse uma massa lisa, resultado da mistura dos ingredientes secos e úmidos, que ele misturava delicadamente... O cabo de madeira da colher que ele usava esfarelou-se em sua mão para voltar à forma normal um milésimo de segundo depois.
Ele sabia o que aquilo significava.
Não...não, não ali. Não naquele momento. Não com uma humana a poucos metros dele. Austin num gesto, que para um observador casual parecia corriqueiro, observou seu relógio de pulso de visor quadrado. O Cartier para o desespero do vampiro se comportava da mesma forma que o seu relógio de bolso havia se comportado mais de um século e meio antes. O ponteiro das horas correndo a toda velocidade para trás assim como o ponteiro dos segundos. Enquanto o ponteiro dos minutos girava em seu curso normal. Ora rápido, ora lento.
Agora não, Austin pensou ouvindo seus dentes rangerem devido à pressão em sua mandíbula travada. Seus olhos subiram para encarar a parede revestida que havia virado uma massa densa que escorria em camadas grossas de branco para em seguida parecer intacta. O peito do vampiro subia e descia pesadamente, a raiva e a angustia se represavam em seu peito.
- Merda – ele sibilou quando percebeu sangue minar do rejunte da parede de revestimento cerâmico.
Logo gotas e gotas foram se assomando uma a outra e logo Austin tinha um véu vermelho de descendo pelas paredes descendo pelo balcão chegando até o chão. Avançando na direção aos pés do imortal atônito...Então já não era mais a cozinha de S/N, mas um lugar que ele conhecia ainda melhor.
Não era exatamente uma visão, mas também não era exatamente uma lembrança, apesar dele saber que dia era aquele, sobre o quê ele e o amigo que Austin mais sentia falta conversariam.
- O que acontece? – o sotaque cheio do sul perguntou divertido.
Os anéis pesados sobre a superfície de madeira do piano faiscavam sob os últimos raios do sol que iluminavam a cidade cravada no meio do deserto.
- Não acontece. – o vampiro respondeu displicente, enquanto equilibrava o copo com o Bourbon no braço do sofá semicircular. – Isso é só uma invenção de autor querendo vender livros.
- Então Bram Stoker era um filho da puta mercenário ? – ele sugeriu num tom bem-humorado.
- Você quem está falando isso...- Austin viu o Austin jogado relaxadamente no estofamento macio responder com um sorriso, enquanto o amigo ria descontraído.
- Boa.
Os dedos do homem de cabelos escuros correram habilmente sobre as teclas do piano produzindo um arranjo de notas doces e melancólicas. Austin atravessou o quarto vendo a si mesmo tomar mais outro gole da bebida forte, enquanto apanhava o controle remoto que ligava o trio de TVs embutidas na parede. O amigo continuava perdido nas notas da sua música emocional.
- Sabe o que seria divertido? – o amigo perguntou ainda executando o arranjo, quando ele se aproximou do piano.
Austin esperou que o ele de 1973 respondesse, mas ele parecia distraído demais com o velho programa de TV diante dos seus olhos.
- Sabe o que seria divertido? – os olhos de Austin se voltaram, quando a sala foi tomada por um silêncio súbito, para o homem no piano que o olhava diretamente – Sabe o que seria divertido? – a pergunta foi repetida.
- O quê? – a criatura perguntou mesmo sabendo para onde isso os levaria.
- Ver você se apaixonar por uma humana. – a resposta veio tão simples como a facilidade extraordinária que ele tinha para a música.
- Não, não seria divertido. Seria uma desgraça, tanto para mim quanto para ela. – Austin repetiu as mesmas palavras que havia dito cinquenta anos antes.
- Você realmente tem uma inclinação para o drama.
- E você devia assistir menos Monty Phyton. Essa coisa de humor absurdo está mexendo com o seu cérebro. – Austin falou com um sorriso cansado apoiando as mãos no metal sujo.
A tinta branca velha estava descascada em várias partes, aquilo parecia estranhamente familiar, assim como a sujeira e o sangue em suas mãos e embaixo das suas unhas. Austin levantou a cabeça deixando seus olhos vagarem pelo o ambiente que lhe lembrava dos mesmos em que ele havia perambulado com Antoine em suas primeiras décadas.
Hospícios e presídios abandonados haviam sido os lugares favoritos do seu criador, que os usava para se abrigar do sol, antes de conseguir seu anel de Cianita. Ou, para Austin tentar adormecer por algumas horas, já que ele havia descoberto seis semanas depois de ter ganhado sua imortalidade, que vampiros também precisavam descansar. Menos que os humanos, na realidade, mas a necessidade existia. Coisa que o vampiro que havia lhe dado o Abraço não achava essencial. Dormir segundo Antoine não permitia que um Malkavian fosse quem ele deveria ser.
 Austin!
Em total estado de alerta ele girou a cabeça na direção de onde havia vindo à voz. Com passos atabalhoados ele cambaleou pelo que parecia ser um consultório, empurrando do seu caminho a velha cadeira giratória, até a porta que dava para um corredor mergulhado na penumbra.
Austin!
- A-Ashley... Ash – ele gaguejou inseguro girando a maçaneta agarrando a maçaneta das portas duplas. O seu reflexo na envidraçado ele não poderia dizer que não o havia perturbado, o olhar ligeiramente perdido, que ele não via há décadas em si mesmo.
Os vidros das portas sacudiram violentamente quando elas foram abertas, por muito pouco não sendo arrancadas das dobradiças. Em sua velocidade sobre-humana ele atravessou o corredor só para encontrar o hall mal iluminado e vazio. Só o assovio do vento entrando por uma fresta numa janela do lado oposto era ouvido.
Os olhos dele varreram uma e outra vez, não havia sinal de ninguém a vista. Usando toda a capacidade de sua audição apurada, ele só conseguiu constatar que não havia mais ninguém naquele lugar além dele.
Só como sempre.
Austin fechou os olhos com força tentando sair daquela armadilha que sua mente havia lhe feito cair. Porque era aquilo o que era, mais uma armadilha preparada pelo lado pouco são de sua mente. Ele só precisava convencer a si mesmo que aquele ele estava sozinho...
Sozinho?
Não até um par de mãos agarrarem seu rosto, obrigando-o a abrir os olhos no mesmo instante para dar de cara com um par de olhos negros vazios e um sorriso maníaco com dentes amarelados. O rosto branco com pele seca de aparência quebradiça emoldurada por cabelos negros sem vida.
Antoine.
- Sua pequena obra-prima, pequeno Aust. – Antoine tentou afastar do aperto de ferro que comprimia os seus ossos com suas próprias. – Você devia tirar um tempo para apreciar o que acabou de fazer
- Eu não acabei de fazer nada. – ele disse forçando mais uma vez as mãos do outro vampiro para longe do seu rosto.
- Não?! – alguma coisa no tom da voz afetada de Antoine o paralisou. – Não me diga que você não responsável, filho. – disse comtemplado o salão exatasiado.
Corpos e mais corpos – algumas cabeças também - lavados em vermelho tomavam conta do hall, há algum instante atrás vazio. Um cenário não muito diferente de outros que ele mesmo já havia visto, ou, que ele mesmo havia sido responsável. Rostos que em sua maioria ele nem ao menos ele conseguia reconhecer, exceto por alguns, Melissa, Anna e o do garçom ruivo. A cabeça da tal de Kyle repousava nas costas de um homem que sem surpresa alguma Austin não também conseguia reconhecer.
- Eu não fiz isso. – ele balbuciou confuso voltando seu olhar para Antoine
- Claro que fez.  Nós dois sabemos que isso não é nada perto do que você pode fazer pequeno Aust. – o vampiro mais velho sorria orgulhoso. – Foi por causa da garota não foi? Eu não sabia que você poderia ser tão divertido quando se apaixona.
Atordoado seus voltaram-se para os corpos, pela primeira vez ele notou que havia sangue nas paredes, como se corpos houvessem sido lançados contra elas. Prestando atenção em si mesmo ele percebeu que suas mãos pingavam sangue, gotas grossas caiam em longos fios viscosos na ponta da bota e no chão coberto por uma camada grossa de poeira.
- Por que, Austin? – um novo par de mãos em seu rosto.
- A-Ash...Não fui eu. – ele nunca havia escutado tanto medo em sua voz.
- Por que, Austin? Por que?
Por que?
Por que, meu irmão?
Por que...
À medida que ela repetia a pergunta voz de Ashley ficava mais alta como se quisesse preencher cada espaço. Invadindo em cada espaço, enquanto ele sentia os ossos de sua mandíbula estalarem sob a força do aperto dela. Desde quando ela havia se tornado tão forte daquele jeito? Um grito agudo reverberou contra as paredes fazendo os vidros das janelas e portas estilhaçarem. Austin fechou os olhos quando sentiu que seus ossos do seu rosto podiam ganhar o mesmo destino.
- Seria uma desgraça, tanto para você quanto para ela. – ele ouviu a voz do amigo com uma emoção que ele não conseguia identificar.
O aperto em seu maxilar foi substituído por um par de mãos suaves mesmo que o segurasse com firmeza. A voz que o chamava o guiando para fora do caos formado em sua cabeça era irresistivelmente calma, apesar da apreensão implícita.
- Austin?! – a voz chamou- Austin?!
Os olhos dele se abriram de forma brusca enquanto ele se afastava aos tropeços das mãos de S/N, enquanto tentava reconhecer o lugar onde estava. Sua cabeça virando para todos os lados enquanto ele se certificava de que tudo havia voltado ao normal. Que a sua maldita visão havia, enfim, cessado.
- Você está bem? – ela perguntou com um tom tenso pela preocupação, fazendo com que ele o encarasse.
- O que você viu? – Austin perguntou num tom forçosamente controlado.
- E-eu não se...- ela gaguejou com o coração tão descompassado quanto seu folego.
- O que você viu? – voltou a interroga-la enquanto se esforçava para sufocar o rosnado que ameaçava escapar do seu peito. Lentamente ele avançava contra ela, como num jogo de presa e predador, mas para surpresa da criatura a humana não se móvel um milímetro do seu lugar. – O que você viu, S/N?
- Você meio catatônico no meio da minha cozinha. – ela disse num folego só. – Repetindo o mesmo pequeno gesto com as mãos, como se estivesse tendo uma crise de ansiedade. – ele paralisou com aquilo.
Austin sabia justamente do que ela estava falando, e não uma coisa exatamente desconhecida, assim como a sensação de medo que se enrolava com garras frias suas entranhas. Em sua existência ele raramente havia sentido aquilo, mas ainda sim, era o suficiente para que seus mecanismos primordiais de luta e fuga fossem acionados. Se ela seria o motivo da sua nova descida as masmorras da insanidade o melhor seria manter distancia. Mesmo com o sabor incomum de S/N persistindo no canto interno de língua.
Ou, a lembrança do cheiro ainda impregnado em sua pele mesmo depois do banho.
- E-eu preciso ir emb... – mão pequena em seu braço o deixou sem palavras.
- Tem certeza? – ela parecia genuinamente preocupada, apesar ligeiramente confusa – Você não parece muito bem para dirigir, Austin.
Ele não podia deixar que as coisas que havia sentido na noite anterior voltassem a acontecer. O imortal não tinha ideia, ou melhor, naquele momento tinha pequeno vislumbre, do que aquela garota podia estar começando a fazer com ele. Todavia, aquilo não podia começar a ganhar forma e corpo, se tratava da cadeia alimentar, e não de sentimentos. S/N entrava com seu sangue singular, e ele com os dentes, com o bônus de um sexo muito bom. Um dos melhores da sua existência se ele ousasse ser sincero consigo mesmo naquele momento.
- Eu preciso ir embora. – ele repetiu tentando parecer mais firme – Eu acho que fo... Eu só preciso ir, ok? – ele se apressou em dizer abaixando os olhos como o jovem tímido que ele foi em outra vida.
Austin quis dizer que aquilo havia sido um erro.
Mas havia uma parte dele que se recusava em acreditar naquilo, aquela confusa e doentiamente honesta, que se recusava a mentir, mesmo que a sinceridade não estivesse na ordem do dia. Aquele lado dele podia ser incapacitante.
Fugir sempre seria uma opção. Uma conveniente opção.
Ele se afastou indo em direção ao quarto para vestir suas meias e calçar suas botas, aliviado por não tê-la por perto para confundir ainda mais sua mente. S/N parecia atordoada demais com o que aquela manhã aparentemente perfeita havia se tornado. Bem, os humanos sempre podiam contar com um vampiro quebrado para tornar tudo que era primoroso em algo defeituoso, tão disfuncional quanto ele.
Ele com sua maldição eram a versão piorada do mito de Midas.
Austin havia acabado de vestir seu tank top quando ela entrou na sala, pela primeira vez ele percebeu a toalha cinza que envolvia o corpo dela. Era quase como se ele estivesse sendo tentado a ficar. A desafiar os seus últimos resquícios de sanidade, testar até onde eles poderiam aguentar. Mas não seria daquela vez.
Daquela vez ele precisava manter uma distância segura da humana.
Era ridículo.
- Você deveria procurar um médico...Vê o que isso pode ser. – S/N disse genuinamente preocupada.
O imortal riria se o olhar apreensivo no rosto dela não tivesse o emocionado. Ele só assentiu incapaz de falar, enquanto apanhava o sobretudo sobre o sofá.
- Obrigado pela noite. – ele disse observando-a por cima do ombro - E me desculpe pelo café da manhã.
- Tudo bem. – S/N falou numa tentativa falha de um sorriso, antes dele sair batendo a porta atrás de si.
Mise Em Place é um termo francês que significa “pôr em ordem, fazer disposição”. Também uma forma de dizer para preparar a cozinha para a confeccionar os pratos.
Coulis é uma forma de molho fino feito de legumes e frutas em purê e coados.
11 notes · View notes
madneocity-universe · 1 year ago
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Problematic Fave: Claudia Han
Todo o contexto e arranjos são pura suposição, uma vez que o rolê nem começou e eu só tenho de referência filmes sobre, então aquela mesma mensagem de sempre: pode e vai mudar em algum momento.
Mas vai continuar IMUNDO igual.
Pode ser seu primeiro término da vida, mas dói como se alguém tivesse atropelado seu coração com um caminhão.
No caminho pro acampamento, jogada no assento da janela no ônibus e olhando pro lado de fora como se estivesse em um videoclipe triste, ela só tem certeza de duas coisas: quer e vai se deprimir o verão inteiro até colar todos os caquinhos, e nunca, jamais, vai olhar pra outro menino.
— Isso vai ser só até alguém te interessar. — Cai Cheng se enfia na conversa entre ela e Kaira, apoiando o queixo em cima da cabeça de Hoo, olhando para Claudia como se ela fosse boba. Tão, tão inocente. — Não tem nada que cure dor de corno melhor do que alguém em cima de você de novo.
E ela se permite ficar perplexa, chocada, ao fazer uma careta e colocar os fones de ouvido no lugar.
— E o que te faz pensar que eu tenho interesse em alguém dessa escola falida?
A resposta vem horas depois, quando já estão todos no dito acampamento, achando realmente incrível aquela coisa toda de natureza e se conectar com a paz e liberdade, com ela pedindo ajuda para Zeno Min com as muitas malas que ela resolveu levar, e simplesmente retribuindo o favor com uma sessão de amassos enquanto todos estavam por ali fazendo qualquer outra coisa.
Então aquilo era ser beijada de verdade e segurada contra uma porta com força, por alguém que realmente queria ficar com ela? Porque nunca, nunca em todos aqueles meses ela tinha se sentido tão desejada e tão quente sob as mãos e lábios de alguém. Ela está derretendo, gemendo e tudo que ele faz é beijá-la, segurar as pernas dela até sentir que elas se enrolam em seus quadris, colocar ela na cama e cobrir ela com seu próprio corpo.
Ela tem plena consciência que sua calcinha está grudada e que ele está duro, e que só tem uma coisa no mundo que pode tirar ela daquele torpor de tesão quando se afasta dele pra tomar fôlego: responsabilidade, muita, muita responsabilidade.
— Por favor, não se sinta usado por mim só porque eu terminei com meu namorado e disse… Uns segundos atrás que eu queria muito dar pra você. — Ela solta de uma vez e sem fôlego, os olhos aflitos ao segurar o rosto do garoto, os lábios inchados e vermelhos naquele ponto. — Eu quero mesmo, mesmo ficar com você e acho você gostoso, mas eu vou entender se você não quiser que seja assim.
Não esperava mesmo que a resposta fosse ser que ele queria mais era ajudá-la a esquecer daquele inconveniente, e que faria aquilo expulsando a alma dela do corpo, mas todas as suas preocupações foram com Deus quando ele abriu as pernas dela e achou de bom tom chupar seu clitóris e lamber sua buceta até que ela estivesse tremendo com lágrimas nos olhos. Ela jura que é o prazer inundando seus pensamentos, mas também é o fato de que ela não precisou pedir por aquilo e não teve que dar nada em troca. O fato de que ele estava mesmo mais focado nela do que em qualquer outra coisa.
— Isso é tão, tão bom… — Mas ele com certeza sabe, com o quão alto ela está choramingando e o fato de que não importa o quanto ele lamba, ela continua pingando por causa dele. Se segurando muito pra não mover os quadris contra seu rosto. — Eu posso por favor…?
E ficando absurdamente satisfeita e aliviada quando ele deixa, achando a coisa mais deliciosa e sensual do mundo poder prender suavemente a cabeça dele no lugar com uma das mãos e simplesmente usar o rosto dele como ela quer. Então aquilo, aquilo era sexo bom de verdade.
E podia mesmo ficar ainda melhor.
Ela não faz ideia se é a urgência ou se eles acharam mais prático na hora, mas é absurdo de imundo o quão gostosa ela se sente quando ele simplesmente sobe o vestido dela até a cintura e o mantém lá, como se não visse a hora de foder ela depois de mandar ela ficar de quatro e empinar a bunda pra ele. O jeito como ele alisa sua pele, acerta um tapa pesado dos dois lados e passa o pau entre as bochechas como se ela precisasse sentir o que ele ia fazer caber dentro dela.
Então a maneira como ela pede, doce e ansiosa, por ele.
— Eu preciso de você dentro de mim, por favor.
E ganha a melhor foda da vida dela.
É tão profundo que ela acha que vai desmaiar na primeira estocada, que alarga sua buceta e faz ela revirar os olhos soltando um gemido desesperado, sentindo ele por dentro com cada centímetro que ele mete deliciosamente devagar. Ele se sente tão bem empalando ela com aquele caralho grande, tão mais grosso e duro que aquele inconveniente jamais seria, parecendo ficar impossivelmente maior e mais pesado a cada metida em sua buceta escorrendo e doendo de tanto o apertar por dentro.
Ela adora, ela ama como ele a fode com força como se quisesse a quebrar, segurando os quadris dela no lugar como se ela pudesse realmente escorregar para fora da cama e pra longe das investidas dele, enquanto ela chora e grita sem pudor algum, desesperada por tudo que ele tem pra ela.
— Fode mais, porra. — Ela implora soluçando de prazer, rebolando com o pau dele enterrado nela. — Soca a minha buceta.
E aí que ela realmente acha que vai entrar em colapso quando ele maceta ela pra valer depois? Ninguém podia dizer que ela não estar dando um jeito de curar o coração partido dando pra um grande gostoso, gozando um sem número de vezes, como praticamente tinham recomendado pra ela.
Ex-namorado traidor e insensível? Nunca mais lembrou.
2 notes · View notes
amoranardi · 28 days ago
Text
Texto de hoje: Sempre desejada, nunca escolhida.
Há uns tempos, vi um vídeo que me chamou muito a atenção. Para quem já conhece o filme “A noiva cadáver”, de Tim Burton, irá entender melhor. Dentro de um contexto maior, essa frase foi falada pelo ex da noiva cadáver, personagem principal da trama.
Calhou muito com a ligação de hoje que eu recebi. Um desabafo de uma pessoa muito querida sofrendo por uma situação do passado que a está rondando. O contexto? Bom, o pior de todos. Enquanto eles estavam juntos, (vamos chamá-lo de D.) D. nunca assumiu o relacionamento, nunca disse que sequer gostava dela, pelo contrário, uma vez ele a encontrou pessoalmente para enumerar todas as mulheres que havia se relacionado enquanto ela esperava ansiosamente por ele. Pensem num relacionamento abusivo, tóxico e vocês ainda falharão. Ela definitivamente sofreu coisas que eu não consigo enumerar aqui, tais como a noiva cadáver.
Hoje, eu a ouvindo falar, tive que a interromper para lembrá-la de que ela não deve nada a ele, muito menos consideração, respeito ou qualquer coisa do tipo. Por mais nobre que isso fosse e a entendo por ser assim, visto que também sou, entretanto, a vida nos ensina que nem todos merecem isso de nós.
Há alguns meses ele a vem perseguindo, ligando, insistindo. Ela está em outro estado e ele em outro país. Ele, casado, ela também. Várias vezes ela já falou com todas as letras: EU NÃO QUERO MAIS VOCÊ.
Passei a noite me indagando o porquê disso tudo, qual seria o aprendizado dessa situação caótica?
A própria espiritualidade já havia revelado que isso aconteceria, mas esse é mais um daqueles episódios que soam tão loucos, que a gente não acredita.
15 anos depois a pessoa perceber que perdeu o grande amor da vida dela. E aí bater o que eu chamo de dor de cu.
Aí me veio alguns pensamentos sobre, eu entendo, pois já passei por isso e já ouvi isso algumas vezes de pessoas que me perderam. Faz parte.
Infelizmente, existem pessoas que não estão em sintonia e se relacionam, porém se machucam, então se afastam. E aí e só aí quando tudo se acalma, as pessoas percebem que perderam pessoas incríveis.
E arrependimento não faz ninguém voltar atrás.
Nem o tempo volta.
Segundas chances são regadas de lembranças e mágoas.
Ao mesmo tempo, eu penso que ninguém hoje em dia se dá muito ao trabalho de consertar as coisas, não sobre o caso do D. e da moça, esse caso não. Mas na vida... Eu entro nessa roda, pois eu sempre optei por bloquear esse tipo de gente que me machuca porque se sente no direito. Mesmo assim, algumas pessoas me procuraram durante a minha vida e eu finalizei os ciclos, sinto-me totalmente bem resolvida, sem nenhuma ponta solta por aí.
Provavelmente, o que se pode ter por aí é alguém com muitas lembranças minhas, muitas recordações que não vão voltar. Pertencem ao instante, ao momento e não a alguém.
Por Amora Nardi
1 note · View note
verzweifeltcharlotte · 2 months ago
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Acordei com um nó na garganta depois de mais um pesadelo sobre o trauma do dia anterior. Demorei um pouco para abrir os olhos — infelizmente, foi difícil pegar no sono sem lembrar do inferno que eu passei ao fechá-los. Os gritos de dor e desespero dos inquilinos, as crianças que não paravam de chorar sem os seus pais, e todo o caos daquele dia passavam pela minha mente como um filme de terror. Olhei para a janela; o sol ainda estava escondido atrás das montanhas, o céu em um tom azul e lilás, misturando-se como em um abraço. Fleumática, Camilla Robert continuava dormindo, enquanto eu sentia um pouco de inveja de um sono tão bom quanto o dela. Suspirei, peguei o meu celular, e ainda eram cinco da manhã, mais exatamente: 5:41. Havia inúmeras mensagens na tela de bloqueio, de amigos e de seguidores. Eu posso estar sendo um pouco bobo, mas não era sempre que as pessoas que me conheciam mostravam tanto cuidado. Ri. E se eu estivesse morto agora?
Primeiro, entrei na minha conversa com Lee Hankyeom, que havia me enviado mais de 100 mensagens preocupada. Porém, meu foco foi para a mensagem em tempo real de Shin Donggyu: "Você tá acordado?" Então, me lembrei: antes de todo o ocorrido, eu estava em ligação com ele. Me senti um pouco mal por não ter avisado que estava bem. Aliás, não achei que a notícia fosse chegar tão rápido aos meus amigos, e pensei que conseguiria ser o primeiro a avisar, assim eles saberiam que eu estava bem.
Levantei-me do colchão que estava no chão, evitando fazer qualquer barulho que acordasse minha melhor amiga, e fui em direção à cozinha. Entrei na conversa do mais velho e comecei a ler tudo o que ele havia me enviado anteriormente, provavelmente cedo lá, mas tarde aqui.
────────── 📨
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Sorrindo feito um tolo, saí da minha conversa com Donggyu e a primeira coisa que fiz foi mandar mensagem para meus dois melhores amigos no nosso grupo. Ambos responderam no mesmo instante; parecia que já estavam esperando algum sinal de vida meu. Recebi uma ligação de Hankyeom e atendi sem pensar duas vezes, ainda com um sorriso, enquanto esperava ela dizer algo.
— Amigo… — sua voz trêmula, então começou a chorar. — Eu achei que você tinha morrido! Como eu iria viver sabendo que mais um dos meus melhores amigos morreu? Eu já sou tão ferrada da vida.
— Fica calma, amiga. Eu tô vivo. — ri sem graça com a preocupação dela.
— Como vou ficar calma sabendo que o prédio em que você morava simplesmente desabou!? Uma bomba explodiu no apartamento ao lado do seu. — disse Hankyeom, ainda nervosa.
— Uma bomba? Quem te falou isso? — perguntei, chocado.
— No jornal. Eles investigaram e descobriram que, na verdade, o cara que morava naquele apartamento mexia com bombas, e meio que acabou explodindo uma das que fazia. — ela falou seriamente, em um tom levemente assustador.
— Nossa, eu nunca nem vi o dono daquele apartamento. — comentei, ainda surpreso com a revelação.
— Enfim, você vai voltar para a Coreia!? — perguntou a mais nova, cheia de esperança.
— É, eu quero voltar. — respondi, pesquisando algumas passagens.
— SÉRIO!? AI, QUE BOM! — ela gritou animadamente, parando de chorar. — Quando você vem?
— Não sei, preciso ver a passagem, né. Provavelmente vou voltar para o meu antigo apartamento… — mencionei, entrando em contato com o proprietário. — Mas eu gosto de lá.
— Se você precisar de algo, fala comigo, tá bom? — Hankyeom disse, com um tom que sugeria um sorriso. — Eu só queria ouvir a sua voz mesmo, porque agora preciso me preparar para um shooting.
— Tá bom, amiga. Eu te amo. — sorri, esperando sua resposta.
— Eu te amo muito mais. Até depois, meu amor. — respondeu ela, deixando-me levemente bobo.
Após o término da chamada, decidi que seria uma boa ideia conversar com Eunhoo. Meus pensamentos ainda me perturbavam, fazendo-me lembrar de tudo aquilo — tremi só de relembrar as tristes memórias. Entrei na conversa com o mais velho e analisei as mensagens de preocupação que ele havia me mandado. Eram várias, mas foquei em uma em especial: “Se precisar conversar, tô aqui. Eu me preocupo com você.” Sentindo que precisava desabafar, comecei a contar tudo o que senti durante a tragédia e também o que sinto agora, expondo todos os sentimentos que se misturavam em meu coração e me sufocavam com lembranças desagradáveis. E apesar de tudo, eu ainda estava lutando para seguir em frente.
Eu estava sorrindo, sentindo-me confortável conversando com o mais velho. Fiquei tão focado na minha conversa com meu melhor amigo que tomei um susto quando Camilla entrou na cozinha. Ela sorriu para mim, aquele mesmo sorriso de sempre — como se nada tivesse acontecido. Senti sua mão em meu ombro e olhei para ela, um pouco confuso.
— O que acha de comermos panquecas no café da manhã hoje? — perguntou Camilla, com um sorriso amigável no rosto.
— Por mim, tudo bem. Faz um bom tempo que não como panquecas no café da manhã! — comentei, largando o celular em cima da mesa.
— Então já escolhemos nosso café da manhã! — ela continuou sorrindo e caminhou até o fogão. — Vai me ajudar?
— Vou sim, bom que eu distraio minha mente. — Levantei-me, seguindo-a.
Camilla já estava pegando os ingredientes no armário, quando se virou e me lançou um olhar meio provocador.
— Bom, você lembra como se faz, né? Acho meio difícil você esquecer alguma receita, mas é sempre bom perguntar, né?
— Claro que eu lembro! — Eu sorri mais largo, percebendo algo que nunca havia percebido antes.— Sabe o que percebi? Você tem mania de falar "né".
— Não tenho nada, eu só falei duas vezes agora. — Camilla suspirou, parecendo levemente irritada. — Palhaçada, eu sou super formal.
— Formal? Pô. — ri e peguei um pote no armário. — Se isso é ser formal, imagine você falando informalmente.
— Idiota. — murmurou, evitando me olhar.
Nós começamos a preparar panquecas juntos, conversando amigavelmente e falando sobre outras receitas que já havíamos feito juntos. Momentos como esse me fizeram pensar na sorte que tive por estar vivo, afinal, seria triste não poder cozinhar ao lado da minha melhor amiga de novo. Depois que preparamos e comemos as panquecas, tomei um banho e me arrumei para irmos até o local do incêndio — eu precisava ver se algo havia sobrado no meu apartamento. Enquanto esperava Camilla se aprontar, fiquei pensando seriamente nos álbuns de música que comprei, nos discos, nas roupas de marca que me patrocinaram, nos presentes que meus amigos me deram e em outras lembranças. Quando ela apareceu à minha frente, vestida para sairmos, levantei-me rapidamente do sofá e tentei sorrir, mas o sorriso saiu forçado.
— Tô com medo do que vou ver, Cami. — suspirei, olhando para ela.
— Tudo bem se sentir assim, mas tudo vai ficar bem. — ela se aproximou e deu alguns tapinhas no meu ombro. — Eu estarei com você.
— Que bom, amiga. Preciso de você em um momento como esse. — Dessa vez, sorri genuinamente e a abracei. — Você é muito importante para mim.
— Você também é para mim. — ela retribuiu o abraço. — Eu te amo muito, por isso estarei com você sempre que precisar.
— Eu também amo você, Cami. Pode contar comigo também. — continuei sorrindo, sentindo vontade de chorar de felicidade por ter uma amiga tão boa quanto ela. — Obrigado.
Paramos de nos abraçar, pegamos nossas coisas e descemos as escadas para pegar um táxi do lado de fora. Para nossa sorte, um motorista acabara de deixar um passageiro em frente à calçada do pequeno prédio onde Camilla mora — felizmente conseguimos ir com ele até o local.
No instante em que chegamos, senti meus ombros pesarem com a expectativa de ver o que havia sobrado — se é que algo resistiu às chamas. Assim como eu, outros moradores também estavam procurando algo, andando entre os destroços do prédio, que agora parecia mais um cemitério de memórias. O cheiro de fumaça ainda impregnava o ar, e, a cada passo, o chão fazia um som desconfortável sob os cacos de vidro e os pedaços de madeira queimados. Meu peito apertou à medida que me aproximava das paredes, quase todas destruídas, restando apenas a estrutura de metal retorcida e queimada. Passei a mão pela testa, suspirei fundo, tentando manter o controle, mas a tristeza acabou me consumindo.
Meus olhos se encheram de lágrimas, sabendo que tudo o que conquistei sozinho não existia mais. Minhas roupas de marca, que eu tanto gostava, as camisas que trouxe da Coreia, tudo havia virado cinzas. Abaixei-me em um canto, procurando o cofre que ficava escondido atrás de uma das prateleiras. O cofre estava lá, mas... destruído, embaixo de escombros. Não consegui pegá-lo, mas pude ver as notas de dinheiro que eu havia guardado cuidadosamente para emergências, completamente queimadas. Meu álbum de fotos, com momentos especiais com meus amigos e as únicas memórias com minha família que eu queria guardar, estava perdido. As páginas foram consumidas pelo fogo, restando apenas fragmentos.
— Eu... perdi tudo. — murmurei para mim mesmo, tentando processar o que tinha acontecido.
Olhando para os restos de uma parte de mim, senti uma vontade imensa de voltar no tempo e recomeçar tudo em um lugar diferente. Meu coração começou a bater forte; aquele não era mais o meu lugar. A mensagem de Donggyu, dizendo que eu precisava voltar, passou pela minha mente diversas vezes. Eu ainda estava de luto por tudo o que perdi, mas, de alguma forma, saber que havia uma saída, uma chance de retomar a vida que deixei, me deu uma certa tranquilidade.
A ideia de voltar para a Coreia sempre esteve em algum lugar distante da minha mente, mas agora parecia a única opção — a única forma de viver de novo. A vida que eu tinha construído ali, por mais que a amasse, não existia mais. Era como se o incêndio tivesse não apenas destruído minhas coisas, mas também queimado minha conexão com aquele lugar. As chamas tiraram tudo de mim, e as memórias físicas que eu guardava com tanto carinho agora eram apenas um monte de cinzas e destroços. Recomeçar em Londres parecia impossível, doloroso demais. Olhei para o céu ainda nublado, mas com um pequeno feixe de luz passando pelas nuvens. Eu preciso de um novo começo — e talvez esse novo começo esteja em um lugar que conheço bem: o lugar onde nasci, a Coreia.
Virei-me e vi Camilla me olhando, lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela tentou sorrir, mas não conseguiu disfarçar a dor que sentia por mim. Soltei uma risada curta, sem querer, e caminhei até ela, colocando minha mão em seu ombro.
— Vou voltar para a Coreia, Cami — disse, tentando manter a calma.
— O quê? Você tem certeza? Seus amigos estão lá, até o cara que você gosta... É isso mesmo que quer?
— Sim, eu realmente quero voltar. Ficar aqui em Londres só me faz lembrar de tudo. Sei que um dia vou superar, mas por agora, preciso me afastar da dor.
Ela suspirou, enxugando as lágrimas com a manga da blusa.
— Sou sua amiga, vou te apoiar.
— Cami...
— Vai, você é de lá.
🗓️𓈒ㅤㅤㅤㅤ゙ㅤㅤㅤ— 28/06/2022.
0 notes
cricoo · 2 months ago
Text
pão de queijo é superestimado
Assisti 'Elementos'. Eu gostei bastante do filme, achei a animação lindíssima. Em especial, a cidade em que eles vivem e também, a cena em que o Gota leva a Faísca pra ver as vivisterias. Achei um filme bem legal, mas não incrível. Aliás, não me apeguei a nenhum personagem específico. Eu também assisti 'Luca' e simplesmente AMEI. Adorei o Alberto, ele é um fofo, um querido, foi meu personagem favorito (tanto que por ter adorado o filme, comprei um bonequinho dele :)). Sério, esse filme foi um dos melhores que vi esse ano, junto com 'Mary e Max' (por sinal, vi que em outubro vai lançar outro stopmotion desse mesmo diretor e tô animado pra ver, provavelmente vou adorar). Continuando, o final me destruiu. Ainda mais sabendo que "Luberto" é praticamente canon. Queria que eles tivessem ficado juntos. Mas ao mesmo tempo, gostei de como terminou. Acho que precisava de um pouco de drama mesmo. Por curiosidade, desde a primeira vez que vi o Luca transformado, achei ele parecido com o Elio de 'Call me by your name'. Lembro de ter pensado que se o Elio fosse um personagem animado, seria exatamente daquele jeito. E tipo, os dois filmes se passam na Itália, os dois filmes terminam com o "casal" se separando. Enfim, só alegria. Falando em bonecos, fiz novas aquisições pra minha coleção de My Little Pony. Consegui achar (na verdade, foi por acaso), uma Cutie Mark Crew da Celestia e da Luna. Óbvio que nem pensei e comprei (até pq era um preço bem justo, paguei na média de R$ 35,00 em cada. E lembro de que cada caixinha surpresa custava R$ 25,00 nas lojas). Sério, fiquei muito desacreditado e mto feliz tbm. Agora, só preciso da Twilight e da Flurry pra completar todas as princesas (embora eu não faça muita questão da Flurry Heart). Aliás, vi na shopee uma mini figure da Capitã Celaeno (uma personagem de mlp que adoro) e favoritei pra comprar algum dia. Ela fazia parte de um set de um livro do filme que vinha com várias figures (igual aquele que tenho/tinha de 'Divertidamente'). Mas pelo que eu vi, esse livro tá bem rarinho, assim como a maioria das coisas da gen4 de mlp, infelizmente. Por sinal, tô reassistindo My Little Pony. E nossa, a primeira temporada já me tirou umas boas risadas tá. Não esperava. Outra coisa que eu não esperava, é que a personagem de quem eu ia menos gostar seria a Pinkie. Tipo, eu sempre achei que as mane 6 que eu menos gostava eram a Rainbow e a Twilight. Que nada. Por enquanto, meu ranking tá assim: 1) Rarity, 2) Fluttershy, 3) Twilight , 4) Applejack, 5) Rainbow Dash, 6) Pinkie Pie
Recentemente, tô acompanhando mais um Youtuber novo, o Brino. Acho ele bem engraçadinho. Nossa, descobri uma coisa horrível. Quando eu jogava Moonlight Lovers, o Raphael sempre foi o meu favorito. Pq tipo, ele é um amor, eu queria um daqueles na minha vida e tudo o mais. Sério, ele tratava a protagonista que nem uma princesa. Mas ontem, vi no Pinterest uma fanart dele em que ele parecia uma espécie de vilão. Daí fui ler os comentários, e descobri que no "final ruim" (nem sabia que esse jogo tinha esse esquema de finais alternativos), ele MATA a protagonista. Fiquei bem decepcionado. Entretanto, todavia, ainda acho ele um fofo. Falando em fofo, acho que vou reler a trilogia de "Peças Infernais" pra matar a saudade do James.
0 notes
caiminstitutehq · 3 months ago
Text
Tumblr media
FACECLAIM: Shawn Mendes, Cantor, 26 anos, canadense.
PLOTS ESPONTÂNEOS: GERAL, DRAMA, AMIZADE, ROMANCE/CASUAL PLOTS COMBINADOS: GERAL, ROMANCE/ENDGAME, DRAMA, SMUT, AMIZADE, ROMANCE/CASUAL
NOME COMPLETO: Ethan Morrison. DATA DE NASCIMENTO: 12/01/1999. LOCAL DE NASCIMENTO: Querencia. NOME DE USUÁRIO: @cmi_ethan.
ORDEM E LINHAGEM: Vitalis, Feralia. CARGO: Aluno. FUNÇÃO: Trabalha no Centro de saúde animal.
PERSONALIDADE: + atento, + determinado, + comprometido, – inconstante, – teimoso, – fechado.
BIOGRAFIA OU HEADCANON: Essa história poderia ser sobre um Ascendido qualquer, com uma boa família e cujas maiores adversidades vieram com a mudança de sua vida ao descobrir os poderes concedidos por Aravia – e assim seria, realmente, se acidentes não acontecessem. Ethan nasceu em uma família pequena como o segundo de três irmãos. Seus pais, nascidos sem poderes, eram grandes apreciadores do que de mais belo havia no mundo natural de Hiraeth: biólogos pesquisadores da fauna e da flora, não deixaram de executar seus estudos nem quando os filhos nasceram. Fosse por terra, ar ou mar, o casal e suas crianças estariam desbravando florestas ou desertos. Tudo mudou inesperadamente em uma dessas viagens. Precisando sair as pressas de Querencia para Selcouth por ameaças de mineradores da região à família, os pais de Ethan pecaram pela primeira vez na coisa que mais prezavam em todas as suas viagens: segurança. Desesperados pelo bem-estar dos filhos, entraram no primeiro barco disponível e zarparam; a viagem, desde o começo, já apresentava falhas. O barco a vela parecia ter sido tirado de um filme de baixo orçamento e não apresentava nem mesmo um timão inteiro – não que isso teria melhorado em alguma coisa a situação, mas era alerta o suficiente de que de uma forma ou de outra, corriam riscos inimagináveis. Quando tudo parecia ter dado certo, veio o horror. Quando já estavam em alto mar, uma tempestade forte levou aquele barquinho a naufragar e Ethan acabou perdido em alto mar, sobrevivendo apenas por ser um exímio nadador. A experiência do garoto por inteira parecia obra da Arquiteta. Ele estava prestes a fazer dez anos, não era possível que uma criatura de corpo tão frágil e mirrado resistisse ao oceano e, mais ainda, resistisse aos dias que o seguiram boiando a deriva. Sozinho naquela imensidão, sem nada para fazer companhia além de seu próprio desespero, sobrava para ele a esperança de que algum avião passasse ali e ele tivesse forças para gritar por ajuda. Em certo momento, ele não soube exatamente quanto tempo havia se passado, mas ele notou uma barbatana rondando aquelas águas quase como em um filme caricato daquele tipo de criatura. O tubarão parecia um dos abutres que rondavam as carcaças de animais recém mortos ou prestes a morrer e Ethan estava aterrorizado, mas não tinha nada para fazer a não ser se deixar ser devorado pela criatura. Ele não sabia se ainda tinha família, então não tinha nada a perder. O contrário do que o rapaz esperava ocorreu: O tubarão nadou por baixo de Ethan, fazendo com que ele segurasse em sua barbatana e nadou com ele até as proximidades da praia mais próxima. Ethan era um feralia, ainda que não entendesse muito bem o que isso era, e ser um Ascendido havia sido sua salvação. Demorou quase três dias completos para que a Equipe de Resgate dos Bombeiros de Selcouth o encontrassem, sem acreditar muito na história de como um tubarão salvou sua vida. A improbabilidade da coisa os levou a testarem a criança, mesmo que não tivesse completado seus dez anos, e o resultado o levou cedo para o Instituto Caim, onde durante seus primeiros anos mal se relacionava com pessoas em si, estando sempre na praia da Ilha de Majak ou no celeiro. Hoje, Ethan possui um nível de socialização melhor, mas ainda é inegável que prefere a companhia dos animais a de qualquer outro humano. Apesar de passados os anos, contudo, se mantém secretamente interessado na busca por sua família de sangue, pelos corpos não encontrados, por qualquer coisa que explique sua sobrevivência em detrimento à dos outros que mereciam viver tanto quanto ele e pelo verdadeiro motivo que levou seus pais a fugirem de Querencia naquele ano.
0 notes
armariodepoesias · 4 months ago
Text
O encanto de um primeiro encontro ...
No primeiro dia que te conheci eu saí de casa chorando.. Fazia muitos anos que eu não tinha um primeiro encontro e meses que eu sequer beijava alguém.
Eu me sentia culpada por tentar seguir em frente Mas minha mãe me incentivou a ser forte e tentar
De qualquer forma, conhecer alguém legal e dar uns beijos sem compromisso podia me reanimar.
Eu lembro que senti uma surpresa boa quando chegou apesar de achar baixinho.
Tinha um charme e uma leveza que qualquer pessoa sentiria carinho.
Mas então lembrei do meu último primeiro encontro naquele mesmo shopping e mal conseguia te olhar nos olhos.
Demos uma volta pra encontrar algum lugar legal mas nada parecia tão legal pra mim quanto o restaurante australiano que eu costumava ir.
A praça de alimentação parecia totalmente sem graça
Como se lesse meus pensamentos você perguntou "tem um lugar legal que você goste que seja mais legal de conversar?" E eu disse "fora dessa praça eu gostava de ir no outback só". E na mesma hora você achou uma grande ideia. Eu só queria sair daquela praça onde na minha cabeça eu podia encontrar alguém então parecia uma boa opção. Mas eu cheguei lá e todas memórias vieram como um filme e me esforçava pra olhar nos seus olhos e ouvir tudo que falava. Então você me contou brevemente da sua vida complicada fugindo da guerra, tendo falta da família e trabalhando desde cedo. Eu poderia me sentir uma boba mas você não espaço pra isso. Mesmo com tudo parecia tão leve e disposto a rir e me fazer rir.
O sotaque era acompanhado de uma educação e gentileza com os funcionários que eu nunca tinha visto igual, mesmo que o funcionário não estivesse num bom dia.
Nunca tinha deixado ninguém pagar a conta no primeiro encontro mas não tinha outra opção. Eu estava com um cartão de pouco limite mas quando pediu a conta eu extremamente preocupada estava disposta a tentar pagar oque podia. Então você levantou por que disse estar sem sinal de Internet e foi em direção a saída. Eu pensei se ele for embora agora babou pra mim kk então você sumiu de vista e quando te vi de longe vc tava com garçom em frente a porta pagando tudo. Eu respirei aliviada. Pensei tudo que queria era fugir daquele shopping. Então você veio até mim disse que tinha pago e se eu não queria sair dali mas pra ir ver o por do sol.. na praia..
Era como se soubesse.. como se pudesse me sentir. Eu ansiava por uma praia há tempos. Fomos a procura do seu carro e você enquanto vc me alertava o quanto ele poderia ser simples. Eu já esperava uns carros bem velhos mas com isso vc não precisava se preocupar. A pouco tempo andava em combes caindo aos pedaços e achei que nada me impressionaria.. mas lá estava você no seu simples carro Fiat abrindo a porta para eu entrar. E foi uma das coisas que mais me impressionaram na vida. Aquele simples gesto que nunca alguem havia feito por mim. Abrir uma porta. A sensação foi melhor do que receber flores. Eu literalmente me sentia mais velha e percebendo o quanto o cavalheirismo pode fazer diferença. O caminho da praia tinha um trânsito comum que nos fez conversar bastante. Olhava você de lado enquanto dirigia e percebia que ficava ainda mais bonito nesse ângulo. Por alguns poucos segundos lembrei novamente de estar naquela mesma avenida há mais ou menos um ano. Então eu respirava fundo pra entender o novo ângulo de visão que a vida me oferecia.
Chegamos na praia e ela estava linda. A temperatura era perfeita, brisa calma e o mar agitado simplesmente ali para ser apreciado. E assim ele foi por duas pessoas que fazia um passeio improvisado e chegavam de sapatos.
Mesmo despreparados você resolveu tudo. pela desenvoltura com que falava com as pessoas soava tão esperto e divertido. Achei engraçado seu nome abrasileirado pra conseguir pechinchar nossas cadeiras mas lembro de pensar que parecia um verbo que não lembrava coisa boa. Ao contrario de vc que já se demonstrava carinhoso e cuidadoso seja perguntando se eu tinha sede toda hora ou falando da sua preocupação com o gatinho preso no seu carro.
E ainda tinha o perfume.. O perfume mais gostoso que senti na vida. E passado poucos minutos eu já queria senti lo de perto. Mas não foi tão fácil.. Vc não tinha minha pressa. Como nos filmes demos as mãos antes de tudo até enfim eu ter coragem de apoiar a cabeça no seu ombro e sentir o cheiro bom da barba. A barba parecia tão perfeita e acolhedora apesar do cheiro de cigarro. Só depois do por do sol conseguimos nosso primeiro beijo. O beijo leve e carinhoso sem muito fogo mas com ternura. Eu fiquei feliz e aliviada de ter guardado meu primeiro beijo do ano pra esse momento. Até esse momento eu já podia dizer com certeza que era o melhor primeiro encontro que eu já tinha tido na vida.
Então fomos embora e vc me levaria em casa e parecia feliz e confortável com isso mesmo tendo que ter uma volta muito maior pra voltar pra casa. E não podemos esquecer do abacaxi.. Lembro de vc perguntar do nada "gosta de abacaxi?" E quando eu dizer que sim você parar o carro bruscamente. Então só depois eu percebi a placa enorme dizendo que vendia abacaxi. Você não disse mais nada, só saiu do carro e voltou com um monte de abacaxi picadinho. Comemos ali mesmo no carro e lembro de me deliciar só de ver você se deliciando com o abacaxi. Lembro de pensar "é assim que lida com oque ele quer. Simplesmente vai em busca. Como eu deixaria isso escapar?
Chegamos entao e vc esperou eu entrar e até dar o último tchau e ir embora. Já no primeiro dia isso me fez pensar.. como pude aceitar o mínimo até agora?
(...)
E foi por isso que eu tentei por alguns meses...
Mas o tarot me disse que pareço estar inatingível e com idealismos exagerados...
0 notes
overdramaticpoetsdepartment · 5 months ago
Text
Tumblr media
I still feel you inside me & the taste of your lips
Eu sinceramente não sei como eu tive coragem de mandar mensagem com a cara mais lavada de todas.
(A própria puritana falando, né?)
Mas ainda bem que a Tafnes me incentivou e eu só fui.
E pra ser sincera,
Esse não era bem o date que eu esperava pra nós dois (sendo que eu já fui apaixonada por ele antes) e parar em um motel em um domingo do dia 28 de janeiro de 2024 não era bem o filme que eu tinha imaginado pra gente.
Mas eu amei. Amei tudo. Cada segundo.
Amei como me senti desejada e cuidada ao mesmo tempo.
Amei que ele beijou meu corpo com vontade.
Mudou o jeito de beijar só pra se encaixar no meu. 
Amei que ele encostou o corpo dele no meu, sem medo de nenhum centímetro de intimidade em todos os aspectos.
Eu me surpreendi com tudo.
Me surpreendi como o meu corpo reagiu a ele
E de como eu me senti confortável.
Mesmo com alguns receios, eu me senti like a goddess.
Tivemos dois rounds sem parar.
Lembro de quando ele ficou em cima de mim e enquanto isso, beijava meu pescoço e entre os suspiros, me chamava de cheirosa e me beijava na boca.
Ou até mesmo quando ele deixava os lábios dele ficarem tocando nos meus enquanto a gente gemia um pro outro.
Amei o momento em que eu beijava lentamente o braço e o pescoço dele.
Cada centímetro.
E quando ele me tratou com carinho quando eu disse que gostava de ser tratada assim ou do momento em que ele disse que parecia um nóia cheirando cocaína porque eu era muito cheirosa e isso fez a gente cair na gargalhada.
Tudo isso com ele dentro de mim.
Amei o momento em que ele olhou pra mim enquanto me fodia e acabou percebendo que eu tenho um sinal no canto da minha boca. 
Ou daquele momento em que entrelaçamos nossas mãos e não pareceu forçado ou mais um tópico do check list da performance sexual.
Pareceu natural.
No final, deitamos um do lado do outro, conversando sobre música e ouvindo a playlist incrível que ele escolheu.
Ficamos ouvindo imagine dragons e eu me apaixonei por next to me. 
Ouvimos Taylor Swift juntos. You belong with me.
Falamos sobre as bandas favoritas dele e eu me surpreendi com o bom gosto musical, ainda mais por gostar de bandas que eu também gosto, como o Maroon 5. 
Ficamos, inclusive, bagunçando um com o outro, e ele até brincou dizendo "no teu aniversário de 30 anos vai ter bts, bolo da taylor swift e tu vai ganhar livros de presente?" e eu achei engraçado como ele percebeu alguns detalhes meus. Coisas que eu gosto.
Quando nosso horário chegou ao final, dançamos juntos ao som de "I won't go home without you" do Maroon 5 e isso me pegou tão desprevinida.
Eu dancei e cantei junto porque eu amo essa música.
Depois saímos pra jantar e ficamos conversando sobre a vida e percebi como somos dois bons fofoqueiros, claro.
Nos despedimos.
E esse foi o fim.
Enquanto escrevo essas coisas, sinto meu coração ficar um pouco triste porque no fundo, eu sei que poderia muito bem me apaixonar novamente por ele.
Afinal, ele é incrivel.
Mas odeio o fato de toda essa situação me fazer sentir insegura por causa dos joguinhos de "sedução", enquanto tudo poderia ser muito mais simples e poderíamos estar saindo, conversando, brincando, se beijando e se comendo. 
Tô meio cansada de correr atrás do cara que eu gosto achando que ele gosta de mim na mesma medida (sendo que não é).
Só queria chorar um pouco a respeito disso.
Queria que ele fosse embora logo e o tempo pasasse rápido pra eu me encher de coisas importantes e esquecer completamente dele.
Enfim. Era so mais uma transa.
Bloquinho de notas poéticas da Rebeca. 29 de Jan de 2024.
0 notes
basinha · 7 months ago
Text
Começou o dia um turbilhão... eu cansada sem sair pra beber a dias... um pouco feliz em só trabalho e praia sozinha. Nessa história de auto descoberta, sara me chama pra sair e beber uma após trabalho que você exaustivo aquele dia. Aceitei.
Vamos sara!
Vamos beber uma cerveja!
Fomos em dois bares e depois ela disse, vamos nesse... e quando chegamos na porta tinha uma mesa exatamente pra duas pessoas e um senhor já puxou e colocou a gente nela e perguntou quer uma cerveja?
Eu claro... e começamos a beber e ouvir músicas ao vivo... parecia o lugar mais divertido que eu já tinha ido... aí chega um cara irlandês a mesa querendo pagar a cerveja pra mim... falei já estou bebendo obrigado. Saiu todo chateado... começou tocar outra música super divertida e eu olhando pro cara cantar vejo um grupo de amigos se divertindo tão intensamente... mas alguém ali roubou minha atenção. Não sei o que foi, parecia aquela história de filme sabe ? Você vê uma pessoa e parece que ela está em câmera lenta... ele estava cantando, vivendo e se divertindo tanto que me inspirou. Peguei meu caderno que gosto de desenhar aleatoriamente coisas na rua e precisei desenhar ele. E comecei meio cansada mas queria registrar aquele humano deslumbrante aos meus olhos. Precisava mesmo ter a imagem dele comigo, então comecei... mas me faltava o essencial. Ele com aqueles óculos escuros me deixando ansiosa pra olhar seus olhos tão profundamente... mas nao sei, senti que existia detalhes que eu precisava ver mais. Então no meu único segundo de coragem, garçom trazendo a cerveja eu falei: hey por favor pode pedir pra aquele cara ali tirar os óculos. Estou desenhando ele e queria ver seus olhos.
E ele foi.
Chegou lá, tocou no braço do homem e eu vi naquele momento ele olhar pra mim.
Cena de filme na minha visão, ele olhou pra mim e eu respirei fundo. E ele veio ao meu rumo sem tirar o óculos ou tirou? Não sei fiquei em pânico total... não esperava ele vir até mim. Até porque eu tinha saído do trabalho e não estava nada atraente. Ele atravessou as mesas, cadeiras, pessoas e veio. E eu não me aguentei. Comecei rir de nervoso já apontando pro desenho e pedi pra ele tirar o óculos... e ele tirou não consegui olhar tanto pra ele, ele me deixou toda timida. Aí ele começou perguntar: porque eu? Porque eu no meio de tantos caras...
Acho que no fundo ele sabia que ele era o cara mais interessante ali, não é possível.
Mas se você não sabia Lee... porque nome desse ser admirável aos olhos é Lee... saiba que você se destaca de todos. Pelo menos nos meus olhos você brilhou tanto que eu mal conseguia te olhar. Acho que se te encarasse mais iria entregar toda minha admiração e desejo por você.
Mas isso talvez não seja uma carta aberta.
Então após ele perguntar: Porque eu?
Eu só falei que estava procurando alguém bonito e queria desenhar ele porque estava feliz... e no meu péssimo inglês expliquei pessimamente.
Mas aí eu olhei pra ele de novo, com olhos claros e ali uma auréola amarela também... e tinha algo ali do lado dos olhos... umas marcas tão intensas quanto o olhar daquele homem... será que ele sabe ? Que não só aquele olhar é perfeito mas também todos detalhes do seu lindo rosto?
Eu vi as pintinhas no seu pescoço... nos seus braços... vi sua barba curta... vi tanta coisa tão rapidamente que queria gravar aquilo e fiz um desenho tão mal feito mas tão tão gostoso porque é ele.
E ele riu, agradeceu e foi embora... e eu até senti o cheiro do seu hálito quando demos um abraço... é estranho? Ter notado tantos detalhes assim nele?
Do nada ele volta com uma cerveja pra mim e sara... e eu reparei nas mãos dele carregando aquilo... que mãos lindas ele tem.
Só reparei cada vez mais nele...
E eu tão sem graça... ele voltou de novo... apresentou o amigo... ficaram na mesa. Foi tão divertido. E a Sara se foi, brava e com ciúmes.
Senti que ia ficar bem ali, eu queria estar mais com eles. Na verdade queria estar mais com ele. Ele tem aquilo sabe ? Que eu nunca vou saber explicar. Algo fora do normal. Algo que me tirou do meu cantinho "quero estar só", para " quero mergulhar nesse homem", mas me segurei... até onde pude. Até beijar ele suavemente após outras cervejas. Achei um beijo tão lento e queria mais... nas ainda precisava ir embora... o trabalho né? Precisava demais descansar pra trabalhar no outro dia. Fui saindo e ele veio me dar tchau na rua e me beijou ali... trocamos Instagram e eu fui embora parecendo que tinha 15 anos. Desejando poder ver ele novamente... trocamos mensagem aquele dia... e a Rose já chegava no outro. Rose super triste pelo término não parava de falar, mas eu a convenci de irmos para o mesmo bar que conheci ele... de onde tinha visto meu deus grego. Sentamos e Rose fala fala fala fala fala tudo... e do nada olho pra frente vejo o lindao sentado com seu amigo... ele foi ao banheiro e eu pensei: vou lá! E fui também porque precisava ir na casa de banho... e não é que o lindo saiu do banheiro feminino? Rsrs isso não pode Lee!!
Ele saiu e me viu, e já falou olha tô deixando você é sua amiga a vontade pra ela desabafar e tal... mas eu queria estar mais com ele.
Mais dele... cheguei na rose e ele já queria também conhecer um cara: então deu certo Lee meu e amigo do Lee pra rose.
Então consegui notar mais do Lee naquele momento, falamos tantas coisas, falamos até de sexo... falamos sobre gringos. Sobre nós, sobre bar, sobre albufeira... e eu sentia o cheiro do perfume, do hálito da boca dele, sentia tanta coisa.
Essa noite foi divertida também... mas a noite a seguir quando rose foi embora.
Me deixou marcada pra sempre.
Isso eu escrevo na minha próxima pausa do almoço.
E só pra lembrar... leeeeeeeeee and lee me fez tão feliz.
0 notes
pedeinfancia · 8 months ago
Text
UM DIA TODO MEU
Sempre que chega ou se aproxima o dia de meu aniversário, surge uma aura estranha que não sei identificar o que é. Uma mistura do que costumava ser esse dia ao que ele vem se tornando nos anos mais recentes, é um sentimento novo talvez resultado exatamente dele, afinal cada um traz a ideia de aumentar uma bagagem de vida.
Lembro de quando era criança, nesse dia eu costumava faltar a escola deliberadamente, pensando: é meu dia, posso fazer o que quiser, não quero ir pra aula, quero aproveitar. Mamãe deixava. Eu passava o dia brincando e jogando, provavelmente um jogo de videogame novo ganhado nesse dia ou no anterior, era um feriado criado por mim, me realizava jogando e vivendo em casa na companhia de mamãe, Diego e das visitas: tia Hirma e Voinho. E ligações e mensagens de papai. Amigos? Raras vezes, não sei porque nunca fomos ensinados a poder chamar amigos pro aniversário. Talvez por isso até hoje eu não pratique isso. Mas aconteceu umas duas ou três vezes.
O dia do aniversário eu sentia que tudo era diferente, que ganharia presente; colocaria na cama como aprendi com vovô, vestiria uma roupa nova e celebraria com bolo e parabéns e durante muitos anos com balões. Talvez essas festas até os vinte, vinte e cinco, não lembro, tenham prolongado essa sensação de infância que parece mesmo eterna.
Lembro de que eu vivia o melhor cada minuto, não deixava nada atrapalhar e na adolescência havia sempre o almoço fora de casa, geralmente em shopping, onde me esbaldava sem nem me importar com o preço (mais ou menos, me importava sim, não exagerava) e à noite quando o dia passava olhava Triste pro relógio quando se aproximava meia noite, teria de me despedir daquele dia, a festa chegaria ao fim. Acabou. No dia seguinte voltaria tudo ao normal, não haveria almoço fora, não haveria roupa nova ou sorrisos e abraços e alegria, o dia sentiria a mudança do dia. Daí não querer que o dia acabasse, ficar preso no minuto final, não querer soltar a mão. Mas nenhum deles ficou mais do que deveria ficar. Como também não ficará o que vem vindo. Nenhum deve ficar, é o que aprendi desde o primeiro. O que fica é a soma de todos. Cada um me encontra num momento diferente de vida, com mais ou menos pessoas próximas, a vida parece diminuir por um lado mas crescer por outro. Sinto saudade dos tempos onde apenas jogava e tudo parecia resolvido. As questões do jogo eram essenciais e me envolvia nelas como poucas coisas me envolviam. Hoje vejo que isso ajudou a formar um senso crítico forte para muita coisa, além de ter construído também uma base muito boa se inglês.
O tempo faz coisas estranhas, quando passa, faz a gente lembrar, faz esquecer, faz continuar, faz morrer. Aqueles tempos já vão tão longe quando olho à minha volta e não vejo quase nada que me remote essa época, a casa é a mesma mas tudo é diferente. Acho que a cama onde estou agora é uma das únicas testemunhas de um Aniversário antigo meu. Lembro que a ganhei em março de 2002, quando também ganhei o jogo Metroid Prime do Gamecube (videogame da Nintendo da época) que custava uma fortuna, 324 reais em 2002! Mas era o melhor jogo possível de se jogar naquele ano. E houve festa, balão, salgadinho, Voinho e tia Hirma. Lembro de estar passando o filme Congo na globo, sim, na época aasistiamos muito a Globo, não tínhamos ainda TV por assinatura.
Fazer esse mergulho agora me deixa num espaço ainda mais estranho, volto dele quase voando, sem saber direito onde estou ou quem posso ser. Começa a chover. Hoje dividido entre tantas casas enquanto procuro saber qual é a casa possível para mim.
Na infância não me preocupava nada com o tempo, com sua passagem, tudo parecia eterno e nunca mudaria. Mas não gostava que o dia 20 passasse. Por que? Eu o esperava com muita vontade, fazia planos para almoçar, onde queria ir, comer, ganhar, mas não queria que passasse. Depois, não fazia diferença o passar dos dias, a vida era regida pelo ano letivo, por matérias e provas e aulas o tempo todo. O tempo era outro tempo.
.
19032024 0435
1 note · View note
ocombatente · 8 months ago
Text
Quando o Carnaval passar
Tumblr media
  Daniel Castro Branco/Agência O Dia Nuno Vasconcelos O Carnaval está aí! Sendo assim, é hora de fazer projeções e pensar no que desejamos para o futuro! Como diz a lenda, o ano no Brasil só começa depois da Quarta-Feira de Cinzas e precisamos trabalhar para tirar o país da marcha lenta em que se encontra — e que tem permitido, no máximo, taxas de crescimento acanhadas demais para as nossas necessidades. E quando acontecem, por mais acanhadas que sejam, elas mais parecem obras do acaso ou de circunstâncias internacionais favoráveis do que resultados de uma política econômica bem articulada e capaz de estimular o desenvolvimento. Será que tudo permanecerá igual ao que tem sido nos últimos anos? Ou será que, desta vez, o Brasil finalmente conseguirá romper com o marasmo e ingressar no período de crescimento sustentável que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem prometendo desde a campanha? O governo acredita numa mudança e, para promovê-la, tem anunciado medidas que prometem fazer o país andar para a frente. O Novo Programa de Aceleração do Crescimento, lançado no ano passado, e o Nova Indústria Brasil são os mais badalados. Mas será que tudo isso não passa de um filme já visto e de enredo previsível? No papel, os programas são bons. Juntos, eles prometem para a economia, nos próximos três anos, investimentos da ordem de R$ 2 trilhões. A ideia, como se sabe, é retomar obras que foram paralisadas no passado e lançar novos empreendimentos que, dentro de uma nova estrutura de financiamento e contando com garantias que não foram dadas no passado, façam o Brasil voltar a andar. E, mais do que isso, abram uma nova era de crescimento sustentável com base numa economia verde e descarbonizada. A pergunta óbvia diante desses programas que, de certa forma, repetem as promessas não cumpridas no passado, é: será que desta vez vai dar certo? ESFORÇO COMOVENTE — Para que a resposta a essa pergunta seja positiva, o Brasil precisa olhar para a frente, mas, também, olhar para trás e aprender com os próprios erros. Resultados de programas como esses, claro, não dependem apenas da intenção de quem os anuncia. O crescimento é essencial, mas não pode ser buscado às custas de decisões irresponsáveis e de impacto fiscal devastador como se tentou, por exemplo, no governo da presidente Dilma Rousseff. Os resultados das lambanças daquele momento foram inversos ao que se esperava. Chegam a ser comoventes os esforços que os petistas têm feito na tentativa de salvar a reputação daquele governo desastroso. E, mais do que isso, de transformar Dilma em uma mártir, em uma vítima de um golpe da direita. Nada do que digam apagará o fato de que as trapalhadas daquele governo — que incluíram a omissão diante de cenas de corrupção explícita — empurraram o país para a recessão mais prolongada da história. Tudo o que o Brasil não precisa agora é permitir que a irresponsabilidade fiscal acabe com a euforia prometida no calor da folia e se transformar na ressaca da Quarta-Feira de Cinzas. O que fazer, então, para que dê certo desta vez? Essa é a resposta que vale bilhões e bilhões de reais. Sem a pretensão de ensinar o governo a governar, convém lembrar uma frase sempre citada nos manuais de autoajuda: “quem faz as coisas do jeito que sempre fez chegará sempre aos mesmos resultados”. Em outras palavras, o Brasil só alcançará o crescimento se o governo puser a mão na consciência e se der conta de que a conduta do primeiro ano não o levará a lugar algum. O primeiro passo nesse sentido é reconhecer o equívoco de permitir que a ideologia retrógrada de muitos de seus integrantes contamine decisões que, a rigor, deveriam ser essencialmente técnicas. Ainda que isso pareça impossível para um governo que fala em democracia, mas não demonstra o menor respeito pelos que pensam diferente, a mudança desse hábito é fundamental. Outra atitude aconselhável seria se inspirar no tratamento que outros países dão a setores importantes de sua economia e, ao invés de maltratá-los como o governo brasileiro costuma fazer, explorar todas as suas potencialidades. “OGRONEGÓCIO” — Quem acompanha o noticiário com atenção com certeza reparou a reação cortês do governo da França diante das manifestações dos produtores rurais do país na semana passada. Na segunda-feira, os produtores utilizaram seus tratores e máquinas para bloquear as rodovias de acesso a Paris, em protesto contra os efeitos da inflação sobre sua renda. Ao invés de críticas, receberam afagos das autoridades. A começar pelo presidente, o arqui protecionista Emmanuel Macron, o governo francês prometeu celeridade para resolver o problema de seus agricultores. A promessa de Macron somou-se às declarações do primeiro-ministro Gabriel Attal. Segundo ele, Paris se recusa a assinar o tratado entre a União Europeia e o Mercosul que, em última instância, facilitaria a entrada de alimentos produzidos no Brasil e na Argentina ao trilionário mercado do Velho Continente. Com o acordo, os preços dos alimentos cairiam na Europa, o que beneficiaria a população de toda a Europa. O que está em discussão, aqui, não são os efeitos do cancelamento do acordo sobre os preços dos alimentos na Europa, mas a atitude do governo francês em defesa de sua economia. Seja como for, e ignorando as atitudes protecionistas de Macron e sua trupe, o que interessa é comparar o tratamento dado aos agricultores franceses com aquele que os produtores rurais brasileiros recebem do governo a cada vez que abrem a boca para reclamar de alguma coisa. A despeito da falta de apoio, o agronegócio é o setor mais eficiente da economia. Ele continua batendo recordes atrás de recordes e respondendo praticamente sozinho pelo pouco que a economia tem crescido. Puxadas pelas cadeias da soja e da proteína animal, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 166,5 bilhões em 2023 — número 4,8% maior do que os US$ 158,9 bilhões de 2022. O índice é altamente expressivo, sobretudo quando se sabe que as importações de alimentos têm oscilado entre US$ 13 bilhões e US$ 17 bilhões e se limitam, basicamente, ao trigo. A despeito desses resultados, Lula não perde uma oportunidade de criticar o setor. Na campanha de 2022, Lula se referiu aos agricultores brasileiros como “fascistas” e como “capiaus”. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva que, a despeito de sua visão retrógrada continua sendo uma voz respeitada no exterior, não perde uma oportunidade de falar mal da agricultura. Numa reunião no Congresso no ano passado, só para recordar, se referiu ao agronegócio como “ogronegócio”. Num ambiente em que os que deveriam apoiar jogam contra os interesses do setor, os franceses sentem-se à vontade para tomar medidas prejudiciais às exportações de produtos agrícolas brasileiros. MOVIMENTO DE AFASTAMENTO — A opção do governo por ideologizar suas decisões e conduzir suas alianças econômicas com base em suas simpatias políticas, não nos interesses do país, tem causado prejuízos que, no futuro, poderão gerar danos irreversíveis para o país. De acordo com fontes diplomáticas europeias, as pressões francesas contra o acordo acabaram proporcionando à União Europeia uma oportunidade de ouro para desistir do tratado sem causar embaraços para todo o bloco. Segundo tais fontes, dificilmente, os países que, no princípio, eram favoráveis ao acordo, como é o caso da Alemanha, moverão uma palha para fazer Paris voltar atrás em sua decisão. Isso porque os líderes continentais não desejam levar adiante um acordo que, no final das contas, beneficiaria um país que tem se posicionado de forma ostensiva contra os interesses do bloco. Em outras palavras, a postura que o Brasil vem assumindo diante de conflitos internacionais que envolvem inimigos da OTAN tende cada vez mais a dificultar o relacionamento comercial com os antigos aliados ocidentais. Conforme essas fontes, cada declaração de Lula contra as grandes democracias e cada manifestação que ele faz, por exemplo, em defesa de ditaduras como a do Irã ou a da Rússia, se transforma em um obstáculo a mais em seu relacionamento comercial com as democracias europeias. Isso vale, também, para o mercado dos Estados Unidos. O preço dessas posições pode não ser cobrado agora — mas certamente dificultará o processo de retomada do desenvolvimento do Brasil. Nos últimos anos, na medida em que o contencioso comercial com a China se expandiu, empresas americanas têm transferido para o México algumas unidades industriais que mantinham no país asiático. Algumas dessas fábricas, capazes de gerar milhares e milhares de empregos, poderiam muito bem se instalar no Brasil. Infelizmente, porém, os movimentos das empresas americanas em relação ao país têm sido de afastamento, não de aproximação. Empresas que se instalaram no Brasil décadas atrás já foram ou estão indo embora. É o caso da Ford, que encerrou suas operações no país em 2021, depois de mais de 100 anos de operação no país. Ou, ainda, o caso da GE que, mesmo sem um anúncio formal, vem encolhendo cada vez mais sua presença industrial no país. Em tempo: ninguém está dizendo que a decisão dessas e de outras empresas de se afastar do país esteja diretamente relacionada com as posições e as alianças celebradas pelo atual governo petista. Tanto a Ford quanto a GE já tinham decidido colocar o pé no freio em relação ao Brasil muito antes de Lula ser eleito para mais quatro anos na presidência e de o chefe de fato da diplomacia brasileira, Celso Amorim, hostilizar os velhos aliados e abrir os braços para as ditaduras mais abjetas do mundo. Se não foi esse tipo de postura que fez com que empresas desse porte fossem embora, o certo é que a política de alianças internacionais do país em nada contribui para trazê-las de volta. EFEITO ESTUFA — O Brasil vive um momento em que o governo reconhece a necessidade e discute a retomada do processo de industrialização. Uma das bases desse processo, se tudo sair como está no papel, será a inclusão do país entre os líderes globais da transição energética. Para que isso aconteça, uma dúvida a ser esclarecida. A dúvida é a seguinte: por seu potencial energético, o Brasil é apontado como um dos que reúnem as condições mais favoráveis do mundo para o crescimento. Nesse caso, o certo seria ter empresas multinacionais interessadas em se instalar no país com novas fábricas. Ao invés disso, o que se vê são companhias que estiveram por aqui ao longo de anos fazer as malas e se mandar. Por quê? Ao invés de alardear, como sempre fez, as vantagens que o país tem a oferecer a quem quiser vir para cá, o governo deveria identificar os problemas que levam as grandes corporações a procurar outros mercados. Uma crítica cada vez mais frequente ao mercado brasileiro atual, por exemplo, diz respeito à qualidade da mão de obra. Com um sistema educacional ideologizado e relapso em relação ao ensino profissionalizante (ao contrário do que acontece, por exemplo, nos países mais industrializados da Europa e da Ásia), o Brasil não capacita seus jovens a disputar postos de trabalho em indústrias modernas — e isso, com certeza, desestimula a chegada de novas fábricas ao país. Outro fator de desestímulo é a taxa de juros exorbitante que se cobra num mercado que se entrega como poucos à especulação financeira. Nenhuma indústria que precisa comprar matéria prima, pagar salários, cobrir suas despesas com água, eletricidade e manutenção das instalações, além de se manter em dia com uma carga fiscal pesada e irracional como é a brasileira, consegue sobreviver com as taxas de juros cobradas no Brasil. Nos países desenvolvidos, as empresas normalmente recorrem aos bancos para financiar suas operações do dia a dia. Já no Brasil, quem depender dos bancos para financiar seu capital de giro está condenado à falência. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu cortar 0,5 ponto percentual nos juros básicos do país e reduziu a Taxa Selic para 11,25%. Trata-se de uma ótima notícia, sem dúvida — mas não é suficiente para produzir uma mudança substancial na vida das empresas. Em primeiro lugar porque raríssimas empresas do país conseguem se financiar com a Taxa Básica. Levantamentos feitos pela Confederação Nacional da Indústria — CNI — nos últimos anos mostra que o spread praticado pelos bancos brasileiros é o terceiro maior do mundo. TAXAS INDECENTES — O spread é a diferença entre a taxa que os bancos pagam para captar dinheiro no mercado e a que eles cobram pelos recursos que emprestam às empresas. De acordo com a CNI, o spread médio praticado pelos bancos do país em 2022 foi de 27,4%%, atrás apenas de Madagascar e Zimbabwe. Enquanto isso, nos Estados Unidos, ele fica entre 1,5% e 2% e na Coreia, pouco acima de 1%. Ou seja, num mercado global cada vez mais competitivo, em que as empresas lutam palmo a palmo por seu espaço, as empresas brasileiras, com ou sem os incentivos que o governo vem prometendo no bojo do programa Nova Indústria Brasil, dificilmente terão condições de competir no mercado global. As taxas de juros indecentes cobradas pelos bancos brasileiros estão, sem dúvida, entre os obstáculos que impedem o crescimento da economia e a construção de uma sociedade mais justa. Elas são fruto, é evidente, da gastança desenfreada de dinheiro público, que tornou o Estado uma espécie de dependente químico dos recursos que o mercado financeiro empresta ao Erário em quantidades cada vez maiores em troca de juros que, mesmo em queda, continuam entre os mais altos do mundo. Ter um sistema financeiro menos predatório e mais parceiro do desenvolvimento do país seria importante para que o Brasil voltasse a ser atraente para os investidores. Outra providência importante, sem dúvida, seria repensar a política de alianças e procurar se cercar de aliados menos problemáticos do que Rússia, Irã, Venezuela, Cuba e Nicarágua. Por mais difícil que seja mostrar ao politiburo petista que esse tipo de companhia pode acabar deixando o Brasil de frente para os problemas e de costas para o desenvolvimento, é sempre necessário insistir nessa tecla. Quem sabe as críticas frequentes não convençam o governo a se cercar de novos aliados? Outra providência urgente é conter as manobras da anacrônica ala sindical do governo —outra tarefa que, por mais difícil que pareça, é imprescindível. Alguém precisa, por exemplo, avisar ao equivocado ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que o passivo trabalhista que cresce às custas dos conceitos anacrônicos que ele defende foi a principal causa da saída da Ford do Brasil. É difícil que um ministro que se mostra obcecado pela ideia de abastecer os cofres da companheirada com o dinheiro extorquido do trabalhador na forma do tal imposto sindical, como é o caso de Marinho, seja capaz de enxergar essa obviedade. Para ele, o mercado de trabalho brasileiro ainda é aquele em que o candidato a uma vaga de emprego em um escritório tinha que fazer prova de datilografia ou que um operário não precisava ir além do ensino fundamental para ser admitido numa linha de montagem. Num mundo que se moderniza a passos acelerados, onde a automação e a tecnologia avançada eliminaram funções que, até outro dia, dependiam da mão humana, manter uma agenda que enxerga o trabalhador como a eterna vítima de empresários desalmados é, sem dúvida, uma boa maneira de manter as empresas afastadas do Brasil. Se o governo não se convencer disso, PAC nenhum será capaz de promover o crescimento. Fonte: Nacional Read the full article
0 notes
kazarana · 1 year ago
Text
11/3/2023 ~ 24/11/2023
É bastante interessante o fato de que eu não importe o que faça, como faça, com o cuidado que eu faça sempre, infinitamente, serei tratado como um demônio na vida das pessoas.
Às vezes nem pela pessoa que está comigo, mas por sua família, etc.
Esse ano eu me dediquei plenamente aos cuidados da pessoa mais importante da minha vida e, mesmo assim, fui chutado da vida dela. Eu segurei sua mão em todos os momentos em que você precisou, nunca te abandonei e sequer cogitei te machucar ou te trair, mas o problema está em mim. Não sei ao certo como, mas irei arrancar de mim tudo isso.
É uma época para ser irresponsável e eu sinto muito se minhas escolhas irão te magoar, saiba que eu te amo tanto que me dói pensar nas coisas que eu preciso fazer para te esquecer.
Parece bastante clichê quando eu tento escrever os meus sentimentos, até me lembrei daquele filme lua nova. Onde a doida faz loucuras e mais loucuras esperando ser salva.
Talvez era isso que eu esperava. Que ao menos dessa vez alguém me salvasse e eu não precisasse ter que me virar como tenho feito a vida toda.
Quem viu meus posts sabem o quanto eu to cansado, muito mesmo. Cansado da vida, do mundo, das pessoas a minha volta, de mim e principalmente de quebrar a cara.
0 notes
achataintensa · 1 year ago
Text
Era uma história perfeita, parecia até conto de fadas, ou parando pra pensar melhor agora, realmente fosse um filme daqueles clichês, sem finais felizes.
Duas pessoas que se conheceram atravéz de amigos em comum, moravam longe, gostos iguais, pensamentos parecidos, famílias diferentes e classes diferentes.
Tudo certo pra dar errado e tudo errado pra dar certo, nossos gostos foram tão parecidos que quando decidiu voar pra longe de mim, eu fui a primera a apoiar a decolagem, com um extremo desejo de logo voar junto, mas não esperava que nessa decolagem eu fosse ser aquela bagagem que ficou a espera no aeroporto e ninguém se lembrou dela ou procurou saber o que aconteceu com ela.
Você foi de longe o amor mais longo que eu já vivi e o mais intenso, você em algum momento parou e pensou quantas vezes em nós dois? Talvez o seu único pensamento fosse "como faço pra me livrar dela?"
Cada dia que passa tem sido uma tortura, em exatamente tudo que eu olho, existe uma lembrança, quando você foi, você deixou muitas coisas e marcou vários lugares com o seu "amor", que sinceramente hoje eu até me pergunto se tudo o que você já falou sobre ele pra mim, algo foi verdadeiro ou existiu?
Bom eu jamais vou saber essas respostas e a cada dia que passa eu vejo o quanto vou demorar pra me recuperar dessa sua decolagem, ou melhor, do restante da bagagem que você deixou pra trás, jurando que era pra sempre e que um dia voltaria para me buscar.
1 note · View note
youseenbyme · 2 years ago
Text
NO DIA SEGUINTE
Tumblr media
16 de abril de 2023
Eu tive um dia incrível com minha família. Meu bom humor não negava o quão feliz eu estava com a noite anterior. Você esteve no meu pensamento em cada minuto daquele longo dia de domingo.
Eu me recordava de cada toque, cada beijo, cada olhar e sorriso trocado.
Não resisti e te mandei mensagem perguntando como você estava e se gostaria de vir até minha casa.
Eu estava sozinha dessa vez.
Você veio. Ao chegar e me cumprimentar com um beijo na boca me deixou desconcertada e feliz. Era algo que eu queria mas não que eu esperava.
Fomos diretamente para o meu quarto. Você me beijou, me abraçou e ficou por um tempo grudado em mim sentindo meu cheiro enquanto eu fazia o mesmo, incrédula de que tudo isso acontecia.
Entre cheiros e beijos você me dizia que eu era cheirosa e eu agradecia sem jeito.
Nesse dia assistimos mais um filme. Ao qual eu não me lembro do título e muito menos da história que ele contava. Eu sempre olhava atentamente pra a televisão mas no meu pensamento se passava mil e uma coisas.
Coisas como: esse gostoso realmente está na minha cama me acariciando?
Eu te encarava, de forma mais escancarada possível. Eu não conseguia evitar. Acaricie seu rosto contornando com as pontas do meu dedo e decorando com eles cada detalhe seu. Observei suas tatuagens. Tirei uma foto mentalmente sua e desse momento.
Tivemos conversas mais profundas. Você me contou sobre as cicatrizes do seu corpo e por tudo o que você passou. Falamos de forma leve sobre seu acidente. Você me contou sobre sua ansiedade e insônia. Eu me senti tão feliz por você se sentir confortável em dividir tudo isso comigo.
Nessa noite o sexo conseguiu ser mais incrível que a noite anterior. Foram três vezes de um sexo intenso, bruto e gostoso. Eu me lembro bem que cheguei ao clímax três vezes e você duas. A cada vez que eu chegava lá eu sentia que não precisava de mais ninguém além de você.
Você me satisfazia do oral a penetração na mesma proporção.
Qualquer dúvida que havia ficado na minha cabeça se você era ou não mais um cara bonito e gostoso porém babaca ficaram pra trás. Mais uma noite você foi encantador. Ou melhor dizendo, apaixonante.
Na conversa, na troca de carinho e no sexo.
O seu colo se tornava um dos meus lugares favoritos. Eu deitei com a cabeça no seu ombro e ficava com meu rosto próximo ao seu pescoço, sentir seu cheiro enquanto recebia cafuné era algo que eu nem sabia que precisava.
Eu cochilei nos seus braços por um breve momento e acordei com seu beijo as 2h da manhã. Você me disse que tinha que ir embora, eu só queria dizer: por favor, fica!!! Mas eu tentava ser o menos emocionada possível pra não te assustar e te afastar.
Você foi embora. E assim terminava a nossa segunda noite juntos.
E eu sentia dentro de mim despertar sentimentos que eu nem sabiam que eu ainda poderia voltar a sentir por alguém outra vez.
0 notes