#Daqueles filme que eu só tinha a sinopse...
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#Daqueles filme que eu só tinha a sinopse...#Já sabia do mesmo pelo sucesso que foi...#E fui de play cinema em casa...#Entrando pela porta de frente...#Numa intensa louca história e num jogo de horror as escuras.🤩#Filme: Morte#Morte#Morte (2022) 🫣🎬😬
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╭╯◖ 𝐝𝐚𝐦𝐞 𝐥𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐪𝐮𝐢𝐞𝐫𝐨 (𝐩𝐭-𝐛𝐫)
˶જ nota: se esse homem soubesse o quanto eu quero dar pra ele, me comia só de pena.
˶જ sinopse: seu namorado estava ocupado, se preparando para interpretar um personagem no novo filme que iria estrear, mas você necessitava atenção, então decidiu provocá-lo para obter o que queria, e acredite, ele te deu toda a atenção que almejava.
˶જ avisos: palavras de baixo calão, sexo explícito, sexo bruto, sexo sem camisinha (usem plmds), creampie, hipersensibilidade, squirt, dirty talk, size kink, fingering, edging, orgasm control, oral (ambos), hair pulling, dacryphilia, age gap.
𝐄𝐌 𝐔𝐌𝐀 𝐓𝐀𝐑𝐃𝐄 𝐃𝐄 𝐏𝐑𝐈𝐌𝐀𝐕𝐄𝐑𝐀, contendo flores desabrochando entre as colinas verdejantes, liberando seus aromas e as cores vívidas de suas pétalas, junto aos pássaros que cantavam aqui e ali, numa melodia única e agradável. O cenário que antes estava cinzento e azulado pela estação anterior, estava sendo agraciado pelo calor que vinha gradualmente.
Você estava na casa de seu namorado, Enzo.
Já namoravam há três anos, então não havia essa necessidade incessante de ficarem praticamente colados um ao outro a todo instante. Mas, você estava com saudades, e infelizmente não sabia dizer isso de um jeito que não soasse desesperada. Não queria parecer assim, não queria que ficasse nítido seu desejo incessante em senti-lo novamente; sentir seu calor.
Ele estava um pouco ocupado, já que desempenharia o papel do personagem Adam Carlsen, na adaptação do livro "A Hipótese do Amor". Inicialmente, o escolhido era o ator Adam Driver — que foi a principal inspiração para o personagem —, mas ele infelizmente estava com a agenda lotada. Tendo isso em vista, o próprio ligou para Enzo e perguntou se ele tinha interesse no papel.
Apesar de estar receoso e com medo da rejeição daqueles que leram o livro, ele foi muito bem aceito pelos fãs, que acharam uma boa substituição. Já que para muitos, Enzo era a versão latina de Adam, com alguns centímetros a menos de altura.
Então, agora ele estava focado em ler o livro para compreender melhor seu personagem antes de sequer colocar as mãos no roteiro.
Ficou passando na frente do mais velho o dia todo, fazendo alguma coisa provocante e usando uma saia bem curta. Porém, o uruguaio já te conhecia como a palma da própria mão, então ele sabia muito bem se controlar e resistir aos seus charmes — mesmo que por dentro estivesse numa ânsia indescritível.
Teve uma ideia genial de repente. Se essa ideia funcionasse, você já poderia se preparar para ficar completamente dolorida. Não era algo que você não gostaria, para falar a verdade.
Lembrou-se que trouxe uma lingerie nova, branca e de seda. O sutiã era extremamente confortável, e a calcinha era presa por laços delicados nas laterais, em seu quadril. Era a primeira vez usando, e havia ficado ainda melhor do que você imaginava.
Saindo do banheiro, você foi até o quarto. Vendo-o sentado na cama, levemente reclinado no travesseiro, enquanto mantinha uma mão segurando o livro, e a outra estava descansando sobre a coxa. Atravessou o vasto cômodo, fingindo estar ignorando o mais velho, e foi até o closet, para pegar duas camisas dele, para decidir qual iria usar, como sempre fazia.
Voltou para o quarto com dois cabides, carregando as camisas e indo para a frente do enorme espelho que havia em frente a cama. Fingiu estar vendo qual estava melhor, com sua bunda virada para seu namorado, e estava quase perdendo as esperanças, quando olhou para baixo, ajeitando a barra da calcinha.
Imediatamente as mãos dele foram para sua cintura, te puxando um pouco para trás, fazendo suas costas baterem contra aquele peitoral forte. Imediatamente um suspiro escapou de seus lábios.
— Era isso que você queria, não é, corázon? — ele disse num tom de voz rouco, mas cheio de tesão.
— C-Como assim?
— Ah, eu gosto muito quando você banca a desentendida... — ele sorriu malicioso, deslizando uma mão para seu sutiã, desfazendo o lacinho que havia na frente, e fazendo-o se abrir e deslizar por seus braços até cair no chão.
Seus mamilos enrijecidos estavam expostos, e ele levou essa mesma mão para um de seus seios, apertando com vigor. Aquela mão grande e quente massageava sua pele macia e sensível.
— Eu...? — com aquele toque tão íntimo era difícil manter a compostura, ainda mais quando era feito por um homem que era o dobro do seu tamanho.
— Uhum… você mesma... — a outra mão que estava em sua cintura foi até seu ventre, deslizando para dentro de sua calcinha, fazendo você se arrepiar instantaneamente. — Ficou o dia todo me provocando, e eu tentei me controlar... — ele adicionou, se curvando levemente para poder lamber seu pescoço lentamente e sem pudor algum. — Aí agora você passa rebolando essa bunda perfeita numa calcinha dessas, achando que eu não vou reagir? Cuanta ingenuidad…
Você até poderia responder algo, mas estava ocupada demais gemendo pelos estímulos que ele estava te proporcionando. A mão que estava em sua calcinha, deslizou sutilmente por sua intimidade, sentindo como ele melava os próprios dígitos em seu sexo.
Sentiu o mais velho sorrir contra seu pescoço ao arrancar essa reação.
— Já está molhada assim, mi amor? — ele zombou, com aquele tom malicioso inconfundível. — Eu nem comecei...
Os dedos dele se moviam de um jeito suave, sem te penetrar, somente te provocando enquanto ele subia e descia a mão vagarosamente por sua pele, melando ainda mais os dedos. Gemeu baixinho com tudo aquilo, era impossível se controlar com ele falando assim, e ainda mais com aqueles toques tão quentes.
— Quer saber? Acho que você não está merecendo ainda — ele retirou as mãos de você, e afastou a boca de seu pescoço.
Na mesma hora você se frustrou, e meio ofegante; talvez até mesmo corada falou:
— O-O que? P-Por que?
— Só garotas boas merecem receber prazer, meu amor — ele retirou a própria camisa, expondo o peitoral bronzeado e com alguns sinais de nascença. — E você foi bem malvadinha, o dia todo…
Ele colocou as mãos na própria nuca, andando suavemente de um lado para o outro e olhando para o teto.
— ¿Qué hago contigo? — parecia realmente que ele estava tentando pensar, mesmo que você já soubesse que ele sabia o que faria. — Já sei!
O mais alto caminhou até você, ficando à sua frente e desabotoando a calça.
— Você pode compensar toda essa provocação, e ser boazinha... — ele sorriu malicioso, abaixando a roupa junto com a cueca, exibindo aquela ereção nada modesta. — É só fazer por merecer... — ele segurou seu queixo. — E, eu sei que você consegue, não consegue, corázon?
Você imediatamente ficou de joelhos no carpete macio, ficando de frente para ele. O pau do moreno era grande, e sua glande rosada estava melada com o pré gozo, junto à algumas veias distribuídas por toda a extensão. Ele estava pulsando, aquilo era só mais uma confirmação de que sua provocação havia surtido efeito.
Havia uma trilha de pelos que descia sutilmente por seu umbigo até sua virilha, mas não era algo em excesso. Deixava o moreno até mesmo mais bonito, se é que isso era possível. Ele levou as mãos até sua cabeça para poder te ajudar — seria ainda melhor quando ele fizesse aquele rabo de cavalo desleixado com aquela mão forte.
Você segurou o pau do mais velho e lambeu lentamente, desde a base até a glande.
— La puta madre... — ele gemeu rouco, fechando os olhos e inclinando a cabeça para trás.
Aquilo te deixava excitada, e você sentia que estava tão ansiosa por aquilo, que se não estivesse usando a calcinha ainda, provavelmente já teria pingado no carpete. No início ele não fez nada além de segurar seus cabelos, até porque ele gostava de deixar você seguir seu próprio ritmo; ir no seu próprio tempo.
Abocanhou de vez o mais velho, fazendo-o gemer de surpresa pela forma como você usava sua língua na glande sensível. Ele nunca foi do tipo de poupar elogios, ou até mesmo gemidos. Quando ele estava gostando de algo, fazia questão de deixar isso bem claro — e no sexo não era diferente.
— Isso, mi amor, isso mesmo... caralho... — ele puxava um pouco seus cabelos, mas não era nada diferente do que você gostasse.
Tinha um pouco de dificuldade em engoli-lo completamente, já que ele era grande, então você masturbava o que não cabia em sua boca. E, mesmo assim, se arriscava tentando fazer garganta profunda, o que ocasionalmente te fazia engasgar e lacrimejar levemente. Isso fazia ele rir, e não era uma risada de quem achava engraçado, era uma risada perversa, de quem se divertia em saber do seu esforço e achar que você ficava adorável tentando aguentar tudo aquilo.
— Acho que você já fez o suficiente, corázon... até que você se provou mais boazinha do que eu imaginava... — enquanto você ainda estava de joelhos, ele levou uma mão até sua bochecha, acariciando levemente e observando que você estava um pouco ofegante. — Eres una buena chica... e agora está na minha vez de retribuir.
Você se levantou do chão, vendo como o latino imediatamente levou as mãos até sua nuca, te puxando para selarem seus lábios. Foi um beijo mais necessitado, com gemidos vindo de ambos, e os estalos ecoando pelo quarto enquanto ele te puxava mais para perto e ia te guiando até a cama. Todas as vezes em que beijava o mais velho desse jeito, sentia que ele estava prestes a te devorar.
O moreno fez você se deitar, e você imediatamente sentiu os lençóis macios entrarem em contato com suas costas. Ele desceu os beijos para seu pescoço, lambendo e chupando a leve macia em pudor algum, vendo como você se arrepiava com aquele toque tão íntimo. E, em seguida, foi descendo para seu peito, podendo abocanhar um de seus seios, enquanto massageava o outro com a mão grande.
Aquilo era tão satisfatório que você nem tinha palavras para descrever. A forma como a língua dele brincava com seus mamilos, e os lábios quentes acariciavam sua pele sensível era surreal. Ele podia ficar horas e horas se deliciando com seus seios.
— E-Enzo... — gemeu o nome dele inconscientemente.
— Não vai me chamar de "amor"? — ele sussurrou contra sua pele, descendo beijos por seu ventre, até chegar em sua calcinha, onde ele beijou por cima do tecido fino, antes de desfazer os laços nas laterais. — Assim eu fico magoado...
Ele brincou, rindo ao retirar a peça íntima e ver o quão molhada você estava. Certamente era bem mais do que na hora em que ele havia colocado a mão. Vogrincic salivava somente ao observar sua situação, aquilo certamente era um banquete para ele.
— Puta que pariu... — ele lambeu o lábio inferior sutilmente, com o olhar fixo em seu sexo gotejante.
Levou a mão até sua intimidade e acariciou suavemente, antes de desferir um tapa. Não foi forte, mas não foi leve. Foi o suficiente para fazer seu corpo dar um sutil tranco para a frente.
— Ensopada... — ele sorriu malicioso, antes de sair da cama para ficar de joelhos no chão e ficar na altura ideal do que ele tanto almejava.
Ele foi segurar suas coxas e jogar suas pernas por cima dos ombros dele, para distribuir alguns beijinhos e alguns chupões na parte interior.
— Se você ousar fechar essas pernas, que seja ao redor da porra da minha cabeça... — praticamente rosnou antes de finalmente te abocanhar.
Ele costumava ficar te provocando na maioria das vezes, fosse lambendo seu clitóris ou até mesmo distribuindo beijinhos por cima de sua intimidade molhada. Entretanto, dessa vez ele estava tão focado em sentir seu sabor que nem pensou em "perder tempo" com tudo isso que viria antes.
Seu corpo arqueou imediatamente, na hora em que sentiu a língua espessa do uruguaio invadir seu interior molhado e um gemido sôfrego escapou por seus lábios. Ele sempre te devorava numa urgência que era avassaladora, eram poucas as vezes em que ele era gentil fazendo oral. Sempre teve essa necessidade em provar você, em ver você se contorcendo na língua dele.
— A-Amor! — você gemeu alto, agarrando os lençóis, e apertando.
Ele te chupava numa ânsia inconfundível. Ninguém nunca havia te desejado tanto assim, nunca haviam se esforçado tanto para te proporcionar prazer como ele fazia. Seu namorado apertou suas coxas com volúpia, olhando para cima enquanto te chupava, fazendo você olhar para baixo e se deparar com aquele belo par de olhos tonalidade chocolate belga, que te fazem perder o juízo e jogar a cabeça para trás novamente.
O nariz avantajado do mais velho era esfregado sutilmente contra seu clitóris enquanto os lábios dele se moviam com destreza em sua buceta, e ele praticamente te fodia com a língua. Não aguentou e acabou fechando suas pernas ao redor da cabeça dele, apertando com suas coxas por conta do estímulo.
— E-Eu vou... porra! — agarrou os cabelos dele imediatamente, sentindo como os fios macios deslizam por seus dedos.
Imediatamente ele parou e afastou sutilmente o rosto de sua buceta, te fazendo olhar para ele incrédula. Estava ofegante, e ele estava com os lábios molhados por sua excitação.
— Só vai quando eu deixar — ele sorriu, totalmente confiante e poderoso.
— Amor, não faz isso comigo — apoiou seu peso em seus ombros, erguendo um pouco o corpo para olhar para ele.
Ele parecia não ouvir, deslizando o dedo anelar e médio para seu interior.
— Olha como desliza fácil, mi amor... olha só — ele retirou os dedos de seu interior quente e apertado, levando até a sua boca. — Sente...
Você imediatamente lambeu e chupou os dedos grossos do mais velho, sentindo o próprio gosto enquanto ele sorria sem mostrar os dentes. O uruguaio levou os mesmos dedos até sua buceta novamente, penetrando lentamente e observando sua reação. É, um homem com aquelas mãos causava um belo estrago toda vez que te tocava.
— Ainda estou decidindo se você pode gozar ou não... — ele disse, indo com os dedos até o final, curvados levemente para cima, a fim de encontrar o ponto exato. — Mas, isso cabe a mim, ouviu bem? — ele moveu os dedos um pouco mais rápido, fazendo a palma da mão bater contra seu clitóris, fazendo suas pernas tremerem. — Enquanto eu não disser que você pode, você não ouse, entendeu?
Você assentiu com a cabeça com dificuldade.
— Ótimo.
O moreno começou a mover os dedos num ritmo um pouco mais rápido, fazendo com que a palma dele batesse contra seu clitóris diversas vezes, te fazendo tremer com esse toque brusco. Apesar de que em alguns momentos ele acabava mudando o ritmo, fazendo devagar, bem lento, quase como se estivesse te acariciando.
Aquilo era de propósito, somente para que você chegasse bem perto de gozar, e ele então fizesse toda aquela adrenalina diminuir. Seu coração estava acelerado, assim como sua respiração, que estava completamente afoita — e ele estava adorando se deliciar com as reações que arrancava de você.
Agora ele havia aproveitado para completar essa "tortura", levando a boca até seu clitóris e chupando com vontade. Seus quadris já estavam tremendo, o orgasmo estava se aproximando e ele notava isso.
— E-Enzo! E-Eu não consigo! — gemia desesperadamente, lacrimejando por conta da sensibilidade, que estava em níveis absurdos agora.
— Aguenta, sim! Você é minha boa garota, lembra, corázon?
Ele disse, dando beijinhos em seu clitóris e diminuindo o ritmo, levando aquele ápice para longe novamente. Já era a quarta vez que ele fazia isso? Provavelmente, você nem contava mais, só estava ocupada em senti-lo.
Aquilo se repetiu por mais algum tempo, e você fazia de tudo para segurar seu orgasmo, mesmo que ele fizesse de tudo para você gozar, mas como não tinha a permissão dele, de nada adiantava. Ele sentia como seu interior apertava os dedos dele diversas vezes, a cada movimento de vai e vem em que ele atingia o ponto específico; o que te fazia perder o juízo.
— Goza pra mim.
Ele praticamente rosnou contra seu clitóris, movimentando os dedos num ritmo feroz, e te chupando vorazmente, fazendo você agradecer diversas vezes, no tom de voz mais manhoso possível, para que então, finalmente gozasse.
Seu ápice te atingiu com tudo, e você praticamente gritou, agarrando os cabelos dele enquanto seus quadris tremiam, assim como suas pernas. E, você se desmanchava nos dedos dele, feliz como nunca e orgulhosa de si mesma por ter conseguido segurar por tanto tempo.
O mais velho ainda te chupou mais um pouco, te "limpando" e fazendo suas pernas terem pequenos espasmos.
— Viu? — ele se levantou. — Eres muy obediente cuando quieres — sorriu para você, maliciosamente. — Agora vai para lá e fica de quatro.
Ele apontou para uma das extremidades da cama. Apesar de você estar um pouco fraca por conta do orgasmo que acabou de te atingir, você engatinhou entre os lençóis macios e ficou onde ele havia mandado. Era bem de frente para o espelho, onde tudo aquilo havia começado.
Seu namorado foi para cima da cama também, indo até você. Ele se inclinou levemente, distribuindo beijinhos por suas costas, que faziam uma trilha até sua bunda, onde ele beijou a nádega esquerda.
— Mia… solo mia… — ele disse num tom tão único, o tom de quando estava com tesão e você amava ouvir.
— Só sua... — disse, manhosa.
Ele depositou outro beijo, dessa vez em sua nádega direita.
— Gostosa pra caralho... — o tom grave e rouco da voz dele te causava arrepios, só não mais do que o tapa que ele deferiu à sua bunda, te fazendo gemer de surpresa.
E, em seguida, mais um tapa. Porém, do lado oposto.
O moreno se ajeitou atrás de você, no meio de suas pernas, observando o quão molhada você ainda estava. Estava praticamente pingando, e ele poderia ficar admirando aquilo o dia todo.
Ele segurou o próprio pau, levando até sua entrada, mas sem penetrar, somente deslizando e se melando com sua própria excitação. Merda, aquele homem adorava provocar, quem via aquele sorriso amigável não seria capaz de imaginar a fera que ele era entre quatro paredes — ou em qualquer outro lugar.
— A-Amor, p-por favor... — choramingou.
— Com você implorando assim... porra... — ele começou a te penetrar lentamente, fazendo com que cada centímetro deslizasse para seu interior apertado.
Você sentiu que estava lacrimejando novamente e gemia baixinho, sentindo-o. Não estava lacrimejando de dor, mas sim de sensibilidade, algo que você gostava muito por sinal. O uruguaio gemeu de satisfação quando viu que havia penetrado tudo, foi lento de início para não acabar te machucando.
As mãos fortes do mais velho foram até sua cintura, segurando e apertando com as pontas dos dedos, começando a fazer os movimentos de vai e vem, com o quadril. Você revirou os olhos e gemeu de satisfação com o ritmo. Não era lento e nem tão rápido, era completamente ideal.
— Puta merda... que bucetinha, hm? Parece que foi feita pro meu pau — por que tudo que ele falava soava extremamente sensual?
Ele mudou o ritmo dos quadris, sendo um pouco mais bruto do que antes, aumentando o ritmo gradativamente. Sua lubrificação fazia-o deslizar melhor em seu interior apertado e atingir o ponto exato para te fazer revirar os olhos e abaixar levemente a cabeça, com seu rosto indo de encontro ao travesseiro.
— Nada disso, corázon, nada disso... — ele segurou seu maxilar, erguendo seu rosto novamente e te fazendo olhar pra frente. — Olha bem pra esse espelho... — ele segurou seu cabelo num rabo de cavalo enquanto continuava movendo os quadris. — Olha como eu te fodo…
Você olhava para o espelho, vendo como a mão grande de seu namorado estava em seu cabelo, puxando naquele rabo de cavalo, e como ele mantinha a outra mão em sua cintura para estabilizar. Ele tinha um pouco de suor na testa, e alguns fios de seus cabelos macios estavam grudados nela, além deles estarem bagunçados; já que você estava puxando-os há minutos atrás.
Ele também olhava para o espelho, fazendo contato visual com você através de lá. Ver aqueles olhos castanhos exalando o mais puro prazer que ele sentia enquanto os lábios estavam entreabertos era incrível. Só não era mais do que os gemidos simplesmente profanos que saíam deles.
— E-Eu posso cavalgar em você? — pediu, durante o momento.
Ele ficou surpreso, e uma risada de satisfação foi ouvida.
— Acha que aguenta, corázon?
— Uhum... — confirmou timidamente, fazendo-o sair de dentro de você e se sentar na cama.
Você se virou para o mesmo, e o viu dando tapinhas nas próprias coxas, te chamando.
— Vem cavalgar em mim, hm? — o tom de voz era tão promíscuo, que só de ouvi-lo falando, você já era capaz de imaginar as maiores atrocidades possíveis.
Engatinhou até ele e sentou-se em seu colo, obtendo apoio nos joelhos para terem o encaixe perfeito mais uma vez. Passou as mãos ao redor do pescoço do mais velho, o puxando para beijar aqueles lábios macios mais uma vez. Um beijo afoito e que fazia vocês gemerem contra os lábios um do outro. Não só pelo beijo, como também pelos movimentos que você estava fazendo.
Seus quadris subiam e desciam, e o som de sua bunda indo de encontro ao colo dele certamente era algo que gostaria de ouvir o dia todo. Uma mão grande do mais velho foi até sua bunda, apertando e te dando um certo apoio, enquanto a outra estava em sua cintura, apertando.
— Sou todo seu, minha princesa... — ele mordeu levemente seu lábio inferior. — Todo seu...
Ele conseguia soar ainda mais promíscuo sussurrando.
Você gemia loucamente, se deliciando mais a cada vez que subia e descia, e o mais velho gemia sem pudor algum, olhando para você. Em algum momento, acabou levando uma de suas mãos até a bochecha dele, deslizando um pouco para os lábios, e aquele olhar entregue estava fixo ao seu, enquanto ele beijava a ponta de seus dedos como um mero devoto adorando sua deusa.
Aumentou um pouco o ritmo, indo com um pouco mais de força, e um pouco mais rápido. Ele sentia novamente que seu orgasmo estava próximo, pela forma como você estava contraindo sua buceta. Como o bom namorado que era, levou uma mão até seu sexo encharcado, deslizando por seu clitóris e estimulando com movimentos circulares.
— Caralho, e-eu vou gozar.... Enzo, eu vou... — dizia com dificuldade, revirando os olhos e sentindo algumas lágrimas escorrerem por suas bochechas.
Aquilo eram certamente lágrimas do mais puro êxtase.
— Goza no meu pau, mi amor — ele confirmou, te estimulando mais.
Em poucos segundos, obteve seu segundo ápice daquela tarde, que veio acompanhado de um incrível squirt. Gritou de prazer, sentindo melar o pau do mais alto com isso, e também molhar o abdômen dele. Suas pernas tremeram e seu coração estava acelerado enquanto sua respiração estava descompassada e você apoiava suas mãos nos ombros dele.
— Caralho, mi vida... que espetáculo, puta que pariu... — ele levou a mão até o abdômen, molhando a ponta dos dedos com sua satisfação e levando até os lábios.
— Sua vez agora... — você sorriu, ofegante, olhando para ele.
Ele sorriu na mesma hora, entendendo o recado. Se tinha uma coisa que vocês dois gostavam muito era de gozar dentro. Isso sempre foi algo extremamente consensual e muito bem conversado desde o início do namoro. Tinha seus métodos contraceptivos em dia, e ele evitava fazer isso em dias de período fértil.
Vogrincic te segurou, e virou vocês dois na cama, ficando por cima enquanto segurava sua perna e colocava no ombro dele. Ele beijou seu tornozelo delicadamente antes de finalmente te penetrar mais uma vez. Você se encontrava extremamente sensível, mas gostava muito da sensação, mesmo que já estivesse satisfeita.
— Eu sou viciado nessa buceta, puta que pariu... — ele movia os quadris para frente e para trás num ritmo bruto.
Olhava bem para seu rosto, e você olhava para o dele. Contato visual era importante, e acima de tudo sensual. Seus olhos brilhavam em puro prazer, e suas pupilas ainda estavam um pouco dilatadas, desfrutando do êxtase enquanto seus lábios estavam entreabertos, e gemidos manhosos saíam deles.
A cada movimento bruto dos quadris, você sentia alguns pelos dele encostando em sua pele sensível, e hiper-estimulada. Os cabelos castanhos dele caídos pelo rosto o deixavam ainda mais sexy; ver aquele homem em cima de você era uma perdição.
Uma bela perdição.
— Goza dentro de mim, amor... — pediu manhosa, do jeitinho mais sujo que pôde, quando ele levou uma mão até sua bochecha, e você aproveitou para chupar o polegar do mais velho, olhando para ele. — Goza, hm?
Você contraia sua buceta diversas vezes.
— Eu tô gozando- ugh! La puta madre!
Ele fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, gemendo sem pudor algum enquanto te penetrava profundamente. O pomo de Adão dele subia e descia, com a respiração descompassada e você sentia ele te preenchendo devidamente.
Ainda se recuperando do orgasmo, o uruguaio saiu de dentro de você, fazendo vocês dois olharem para como escorria sutilmente.
— Que delícia — você disse, sorrindo para ele.
Ele, por sua vez, sorriu de volta, mostrando aqueles dentes fofos que faziam o sorriso dele ser tão puro e genuíno. O moreno se deitou na cama e te puxou para que você se deitasse em cima dele.
Estavam suados, e você estava completamente destruída depois disso. Mas, sempre valia a pena. Tudo com Enzo valia a pena, porque você era a namorada que ele amava até a morte, e seria grato ao universo pelo dia em que te conheceu.
— Você está bem? Passei do ponto em algum momento? — ele segurou sua mão, entrelaçando na dele casualmente.
— Não, não! Foi perfeito! Perfeito! — você escondeu o rosto na curva do pescoço dele, enquanto ria contente.
— Te dei o que você queria?
— Porra... até mais! — sua sinceridade o fez ficar corado.
— Eu às vezes falo do seu jeitinho de me provocar... mas, eu te amo, sabia? — ele te olhava com tanta ternura, você podia afirmar que aquilo era amor verdadeiro, podia sentir.
— Yo también te amo — você se inclinou um pouco para frente e deixou um selinho nos lábios do mais velho, tentando falar em espanhol. — ¡Mucho mucho mucho!
Depositou vários beijinhos no rosto de Vogrincic enquanto ele te abraçava e sorria. Gostava muito de sentir o calor do corpo dele desse jeito, principalmente depois de algo tão intenso quanto essa foda havia sido.
Só estava toda dolorida agora, mas isso era um mero detalhe.
[...]
𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐇𝐀𝐃𝐄𝐒: morceguinhas, se estiverem cansadas depois dessa foda, eu trouxe o Samuel do sushi, e pra quem não gosta de sushi tem yakisoba também, um beijinho e até a próxima 💋
#enzo vogrincic#enzo vogrincic fanfic#enzo vogrincic moodboard#enzo vogrincic x you#lsdln cast#enzo vogrincic x reader#lsdln imagine#enzo vogrincic gif#enzo vogrincic one shot#enzo vogrincic smut#enzo vogrincic x fem!reader
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red red wine. matías recalt x fem!reader
fem!reader, matías recalt x reader, smut.
cw: +18, smut, sexo em público, matías falando merda, penetração, dirty talk, dumbification.
sinopse: o melhor amigo do seu irmão mais novo finalmente consegue roubar seu beijo.
wn: seu pedido, @luludohs! desculpa a demora e espero que você goste <3 também juntei com o request de um anon que me pediu smut na praia!
você pausou o filme que assistia a muito contragosto quando ouviu uma série de vozes muito animadas entrando pela porta. a voz do seu irmão era clara entre as demais e a voz do argentino maldito vinha logo em seguida.
matías era o amigo argentino do seu irmão que vinha visitá-lo no brasil de vez em quando. eles gostavam muito da praia que sua família tinha casa e, quase sempre quando matías vinha, davam um jeito de escapar para o litoral.
uma pena que resolveram vir na mesma época que você estava tirando seu mês sabático longe de todas as pessoas e formas de vida possíveis.
o argentino não era má pessoa, só era infantil, implicante, não tinha a menor noção do significado de "espaço pessoal" e claramente queria te comer a qualquer custo.
o que não era um problema pra você - ele até que era gracinha - mas só o fato de ele tentar tanto já te deixou sem muita vontade. não só isso como tinha a mais plena certeza que seu irmão jamais a perdoaria.
de qualquer forma, alheios ao seus pensamentos, os dois entraram pela sala gritando, comentando sobre algo que tinham visto, seguido de mais três amigos brasileiros do seu irmão.
"boa noite." cumprimentou sem muito entusiasmo, encarando seu irmão mais novo que claramente estava bêbado. "que coisa bonita, viu? mamãe vai achar lindo."
"mamãe não vai achar nada! não conte pra ela!" o desespero na voz era palpável. todos riram bastante, menos o desesperado.
"buenas." matías disse, sendo o único que te cumprimentou olhando nos olhos, depositando um beijinho na sua bochecha. "está linda hoje, nena. adorei o vestido." teria enrubescido se aquele não fosse mais um flerte comum de matías. balançou a cabeça negativamente.
seu irmão resmungou alguma coisa que você fez questão de não ouvir.
"vocês levam esse pateta lá pra cima? acho que ele precisa de um banho." aproveitou a presença dos demais pra não se responsabilizar em nada pelo irmão bêbado. já tinha bancado a babá vezes o suficiente nos últimos dias.
"chicos, podem levá-lo, eh? vou ficar aqui cuidando dessa princesa." você bufou, desligando a televisão de vez. queria dizer que não, que saísse de perto de você, que a deixasse em paz, mas sabia que aquele tipo de comentário só renderia mais e mais implicâncias de matías. era melhor ficar calada.
viu todos carregando o corpo acordado, embora claramente inerte, escada à cima. o safado aproveitou que ficou distraída e rapidamente sentou ao seu lado no sofá, as coxas centímetros de se tocar. "hola, linda."
"hola nada, argentino."
"não hables assim que me encanta."
"matías, não me amole. hoje eu não estou com saco. vai perturbar os patetas lá em cima que eu tenho mais o que fazer."
curta e grossa, não esperou para ver a reação do mais novo. se retirou da sala, indo direto para a área da varanda que, felizmente, era de frente ao mar. tirou às chinelas e colocou o pé na areia, sentindo-se calma quase que imediatamente.
gostava muito daquele lugar e gostava mais ainda da praia à noite. era tudo tão calmo. não havia viva alma por ali que não fosse você e todas as micro formas no mar e na areia. o marulho te fazia sorrir. andou um pouco, se afastando da casa, sentando onde a luz da varanda quase não te alcançava mais.
estava tudo perfeito, até ouvir aquele sotaque forte se aproximando.
"ay, linda. me pergunto o quanto que eu vou ter que me humilhar até conseguir um beijo teu." sem convite, e sem esperar por um, ele sentou-se ao seu lado na areia. enterrando os pés quase que automaticamente. largou ao seu lado uma mantinha do sofá.
você acharia fofo e ficaria até com pena se não conhecesse a peça muito bem.
"infelizmente, matí..." e soltou o apelido com todo escárnio e ironia que conseguiu. "acho que só nascendo de novo."
o rapaz bateu de leve na própria cabeça, soltou uma palavra em espanhol que você não conseguiu distinguir e se levantou quase que na mesma hora. a reação foi esquisitíssima, até porque ele sorria.
você virou o rosto para entender melhor o que ele planejava fazer. o argentino deu alguns passos em direção à casa, estremeceu e voltou. sentando no mesmo local que antes ocupava, do seu lado, na areia. ele trazia consigo um sorriso encantador.
"hola, me chamo matí. sou argentino e estou visitando o brasil. como se chama?"
você piscou algumas vezes. matías era um safado mesmo.
"matías, francamente."
"sim, é matí de matías!" chega deu um saltinho, fingindo surpresa. "como adivinhou? acho que nosso encontro estava escrito nas estrelas!" os olhos estavam arregalados, a boca aberta em choque e a mão direita apontava para o céu, que estava salpicado de estrelhinhas.
você não conseguiu conter as gargalhadas que saiam sem permissão da sua boca. maldito! "eu disse nascendo, matí. não conhecendo!" mas as risadas falavam mais.
e o argentino, que não era bobo nem nada, aproveitou seu acesso de riso e baixa de guarda momentânea para se aproximar. ele trazia um sorriso sincero, sereno e mirava direto para seus lábios.
você não sabe muito bem porque deixou. talvez pelo término recente, talvez pela insistência do outro. pela curiosidade de finalmente entender o que ele faria se conseguisse te beijar.
fosse como fosse, permitiu. deixou que ele chegasse perto. deixou que seus lábios se encontrassem pela primeira vez. deixou que o beijo se intensificasse, que a língua pedisse passagem, que ele colocasse a mão firma na sua cintura.
e também permitiu os demais beijos que vieram em seguida.
se agarravam sem qualquer pudor na praia vazia. os beijos mais longos e mais intensos, os toques saindo do educado e entrando no reino sexual. você até colocou a mão na coxa dele, sem vergonha. e deixou que ela deslizasse com certo cuidado pelo membro já pulsante do rapaz.
aquilo foi o que ele precisava, pelo visto.
matías se levantou, pegando a manta esquecida e a estendendo na areia. deu duas batidinhas. "sua cama, princesa." e soltou uma risadinha ridícula.
você não aguentou e deu um tapaço no braço dele, embora tenha aceitado a oferta e deitado por cima do tecido. "se você acha que vai me comer na praia, ma..."
foi interrompida por mais um beijo ardente. ele jogou o corpo por cima do seu, deslizando as mãos do seu rosto até a cintura, passando propositadamente pelo vale dos seus seios.
"shhh, nena. eu ia te comer em qualquer lugar. por acaso, vai ser na praia. relaxe." você queria conseguir respondê-lo, queria sim. algo bem desaforado, se levantar e deixar ele doente de tesão sem poder te tocar nunca mais de novo.
mas na mesmíssima hora que ele calou a boca, a mão encontrou o caminho por de baixo do vestido que usava. seu corpo estremeceu no momento que ele arredou só um pouquinho sua calcinha para o lado. o contato do dedo quente e do vento frio em um ponto tão sensível e já estimulado te fizeram gemer baixinho.
matías se levantou sem tirar a mão, ficando de joelhos na frente do seu corpo deitado. "porra, que tesão. você sabe que eu quero meter aqui desde a primeira vez que eu te vi, né?" introduziu o dedo indicador que entrou sem dificuldade com o tanto de mel que você soltava. "é tão engraçado. você estava tão inteligente até agora. respondendo tudo direitinho. eu meti o dedo na tua buceta e de repente você perde a capacidade de falar."
"matías." foi um aviso. estava com tesão mas não era maluca. por mais que as dedadas dele (que agora acrescentava mais um dedo) estivessem te levando a loucura.
"repete meu nome de novo. quero que você goze me chamando." e ele abriu o zíper da calça, colocando o membro para fora com maestria e jogando o corpo por cima de você. meteu só a cabecinha do pau com cuidado na sua buceta. você suspirou fundo, as mãos correndo para os ombros dele a fim de te dar apoio e suporte.
"que bucetinha apertada. agora entendi porque você é tão mal humorada. não se preocupa não, nena." e ele introduziu o restante do membro, soltando um gemido tão lânguido quanto o seu quando se enfiou por inteiro.
ele metia com gosto, em um ritmo perfeito. queria que ele jogasse seu vestido fora e a blusa que usava também, mas sabia que não podia devido as circunstâncias. afinal, ainda era um espaço público.
a constância estava te deixando louca e ele aproveitou que seus gemidos estavam ficando mais desesperados para masturbar seu clitóris. "goza comigo, linda. e geme meu nome." você não era louca de não obedecer. em poucos minutos, gozou de boca aberta, chamando o nome do argentino sem vergonha e sem pudor.
em pouco tempo sentiu o interior sendo inundado pelo gozo dele.
matías se vestiu, ajeitou seu vestido e deitou ao seu lado, passando o braço por de baixo do seu pescoço e te trazendo pra perto. pela primeira vez, ficou calado na sua presença. e aí você entendeu que esse provavelmente era o único jeito de fazê-lo calar a boca.
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vampiro da guarda | Jake
Jake × Fem!Reader | fluff | primeiro textinho de halloween (não que eu ache que haverão outros KKKK) | wc: 2k
sinopse: se apaixonar romanticamente por um gatinho, no sentido literal, definitivamente não estava nos seus planos.
notinha da Sun: tô viciada em “Brought The Heat Back”, então decidi escrever alguma coisa inspirada nessa música 😁 Eu sei que vocês gostam de uma coisa mais picante uh la la, masss essa aqui é extremamente bobinha e fofa. Talvez eu faça uma pt.2 porque deixei alguns pontos abertos, mas é só talvez mesmo!! KKKKK Espero que vocês gostem!!
boa leitura, docinhos!! 🦇
Você tinha se mudado para aquela cidadezinha remota não fazia nem três semanas, mas coisas estranhas estavam acontecendo. Sentia-se como se estivesse dentro da sua série favorita, “Teen Wolf”, só que sem a parte do ensino médio. A questão é que você trabalhava numa clínica veterinária, exercendo seu técnico em auxiliar de veterinária. Tanto você quanto Jungwon, seu melhor amigo, eram novos na região. Ele fazia o tipo medroso; você era curiosa demais. Talvez morresse primeiro se estivesse em um filme de terror, como o resultado daquele quiz que vocês fizeram dois dias atrás, mas, pelo menos, morreria com a curiosidade saciada.
— A gente tem que sair daqui o mais rápido possível, me escuta — ele disse, enquanto mastigava uma Fini daquelas azedinhas. Você tomou um gole do seu café tradicional e revirou os olhos.
— Jungwon, a gente tá há sei lá quanto tempo procurando emprego na área. Ninguém aceita dois jovens de 20 anos sem experiência — aquilo era verdade. Jungwon suspirou, batendo os pés tal qual uma criança mimada que precisa mesmo de uma coleção daqueles bonequinhos de ratinhos.
— Talvez a gente já saiba porque eles decidiram contratar dois jovens bobinhos — ele te olhou, e você roubou uma cobrinha repleta de açúcar azedo da embalagem dele. — Não consigo entender a morte daquele cão.
Todo o sangue drenado, não tinha nada. O cão estava oco. Nem sabiam direito em que horário ele havia falecido. Aquilo não saía da sua cabeça, e muito menos da de Jungwon, principalmente da de Jungwon aparentemente. Não podia negar que a cidade tinha uma atmosfera esquisita: anoitecia depressa, quase não tinha comércio, e o bar local era a única diversão que os habitantes tinham. No entanto, ele parecia sempre deserto, como se as pessoas se resguardassem com medo de algo maior, algo sobrenatural, quem sabe? Lobisomens ou...
— Para com essa história maluca de vampiros, Jungwon — você disse para o seu amigo, cutucando-o nas costelas e fazendo-o reagir imediatamente com um pulo do banco. Sempre fora extremamente sensível para cócegas. — Desse jeito você vai ficar maluco.
— Depois não me diz que eu não te avisei. Preciso de mais glicose, vou ver se eles têm aquele pirulito com pozinho.
Você assentiu, observando-o caminhar até um mercadinho pequeno do outro lado da rua. Estavam no centro da cidade, onde a quantidade mínima de estabelecimentos se reunia, como se aquele fosse o shopping local.
— Ah, achei que você não tinha comprado o seu — Niki, um dos clientes frequentes da clínica, apareceu de repente ao seu lado, segurando dois copos fumegantes de chocolate quente. Você ergueu seu copo já frio de café, dizendo: — Esse aqui já acabou mesmo.
Ele sorriu, sentando-se ao seu lado, no mesmo lugar onde seu amigo estava segundos atrás. Percebeu que Niki estava de olho em você desde a primeira vez que se encontraram na clínica e não achou aquilo ruim. Embora Jungwon sempre fizesse questão de não te deixar sozinha com o garoto em questão, dizia que Niki poderia ser um serial killer, um maluco disfarçado naquela cidade de malucos também. Mas você sempre ignorava suas palavras com um gesto de abano.
— Tá afim de sair esse final de semana? Pra um encontro? — você corou com a pergunta súbita, ficando meio sem palavras. Era sim ou não, mas, mesmo assim, parecia que suas cordas vocais não queriam fazer o trabalho delas. Você se remexeu no banco, olhou para ele, e, no momento em que iria responder com um “sim” não muito confiante e duvidoso, escutou o miado manhoso demais de um gato.
Olhou para o chão, para o seu lado, e sentiu quando o gato passou pelas suas pernas, se esfregando e ronronando em uma delas. Niki te chamou de novo e colocou uma mão sobre a sua, parecendo um tanto quanto afobado, querendo sua resposta logo e sem se importar muito com o novo amigo no chão.
— Ah... Sim? Como aqui não tem... — o gato continuou te circulando e até arranhou sua calça jeans de boca larga. Você se perdia no raciocínio toda vez que acompanhava a baderna que o gato fazia pela sua atenção. — Nenhum lugar minimamente interessante, posso te mostrar meus dotes culinários em casa.
Niki sorriu, sorriu muito, um sorriso completo que moldou seus lábios perfeitamente. Você deu um sorriso meio sem graça e finalmente segurou o gatinho, cujos pelos eram tão pretos que chegavam a brilhar, a cintilar. Os olhos amarelos sinceramente te hipnotizaram demais.
— Acho que ele tá com sede. Já volto. — Niki olhou para o gato com certo desdém, se você realmente fosse boa em linguagem corporal teria percebido isso, e assentiu mudo. O sorriso já não existia nos lábios dele, exibindo uma expressão neutra enquanto te observava atravessar a rua com o gatinho em mãos até o mercadinho, onde Jungwon estava. Encontrou-o com uma grande cesta de doces de embalagens coloridas, enquanto tinha a última Fini na boca.
— Voxê não vai acreditar — ele disse sem olhar para você. Quando o fez, arregalou os olhos para a criatura no seu colo, como se o gato fosse um gato-polvo com vários tentáculos te engolindo. — Ai, meu Deus. Você tava escondido aqui esse tempo todo?
— Quê? Que que você tá falando? — você questionou, e Jungwon sorriu ao terminar de mastigar o doce entre os dentes, te acompanhando até o caixa. Você passou a garrafinha de água, enquanto ele colocou na pequena esteira os mil e um doces que escolhera.
— Onde você encontrou esse gato? — seu melhor amigo questionou, e você deu de ombros enquanto acariciava o pelo do gatinho fofo.
— Quero levar ele pra casa.
— Você quer levar todo animal pra casa, ô metida a Luisa Mell — você mostrou a língua para ele, enquanto ele pagava pelas compras e se despedia da caixa com um sorrisinho.
— Tô pensando num nome... Sombrio, talvez? — você questionou enquanto andavam na calçada. Ele destacou outra embalagem de doces e colocou uma gelatina em formato de chapéu de bruxa na sua boca.
— Pra uma pessoa sem criatividade que nem você, é uma boa — ele disse, e você revirou os olhos.
Com o passar do tempo, você descobriu que Sombrio era o gato mais manhoso e doce que já conhecera. Ele queria te seguir para todo lugar, incluindo seu trabalho. No entanto, as últimas noites tinham sido estranhas: você acordava no meio da noite, quente, com a estranha sensação de um homem misterioso compartilhando a cama com você. Mas, quando olhava ao lado da cama de casal, encontrava Sombrio dormindo pacientemente. Era esquisito como sentia a pressão de mãos estranhas, que logo se tornaram familiares. Elas tocavam sua cintura, pousavam na sua barriga, e você podia até sentir uma fragrância diferente. No entanto, sempre que abria os olhos, assustada, não encontrava nada.
— O que eu te disse sobre o Niki?
— Sombrio não para de me morder, parece um pernilongozinho, sempre arrancando sangue de mim. — Você posicionou o celular na mesinha de centro, ficando de lado para Jungwon, do outro lado da ligação de vídeo, enquanto acariciava os pelos de Sombrio. Ele dormia tranquilo sobre sua barriga, mas, com a pequena menção de seu nome, levantou a cabeça para te olhar com aqueles belos olhos amarelos.
— Tá me escutando?
— Você me falou pra ficar longe, que ele poderia me matar e esconder meu corpo no quintal dele. Mas e daí? Faz muito tempo desde a última vez que um cara se interessou por mim. — Você beijou os pelos do gatinho, acomodando-se melhor no sofá. — Tô com uma torta no forno, e daqui a uma hora ele já deve aparecer.
— Meu número é o seu número de emergência, né? — Você bufou, mas assentiu para a câmera. — Promete que vai deixar o celu...
Você se inclinou para clicar na bolinha vermelha e desligar a ligação de vídeo. Depois, olhou para Sombrio.
— Eu sei, ele fala demais.
Seus olhos começaram a pesar com o entardecer que entrava em raios de luz alaranjada pela cortina da sua janela. Em pouco tempo, você estava dormindo. Só não esperava começar a tossir desesperadamente pouco depois. Quando olhou para a cozinha aberta, soltou um gritinho: tudo estava em brasas. Como uma torta poderia ter causado aquilo tão rápido? Seus dedos trêmulos pegaram o celular para ligar para os bombeiros, mas... Onde estava Sombrio?
— Vai ficar aí esperando o fogo te alcançar?
De fato, as chamas começavam a se alastrar pela sala, e o cheiro de queimado te deixava desconfortável. Mas o mais importante: como aquele cara desconhecido havia entrado na sua casa? E onde diabos estava Sombrio?
— Acho que eu prefiro morrer carbonizada do que nas mãos de uma pessoa desconhecida que tá literalmente dentro da minha casa. — Você deu alguns passos para trás. No entanto, se recuasse mais um pouco, entraria no foco do incêndio, e o teto poderia desabar na sua cabeça. Então, você parou, analisando bem as opções. Correr seria inútil: nunca foi muito forte fisicamente.
— Assim você me magoa. — Ele fez um beicinho e avançou até você num piscar de olhos, literalmente se teletransportando para pegar sua mão e te puxar para fora. Depois disso, tudo virou uma sucessão de eventos confusos.
Niki não apareceu naquela noite, mas Jungwon chegou minutos depois dos bombeiros. Ele te abraçou apertado e te conduziu até a garagem da sua casa, quando o incêndio foi controlado. Entrar na casa, no entanto, era impossível por causa do cheiro de queimado.
Você se sentou no sofá antigo que ainda estava na garagem. O outro sofá, o vermelho que você tanto gostava, provavelmente já tinha sido consumido pelo fogo. Por sorte, o andar superior e a garagem não foram atingidos, mas seus problemas respiratórios te impediram de ficar lá por muito tempo.
— Eu não tenho muita certeza de que uma torta causaria todo esse rebuliço — você comentou para Jungwon, que te olhou com uma expressão suspeita. — Tá, fala logo o que você quer dizer.
— Acho que você precisa saber que...
— Por que deixou ela me chamar de Sombrio esse tempo todo, hein? Não que eu esteja reclamando, foi fofo.
Você tampou a boca com as mãos ao ver o mesmo homem de antes aparecer diante de você. Queria gritar, mas Jungwon te impediu, ajoelhando-se na sua frente. Você, devagar, se sentou no sofá, ainda em choque.
— O Sombrio, na verdade, é o Jake. Ele é um vampiro.
— Híbrido, na verdade. O Jungwon é o seu vampiro da guarda, mas ele quase te entregou de bandeja pro Niki. — Jake afastou Jungwon de perto de você e colocou suas pernas no sofá, fazendo você se deitar. Em seguida, ele cobriu seu corpo com uma manta fina que, de alguma forma, estava ali naquele cômodo.
Você permaneceu estática, absorvendo cada detalhe daquele homem impecável. Era difícil acreditar, mas os olhos de Jake eram idênticos aos de Sombrio. Eles hipnotizavam, te atraíam de uma forma que você nunca pensou ser possível.
— Vampiro da guarda? — você perguntou, confusa.
Jake se ajoelhou ao seu lado, como Jungwon fizera antes de ser expulso. Aliás, Jungwon já tinha desaparecido do local — fazia sentido, sendo vampiro. Mas por que ele gastara tanto tempo com você nas idas de ônibus para a faculdade?
— É, às vezes os anjos se cansam disso. Vocês humanos são muito imprudentes, então a tarefa fica para as aberrações do inferno — vulgo vampiros. — Jake acariciou seus cabelos e suas bochechas, e você estremeceu. Conhecia aquelas mãos. Agora estava dando um rosto àquelas carícias: era ele quem te tocava de madrugada, te aninhava e te abraçava apertado. Não era algo que sua mente carente tinha inventado.
— Então foi você...
— Desculpa, você vive me acariciando, queria retribuir de alguma forma, mas não podia me revelar naquele momento. Eu nem deveria estar fazendo isso.
Seus olhos se prenderam aos dele, e você sentiu suas mãos formigarem, querendo tocá-lo.
— Mas a assembleia dos vampiros já tá puta comigo há um bom tempo.
— Sombrio...
— É Jake. Mas não me importo se você quiser...
Você o beijou, de verdade. Jake subiu sobre você, fazendo você envolver suas pernas em volta dele. Ele tocou suas bochechas e esfregou os narizes de vocês antes de se afastarem.
— Já tava começando a achar esquisito me sentir atraída por um gato.
Jake sorriu, os cabelos ligeiramente bagunçados e os caninos mais pontudos, como um vampiro deve ter. Você deveria estar aterrorizada, mas se sentia tranquila. Afinal, tinha dois vampiros da guarda.
— O Jungwon tava certo. O Niki queria te matar. Ele é um dos nossos, mas do grupinho dos rebeldes.
Você assentiu, e Jake se deitou apertado ao seu lado, te abraçando para dar mais espaço.
— Mas ele tava começando a ter sentimentos por você, o que é pior ainda.
Jake te beijou outra vez, esfregando o nariz no seu e lambendo sua bochecha de brincadeira, como fazia na forma de gato.
— E o que você fez pra impedir isso?
— Esquentei um pouco as coisas.
da sua vampi... gatinha preferida @sunshyni. Todos os direitos reservados.
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Dança Comigo?
WinwinxLeitora
Sinopse: Você se casou cedo de mais e o que tinha tudo para ser um conto de fadas, acabou em ruinas quando seu marido se tornou um verdadeiro opressor na relação de vocês. Seu único momento de paz eram as aulas de dança de salão que você fazia com a sua melhor amiga na classe do jovem professor, Dong Sicheng. Você era uma bailarina fantástica, porém, tornou-se amiga de seu professor e ele estava ansioso para levar você em uma competição, te dava aulas extras sempre que podia, mas a única e verdadeira dificuldade de Sicheng era controlar o que ele sentia por você.
Contudo, no dia da competição, o jovem professor estava decidido a não deixar você sair daquele salão sem que você soubesse o quanto ele te ama.
Ambientação: Dessa vez foi inspirado num filme que eu vi faz muitos e muitos anos.
Avisos: breve menção a um relacionamento matrimonial tóxico da leitora, breve menção a violência psicológica. (pelo amor de Deus, se você passa por isso ou conhece alguém está passando por essa situação, denuncie. ) Smut, rapidinha, sexo sem proteção (isso aqui eu não preciso nem alertar, né) oral (leitora recebe), Winwin só com a cara de santo que ele tem. Diferença de idade (leitora na casa dos 30 e parceiro na casa dos vinte.)
Notas do autor: Bom, eu quero muito agradecer pelo apoio de vocês, em especial a minha idola, a Lua, porquê eu amo tudo que ela escreve cara. A todos que reblogaram, a todos que curtiram, que me seguiram, vocês são incríveis. E pela tamanha repercussão de Santo, estou pensando em trazer uma parte dois, o que vocês acham? Sem mais delongas, vamos a um mini smut com o Wino, deve haver alguns erros, por mais que a gente revise tudo antes, então, por favor, relevem. Beijos no coração.
A dança sempre esteve na sua vida. Você consegue se lembrar de seus pais dançando na sala de estar, consegue se lembrar do primeiro troféu que ganhou ao dançar na categoria mirim, consegue se lembrar de como se apaixonou pelo seu atual marido apenas porquê ele te levou para dançar, talvez esse tenha sido seu grande erro. Seu marido virou outra pessoa após seu casamento, alguém que era rude, grosseiro, te impedia de trabalhar, te impedia de sair com suas amigas, você precisava ficar o tempo todo ali, para servi-lo e, por muito tempo, você culpou a dança pelas suas desgraças.
Com o passar dos anos, seu marido foi perdendo o interesse em você, ficava fora até tarde com outras mulheres, bebendo e fazendo algazarra, foi quando sua melhor amiga apareceu e passou a te levar nas aulas de dança de salão do outro lado da cidade. Você entrou na turma de iniciantes, ministrada por um dos nomes prodígios desse mundo, Dong Sicheng, ou como as alunas o chamavam: Winwin. Você já ouvira falar dele algumas vezes quando bisbilhotava os canais artístico da televisão, mas não imaginava que ele daria aula em um prédio velho para senhoras de idade em troca de um salário ridiculamente baixo, quase um trabalho voluntário; também não imaginava que ele era mais novo que você pelo menos uns dez anos. Sicheng era gentil, as senhoras caiam de amores pelo seu jeito dócil, pela sua postura de um exímio cavalheiro e pela paciência que ele tinha de ensinar, você em especial.
Depois de alguns meses, não era novidade para ninguém da classe que Winwin te dava um tratamento especial. Você aprendia rápido, a graça e elegância de quando você dançava ainda vibrava em seu corpo, exceto pelo tango. O tango é uma dança dramática, expressiva, carregada de paixão, elegância e sensualidade, algo que você não conseguia passar pois, estar muito próxima ao seu professor te deixava nervosa, quando as mãos dele tocam seus ombros, passam pela cintura, ou te guiam com a destreza e com o charme do tango, você sente que poderia desmaiar, ele te tratou tão bem, que foi impossível não se apaixonar pelo rapaz, mas você era casada e, embora não houvesse amor em seu relacionamento, você era fiel. Além disso, não acreditava que poderia ficar bonita dançando tango ao lado do rapaz, toda vez que você se olhava no espelho, sentia o peso das palavras de seu marido em seus ombros e as maculas do tempo te ferindo e, por isso, não acreditava que Dong Sicheng poderia gostar de você.
Mas ele gostava. Winwin reparou em você mais do que devia quando você adentrou sua sala, os ombros caídos, o cabelo despenteado para cobrir o rosto, os olhos cansados e as roupas surradas e discretas, como se você não quisesse ser vista. Mas Sicheng tinha um compromisso pessoal de colocar na cabeça das pessoas que a dança é um santo remédio e isso se aplicava você, foi uma vitória para ele quando você veio com o cabelo penteado, iluminando seu rosto bonito, quando você colocou um vestido diferente e quando largou os tênis velhos para subir um salto apropriado para dançar. Ele amou ver você brilhar e, mais que isso, ele amou você desde o primeiro momento em que você olhou para ele com seus olhos mais bonitos que a noite estrelada. Winwin queria te passar confiança, te deu aulas extras e conseguiu colocar na sua cabeça que era uma boa ideia competir naquele ano, mesmo que você ainda tivesse dificuldade com o tango. O mais novo não conseguia entender como você sabia todos os passos, mas faltava quebrar quando era o momento de dançar com ele. Mas, é a missão de um professor fazer com que sua aluna se saia bem e ele faria com você.
Enfim, era o dia da competição, mas as coisas iam de mal a pior. Chovia muito lá fora e você estava encolhida em sua cama, tremendo e chorando porquê seu marido havia feito a única coisa que você nunca imaginou que ele poderia fazer, trazer uma amante para sua casa e ficar com ela na sua frente, deixá-la usar as suas roupas e comer da sua comida, como se você não importasse, como se fosse apenas sua empregada. O celular vibrou no bolso de seu moletom, era uma mensagem de sua amiga, perguntando onde você estava, a competição teria inicio daqui uma hora e você não tinha vontade de levantar ou forças para isso. Você tentou explicar, digitando rapidamente pelo telefone e pediu para que ela avisasse WInwin de sua falta mas, antes de enviar, você parou um momento, seu único momento de clareza entre as lagrimas, você não podia deixar seu professor na mão. Você se sentia mais confiante desde que passou a ter aulas de dança, você precisava ser grata por ele ter dado a você a oportunidade de se olhar no espelho e não ter se visto como um fardo pelo menos uma vez na vida. Você apagou a mensagem e disse que já estava indo.
Você se levantou abruptamente, escutando as risadas na sala de estar, a amante de seu marido estava lá e você não podia culpá-la pois era tão vítima dele quanto você. Tomou seu melhor banho, prendeu os cabelos da forma que mandava o protocolo da competição, fez uma maquiagem simples, pois não tinha tempo de fazer algo diferente e ainda sim não abriu mão do batom vermelho; voltou ao seu quarto e tirou do fundo do guarda roupa, seu vestido mais antigo, vermelho e preto, não era o ideal, mas era o que tinha, o vestiu e vestiu a meia calça, calçou o chinelo e pegou os saltos, jogando-os dentro da bolsa. Mas, isso não era tudo, você puxou sua mala de baixo da cama e jogou todas as suas roupas e o que tinha de importante lá dentro, pegou as chaves do carro que ele comprou no seu nome, pegou o celular e discou o número da polícia só para garantir e saiu do quarto, passando pela sala onde seu marido se engraçava com a amante. Parou diante dos dois com a mesma postura elegante que tinha quando o conheceu.
— Amanhã meu advogado irá entrar em contato com você para falar do nosso divórcio. Adeus. — Você disse, voltando a arrastar sua mala até a porta da casa, sentindo o peso daquele relacionamento sombrio sair de seus ombros aos poucos, até que seu marido puxa você pelo braço. Você já havia previsto isso, estava com o celular na mão, já com o número da policia discado, sua postura não vacilou quando mostrou o telefone para ele, ameaçando a realizar a chamada. — Não encosta em mim. NUNCA MAIS ENCOSTA EM MIM!
Sua voz cresceu e, mesmo que você saiba que isso não foi o motivo dele ter se afastado de você e sim o telefone, você se sentiu mais poderosa do que todos os anos de sua relação. Saiu pela porta, abriu o porta malas do carro e jogou sua mala dentro, deu a volta e entrou no carro, finalmente deixando aquela casa que tanto lhe sufocava. Você dirigiu em alta velocidade, furando todos os sinais possíveis até chegar no endereço onde estava ocorrendo a competição, era o ginásio de uma escola, nada muito grandioso por ser uma competição regional para iniciantes. Você estacionou o carro de qualquer jeito, calçou os saltos e fez o seu melhor para correr através da chuva, que agora estava mais fina, até o colégio e, logo na porta, sua amiga te esperava.
— Onde você estava? Aquele palerma não queria te deixar sair? — Ela indagava enquanto corria com você pelos corredores repletos de armários em direção ao ginásio. Você tinha um sorriso enorme no rosto, você estava leve, brilhante, se sentia outra pessoa e em sua mente, a única coisa que se passava era encontrar seu professor e dizer a ele muito obrigada. Obvio, não diria que estava apaixonada, mas ele precisava saber que estava grata por tudo.
— Eu pedi divórcio! — Você respondeu alegremente, sua amiga deu gritinhos de alegria pelo caminho. Logo vocês duas estavam passando pelos casais de competidores que se alojam no corredor que dá para a entrada do ginásio.
— Vai se alongando, eu vou chamar o professor. — Sua amiga falou enquanto sumia entre as pessoas, deixando você sozinha. Você olhou ao redor, as garotas se alongavam com os rapazes, vestiam trajes brilhantes, aparentemente novos, estavam bonitas, arrumadas e você começou a se sentir deslocada, mas não se daria por vencida e começou a se alongar.
Sicheng por outro lado, estava andando em círculos enquanto te esperava, trajava um terno sob medida e nas costas estava pregado o numero da competição. Ele estava ansioso porquê já estava sabendo sobre seu marido, vocês já tinham conversado sobre ele antes e Winwin sabia que ele poderia descobrir a qualquer momento e te impedir de participar; e por outro lado ele estava ansioso porquê diria o que sente, finalmente. Te diria o quanto te ama, o quanto te deseja e que se ele fosse seu homem, você jamais passaria por infortúnios como passou. Ele viu a sua amiga correndo até ele, afobada, o avisando que você havia chegado e ele saiu ao seu encontro, correndo entre as pressas, esbarrando por uns e por outros até que ele te viu, tão bonita naquele vestido vermelho, usando a parede para se apoiar enquanto levantava uma perna acima da cabeça, provando o quão flexível você é. Os lábios vermelhos fizeram uma necessidade urgente acender dentro do rapaz e você o fez estremecer apenas com a expressão de concentrada em seu rosto. Se você soubesse o quão sensual poderia ser, não teria vergonha de dançar tango com ele em todas as aulas. Pensou, Sicheng. O rapaz estava atormentado por você enquanto corria em sua direção, você o notou e abriu um sorriso, ajeitando a postura, pronta para se desculpar pelo atraso.
— Professor, me desculpe pelo atraso eu... — Você não conseguiu terminar de expressar pois o rapaz segurou seu rosto com as duas e empurrou a boca contra sua, dando dois passos para frente, o suficiente para você dar dois passos para trás e bater as costas na parede do corredor. Você agarrou os ombros de Sicheng, o apertando, mas não lutando contra aquele beijo quente, deixando que ele deslize a língua até a sua, fazendo com que suas bocas se encaixassem perfeitamente. Você não lembra qual foi a última vez que beijou de verdade, mas o beijo do seu professor de dança fez com que algo em seu ventre formigasse, suas pernas ficaram bambas e você arfou entre os lábios do mais novo, se derretendo quando as mãos grandes viajaram de seu rosto até sua cintura e de sua cintura até suas costas, te puxando para ele, fazendo seu corpo colar ao dele. Em reação, você deslizou uma de suas pernas na dele e, antes que você pudesse chegar a perna no quadril do rapaz, ele soltou uma das mãos de suas costas, deslizando pela coxa até a parte de trás do seu joelho, puxando a perna mais para cima. O mundo em volta de vocês deixou de existir, sobrando espaço apenas para o desejo que tinham um pelo outro, até que a voz do anfitrião do evento pode ser ouvida, anunciando que os casais deveriam entrar na arena para a primeira apresentação. Sicheng não soltou você da posição que estavam, a perna levantada permitiu que ele estivesse bem encaixado entre suas pernas, ele soltou os lábios dos seus, deixando um rastro de batom por seu rosto e pelo dele e viu seu rosto atordoado, quase vermelho, os olhinhos fechados, os lábios formando um leve biquinho, não querendo desfazer daquele beijo.
— Eu estou apaixonado por você. — Ele sussurrou ao encostar a testa na sua, respirando o mesmo ar que você. Sicheng não queria te soltar, muito pelo contrário, queria que estivesse mais perto, como se os corpos colados ainda não fosse o bastante. — Por favor, me deixa te amar da forma que você merece também, por favor.
— Sicheng... — Você disse o nome dele, como se fosse a resposta para tudo e todos os seus problemas. Você estava incrédula que a pessoa que você gosta, também gosta de você de volta. Mas sua mania de comparação não te permitia enxergar que não importa quantas mulheres existam no mundo de Sicheng, você é a mais bonita e a única que ele quer. — Eu também quero você.
Você viu os lábios machados de Sicheng se abrirem em um sorriso que te levou ao paraíso em segundos. Ele olhou para o lado, os casais ainda estavam entrando em fila e por isso ele te soltou, passando a mão por seu rosto para limpar o borrado de batom e você fez o mesmo, o mais novo segurou sua mão e entrou na fila, aguardando ser chamado.
A primeira parte da competição é a dança em conjunto, os ritmos escolhidos foram a valsa, o jive, foxtrote, salsa e mambo. Vocês dois se saíram muito bem, Winwin te deixava relaxada e vocês estavam envolvidos emocionalmente um com o outro, todos notaram como ele olhava para você e como você olhava para ele, o mundo parou de existir e vocês estavam apenas se divertindo, a competição já não importava, nunca importou para Winwin, que só queria passar mais tempo com você. Vocês tiveram êxito na primeira parte, foram os primeiros classificados para a final, em que deveriam apresentar um numero único, um casal por vez. E o número escolhido por Winwin era o tango, você não tinha escapatória.
O intervalo da competição foi dado, vocês tinham quarenta minutos para descansar e repassar a coreografia, mas você estava nervosa de mais, andava de um lado paro outro, errava os passos e pedia milhões de desculpas para Sicheng, que estava sendo compreensivo de mais para a sua surpresa. Winwin sabe que você está nervosa e ousa dizer que todo esse receio de se deixar queimar pela música é, resultado de alguns anos vivendo com seu ex marido, ele precisava pensar em uma forma de te fazer entender, de te fazer sentir e ao mesmo tempo de te fazer esquecer. Sicheng sentou-se em um dos diversos bancos que foram colocados ali e ficou olhando para você treinar sozinha, a delicadeza que suas mãos se posicionavam no ar, a postura elegante, a forma que suas pernas se moviam, tudo era perfeito, do jeito que haviam ensaiado. Aquele vestido vermelho abraçou tão bem suas curvas, Winwin se pegou olhando para sua cintura, para as pernas que pareciam deliciosas, para seus ombros em que ele só pensava em encher de beijos depois da competição, começou a imaginar qual seria seu gosto, como seria seus seios e o quão bonita era sua bunda, estava ficando duro com as observações que fazia. Sicheng sentiu vergonha, mas não estava ajudando fechar os olhos ou parar de te olhar, porquê ele só conseguia pensar em você nua, só conseguia pensar em você de joelhos para ele, aqueles seus olhos brilhantes o encarando, por Deus, ele pensou até em como seria seus gemidos. Talvez ele pudesse te ajudar e ajudar a si mesmo.
— Já sei o que podemos fazer para melhorar nossa dança. — Winwin se levantou rapidamente enquanto dizia, ao se aproximar de você. Claro que ele jamais falaria tão abertamente que iria te foder, ainda mais que ele acabou de se confessar para você. Mas ele sorria de forma ardilosa, algo que você não soube interpretar muito bem, ou então não teria se colocado diante dele, segurando seus ombros enquanto selou os lábios dele alegremente.
— O que? Me mostra. — Você pediu, ainda com as mãos apoiadas nos ombros do mais novo e ele só pode sorrir de sua inocência. Winwin segurou sua mão esquerda, deixando um beijo gentil sobre o dorso.
— Não posso mostrar aqui ou vão roubar minha ideia, venha. — Ele mentiu descaradamente, te arrastando para o vestiário vazio do ginásio, levando para o ultimo corredor de armários, o mais afastado possível das portas. As pessoas não conhecem Sicheng, acreditam que ele é tímido, mas as aparências podem enganar, e ele conseguiu enganar a todos com sua pose de bom moço.
— Então, qual sua ideia? — Você perguntou, sentando-se no banco entre os armários, olhando para ele ansiosa, esperando que ele te dissesse que desistiu do tango. Mas, ao invés disso, Winwin sentou-se do seu lado e te puxou para um beijo e você simplesmente não conseguia dizer não para seu beijo caloroso e faminto, ele devorava seus lábios, tirando os últimos resquícios de batom de sua boca. As mãos fortes do rapaz foram para sua cintura, puxaram você e logo você se viu sentada no colo do mais novo, com a destra dele esgueirando-se em sua coxa, subindo dentro de seu vestido, acendendo aquela coisa dentro de você, que te fazia ficar mole, formigar, molhar sua calcinha. Você tentou afastar os lábios dele, para tentar colocar um pouco de juízo na cabeça de Sicheng. — Winwin, a competição...o passo.
— Tango é paixão...é como fogo que arde, mas não provoca nenhuma queimadura, é como desejo. — Ele respondeu abafado, uma vez que já não beijava seus lábios, a boca de Winwin beijava seu pescoço, seus ombros, te deixando arrepiada, fraquinha por ele. Tanto que você precisou cruzar as pernas para tentar aliviar a pulsação que sentia e isso não passou despercebido por Winwin. Ele te fez sentar de volta no banco, nesse momento você simplesmente faria tudo o que ele mandasse e não reclamaria, Winwin se levantou, tirando o paletó de seu terno e jogou em qualquer canto enquanto se ajoelhava defronte a você, pousando as mãos em seus joelhos apenas para abrir suas pernas e poder se encaixar entre elas. — Agora eu entendo porquê você não consegue dançar, porquê não se sente amada e muito menos desejada por alguém. Mas eu amo você e eu vou enfiar isso na sua cabeça de um jeito ou de outro.
Winwin falou de uma forma que te deixou tímida, você não sabia se prestava atenção em suas palavras gentis ou na forma como ele levantava seu vestido, apoiando suas pernas no banco para ficarem abertas para ele. Sicheng viu a mancha crescente no tecido da meia calça, peça essa que estava sendo um obstáculo e por isso fez um rasgo, o suficiente para deixar amostra exatamente a parte que ele queria ver, e se deparou com a fina calcinha rosa que você estava usando, tão delicada que ele não resistiu. Indicador de Winwin começou a se esfregar entre suas dobras por cima da calcinha, sentindo a umidade atravessar o tecido com facilidade, você estremeceu, soltando um gemido baixo pela provocação e Sicheng achou isso divertido porquê mal havia começado. Você apertou as bordas do banco quando ele empurrou a calcinha de lado, seus olhos se escureceram quando viu sua bucetinha toda babada só para ele se deliciar; ainda com o indicador, Winwin provocou o nervinho sensível pela fricção com o tecido, descendo até seu buraco quentinho e ameaçou a entrar. Você ficou nervosa com a possível ideia de ter os dedos do seu professor de dança dentro de você e foi pega de surpresa quando o mais novo te lambeu lentamente, coletando seus fluidos com facilidade, como se você fosse um sorvete derretendo no sol. E ele gostou, gostou do seu sabor, da forma que você tremeu e da carinha que você fez quando ele olhou para você. E ele continuou, te devorando, chupando seu clitóris, afundando a língua no seu buraquinho apertado antes de enfiar um dedo em você, era pouco mas parecia tanto para você, tão apertada e viscosa, o indicador de Winwin deslizava fácil para dentro, e ele continuou lambendo, dando uma atenção especial para o seu nervinho inchado.
— Winwin... — Você clamou baixinho, entre gemidos manhosos, temendo que sua voz atravesse os corredores vazios e soubessem o que você estava fazendo ali. Você sentia um nó se formando em seu ventre, seu corpo começou a ter espasmos. Você fechou os olhos com uma cara de choro quando ele adicionou o segundo dedo em você, movendo-os com precisão, você não sabia decifrar o que estava sentindo e o porquê aquela euforia era tão deliciosa até que seu orgasmo caiu sobre você, te deixou vendo estrelas, o corpo tremendo como se uma onda de eletricidade tivesse te machucado e suas pernas desabaram sobre os ombros de Winwin. Ele ficou maravilhado com seu rosto, a forma como você ficava ainda mais bonita quando fragilizada, a dureza em sua calça estava se tornando dolorosa.
Enquanto você descia de seu orgasmo, ainda com espasmos corporais, a cabeça jogada para trás e completamente mole, tentando se firmar nos braços que seguravam o banco, Winwin se ergueu, jogando o cumprimento da gravata em seus ombros enquanto abria o cinto, o botão e o zíper de sua calça de alfaiataria, mas você, assim que viu o que ele estava prestes a fazer, segurou seus pulsos para que ele pare. Você já havia perdido todos os seus escrúpulos quando deslizou a mão pela cintura do rapaz e abaixou sua calça, juntamente da cueca, observando com certa devoção o pau duro de Winwin e você achava bonito, a cabeça rosadinha, viçosa de pré gozo, te dava vontade de beijar e você só obedecia a seus sentimentos e sua vontade quando, praticamente se jogou de joelhos a frente do mais novo, apoiando as mãos em seu quadril e lambeu seu pau de baixo para cima, olhando para ele. Só Deus sabia o quanto ele queria enfiar o falo inteiro na sua boca agora, te fazer engasgar e te sufocar, mas não tinha tempo. Com um sorriso dócil, ele levou a mão até seu cabelo, o alisando como se fosse um cachorrinho e te levantou, pedindo para você subir de volta no banco e você o fez. O que ele não esperava é que você se colocasse de quatro para ele, empinando o quadril, exibindo sua bunda coberta pela meia calça e buceta descoberta e pingando graças ao rasgo que ele tinha feito. Winwin queria tanto demorar mais nesse momento, te lamber inteira naquela posição, mas não podia, o tempo de vocês estava acabando. Então ele se colocou logo atrás de você, afastou a calcinha novamente mais para o lado e provocou sua entrada e foi se enfiando devagar dentro de você, mesmo após ter gozado em seus dedos, mesmo estando escorrendo de lubrificação, sua buceta estava apertada como uma virgem e você gemeu dolorosamente como uma, mas não havia tempo para te perguntar se você estava bem, se podia continuar, Sicheng começou a se mover, saindo por inteiro apenas para voltar mais rápido depois. A sensação de suas paredes se esticando com o tamanho dele era deliciosa, aquela ardência peculiar, você já não se importava com o quão alto estava gemendo, estava praticamente gritando quando ele começou ir mais rápido, mais fundo, tocando naquele lugar especial que fez você tremer inteira. Você estava tão sensível que não foi preciso muito para que você gozasse de novo, apertando o pau de Winwin conforme você se contraia, tremendo e se remexendo no banco, ele precisou lutar contra seus espasmos e continuou te fodendo além do seu orgasmo até que ele estivesse beirando a sua própria libertação. Sicheng saiu de dentro de você apenas para gozar contra as dobrinhas inchadas da sua buceta, esfregando o pau entre elas para espalhar todo seu esperma. Te deixar suja e melada dele foi a maior de suas fantasias até agora.
Você estava derretida no banco quando Winwin puxou sua calcinha de volta para o lugar, esfregando o tecido contra a sujeira que ele fez, deixando a peça ainda mais molhada do que já estava e finalmente te soltou, deixando você se sentar e se recuperar, mas você se deitou no banco, com o rosto vermelho, mas relaxado, respirando profundamente. Sicheng arrumou a calça enquanto olhava para você, estava louco para deixar mais mole do que já estava no meio do chão da sala de seu apartamento e você gostaria disso. Ele se sentou ao seu lado, te puxando para endireitar a postura, passando a mão em seu rosto para limpar os rastros de saliva e de batom, acariciando sua bochecha antes de depositar vários beijinhos em sua face. Ele escutou o anfitrião do evento chamar mais um casal, pela ordem vocês seriam os próximos.
— Você está bem? — Ele te perguntou. Você suspirou, como se tivesse feito uma refeição farta e agora o sono te abate, Winwin sorriu, passando os braços por você, apenas para te abraçar e cheirar seu pescoço. — Você ainda vai dançar comigo?
— Vou...Sempre que você quiser — Você respondeu, se sentindo um pouco mais energética agora e se levantou, segurando as mãos de Winwin. — Mas aquele troféu precisa sair daqui conosco!
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Sacanas do Asfalto: Uma ode ao cinema de Quentin Tarantino
Em meados de agosto de 2003, em mais um fim de semana, eu chegava de uma videolocadora com alguns DVDs alugados e me deparava com o trailer de Kill Bill, o thriller de ação e vingança escrito e dirigido por um cineasta do qual (honestamente) eu nunca tinha ouvido falar. Mas apenas o trailer do filme (cerca de um minuto e meio) foi o suficiente para me deixar completamente fascinado pela estética daquele que se tornaria uma das minhas maiores referências literárias.
Quentin Tarantino, muito mais do que um diretor de cinema, é um escritor inteligente, amante das palavras e da arte de contar boas histórias. Desde o primeiro contato com o trabalho dele, cresci acompanhando sua filmografia e alimentando o sonho de poder escrever algo que prestasse homenagem a sua carreira. Em 2015, ao ingressar na universidade de cinema, comecei a escrever Sacanas do Asfalto. O livro foi concluído em janeiro de 2016 e lançado na Bienal de São Paulo do mesmo ano.
SINOPSE
Com a chegada das férias, três jovens estudantes decidem viajar para se divertir no melhor festival de rock da ilha de Vera Cruz. Movidos por uma harmonia indestrutível, eles tomam a estrada e chamam a atenção de todos por onde passam. Porém, nem tudo parece ser tão agradável como supunham, sobretudo quando o líder de um grupo de motoqueiros resolve desafiá-los, mexendo com seus medos e feridas, em uma implacável perseguição.
TRECHOS E ILUSTRAÇÕES
Arthur, Rob e Stefani se conheceram no primeiro período da universidade, e de imediato partilharam da mesma paixão pelo cinema. Devido à correria dos estudos, há anos que tentavam agarrar a oportunidade para curtirem as férias juntos.
Daisy tinha vinte e oito anos, mas aparentava ser bem mais nova. Extrovertida e sossegada, chamava a atenção de todos por onde andasse, e não simplesmente por ter uma beleza estonteante; o jeito de encarar a vida e o altruísmo inato lhe concediam o título de garota mais legal do mundo.
— Que sacanagem é essa, Sam?! — Acontece, branquelo, que enquanto você tá indo com o peixe, eu tô voltando com a moqueca!
Vana chamou a atenção de todos com um novo short e uma camisa justa que exibia a estampa do filme “Death Proof”. Ao dar de cara com a camisa, Rob sentiu uma pitada de orgulho, ciente de que a prima a vestira por saber que ele era fã número um de Quentin Tarantino.
— Itana era a ruiva, a primeira no comando. Passou a ser chamada de Red Sonja após pintar o cabelo e agarrar a fama de justiceira. Dona de habilidades incríveis, ela carregava uma coleção de facas por onde quer que fosse. Nem preciso dizer o que ela fazia com os caras que mexiam com ela, né?
FOTOS DO LANÇAMENTO - São Paulo, 2016
DEPOIMENTOS
"Observar as ações dos personagens é como assistir a um filme. Ou melhor, a um bom filme, que só melhora quanto mais se aproxima do fim!" Diego Perandré, autor de "9 Almas - A Chave do Mundo"
“Chocada! Estirada na BR! Se você gosta dos filmes do Quentin Tarantino, sem dúvida irá amar este livro!” Alessandra Morales, blog "Tô pensando em Ler"
"Robson Gundim parece que escreve desenhando e desenha escrevendo. São palavras em formato de arte." Tammy Luciano, autora de "Claro que Te Amo"
"Robson Gundim é um artista das palavras. É impressionante como é possível ver as cenas e participar dos diálogos junto com os personagens." Maud Epascolato, autora de "A Bruxa do Olho de Vidro"
CURIOSIDADES
— Afinal, quem é essa atriz? — É a Christy Hartburg, Dante! — falou Lucas, o de cabelos pretos e compridos. — Ela foi a musa do Russ Meyer e do cinema exploitation na década de 1970!
O livro é uma homenagem ao cinema do Tarantino e ao exploitation, um gênero de baixa qualidade que estourou nas décadas passadas e tornou-se marcante pelos temas apelativos como: artes marciais, violência, sexo e esquisitices. Um exemplo famoso e considerado cult, é O Massacre da Serra Elétrica (1974):
Outros subgêneros também se fazem presentes na lista de referências, como o blaxploitation, que eram filmes protagonizados por artistas negros e dedicados ao público afro americano; seus enredos fugiam dos estereótipos urbanos de Hollywood e se tornaram um símbolo de resistência. Pam Grier é uma atriz cultuada até hoje pelos papéis marcantes que entregou na sua época, como Coffy (1973) e Foxy Brown (1974):
Além dos gêneros citados anteriormente, a trama de Sacanas do Asfalto também gira em torno da essência dos road movies dos anos 2000, os conhecidos filmes de racha, a exemplo de Velozes e Furiosos e Fúria em Duas Rodas:
As marcas Red Apple, Acuña Boys e Big Kahuna Burger são marcas fictícias presentes nos filmes do Tarantino. Há menção a tais marcas em alguns trechos do livro:
Dante não gostava de silêncio. Gostava de algazarra, gritaria, balbúrdia. Arrancou um cigarro do maço Red Apple e fumou até tarde da noite.
O livro também referencia alguns animes e mangás japoneses, sendo o maior foco em Samurai Champloo (2003). A história ocorre durante a era Edo do Japão e possui três personagens principais, Mugen, Jin e Fuu:
Além da menção a escritora britânica Agatha Christie, uma das personagens imita os trejeitos de Tuppence, detetive criada pela referida autora:
— Meu pai é um sujeito insuportável. Vive pegando no meu pé e reclamando por ainda ter de me sustentar. Cansada de ouvir tantas críticas, resolvi trabalhar. Essa parte é um pouco desagradável, mas digna de ser contada. Agora vem o momento “Prudence Cowley”: abandonei a vida caseira, iniciando a carreira no mercado de trabalho num hospital para idosos.
Conexão com o livro Enquanto Eles Não Vêm:
À procura de uma distração, Samuel ligou a tevê, o único aparelho que restou da sua estante. Um repórter balbuciava palavras sobre um incidente natural, ocorrido em uma cidade do interior da Bahia. Mudou de canal. A mesma notícia: “Paraíso Florestal acabou em chamas. O governo descobriu a existência de agropecuários que realizavam queimadas indevidas naquela região.
No trecho acima, é possível destacar uma conexão direta com o livro EENV, lançado após Sacanas do Asfalto; isso leva a crer que ambos os livros se passam em um mesmo período de tempo.
Os últimos exemplares foram esgotados. Em breve, teremos uma nova edição de Sacanas do Asfalto disponível para compra! =)
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Poster do filme:
Sinopse:
História:
Vou contar a história de um jeito que só quem é da terra sabe. Me chamo João, mas por aqui, no sertão, me chamam de Juca. Cresci vendo a terra rachar e o gado se acabar, mas também vi a chuva chegar e tudo mudar.
Minha avó, Valentina, era uma santa mulher. Ela dizia que mesmo depois de ir pro céu, ia cuidar da gente. E num São João, quando a seca tava braba, ela se foi, mas deixou a promessa de que a Asa Branca ia nos proteger.
E num é que na festa junina, uma pomba branca apareceu? Voava baixo, quase que dançando com a gente. A partir daquele dia, parecia que a sorte tinha virado.
Após alguns meses de fartura, numa tarde com o céu já se pintando de cores quentes, mainha viu uma coisa que partiu seu coração. Ela tava na cozinha, preparando a janta, quando ouviu riso vindo do quintal. Foi espiar e viu, painho e Arlete num chamego só. Ai num prestou, ela ficou que nem fera, e foi tirar satisfação.
"O que é isso, Gonzaga? Depois de tanto tempo juntos, é assim que tu me paga?" Ela tava que nem pimenta, as palavras saindo fervendo.
Gonzaga bem que tentou se explicar, mas minha mãe não queria nem saber. Virou pra Arlete e disse: "E você, sua lambisgóia, eu te tratei como se fosse da família!"
Arlete, com aquela cara de pau, respondeu: "Ele que veio atrás de mim, Rosinha. Não sou eu que tô passando seca."
Aí mainha partiu pra cima dela. As duas se pegaram no meio do quintal, cabelo voando pra todo lado, e os gritos chamando atenção de todo mundo. Eu corri pra separar, mas o estrago já tava feito.
Painho, vendo aquilo tudo, caiu em si do erro que tinha cometido. Rosinha, com o rosto arranhado e os olhos cheios d'água, falou com a voz trêmula: "Vai embora, Gonzaga. Vai com ela, se é isso que cê quer."
E assim nossa casa que era cheia de amor e alegria, se encheu de tristeza e desengano. A Asa Branca, que viu tudo, bateu asa e voou pra longe, levando com ela a esperança de dias melhores.
Então a seca voltou, mais cruel que nunca. Perdi meu alazão, o bicho que era mais que amigo, era parte de mim, a dor era grande, mas a raiva era maior. Decidi que não dava mais pra ficar.
Rosinha, minha flor do sertão eu preciso ir, mas meu coração fica aqui contigo. Vou pra São Paulo, mas é só pra buscar um futuro melhor pra nós, eu prometo voltar pro sertão.
Peguei um pau de arara e fui pra São Paulo, atrás de um novo começo. A cidade grande era um outro mundo, mas a saudade do sertão apertava o peito. Trabalhei de tudo que é jeito, mas o coração tava lá, no seco da minha terra.
A vida em São Paulo não era fácil. O trabalho era duro e o dinheiro curto, meu aconchego? Um cortiço. Eu, Juca, quase me perdi várias vezes. Uma noite, voltando do serviço, uns homens me cercaram. Queriam meu suado dinheirinho. Lutei com tudo que tinha, e por um triz, escapei com vida. Mas aquilo me abalou. Foi aí que eu soube: meu lugar não era ali.
Numa noite fria, sonhei com a Asa Branca. Ela voava alto, mas sempre perto, como se quisesse me dizer algo. Acordei com uma saudade que doía no peito. Fui até o lugar que ela apareceu no sonho, e lá estava ela, a pomba branca, me olhando como quem diz: "É hora de voltar, Juca."
Não pensei duas vezes. Peguei o que tinha e fui atrás dela. Juntei todas moedinhas que tinha e dei para um moço que me levou de volta de ônibus pro sertão. A estrada era longa e cheia de poeira, mas cada quilômetro me deixava mais perto de casa, mais perto de Rosinha, mais perto do meu coração.
*Fim da narração de Juca*
Juca chega em casa, estava no meio de outra festa de são João, no rádio tocava Asa branca, porém o coração dele quase parou com o que viu. Rosinha, a mãe amada, tava ali, deitada, fraca e sofrendo, mas com um sorriso que iluminava o quarto escuro.
"Juca, meu filho," ela disse com a voz fraquinha, "eu sabia que você ia voltar. Prometi pra sua avó Valentina que ia ser a Asa Branca da família quando ela se fosse, e agora tá na hora de cumprir minha promessa."
Juca se ajoelhou do lado da cama, segurando a mão dela. "Mainha, não fala assim. Você vai ficar boa, a chuva vai voltar, e a gente vai ser feliz de novo."
Rosinha olhou pro céu pela janela aberta e viu uma pomba branca voando alto. "Olha lá, Juca. A Asa Branca tá voltando. Isso quer dizer que a esperança tá viva. E eu vou tá com você, seja aqui ou lá no céu, protegendo vocês todos."
Naquela noite, Rosinha se foi, mas deixou uma paz que Juca nunca tinha sentido. A chuva caiu, a terra voltou a dar fruto, e a Asa Branca voltou a dançar no céu do sertão. Juca sabia que agora era sua mãe, Rosinha, a nova Asa Branca, olhando por eles todos.
Cenário:
Elenco:
Dudu Azevedo como Gonzaga.
Juliana Paes como Rosinha.
Regina Cazé como Arlete.
Igor Jansen como Juca, filho de Rosinha e Gonzaga.
Fernanda Montenegro como Valentina/Asa Branca.
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Imagine - Make It Right (Jeon Jungkook)
Gênero: drama, fofo (gên. feminino)
Cont. de Palavras: 3.5k
Sinopse: Namorar um Idol jamais será algo fácil, e você já sabia disso quando decidiu entrar em um relacionamento com o Jungkook. Mas ás vezes, certas coisas ultrapassam alguns limites... como ele esquecer uma promessa especial.
Avisos: -
N/A: Ó quem voltou :D Assim gente, eu escrevi esse imagine inteiro muito incomodada pq eu achei uma bosta, então né....foi mal aí por isso.... e como sempre, me desculpem pela demora, eu espero que vocês gostem, apesar de tudo, e desculpa por qualquer erro! Até mais! E obrigada pelos 600 seguidores de nv!!!
Namorar um Idol não é fácil, e você já sabia disso antes mesmo de conhecer o Jungkook. Mas nós não escolhemos por quem nos apaixonamos, então não teve muita opção além de aprender a lidar com isso quando vocês dois entraram em um relacionamento. No geral, não era tão ruim assim. Claro que o tempo que passavam juntos não era muito, e não podiam fazer coisas que casais comuns costumam fazer, como ir ao cinema ou simplesmente andar de mãos dadas na rua, mas tudo isso era recompensado nas simples ocasiões em que ficavam juntos. Fosse assistindo um filme na sexta à noite no seu apartamento, ou o fazendo companhia quando trabalhava até tarde, o Jungkook sempre fez tudo aquilo que conseguia para sempre garantir que você soubesse do amor dele por você. Bom, pelo menos foi assim durante um bom tempo, mas recentemente as coisas ficaram um pouco diferentes entre vocês dois.
Os meninos estavam trabalhando quase três vezes mais por conta do comeback que estavam preparando, então é natural que o seu tempo com o Jungkook diminuísse. Acontece que diminuiu muito, muito mesmo. Vocês mal se viam durante a semana, uma ou duas vezes no máximo, e apenas para comerem algo rapidamente. Quando se falavam pelo telefone, era sempre porque você tinha ligado, e não falavam muito mais além de como tinha sido o dia dele, o que tinha acontecido com ele, e como ele estava. Pouquíssimas vezes ele te questionava, também, mas era mais do que óbvio que era apenas por educação, e não real preocupação, e muito menos interesse.
Mas o que mais estava te deixando incomodada era o fato de isso estar acontecendo apenas com você. Nenhuma das outras namoradas dos demais membros estava reclamando sobre falta de tempo com eles. Na verdade, elas estavam muito tranquilas e satisfeitas com o tempo que estavam passando juntos.
"O Tae que preparou o jantar ontem." A namorada do Taehyung disse, enquanto vocês almoçavam juntas. "Ele dormiu lá em casa também…" Te olhou, um pouco preocupada. "Na verdade ele disse que o Jungkook está dormindo sozinho no dormitório, todos os outros estão conseguindo ir pra casa…"
"Até o Namjoon?" Arregalou os olhos, sabendo que o Nam é o que costuma mais se sobrecarregar, e ela apenas concordou com a cabeça. "Por que ele ficou assim de repente…" Suspirou.
"Nenhum dos meninos tá entendendo o que aconteceu com ele, também, S/N." Ele disse, te dando um olhar carinhoso. "E eu sei que está pensando que é por algo que fez, mas não é." Você levantou o olhar para ela. "Ele só deve estar estressado com tudo, e precisando de um tempo sozinho… não fica assim, okay?"
E isso fazia muito sentido, na verdade. O Jungkook pode até ser o seu namorado e amar estar com você, mas ele ainda assim é uma pessoa introvertida, e do tipo que precisa de um tempo sozinho quando tem coisa demais acontecendo.
Mas um dia suas esperanças de as coisas melhorarem voltaram a aparecer: o aniversário de namoro de vocês estava se aproximando, e em uma das raras ligações que trocaram, você o perguntou se iriam fazer alguma coisa juntos. Ele concordou rapidamente, parecendo até mesmo um pouco animado com a notícia. Decidiram ir até o restaurante que tinham ido na primeira vez que saíram como um casal, para jantar e depois passarem o resto da noite juntos.
Não era nada extraordinário, sabia muito bem disso. Mas era algo, e isso já estava de bom tamanho. Você realmente estava sentindo falta do Jungkook, mais do que imaginava poder ficar. Sentia falta de quando ele aparecia no meio da noite com uma pizza, ou quando ele fazia você se deitar no peito dele e brincava com os seus cabelos até você dormir. Quando ele passava horas ouvindo você falar, sem desgrudar os olhos atentos de você, e até mesmo quando passavam meia hora discutindo por qual filme iriam assistir. Tudo isso tinha desaparecido, e, de certo modo, o Jungkook pelo qual tinha se apaixonado, também.
Mas você enterrou esses pensamentos dessa vez. Era o aniversário de vocês, era um dia especial, e iria fazer o possível para aproveitar um momento tão bom com o seu namorado. Desde usar lingerie da cor preferida dele até se banhar com o perfume que ele te deu, queria fazer de tudo para o agradar.
Quando chegou no restaurante, já estava quase dez minutos atrasada. Vocês tinham decidido, no dia anterior, ir separados. Ele teria que ir direto da empresa, então seria melhor para os dois que apenas se encontrassem no local. Correu até a mesa que tinham reservado, já se preparando para se desculpar, mas foi pega de surpresa ao não ver ninguém lá. As cadeiras estavam perfeitamente paradas, e a toalha e taças de vinho, intocadas.
O Jungkook… não estava lá?
Não, você não se deixou precipitar. Ele poderia muito bem estar atrasado, ter ficado preso no trabalho, ter tido uma emergência, ou qualquer outra coisa. Qualquer coisa que justificasse o seu namorado não estar no jantar do seu primeiro aniversário seria algo muito válido para você.
Por isso você continuou lá, sentada e sozinha, se agarrando a qualquer coisa que pudesse pensar que fizesse com que continuasse lá. Mas depois de quase duas horas daquele jeito, nada mais estava funcionando.
O Jungkook não foi.
Pediu pela conta (que foi apenas o vinho que bebeu enquanto esperava por alguém que não apareceu), e saiu do restaurante já com as lágrimas em olhos. Correu para o seu carro, sem nem olhar para trás, sentindo seu corpo ceder assim que ficou atrás do volante.
Não tinha mais como você pensar em desculpas, não depois disso. Ele tinha te garantido que era uma noite livre para o grupo, não tinham nada marcado, não tinham nem mesmo um ensaio muito puxado durante o dia, mas mesmo assim, ele simplesmente não apareceu. Era o primeiro aniversário de vocês. A comemoração do primeiro ano que passaram juntos, que foi cheio de altos e baixos, onde vocês aguentaram tanta coisa e lutaram tanto pra ficarem juntos. Mas talvez as coisas tenham mudado para ele. Talvez não valha mais a pena.
Você só se deu conta de para onde tinha dirigido quando estacionou na frente do prédio dos meninos. Valia a pena você descer e ir tirar satisfação com o Jungkook naquele momento? Provavelmente não, mas não poderia se importar menos com isso. Quando percebeu, estava com os olhos ainda encharcados, mas batendo na porta do dormitório do BTS.
"S/N?" Ouviu a voz baixa do Yoongi, que te olhou contente, mas logo deu lugar à uma expressão de preocupação quando viu o seu estado. "Você tá bem?"
"O Jungkook tá aí?" Disse, ignorando a pergunta dele sem querer.
"Sim…" Ele respondeu, um pouco assustado. "Ele tá no quarto do Taehyung, pode ir lá." Se afastou da porta, dando espaço para que você entrasse.
Você murmurou um obrigado e entrou no apartamento, indo direto para o corredor que a levaria até o quarto. Quando passou pela sala, viu o Namjoon e o Hobi te olharem com a mesma empolgação do Yoongi instantes antes, mas, assim como no mais velho, logo essas expressões deram lugar à preocupação e confusão. Eles dois se levantaram, e todos foram atrás de você, intrigados com o que poderia ter acontecido.
Quando se aproximou da porta, viu que ela já estava aberta, então não se importou muito de avisar antes de entrar. Mas, assim que viu a cena na sua frente, seu coração se apertou no peito em uma mistura de decepção e mágoa.
Lá estava o seu namorado, sentado na frente do computador do Taehyung e com os olhos concentrados na tela em frente a ele. Os outros três meninos estavam todos em volta dele, o observando jogar e comentando algo de tempos em tempos. Você ficou ali sem dizer nada por alguns instantes, apenas tentando assimilar o fato de o Jungkook ter te deixado sozinha no aniversário de vocês apenas para jogar videogame. Na verdade, passou despercebida até o Tae virar o rosto e te encontrar, sorrindo surpreso.
"S/N!" Falou animado se aproximando, e você percebeu a testa do Jungkook se franzir em confusão. "Não sabia que ia vir aqui hoje… perai…" O sorriso dele desapareceu, dando ligar a um olhar preocupado e se aproximando. "Você tá chorando?"
Ao ouvir essas palavras o Jungkook finalmente virou o rosto para você, agora também preocupado, e ficou te encarando em silêncio e confusão por alguns segundos. Foi só quando o jogo anunciou que ele tinha tido uma morte que ele saiu da transe, sem saber ao certo no que prestar atenção.
"Eu jogo, vai ver ela." O Jin falou sério, empurrando o mais novo da cadeira.
O Jungkook se levantou e andou até você, com os olhos arregalados de surpresa.
"Jagiya, o que houve?" Ele disse calmo, se aproximando e colocando as mãos no seu rosto.
"Você realmente esqueceu?" Disse com a voz fraca, afastando as mãos dele de você. "Você realmente me deixou plantada, sozinha e humilhada em um restaurante porque jogar um videogame era mais importante que o nosso aniversário?"
"Nosso… aniversário?" Ele disse, franzindo a testa em confusão, mas logo o arrependimento tomou conta da expressão dele. "Meu Deus, jagi, eu não acredito que…"
"Não, Jungkook." O cortou, levantando a mão para que ele parasse de falar. "Não quero ouvir isso agora."
Você se virou, indo em direção à porta do quarto. Os meninos que estavam no corredor, observando tudo, deram espaço para você sair quase no mesmo instante, e você pode ver a mistura de preocupação e leve indignação, que você sabia ser pelo Jungkook.
O seu namorado não perdeu tempo, se levantou e começou a correr atrás de você, te segurando pelo pulso e impedindo que continuasse andando em direção à porta.
"S/N, espera, por favor!" Fez você se virar para ele, que já estava com a expressão aterrorizada. "Eu não fiz de propósito, me perdoa." Você revirou os olhos. "É só que eu tô muito ocupado esses dias e-"
"E o trabalho está te consumindo, está sem tempo e muito estressado." O cortou, completando a frase dele. "Eu sei disso, Jungkook, já me disse centenas de vezes." Suspirou, levando as mãos para coçar os olhos e logo em seguida voltando a olhar para o rosto dele. "E durante todo esse tempo eu nunca esperei nem exigi nada de você." Você estava se controlando muito para não começar a chorar bem ali. "A única coisa que pedi foi para você ir na droga de um jantar comigo no dia do nosso aniversário, e não faz ideia de como fiquei nas nuvens quando concordou." Você começou a ver indícios de lágrimas nos olhos dele também. "Mas você não apareceu. Não teve nem capacidade de desmarcar comigo, apenas esqueceu!" Levantou um pouco a voz, mas se lembrou dos meninos e voltou a tentar se manter sob controle. "Eu sinto como se eu não tivesse mais nenhum importância para você, porque até uma merda de um videogame tem mais relevância na sua vida do que eu!"
"Não diz isso, S/N…" Ele disse, claramente afetado, e tentando se aproximar de você.
"Mas é a verdade, Jungkook, quer que eu diga o que?" O respondeu, quase gritando. E foi nesse momento que a ficha finalmente caiu para vocês dois. Essas suas palavras foram mais do que suficientes para fazer com que vocês dois enxergassem que, de fato, era essa a realidade do relacionamento de vocês. "Só… me deixa em paz, ok?" Você mal conseguiu falar por conta do nó na garganta. "Agora você não precisa mais nem se preocupar em lembrar de mim, pode fazer a merda que quiser sem peso na consciência."
Essas foram as últimas palavras que disse antes de sair de lá, destruída. E foram também as palavras que quebraram o Jungkook como ele nunca imaginou que seria possível um dia. E o pior? Ele sabia que você estava certa.
Ele tinha plena noção de que você estava sendo uma das últimas prioridades na vida dele. E sim, ele tinha que dar uma atenção imensa ao trabalho, mas não era apenas isso que estava se sobressaindo à você, era tudo. Eram os amigos, eram os treinos, eram os jogos, eram as festas, eram as redes sociais, era tudo, absolutamente tudo.
E foi isso que partiu o coração do Jungkook. Ele mesmo.
Ele caiu no chão assim que ouviu a porta bater, sem nem tentar mais controlar as lágrimas. E cinco segundos foram suficientes para fazer com que todos os meninos se reunissem em volta dele.
"Eu não vou dizer que está tudo bem, porque não está." O Namjoon foi o primeiro a dizer alguma coisa. "Você errou feio com a S/N, ela tem todo o direito de estar assim."
"Eu sei." Ele respondeu em meio aos soluços.
"Por que deixou isso acontecer?" O Yoongi perguntou, se abaixando do lado dele. "Como esqueceu de algo tão importante assim por um motivo tão besta?"
"Eu não sei, eu…" Levantou o olhar, se deparando com os olhares levemente decepcionados e preocupados dos Hyungs. "Vocês não-" Ele engasgou com as próprias palavras, mas logo se recuperou. "Vocês não acham que eu não a amo mais, não é?"
"A única pessoa que pode dizer isso é você." O Hobi disse. "Mas não parece estar fazendo o papel de alguém tão apaixonado assim."
O Jungkook nunca imaginou que em algum momento da vida dele ele estaria se sentindo tão mal quanto esse. Nem que ele chegaria ao ponto de se humilhar por alguém sem nem se importar. Ele não estava dando a mínima para qualquer ego ou orgulho que tivesse, tudo o que ele queria era você de volta. Na verdade, apenas poder ouvir a sua voz já era o suficiente para ele… mas não estava sendo tão fácil assim conseguir isso.
Todos os dias estavam sendo a mesma coisa. Ele acordava e ia até a empresa, trabalhava o dia inteiro, e assim que era liberado ia direto para a porta do seu apartamento, passando antes em algum lugar e buscando algo que gostasse. Cada dia era algo diferente, flores, chocolate, seu vinho favorito, um bichinho de pelúcia, comida embalada do seu restaurante favorito, mas nada era o suficiente. No final, o resultado era sempre o mesmo: ele se sentava na porta, depois de ficar quinze minutos tentando de chamar, e começava a listar os motivos pelos quais ele sabia que merecia o que estava recebendo, mas também os motivos pelos quais você deveria lhe dar uma última chance.
No final, o principal e mais forte motivo era sempre o mesmo: ele te amava mais do que qualquer coisa nesse mundo.
Quando ficava muito tarde, ou o porteiro do seu prédio vinha expulsar ele, o Jungkook te dizia um último "me perdoa" e ia embora, deixando o presente na sua porta na esperança de que pelo menos você visse isso.
A verdade é que você fazia muito mais do que isso. Sem ele fazer ideia, você estava todos os dias sentada do outro lado da porta, ouvindo cada palavra dita por ele e fazendo tudo o que podia para não fazer barulho e chorando, e também juntando todas as suas forças para não abrir a porta.
Não era apenas o Jungkook que estava quebrado com isso, você também estava em pedaços. Se obrigava a trabalhar todos os dias, mas só queria poder voltar para casa e esperar que ele viesse te ver, por mais que nunca te visse, de fato. Saber que ele estava tão dedicado em poder falar com você estava aos poucos fazendo com que começasse a repensar se valia a pena acabar com tudo dessa maneira. Mas ainda não estava convencida o suficiente.
Na verdade, o que te fez de fato mudar o modo como estava agindo, não foi o Jungkook. Foram o Jin, Jimin e Taehyung.
"Ele o que?" Você disse, olhando para os três que estavam sentados no seu sofá, no meio da tarde de um domingo.
"Ele mal está se alimentando direito, o que dirá dormindo." O Tae disse, preocupado. "Tudo o que faz é treinar o mais rápido que pode, pra poder sair da empresa e vir aqui."
"E pra ser sincero, o treinamento não esta rendendo tanto assim." O Jimin disse, e os outros dois concordaram. "Pra quem costumava ser o mais perfeccionista de nós, o Jungkook parece estar tendo muitos problemas nas danças e vocais."
Você sentiu seu coração se apertar quando ouviu isso, mexendo nervosa nas suas mãos e olhando para o chão atormentada, reação que não passou despercebida pelos meninos.
"Mas nada disso é culpa sua, não é por isso que viemos aqui." O Jin disse com a voz doce, adivinhando o que estava passando pela sua cabeça, e os outros dois foram rápidos em concordar. "A gente só queria que você soubesse, como pessoas que convivem com o Jungkook, que ele realmente está arrependido do que te fez passar…"
"A gente nunca viu ele tentar tanto alguma coisa quanto ele está tentando entrar em contato com você, S/N." O Jimin completou. "E, sinceramente, acho que eu nunca vi ninguém parecer amar tanto alguém a ponto de fazer o que ele está fazendo todos os dias por você."
"Ele realmente te ama." Foi a vez do Tae. "E todos nós sabemos que, se der mais uma chance pra ele, ele vai fazer o possível e o impossível pra recompensar tudo aquilo que te prejudicou."
Pronto. Era exatamente isso que você precisava ouvir. Que iria valer a pena. Que ele te amava. Que vocês poderiam dar certo de novo. Você precisava de mais vozes te garantindo que podia dar certo, além da sua cabeça e o próprio Jungkook.
E foi por isso que, mais tarde, naquela noite, você abriu a porta assim que ouviu a campainha tocar pela primeira vez, com certeza pegando o Jungkook de surpresa, o que ficou claro pelo fato de ele não conseguir dizer nada, apenas ficar te olhando com os olhos arregalados.
"Pode entrar." Você disse, dando espaço para ele, que fez exatamente isso.
Vocês dois ficaram parados em silêncio no meio da sua sala pelo que pareceu uma eternidade, apenas olhando um para o outro, e se perguntando internamente o que deveria ser feito.
"Eu…-" Ambos começaram a falar ao mesmo tempo, se interrompendo ao ouvir a voz do outro.
Deram um leve sorriso, e voltaram a ficar em silêncio mais uma vez. Mas o Jungkook não esperou tanto assim dessa vez, e tomou uma atitude que te pegou de surpresa.
Ele caiu de joelhos no chão, já começando a formar algumas lágrimas nos olhos, o que fez seu coração perder uma batida.
"S/N, por favor." Ele começou, com a voz já fraca. "Me perdoa."
"Jungkook…" Você começou, com um suspiro, mas ele não deixou que terminasse de falar.
"Eu juro." Ele voltou a falar, estendendo a mão e entrelaçando na sua. "Que eu nunca me senti tão arrependido por algo quanto eu me senti arrependido por ter te machucado." Você sentiu seus olhos começarem começarem ficar úmidos também. "Não sei como, nem porque eu deixei as coisas chegarem no nível que chegaram, só sei que eu fui um imbecil." Ele fungou. "E eu sei que talvez seja demais pedir que me dê outra chance, mas eu realmente acho que posso te fazer feliz do jeito certo." Nesse ponto vocês dois já estavam deixando as lágrimas rolarem livres. "Por favor, jagi, me deixa te mostrar o quanto eu te amo."
Você soltou a mão dele, o que o assustou por um segundo mas só até ele ver você levar ela até a nuca dele e o puxar para um beijo, enquanto se ajoelhava também. O beijo provavelmente foi o mais bagunçado que já tiveram, mas com certeza foi o mais cheio de sentimentos e emoções verdadeiras e puras.
Quando seus lábios se encostaram, vocês sentiram uma energia cheia de amor e alívio percorrer por cada parte de seus corpos. Estavam juntos de novo. Tudo bem que ainda tinham muita coisa para resolver, mas o mais importante era que estavam juntos de novo.
"Me perdoa…" Ele disse em um sussurro, contra os seus lábios, e com a testa colada na sua.
"Eu perdoo." Você disse no mesmo tom, e com os olhos ainda fechados, sentindo apenas o seu corpo ser puxado para um abraço forte e desesperado logo em seguida.
"Eu prometo." Ele começou a dizer no seu ouvido. "Que assim que esse comeback passar eu vou recompensar tudo o que deixei de fazer por você." Se afastou, segurando seu rosto com as duas mãos. "A gente pode viajar, ou a gente pode até ir atrás de um apartamento para morarmos juntos, ou adotar um animal, ou-"
Você o cortou com mais um beijo, cobrindo as mãos dele pelas suas.
"Só estar do seu lado ja é mais do que o suficiente pra mim, Koo…"
Ele sorriu com o apelido que não ouvia há tanto tempo, e seu coração se derreteu com a visão que tanto sentia falta de ver ao vivo.
Finalmente, estavam juntos de novo, e dessa vez do jeito certo.
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O que é Seguidores
Olá, docinhos!
A princípio, mudei a saudação porque a de antes era bem sem graça, e como docinhos não têm gênero, agrada muito mais do que um "queridos e queridas", vai que aparece alguém por aqui criticando a escolha. Então é mais inclusivo, sabe?
E em segundo lugar, essa resenha demorou meses pra sair, me desculpa. De dezembro até aqui passou muito tempo mesmo, em parte foi falta de vontade minha sim, mas por outro lado tenho planos legais pro blog daqui pra frente, então essa "folga" não foi em vão! Um post específico que eu planejo fazer no futuro é uma cobertura da votação de popularidade dos personagens de One Piece com as minhas opiniões, mas pra isso eu teria que avançar bem mais no anime, então esse projeto vai ficar pra meses depois.
Mas deixa eu explicar a história melhor: na resenha passada, eu disse que a próxima seria de um filme infantil francês ou de um game com pegada retrô. E acabou não sendo nem um nem outro, porque já esqueci dos detalhes de Ernest & Celestine e aconteceu uma jornada louca com o Katana Zero (5 estrelas vem aí), porque eu tinha jurado que só ia fazer resenha se tivesse desbloqueado todas as chaves escondidas no jogo, mas levou um tempão pra eu completar o speedrun e ainda não consegui uma delas. Enfim, na mesma época, eu comecei a reassistir essa série e pensei que seria uma boa pedida. Fiquei cansada de acompanhar ela em certas partes, e parei muito, mas agora estou aqui depois de tanta enrolação.
Agora que temos todas essas questões iniciais esclarecidas, vamos à análise!
Ficha técnica
Ano 2020
País Japão
Direção Mika Ninagawa
Temporadas/episódios 1/9
Fonte Original
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Uma coisa que eu notei e fiquei pasma é o quanto essa produção é recente. Antes de checar, pensei que ela tinha sido lançada há mais anos, tipo em 2018 ou 2019. Mas não... esse nosso período enclausurado altera nossa percepção de tempo mesmo. Eu descobri ela pelo trailer das prévias da Netflix, e já tive uma boa impressão porque a fotografia e as cores apresentadas pareciam lindas, aí fiquei na expectativa de ver. Só que quando lançou, de algum jeito, eu simplesmente não dei bola e não fui ver. Aí demorou quase o ano todo para eu assistir. Não sei se mais pessoas desprezaram ela também, visto que não vejo muita gente falando dela, não há previsão de segunda temporada e nem sei se ela ficou no top 10 da plataforma (se é que existia o top 10 em janeiro de 2020).
Depois dessa demora, eu vi a série inteira em cerca de quatro dias, e foi uma ótima primeira experiência, eu fiquei fascinada. Já adianto que a parte visual dela é perfeita, com fotografia criativa; luzes vibrantes ou locais que contam com tons pastel; e todo tipo de cenário impressionante. Esse é de longe a melhor qualidade e vale a pena assistir só por causa disso. A história também me conquistou, foi divertido acompanhar os grupos de personagens e saber dos seus dilemas. Nessa primeira visita à série, fiquei curiosa para chegar na conclusão de todos eles e a narrativa me conquistou facilmente, achei uma obra de arte não devidamente reconhecida. Mas a pergunta é: essa opinião prevaleceu depois que observei melhor os detalhes?
Veremos isso na conclusão do post. Agora vamos focar na sinopse da série, que não pode ser dada sem conhecimento das personagens.
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Natsume Hyakuta (Elaiza Ikeda)
Esta moça tem o sonho de ser atriz, mas não cultiva muitas esperanças, além de ter uma autoestima não tão elevada; certa timidez e falta de proatividade. Não possui nenhum grande papel ou destaque na indústria, até que em um péssimo dia de bico ela é fotografada pela
Limi Nara (Miki Nakatani)
Esta mulher é uma fotógrafa de sucesso, muito sincera e determinada, que acaba colocando indiretamente a Natsume nos holofotes por ver potencial nela. Ela também tem a vontade de ter um filho "enquanto lhe resta tempo", nem que tenha que criá-lo sozinha.
A partir daí a trama dessas duas protagonistas se desenvolve de forma bem intensa, por vezes se entrelaçando. Mas eu não disse lá em cima que existiam grupos de personagens? Entramos, então, numa questão subjetiva, se Seguidores (ou Followers, para os sommerliers de nome) é um seriado em toda a sua "pureza" ou um dorama, isto é, uma novela japonesa. É complicado afirmar um dos dois, ainda mais porque não sou experiente nessa área de doramas, nunca vi um deles, muito embora tenha acompanhado novelas daqui, então posso dar um pouco do meu parecer, acho que isso conta... A série tem um quê de novela em certas partes sim. Logo vários outros coadjuvantes são introduzidos na história (não tanto quanto as centenas que vemos em novela, claro) e cada um forma seu núcleo próprio com uma espécie de subtrama meio independente do enredo principal e um par amoroso. Tem um pouco de repetição e acontecimentos previsíveis, mas como um todo as situações mostradas lá acrescentam na mensagem passada durante o último episódio: seja uma mulher forte que corre atrás dos seus sonhos. O que ocorre com coerência em QUASE todas as tramas menores.
O primeiro defeito para mim foi a execução do que se passa com personagem da Sunny (todo mundo chama ela assim, não tem um nome "real" mesmo não). Interpretada pela cantora KOM_I, ela tinha um enorme potencial e a resolução do que acontecia com ela não foi nenhuma resolução de fato, então foi um pouco decepcionante. Além disso, o caso do Yuruco (Nobuaki Kaneko) tem um problema bem similar ao dela, aí está o alerta; esses plots não são o esperado para quem gostaria de ver uma abordagem mais corajosa do que eles representam, mas não darei muitos detalhes. Já puxando uma leve crítica de novo, o relacionamento em que a Eriko (Mari Natsuki) se envolve é um tanto quanto... polêmico? Ele não é negativo, mas, enfim, existem certas questões ali e fazem a série dar conclusões estranhas para temáticas sérias.
Voltando ao ponto da mensagem central: ela é bem necessária no cenário da indústria japonesa, que possui fama de tanta opressão aos trabalhadores no geral e principalmente às mulheres. Os exemplos mostrados no decorrer da série são bem positivos, e diversas situações de dificuldade para elas são mostradas de forma consideravelmente realista, como ataques de haters; preocupação excessiva com a aparência; o dilema da "escolha" entre família e trabalho e por aí vai. Os temas são tratados com muita responsabilidade e impacto, na minha opinião, então vale a pena conferir como as personagens reagem a isso.
Vale dizer que mesmo com o encantamento conferido pelo enredo, ele não é maravilhosamente inteligente e inovador em todos os sentidos. A história muitas vezes cai em clichês ou em um desenrolar previsível, o que me afetou mais durante a segunda vez que assisti. Por isso, alguns momentos não são isentos de lugares-comuns chatos ou cenas cafonas dignas de novela dramática, podendo desapontar a audiência. Entretanto, deve-se levar em consideração que a série não se propõe a isso, e ela expõe situações próximas ao que o público feminino pode passar até com certo didatismo, passando ensinamentos corretos e nada antiquados, o que já é um pouquinho diferente do que muitas obras japonesas fazem ainda nesses tempos.
─━━━━━━⊱✿⊰━━━━━━─
Terminadas as impressões no quesito roteiro, vamos para a minha amada categoria de trilha sonora. Eu gostei num geral, ela se encaixa no clima moderno e vivo da série e tem faixas maravilhosas, porém infelizmente elas não se repetem muito. As músicas vocais são bem variadas, e isso me passou um jeito de novela de novo, porque elas são uma salada mista de trilhas boas ou irritantes e ruins, com direito a algumas que tocam durante cenas inteiras e você pensa: "Certeza que é pra pagar esses artistas novos". Pois é, tiveram algumas que eu não curti. Em contraparte, tiveram excelentes surpresas no meio delas! Destaco a música "Desire", interpretada pela Mika Nakashima, um dos destaques do elenco. Sim, ela faz uma personagem cantora, achei isso o máximo, meio que ela faz a própria música que já existia na vida real e atua na série cantando ela.
Vamos para um dos destaques absolutos dessa obra, o figurino lindo! Não tenho nem o que comentar, em praticamente todas as cenas de todos os episódios de 40 minutos cada personagem esbanja estilo, inclusive os masculinos, viu? Os meus looks favoritos são do Tamio (Tadanobu Asano), vocês precisam ver. Melhor que os de qualquer mulher do elenco! Mas é claro que as moças têm muita classe e estilo em 90% das cenas, abusando daquela moda japonesa contemporânea, rica em sobreposições e tons jovens. Só tem uma ceninha ou outra em que eu acho que a roupa ficou cafona demais para certas atrizes, sabe. Só que é uma grande exceção, afinal, um dos lugares principais da série é uma agência de modelos, então podemos dizer que moda é algo essencial para todos que estão presentes no elenco.
E, bem, a fotografia e o cenário são um show à parte, como eu já falei. Tóquio se torna uma cidade incrivelmente irresistível com aquela edição que faz tudo parecer movimentado e cheio de luz, passando por lugares deslumbrantes. As cores usadas são extremamente vivas, podem ser consideradas neon muitas vezes, mas existem certas tomadas com ambientes que passam a impressão de tons pastel, e ambos são igualmente lindos. Nesse quesito Seguidores realmente passa uma sensação de série, porque os takes são bem criativos e câmera se movimenta daquele jeito "indie", não sei descrever tão bem. Tipo como se ela estivesse tremendo, esse é um efeito bem legal que muitas novelas certamente não têm, pois nelas tudo é meio parado e básico na hora de apresentar acontecimentos e diálogos. Aqui não.
Depois de conferir todos os pontos centrais do seriado, gostaria de fazer mais observações sobre alguns elementos dele:
O logo da série que está na interface da Netflix é diferente do que aparece nos créditos de fato, o que é bem estranho. Não lembro de outros casos em que isso acontece, mas só foi meio bizarro mesmo. Talvez não tenham se decidido? Entendo, já que tanto as letras minimalistas com os corações quanto as mais estilizadas e curvas são muito bonitas.
E falando em Netflix, há a opção de dublagem, e ela conta com um bom elenco, mas não recomendo que assistam assim, porque é o cúmulo da não-imersão. Sabe aquela dublagem em que a frase do personagem não tem nenhuma sincronia ou sequer semelhança com o movimento da boca do personagem? Pois bem, é essa. Eu dou um pequeno desconto porque realmente os atores praticamente não mexem a mandíbula, eu fiquei impressionada com o quanto eles falam baixinho, ou fazem frases muito longas com pouquíssimo movimento da boca ou eloquência. Fiquei com pena da dubladora da Natsume (provavelmente a Agatha Paulita), a menina se lamenta demais e aí que ela quase não abre a boca mesmo. É difícil parecer natural com falas complexas e interpretação mínima no idioma original, mas ainda assim não dá pra ignorar que o resultado ficou ruim.
Ainda tem mais uma coisa, que diz respeito à classificação indicativa que colocaram em Seguidores. Eu achei 18 anos um baita exagero, até porque tem um monte de produções no catálogo da Netflix com o conteúdo bem mais pesado e impactante que receberam classificações mais brandas. La Casa de Papel tá indicada pra 16 anos, o que, fazendo a comparação com o que contemplamos aqui, não tem o menor sentido. Sei lá, os avaliadores dessa série aqui poderiam ter dado pra Glee um 16 também por causa dessas discussões mundanas sobre a sexualidade de alguns personagens, que é a única coisa que teria de tão chocante assim. Essa série nem linguagem ofensiva tem. Tem algumas mulheres de lingerie, mas passa tão rápido, não sei o motivo de considerarem pesado assim a ponto de dar essa classificação.
Aqui concluímos os meus pensamentos sobre a obra do post, exceto o principal, a pergunta "o que é Seguidores?".
Seguidores é a junção das seguintes pérolas:
Um segundo em que atuar na TV será um segundo na vida de alguém.
Siga seu próprio caminho e deixe que falem.
Sua seguidora mais preciosa é você mesma.
Vocês vão entender melhor quando virem, essas frases são muito poderosas no contexto delas. Assim, quatro estrelas são merecidas!
★★★★☆
─━━━━━━⊱✿⊰━━━━━━─
Finalmente terminamos esta resenha! Agradeço a leitura. Pra não perder a tradição, tenho o link de algo adicional relacionado à obra, mas vai ser um pouco diferente das outras vezes. Este é um artigo de um jornal tradicional de moda que fala um pouco da KOM_I, a atriz da Sunny, que eu citei antes. Ela é super cool, tenham uma noção:
https://wwd.com/fashion-news/fashion-features/at-home-wednesday-campanella-kom-i-bjork-of-japan-1203097926/
Agora sim acabamos a postagem com estilo.
Abraços,
✿『cbccat』✿
Edit: ao que parece, o WWD entrou naquele sistema babaca de assinatura obrigatória pra ver as matérias, fazer o quê. Enfim, procurem outros conteúdos sobre a KOM_I, ela é demais e merece seu follow. É isso.
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A Verdade Não Dita: Capitulo 7
↳ sinopse - Kim Seokjin não é só um herdeiro chaebol, ele é O herdeiro chaebol. O conglomerado Kim é o que a Coreia do Sul tem de mais próximo a família imperial da dinastia Joseon e assim como o imperador Taejo, tudo sobre o solo coreano pertencia a família Kim, quer dizer, quase tudo. Pouco antes de morrer, o avô de Seokjin vende uma das propriedades mais antigas da família, o que deixa seu neto inquieto já que o que essa era a propriedade onde a avó crescerá, porém a família que comprou o local se nega a vender de volta para Seokjin independente do valor que ele oferecesse, o que o leva a brilhante ideia de se disfarça como o trabalhador chamado Jin e assim descobrir o motivo de uma família não vender para ele o agora único prédio de Seul que não pertence a seu conglomerado.
↳ rating- Livre;
↳ pairing- Seokjin x Hye Jeun ;
↳ gênero - Enemies to Lovers;
↳ avisos - Essa é uma obra ficcional, inspirada na estrutura de um k-drama porque, a autora que vos escreve cansou de esperar a boa vontade da grande hit de colocar meu menino Seokjin em um, espero que gostem, sejam gentis e construtivos se tiverem criticas por favor!
-Até pouco tempo atrás eu não sabia que na Coreia as mulheres não aderem ao sobrenome do marido, achei isso incrível, então peço desculpas pelo meu equivoco cultural nos próximos episódios.
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 05
Capitulo 6
Capitulo 07/16
-Jin olha o que achei - A mãe de Hye Jun entrega um álbum - Como pode ver minha Hye Jeun, sempre foi linda! - Ele folheia o álbum enquanto bebericava o chá, ela era tão fofinha quando neném, segurado o Hoseok, outra brigando com ele, com alguém que identificou como sendo a avó de Hye Jun. - Minha sogra - Confirma Sra. Jung - No mundo não existiu uma mulher como ela, perdi meus pais durante a guerra entre as Coreias, quando cheguei a essa casa, tinha um pouco mais de onze anos, minha sogra cuidava do estabelecimento junto a sua melhor amiga, anos depois meu marido voltou da escola militar, nos apaixonamos e mesmo eu sendo uma órfã, ela me aceitou como nora, cuido de mim como se fosse sua própria filha!
-Ela era realmente uma pessoa incrível - Jin não conseguiu conter a curiosidade - E o que aconteceu com a outra senhora?
-A princípio, a sua família era a dona dessa casa, mas eles abrigavam militantes pró independência coreana, então foram retalhados pelo império japonês, perderam tudo menos a casa, hum, minha sogra nunca falou muito sobre diretamente, mas o que ouvi dos vizinhos ela casou com um homem de família muito rica e essa família não permitia que ela viesse nos visitar - Sra Jung respirou fundo - Minha sogra ficou tão triste, sentiu como se sua unnie tinha abandonado ela, mas alguns anos atrás, quando Hye Jeun estava terminando o colegial, o marido dela apareceu aqui, disse que sua esposa havia falecido, que minha sogra sempre esteve nas lembranças de sua esposa, e ela tinha deixado essa casa no nome dela, como agradecimento por todos os anos de amizade.
-Uau, essa casa tem uma história impressionante! - Ele tinha tentado tirar o lar da família de sua avó, nunca se perdoaria por isso, mesmo que um dia Hye Jeun o fizesse, nunca conseguiria - Posso tirar uma foto dessa aqui?
Era a foto de Hye Jeun vestida com seu uniforme de chefe de cozinha, a mãe de Hye Jeun permite, a Sra Jung queria do fundo do seu coração que aquelas duas pessoas pudessem se apaixonar profundamente, e construíssem uma vida feliz.
-Preciso sair um pouquinho, vou comprar algumas coisinhas com meu marido e Hae Soo, pode avisar Hye Jeun para mim por favor? - Jin faz que sim com a cabeça sem desgrudar os olhos do álbum - Obrigada querido.
Sra Jung faz carinho no seus cabelos, arrumando os fios no lugar, ele segura a vontade de chorar, a culpa iria acabar matando ele aos poucos, por que sua avó não contou aquilo pra ele?
-O que você acha do nosso encontro ser hoje? - Pergunta Hye Jeun aparecendo na sala subitamente, o de Seokjin coração de palpita, ele faz que sim - Espera só mais um pouco que vou me arrumar e já volto!
Ao entrar no quarto ela não sabe da onde surgiu a ideia ou porque sentia-se tão determinada, talvez ela e Seokjin pudessem superar seus primeiros amores juntos, porém não tinha certeza se era uma boa ideia.
Estava calor, então um vestido seria bom, tinha um azul bebê assim como a camisa social que ele vestia aquele dia, não sabia se iria de coque, trança ou cabelo solto, tinha passado muitos anos sem ir a um encontro, era mais fácil só pentear o cabelo, Seokjin já estava na sala esperando!
Quando Hye Jeun saiu do quarto, o cérebro de Seokjin travou por alguns segundos, como se tivesse levado um soco na cara, o azul na pele bronze dela fazia seu coração dar cambalhotas, respirou fundo para não parecer um idiota e sorriu.
-Não tenho nada em mente, porque não planejamos com antecedência? Existe alguma coisa que queira fazer? - Seokjin nem ao menos consegue respirar enquanto fala.
-Hum, gostaria de passear, faz tempo que não aproveito a cidade de noite, podemos decidir o que fazer no meio do caminho, não me importo. Você viu meus pais?
-Eles saíram há pouco, não se preocupe avisei que estávamos de saída e que não voltaríamos muito tarde! - Ela sorri, nunca tinha nem em sonho imaginado que alguém como Jin ficaria nervoso em uma situação como aquela - Uau senhorita Hye Jeun está muito bonita!
-Obrigada! Você também Jin, está muito bonito hoje! Vamos? - Ela estende a mão para ele, Jin a segura, entrelaçando seus dedos.
-Sim!
Eles caminharam em silêncio até o ponto de ônibus, não era aquele silêncio constrangedor e sim algo aconchegante, quando subiram no ônibus e se sentaram Hye Jeun recebeu seu sinal. No banco da frente eles estavam gravadas as iniciais M.Y e J.HJ dentro de um coração.
-Posso te contar um segredo Jin? - Ele faz que sim com a cabeça - Eu que gravei isso aqui.. - Diz apontando para seu pequeno ato de vandalismo, seu e de Min Yoongi - Quase dez anos atrás, foi quando me apaixonei pela primeira vez, ele era uma nova criança no bairro, tímido, a única coisa com qual conseguia conversar era o piano, até eu encher sua paciência ao limite e convencê-lo a ser meu amigo, claro que tive que bater em alguns meninos que implicavam com ele antes - Seokjin ri, isso era a cara de Hye Jeun, ela não havia mudado muito de temperamento - Quando nos tornamos adolescentes confessei meus sentimentos primeiro porque, se fosse depender daquele bobo, nunca nada iria acontecer - Hey Jeun respira profundamente - Porém poucos meses depois de entramos na universidade, ele descobriu que os rins dele, não estavam fazendo direito o seu trabalho…- Jin segura com força a mão dela, se xingou mentalmente, era o pior dos monstros, aquela menina já tinha sofrido tanto! - Estou te contando isso para que entenda, eu amei muito Min Yoongi e provavelmente ele vai sempre ter um lugar especial no meu coração, não quero ter segredos Kim Jin, porque acho que podemos voltar a funcionar juntos.
“Você me faz querer ser egoísta Jung Hye Jeun, quero abandonar minha família, viver para ser feliz com você e nada mais!” As palavras ficam presas na garganta de Seokjin. Eles descem no centro de Seul, a cidade vibrava nas luzes de néon do comércio.
-Primeiro preciso confessar, minha situação financeira não é como tenho feito parecer - Seokjin fecha os olhos com força esperando o primeiro tapa, que nunca chegará.
-Imaginei, nenhuma empresa daria um celular daquele para um estagiário, mas sei que deve ter seus motivos para ser reservado quanto a isso…- Seokjin suspira.
-Meu primeiro amor é um dos motivos, estudávamos na mesma escola durante o ensino médio, ela era filha de um dos funcionários da escola e as outras crianças implicavam com ela por conta disso, sempre odiei esse tipo de atitude, por isso a protegi, porque sabia que contra mim, ninguém poderia fazer nada ali! -Ele fecha os olhos por alguns segundos, tomando coragem para acessar essas memórias - Aos poucos acabei me apaixonando, esqueci minha posição como filho mais velho, vivi como um louco por ela, acreditei que faria o mesmo por mim, porém um dia ela desapareceu, fui atrás dela, precisava descobrir o que aconteceu então, quando fui até sua casa, as vizinhas me contaram que eles tinham ganhado muito dinheiro e tinham mudado de casa, Chae-in fora estudar no exterior, quando encontrei sua mãe dela, ela nem ao menos sabia quem eu era e me contou tudo, um senhor muito rico apareceu na porta da casa deles, oferecendo muito dinheiro para que a filha deles mantivessem distância do filho deles…
Hye Jeun nem ao menos o deixou terminar o abraçou no meio da rua, Seokjin se permite inclinar para apoiar a cabeça no ombro dela e eles se permitiram chorar, tudo que ficou guardado tanto tempo, bem no meio da cidade, sem se importar se outras pessoas estavam olhando ou não.
-Vamos tomar uma café? Recuperar a energia? - Hye Jeun secava as lágrimas do rosto dele - Conheço um aqui pertinho!
Seul era um lugar cheio de cafés personalizados, aquele era um lugar que era aconchegante e ao mesmo tempo parecia sair de um filme romântico, Seokjin precisava contar a verdade para ela, sabia que era pedir demais mas, precisava do seu perdão.
-Sua mãe estava me contando a história da sua casa mais cedo - Hye Jeun coloca os cafés na mesa.
-Ela realmente deve gostar de você, não é de contar essa história para qualquer pessoa! - Hye Jeun bebe um pouco do café - Aquele lugar era muito especial para minha avó e sua melhor amiga, a família dela antes de ser colocada na lista obscura do império japonês, acolheu a minha avó, seus pais eram amigos dos donos do local, criaram minha avó como se fosse a própria filha, e a filha biológica deles também a tratou e cuidou como faço com Hoseok. Acho que foi por isso que minha avó não se permitiu ficar muito triste quando a amiga casou e desapareceu.
-Talvez não ela não tivesse escolha. - Jin bebe seu café.
-Talvez… Mas se JuDa fizer isso comigo arranco os cabelos dela! Prometemos uma para outra que eu seria madrinha dos filhos dela!
-Ela é sua melhor amiga?
-Sim, na verdade, foi ela que me fez descobrir como gosto de cozinhar, JuDa se cobrava muito quando mais nova, ser uma ótima aluna,uma boa filha sua avó paterna cobrava muito dela também, a deixava um dia todo sem comer se ela não fosse a primeira da sala, eu não sabia na época, não éramos próximas e eu também gostava do primeiro lugar, então um dia brigamos feio e ela deixou escapar “eu só quero comer, eu preciso do primeiro lugar porque preciso comer sua idiota egoísta!” - Hye Jeun encolhe os ombros - Naquela época ainda não tínhamos reformado a parte de baixo para ser um ambiente de restaurante, meu pai só tinha um carrinho de sondei, mas eu a levei até em casa fui até a cozinha e lembrei detalhe por detalhe da receita de kimbimpap que minha avó fazia pra mim quando eu estava triste, nunca vi alguém comer tão bem em toda minha vida!
-Você realmente é uma pessoa incrível Hye Jeun! - Jin segura sua mão - E estou completamente apaixonado por você! Porque você me ensina a como ser humano, cada dia mais.
-Todos temos cicatrizes Kim Jin, o importante é não deixá-las o definirem - Ela segura com firmeza a mão dele - Já deixei o luto me definir por tempo demais, agora preciso de um pouco de vida, vamos passear mais um pouquinho?
Eles andam até encontrar músicos, ficam ali junto de outras pessoas apenas aproveitando, até começar uma música lenta, Jin puxa Hye Jeun para dançarno meio da rua, as pessoas em volta ficam abismadas com a atitude, Hye Jeun pensa em repreender a atitude, mas ele parecia tão feliz, Jin conhecia a música então cantarola baixinho.
-E eu sei, seu calor é real, sua mão colhe as flores azuis, eu quero segurá-la, mas…-Hye Jeun apoia a cabeça em seu peito.
-Esse é meu destino, não sorria para mim, me ilumine, porque eu não posso chegar até você -Jin sentia o peso de cada palavra que ela cantava- Não há um nome para chamar. Você sabe que eu não posso, me mostrar para você, me doar para você…
-Eu não posso te mostrar minha fraqueza, então coloco uma máscara para te encontrar, mas eu ainda quero você. - Seokjin beija o topo da cabeça de Hye Jeun, queria que naquele momento, o mundo pudesse parar e ela ficasse para sempre em seus braços.
^-^
-Gostaria de dizer como me sinto ultrajado por terem escondido isso de mim - Jimin olha com reprovação para os amigos.
-Não é o que você está pensando Jimin - Se adianta a dizer Jungkook, Jimin bufa.
-Olha eu sei que não sou a pessoa mais inteligente do mundo, mas duvido que sua língua quase tocando a garganta do Hoseok possa significar qualquer outra coisa! - A voz dele subia duas oitavas a cada palavra dita.
-Não contamos, porque ainda não sabemos muito bem o que vai ser deste relacionamento, no que vai dar… - Uma veia saltou na testa de Jimin assim que Hoseok fechou a boca.
-Não sabe no que vai dar? Você compromete minha criança até o último grau, sem saber no que vai dar Jung Hoseok? - Hoseok fecha as mãos em punhos.
-Ele NÃO É SUA CRIANÇA! - Jungkook segura o braço de Hoseok.
-Vocês podem parar de brigar como se eu não estivesse aqui? - Grita Kookie - Jimin não sou mais criança, eu sei me defender e tomar minhas próprias decisões okay? E nesse momento o que quero é estar com Hoseok hyung, independente do que as pessoas vão achar, quero estar com ele. - Hoseok entrelaça os dedos ao de Jungkook,e começa a chorar sem perceber, Kookie o abraça. - Está tudo bem, tudo bem hyung, estou aqui.
-Pode ir me pagando as cinquenta pratas Park Jimin - Diz Taehyung assustando os três - O que? Vocês acham que eu não percebi? Fui eu que avisei o amigo aqui, que estávamos ficando de vela!
-Um garoto rico desses me cobrando cinquenta míseros wons - Resmunga Jimin.
-Posso aceitar um abraço - Diz abrindo os braços.
-Amanhã apareço com seu dinheiro! - Jimin respondeu se afastando dele.
-Não, vem cá,me dá um abraço Jimin!! - Taehyung corre na direção do amigo.
Hoseok estava aliviado pela reação dos amigos, e saber que eles apoiavam significava o mundo pra eles dois. Os quatro caminharam em silêncio até o ponto de ônibus, Taehyung e Jimin provocavam um ao outro e Jungkook apoiava a cabeça no ombro de Hoseok.
-Vamos juntos andando pra casa? - Jungkook sussurra o pedido, Hoseok faz que sim - HYung, seu motorista pode levar Jimin até em casa? Eu e Hoseok vamos andando, queremos conversar um pouco.
-Não..- Taehyung cobre a boca do amigo com a mão, antes que ele possa falar alguma besteira.
-Claro sem problema! Podem ir! A noite é uma flor, já diria minha avó! - Jimin se livra do amigo.
-O certo é “A noite é uma CRIANÇA” você é muito bobo mesmo ein! - Grita Taehyung rindo de nervoso.
^_^
-Obrigado pelo passeio Jin - Eles ainda seguravam a mão um do outro - Obrigado por confiar em mim seus segredos!
-Digo o mesmo senhorita Jung, também sou grato por ter me concedido o prazer de uma dança… - Antes que consiga terminar o que queria falar Seokjin é empurrado contra o muro da casa vizinha, Hye Jeun aproxima seu corpo do dele - Senhorita Jung o que… - Ela cobre a boca dele, Jin sente seu coração bater mais forte.
-Hoseok está entrando em casa com alguém! - Sussurra, Seokjin tenta se concentrar nas palavras dela - Ah finalmente, acho que esses dois se resolveram!
-Quem? - Hye Jeun aponta na direção do casal, Seokjin fica impressionado com a habilidade dos jovens se beijarem nos dias de hoje, realmente teria que pedir umas dicas ao seu novo cunhado - Seus pais, vão ficar bem com isso?
-Não tenho certeza, mas vou ficar do lado do meu irmão, ele não está fazendo nada de errado!
-Podemos fazer nada de errado também senhorita Hye Jeun? - Ela sorri pra Seokjin.
-Você perdeu a vontade de viver Kim Jin? - A lembrança da cena dela falando para Taehyung que cortaria as partes dele com sua coleção de facões que hoje ele conhecia muito bem voltou vivia como nunca, ele cobre parte abaixo da sua cintura com as duas mãos.
-De forma alguma senhorita Jung! Sinto muito!
-Vamos esperar um pouquinho aqui até eles entrarem?
-Sim.
Seokjin percebe os pelinhos do braço de Hye Jeun arrepiados, então retira seu blazer e coloca sobre seus ombros. Ele tinha cheiro de sabonete de camomila e era tão quentinho ali.
-Eu gosto de você Kim Jin! - Hey Jeun segura a mão dele, tão macia em comparação ao sua, calejada e cheia de pequenos cortes devido a culinária - Gosto muito de você! De verdade!
-Sei disso senhorita Jung! - Ele se arrisca ao abraçá-la - Eu também, gosto muito de você - Seokjin beija novamente o topo de sua cabeça, foi um hábito que ele adquiriu rapidamente - Muito, muito, muito!
^-^
JuDa recolhia as últimas coisas do seu apartamento no centro de Seul, voltaria para casa dos seus pais, Namjoon não conseguiria te encontrar tão facilmente e talvez nem fosse querer encontrar, tinha organizado as coisas bem o suficiente para isso.
Se seu coração doesse mais um pouquinho quebraria, se doer mais um pouquinho ela desistiria de tudo e se jogaria nos braços de Namjoon, todas as lembranças deles estavam ali, por isso precisava partir.
“-Eu só gosto de meninas altas, sabe corpão violão, de preferência loiras - Namjoon encosta na beirada da mesa de seu escritório.
-Não tenho interesse nenhum em saber seu tipo ideal, estou aqui para ser a auxiliar administrativa diretor Kim - JuDa responde sem tirar os olhos do computador - A construtora precisa do seu aval para começar as obras do centro de idosos, já mandei a documentação por e-mail para o senhor lê enquanto office boy não chega com a papelada do cartório…
-Só estava deixando elucidando esse ponto, não se apaixone por mim, porque você não faz o meu tipo okay? - JuDa se segurou para não revirar os olhos para ele, como alguém conseguia ser tão prepotente?
-Não se preocupe diretor Kim, gosto de homens que conquistaram o próprio dinheiro, ou seja você não é meu tipo ideal também. - Namjoon começa a se mexer desconfortável - Então agora que estamos na mesma página, pode por favor ler o documento?”
Ao fechar a porta daquele apartamento, ela estava deixando tudo para trás, o emprego que ela tanto batalhou para conseguir, o homem que amava e uma parte de si ficaria ali para sempre.
JuDa precisava proteger sua família da fúria dos imperadores Kim, seus pais que trabalharam tanto para garantir seu futuro quem nem conseguiam passar muito tempo com ela quando criança, eles trabalhavam para que ela pudesse frequentar a faculdade que ela decidisse fazer. Eles sacrificaram tudo, inclusive a própria saúde.
O celular vibra, mensagem do taxista avisando que já estava esperando em frente a portaria, não tinha como ou porque voltar atrás naquele momento.
-Adeus Joonie! por favor não pule as refeições, durma pelo menos seis horas e por favor se mantenha saudável mesmo que de longe, eu te amo para sempre!
Elas escreve um bilhete junto ao envelope de dinheiro e empurra para debaixo da porta da vizinha, esperando que ela agisse da forma que tinha sido acordado entre as duas quando Namjoon aparecer.
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PARASITA
[CONTÉM SPOILERS]
E para começar a semana do Oscar 2020, não podia ser com outro filme né? Na verdade é O FILME pipoquers.
Vocês querem um filme com um roteiro doido que quando você lê a sinopse já pensa “meu Deus, não tem pé nem cabeça isso daqui”, poise... É disso que “PARASITA” se trata (a princípio tá?) pois depois tudo faz sentido logo nos primeiros minutos do filme.
Bong Joon-ho diretor do filme é no mínimo “anormal” por pensar em uma história assim. Ao mesmo tempo que pensamos na insanidade do diretor, podemos aplaudi-lo de pé por toda crítica que “PARASITA” carrega dentro dos 3 atos que constroem seu universo de ascensão.
O filme é sobre a família Ki-taek que vive quase que na miséria em uma casa considerada por lá como ‘meio porão’, e que para sobreviver dobram caixas de pizzas como uma espécie de bico na própria casa. A ambição deles já é mostrada quando enquanto trabalham, assistem um vídeo de uma youtuber dobrando rapidamente e ensinando como faz para o serviço render e assim consequentemente o salário, já que é por unidade dobrada que eles ganham o pão de cada dia.
Assim como a ambição é mostrada de cara, os vacilos e falta de sorte também é deixado sobre a mesa quando na hora do recebimento o dinheiro é descontado já que o serviço foi considerado mau feito pela patroa deles. Em contra partida, temos o pontapé inicial de certa esperteza do protagonista e sua irmã fazendo um tipo de trato para reparar o que foi perdido ali, buscando uma vaga para trabalhar fora de casa com eles. A apresentação dos porquês e vantagens de tê-los como funcionários fixos e os próximos acontecimentos deixam isso mais claro ainda.
Em seguida temos a grande oportunidade da vida deles dando as caras. Um amigo próximo informa que uma família podre de rica está com uma vaga de professor particular e assim com uma força tarefa de falsificação de diplomas, certificados e afins, Ki‑woo (Choi Woo‑shik) que tem todos os dotes para cumprir com as obrigações que a vaga exige, embarca para ajudar a família com o primeiro salário e profissão digna.
O sentimento de fracasso e a esperança de sair daquela situação é constante em cada cena da família, mas ao mesmo tempo a gente se encanta com a força de vontade em fazer os planos darem certo em meio as armações perigosas e engraçadas que eles aprontam cena após cena.
Voltando a falar da casa que eles vivem, pois gente, é tanta coisa a prestar atenção dentro desse filme que você se perde nos mínimos detalhes. A janela pela qual eles observam a vida lá fora só os deprime, existe um bêbado que mija lá perto no lixo todos os dias pra piorar a situação já que essa é a paisagem do cotidiano deles. Será que o pobre só enxerga a desgraça que o rodeia? Será que isso é mais uma razão para desmotiva-los? Fica no ar a pergunta.
A busca pela rede wi-fi e o uso de celulares dentro do filme é outra ótima observação a se fazer. Já que eles realmente transmitem a sensação de serem ‘parasitas’ dependendo de restos ou do que oferecem a eles desde o começo da trama. O filme é tão atual e permeia em tantas coisas que são ignoradas por grandes títulos que o torna uma produção cada vez maior de acordo com que você vai assistindo.
Voltando ao momento atual (do qual estava falando), Ki-woo mostra ser capaz de impressionar a família rica e vê dentro daquele ambiente a possibilidade de ajudar mais ainda os seus, já que outra vaga surge a partir de uma conversa com sua patroa sobre o comportamento do filho caçula deles que é meio imperativo, artista e diferente. Assim, sua irmã também entra na rodela de fingimentos no mesmo nível que o irmão, documentos falsos, indicação falsa e por ai vai.
Assim como os filhos, os pais também conseguem os empregos que tiveram sua vaga forçadamente abertas, já que os empregados anteriores são demitidos por conta das armadilhas que os irmãos tramam para que assim seus pais possam apossar de tais oportunidades.
Sendo assim a família inteira dentro do mesmo local de trabalho, fingindo serem no máximo conhecidos, é a receita pronta da desgraça gente. Uma hora ou outra as coisas iriam vir a tona, mas o que pega, é a forma como tudo acontece.
Sabe aquele ditado: “aqui você planta, aqui você colhe?” ou talvez aquele: “tudo que faz, um dia volta pra você?” é justamente isso que acontece do 2º ato do filme pra frente. Todas as ações que a família tomou frente, começam a dar retorno, e não é o financeiro.
Em meio a situações engraçadas, dramáticas e inusitadas, um dos personagens prejudicados pela família e que inclusive nem damos tanta moral até a saída dela com seu olhar vingativo que promete trazer (e traz), a desgraça ou motivação para o último ato do longa. Estou falando de Moon-gwang (Lee Jeong-eun), a empregada que foi demitida para que a mãe de Kin pudesse ocupar uma das vagas de emprego da casa.
A reviravolta e evolução da personagem, por mais que seja imediatista e repentina no seu retorno a casa dos ex-patrões, é espetacular. Quando achávamos que o nível mais baixo enquanto classe social havia se revelado (falo aqui das condições da família Ki-taek), nos enganamos. Diretamente do porão da casa dos milionários, eis que surge um novo personagem e tudo muda nos planos das duas famílias, já que Moon é esposa dele e também tinha seus segredos dentro do mesmo teto.
Com essa avalanche de informações e mais as artimanhas que a família Ki-taek tem que aprontar para ocultar mais um segredo da família de ricos, encerramos o 2º ato do filme com gosto de quero mais, com tanta curiosidade nos olhos e vontade de ver como tudo termina. A verdade é que tudo se transforma em uma briga por território. As classes precárias brigando pela migalha “fornecida” pelos verdadeiros donos do espaço.
O desfecho do filme se dá de forma sangrenta e nem um pouco esperada, as mortes confesso que me pegou de surpresa de certa forma. Não irei detalhar como tudo termina pois já dei spoilers demais, precisava desabafar inclusive rs. Porém deixarei um questionamento aqui pra vocês, o que não tem nada a perder faria quando a única coisa que restava pra ele, o foi tirado? Pensem nisso.
As cenas finais tem lá suas penalidades por ter vários ápices, principalmente quanto ao pai de Kin, que cansado de ver tanta humilhação nas palavras e atitudes do patrão ricaço, toma a atitude esperada. Sua esposa e filhos herdaram nada mais do que traumas por tudo que visualizaram e só entenderão depois. Ki-taek (Song kang ho) dá um show de atuação do final do 2º ato adiante. Suas ações movem o filme até seu último segundo de fôlego, deixando o último suspense no ar, ou podemos dizer que um final alternativo talvez?
De fato o filme traz a tona críticas sociais pesadas como a ascensão das famílias pobres, até onde o ser humano é capaz de ir para ter seu local na sociedade? Todos os ricos são felizes? Realizados? A cena do sexo no sofá com a família Ki-taek, onde o casal de milionários revelam suas fetiches sexuais envolvendo xingamentos, vontades que eles mesmos julgam chulas e de classe suburbana. Essa é uma das máscaras da alta sociedade? Creio que toda a farsa dentro da família rica só demonstra quão o dinheiro não resolve grande parte do nosso interior. Quanto ter tudo, pode nos tornar meros NADAS!
E enquanto as famílias que vivem na precariedade? Será que de fato elas precisam ir tão longe para conseguirem seus objetivos? O filme mostra uma certa punição para quem é capaz de tudo? No final das contas isso acaba sendo uma conclusão pessoal de cada um de nós que assistimos e absorvemos as mensagens que o filme trouxe.
As cenas de humilhação mesmo que indiretas conseguem nos incomodar tanto a nível de dar um certo prazer por tudo que acontece no final das contas. Achei tão simples e um tiro certo o diretor trabalhar o “cheiro” como instrumento de preconceito às pessoas de classe baixa. Isso é usado no filme pelos ricos quando citam que o motorista, Ki-taek fede a metrô. Tais palavras ouvidas por ele, começam a transformá-lo e a mudar sua visão, propósitos e atitudes dentro do filme. Será que ele ficou com medo de se tornar aquilo no final das contas?
As cenas da enchente são na minha opinião as mais lindas do filme. “Ah Paullo você está louco? é uma tragédia e muito triste tudo aquilo”, sim galera é tudo isso e muito mais. São elas que mostram graças a cenografia e atuações fortes do elenco, o quanto a família Ki-taek sofre com a perda de tudo que tinham. É como se lá vendo tudo sendo levado e perdido pelas águas, realmente tivesse valor pra eles, e agora que eles haviam perdido completamente tudo que tinham, as coisas mudaram para todos.
A fotografia com o plano geral de cima da comunidade que eles moravam, é de tirar o fôlego, assim como as cenas deles no mesmo lugar que tentavam pegar sinal de wi-fi, era o ponto mais alto da casa onde conhecemos e onde despedimos daquele pedaço representativo dentro do roteiro.
O filme também é sobre arquitetura, tanto nas cenas que mostram a casa enorme e feita por um famoso arquiteto, quanto nas ruas e interior da casa da família Ki-taek. Cada detalhe enriquece nossos olhos. A sala da casa dos patrões tem várias cenas interessantes para serem analisadas, principalmente a do acampamento do caçula da família, onde todos ficam reféns da paisagem linda que reflete na luz do sol e entra pela sala. Ali eu senti que era a representação da “liberdade” dos personagens. Aquela vista limpa e perfeita, parecendo que foi pintada a dedo, poderia ser um dos combustíveis deles para irem até as últimas consequências.
Por fim um das coisas mais importantes do filme e que é o fechamento da “chave de ouro” pra mim. No final o que aprisionava o marido de Moon, que era o porão da casa dos milionários, acaba sendo a liberdade e refúgio do filme. Um lugar de refúgio e de evolução, mas isso é só no final que tem a possibilidade de ser refletido em nossos pensamentos. Kin tem a missão de reverter tudo que sua família fez e queria ter, mostrando que no final das contas o objetivo deles foi concluído.
O mix de gênero dentro do filme o deixa escapar entre os dedos da academia do oscar com toda certeza, já que ele permeia entre ‘drama, suspense e comédia’. PARASITA é um filme que te faz rir, roer as unhas, pensar em suas atitudes e vontades e refletir sobre o que é feito dentro do filme em suas mais de 2 horas de exibição.É impossível assisti-lo e sair ileso do proposito que Bong teve no final das contas. Acredito que o filme levará no mínimo 3 estatuetas para casa na premiação deste ano.
#parasita#parasite#oscars2020#oscar#oscars#oscar2020#bong joon ho#koreia#cinema#goiania#resenha#critica
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Entrevista: Marina (Lindy)
E adivinha quem está com nova entrevista saindo do forno?!!!
A entrevistada de hoje é bem especial porque ela acabou de finalizar uma das suas multichapters mais lidas. E por esse motivo estamos aqui pra conversar um pouquinho com a autora de “Ferida Aberta”.
Simbora pra leitura?!
01. Primeiramente, como de costume por aqui, poderia se apresentar e falar um pouquinho sobre você, sua idade, suas fanfics…?!
Olá, pessoas! Bom, meu nome é Marina (ou Lindy, como preferirem) e esse mês de maio agora eu faço 23 anos. Minhas fanfics são Ferida Aberta, Depois da Curva, Hope, Não Foi Pênalti! (que tem a versão em inglês no ffnet e, em breve, no ao3) e agora eu tô com a Confluência. (EITA!!!)
[obs.: todas as fanfics estão disponíveis também no Social Spirit]
• Espera, por que “Lindy”?
Ah, é pela personagem Lindy Owens do livro Beastly da Alex Flinn (ou Lindy Taylor, se você for olhar pela versão do filme). Eu só precisava de um user pras fanfics e eu amo a personagem, dai fico isso, não me julga!
02. Há quanto tempo está no fandom de OUAT e quando começou a shippar CS?
Eu comecei a ver OUAT em 2014, mas acho que só entrei no fandom mesmo no final daquele ano, não lembro... Quando foi o TCA?! Eu só sei que fiz minhas primeiras amizades no meio da votação HAHAHAHA E a parte de shippar eu acho que sempre tendi pra isso... no pé de feijão, primeiro beijo e tudo mais eu ficava “meu deus QUE CASAL que vão formar”, mas quando eu percebi que não tinha volta mesmo foi só no 3x22. AQUELE. BEIJO!!!
03. Você se lembra do seu primeiro contato com uma fanfic CS? Se sim, qual e quando foi?
Com fanfic CS eu ACHO que foi com a da minha amiga Be, se não me engano chama “We Found Love” e era no Nyah ainda... Eu sinceramente não lembro, mas, se vale de alguma coisa, meu primeiro contato com fanfic em inglês foi com a One Time Thing e é a coisa mais linda do mundo!
Geralmente seguimos fazendo algumas perguntas sobre motivação de escrita, mas recebemos essas dúvidas através dos leitores, então, vamos deixar para depois. Mas, enquanto não chegamos lá...
04. Você disse lê fanfics, pode nos dizer o que te atrai em uma história e que te chama atenção para iniciar a leitura? Além disso, qual seu idioma de preferência?
Eu tô num momento de preferir ler em inglês porque, basicamente, o meu tipo de fanfic preferida são eles quem produzem mais, que é o “fake dating”. E eu amo a tag “daddy Killian” também (E NÃO É O LADO PORNÔ!! KKKK). Eu adoro essa ideia de ver a Emma e o Killian se lascando porque queriam fingir e não conseguiram porque acabaram se apaixonando, e também não resisto em ver os dois como pais. Mas eu leio MUITA história me português também! O que me atrai numa fanfic é, em geral, uma boa estruturação dos capítulos, uma escrita clara e que o enredo siga o proposto pela sinopse. Muitas vezes, na própria descrição a pessoa já conta a história inteira e não te deixa com gostinho de “quero mais”, sabe? Eu gosto quando me instiga e me faz querer apertar o próximo, independente de ser dentro da minha temática preferida ou não.
05. E o que te faz desistir de uma fanfic?
Bom, eu acho que quando a pessoa que escreve trata assuntos sérios (problemas mentais, violências e etc) de maneira porca e desleixada, banalizando eles completamente e sem sensibilidade nenhuma, dai não dá pra suportar. Tipo... não MESMO. E eu acho que fora isso, traição. Eu. Não. Suporto. Traição! Eu acho que quem lê minhas fanfics percebeu que nem menção de ciúmes exagerado eu faço, porque eu simplesmente não suporto esse tipo de atitude, mexe com coisas muito pessoais.
Agora teremos algumas perguntas das leitoras, espero que goste, Mari! 06. Quem você diria que influenciou seu estilo?
Eu não faço ideia, sendo muito sincera kkkkkkkk Eu lia muito no Ensino Médio, mas nunca cheguei a ter um autor referência. E, além de tudo, nessa mesma época, era o hype de Nicholas Sparks, o que não acrescentava muito pra aumentar meu leque de opções (porque eu ficava presa num só). Mas acabou que eu entrei pra faculdade e parei de ler por prazer, então não tenho nenhum autor preferido ou nada que eu possa falar “É ESSE”. Muito provavelmente é uma mistura de tudo que eu já li. (Mas aceito sugestões de autores, quem sabe nas minhas férias eu não arrumo tempo?!)
07. Quando escreve, você tem algum hábito ou vício?
Eu criei uma mania de planejamento. É basicamente: tenho a ideia de fanfic, coloco num papel tipo numa linha do tempo, depois faço uma divisão mais ou menos dos capítulos e só a partir disso eu escrevo, em tópicos, tudo o que eu quero que aconteça naquele momento. Quando eu tenho toda a fanfic esquematizada, eu vou finalizando um por um, começando a preencher pelos diálogos e só depois que eu faço o que chamo de “conectivos” que são, no caso, o restante dos parágrafos descritivos. E agora que eu expliquei isso eu vejo o tanto que eu escrevo fanfic igual faço os artigos da faculdade.... UGH!
08. Qual o livro que mais te marcou até hoje? Esse conteúdo teve influência em alguma de suas histórias?
Olha, eu vou ser obrigada a dizer “Amarga Herança de Leo” da Isabel Vieira que eu li no final do Ensino Fundamental. É bem fininho e simples, mas fala de uma menina que viu o melhor amigo (e namoradinho) de infância/adolescência morrer aos 21 anos com AIDS. E era bacana porque rolava toda uma conversa sobre relacionamentos, relações sexuais, DSTs e etc, mas foi um livro que me aproximou muito do MEU melhor amigo (o que eu falo em Ferida Aberta). Ele não tinha AIDS, mas a parte que assemelha é a conexão entre os dois personagens entende? Inclusive, a frase chave da fanfic eu tirei de lá: “Você veio até aqui, me derrotou e agora estamos juntos de novo” (com uma variação depois de “juntos para sempre”). Era uma frase que eu e meu amigo sempre falávamos um pro outro, então me marcou bastante e é claro que seria parte muito importante da FA.
09. Há algo no mundo literário que você não gostaria/se vê escrevendo? Por quê?
Eu não me vejo escrevendo nada erótico. E não é nada contra a temática, porque eu leio, mas é só uma questão de capacidade, sabe?! Eu já considero muito difícil escrever uma cena erótica de qualidade (o que eu sei que frustra MUITO os meus leitores porque, QUANDO TEM, não é boa), então não conseguiria criar nada baseado nisso. Além disso, um livro erótico é diferente de um pornográfico, ele tem um enredo por trás e que, infelizmente, algumas escritoras se perdem nisso e vão adicionando cena de sexo uma atrás da outra. Então eu diria um “não” pra essa temática pelo simples fato de não me sentir capacitada e reconhecer esse meu limite, porque eu tenho certeza que transformaria tudo num pornô barato e esqueceria completamente do resto.
Mas acho que é importante também cada um saber até onde consegue ir sabe?! Não é ruim ou feio dizer que não consegue, ninguém é perfeito e consegue fazer tudo, é muito mais honesto e bonito você impor seus próprios limites que fingir. A história, no final das contas, é você quem faz; antes de tudo ela sai de VOCÊ, então fingir e forçar é sempre algo negativo e que vai ser transmitido facilmente pra sua história.
10. Prefere escrever do ponto de vista da Emma ou do Killian?
Eu prefiro escrever o Killian, mas tem alguns motivos envolvidos nisso... O primeiro deles é que o Killian é o meu personagem preferido da série, eu o conheço mais e sei os mínimos detalhes do que ele faria ou falaria em certos momentos e, quando isso acontece, fica mais fácil inclusive transferir a essência dele pra um AU. Uma outra motivação é que, ao contrário da Emma, eu vejo ele mais cômico e solto, é um personagem que te permite ir do dramático à comédia com muita facilidade. E isso sem contar das relações dele com outros, especialmente o David. Af, amo muito meu paizinho!!!
11. Você disse que a Ferida Aberta é uma reescrita de outra fic sua (a Open Wound), mas que você mudou o enredo e tudo mais. Teve alguma parte da antiga fanfic que você não aproveitou, mas que gostaria de ter feito?
Sim, vários!!! Sad and brazilian... A questão maior é que eu mudei o foco inteiro da história: na OW era descobrir os esquemas e ilegalidades do Dylan com o Gold, mas na FA eu adicionei a Lily e ela virou o centro da coisa toda. Então nisso eu perdi muitos momentos relacionados à investigação em si, tipo o Killian subindo no David pra poder ver o que tinha dentro de um caminhão parado na porta do antiquário (num momento total As Panteras) ou também o Killian punindo o Neal no hospital, fazendo ele assistir canal de esportes ininterruptamente (por conta dos daddy issues dele e etc).
12. Olhando para Open Wound e para Ferida Aberta, o que você sente ao ter as duas concluídas e dentro da temática tão pessoal que você compartilhou?
Não querendo soar vaidosa ou qualquer coisa do tipo, mas eu sinto orgulho. Não da história, mas de mim mesma, sabe?! É olhar pra trás e poder falar “eu consegui”. Eu nunca acreditei que fosse passar do segundo capítulo da OW lá em 2015, mas eu não só terminei, como publiquei pela primeira vez. E por mais que eu a leia hoje e veja inúmeros erros e sinta um tom depressivo gigantesco que me faz mal, eu fui até o final, entende? E eu ainda enfrentei uma reescrita, usando elementos reais, pegando as cartas antigas e relendo pra ver o que eu poderia aproveitar pra, de novo, conseguir finalizar... Isso tudo me deixa MUITO orgulhosa do meu avanço emocional, porque não foi nada fácil.
13. Foi difícil decidir aonde a personagem começava e onde você terminava escrevendo uma história com base na sua experiência própria (Ferida Aberta)?
DEMAIS! O bicho pegava especialmente quando as cenas eram reais ou quando eu usava trechos das cartas. Nessas horas eu sempre colocava muito de mim ali e sempre tinha que excluir, pelo menos, uns dois parágrafos na revisão final, porque começava a sair demais dos personagens. Vendo hoje, as partes que eu mais ME vejo ali e que eu ainda tenho dificuldade pra achar a Emma e a Marina são, principalmente: os encontros Gremma quando crianças (dentre todas, essas foram as únicas 100% sem alteração da realidade), eles correndo no parque e vendo as nuvens e a Emma brigando com os pais por insistir em ter respostas.
14. Sei que você tirou a inspiração pra suas fanfics de coisas que aconteceram na sua vida. Quando foi que surgiu a ideia e como você se sentiu ao passar, de certo modo, sua dor pro papel? Aliviou algum sentimento mal resolvido?
Bom, o meu escrever e o publicar foram duas novelas pra acontecer. Eu demorei 3 anos pra poder sair do estado da culpa/ressentimentos e passar pro luto de fato, e eu não sabia o que fazer com aquele nó que tava crescendo dentro de mim. Em 2015, quando eu fiz a primeira versão (a OW), eu ainda namorava o “Neal” da história e, surpreendentemente, a ideia foi dele. (SIM, ELE PRESTOU PRA ALGUMA COISA YAY!!!) Ele disse, com todas as palavras, “inventa uma fanfic”, porque eu já tinha uma certa experiência com as comunidades do Orkut e no meu fandom de Zanessa, então ele sabia que eu conseguiria fazer. Nisso eu conversei com a minha psicóloga e ela super me apoiou, me incentivando a começar a escrever assim que saísse de lá.
Inicialmente eu não sentia alívio nenhum e reclamava sempre disso, até que o mesmo “Neal” me desencorajou nessa missão. Por isso que eu disse que o “publicar” foi outra história, porque meu alívio só veio DE VERDADE quando eu passei por cima do “você não vai conseguir terminar” e retruquei com um “eu vou tentar”. Dias depois nós terminamos e foi ai que a publicação veio como um impulso, era a raiva por querer provar que eu era capaz + a tentativa de encontrar o bendito do alívio que a psicóloga disse que eu poderia ter. No final das contas, a OW foi meu teste e foi tudo muito mais impulsivo que uma resolução, a FA me trouxe mais alívio e paz de espírito com a situação toda - porque eu planejei tudo. Mas, de qualquer maneira, em ambos os casos eu resolvi MUITA COISA através da escrita.
15. Qual o seu momento favorito em "Ferida Aberta"?
Mas pelo amor de Deus e toda Neverland quem foi que fez essa maldade comigo???? Eu não vou escolher nenhum momento da Emma, Killian ou Lily por motivos de: EU ME RECUSO. Eu tô tentando pensar em algo que não dê tanto spoiler pra quem não leu (na esperança de que alguém queira ler né HAHAHAH sonhar é de graça ainda...) Vamos dizer assim, quem leu vai entender, eu fico com a “Estrelinha” no capítulo 29 inteiro!
16. Algumas leitoras tiveram perguntas similares sobre Depois da Curva e querem saber: como surgiu essa ideia de inserir a Pocahontas no mundo de Once Upon a Time e por que justo essa personagem?
Eu não tive uma motivação tão certa pra essa fanfic... Acho que todo mundo sabe que eu sou muito fã da Vanessa Hudgens, e ela fez uma sessão de fotos em 2015 com a Riawna Capri (da Beauty Coach, aquela mesma amiga da JMo! Inclusive tem fotoca das duas juntinhas num evento AMO ÍCONES!) e que tem uma inspiração CLARA na Pocahontas. Somando esse meu amor pelas fotos com a Pocahontas ser a minha princesa favorita, eu passei a irritar o Adam no Twitter com isso até que eu me estressei com ele. Foi tipo “ah, não vai me dar o que eu quero não? Beleza, eu faço!”. Eu, inclusive, usei foto desse shoot pra fazer a capa de Depois da Curva, pera, vou mandar!!!
obs.: Mari empolgou pra falar da Vanessa e mandou foto pra gente, então vamos compartilhar com vocês também:
17. Você sempre gostou muito de Pocahontas?
SIMMMM! Tipo, ela nem sempre foi a minha preferida, mas eu sempre gostei. Não sei falar quando ela virou a minha princesa predileta ou as razões, mas a força dessa mulher é incrível! Enfrentou o preconceito, rompeu barreiras, interrompeu uma guerra sozinha e tem alguma coisa em Colors Of The Wind que me faz chorar SEMPRE. É maravilhosa a bichinha.
18. Existe alguém para quem você confidência suas histórias antes de posta-las?
Depende da história... A Ferida Aberta, por exemplo, eu contei primeiramente pra Bella (minha beta e autora de “Rica Dignidade”) e pra Bela (que era minha leitora da época de OW e que compartilha uma história de vida semelhante), nesse caso eu compartilhei antecipadamente com elas porque eu precisava de suporte emocional pra começar tudo de novo, entende? No caso de Hope e Depois da Curva, eu acredito que compartilhei com a Rhi (autora lindíssima de OQ), mas só porque a gente tava conversando no whatsapp. Já a Não Foi Pênalti! e Confluência eu claramente falei com a Bela porque ela me acompanha nos surtos com futebol, então fez muito sentido na época!
19. Para começar a escrever, uma música me inspirou, o incentivo de uma amiga foi um filme, o que levou você a publicar histórias como "Não Foi Pênalti", "Hope" e "Confluência"?
Confluência e Não Foi Pênalti! foram, essencialmente, a mesma coisa: meu amor pelo futebol e o fato da temática não ser explorada nas fanfics brasileiras. Hope já foi mais por ter visto a foto spoiler do Hook/Rogers de farda, no vídeo promocional da season 7. Foi basicamente: “não aceito ficar sem CS, tenho plena convicção que Emma vai ficar grávida e que vão ter uma menina e ESSE HOMEM TÁ O MAU CAMINHO INTEIRO COM ESSA ROUPA!!!”. Fora que escrever pelo POV do Killian é minha parte preferida (como eu já falei ali em cima) e que a ideia dele como pai solteiro e numa identidade nova de maldição me interessava.
20. Conte um pouco sobre a sua paixão por futebol e como é para você trazer esse gosto para as histórias CS?
Eu cresci numa família que acompanha futebol, mas nunca demonstrei interesse. Meu pai sempre colocava a blusa do Cruzeiro em mim e me levava pro Mineirão (inclusive, pense num bebê num estádio de futebol, era eu mesma) e eu ficava lá sem entender porcaria nenhuma. Acontece que, num determinado ponto da vida, eu quis criar um laço mais forte com meu pai e eu consegui isso através do futebol. Eu li a respeito, vi vídeo (e eu acho que ainda era internet discada, não tenho certeza...) e tudo pra poder entender como o jogo funcionava e aproveitar mais as idas ao estádio com ele. Mas acabou que eu tomei gosto pela coisa.
Trazer isso pras histórias CS foi a coisa mais louca que eu já pensei porque não tem quase ninguém no fandom que gosta! Eu queria escrever sobre a temática, mas tinha que deixar isso relativamente atraente pras pessoas, sabe? Porque se eu falasse “ah, é uma fic de futebol”, o interesse ia cair na mesma hora e não ia ter uma alma viva pra ler kkkkkkk Mas eu tô contente que consegui despertar interesse com a NFP e que tô conseguindo agora com a Confluência também.
21. O que podemos esperar da trama de "Confluência"? Devo ne preparar para grandes emoções?
Olha, essa é uma pergunta traiçoeira... mas eu acredito que sim. São versões da Emma e do Killian COMPLETAMENTE diferentes das que eu já escrevi, tem todo um envolvimento de mídia também + o uso do instagram que me permite brincar mais. Então, olhando por esse ponto, acho que as grandes emoções vão vir dos momentos mais inusitados. Não tem drama, não tem vilão, não tem um “problema-chave”, tem os dois sendo muito famosos e lidando com isso. É tudo bem diferente, então eu ESPERO que isso seja emocionante o suficiente!
22. Posso sonhar com uma espécie de oneshot (que sim, vou chorar muito para que vire um HOPE 2.0) sobre a bebê Hope depois que a conhecermos no final de OUAT?
AI MEU JESUS! Eu não tava com nenhum plano FIRME pós Confluência, mas eu posso ver o que eu consigo. Vai que a cena do último episódio me inspira?! HAHAHA Eu acho que precisaria de alguma motivação pra isso, até porque eu não queria misturar a Hope verdadeira com a Hope que eu inventei... Não vou firmar nenhum compromisso, mas posso prometer TENTAR criar algo se quiserem, será um prazer <3
23. Pra finalizar com uma pergunta que nós do CSFFBR vamos sempre repetir: como autora, sabemos do tempo de dedicação com as histórias e o investimento nelas. O que te faz olhar para trás e pensar que valeu a pena todo o seu esforço? Quais são as lembranças que você tira desse tempo?
Tudo. Cada segundo. Eu lembro desde a minha primeira crítica (com relação às repetições que eu fazia DEMAIS na época) até o meu primeiro elogio. É algo que me fez crescer como pessoa, entende? Eu comecei nisso como algo pra me ajudar a passar por um período difícil, mas que me distraiu e me conectou com outras pessoas. Quando eu ia imaginar que alguém estava passando pela mesma situação que eu?! Mas dai veio a Bela e me mandou uma mensagem, me surpreendendo completamente. São coisas que a gente não vê chegando, mas que te mudam quase instantaneamente. Tem comentários que me fizeram chorar do tipo “assim que li esse capítulo [da morte do Graham] eu vi meu melhor amigo e abracei ele bem forte” ou então as pessoas me falando que passaram a refletir sobre o viver “aqui e agora” depois de ler a FA. Tem comentário agora na Confluência falando que estão entendendo/aprendendo o futebol e, por mais que pareça bobo, eu sempre tenho a mesma sensação: eu fiz ALGO. Eu contribui com alguma coisa. Grande ou pequena. Eu toquei o coração de uma pessoa, alguém começou esse capítulo sabendo/sentindo X e saiu sabendo/sentindo Y.
A minha cabeça roda com a recepção que eu tive das fanfics e o suporte que me deram. Quando eu ia esperar por isso?! Eu fiz AMIZADES por essas histórias! E é por isso que eu falo: cada SEGUNDO valeu a pena. Desde o Nyah, quando sempre me puxavam a orelha pelos erros de escrita e repetição, até hoje com esse tanto de fanfic, eu não me arrependo de absolutamente nada. E acho que é por isso que eu tento sempre responder todos os comentários e tentar conversar com as pessoas, sabe? Valorizar essa atenção e voto de confiança que me deram de alguma forma... Eu fiz amigos, tive suporte, aprendi e passei algo pra alguém... é tudo o que me importa no final do dia.
E ah, já que teve isso no final da entrevista passada, peço licença pra fazer também, tá?!
Eu queria agradecer de todo coração por tudo. Por essa entrevista, pela indicação do meu nome e por terem sido uns amores comigo. Eu sou grata demais a tudo o que eu tive através das histórias (coisas boas e ruins), e esse momento aqui foi muito especial. E eu tava pensando na proposta desse projeto e queria dizer pra quem pretende começar ou quem tá desanimado: vai em frente, você consegue! Deixa a história vir do seu coração. Escreve para você que o retorno virá. Não faça uma história pelos votos do wattpad ou comentários do spirit, faça POR VOCÊ antes de tudo, transmita um sentimento SEU e veja se ele atinge alguém. Eu sei que desanima ver capítulo quase sem voto ou visualização (se não me engano, tem cap de FA até hoje sem uma alma viva falar sobre), mas não deixa isso ser o seu foco. Se o reconhecimento for maior que o amor pela história, ela não vai pra frente porque a motivação não pode vir ou depender do que tá de fora, caso contrário, você sempre vai travar ou parar. Você não tem controle disso, e é por isso que ela tem que vir de dentro!
E não se sinta obrigada a escrever, isso não é um dever. Por mais que tudo isso pareça clichê: faça por amor, se permita divertir durante o processo. Então é isso: se divirtam! Esse momento é de vocês, e saibam que não estarão sozinhos: se você for verdadeiro com as palavras escritas, as pessoas vão sentir isso. Acreditem em si mesmos! (It’s all about HOPE! soltei a referência e acabei hahaha)
✖✖✖
Mari, meu amor, somos nós quem temos que agradecer. Obrigada por ser tão aberta às nossas propostas, por ter aceito participar e por não ter reclamado da quantidade de perguntas! E sobre elas nós temos que agradecer, novamente, às nossas parceiras que estão sempre contribuindo pro crescimento do projeto.
Alguns recados:
- O sorteiro segue firme e nossas próxima entrevistada será: a Bianca @killyem. Lembrando que vocês podem nos mandar perguntas via grupo da nossa parceria, por reply ou DM no Twitter e também por ask aqui.
- Aceitamos sugestões de novas autoras para realizar o sorteio, bem como possíveis melhorias e críticas.
- Queremos agradecer às participações também que cresceram MUITO e isso nos fazem muito feliz, saber que vocês estão conhecendo mais o projeto e se interessando em participar é muito bom.
- As meninas do CSwan Div(as)ulgalção resolveram postar nossas entrevistas no Wattpad! (Aceitaremos perguntas pelos comentários de lá também!) A entrevista da Bruna e da Bre já estão lá, o link é esse: https://www.wattpad.com/story/147932062
Esperamos que tenham aproveitado essa entrevista incrível e até a próxima semana!
/Lu & Ju.
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[RESENHA] A Rainha Vermelha
Lembra daquele filme Jogos Vorazes? Então... Foi uma surpresa engraçada! Meses atrás, eu estava tentando lembrar de um livro (eu achava que era um livro), que um ex professor de Evolução tinha comentado em uma de suas aulas. Eu só lembrava que era "alguma coisa... rainha vermelha".
Joguei a palavra-chave no site de livros e apareceu o livro de Victoria Aveyard. Li a sinopse, achei meio estranho o professor recomendar algo assim... Mas, pensei: "alguma coisa deve relacionar com a aula" já que na capa tinha algo relacionado a sangues diferentes, etc... Lá pela vigésima página (e até o final) eu senti MUITO a vibe de Jogos Vorazes. Se você assistiu o 1º ou 2º filme e gostou, você vai gostar deste livro (digo filme, pois eu não li os livros).
Em suma, a história é legal! Gostaria de ter lido aos meus 14-15 anos, talvez eu teria uma experiência melhor. Em algumas partes, parecia que a tradução para a Língua Portuguesa-Brasileira ou a escrita da autora mesmo, estava meio esquisita. Além disso, o livro detalha pouco o ambiente, eu tive dificuldades de imaginar o cenário (era futurista? era arcaico? tive essas dúvidas). Na edição que eu li, vem com os agradecimentos da autora, essa foi pra mim, a parte mais divertida.
Ah e o livro, que na verdade é um artigo que eu realmente tinha que ler está nesta imagem... Hahaha
obs: tb estou no skoob!
#resenha#review#Blog Posts#blog#red queen#aveyard#victoria aveyard#literature#romcon#redqueen#hypothesis#skoob
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7 - #83 Como (não) se apaixonar por Byun Baekhyun
Título: Como (Não) Se Apaixonar por Byun Baekhyun
Sinopse: Após um trágico término de namoro, Sehun cria um plano perfeito para ele nunca mais cair nos encantos de alguém novamente. Com a ajuda de Baekhyun, o seu novo amigo e ajudante, o plano se torna cada vez melhor e infalível, só tinha um pequeno probleminha: Sehun já estava apaixonado, e era por ninguém mais, ninguém menos do que o seu ajudante.
Couple: SeBaek
Número do plot: #83 Sehun tinha desistido de paixões e namoros, disse a si mesmo que daria fim a qualquer sentimentozinho ordinário que o fizesse ser otário por qualquer ser humano. Mas ele conhece Byun Baekhyun e, meu Deus!, aquele hyung de sorriso imprestável e mãos bobas estava estragando todos os seus planos de nunca mais gostar de alguém.
Classificação: 16
Aviso: -
Quantidade de palavras: 3.073
Nota do autor: Olá amoras, tudo beleza? Antes de tudo, devo dizer que passei um perrengue com essa OneShot porque o bloqueio criativo tomou conta de todo o meu cérebro, mas pela Graça de Deus eu consegui entregar a tempo. Não foi a minha melhor OS, mas eu estou torçendo para que vocês gostem! Desejo uma ótima leitura a todos! Tchauzinho!
And I've always lived like this
E eu sempre vivi assim
Keeping a comfortable distance
Mantendo uma distância confortável
And up until now
E até agora
I had sworn to myself that I'm content
Eu tinha jurado a mim mesmo que eu estava satisfeito
With loneliness
Com a solidão
Because none of it was ever worth the risk
Porque nada disso algum dia valeu o risco
But, you are, the only exception
Mas você é a única exceção
Paramore; The Only Exception.
Eu não conseguia, de jeito nenhum, concluir o meu plano.
E não foi por motivos de: plano ruim. Eu só fazia planos bons e dignos de missões impossíveis! Inclusive, eu acho que eu me sairia super bem fazendo um plano de invasão a bancos ou algo do tipo. Eu olhava para o papelzinho amarelado do meu caderno repleto de ideias mirabolantes e tinha vontade de chorar com tanta criatividade.
O motivo tinha nome, sobrenome, dezoito anos e uma carinha linda demais para um ser humano: Byun Baekhyun. Mas vamos começar lá do início do ano passado, que foi quando eu conheci essa pessoinha que fez a minha vida virar do avesso.
******
Eu era muito azarado. Azarado até demais, e a única explicação racional para isso era o fato de eu ter quebrado três espelhos esse ano e uns outros dez milhões na vida passada. E o meu azar conseguiu piorar quando eu conheci o Baek.
Eu tinha sido chutado pelo meu namorado quando conheci Baekhyun. O meu namorado, Chanyeol, falou que queria sair comigo, pediu para eu comprar uma coxinha para ele e depois terminou um relacionamento de meio ano alegando não gostar mais de mim. Eu estava arrasado.
E foi por isso que eu decidi nunca mais me apaixonar. Peguei o meu caderno e comecei a desenvolver o meu plano.
‘Nunca, nunca mesmo, irei me apaixonar novamente’, pensei.
O pensamento durou até o Byun entrar dez minutos atrasado na sala. Cabelo estilo mullet com mechas vermelhas sobre os fios negros, coturno bege, casaco do Aerosmith por cima do uniforme feio da escola e óculos escuro estilo aviador da ray-ban. A aparência dele era incomum para jovens da nossa idade. Ele parecia ter saído de um daqueles filmes antigos clichês, onde existe o valentão popular, a mocinha rica, o superdotado, a estranha e por aí vai… Tipo O Clube dos Cinco, sabe?
“Cara, tem alguém sentado aqui?”, ele apontou para a cadeira ao meu lado, onde estava a minha mochila. O lugar era de Jongin, mas como meu amigo preferiu faltar o primeiro dia, não teria problema eu dar o lugar para Baekhyun.
“Não, não. Pode sentar”, falei e ele sorriu, e meu Deus! O sorriso dele iluminou a sala, até sorri de volta. Como ele conseguia ser tão bonito assim? Ele tinha beleza para dar, vender, usar e jogar fora.
E a aula toda seguiu com Baekhyun me chamando. Fosse para pedir um lápis, comentar sobre o cabelo ressecado da professora ou falar sobre o meu grau de miopia ser muito forte. Ele era chato pra caramba, eu não sabia lidar.
Faltando alguns minutos para o intervalo, Baekhyun cutucou o meu braço pela milésima vez.
“Posso me sentar com você no recreio? Sou novo na escola e não conheço ninguém além de você”, sorriu.
Não neguei por que: 1°) Jongin tinha faltado, 2°) Ninguém nunca queria lanchar comigo e 3°) Seria legal ter mais alguém no grupo.
“Pode.”
Ele segurava um potinho azul escuro e uma garrafinha transparente com um líquido meio amarelado, tipo chá.
“Hm, trouxe lanche?”, perguntei o óbvio.
“Ah... sim. Eu tenho intolerância a diversas comidas, então eu costumo fazer o meu próprio lanche para não passar mal.”
Assenti, murmurando um ‘sinto muito’.
Guiei-o até o refeitório e pedi para que ele me esperasse sentado enquanto eu comprava o meu lanche. Ao voltar para a mesa, eu acabei presenciando a cena mais fofa do ano. Baekhyun bebia o conteúdo de sua garrafinha com um canudinho fazendo o biquinho mais fofo do mundo.
“Voltei”, eu disse e ele sorriu. “Então... Eu não sei como puxar assunto, desculpa”, fui sincero. Não existe Sehun e puxar assunto na mesma frase.
“Você namora?”
Opa, odeio essa pergunta. Por que ele quer saber? Tem interesse? Eu também, risos. Mentira, meu plano ainda está de pé.
“Namorava há alguns meses, mas ele me chutou”. Eu sempre dizia o porquê de ter terminado, caso ao contrário, me achariam estranho por ter um plano para nunca mais se apaixonar.
“Eu nunca me apaixonei.”
Larguei o meu salgadinho de camarão na hora. Ok, ele era perfeito para me ajudar no meu plano de nunca mais me apaixonar, mas antes eu precisava saber o porquê dele nunca ter se apaixonado.
“E por que você nunca se apaixonou?”, perguntei na lata. O meu descobrir não era descobrir, era perguntar na ‘cara de pau’, como dizia mamãe.
“Não sei. Nunca senti as borboletas no estômago ou a famosa vontade de querer passar o resto da vida, ou pelo menos parte da vida, com uma pessoa. Já até pensei que era coisa de homem não sei apaixonar”, riu divertido, dando de ombros.
“Oras, que bobeira! Os homens também amam, e Baek... Quando você se apaixonar de verdade, você provavelmente irá sofrer”, falei indignado.
“Acho que não”, riu.
Ele era insensível, mas era a pessoa perfeita para eu pedir ajuda.
“Baekhyun, eu tenho um plano!”, exclamei depois de alguns segundos em silêncio.
“Para eu me apaixonar?”, ele perguntou curioso.
“Não! É para eu parar de me apaixonar”, sorri. Não era a melhor coisa a se pedir, mas o desespero era grande. Afinal, eu tinha comprado uma coxinha para o meu ex e fui chutado no mesmo dia, só podia ser praga.
“E por que você quer isso?”
“Meu ex-namorado tinha me chamado para sair no dia em que ele ia terminar comigo. No começo, ele falou normalmente comigo e até me beijou, mas depois de ter me feito comprar uma coxinha para ele, eu fui chutado porque ele disse não gostar mais de mim. Foi isso”, suspirei.
Baekhyun estava sem expressão.
“Eu vou te ajudar, Sehun”, falou convencido. “Você não irá se apaixonar nunca mais!”, deu um tapa na mesa. Ok, ele estava mais animado do que eu.
“Vai ser difícil, mas vamos conseguir!”, exclamei convicto.
“Por que vai ser difícil?”, ele perguntou.
“Porque eu me apaixono muito rápido”, suspirei, balançando a cabeça. Era triste e difícil... Eu olhava para alguém e já imaginava a minha vida toda com ela. O nome disso era carência.
“Sem problemas! Vai dar tudo certo!”, ele sorriu. “Ei, já podemos começar a planejar o plano?”, perguntou, juntando as palmas das mãos como se fosse rezar.
Peguei o meu caderninho e ali mesmo começamos a acrescentar mais e mais ideias mirabolantes ao meu plano.
******
Um mês já tinha se passado desde que Baekhyun e eu começamos a montar o meu plano, mas eu estava com um pequeno problema: acho que eu estava apaixonado pelo Baekhyun, e eu não tinha ninguém para me ajudar a não me apaixonar por ele.
Baekhyun estava me ajudando a não me apaixonar por ninguém e Jongin estava ocupado demais para me ajudar rindo da minha cara. Eu até mesmo podia ouvi-lo dizer para mim: “Você é muito idiota! Está apaixonado pelo menino que está te ajudando a não se apaixonar por mais ninguém?”, pausas para rir. “Cara, você é um caso perdido”.
A minha única salvação era Kyungsoo, o bibliotecário baixinho com olhos exagerados também conhecido como o amor da vida do Jongin. O não eu já tinha, mas eu fui atrás da humilhação, e foi por isso mesmo que eu procurei Kyungsoo, para ele me acudir. Ele lia tanto! Tenho certeza que teria uma solução digna de livro para mim.
******
Entrei na biblioteca um pouco afobado, procurando por Kyungsoo, e o encontrei no exato lugar onde ele deveria estar: algo parecido com um balcão, onde os bibliotecários geralmente recebem os livros das pessoas, carimbam e entregam novamente para elas. Pelo menos, nos filmes era assim — eu não sabia como funcionava uma biblioteca, porque nunca tinha ido a uma, já que nunca fui tão interessado em ler, mas sempre achei as dos filmes legais.
“Kyungsoo! Preciso de sua ajuda!”, exclamei um pouco alto, mas tratei de abaixar o tom por estar em uma biblioteca. Não queria ninguém fazendo “shhh” para mim.
“Por que vocês sempre procuram a ajuda de um bibliotecário, hein? Qual é o problema de vocês?”, ele falou sério, fechando o livro enorme que lia.
“Porque você lê muito e deve ter alguma solução para o meu problema horrível e digno de livro!”
Falar que algo é digno de livro atiça a curiosidade dos leitores, e os leitores são grandes curiosos, meus amigos. É bom que vocês aprendam isso. Já dizia aquele ditado: “O gato matou a curiosidade” ou era algo assim.
“Fala logo o que você quer”, o rapaz murmurou irritado. O que Kyungsoo tinha de fofura, ele tinha de estresse, porém era uma pessoa com um ótimo coração e cérebro também e eu o admirava por isso.
“Então, há algumas semanas eu fui chutado pelo meu namorado, o Chanyeol sabe? Aquele altão...”
“Seja breve, Sehun.”
“Ok! Então, ele me chutou e eu jurei nunca mais me apaixonar...”, e novamente fui interrompido pela risada abafada de Kyungsoo. “Prosseguindo...”, sorri irônico. “Só que eu conheci o Baekhyun, um aluno novo, e ele estava me ajudando a não me apaixonar por ninguém... Só que ocorreram alguns probleminhas e eu estou achando que eu gosto dele”, ri nervoso.
A cara de Kyungsoo foi impagável. Fechei os olhos e esperei a esperada... A risada alta de Kyungsoo que ecoou por toda a biblioteca quase vazia.
“Eu não acredito”, ele falou limpando as lágrimas, ficando sério de repente. “Isso não é normal. Você tem algum problema?”
Eu fiquei triste, mas soube naquele momento que ele era a pessoa perfeita para o meu parceiro Jongin.
“Hyung...” choraminguei. “Será que você pode me ajudar? Eu vim pedir ajuda para você e você ri da minha cara?”; eu já estava apelando.
“Sehun, eu sei que eu fui a sua segunda, quase terceira opção”, Kyungsoo riu. “Não tinha como você contar para o Baekhyun já que ele é o motivo do seu desespero, e Jongin não tá vindo para a escola. Mas como você conta tudo ou quase tudo para ele, ele provavelmente riria da sua cara”, juntou as mãos, colocando abaixo do queixo. “E eles são seus únicos amigos, por isso eu fui a sua segunda, quase terceira opção.”
Era verdade. Mas a partir daquele momento, Kyungsoo acabou tornando-se o meu maior confidente no mundo.
“Vou te ajudar, mas eu quero algo”, ele sorriu malicioso.
Oh céus, eu sabia! Algo me dizia que esse baixinho não estava fazendo aquilo de graça.
“O que?”, semicerrei os olhos. E se ele me pedisse algo absurdo? Baekhyun que me perdoasse, mas eu não quero uma ficha na cadeia com apenas 17 anos, sem contar a surra que eu ia levar da minha mãe.
“Um encontro com o Jongin.”
Eu ri. Eu ri tanto que a minha barriga doeu. Não seria nada difícil, até porque Jongin já gostava de Kyungsoo.
O baixinho me olhava... desiludido?
“O que foi? Eu não tenho chances com ele?”
Segurei o riso, corrigi a postura e me fiz de desentendido.
“Deve ter”, dei de ombros. “Mas é engraçado alguém querendo namorar o Jongin”, ri novamente. Era uma mentira, e daquelas cabeludas! Por mais que Jongin fosse geek e amante de HQ’s e super-heróis, ele era super lindo e seria o típico garoto popular se não fosse pelo seu modo peculiar de se vestir e a ironia sempre presente na ponta da língua. “Ok, você e Jongin tem um encontro marcado para sábado. O horário eu vejo depois”, sorri.
Peguei meu telefone e mandei uma mensagem para Jongin, avisando-o sobre o encontro. Eu sabia que ele surtaria, mas eu sentia no âmago da minha alma que eles eram feitos um para o outro. A energia deles, de alguma forma, se encaixava perfeitamente uma na outra. Era algo até bonito de ser ver, só não era tão bonito quanto eu.
******
“Você precisa fingir estar em um relacionamento”, Baekhyun falou enquanto bebericava uma vitamina estranha, cheia de legumes e verduras misturados.
“O que?!”, exclamei, cuspindo um pouco de refrigerante da minha boca. “Você tá doido?”
Ele negou, com um sorrisinho no rosto.
“Ok, primeiramente: eu nem teria alguém para fingir ser o meu namorado e segundamente: não”, respondi.
“Você tem sim!”, ele riu. “Eu!”, abriu os braços e apontou os dedos indicadores para si mesmo.
“É, você realmente ficou doidinho da silva.”
“Se você fingir estar namorando alguém, vai passar a imagem de que não ligou nem um pouco se o Chenyeol fez você comprar uma coxinha para ele, para depois terminar com você...”
“É Chanyeol”, corrigi.
“Isso não importa. Você vai mostrar para todos que o seu relacionamento com ele foi um grande nada na sua vida”, Baekhyun concluiu, sorrindo vitorioso.
“Ah... E você vai ser o meu namorado de mentirinha?”
“Isso”, ele sorriu fofinho.
Por que Baekhyun estava fazendo isso comigo? Eu estava fazendo o máximo para não me apaixonar mais ainda por ele e ele fazendo essas coisas absurdas comigo. Vocês acreditam que ele me fez comprar um biscoito especial para ele? Fiquei com medo dele me largar depois disso, mas seguimos firmes e fortes.
“O que acha?”, perguntou depois de alguns minutos.
“Eu não acho uma boa ideia”, fui sincero.
“Ah, por que não?”, ele perguntou decepcionado. “Eu não sou bonito o suficiente para você?”
“Não é isso, Baek. Você é lindo!”, falei, me arrependendo logo depois. “Mas...”, suspirei. “Eu sinto como se estivesse te usando.”
“Então tá. O que você pretende fazer?”
“Pretendo não dar a mínima para o Chanyeol?”, mais perguntei do que afirmei. Baekhyun vinha com umas loucuras de vez em quando. E sinceramente, eu nem estava mais ligando se meu ex tinha terminado comigo ou não, eu só queria não me apaixonar.
“Mas isso não irá afetá-lo”, ele cruzou o braços.
“Baekhyun, eu não quero afetá-lo”, ri. “Eu só quero não me apaixonar, e se eu fingir namorar alguém, aí que eu não vou conseguir concluir o meu plano.”
Era a verdade. Não entendi o porquê do Baekhyun ter ficado tão abalado com isso.
“Você é um chato!”, ele deitou a cabeça nos braços que estavam sobre a mesa.
Baekhyun ficava tão fofo daquele jeito. A aparência dele simplesmente não combinava com o seu jeito. Por isso eu passei a acreditar naquele ditado de que as aparências enganam, porque elas realmente enganam. As aparências são traiçoeiras. E sabe o que também são traiçoeiras? As nossas ações.
Involuntariamente, eu coloquei a minha mão sobre os fios de Baekhyun e fiquei fazendo carinho. Ele parecia gostar, já que tinha fechado os olhos e fazia alguns barulhinhos, como um gatinho ronronando. Baekhyun era precioso demais para um planeta tão cruel como a Terra. Se eu pudesse, eu levava o dito cujo para Saturno junto comigo e lá faríamos uma família feliz.
Foi nesse momento que eu concluí estar apaixonado por Baekhyun. E era impossível não estar. O Byun me provocava demais. Adorava deitar no meu ombro ou nas minhas coxas, ficava me abraçando o tempo todo e já até sentou no meu colo. Baekhyun era o fruto proibido e sua serpente vinha me tentando, e eu tinha certeza de que acabaria provando, assim como fez Adão e Eva.
Mas a pergunta é: Será que Baekhyun se sentia atraído por mim? Ele nunca tinha se apaixonado, por isso tinha sido o escolhido para me ajudar a não me apaixonar, e eu sem querer acabei me apaixonando por ele. Talvez fosse a beleza surreal dele que me fez ficar tão apaixonado por ele em tão pouco tempo.
Já deixo um aviso: fazer plano com gente bonita não acaba bem, já que você vai ficar babando na pessoa ao invés de colocar o plano em prática.
Eu precisava estar passando por isso? Não, eu não precisava. Mas tinha uma coisa que eu precisava fazer, e com urgência.
“Ei, Baek!”, chamei-o, parando o carinho. “Tem algo que eu venho querendo fazer a um tempo”, sorri.
“E o que seria?”, ele perguntou, levantando a cabeça.
O que eu fiz naquele momento merecia um prêmio por ter sido o maior ato de coragem da face da Terra: eu beijei Baekhyun. Nossos lábios tiveram o primeiro encontro num refeitório não tão limpo e lotado de pessoas. Não foi o meu melhor beijo. A boca de Baekhyun era macia e gostosinha, mas o gosto daquela vitamina horrível que ele sempre bebia simplesmente tomou conta de todo o nosso beijo. Nojento, mas acabou dando tudo certo.
“Foi bom você ter feito isso”, ele deu uma pausa, sorrindo. “Eu também queria fazer isso faz tempo”, e colou nossos lábios novamente.
A boca dele estava com um gosto ruim, péssimo, lamentável... Porém, entretanto e todavia, ele era o meu chuchuzinho e eu não podia simplesmente negar o beijinho dele — o qual eu estive esperando por um bom tempinho.
Baekhyun permaneceu na minha vida, e as vitaminas ruins também, já que Baekhyun insistia para que eu bebesse aquelas coisas podres. É, o amor é desse jeito.
Falando em amor, não é que o encontro de Jongin com Kyungsoo deu certo? E eu sempre soube que daria, até porque eu era o maior KaiSoo shipper de todo o mundo e sempre depositei a minha fé na relação dos dois.
Quando Jongin chegou em mim algumas semanas depois do encontro dizendo que ele finalmente estava namorando o amor da sua vida, vulgo Do Kyungsoo, eu gritei mais do que as meninas patricinhas lá da sala quando as unhas quebravam. E nós quatro acabamos nos tornando melhores amigos. Não era como o “Clube dos Cinco”, mas era um baita clube: o bibliotecário irônico e estressado de olhos exagerados, o nerd estranho dos HQ’s, o falso bad boy e eu, que era simplesmente eu.
Se Jongin não tivesse faltado, se Baekhyun não tivesse se atrasado, se eu e Chanyeol não tivéssemos terminado, nada disso teria acontecido. Às vezes, perdemos uma coxinha, mas acabamos encontrando um salgadinho de camarão. E se Baekhyun fosse o meu salgadinho de camarão, eu não me importaria em perder milhões de coxinhas.
Ah, e planos? Bem, planos eu ainda posso fazer outros. Só não posso contar com a ajuda do Baekhyun.
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Duendes
Sempre fui um rapaz muito curioso. Desde a infância, eu adorava as histórias sobre seres mágicos que minha avó contava e acreditei em papai Noel até os oito anos de idade. Conforme fui crescendo, mantive o apreço pelo gênero de fantasia, mas para não ficar com aquele gosto de infantil toda vez que eu lia um livro ou assistia um filme, eu optava por algo mais sombrio. Tornei-me fã de senhor dos anéis, filmes de ficção cientifica e tudo e qualquer conteúdo que mesclava a fantasia com o que era macabro.
Certa vez, quando estava de bobeira em casa, resolvi pesquisar por dicas de filmes e livros do gênero para colocar na minha lista. Mesmo tendo trabalho de escola para entregar e tendo de trabalhar cedo no dia seguinte, passei boa parte da noite vendo títulos e sinopses de todos os tipos de mídia com o meu gênero preferido. Foi então que através de muitos cliques que me direcionavam para todos os tipos de site, acabei me deparando com um blog completamente desconhecido a onde o autor postava suas histórias e contos de terror. Rapidamente fiquei cativado com o conteúdo, se tratavam de histórias curtas que davam para ler em pouquíssimo tempo. Decidi então que eu leria apenas um conto e iria dormir, pois afinal já se passavam das duas da manhã e o despertador tocaria daqui quatro horas no máximo.
O conto tinha um titulo em uma língua que eu não reconheci, apesar de o texto estar todo em português. Era chamado de “Leipreachán urchóideach”. Basicamente contava a história de uma garota, cujos pais haviam viajado e deixado ele sozinha durante alguns dias. E que durante esse período, essa menina que era muito estranha e muito solitária resolveu brincar com feitiços antigos para invocar alguém com quem pudesse conversar. Acabou surgindo após o feitiço, uma espécie de duende, que lhe sorriu e lhe fez companhia naquela noite. No entanto, o duende gostava de pregar peças e começou com coisas banais e simples. Com a volta dos pais da garota, o ser invocado começou a ficar um tanto quanto agressivo. Os pais da menina não podiam ver o duende, mas os estragos causados por ele ficavam espalhados pela casa. A menina tentou desfazer o feitiço, mas nada que ela fazia era capaz de banir o pequeno demônio. Só após as brincadeiras que o monstro fazia ficar bastante sérias, a ponto de tirar a vida dos pais da garota, é que ela conseguiu realizar um feitiço. Não um forte o bastante para-lo, mas o suficiente para transferir a maldição para quem ouvisse sua história.
A forma como o conto estava escrito era simplesmente fantástico, mas achei o tema um pouco infantil. Resolvi descer a cozinha e pegar um copo d’água. Como o filtro ficava ao lado da porta da cozinha, porém o interruptor ficava do outro lado atrás da mesa, não me dei ao trabalho de acender a luz. Enchi um grande copo d’água e tomei todo. Enchi mais um, e o levei cheio para o quarto, no caso de eu vir a sentir sede mais tarde.
Ao chegar ao meu quarto dei de cara com a janela fechada, e me toquei de que estava muito calor para dormir assim, então abri a janela e dei uma inspirada profunda, sentindo o cheiro de orvalho que vinha do jardim. A rua a noite parecia deserta. Absolutamente todas as casas estavam apagadas então me perguntei se talvez eu fosse a única pessoa acordada da rua. Mesmo que fosse isso mudaria já, pois eu estava muito cansado do dia anterior. Então me deitei, com as luzes apagadas e rapidamente adormeci.
Foram menos de duas horas desde que eu começara a dormir, e então despertei de um sono profundo, passando muito mal. Um enjoo cujo qual nunca havia experienciado antes. Sentia como se o quarto estivesse girando, ou se eu tivesse passado o dia anterior bebendo álcool. Minha visão estava turva, meu corpo mole, suando frio e pálido com certeza. Tentei virar para o outro lado, mas a náusea só piorava. A ânsia de vomito só crescia em meu âmago. Levantei correndo até o banheiro e antes que eu o pudesse alcançar, acabei tropeçando em algo e caindo. Levando-me depressa sentindo o vomito quente na garganta e despejo tudo na pia. Acendi a luz e vi que na verdade eu havia vomitado sangue. Olhei-me no espelho. Eu estava com uma aparência péssima, olheiras profundas e escuras manchando a pele pálida e suada como se fosse cera e a boca completamente ensanguentada. De repente um vulto, como um raio de luz vermelha de trás de mim. Viro-me, mas não vejo nada. Engulo o gosto metálico de sangue.
Após lavar o rosto e boca com a água fria o enjoo deu uma amenizada. E a visão voltou a clarear. Decidi voltar para o quarto e tentar dormir. Reparei algo muito estranho, a janela que eu havia deixado aberta agora estava fechada. E o copo d’água na minha cabeceira agora estava vazio. Foi quando me arrepiei de medo e me virei a caminho do corredor, estava decidido a acordar minha mãe, pois algo não estava certo. Mas tive meus pensamentos interrompidos ao ver olho iluminados de vermelho próximo ao assoalho no corredor escuro.
Fiquei estático. A princípio só era possível ver os olhos como duas labaredas, porém gradativamente surgia dente por dente um sorriso afiado e muito largo, completamente inumano. Dei dois passos para trás e caí sentado na cama, não conseguia tirar os olhos daquilo que me encarava. A luz do quarto se apagou ao mesmo tempo em que a janela se abriu sozinha.
- Mãe! - gritei instintivamente.
Nesse instante os olhos deram um solavanco e sumiram na escuridão. Minha mãe surgiu, com a mão no peito, como alguém que acabara de levar um susto.
- O que houve meu filho, você quase me matou do coração. - disse.
- Mãe, tinha alguma coisa ali no corredor. Era algo sinistro, uma coisa maligna. - eu disse.
Ao me reparar, minha mãe pode ver que eu estava pálido, um tanto esverdeado por conta da náusea. Apalpou minha testa verificando a temperatura gelada do meu corpo.
- Leonardo, você já vai fazer dezoito anos, já está muito grandinho para ter medo de monstros. - ela disse tentando me acalmar afagando meus cabelos. - Talvez, se você não visse tanto daqueles filmes esquisitos.
Naquela noite não dormi mais. Minha mãe voltou para o quarto e eu voltei a ver as luzes me encarando do corredor até o amanhecer. Nas noites seguintes, continuei vendo noite após noite, até que no décimo dia não havia apenas um par de luzes no corredor. Além do já habitual, surgiu mais um par no jardim. Eles surgem por volta das vinte e duas horas e só desapareciam por volta das cinco horas.
Coisas estranhas começaram a acontecer desde que surgiram. Uma nuvem negra de má sorte pairava pela minha vida quando eles estavam por perto e eu podia sentir sua presença. Desde que fui demitido três dias depois da primeira aparição, não consigo mais dormir. Passo a noite em claro vendo eles se moverem pela escuridão. Um mês se passou e o que eram quatro se tornaram dez. Cinco pares de olhos flamejantes me encarando deitado a noite. Conforme os dias iam se passando eles só aumentavam em quantidade. E a má sorte começava a se tornar uma maldição tenebrosa, que envolviam vômitos de sangue, chagas espalhadas por todo meu corpo, meu cabelo caiu por completo e até os meus dentes começaram a apodrecer.
Eu não estava capacitado a dormir, tomar banho ou me alimentar. Estava completamente atormentado pela presença daqueles pequenos demônios. No terceiro mês, ficou impraticável. Havia dezenas deles, vinte e quatro horas por dia no meu quarto e espalhados pela casa. E eles não faziam absolutamente nada a não ser me encarar com aqueles olhos que nunca piscavam e aquele sorriso de dentes pontiagudos toda vez que algo ruim acontecia. Não havia nada no meu quarto mais que não estivesse quebrado ou destruído. Minha mãe não conseguia vê-los, então achava que eu estava alucinando.
Todos os dias de manhã, minha mãe passava no meu quarto, e acompanhou eu definhar em cima da cama. Eu estava magro, com olheiras que iam até as bochechas, desidratado, desnutrido. Então, ela decidiu me internar em um hospital psiquiátrico. Ela achava que eu tinha ficado louco. Parte por conta da catatonia, mas também porque eu vinha tendo crises convulsivas importantes.
Os enfermeiros me levaram a forma pra um quarto branco, com as quinas dos moveis acolchoadas e um colchão. Amarraram-me na cama e saíram. Não havia nenhum maldito duende demoníaco de pele esverdeada e olhos de fogo naquele quarto. Adormeci com os olhos em lagrimas por conta da ardência de noites a fio em claro.
Abri os olhos de manhã e lá estavam eles, centenas, no quarto me encarando e dando risadas. Eu só conseguia pensar que eu queria morrer para aquele tormento acabar. Juntei todas as forças que eu tinha e me arranquei da cama. Abri a porta do quarto e corri o máximo que eu pude. Enfermeiros tentaram bloquear minha passagem, mas eu fui rápido. Peguei o extintor da parede e agredi-os na tentativa de fugir. Ouvi passos subindo a escada então decidi subir pelas escadas de incêndio até o terraço. Lá estava tranquilo e nenhum enfermeiro ou duende tinha me visto ir para lá.
Fui para um canto e escrevi isso que você está lendo. Agora que você já sabe da história dos duendes, eu transfiro toda a maldição para você. Lamento os maus agouros que te esperam. Passo para o seu nome todos os pequenos demônios em troca da liberdade da minha vida. Eles agora são responsabilidade sua. Não comenta o mesmo erro que eu cometi. Assim que perceber a má sorte surgindo, sua felicidade indo embora, a doença se espalhando e os olhos te encarando a noite, por favor, passe a história a diante e não perca a vida assim como eu perdi. Pois assim que você ler isso eu já terei me jogado do terraço de encontro ao asfalto.
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Fanfic Traição - Venice
•Fanfic com: Kim Namjoon
•Sinopse:"Eu achava que era feliz, porém me enganei profundamente. Ele me traía na cara dura com sua secretária, "ele" meu marido, não passava de um maldido traidor."
•Classificação: +18
•Contagem de palavras: 1.631
•Nota da autora(s): Espero que gostem!
( ˘ ³˘)❤
♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡
• Capítulo 5
Atualmente
O dia estava feio e nublado naquela manhã, eu ainda estava em minha cama desanimada e triste com tudo que estava acontecendo, ao meu lado estava ele, o homem que acabou com minha vida; meu marido, Kim Namjoon.
Eu costumava me sentir feliz em vê-lo ao meu lado de manhã quando abria meus olhos. Mas como diz aquele velho ditado: tudo o que é bom, dura pouco.
Nós éramos casados a exatamente cinco anos e posso afirmar com todas as letras que eu fui feliz, pelo menos achei que fosse, até dois meses atrás, quando descobri da maneira mais escrota que eu era corna.
Me encontro com os olhos vermelhos e inchados já que chorei a noite toda. Chorei em silêncio para que ele não acordasse e me visse daquele jeito, pois eu não queria que ele nem se quer, desconfiasse que eu sabia do seu caso com a secretária. Lágrimas rolam sobre minha face ao lembrar da cena que eu tinha visto à algumas semanas atrás mas trato logo de limpa-las antes que NamJoon acorde. Nos primeiros anos eu fui a mulher mais feliz e realizada do mundo, pelo menos era isso que eu acreditava.
Naquela época nós éramos como todo casal apaixonado, carinhos em todos os momentos, fazíamos amor quase todos os dias e quase não existiam brigas, não nos cansavámos de nos amar, mas tudo tinha acabado, minha admiração se transformou em mágoa e meu amor se transformou em ódio.
No momento eu me encontro destruída de todas as formas possíveis, porque descobrir que seu marido, o homem que você acreditava te amar, estava te traindo sem nenhum remorso, não é nada fácil.
No dia em que eu descobri tudo, eu estava tão carente dos seus carinhos e beijos quentes cheios de amor, que até me atrevi a sair de casa só pra recebe-los, porém não foram carinhos e beijos que eu recebi no final daquele dia e sim decepção.
Aquele dia sem dúvida, foi o pior dia da minha vida.
[...]
Então decidi me levantar devagar para ele não acordar, hoje eu daria um fim a tudo isso. A minha noite foi regada a choro e uma batalha entre o certo e o errado. E enfim quando os primeiros raios solares apareceram, tomei minha decisão.
Eu iria deixar Namjoom.
Eu não estava conseguindo conviver com tudo isso, era demais para mim, ontem foi a prova disso, eu me rendi aos encantos dele. Isso era inadmissível.
Eu não conseguia nem se quer olhar para ele, sem me lembrar de tudo, então enfim optei pela saída mais fácil. Vou me separar de Namjoon, deixar o caminho livre pra ele fazer o que quiser com a secretária ou com qualquer outra puta.
Fui até o armário e peguei uma mala que estava em cima do mesmo. Coloquei a mala no chão com cuidado, para não acordar Namjoon. Abri as portas do armário e comecei colocar minhas roupas na mala. Eu não levaria tudo, então teria de ser rápida, senão Namjoon acordaria e me faria ficar. Depois de alguns minutos, acabei de arrumar a minha mala e fui para o banheiro, tomar um banho e me arrumar.
[...]
Aquele dia sem vida, parecia retratar a tristeza que eu estava sentindo, o taxista escutava alguma música antiga no rádio e eu me encontrava desligada, olhando pela janela do carro. Eu estava naquele táxi, a mais ou menos, uns quinze minutos e a cada momento a mais que eu ficava dentro daquele lugar, me lembrava de Namjoon e a última visão que eu tive dele antes de sair do nosso apartamento. O seu rosto sereno, com alguns fios caindo por cima dos seus olhos. Aquele corpo, que eu tanto amava, que eu sempre achei ser totalmente e especialmente meu... Droga Namjoon, por que você tinha que acabar com tudo hein? Por que tinha que me trair com aquela vagabunda? Por que tinha que acabar com o nosso casamento dessa forma?
— Hey, moça. Chegamos. — o homem aparentando ter uns cinquenta e poucos anos, me avisou.
— Certo. O senhor poderia me ajudar com as malas? — perguntei secando algumas lágrimas do meu rosto.
— Claro. — o homem sorriu gentilmente e saiu do carro, disposto a me ajudar com a bagagem.
Quando já estava com as minhas malas dentro do carrinho, paguei o taxista e depois de um longo suspiro, entrei no aeroporto, disposta a esquecer a parte da minha vida que passei com Namjoon.
Olhei para o painel de viagens marcadas para o mais rápido possível e decidi ir para o lugar que eu sempre sonhei em conhecer. Namjoon uma vez disse que quando as coisas na empresa dessem um tempinho, íamos pra lá curtir um pouco um ao outro, mas isso não aconteceu e nem vai acontecer.
Eu iria para Veneza, um lugar maravilhoso em todos os sentidos. Com a certeza de que lá, tiraria Namjoon dos meus pensamentos. E mesmo que não fosse fácil, faria o meu melhor para conseguir.
Me apressei para comprar a passagem e fazer o check-in, sorte a minha que meu vôo sairia o mais rápido possível. A exatemente trinta minutos eu me veria livre de Namjoon, traição e tudo o que me fazia mal.
[...]
A chamada do vôo para Veneza foi feita e não esperei mas nem um segundo, segui para o portão de embarque e fiz os procedimentos necessários e logo eu já estava dentro do avião. Uma lágrima solitária escorreu em meu rosto, ele me faria falta, claro, afinal ele havia sido o único homem que eu realmente amei, em toda a minha vida. E mesmo com tudo isso eu ainda o amava e isso não seria uma coisa fácil de se mudar.
Decidi tomar um remédio para dormir, não queria ficar a viagem toda pensando nele, então a solução seria dormir até chegar lá.
[...]
Incrivelmente eu consegui dormir doze horas seguidas, tempo de duração do vôo de Seul para Veneza. Cheguei na cidade que na minha opinião é a melhor e mais bonita cidade do mundo.
Saí do avião e fiz novamente, mais alguns procedimentos. Saí do aeroporto e peguei um táxi que estava parado na frente do mesmo.
— Vi prego di portarmi a Bauer Venezia. (Por favor, me leve ao Bauer Venezia) — falei em italiano para o taxista que assentiu e deu partida no carro.
Eu aprendi o idioma ainda na faculdade, desde aquela época eu era facinada por aquele lugar e tudo o que tinha nele. E como os meus planos eram morar em Veneza, eu aprendi a falar fluentemente o idioma. Iria ficar no Bauer Venezia, que é um dos melhores hotéis da cidade. Recomendação de uma amiga minha, que viajou para essa cidade e me recomendou. A garota me disse ótimas coisas sobre o hotel, então seria nele que eu iria me hospedar. Ela disse também que o hotel tem um bar maravilhoso e é claro que de cara, eu já aprovei.
No caminho eu olhava pela janela do carro e apreciava a cidade que realmente era maravilhosa, muito mais bonita ao vivo e a cores do que por fotos. Demorou mais ou menos vinte e cinco minutos do aeroporto até o hotel e quando o táxi parou na frente do mesmo eu me surpreendi, o hotel era muito lindo. Sua aparência rústica dava um ar retrô, isso porque eu ainda nem tinha entrado no mesmo e já estava apaixonada pelo lugar.
Paguei e agradeci o taxista que me ajudou com as malas e me aprecei em entrar no local. Quando entrei, eu quase caí para trás, o que eu vi alí, simplesmente supera todos os lugares em que já estive, era maravilhoso, magnífico, eu nem tinha mais palavras para descrever o quão lindo era aquele lugar.
Mal entrei na recepção do hotel e os meus olhos se arregalaram, as paredes eram douradas e todas as poltronas e sofás do lugar, eram de couro branco, assim como os tapetes aparentemente de pele de urso e as cortinas de seda, que iam do teto e caíam como uma cascata no chão. Os lustres eram lindos e as luzes do lugar, mais pareciam grandes diamantes. Todos os funcionários vestiam uniformes preto com braco e bordô. Atrás do balcão da recepção tinha uma grande televisão, da qual ocupava uma parede inteira, e nela passava algum filme italiano, desconhecido por mim. Cheguei no centro do lugar e um homem, muito bem vestido, equilibrando uma bandeja de prata em apenas uma mão, enquanto a outra encontrava-se atrás de suas costas, me parou oferecendo uma taça de champanhe de morango. Sem exitar peguei uma taça e continuei o meu caminho até uma das recepcionistas, que me olhava com um grande sorriso de boas vindas.
— Buona sera, voglio il tuo migliore suite, per favore. (Boa noite, eu quero sua melhor suíte, por favor.) — disse para recepcionista retribuindo seu sorriso gentil.
— Buona sera signorina, io controllare che hanno ancora alcuni dei nostri migliori suite offerte di lavoro, attendere solo un minuto, per favore. (Boa noite senhorita, irei checar se ainda tem alguma de nossas melhores suítes vagas, espere só um minuto, por favor.) — a garota me respondeu ainda com um sorriso no rosto e eu assenti.
— Qui, per fortuna ancora una suite vacante per resevar avrò bisogno i dati signorina. (Aqui, achei, por sorte ainda tem uma suíte vaga, para reservar eu vou precisar dos seus dados senhorita.) — a recepcionista disse e eu entreguei os meus documentos para a mesma que logo terminou os procedimentos e me entregou a chave do quarto que era o 1404.
Aqui eu começaria uma nova jornada, uma nova vida e aqui, na cidade que eu sempre almejei morar, eu esqueceria do meu maior problema. Kim Namjoon.
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