#Batalha do Real
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Além desta vida. Enzo Vogrincic
warnings: conteúdo adulto (+18) mdni; era medieval (vamos fingir que eles tinham higiene); sexo desprotegido (se cuidem viu, gatinhas); morte de personagens; menção de sangue e ferimentos; suicídio (não leia se tiver gatilho); angst; fluff; final feliz?
nota da ellinha: tô sonhando com enzo medieval desde que entrei no fandom, tive que vim fazer com minhas próprias mãos, será algo de almas gêmeas, enzo literalmente o último romântico, girlpower, vamos lá garotas mulheres!!!
Minha mãe sempre me criou (ou tentou) me criar com toda graciosidade que uma princesa precisava, já meu pai, que almejava por um herdeiro homem, não sabia nada sobre graciosidade ou delicadeza, e eu por curiosidade e piada do destino, nunca fui afeiçoada por toda graciosidade e tédio da vida de princesa, não podia negar meus privilégios, mas sempre passei mais tempo com meu pai, em aulas com seus mais fiéis soldados, aprendendo a manejar espadas e me defender. Meu sonho sempre foi entrar na frente do batalhão de meu pai e orgulhosamente ganhar alguma batalha pelo nosso povo, era assim que queria ser lembrada, como a princesa que lutou pelo seu povo.
Com o passar dos anos o reino e os conselheiros de meu pai perceberam a dificuldade de minha mãe em conceber um filho homem ao meu pai, o que o fez se preocupar. Ao atingir meus dezoito anos meu pai decidiu que precisava de um sucessor para seu trono e aí começou o inferno em minha vida, sempre sendo cortejada ou oferecida para algum príncipe de moral duvidosa. A morte de minha mãe o afetou mais ainda, morta em uma cama repleta de sangue com meu irmão morto em seu ventre, tudo isso havia feito meu pai surtar, ao ponto de preparar uma competição para saber quem levaria minha mão.
— Você não entende, princesa um reino sem um sucessor seria um reino frágil e desprotegido, quem não garante que alguem de um reino próximo tente contra a vida de seu pai e tome posse de nosso reino? — falou o fiel braço direito do rei enquanto encarava meu tio soberbo que brincava com sua pequena faca em suas mãos. — Eu me nego a me casar com algum príncipe sem amor apenas para fazer o gosto de vocês, papai isso está errado e a mamãe ? e tudo que me ensinaram sobre o amor verdadeiro e como se amaram no momento que se viram? — falei bravamente batendo minha mão na grande mesa que estava recheada de homens. — Não estamos falando de amor agora, estamos falando sobre poder, o reino não pode perder sua linhagem real por caprichos seus, o sangue que corre nas suas veias são puros e o sangue que percorrerá pelas gerações de nossa família será real goste ou não, meu sucessor será um membro real queria você ou não mocinha — Nego com a cabeça irritada. — Eu me recuso a isso, posso ser sua sucessora e tudo que me ensinou ? tenho total certeza que consigo manter um reino — ao falar isso pude ouvir a sala se encher de risadas e negações. — Não consegue sequer lutar com uma espada, como vai defender seu reino, rainha? — pude ouvir finalmente a voz cheia de veneno de meu tio vindo do canto escuro da sala. — Lhe desafio a uma luta, se eu ganhar poderei lutar na competição, pela minha própria mão, serei digna de reger o reinado — falei apontado para o homem que me olhava com desdém. — Estou de acordo com isso — ele falou se inclinando na mesa enquanto me encarava mais de perto. — Isso não acontecerá, você não irá lutar pela sua mão e irá se casar com o príncipe que ganhar a batalha está decidido — Meu pai finalmente se levantou batendo as mãos na mesa e saindo da sala sem deixar espaço para questionamentos. — Me encontre no jardim do palácio ao anoitecer, prometo que não serei cuidadoso — meu tio falou e repetiu a ação do rei saindo da sala logo em seguida.
Já era noite quando minhas damas de companhia me ajudam a vestir a armadura pesada que eu estava acostumada a usar para treinar. Ao chegar ao jardim percebi eu meu tio já se encontrava afiando sua espada, engoli seco, realmente parecia que ele estava disposto a me matar para poder ser o sucessor do trono. Nos cumprimentamos e eu coloquei minha trança para cima vestindo o capacete juntamente de ferro para poder me proteger, já o homem em minha frente sequer vestiu armadura, fazendo descaso total de minhas habilidades. Logo o barulho de espadas se batendo foram ouvidos pelo jardim, eu sempre me esquivando para não ser atingida pela espada recém amolada do homem, porém fazendo movimentos para o recuar, eu não queria o machucar, só queria mostrar o meu valor no meio de tantos homens desprezíveis.
Com meu golpe final chutei o meio de suas pernas o que o fez se agachar e eu o empurrei com toda força no chão enfiando minha espada bem ao lado de sua cabeça e logo ouvi uma risada dele ao me olhar — Acha que ganhou de mim, princesa? sequer consegui me fazer sangrar — com isso ele pegou sua pequena faça dentro de seu sapato arranhado meu braço direito fazendo sair um pouco de sangue. — Já chega, você não irá lutar por sua mão e não irá mais usar espadas ou brincar de soldado, logo mais terá um marido e precisa aprender a ser uma rainha que se porte bem — Ouvi a voz brava de meu pai e levantei com raiva. — Eu prefiro morrer — falei e cuspi no chão em frente ao rei e sai correndo para meu cavalo logo subindo no mesmo enquanto começava a ir em qualquer direção, só não queria estar lá. — Peguem ela — pude ouvir a voz do rei e logo depois comecei a ser seguida por seus soldados e por meu tio que os lideravam, quando já estava em uma boa distância senti algo queimando em meu braço e ao olhar para trás vi meu tio preparar outra flecha, de modo desesperado guisei meu cavalo para outra direção sumindo no meio da floresta.
Ponto de vista do observador
Passada algumas horas sem parar seu caminho, a princesa sentia seus olhos pesando pelo cansaço em si e pelo sangue que havia deixado, não era sua intenção deixar rastros pelo caminho, mas mesmo com o pedaços seu vestido amarrado em seu braço, o líquido vermelho insistia em cair, fazendo a mulher de sentir zonza e cansada, provavelmente já estava em um vilarejo qualquer quando sentiu seu corpo parar de lutar contra o sono e seus olhos fecharem, jogada no cavalo o caminho foi seguido até que um homem de roupas comuns parasse o cavalo e segurasse a mulher em seus braços. Já dentro de sua humilde casa que compartilhada com a natureza, já que era um ambiente bastante arborizado, rodeado de árvores e plantas o homem deitou a mulher na cama, ele estava confuso e encantado, nunca havia visto tal beleza em sua vida, porém o incomodava pensar em perder uma vista tão bela assim. Por sorte ou destino o homem que havia encontrado a princesa era o curandeiro do vilarejo, com suas ervas medicinais faria de tudo para salvar a vida da guerreira em sua frente.
Ele contava três dias desde que a mulher desconhecia chegou em sua casa sendo guiada por seu cavalo, ele havia limpado suas feridas e passado algumas folhas anti inflamatórias nos locais, sempre a mantendo limpa de seus suores durante algumas crises de febre. Durante as noites frias ele acendia a lareira e sentava em frente dela lendo alguns livros de filosofia e de medicina natural que ele tinha em sua casa. Foi em uma manhã quente que sentado em frente ao corpo desacordado da mulher o homem passava o pano molhado em seus braços e ele pode perceber os olhos da mulher se esforçando para abrirem — Olá desconhecida — o homem falou tirando o cabelo do rosto da mulher que apenas moveu seus globos oculares para buscar de onde vinha a voz tão aconchegante que ela havia escutado por todos esses dias, mas logo ela inclinou um pouco seu rosto e deu um sorriso sem dente para o homem enquanto ela passeava seus olhos admirando as características do rapaz que havia salvado sua vida. — Olá meu salvador — sua voz continha um pouco de humor e um pingo de felicidade se saber que ainda estava viva.
Depois de devidamente alimentada, a mulher insistiu ao homem que não a deixasse mais ficar deitada, então eles caminharam enquanto conversavam até um lago próximo a casa do homem, a mulher queria tomar banho e se refrescar. Chegando lá ela tirou seu vestido de cima e ao perceber o homem virou de costas tapando o rosto — Não se preocupe, Enzo…estou com outro vestido por baixo — ela falou prolongado o “O” no nome do homem enquanto ria um pouco e entrava na água que estava na temperatura ideal, ela não sabia mas ele adorou como o nome delo saiu dos seus lábios. Ele a observava enquanto estava sentado na grama, ela parecia surreal, uma obra prima viva, que se movia e respirava, era melhor do que qualquer obra de arte que vira em toda vida, ele não pode conter o sorriso ao ouvir a mulher falar sobre como ouvia ele ler enquanto estava em seu estado de repouso.
Fazia exata uma semana em que os jovens se conheceram e pareciam que se conheciam a anos, Enzo era acolhedor e um bom ouvinte, ficava encantado com as histórias que a mulher contava sobre sua vida e como era apaixonada pelo amor de seus pais, como ela amava estar no meio dos soldados se sentindo parte de algo, se sentindo como o propósito de sua vida estava sendo completo, já a mulher, amava as histórias da vida de Enzo, com sua mãe e seus conhecimentos que foram compartido por anos, como ele ajudou diversas pessoas com seu talento, ela estava fascinada, como ele era carinhoso e amoroso, ela sentia que no fundo havia conhecido o amor se sua vida, seu pai entenderia, ele veria a felicidade em seus olhos e aceitaria com certeza ele aceitaria. — E até que o sol brilhe, ascenderemos uma vela na escuridão — enquanto o homem lia algum de seus livros a mulher não conseguia nem prestar muita atenção no que realmente era pronunciado, ela apenas pensava como sua voz aveludada parecia soar tão bem. Com uma mão ele segurava o livro e com a outra ele passava dois dedos acariciando a clavícula desnuda da mulher, sentindo a maciez e o calor da pele que havia recente sido banhada com o sol da manhã — Eu poderia ouvir você lendo por dias — ela falava olhando para ele com seus olhinhos brilhando, faziam anos que não liam para ela, foi dessa forma que ela aprendeu o amor, com sua mãe lendo sobre amores avassaladores e contos de fadas, e ela estava cada vez mais próxima do amor ao lado de Enzo.
Ao anoitecer o homem fechou novamente a porta de sua casa e ascendeu a lareira para aquiescer seus corpos abraçados pelo frio dos ventos gelados que dançava pelas árvores assoprando na pequena casa do homem, tirando sua atenção do livro de ervas que ela até reconhecia algumas que tomava no castelo, sua mãe lhe fazia tomar cha de sifio, que lendo agora ela sabia que auxiliava na prevenção da gravidez, provavelmente prevendo o pior. Com seu foco fora das páginas ela agora observava atentada a beleza do homem deitado ao seu lado, ela não queria esquecer nunca seu rosto lindo, levou a ponta dos seus dedos acariciando o maxilar do homem, quase hipnotizada, até que ele tirou atenção do livro que tinha em mãos e olhou para ela sorrindo de canto. — Você parece como uma pintura de um sonho bom — ela falou sem sequer pensar, o que fez o homem soltar uma risada fraca e passar sua mão no cabelo da mulher o tirando do rosto. — E você é tão bela como as princesas dos contos que sua mãe lhe contava, acredito que mais ainda — ele falou se aproximando dela e passando novamente seus dedos pela clavícula, pelos ombros no pescoço causando arrepios na mulher que sorriu e se aproximou mais ainda parando em frente aos lábios do rapaz. — Me faça sua, Enzo — ela falou olhando com seus olhos brilhando de felicidade para o homem, que apenas concordou com a cabeça e deu um beijo apaixonado na princesa.
Deitada na cama do rapaz ela se deliciava da sensação de sua pele fresca pelo banho de antes do anoitecer e pelo hálito quente do homem que deixava beijos em seu colo enquanto usava suas mãos para tirar o vestido dela a deixando nua, ele se afastou e a observou mais um pouco, bebendo da visão que a mulher era para seus olhos, mas logo continuou a deixar beijos pelo corpo todo, sempre falando como amava cada pedacinho dela e sem tirar seus olhos dos da mulher, até que ele de posicionou no meio das pernas dela e com delicadeza e lentidão foi entrando em seu buraquinho molhado e virgem, o rosto de desconforto dela era visível, mas ele se inclinou deixando beijos pelo rosto dela enquanto se inseria cada vez mais — Shhh, vai ficar tudo bem — ele falava enquanto fazia movimentos lentos, até que a princesa se acostumou e segurou os braços do homem o puxando para mais perto — Por favor, Enzo não pare, não pare nunca — ela gemia um tanto perdida em seus pensamentos. — Eu não irei meu amor, nunca — ele se inclinou novamente agora a beijando enquanto fazia movimentos mais rápidos sentindo o calor da mulher o apertar, ele sabia que não aguentaria por muito mais tempo, levou sua mão até o ponto sensível do corpo da mulher fazendo movimentos e então ela começou a se contorcer embaixo dele — Isso é…Isso é tão bom — gemendo alto ela apertava os lençóis finos que cobriam a cama do rapaz, que a estimulava mais para que ela pudesse ter o seu prazer junto com ele, que logo sentiu suas bolas contraírem e se derramou dentro de sua princesa que chegou ao seu limite gritando por seu nome. Com os olhos pesados ele se jogou ao lado dela sentindo sua respiração ofegante, ao olhar para a mulher ele pode ver se relance o rosto dela avermelhado com um sorriso no rosto e assim eles adormeceram, cansados de sua primeira noite juntos.
Na manhã seguinte eles acordaram cedo pois iriam na feira para comprar carnes, a mulher estava estendendo as roupas da mãe de Enzo vestindo as ruas roupas enquanto cantarolava alguma cantiga que sua mãe cantava para ela em sua infância até que ouviu trotes de cavalos, e logo viu que eram soldados de seu pai, ela não se assustou, sabia que esse dia chegaria, mas agora ela havia encontrado o amor de sua vida e seria feliz em governar o reino ao seu lado, ela chamou o homem e humildemente e sem pestanejar eles subiram no cavalo da mulher e foram até o castelo. Chegando lá seu pai a recebeu com uma abraço apertado e algum murmúrio sobre sua fulga — Já que voltou de bom gosto acredito que esteja pronta para a competição, avise que começaremos em uma semana — o rei falou animado até que antes da mulher responder um dos soldados sussurrou no ouvido do homem algo sobre ter encontrado sangue na cama do homem — Minha filha, me diga que o sangue que encontraram na cama deste homem foi de algum ferimento — ele falou em um tom desesperado enquanto procurava loucamente algum ferimento na princesa. — Bom papai se o senhor tivesse me escutado…esse é Enzo, o homem que salvou minha vida e bom, ele é o amor da minha vida — ela falava intercalando o olhar em seu pai e em Enzo que se sentia avoado no meio de tantas pessoas importantes. — Não, não é possível, quem vai querer uma noiva que maisena pura, como você pode ser tão burra? — o homem gritou segurando os ombros da mulher, que fez Enzo se levantar até ser segurado por dois seguranças. — Mate-o e não deixem ninguém saber que isso aconteceu — o homem falou em um tom frio, sem nenhum remorço ou pena, Enzo se debatia tentando se livrar dos homens e a mulher arranhava seu pai batia no homem enquanto chorava copiosamente até que seu tio caminhou lentamente entrando na sala. — Farei com prazer — sem mesmo mais um comentário ele enfiou sua faça no estômago de Enzo fazendo com que seus olhos se arregalassem e enchessem de lágrimas, se ouviu um grito visceral que provavelmente ecoou por todo castelo, com o homem caído no chão o rei finalmente soltou sua filha que rastejou até seu amado em sua frente, sangrando lentamente enquanto olhava para ela com lágrimas — Está tudo bem meu amor, eu estou aqui, fica comigo por favor, fica comigo tá — até que ele foi puxando de perto dela. — Leve-o para a masmorra, ele pagará por tirar a pureza da princesa de Belmonte — falou o tio com um tom de nojo, ela tentou correr mas logo foi contida por mais seguranças.
Antes que seu tio pudesse voltar, com ajuda de algumas criadas ela conseguiu colocar Enzo na cela de seu cavalo enquanto fugia, seu ferimento já não sangrava tanto, havia panos para estancar o sangue e ao chegar na casa do homem ela fez de tudo para colocar o homem novamente em sua cama e começou a fazer por ele o que ele havia feito por ela semanas antes, com auxílio do livro e algumas coisas que havia aprendido lendo. Com dois dias Enzo acordou e a mulher se escondeu com ele na casa de uma das professoras do vilarejo, era simples, mas ajudaria até ele se recuperar. — Eu irei lutar — Enzo falou com sua voz baixa e faça enquanto olhava para a mulher que limpava seu ferimento. — Você não pode, está machucado, e eu nem sei se quero voltar pro castelo — ela falou concentrada no corte, nem acreditando no que ele havia falado. — Eu lutarei por você até o último dia da minha vida, pelo seu amor — ele falou lembrando a mão e passando o dedo pelos cabelos dela. Ele havia mentido, era óbvio que ele não sabia lutar, seus mãe o criou para curar, não para ferir, mas a mulher ainda o ajudou, eles juntaram as armaduras dela e ele vestiu o capacete na esperança de não ser reconhecido. Chegando no castelo a mulher novamente foi recebida por seu pai com sermões mas na manhã seguinte começaria o campeonato, Enzo chegou um tanto esperançoso ele sabia que lutaria até o final pelo seu amor, até que os sinos tocaram e começou o caos, foram dois derrubados, por pura sorte três, depois mais um até o homem que ele reconheceu como o tio de seu amada veio em sua direção com toda força, com a sua espada ele apunhalou e logo olhou para cima sorridente, até sentir algo escorrendo de seu peito, o grito de sua amada foi escutado novamente até que ela veio correndo em sua direção, ele perdeu suas forças nas pernas e caiu ajoelhado, ela o colocou em seu colo enquanto chorava sem parar e acariciava o rosto dele — Eu estou aqui, meu amor eu estou aqui, eu te amo fala comigo por favor — ela falava chorando e soluçando, ele levou novamente os dedos até os cabelos dela. — Eu falei que ia lutar pelo seu amor até a morte — ele falou mas logo cuspiu uma grande quantidade de sangue — Eu te amo, minha princesa — falando pausadamente e com dificuldade ele agora guardou sua energia para admirar o presente que a vida avia lhe dado, até que o ar faltou e assim ele se foi, admirando sua alma gêmea. Ainda em prantos a mulher usou a mão para fechar os olhos do único homem que houvera amado em vida, ela sabia que não conseguiria, não ela não aguentaria uma vida com aquela dor, de conhecer o amor e lhe ser tomado tão cruelmente. Seu pai lhe observava da arquibancada, ela se levantou com as penas tremendo e apontou a espada para seu pai — Eu te odeio para todo sempre — e assim que esbravejou a mulher cravou a espada em seu próprio peito, com toda sua raiva e dor, e logo a escuridão havia levado às jovens almas apaixonadas.
Tempos Atuas
Enzo passeava pelo parque grande e verde com sua câmera na mão enquanto observava as famílias brincando, cachorros correndo, até que seu olhar parou em algo que parecia ser uma festa de aniversário, um pano rosa jogado na grama com com um bolo em cima, uma mulher um pouco mais velha duas mulheres que pareciam ser da mesma idade e uma criança que batia palmas para uma das mulheres, que usava uma coroa de plástico, o homem criou coragem e se aproximou, tocou no ombro da mulher que levou sua atenção para ele. Foi como se o mundo tivesse dado pausa e só eles estavam em sintonia — Ahm…se importaria se eu tirasse uma foto? — ele perguntou um tanto sem jeito. — Por que não ? — ela falou sorrindo e ele estendeu a mão — Meu nome é Enzo, muito prazer — ela apertou a mão e deu um olhar curioso para ele. — Nos já nos conhecemos? — ele riu pois havia pensado a mesma coisa, se sentia atraído pela mulher como um ferro é atraído pelo imã. — Eu não sei — ele falou e deu uma risada. O destino não seria cruel de deixar duas almas gêmeas separadas por mais tempo, a pergunta que ficava era; eles se lembrariam ?
#enzo vogrincic#enzo vogrincic fluff#enzo vogrincic smut#lsdln#lsdln cast#x reader#la sociedad de la nieve
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𝐀𝐒 𝐆𝐑𝐀𝐍𝐃𝐄𝐒 𝐒𝐄𝐈𝐒: as casas nobres de Aldanrae
As mesmas famílias ocupam os assentos do conselho há cerca de duzentos anos. Mesmo entre a elite, há divisões entre o sangue antigo e o sangue novo; três das grandes casas foram estabelecidas em Northumbria, e três receberam seus títulos após a conquista de Aldanrae.
HOUSE ESSAEX OF ÂNGLIA Senhor: Imperador Seamus II Essaex Sigilo: A figura de xadrez que representa o rei Lema: Weavers Of Fate (Tecelões do Destino) Estabelecimento: Há mais de 500 anos, como dinastia real de Northumbria História: Uma das casas mais antigas, ricas e poderosas, conquistou o posto no Império após muitas conquistas e batalhas. A estratégia e convicção são seus maiores dons, conquistando casas muito menores e transformando-as em uma só para frisar que sempre seriam os maiores caso alguém tentasse bater de frente com eles. Nós é quem tecemos o destino, a frase sempre veio acompanhada junto ao lema. Hoje, a casa tem muito menos da força e da influência, já que há uma posição cômoda por terem o império nas mãos, sendo mais ligada à política direta. Suas histórias continuam sendo um legado. Sede: A capital do reino, Ânglia, onde chegaram após a jornada vindos de Northumbria; a cidade é dividida entre Alta e Baixa, segregada entre humanos e descendentes de feéricos, e tem alto índice de crimes. Localizada no coração da Baía das Pedras, é naturalmente fortificada pelas formações rochosas submersas que tornam difícil o acesso, sendo necessário conhecer a área para navegar até o porto em segurança. Em Ânglia, paga-se o imposto mais alto de todo o reino. HOUSE AERAGON OF MIRALMAR Senhor: Conde Elmer Aeragon Sigilo: Duas adagas cruzadas Lema: Forged In Fire (Forjados em Fogo) Estabelecimento: Há cerca de 200 anos, após a conquista de Aldanrae História: A casa se formou quando o mar não era governado por ninguém, tão livre quanto as ondas e mais traiçoeiro do que as correntes. Miralmar cresceu em disputas contra rivais e piratas, e aos poucos os Aeragon dominaram a maior frota que se conhece, se tornando não apenas barqueiros, mas a força das águas. Viver como esfomeados no mar não era a única missão, mas chegar à nobreza reconhecidos como uma casa, e assim foi feito. Seus dons nas águas e o talento para pesca é imprescindível para todo o país, sendo os maiores criadores de marinheiros e do poder militar marinho. Sede: No litoral Oeste, Miralmar é o vilarejo costeiro responsável por mais de 60% da pesca em território aldareano, e é conhecida por sua população reduzida e condições de vida prósperas; afastada da capital, a influência da família imperial é menor, o que permite ao Conde governar com mais liberdade e impor as próprias leis. Em Miralmar, a bebida alcóolica é ilegal, sendo vendida apenas em um mercado clandestino guardado a sete chaves, conhecido apenas como A Bainha.
HOUSE DELAUNAY OF POWYS Senhora: Viscondessa Hellen Delaunay Sigilo: Um girassol desabrochado Lema: We Follow The Light (Nós Seguimos A Luz) Estabelecimento: Há mais de 350 anos, como vassalos dos Essaex em Northumbria História: O que começou com um pequeno comércio se tornou o maior mercado do reino em questão de semanas, atraindo compradores e vendedores aos montes. Os Delaunay foram os primeiros a criarem um sistema de mercado bem organizado e que gerava poucos conflito, embora estes fossem muito comuns devido ao preço e mercadorias similares. Com o tempo, seus sistemas se tornou não apenas a ordem, mas a referência para qualquer negociação. Negociar com um Delaunay é perigoso, pois você sempre pode achar que é um bom negócio, mas para eles, é muito melhor de uma maneira inimaginável. Sede: A segunda maior cidade do reino, Powys tem o maior e mais acessível porto em Aldanrae, e é o hub a partir do qual são distribuídos mantimentos e mercadorias por todo o país. A cultura local é tida como a mais rica quando o assunto são as artes, e a tradição que é carro-chefe nos mercados de rua é a da tapeçaria. Entre os plebeus, fala-se um dialeto derivado da língua comum chamado de paraltor, com muita influência do idioma de Luguya.
HOUSE COLMAIN OF COLMAIN Senhor: Duque Connall de Colmain Sigilo: Uma estrela formada por galhos amarrados Lema: Courage, Will, Dominion (Coragem, Vontade, Domínio) Estabelecimento: Há cerca de 200 anos, após a conquista de Aldanrae História: A casa Colmain foi responsável por manter a ordem e a paz em seus próprios termos, começando com a expulsão de famílias changelings que agradou bem a maior parte do povo. Com o tempo, passaram a reprimir também órfãos e bastardos, que foi a chave para que Wülfhere tomasse os esquecidos pelos deuses dentro do castelo para que se tornassem parte do militarismo. Suas ideias são conservadoras e suas atitudes extremamente violentas. Em muitas histórias, tudo foi resolvido com banhos de sangue. Sede: Nomeado em homenagem a família e não o contrário, o povoado de Colmain era originalmente conhecido como Eylaware, e constituído de feéricos e suas proles; tomado pela nobreza humana em uma conquista violenta, só o que restou do vilarejo original foi a muralha alta que pouco fez para o proteger. Colmain é o mais hostil dos territórios quando o assunto é o convívio com os changelings, que lá estão longe de ser bem-vindos. HOUSE VILLACOURT OF MERCIA Senhor: Marquês Audrea Villacourt Sigilo: Um sol e uma lua entrelaçados Lema: Made Of Dusk And Dawn (Feitos De Crepúsculo E Amanhecer) Estabelecimento: Há mais de 450 anos, com título real em Northumbria História: Villacourt soa atraente só pela pronúncia. A perfeição é algo almejado, mas de uma forma peculiar. São criativos e muito dedicados, tendo feito sua força com base no diferencial, algo que ninguém sabe fazer: produzir o extraordinário e melhorar o que conseguirem. Assim, Mercia foi totalmente influenciada pelas cores que representam o lema da casa, que muitos acreditam ser uma forma de agradecimento pela generosidade em Villacourt ceder o seu melhor para o povo. São muito perspicazes e às vezes de poucas palavras, as quando um Villacourt limpa a garganta, um discurso surpreendente se anuncia. Sede: A terceira maior das cidades do reino, Mercia é o polo de construção de onde saem os melhores pedreiros e arquitetos, e a partir de onde foram construídas todas as estradas. Os edifícios que preenchem as avenidas largas são de estilo completamente diferente, com tetos abobadados e pés direitos altos, as paredes em tons de terracota. O clima árido devido a proximidade com o deserto pode ser um desafio para os visitantes sem costume com o ar seco.
HOUSE BYAERNE OF SOMMERSET Senhor: Duque Niall Byaerne Sigilo: Uma árvore anciã de longas raízes Lema: Of Ancient Might (De Poder Ancião) Estabelecimento: Há cerca de 200 anos, após a conquista de Aldanrae História: Os Byaerne tiveram conflitos com os Colmain pela ideia diferente sobre a relação com changelings. Quase houve uma batalha entre as casas após muitas discussões, mas os números de Byaerne sempre foram maiores e a vitória era quase certeira, apesar da agressividade de seus vizinhos. Depois de muita discussão e proteção, a casa não apenas conquistou uma parte do povo por acreditar em proteção, mas a fidelidade dos changelings por dar uma alternativa de vida que não fosse servir ao imperador. Os mais rebeldes se juntam à casa antes de uma autorização formal, sendo sempre acolhidos, pois a casa sabe bem reconhecer um bem precioso à disposição. Sede: Sommerset fica a menos de 100km da fronteira com Uthdon, e é importante base militar para a manutenção de operações. Dado o seu papel importante, é sempre protegida por um destacamento de cavaleiros e infantaria que responde ao Duque e não ao Imperador; por ser o povoado mais próximo da frente de guerra, é também muito frequentado pelos changelings, o que o torna o lugar de maior integração entre humanos e descendentes de feéricos.
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Em qual momento de nossas vidas deveríamos acreditar que “Depois da tempestade vem a calmaria” sendo que todos os dias estamos enfrentando uma tempestade?não é sobre estar na chuva e se molhar. não é sobre esperar um temporal passar e ver o sol aparecer logo em seguida. não é sobre ficar em meio a tempestade e esperar que tudo se acalme sozinho ao final do tempo cinzento. é sobre acreditar que mesmo em uma batalha interna existe o momento de cessar fogo e aproveitar a vitória em meio a paz. é sobre chorar rios e depois limpar as lágrimas, tomar uma taça de vinho e se agarrar ao sentimento de alívio que aparece por mais que seja algo momentâneo, mas é a única forma que nos dá esperança de que teremos dias melhores. é sobre passar um café da tarde e assistir aquela novela antiga que nos faz sentir uma nostalgia dos tempos bons e onde não tínhamos com o que se preocupar a não ser com o próximo capítulo. é sobre ser criança com os seus trinta e poucos anos e assistir aquele desenho animado como se estivesse acabado de voltar da escola. é sobre acreditar que mesmo depois de alguns amores que nos deixaram de coração partido, existem outros amores que fazem a gente acreditar que valeu a pena esperar chegar em forma de pessoa que vem nos abraçando em um momento frio e nublado, acho que vem chuva por aí.
É sobre estar em meio a dor e colocarmos um sorriso no rosto tendo a certeza que é apenas um dia ruim e não uma vida ruim. ésobre acreditar que vamos ficar bem após uma crise. é sobre ficar bem depois de ficar três dias sem querer sair da cama, tirar forças de onde não temos e levantar para ver o sol em um domingo de manhã. não é fácil manter a constância em fazer os dias melhores e ignorar os pensamentos intrusivos que dizem constantemente que somos in��teis e fracos perante os desafios que a vida nos impõe. não é fácil deitar com a cabeça no travesseiro esperando o sono vir e o que realmente vem são os erros que cometemos jogando na nossa cara o quanto somos falhos e fracos. não é fácil brigar com os nossos demônios internos tentando provar o nosso verdadeiro valor, quando na verdade deveríamos estar confiantes em nós mesmos porque sabemos o nosso real valor. essa constante mania de buscarmos aprovação é que nos quebra, sempre seremos poucos em alguns momentos, não iremos ser perfeito em tudo, iremos errar em alguns pontos, iremos cometer tantos erros que infelizmente seremos lembrados apenas por conta disso, dos ‘’erros’’.
A tempestade é certa assim como a calmaria. a mudança é certa, mas exige tempo pra abraçarmos o novo e desconhecido. a dor ela sempre estará à espreita e quando menos esperarmos BUM! ela te consome no seu momento de fragilidade. chorar e brigar com o mundo e consigo mesmo irá acontecer em forma de passar pelo processo de dor e pela raiva, então sim, sempre ‘’depois da tempestade vem a calmaria’’, podemos ser tudo o que quisermos ser, podemos ser o sol, lua, céu, estrelas, chuva, frio, calor, inverno ou versão na vida de alguém, podemos ser tudo o que quisermos ser no momento em que temos que ser e quando quisermos ser, entende? nós é quem decidimos quando iremos agir e como agir. nós é que escolhemos ficar se é no sol ou na tempestade. estamos prontos para recebermos a calmaria? estamos prontos para recebermos a mudança e o desconhecido? fique na tempestade o máximo que puder e só saia dela quando você tiver a certeza de que está pronto pra aceitar as novas mudanças, abraçar novos tempos, respirar novos ares e viver novos dias. saiba que uma vez ou outra a tempestade irá aparecer, mas até lá você estará pronto pra enfrenta-la e enquanto esse dia não chega aproveite a calmaria e desfrute do momento de abraçar o novo e o desconhecido. seja muito bem-vindo ao tempo de novas mudanças!
Elle Alber
#usem a tag espalhepoesias em suas autorias 🌈#espalhepoesias#lardepoetas#escritos#pequenosescritores#pequenosversos#pequenospoetas#pequenos textos#pequenosautores#autorias#lardospoetas#pequenasescritoras#versoefrente#lardepoesias
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LILI REINHART? não! é apenas VERONICA STORMI MCKINNEY, ela é DEVOTA DE HERA (FILHA DE HÉCATE) do chalé 21 e tem VINTE E QUATRO anos. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL III por estar no acampamento há 10 ANOS, sabia? e se lá estiver certo, VEE é bastante AMBICIOSA mas também dizem que ela é ORGULHOSA. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
Instrutora de Furtividade e Espionagem membro dos clubes de teatro e artesanato, e participa da corrida de pégasos.
biografia
headcanons
timeline
conexões (soon...)
poderes (soon...)
Resumo e Personalidade;
Veronica é filha de um cantor de indie rock que abandonou a carreira no auge para ser pai em tempo integral, Ethan McKinney notou que criar uma criança em meio a turnês e gravações não seria saudável e deixou quase tudo para de lado para cuidar de Ronnie, sem reclamar nenhum dia. Graças a todo o carinho que recebeu, não se espante se ela parecer um pouco mimada e mal acostumada, culpe um pai dedicado demais.
A família McKinney tem uma linhagem longa de paganismo e devoção aos deuses, mesmo já tendo perdido o dom de ver através da névoa apenas por nascer Makinnis, digo, McKinney, a família nunca abandonou os velhos conhecimentos e crenças. Eles vêem e projetam muita expectativa em Veronica, tendo sido a primeira a nascer de novo na família com sangue divino e poder real de conjurar magia, eles a enxergam como uma possibilidade.
É justamente por sua família ter uma linhagem, que Vee não consegue ver verdade em Hécate. Sente que tem obrigação de se provar, mas sabe que toda sua existência parece arquitetada demais, para apenas acreditar que houve amor pela parte da deusa, e não apenas de seu pai.
Todos sabem do desagrado que Ronnie tem pela mãe, e pode ter ouvido-a chamar a deusa da magia de groupie mais do que algumas vezes. Ainda que no fundo alimente uma necessidade de se provar, pra ela, para a família...
Sua relação com Hera, no entanto, não poderia ser mais diferente do que a que nutre pela mãe. Hera é além de sua Patrona, a única divindade que realmente se importa e admira. É uma devota de Hera orgulhosa do título, e defenderia a deusa com unhas e dentes. Tem também, uma benção da deusa para sua proteção; aerocinese.
A loirinha é instrutora de furtividade e espionagem, o que combina com o poder que tem: magia de localização. Caso precise encontrar algo; seja objeto ou pessoa, ela vai ser a pessoa certa para isso. Algum conhecimento prévio e seu poder vai fazer o resto, os limites e que ela prefere ser paga com algo interessante ou valioso pela ajuda, ela esconde nas letras miúdas do contrato.
Outro ponto importante é que ela é uma grande colecionadora: se ela vê ou sabe de algo que parece valioso, não poupa esforços para conseguir. E nem é pelo dinheiro, é mais pelo desafio de barganhar, negociar, blefar... roubar se for preciso, em último caso...
Em batalhas? Você não a quer do seu lado! Vee tem um bloqueio bem específico sobre a ideia de matar. Seja humanos, semideuses ou monstros. Matar é uma linha rígida que nunca cruzou, e nem pretende, nem mesmo pela própria sobrevivência. O que faz dela também um problema, ela não quer morrer, mas não é tão dedicada assim em sobreviver para fazer "o que for preciso."
Vee também é muito criativa, criada para amar seu espírito artístico, arte é seu refúgio quando as coisas vão mal.
Veronica é cheia de paixões. Pelas coisas, mas principalmente pelas pessoas e a vida, infelizmente isso vem com teimosia, emotividade e a capacidade de se magoar facilmente.
Ela evita missões oficiais desde que perdeu a amiga em uma missão que foi destinada, e se culpa por isso. O que não a impediu de pegar tarefas pelos deuses e para recuperar ou encontrar itens mágicos e valiosos, de forma não oficial, sem conhecimento ou subordinação ao acampamento, nos últimos dois anos antes do chamado.
Foi obrigada a sair em outra missão oficial pelo acampamento, e novamente se ferrou. Dessa vez, no mundo inferior, precisou compartilhar um segredo íntimo seu e retornou com um ano de suas memórias lavadas pelo Lete. Ao menos cumpriu a missão, mas ainda se sente confusa e chateada de reviver sua própria vida, pelos olhos de outras pessoas.
living life like I'm in a play, in the limelight I want to stay;
Veronica, ainda que tente controlar, é impulsiva. Faz parte do seu TAB não diagnosticado, e consequentemente nunca tratado. Acredita que seja apenas questões da sua mente lidando com a sua natureza tríplice, a forma de lidar com a inconstância de tudo ao seu redor, e de si mesma. Consegue ir de um extremo ao outro, viver no céu e ir padecer no inferno quando machucada.
No entanto, é, em geral, e como gosta de ser, uma pessoa apaixonada pela vida.
Pela sua vida e pelas pessoas com quem criou laços; é expansiva, atrevida e muito carinhosa em seus melhores momentos. Não mede esforços para ver seus amigos bem, é criativa e artística em tudo que tange sua vida, ainda que tenha o péssimo hábito de evitar o que não lhe interessa.
Curiosa por cada pequeno detalhe valioso, brilhante ou bonito que pode encontrar, Vee é também uma grande acumuladora. Pega, troca ou compra coisas que lhe chamam a atenção, sem nenhuma intenção ou função para elas, apenas porque pensou nisso e se tornou um desejo. E Ronnie não gosta de se negar seus desejos. Ser mimada sempre criou uma pessoa que sempre quer muito.
E é essa Veronica que a maioria conhece. A que está presente no acampamento, que foge dos treinos com luta, mesmo sendo uma ginasta habilidosa e muito boa em furtividade. Decidida com o que quer, não abaixa a cabeça. Ocasionalmente rancorosa e implicante...
Porém, teve que ceder e vivenciar sua fase depressiva dentro do acampamento, presa para encarar toda sua fragilidade e incompetência. Algo que a maioria nunca chegou a ver, porque quando se sentia assim, sempre abandonava o acampamento, se afastando de praticamente todo mundo, e voltando apenas quando se sentia melhor. Fugir era mesmo sua melhor habilidade...
No entanto, os últimos meses no acampamento fizeram seu estado, quase sempre eufórico, cair para a fase depressiva. As primeiras semanas após perder a memória haviam sido as piores. A autoestima foi a mais afetada, e era quase difícil reconhecer a Veronica de sempre, na mulher amuada e desanimada que se apresentou por algumas semanas.
Porém, sua última fase depressiva acabou, substituída pela obstinação que o momento exige. Até mesmo conseguem vê-la em treinos e se esforçando como nunca, Vee não quer mais ser a donzela em apuros.
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Numa fria segunda do fim de agosto de 2024 (texto, escrevendo)
Desânimo.
Vontade de não fazer nada.
Escrevo um pouco do pássaro e a fonte, mais pela disponibilidade de tempo do que inspiração.
Suspiro profundo.
"Como luto contra essa sensação?" eu penso, e isso acende alguma fagulha, porque de repente eu aceito o fato de que "essa emoção também é uma musa" como meu eu do passado escreveu num post anterior.
Tristeza
Raiva
Criatividade
Meus "Três estágios".
Claro que é uma simplificação, pessoas são mais complexas que isso, mas aqueles que dependem apenas de si mesmos pra se reerguer precisam de sistemas simples de serem realizados.
A princípio nem penso na música. Não vou, não quero ouvir. Que preguiça, é muito mais fácil ficar aqui boiando e me afundando nessa sensação.
Mas aí lembro da raiva. Preciso dela pra sair do lugar, emergir dessa lama paralisante. A raiva me ajuda a dizer "foda-se" pra essa versão afundando nela, como se eu fosse uma criatura furiosa insatisfeita com aquela situação.
Vou ouvir algo de industrial rock, minha trilha sonora pra induzir raiva, pois é o estágio intermediário pra que surja um estágio de loucura criativa. Pode ser algum tema de batalha de um jogo por exemplo, até porque é uma luta. Lembro dos fudoomyoo e seus semblantes de fúria.
Loucura porque não busca compreensão, loucura porque só através dela algo novo pode ser alcançado. Loucura porque não existe outra resposta disponível. Porque a loucura não espera nada de ninguém além de você mesmo, a única existência real e duradoura, essa maldição que persegue toda sua existência, um coração que bate sem parar, pulmões que inflam e esvaziam, uma música que anuncia vida, por mais miserável que seja. Uma música que pode ser alterada. E sou eu quem vai sintonizar essa nova estação, pra que meus braços mesmo tremendo dancem, pra que meus pés realizem algum tipo de passo ou mesmo um semaz dos dervixes.
#delirantesko#espalhepoesias#pequenosescritores#lardepoetas#carteldapoesia#poetaslivres#projetoalmaflorida#projetovelhopoema#semeadoresdealmas
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𝐇𝐎𝐔𝐒𝐄 𝐎𝐅 𝐇𝐎𝐑𝐑𝐎𝐑: ──── YASEMIN's diary ;
Desde tenra idade, Yasemin mantém um diário onde escreve sobre seus treinos, aventuras e o próprio desenvolvimento no acampamento pessoal e de batalha. Os mantém escondidos dentro do baú em seu quarto, mas sempre que precisa se lembrar ou re-aprender sobre algo que considera importante sobre, é para lá que recorre. Agora que despertou um novo poder, tem escrito um novo onde deixa relatado pontos importantes e principalmente deixar registrado tudo o que considera pertinente para apresentar a Quíron como solicitado na conversa que teve com o centauro.
ANOTAÇÃO 001:
A verdade é que amadurecer em tempos de guerra é pesado, uma coisa que eu não queria, mas parece que não tenho tanta escolha. Sinto que tem uma guerra lá fora, mas aqui dentro também. Cada dia que passa, me sinto na urgência de me tornar mais forte para que consiga proteger todos que amo. O acampamento está desmoronando. Meu lar já não parece mais como uma casa. E o foco desse novo diário é sobre... Bem, sombras. Manipular sombras é... estranho. Muito diferente das ilusões também. Sempre fui boa em mexer com a cabeça das pessoas, criar coisas que não existem, fazer os outros sentirem medo. Isso sempre me deu uma sensação de controle, de poder. Claro que ao mesmo tempo me isolou. Ninguém quer ficar perto da garota que pode te prender em seus piores pesadelos, né? Hoje em dia é normal e não ligo, mas agora, com as sombras, é outra história. Elas são reais. Eu posso ver. Não estou só mexendo com a mente dos outros, estou mexendo com algo que existe de verdade, aqui, no mundo. E isso... é diferente. É mais intenso, mais visceral. Me sinto mais conectada como se finalmente estivesse vivendo no mundo real, e não só na cabeça das pessoas. Porém até que ponto seria realmente bom ter um poder físico sendo uma pessoa tão descontrolada tanto quanto eu?
ANOTAÇÃO 002:
Ainda é complicado. As sombras parecem mais imprevisíveis e com vontade própria. O lance com Joseph, Maya, Tadeu e no fechamento da fenda, aquilo foi tão esquisito. Sempre estive tão acostumada em lidar com a mente das pessoas, ou nem isso, porque meu foco foi só em lutar e lutar porque usar meus poderes em monstros... Bem, meio irreal, né? Só funcionou algumas vezes nos monstros mais bobocas. Porém também não é como se, de repente, eu tivesse tudo sob controle. Ainda tem muito que eu não entendo, e tem dias que as sombras parecem querer me engolir. Comecei os treinos com @sonofnyx e cogitei pedir ajuda teórica com Remzi, mas depois do que aconteceu... Honestamente não sei como ele está se sentindo. Aos poucos, estou tentando entender. Acredito que isso, no fundo, tem mais a ver sobre quem eu estou me tornando. Btw, talvez eu devesse pedir ajuda para Nico Di Angelo também.
ANOTAÇÃO 005:
@bakrci estava bem irritado e acho que não irá querer me ajudar, o que é totalmente compreensível. Eu também mandaria a garota que geralmente me enche o saco tomar no cu se ela viesse pedir ajuda quando perdi uma perna. Não que ele tenha feito isso, mas... Enfim! Eu faria. Nessas horas a @kretina tem feito ainda mais falta, aposto que ela me ajudaria por causa da benção dela. Ah deuses... Como será que eles estão por lá? @melisezgin, @stcnecoldd... Toda vez que penso sobre o submundo, sinto um certo descontrole com as sombras, então prefiro não pensar nos meus amigos ou nunca vou avançar e quem sabe ir resgata-los.
ANOTAÇÃO 011:
Treinar com Damon é diferente porque ele tem uma paciência que nunca tive com meus mentorados nas aulas de ilusões. Não que seja ruim, mas as meditações que mexem com meu passado me deixa com vontade de chorar a cada pós treino. Nada que ele precise saber, claro. @d4rkwater já me pegou chorando, @kaitoflames e @apavorantes também. E veja bem, como explico pra eles que é tudo pelo treino? Complicado. Enfim... Damon é paciente, o que é meio engraçado se pensar que estamos mexendo com algo tão maluco. O cara sabe que as sombras respondem ao que eu sinto, então ele insiste em fazer com que eu controle minha mente antes de tentar controlar qualquer outra coisa. Parece simples, né? Mas na real, é frustrante. Mesmo que eu tenha controle da mente, as emoções são mais complicadas. É difícil explicar como consegui manter o controle com as ilusões, se tornou tão natural quanto respirar, por isso as meditações... Mas as vezes, sinto que ele me segura demais, enquanto tudo o que eu quero é soltar o que tenho e ver até onde as sombras conseguem ir. Só que aí ele me lembra que esse tipo de poder não é só físico. As sombras vêm do que eu sou, do que sinto, e se eu não tiver controle de mim mesma, não vou conseguir dominar nada. Faz sentido, né? Então seguimos assim.
ANOTAÇÃO 015:
Tomei coragem e chamei Nico Di Angelo hoje para os treinos. Jurei que ele iria recusar, mas me pediu para mostrar tudo que eu era capaz. E DEU BOM!!! Tenho um novo instrutor e acredito que vamos nos dar bem.
ANOTAÇÃO 021:
Sorte dupla! Consegui convencer Remzi e agora tenho três instrutores. Inédito, certo? Sim porque sempre odiei seguir regras, mas... Foi como eu disse. Amadurecer pede uma certa responsabilidade que acho que Quiron queria que eu sentisse quando pediu para que eu assumisse a como conselheira do 32. Muito louco pensar em como as coisas tem mudado com tanta rapidez... Enfim! Espero que os novos treinos sejam ótimos também. Btw, hoje e pela primeira vez, consegui invocar as sombras sem raiva, sem gatilhos nem nada. Damon e eu comemoramos como deveria. Comemos bolo. =)
ANOTAÇÃO 027:
Lição importante aprendida hoje: não subestime o poder das sombras quando estiver com fome. Estava tentando fazer um treino rápido antes do jantar, mas meu estômago estava roncando tão alto que as sombras começaram a se espalhar como se estivessem em um frenesi. No final, as sombras estavam tão enlouquecidas quanto eu. De repente, a área de treino estava coberta de pequenas formas de sombra que se moviam como se estivessem em uma pista de dança. Me senti envergonhada e acabei indo direto para o chalé. Nota mental: sempre comer antes do treino. Nota para Damon: Fome também desperta as sombras ao meu redor.
ANOTAÇÃO 036:
Eles está tirando meu juízo, é exaustivo, e eu odeio cada segundo... Mas também não posso negar que está funcionando. As sombras parecem me obedecer melhor, na verdade acho que nem seria essa palavra, tudo tem estado sob controle e tenho conseguido me manter mais plena para que não surjam em momentos sem noções como na parede de escalada ou no clube da luta, ou qualquer outro local além dos treinos. Enfim, eles tem razão quando dizem que parece uma extensão de mim e ao mesmo tempo possuem vida própria. É um conceito complicado de compreender, mas tenho tentado.
ANOTAÇÃO 042:
Nota, mantra? Anyways... Não deixar a mente viajar pro lado sombrio (literalmente) durante as meditações.
ANOTAÇÃO 053:
Exausta. É esse meu estado de vida no momento. O treino hoje com Nico me fez desmaiar, mas não acho que seja bem culpa dele e sim minha... Tenho tentando controlar as sombras na parte da noite no meu chalé. As vezes funciona e outras não... Joseph me pegou fazendo isso por umas duas vezes devido a insônia quando veio dormir no 32 e em uma terceira... Tadinho, aconteceu novamente de eu ter um pesadelo e ele ser atacado. Jurei que estava com tudo sob controle, mas ainda vai um bom tempo pela frente.
ANOTAÇÃO 077:
O treino com o Remzi foi diferente hoje. Ele estava mais impaciente que o normal, mas não sei se isso é novidade. Especialmente rabugento. Acho que o treino teórico mexeu com ele. Ainda tenho que me lembrar de não sugerir que ele relaxe. Anotação importante aqui: Resmungar é o novo elogio, aparentemente. Acho que vou começar a anotar quantos resmungos ele faz por dia como forma de avaliar meu progresso. Mesmo assim, ele sempre entrega o que promete, e hoje falou mais sobre as sombras e como elas não são apenas uma extensão de mim, mas algo com vida própria. Ele sempre insiste em falar sobre isso, Nico também. É confuso porque ao mesmo tempo que fazem parte de mim, também fazem questão de frisar que sob meu comando elas não me pertencem. Confuso pô, porque se elas não me pertencem, quem ou o quê elas servem? Pra mim isso deveria ser sobre ser mais brutal. Estranho pensar sobre. Eu achava que ter controle significava dominar completamente, mas agora percebo que se trata mais de uma negociação constante. Acredito que quanto mais eu tento forçá-las a obedecer, mais elas vão resistir. A verdade é que controlar sombras é sobre equilíbrio, não sobre dominação.
ANOTAÇÃO 86:
Dessa vez Nico não disse nada, só ficou lá parado controlando as sombras contra mim. Deixou que eu lutasse contra elas até o ponto em que achei que ia ser engolida por completo naquele breu que aconteceu quando eu estava com Maya. A diferença era que o espaço ficava menor até que bastou uma palavra dele para que tudo mudasse. Aceite. Só então percebi que a força está em ceder. É o Remzi sempre vem dizendo.... Mehhhhhhh.
ANOTAÇÃO 92:
Ok, preciso anotar isso antes que esqueça... não tentar controlar sombras com pura força bruta de novo! Sério, que erro de iniciante! Hoje durante o treino com Damon, tive aquela brilhante ideia (not really) de tentar forçar as sombras a se moldarem do jeito que eu queria. Spoiler: elas não gostaram. Elas se revoltaram e quase me engoliram inteira. Então, lesson learned: Sombras não gostam de ser mandadas como soldados obedientes.
ANOTAÇÃO 101:
NOTA IMPORTANTE!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não provocar as sombras só porque estou me sentindo confiante. Tive a ideia genial de testar os limites durante uma das sessões solitárias de treino e acabei passando a noite presa num canto do chalé, tentando convencer as sombras a me deixarem dormir em paz. Spoiler de novo: elas são teimosas. Acho que elas gostam de me ver sofrer um pouco antes de obedecer. Resumo do dia: sombras 1, Yasemin 0. Mas amanhã é outro dia.
ANOTAÇÃO 108:
Hoje, eu fiz uma tentativa épica de criar uma forma de sombra que parecia mais um tentáculo. Só que em vez de ficar tudo bonito e cinematografico, o tentáculo começou a se contorcer e se enrolar em torno de mim, como se tentasse me abraçar com força demais. Nico estava lá, observando com aquele olhar de “Eu te avisei”. Aí, quando consegui finalmente sumir com as sombras, ele só falou: “Bom trabalho, mas tente não se transformar em uma árvore de natal sombria da próxima vez.” Nota para mim mesma: menos criatividade e mais controle e foco no básico. Nota para revelar aos outros: Nico tem um senso de humor peculiar.
ANOTAÇÃO 115:
Treino com luzes... Essa foi uma ideia totalmente irritante. Hoje o foco foi em obstáculos e em como lidar com variações de luz que enfraquecem as sombras. Fomos para a arena usar luzes artificiais que se acendiam e apagavam em momentos aleatórios, mudando a direção das sombras ao meu redor. Foi incrivelmente frustrante. Cada vez que eu achava que tinha uma sombra boa o suficiente para usar, bleeeh, acendiam outra luz e destruíam minha estratégia.
ANOTAÇÃO 122:
Nota: não se empolgar demais quando algo dá certo.
ANOTAÇÃO 129:
Outra sessão teórica com Remzi e uma observação: quanto mais ranzinza, mas a língua dele é afiadíssima. Ele fez um comentário sobre como, mesmo sem lutar fisicamente, está me quebrando só com teoria. O que é meio verdade, porque depois de duas horas falando sobre sombras e como elas são conectadas a “emoções primordiais”, minha cabeça estava mais confusa do que quando comecei.
ANOTAÇÃO 135:
Hoje finalmente consegui fazer as sombras imitaram movimentos rápidos. Nico me desafiou a tentar moldar as sombras na forma de algo útil em combate, como uma espada. Levei algum tempo, mas consegui fazer a forma certa. A espada parecia sólida. No entanto, acabei me empolgando e a espada se despedaçou no ar como poeira. Nico só balançou a cabeça em negação. Nota: as sombras precisam de mais tempo de prática, Yasemin. Muito mais tempo.
ANOTAÇÃO 148:
Finalmente, depois de muito tentar, consegui manter as sombras em movimento constante durante um combate simulado com Damon! Estou começando a perceber NA PRATICA que o segredo é não tentar controlar tudo ao mesmo tempo. Damon disse que eu estava fluindo melhor com elas, o que é basicamente um elogio e demonstra minha evolução.
ANOTAÇÃO 153:
Outro dia, outra tentativa de criar armas! Nico decidiu que seria útil eu tentar criar uma espada de novo. A ideia é usar as sombras para formar uma arma versátil, que possa mudar de forma conforme a necessidade. No começo, funcionou! Consegui uma espada longa de sombra, e ela parecia sólida. Mas, claro, eu fui testar no treinamento e ela sumiu logo. Damon estava observando e não conseguiu segurar a risada.
ANOTAÇÃO 159:
Sabe aquela sensação de que algo grande está para acontecer? E não é a guerra... Ainda. Bem, o grande dia está finalmente chegando. Quíron agendou meu teste de combate real e ele está marcado para daqui dois dias. Nico e Damon acharam que estou pronta para uma batalha simulada. Usar a arena para simulações não é algo que me assusta, mas basicamente terei que usar todas as habilidades de controle que aprendi até agora. Nervosa, sim ou claro?
ANOTAÇÃO 160:
Passei horas no campo de treino hoje, e depois fui apenas a andar. As sombras ao redor parecem mais inquietas que o normal. É engraçado pensar que antes não notava tão bem o quão real é ter vida ao seu redor até mesmo na escuridão. Enfim... É como se elas estivessem ansiosas por mim também. Fiz algumas tentativas de treino final, só para garantir que não perdi o ritmo. Coisas para se lembrar: - A sombra pode se esconder nos menores detalhes. Onde há luz, há uma nova forma de sombra. - Conecte-se a elas, não as force. - Velocidade e fluidez são aliadas. Acelere quando necessário, desacelere para ajustar. - Sua intuição sempre será sua maior aliada.
@silencehq.
#❛ — 𝐚 𝐤𝐢𝐧𝐝 𝐨𝐟 𝐩𝐚𝐧𝐢𝐜 ⠀ ;; diary⠀ ⛧.#power:diary#fiz um compilado de algumas notas e acabei me empolgando
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Caos. Era essa a palavra que definia tudo o que acontecia ali, tudo era o mais puro caos. Os gritos dos campistas, os rugidos dos monstros; quase como na visão que tivera anteriormente. A diferença era que nada desaparecia de repente e ainda tinha visão de seus colegas, não enxergava todos, pois estavam espalhados pelo campo de batalha, mas faria questão de proteger os que estavam próximos de si.
Escutava alguns campistas, os filhos da magia, gritarem que aquilo não era real, mas como poderia não ser real se alguns semideuses eram atacados e caíam a torto e a direito? Tudo parecia real demais.
Quando a Hidra se aproximou, algumas de suas cabeças tentando atacar os que estavam distraídos contra outros monstros. Damon não deixou seu medo lhe paralisar dessa vez, apertou as mãos ao redor dos punhais de sua espada e correu na direção da criatura, enquanto solidificava lanças de sombra e as atirava na mesma, o que atraiu a atenção da Hidra.
Assim que o monstro cuspiu veneno em sua direção, sentiu a presença de Alina ao seu lado e logo tratou de criar um escudo de trevas à frente de ambos, porém, algo que nunca havia acontecido antes ocorreu: o ataque atravessou o escudo, banhando os dois filhos de Nyx em veneno.
Damon sentiu seu estômago gelar com o ocorrido e tentou não deixar com que o veneno adentrasse em partes importantes, como olhos e boca; tentou também, novamente, ter em mente que aquilo não era real, mas o líquido quente que lhe pinicava a pele queria dizer o contrário. Tossiu para afastar o veneno de seus lábios, mas notou sua visão embaçando e escurecendo devido ao mesmo, queria continuar na batalha porém pegou no braço de sua irmã e se afastou do caos quando ouviu a voz de Dylan, claramente tentando tirar a atenção do monstro de ambos, então aproveitou a oportunidade que ele lhes deu, para que sua ação não fosse em vão.
Entretanto, não se afastou demais. Mesmo com a visão prejudicada, tomou a liberdade de tentar ajudar os que estavam guiando os outros campistas para segurança.
Não demorou para que os tremores da terra começassem e mais instruções fossem gritadas no meio daquele caos. Uma força começava a puxar os monstros de volta para a fenda enquanto a mesma fechava, internamente torcia para que nenhum de seus colegas campistas fossem capturados no meio. A explosão de magia junto com os tremores violentos fizeram o filho de Nyx perder o equilíbrio, sentindo seu rosto bater em algo sólido assim que foi, sem cerimônia, ao chão.
Recobrou sua consciência, ainda zonzo e com os ouvidos zumbindo, com Benji lhe levantando do chão e começando a guiá-lo de volta para o acampamento. Notou também silhuetas que se pareciam muito com Eunha, bastante baqueada, sendo carregada por outros campistas, e uma onda de preocupação tomou sua mente. Porém, nem se quisesse conseguiria se desvencilhar dos braços de Benji para ir até a colega, pois ainda sentia seu corpo um tanto mole devido a pancada na cabeça.
Chegando na enfermaria, foi avaliado pelos curandeiros e ali ficaria em observação, o dia inteiro ou por mais dias, se fosse preciso.
personagens citados: @dylanhaites, @nyctophiliesblog, @notodreamin e @benjiminyard @silencehq
#swf: ritual#☾ ⋆— and the stars they'll guide me on ⭑ 03 ; flashbacks.#☾ ⋆— and the stars they'll guide me on ⭑ 08 ; development.#e vamos de interações com o damon na enfermaria /j
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WHATEVER YOU DO... DON'T FALL ASLEEP — Part I.
Tudo que ela queria fazer era dormir. Se tivesse que apontar a emoção prevalente em meio a todo o luto, se perderia na dormência, e nem mesmo a raiva, tão característica de seus momentos de desamparo, estava lá. Simplesmente não existia nada. Por um lado, foi o que tornou mais fácil voltar a interagir com os de fora, por outro, não havia sensação que durasse mais do que alguns minutos, e então, já estava de volta àquela Falta. Evelyn não era alheia à falta, a tinha consigo há meses. Entretanto, perder sua intensidade lhe assustou. Não queria lutar também. Então cedeu à vontade, e fechou os olhos.
Quando sonhou, não tinha dor. Estava na floresta, cercada pelo verde e o farfalhar das folhas, por onde os animais pequenos se esgueiravam para escapar de sua presença estranha, uma intrusa na natureza. Evelyn sorriu, empolgada com a mudança de paisagem, e notou que, em cada uma das mãos, empunhava as gêmeas assassinas, Delírio e Mania. Neste momento, o espaço imaculado apresentou perigo, quando sentiu o chão tremer debaixo dos pés descalços. Em um movimento rápido, pegou o cantil e levou até os lábios, em goles generosos, sentindo a queimação gostosa fortalecer seu corpo e despertar seus sentidos. De longe, o viu chegando, irritado e pronto para a batalha: o grifo. Ao contrário dele, porém, Evelyn exibia um sorriso divertido. Adorava enfrentar grifos, ou qualquer monstro animalesco.
Quando a batalha se iniciou, sentiu que estava revivendo algo que já havia acontecido. Naquele lapso de consciência, Evelyn notou que estava passeando por uma memória antiga. Ela sabia como o grifo iria lhe atacar. Sabia o que estava fazendo naquela floresta. Também sabia que escaparia ilesa e o envenenaria com suas cobras, depois de perder os sais em uma investida da qual escapou de raspão, e ele fugiria. Ela estava em uma ronda, logo à frente encontraria outros patrulheiros, e os contaria, entre risos e puxando ar para os pulmões, que havia o mandado embora. Mas não foi isso que aconteceu.
Dessa vez, o ataque de raspão a acertou, e o grifo usou sua força para prensar sua perna com as garras de gavião, na tentativa de levá-la consigo para o alto de seu ninho. Pega de surpresa e confusa, usou suas próprias garras para impedir os planos do grifo e foi deixada no chão, com os sinais do aperto forte na vermelhidão da pele exposta da coxa. Mais tarde, isso vai virar um hematoma muito feio, ela pensou. Assim que virou a cabeça na direção dos colegas de patrulha, se viu novamente em seu quarto. Tudo parecia normal e, provavelmente, era só mais um sonho qualquer. Exceto pelo roxo evidente na perna. Igual ao que havia visto antes de despertar.
Passando os dedos levemente pelo ferimento, Evelyn pensou que ainda estava sonhando, mas, quando concluiu que estava no mundo real, pela primeira vez em dias sentiu algo com a mesma intensidade de antes: preocupação.
featuring: @silencehq
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Saudade Acompanhada
O som da torneira gotejando ecoa pelo banheiro, uma batida ritmada que enche o silêncio com a precisão de um metrônomo, enquanto me olho no espelho com o rosto ainda molhado. Não é apenas a água que cobre minha pele, mas também as lágrimas que se misturaram com ela. Lágrimas que não pude evitar, mas que agora, diante do reflexo, preciso esconder novamente. Não quero que ninguém saiba, não posso permitir que percebam a saudade que me acompanha, que me dilacera por dentro.
A saudade é uma presença constante, uma sombra que me segue aonde quer que eu vá. Já tentei me livrar dela, afastá-la, mas, de alguma forma, ela sempre encontra um caminho de volta. Dizem que a saudade é a certeza de que algo foi real, mas, às vezes, me pergunto se essa realidade vale o peso que ela carrega.
Fecho os olhos por um momento, tentando recompor-me, tentando encontrar alguma força para enfrentar mais um dia sem que ninguém perceba a batalha interna que travo. É curioso como podemos parecer inteiros por fora enquanto estamos despedaçados por dentro. A força que finjo ter é, na verdade, uma máscara cuidadosamente construída para ocultar a vulnerabilidade que não posso permitir que vejam.
Olho novamente para o espelho, e o reflexo me encara com um olhar que parece revelar mais do que eu gostaria. Me vejo, mas também vejo as lembranças que me assombram, aquelas que não me deixam dormir à noite. O riso, o toque, as palavras que foram ditas em momentos que agora pertencem apenas ao passado. É essa dor que torna a saudade insuportável, que a transforma em uma presença tão real quanto o ar que respiro.
Há uma ironia cruel na saudade acompanhada. Enquanto ela me dilacera, ela também me faz companhia, uma presença dolorosa, mas estranhamente reconfortante. É como se, ao sentir essa dor, eu ainda estivesse de alguma forma conectado ao que perdi. E é essa conexão que me impede de deixá-la ir. A saudade se torna uma ponte entre o que era e o que é, um lembrete constante do que um dia foi felicidade.
Penso em todas as vezes que tive que sorrir enquanto meu coração gritava em silêncio. A habilidade de esconder o que realmente sinto tornou-se uma segunda natureza, um mecanismo de defesa que me mantém funcionando. Afinal, a vida continua, mesmo quando parece que tudo parou. As pessoas ao meu redor têm suas próprias preocupações, suas próprias dores e eu não quero ser um peso a mais para elas. A força que demonstro é para eles, mas também para mim, na tentativa de me convencer de que ainda posso seguir em frente.
[h.m]
#lardepoetas#lardospoetas#arquivopoetico#autorias#carteldapoesia#citacao#espalhepoesias#frases#projetovelhopoema#texto de amor
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*・♪’゚。.* 𝒍𝒐𝒗𝒆 as 𝒑𝒍𝒂𝒚𝒃𝒐𝒚 𝒃𝒖𝒏𝒏𝒚
love adora coisas de terror, incluindo o halloween. quando ainda era habitante do mundo real, fazia questão de travar uma batalha silenciosa com os seus vizinhos sobre quem decoraria a própria casa de maneira mais bizarra e ela sempre se considerava a vencedora. o que não a agradava, no entanto, era vestir fantasias que a deixassem feia. seria um crime esconder o seu belo rostinho com uma maquiagem pesada! portanto, foi rápida em escolher uma roupa que pudesse ser facilmente identificada, mas que ao mesmo tempo a deixasse sexy.
decidiu aceitar um dos biscoitinhos oferecidos no ínicio do evento e se tornou uma vampira por uma noite. cuidado! os seus flertes antes desprenciosos, podem agora ter a intenção de seduzir a vítima doadora do sangue que vai saciar a sua sede.
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Capítulo 7. Praça John Lennon Eu me lembro bem da sensação anestésica daquele verão, A brisa fresca da paixão, juntos na sala de casa quando estreou a segunda temporada de Stranger Things, você me ligou de madrugada e eu atravessei o bairro tão rápido com sua bicicleta emprestada só pra assistir com você, tão clichê como um romance deve ser, O vento gelado no rosto enquanto penso no calor do teu abraço, seu quarto nosso forte, Você prometeu que não deixaria nada nos destruir, Eu ouvi você falar sobre meu medo bobo, chorei e sorri, Nós somos tão diferentes, ao mesmo tempo tão iguais,
Você me fez amar Bethânia e eu baguncei seu gosto musical com meus álbuns indies de pop experimental e quando eu lembro de nós sempre me vejo em cima da bike, Pedalando entre euforia e ansiedade, paramos na minha capela favorita do bairro. O Sol atravessa as figuras dos anjos nos vitrais, eu te encaro e no silêncio daquela segunda-feira a tarde, por um breve momento consigo sentir paz. Eu e você filhos do pecado, dois anjos apaixonados, todo amor é santificado. Talvez você esteja certo em não conseguir ficar, em outra vida ainda vou te encontrar. Num mundo onde amores como o nosso possam ser celebrados nas catedrais. Lembro da primeira vez que coloquei ‘’Oslo’’ da Anna of the North pra tocar na TV,
Aquele lugar era tão lindo que não parecia ser real, sempre ignorei os sinais, Talvez eu nunca conheça Oslo, talvez esse tratado de paz seja esquecido, Semanas na sua casa, madrugadas em padarias católicas, trocando o dia pela noite, Fugindo dos vampiros, usando sua escova e tomando suas doses de amor matinais, Você costumava fazer anéis de guardanapo, Mas usamos alianças de verdade por tão pouco tempo, Confesso que também tinha um pouco de medo dos julgamentos, Mas mesmo que eles me queimem, eu só queria te amar, Foda-se, é tarde mais, eu nunca vou conhecer Oslo, Eu nunca vou ter você e eu sempre vou passar pela minha antiga casa na Praça John Lennon, imaginar como devem ser felizes as versões menos covardes de nós,
Espero que toda dor que você me causou por seus medos te ensinem nos palcos da vida, O destino tem seus mistérios, ele amou Yoko mais que a fama, isso pode ser real? O amor só é visível quando sobrevive às mais duras guerras, transcende a dor, posso ser tolo por acreditar que uma flor que nasceu num campo de batalha, possa florescer? Me beija enquanto os generais tentam nos caçar, essa guerra nunca vai acabar. Tantas vidas, tantas eras, os falsos sábios, os padres, as bruxas, os magos e os registros akáshicos podem provar: Nunca provei o gosto do teu amor em praça pública. Os melhores perfumes são segredos do Oásis proibido, Por que eu me sinto culpado por dançar de um jeito doce e feminino, Só você pode desnudar o véu que se esconde na pérola do luar, E só a Lua pode testemunhar o reencontro dos poetas Arthur Rimbaud e Paul Verlaine depois de quinhentos dias sem teu doce cheiro numa temporada solitária preso pela saudade infernal, Lindo, eu tenho medo desse ritual, todos os olhos me condenam por te amar. Se eu fugir você vem comigo? Você enfrentaria tudo isso? Eu sei que não.
Eles tem tantos discípulos, vão dizer que sou louco, eles me odeiam como eu sou. Gritam coisas que nunca pude te contar, cruéis demais para se acreditar. Eles nos vigiam e querem um triste fim, eu enfraqueci no teu veneno, Sua língua te protege, mas suas ações te incriminam, seus contratos me aprisionaram, poesias tristes demais, verdades não comerciais, uma seita de narcisistas, Fui privado do amor, abusos secretos, poder demais na mão de loucos, eu esqueço tudo isso quando eu deito na grama da Praça John Lennon e contemplo o luar com você,
Quantas guerras ainda vamos vivenciar? Eles me negaram o Paraíso por amar. Eu mordi o fruto do conhecimento, vamos fugir desse lugar barulhento? Tensão de pensamentos, corpos se descarregam, O amor pode ser calmo, se eu soubesse a forma certa de amar, Ir para outras galáxias num olhar e ouvir o som dos anjos num suave canto, Você pode entrar no meu jardim, deitar na minha cama, sentir a mansidão de cada respiração que oxigena o sangue que corre em minhas veias, que alimentam minhas entranhas como galhos feitos de arte que abrigam o meu coração nu, que sussurra: Todo ato de amor é sagrado, você pode imaginar?
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Ela quer, Ela adora
capítulo IV saímos do fundo do poço e o jogo virou. joguei seu nome no meu ouro em prova de amor, e agora eu vou...
notas: ele tá de volta! o maior de bangu. tentaram derrubá-lo, mas ninguém se mete com o môzin da metida. postando uma hora mais cedo como pedido de desculpa por domingo passado. espero que gostem! masterlist
Você: que mlk filho da puta Você: eu vou bater nele
Junin xinga todos os palavrões que conhece porque sabe que não é só uma ameaça. Você sai de casa de qualquer jeito, mal ajeita as roupas antes de sair correndo para a terceira rua à esquerda. Azar de J.S vocês morarem tão perto, Bangu é um ovo.
Quase chutou o portão, mas ainda tem educação suficiente para respeitar a família do mc, eles não têm culpa de nada. Apenas bate algumas vezes sobre o metal, aperta a campainha incontáveis vezes. Seu namorado liga pela quinta vez sem ser atendido, o celular apenas vibra em vão no seu bolso.
Uma menina te atende, a irmã doce e gentil de Jisung. Você tinha tomado conta dela quando era mais nova, então ela sorri ao te ver.
— Tia, desculpa pelo irmão, ele deve estar com inveja. — a pequena Jojo tenta encobrir a burrada do mais velho, mas você abre um sorriso sarcástico.
— Eu vou dar um jeito nessa inveja agora, Jo. Deixa a tia passar.
Com passos apressados e barulhentos, dirige-se até o quarto do idiota que está dizendo em live que Junin roubou as letras dele e traiu a própria namorada depois de ficar mais famoso. A raiva que ferve o seu sangue faz com que não calcule a força, acaba batendo a porta sanfonada com tudo. J.S. pula na cadeira e corre para terminar a transmissão ao te reconhecer, de repente a consequência ficou real demais. Antes que pudesse acabar, no entanto, você consegue tomar o celular junto com o tripé que apoiava o objeto.
— Tá com medinho, J.S? É porque sabe que tem cu preso, seu mentiroso do caralho.
Junin trava no meio da rua, não conseguiu impedir que você se envolvesse na história ainda mais. Puta merda.
— Oi, gente? Tudo bem, amores?
— Não acreditem nessa maluca! Ela invadiu minha casa! — ele tenta pegar de volta o aparelho, mas você sobe na cama e o empurra com a mão livre.
— Primeiro de tudo: não invadi a casa de ninguém, a irmã dele abriu o portão e ainda por cima me pediu desculpa pela tosquice desse invejoso. — você ri com escárnio do garoto que está chocado com a sua ousadia de enfrentá-lo. — Segundo, vou mostrar pra vocês uma coisinha. — abrindo o celular, mostra fotos de todas as batalhas que Junin venceu J.S. — A única vez que J.S. venceu uma batalha foi quando meu namorado não estava. Então vocês acham mesmo que roubar letra dele é um investimento? Faz-me rir. Terceiro, e último, o Junin é fiel, e acreditem, eu tenho olhos em todos os lugares. Já nosso rapper aqui, traiu a ex-namorada mais que dez vezes com pessoas diferentes. Se vocês não acreditem em mim, podem seguir o perfil da Belle, que tá comentando aqui embaixo. O último post dela é o textão e as provas. Agora, boa noite, meu namorado famoso tá me ligando. Beijinhos.
Você larga o aparelho de qualquer jeito e desce da cama, deixando um tapa estalado na cara perplexa e irritada de Park.
— Lava tua boca antes de falar de mim e do meu namorado. Faz o teu que tem espaço pra todo mundo, mas se você surtar de novo, eu vou fazer de tudo pro teu nome não crescer nunca. Tá me ouvindo?
Sem nem esperar resposta, dispara para fora da casa, agradecendo em preces porque os pais do garoto já estavam dormindo. Tremendo de raiva, caminha para casa tentando acalmar a respiração descompassada.
Ao virar a esquina e ver a figura tensa de Renjun te esperando bem em frente ao portão da sua casa, sente os músculos relaxarem.
— Amor, o que foi aquilo? — ele corre até você, envolvendo os corpos num abraço forte.
— Me perdoa, eu não pensei nas consequências, só fiquei com muita raiva e…
— Passou, tá tudo bem agora. Mas… — toma o lábio inferior nos dentes e esconde um sorriso. — aquele tapa… Eu te amo, sua maluca. Ele poderia ter te machucado, sei lá, ele é doido.
— Não a ponto de encostar em mim, vida. Ele mereceu.
Junin revira os olhos e sorri, suspirando. Ele te leva para dentro de casa enquanto deixa alguns beijinhos na sua têmpora, aliviado que tudo aquilo não tinha acabado mal. Ou ele achava que não.
No dia seguinte, o simples rapper de Bangu acordou com uma bomba: a Choquei havia postado uma notícia oportunista sobre o acontecido.
FAMOSOS: MC Junin de Bangu é acusado de plágio e traição em live, mas namorada quebra tudo
De início, os comentários eram apenas perguntas como “quem são esses?” “famosospra quem né?”. Até que ninguém mais, ninguém menos que o próprio Xamã adicionou o próprio comentário.
“Não podem ver um pobre se dando bem, ê Brasil.”
Então a história mudou de curso, todos passaram a saber quem ele era de uma hora para outra. Os comentários defendendo Junin não paravam de chegar, e o resultado chegou nos perfis do rapper rapidamente, o que só ajudou no hype para a performance em conjunto que foi anunciada logo depois.
No dia do festival, a música estava pronta para ser apresentada pela primeira vez. Xamã fez um breve discurso e, finalmente, Junin entrou no palco. Ele brilhou tanto que foi impossível ignorá-lo, em nada permitiu que fosse inferior às músicas anteriores, pelo contrário — e o público acolheu a batida nova com tanta vontade que deu gosto de ver. Você admirou de longe, no backstage, mas não deixou de se emocionar. É verdade, o sonho dele está acontecendo.
Para melhorar, como uma surpresa, Xamã anunciou que Junin também cantaria seu primeiro single, Minha Cura. Mesmo sem ter passado nada com a equipe, saiu perfeito. O pessoal de Bangu que se misturava na multidão berrou tanto, a energia foi impecável. O primeiro passo para o sucesso estava dado, os produtores começaram a perguntar sobre ele com sede de terem um contrato, um nome promissor começava a se consagrar no cenário.
O Flu Fest foi um dia inesquecível, que criou oportunidade para uma memória inesquecível. Assim que recebeu o cachê, Junin decidiu te levar para sair. Vocês dois, outback do shopping de Bangu e uma surpresa clichê que ele era doido para fazer desde o momento em que te conheceu.
— Quer comer mais, metida? — o apelido sai naturalmente a esse ponto, mas é tão carinhoso quanto os olhos apaixonados dele sobre você.
— Se eu pedir mais comida, vou explodir. — você põe a mão sobre a barriga e faz uma carinha manhosa para o namorado, que arqueia a sobrancelha.
— Então sem sobremesa hoje? Que pena. — soa como um desafio porque ele já sabe o que você vai dizer.
— Sempre tem espaço pra sobremesa.
Você ri ao notar que ele dubla as palavras que saem da sua boca, mas não deixa de dar um tapinha na mão embaixo da sua. O garçom simpático interrompe vocês por um instante, o brownie coberto de calda e sorvete parece delicioso, mas também está acompanhado de um saquinho vermelho de veludo.
— Renjun Huang…
Ele mesmo toma o objeto e o abre, derrubando um par de aliança sobre a palma da mão.
— Eu sei que você odeia essas coisas, mas eu não quero começar uma etapa nova, e complicada, da minha vida sem andar por aí sem teu nome no meu ouro.
Ele te mostra a aliança menor, o nome dele gravado em letra elegante por dentro faz suas pálpebras arderem, você sorri boba de amor. Tem a jóia colocada no seu dedo com delicadeza, e ele entrega a outra para que você a colocasse logo depois. Além do seu nome, lê-se minha metida como complemento.
— Eu odeio essas coisas, mas eu amo você, Junin de Bangu.
Não demorou muito até que outros convites para featurings chegassem, Chefin, Cabelinho, Poesia Acústica. O primeiro EP foi produzido e lançado com doze músicas, seis viraram single, a primeira turnê pelo Rio fez tanto sucesso que se estendeu pelos outros estados da região sudeste do Brasil. Por quase quatro meses MC Junin, o seu Jun, não parou em casa, o tempo ficou curto demais, valioso demais. Enquanto a promoção pelas rádios do Nordeste estava em negociação, você e ele precisariam achar tempo para tomar uma decisão.
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TASK 003 - please, tell me i'm dreaming.
Sentado ao lado de fora do chalé, Ian encarava o céu noturno, observando cada pequeno ponto de luz nas nuvens tempestuosas. Era tarde já, e assim como os demais campistas, ele deveria estar dormindo, acontece que ele sequer conseguia se recordar qual a última noite em que havia dormido bem. A mente trabalhava em um fluxo tão rápido de pensamentos que ele sequer sentiu a mudança do tempo, se dando conta apenas quando enxergou a névoa densa pairando ao seu redor. Estava levantando da cadeira quando ouviu o primeiro grito. Sem pensar muito, correu para a parte de dentro, pegou sua arma e logo foi até o gramado, e foi então que tudo pareceu mudar.
No instante seguinte ele já não estava mais no acampamento, na verdade, sequer sabia onde estava. As roupas de dormir haviam sido substituídas por uma armadura escura. Ainda podia sentir o peso da espada em sua mão, ainda que a mesma sequer parecesse real. Um barulho de explosão, no entanto, chamou sua atenção. Ao se virar o que viu só podia ser descrito com uma palavra: pandemônio. Feras monstruosas que ele nem mesmo era capaz de reconhecer todas corriam pelos campos em combate direto com outras pessoas que ele julgou serem outros semideuses. Era como se Equidna e Tifão houvessem soltado todo o bestiário que eles chamavam de filhos sobre a terra.
— Vai encarar mais ou pretende ajudar de alguma forma? — A voz hostil o fez acordar de seus devaneios. Não reconhecia a voz e nem mesmo sua dona, no entanto não pensou duas vezes antes de se lançar no campo de batalha.
Com ambas as espadas em mãos, saltou sobre as costas de uma criatura prestes a atacar uma pessoa e posicionou as lâminas sobre seu pescoço, cruzando-as de forma que a cabeça do monstro logo caísse no chão, seguido de seu corpo. Não ficou para prestar qualquer tipo de auxílio, logo já estava se lançando sobre as demais bestas.
Era impossível ter uma noção exata do tempo em que estava ali. Sua vestimenta já se encontrava suja do que poderia ser considerado o sangue de cada criatura que havia despedaçado até o momento e os cabelos loiros se encontravam grudados em sua testa. Há tempos já havia perdido as contas de quantos monstros havia eliminado, fora as demais pessoas junto dele ali. Isso estava começando a deixá-lo irritado.
— Ele está indo para perto dos humanos!
Ouviu alguém gritar. No mesmo instante a cabeça girou na direção apontada e pôde perceber um monstro com o dobro do tamanho dos que haviam lidado até então correndo na direção de um aglomerado de pessoas que já haviam começado a correr em completo pânico. Ian sentiu o próprio sangue ferver. Lembrou-se das vezes em que ele, a mãe e os dois sátiros que sempre os acompanhavam tiveram que fugir de monstros que acabavam descobrindo seu paradeiro, a expressão de horror no rosto da mãe e a culpa que vinha sempre que pensava que tudo aquilo era culpa dele, que se ele não tivesse nascido, talvez a mãe poderia ter tido uma vida mais tranquila, sem precisar se preocupar com um monstro centenário aparecendo em sua cozinha querendo matá-la em um sábado a noite.
Cego pela raiva de si mesmo, do pai e de qualquer outra coisa ligada ao Olimpo, embainhou as espadas e então se concentrou. No mesmo momento pode sentir todo o metal presente no local ser atraído para os campos magnéticos que se projetaram de suas mãos. Com rapidez ele os moldou em inúmeros projéteis de diferentes tamanhos e os disparou pela campina, fazendo-os serpentear e atingir tudo o ali estava presente. Era impossível distinguir humanos de não humanos, semideuses de monstros. Corpos humanos e não humanos caíram conforme os projéteis passavam pelos alvos, deixando buracos em seus corpos.
O poder consumia suas forças, afinal, nunca havia conjurado algo de tal magnitude, nem mesmo sabia se era capaz daquilo, mas ainda assim ele não parou até ver a última criatura cair. Com o nariz sangrando e a cabeça prestes a explodir, se permitiu olhar com atenção para o que havia acabado de fazer e o temor logo se apossou de seu corpo. Sim, ele havia conseguido matar os monstros, mas eles não foram os únicos prejudicados. Diversos corpos vestidos de forma similar a ele também estavam caídos.
Acompanhado de um outro grupo, começou a percorrer o campo em busca de sobreviventes enquanto algumas pessoas abatiam os últimos monstros restantes. Havia sido tão simples deixar que a raiva se apossasse de seu corpo anteriormente; não havia precisado ou pensar ou até mesmo planejar nada, apenas se deixar levar. Parecia certo, ao menos no momento, porém agora, enquanto andava, desviando de corpos que até pouco tempo atrás lutavam ao seu lado, Ian sentia a culpa invadindo os cantos de sua mente junto de um crescente pensamento de “O que foi que eu fiz?”
Os olhos varriam o chão em busca de rostos conhecidos e pequenas ondas de alívio se faziam presentes entre o nervosismo cada vez mais intenso toda a vez em que não reconhecia quem encontrava, até que algo o fez paralisar. A menos de um metro, ele pode ver o corpo da mãe deitado ao lado de um dos sátiros que haviam feito parte de sua infância. “Não…” murmurou antes de correr na direção de ambos. Se jogou no chão, caindo de joelhos ao lado do corpo da mãe e logo o tomou nos braços. Com delicadeza, ele a balançava, pedindo que acordasse.
Um pequeno e débil sorriso surgiu nos lábios da mulher que agora tinha os olhos parcialmente abertos. “Está tudo bem…” ela murmurou, a voz fraca, praticamente inaudível. A mão trêmula pousou sobre o antebraço dele, estava gélida e mal fazia peso sobre a sua pele. A palma escorregou para o lado enquanto seus olhos perdiam o foco. Novamente ele a balançou, tentando fazer com que tornasse a olhar para ele quando enfiam sentiu as próprias palmas molhadas. Com calma, ele retirou uma das mãos das costas da mãe, se dando conta de que estavam encharcadas de sangue. O sangue dela.
Os olhos percorreram novamente seu tronco, identificando dois pequenos buracos do tamanho exato dos projéteis que a pouco ele havia feito varrer toda a campina. Ele havia feito aquilo com ela. Não os monstros ou outros semideuses desavisados. Ele. E não apenas a ela como para mais dezenas, talvez uma centena de outras pessoas que estavam lutando ao seu lado e tentando escapar das bestas que até pouco tempo corriam pelos campos. Podia sentir um grito entalado em sua garganta, mas nenhum som saía, assim como todas as lágrimas pareciam estar presas aos seus olhos.
Com calma, ele fechou os olhos dela e abraçou o corpo da mãe, trazendo-o para mais perto de si. Seus olhos se fecharam e ainda assim nenhuma lágrima ousava cair. Sentia como se estivesse em queda livre, e até certo ponto queria estar. Não conseguia imaginar continuar vivo após aquilo. Pode sentir as lágrimas começarem a descer pelo rosto e, antes que a cena pudesse ter continuidade, ele se viu no acampamento mais uma vez.
Desnorteado e ainda segurando a dual thunder, ele olhou ao redor, percebendo que tudo o que havia vivenciado a recém era apenas uma ilusão, porém ele ainda podia sentir o peito apertado e a ardência em seus olhos. As demais pessoas no gramado pareciam igualmente desnorteadas enquanto se sentavam ou simplesmente desapareciam dali. Tentando parecer bem o máximo possível, ele se levantou e falou com alguns campistas conhecidos, questionando como estavam antes de se retirar novamente para o chalé. Foi direto para a cama, e não demorou a pegar no sono. Entretanto, aquela noite foi diferente, e ao invés de uma noite sem sonhos, ele foi atormentado por cada pequeno detalhe da visão.
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⸤ 🔥 ⸣ ⸻ YOU CAN'T BE TOO CAREFUL ANYMORE ,
Headcanons de Kit Culpepper sobre o Fechamento da Fenda.
Como o semideus mais velho do acampamento (sem contar com caçadoras e aprisionados do Cassino Lótus), Kit tinha a mania de querer saber de tudo. Ora, ser um bom conselheiro envolvia essas coisas, certo? Então imagina o choque quando ficou sabendo daquilo tudo? Ele sorvia cada detalhe como um perdido no deserto e uma garrafa d'água. Algo que os deuses escolhiam esquecer???? Aquilo era mais do sério. Preocupante. Cada pêlo do corpo de Kit eriçou e ele levou tudo o que ouviu para o quarto.
Sem conseguir dormir, e já prevendo um dia bem atarefado, escreveu um bilhete para os amigos e partiu na madrugada para o acampamento. Precisava deixar as forjas prontas para receber todos os pedidos. Kit deixou bronze celestial, ouro imperial e ferro estígio no ponto para serem moldados. A atividade permitindo que colocassem os pensamentos em ordem e criasse um roteiro do que faria. Sua arma saiu ali, o martelo de guerra, além de uma capa protetora da parte de 'amaciar' para ser usado durante a confecção das armas.
Os irmãos recebiam os detalhes e dividiam as tarefas, potencializando o serviço de um jeito que o deixavam além do orgulhoso. Se ao menos pudesse ficar ali. Criando e criando e criando. Confinado nas forjas e não ter o risco de ver de novo. E se a memória voltasse? E se ele visse Flynn e não conseguisse responder? Defender outro semideus? Kit deixava aquele pensamento para depois. Depois daquela lança, depois daqueles floreios. As mãos metálicas assumindo a maioria das delicadezas pedidas, dos desenhos e escritos e decorações.
E o momento, enfim, veio. Os braços de fora, o martelo apoiado na coxa e o nervosismo no cenho franzido. Kit não era um lutador, suas missões eram sempre de reparo e resgate. Ficou mais para trás, na segunda linha de combate, pronto mais para consertar armadilhas falhas (impossível!) e desentortar as usadas incorretamente.
A magia arrepiou. A fenda estalou. Os gritos começaram. Era muito mais fácil falar do que obedecer. Não eram reais, pensou Kit enquanto testemunhava semideuses sendo feridos e lançados para longe. Como não podia ser real? Ele hesitou antes de cair na batalha e só o foi porque o desespero de perder mais alguém era insuportável. Brilhando como um farol, o martelo de bronze na pele tricolor metálica, ele amassou quem estava ao alcance.
Sem poder virar touro de Colchis pelo espaço, e temendo ativar gatilhos com sua forma de Anaconda, Kit virou um Toy Story tamanho real! Real como todos são soldadinhos de chumbo. Slinky-it servia de proteção e, assim que a fenda começou a puxar, apoio para não serem arrastados. O filho de Hefesto ficou nesse formato por um tempo...
Slinky-it capengou para perto dos irmãos e se ergueu sobre um deles para enxergar melhor os outros, o corpo lentamente voltando ao formato humano. A poeira cobria cada rosto, mas ele reconhecia cada um. E cada um que faltava. Cada nome fez doer o coração machucado do filho de Hefesto, mas foi o estado de Kerim que o fez quase perder tudo de novo. Seja forte por ele, seja quem ele foi para você. Respeitou a necessidade de distância, de que precisava extravasar e aliviou-se quando Pietra o levou para a enfermaria. Era melhor estar bem para acolhê-lo.
Kit ainda arrumou as armadilhas usadas, garantiu o estado das outras e ofereceu o consolo para quem precisasse.
@silencehq e @hefestotv
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⠀ P・ O・ V #02 ⁝ P U S H I N G M E A W A Y ⠀ T A S K # 03
( gif do episódio de 'bob esponja' usado como referência para a narrativa e que possivelmente me rendeu a primeira crise de ansiedade durante a infância. )
O céu tingia-se de alaranjados suaves e o novo crepúsculo anunciava mais um dia gélido no acampamento. Através da janela de seu dormitório, Aurora encontrava uma paisagem branca do lado de fora. Os galhos das árvores, envergados com o peso de inúmeros cristais de gelo, se curvavam em reverência ao inverno rigoroso que dominava o acampamento. Tão claros quanto a neve que se estendia sobre o cenário como um manto, seus olhos também avistaram figuras conhecidas de outros campistas transitando pelo local. Alguns eram amigos próximos, companheiros de batalhas e confidências, enquanto outros eram apenas conhecidos, unidos a ela pela maldição de uma linhagem divina. Respirando profundamente, sentia a familiar presença de cada um deles e de sua estação favorita, o único abraço constante em sua vida. Sentia-se revigorada e em paz.
A brisa fria tocou seu rosto no instante em que seus pés pisaram na varanda do chalé de Quione, e a determinação para enfrentar mais um dia em sua rotina como parte da comunidade estampava-se em seu semblante. Enquanto marchava em direção ao pavilhão para seu desjejum, observava o silêncio incomum que pairava entre os outros semideuses que cruzavam seu caminho. Cada passo que dava na trilha coberta de gelo deixava um rastro efêmero, enquanto seu olhar percorria os rostos conhecidos que, por algum motivo, não a reconheciam. Eles pareciam alheios à sua presença, seus olhares a evitando como uma antagonista. Uma sutil estranheza tomou conta dela diante daquele detalhe, mas a firmeza de seu propósito não permitiu que se detivesse muito tempo nessa inquietação.
A figura de Yasemin foi a primeira que avistou ao adentrar o refeitório e o ímpeto de cumprimentá-la foi imediato. Um sorriso singelo iluminou seus lábios. ── Bom dia, Yas. Como passou a madrug...? ── Sem a chance de terminar sua sentença, a viu atravessar o salão em direção ao outro lado, sem dar sinais de reconhecer sua presença ou ouvir sua voz, então iniciando uma conversa despreocupada com outro campista, que agora ria do que a ruiva dissera a ele ao se aproximar. Com o cenho franzido, Aurora continuou a observar a interação por mais alguns instantes, então forçando-se a seguir seu caminho e tentar interpretar a indiferença da outra como um simples lapso de atenção. Seus pensamentos rodopiavam em sua mente, confusos, enquanto se dirigia para sua mesa, quase esbarrando em uma garota no caminho. Mesmo o quase encontrão acidental não foi suficiente para que alguém notasse sua presença. A sensação de isolamento se intensificava, como se uma barreira invisível a separasse dos outros campistas.
Então, seus olhos encontraram Kerim parado ali, e seu coração reagiu instantaneamente, dando um salto contra o peito e acelerando suas batidas abruptamente. Ele a via, não via? Precisava que a enxergasse, precisava dissipar aquele medo irracional de ter se tornado invisível como névoa no ar. Determinada a descobrir exatamente o que acontecia, caminhou com passos firmes até o rapaz. Parando à sua frente, se certificou de não deixar brechas para que não a notasse. ── Kerim, você me ouve? ── Sua voz ecoou clara e alta, mas a resposta foi um silêncio desconcertante e uma indiferença que lhe cortou o coração. Aurora arfou, sentindo o ar subitamente se esvair de seus pulmões. Desesperada, estendeu a mão para tocar o ombro alheio, buscando uma conexão, mas seus dedos atravessaram o corpo dele como se tratasse de um holograma. O que estava acontecendo? A visão de Kerim, imóvel e intangível, era como um golpe final, confirmando seus piores temores. Sentiu-se perdida, uma sombra em um mundo que não a reconhecia.
Freneticamente tocando a própria pele, sentindo-a ainda tangível e real, deixou-se guiar de volta para o lado de fora, onde um cenário ainda mais claro a aguardava. A paisagem, quase deserta, exibia apenas algumas silhuetas distorcidas e os contornos esmaecidos de um acampamento quase irreconhecível. Entre esses elementos que desapareciam lentamente diante de seus olhos, surgiu a imagem de um homem de pé em meio ao infinito de vazio. Pestanejou os olhos, tentando ajustar sua visão, até que se arregalaram de repente. Era seu pai, vivo. A brancura da neve parecia engolir o mundo ao seu redor, desfocando a linha entre o real e o irreal. As silhuetas indistintas se moviam como sombras fugidias, e o contorno do acampamento se tornava cada vez mais vago, como se estivesse sendo apagado lentamente. No entanto, a figura de Niko se destacava nitidamente, trazendo uma estranha mistura de consolo e inquietação. Disparou em uma corrida vertiginosa em direção a ele, os pés afundando na neve a cada passo. Mesmo com suas pernas exaustas de tanto correr, a figura de seu pai parecia se afastar cada vez mais, como se estivesse sendo engolida pelo vácuo branco que a cercava. A distância que os separava aumentava, apesar de seus esforços desesperados, e o cenário ao redor se tornava cada vez mais indistinto, como se estivesse se dissolvendo em uma neblina etérea.
Em um piscar de olhos, Aurora se viu completamente sozinha em um infinito branco. O chão sob seus pés não parecia ser feito de nada material, mas também não havia sensação de queda. Ao olhar ao redor, não havia horizonte, nem céu, nem solo discernível, apenas uma vastidão interminável do mais puro branco. O silêncio absoluto era aterrorizante. Não havia o barulho de sua respiração, de seus passos, nem mesmo o som de seu coração batendo. Ela tentou gritar, mas nenhum sonido saiu de sua boca. A ausência de qualquer ruído parecia envolver sua mente em uma lacuna sufocante, cada vez mais apertada. Apenas contava com a voz de sua consciência. A solidão começou a se infiltrar em seus pensamentos, como um nevoeiro gelado. Estendeu a mão à procura de algo, qualquer coisa, que pudesse quebrar a inexistência esmagadora. Mas não havia nada. Seus dedos passaram pelo ar vazio, sem encontrar resistência. Sem tempo, sem espaço, sem companhia, sentiu a sanidade começar a escorregar de suas mãos. Memórias das pessoas que amava, dos lugares que conhecia, começaram a parecer ilusões distantes, quase irreais. O desespero crescia dentro dentro de si, como uma chama solitária tentando sobreviver em um vazio absoluto. Tentou caminhar, esperando que o movimento trouxesse algum alívio, alguma mudança. Mas a caminhada não parecia levá-la a lugar algum. O branco infinito permanecia inalterado, indiferente aos seus esforços.
A sensação de estar presa em uma prisão sem muros e sem portas tomou conta. Sem referência, sem passagem do tempo, não sabia quanto tempo havia passado dentro daquele vazio. Cada segundo parecia uma eternidade, e cada eternidade trazia um novo nível de desespero. A solidão não era apenas uma ausência de companhia; era uma presença esmagadora, uma entidade em si mesma que parecia devorá-la lentamente. Ela se sentou, abraçando os joelhos, tentando encontrar conforto em si mesma. Mas até o próprio toque parecia estranho, como se tornasse uma parte do vácuo ao seu redor. Suas esperanças começaram a se desfazer, deixando apenas uma casca vazia de quem fora um dia fora. Nesse espaço sem fim e sem forma, finalmente entendeu a verdadeira natureza da solidão absoluta. Não era apenas estar sozinha; era ser esquecida, apagada, uma existência desprovida de qualquer impacto ou significado. E naquele momento, a desesperança tornou-se seu único companheiro, no infinito branco que agora era seu mundo.
Com um estalo repentino, o véu de branco foi retirado de seus olhos e Aurora se viu imersa no familiar cenário da floresta que circundava o acampamento. Seus sentidos foram invadidos instantaneamente; o aroma das folhas penetrou suas narinas, enquanto a brisa fresca acariciava sua pele e sons distintos perfuravam seus ouvidos. A maioria deles aterrorizante como a visão a atormentá-la instantes antes. Olhando ao redor, avistou os demais membros da patrulha que a acompanharam durante toda a noite naquela missão repentina, e gradualmente suas lembranças começaram a retornar. A solidão, mais do que nunca, começou a amedrontá-la. @silencehq
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COBERTURA DO TORNEIO: A BATALHA FINAL
Jane Porter e Roderick Winslow saem do labirinto recebendo aplausos da multidão. Robert Jones se encontra com eles na arena e os três se cumprimentam.
É um cenário inusitado, para dizer o mínimo... Dois cientistas e um ex presidiário ganhando de alguns dos maiores guerreiros do Mundo das Histórias.
O labirinto desaparece e no lugar dele surgem três portas. Uma para cada um dos participantes. Essa próxima parte do Torneio será apenas entre eles e a magia da Excalibur; todos os presentes na arena terão de esperar pacientemente pelos dois primeiros que conseguirem voltar daquelas portas.
Os três finalistas se entreolham. O sinal é dado. Eles atravessam as portas ao mesmo tempo.
Alguns minutos passam. A primeira porta se abre.
Jane Porter é a primeira a sair.
Logo depois dela, Roderick Winslow.
A guarda real têm seus vencedores. A porta de Robert Jones não é aberta, e o rapaz só será encontrado mais tarde... O que eles viram atrás daquelas portas?
OOC (IMPORTANTE!)
@janepcrter @rcderick e @navegadorsolitario deverão escrever POVs sobre o que eles encontraram atrás das portas. Pode ser qualquer coisa relacionada ao passado deles ou ao futuro, mas seja o que for, precisa levá-los a tomar uma decisão difícil: voltar ou ficar. Vocês podem falar no chat comigo para que eu os ajude propondo cenários. Os POVs são obrigatórios! Se não puderem escrever, ainda assim conversem comigo para pensarmos no cenário e eu escrevo algo resumido, então. A rolagem de dados foi:
Jane: 20
Robert: 11
Roderick: 18
Deve-se lembrar que Roderick, como perdido finalista, teve a influência de Jacob para vencer. Ele foi escolhido por Jacob e Jane foi só o disfarce. Amanhã teremos um post narrando a consagração de Jane e Roderick como membros da guarda real e da Távola Redonda. Obrigada a todos que participaram. Espero que tenham se divertido!
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