#Av Conde da Boa Vista
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pearcaico · 1 year ago
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Rio Capibaribe, Ponte Duarte Coelho e Rua da Aurora - Recife Em 1967.
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quetalmaisumcafe · 1 year ago
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Um brinde à autenticidade.Troncha Autenticidade.
Na Av. Conde da Boa vista situa um Condomínio do Edifício Tabira e eu posso te jurar que toda vez que passo em frente, ele briga comigo. Por que? Porque ele é troncho, torto, ou sei lá qual termo arquitetônico você queira chamar. O fato dele estar desalinhado com todos os demais prédios me incomoda e me faz parecer um retardado olhando pra cima na Avenida mais agitada da Capital. O retardado original aqui, gosta de Perfume Amadeirado e não duvide da minha capacidade de usar um Malbec Black as oito da manhã num sol de cinquenta graus. Geralmente não curto roupa estampada, escuto musica em Coreano, Japones, Ingles, Portugues mesmo não sabendo nenhuma fluência em nenhuma dessas línguas. Até hoje ainda confundo o uso dos quatro porquês. Hoje temos testes de Temperamento, de Personalidade e ah quem acredite que a posição do sol quando você nasceu define o porque de você ser estressada. Na perfumaria existe o termo "assinatura", pois é aquele perfume que todo mundo sabe que você usa e que "define" você. Existem aqueles que gostem de Rock, mas não qualquer um, a lista é imensa: Hard Rock, Punk Rock, Heavy Metal, Rock Progressivo, Rock Alternativo e sabe-se lá quais mais existem e que eu não faço ideia de como diferenciá-los. Tá todo mundo querendo ser autêntico. Todo dia é a mesma briga para ser o original, mas o que a gente esquece é que ser autêntico é ser torto em alguma coisa. Coloquei no Google: " Predío troncho da Boa Vista"  e me apareceu o famoso. Eu terei é sorte se daqui a 50 anos alguém pesquisar sobre mim na cabeça e se lembrar de algum detalhe meu. A nossa autenticidade é cheio de marcas de mão e impressões digitais. Impressões que sujam a página branca de todo alguém que a gente esbarra. Um brinde à autenticidade. Troncha Autenticidade.
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christiantisch · 2 years ago
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Hast du einen Beweis dafür, dass du nicht schon längst im Himmel bist und nur alles durcheinander bringst? --- #christiantisch #spiritualität #bewusstseinsentwicklung #bewusstseinsentfaltung #persönlichkeitsentwicklung (at Av. Conde Da Boa vista , Recife, PE) https://www.instagram.com/p/CpcwXKXtv4q/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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elliottdadepressao · 3 years ago
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Glorinha,
Desculpe a pressa. Meus dedos estão engordurados, é porque a janta está no fogão. Vamos, iríamos, quero dizer, irei comer macarrão com salsichas e batata cozida. Não é nada saudável, eu sei, porém, talvez isso seja o pior, é muito fácil de fazer! A praticidade é uma das coisas mais bonitas nessa vida. A vida hoje está cheia de coisas fáceis, fuja delas na possibilidade e na imanência desses fenômenos (viu só? que palavra chique: f-e-n-ô-m-e-n-o. tô treinando a escrita, graças a ti), exceto para jantas, que aí tá liberado mesmo. Esses dias eu derrubei água no computador, acho que entrou em curto-circuito (outra palavra engraçada kkk). É que eu ando desastrado como sempre, sem foco, sabe? Meio com pressa de viver as coisas, engraçado, pois é quase simultâneo, que eu consigo focar em algo por muito tempo, daí atrasando as coisas que paralelamente devemos fazer, por exemplo, estou de olho n’água da batata, quase pronta, e escrevo aqui para você. Na verdade, tenho escrito esta carta mentalmente faz tanto tempo que nem lembro mais.
 Escrevo para mesurar a saudade, mensurar a maldade e censurar a proibição. Escrevo porque quero. Ainda não sou inteligente, como você, sabiamente, recomendou que eu fosse. Cito: "Você é um menino muito inteligente, mas seja inteligente no total, não só em certos aspectos da sua vida”. A batata está pronta, só falta a salsicha, farei uma pausa para comer, mas eu já volto. Adultos voltam sim, aprendi isso com o Daniel, o Tigre. Acho engraçado o nome dele acompanhar um artigo masculino. Uma vez, também sabiamente, até então somente minha severa professora de matemática, mas de bom coração, daqueles bem molinho, disse para mim: você pensa mais rápido do que sua mão (a capacidade de escrever). Um ano depois eu fui levado para a diretoria pois, você deve saber, acabei rabiscando a prova de avaliação da educação no estado de São Paulo, forçando a professora a me tirar da sala, algo que era meu objetivo desde o começo. Lá, com dona Alessandra ao meu lado, o diretor disse para consultar um psiquiatra, ou um psicólogo, à preferência da mãe. Eu já te disse que penso muito rápido, ou às vezes penso muito lento, mas de forma detalhada ao extremo, e repeditamente?
 Entendi algo precioso nesses anos em que a nossa comunicação não existiu. Aquilo que digo sobre os outros, diz muito mais sobre mim do que deles. É como se o defeito que vejo dos outros de certa forma dialoga com os problemas que eu carrego, sendo analogias internas, numa conversa introspectiva, onde só eu poderia resolvê-los. Quem ficou louco fui eu, não você. Nunca você. Eu, sempre.
 Você não é egoísta.
 Esses dias estava com a Manu, lá em Santos. E todo santo dia ela ficava até de madrugada conversando com a namoradinha on-line dela, desculpa o diminutivo, é que elas são crianças, 14 e 15 anos? Nem sabem o que amor, eu tenho 25 e ainda não sei o que ele é. Mas lembro de ter sentido. Contigo, com ela, com outras, com outros, de mim mesmo, dos meus irmãos. Tem dia que eu sinto que entrarei em curto-circuito, feito meu computador, é aquela sensação de que a vida vai passar num sopro, como que se só por capricho dos Deuses minha vida fosse tirada daqui e levada para o mundo do acolá, o grande Desconhecido. Memento Mori, era disso do que eles falavam? Dessa sensação de que tudo vai acabar a qualquer instante, quando até o vento, um canto desafinado do vizinho ao tomar banho, enchem meu coração de felicidade. Nesses momentos, críticos e delicados, minha mente sensibiliza os mínimos detalhes. Olhar nos olhos do cara que vende pão pode ser algo complicado, ou muito lindo. Então, você lembra? Das ligações, as madrugadas... Lembra? Se eu fechar os olhos e pensar muito forte eu acho que consigo sentir a mesma felicidade que esses dias trouxeram para mim. Pausa, hora da janta. Foi você que mandou aquele celular para mim? Acho que não. O que tinha tecladinho e tinha um touch screen horrível. Eu sabia entrar nas músicas sem olhar para o celular, de tão íntimo que fiquei do aparelho e, consequentemente, de você. Isso eu sei que não te contei mesmo, mas quando morei aí nas suas terras, no coração da Av. Conde da Boa Vista, prédio Módulo, às vezes o elevador quebrava e tinha que subir uns tantos décimos andares. Alan tinha alugado um novo apartamento, dois quartos, hipoteticamente melhoraria nossa convivência. Durante a mudança, totalmente embriagado de cannabis, escutando uma música altíssima, um rapaz viu que era fácil como tirar doce de criança. Puxou a mochila, aconselhando que se eu o desse, sem violência, poderia ir em paz. Perdi toda minha biblioteca de músicas especiais, foi um dia triste. Eu até acho que ele morava ali em volta, e dias depois ficou me seguindo. Eu sou meio paranoico mesmo, desculpa. Nem a Larissa conseguiu me aguentar, morar junto. Eu fico imaginando como a história da Manu acabará. Será que muita história vai rolar pelos olhos dela? Uma coisa que nunca admiti para ninguém é: eu fui pra Recife na esperança de encontrar você, ou qualquer outra coisa que substituísse um vazio incômodo, que com você, às vezes, não parecia existir.
 A verdade é: prioridades. Você nunca foi a minha, talvez em alguns momentos, confesso, mas quando houve realmente a minha oportunidade, eu sei que fui distante. Menti. Acho inteligentíssimo da sua parte afastar-se de mim, bloquear nas redes sociais, eu realmente sou tóxico. Você conhece o dilema do porco-espinho?
 O dilema do porco-espinho é uma metáfora criada pelo filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) para ilustrar o problema da convivência humana. Schopenhauer expôs esse conceito em forma de parábola na sua obra Parerga und Paralipomena, publicada em 1851, onde reuniu várias de suas polêmicas anotações filosóficas.
 O porco-espinho, quando frio o suficiente para congelar uma vida, reúne-se com os outros pares da espécie para o aquecimento coletivo. Porém, quando perto demais, acabam machucando uns aos outros, obrigando novamente a se afastarem. O frio não desiste e faz eles lembrarem que devem ficar juntinhos, caso queiram o calor necessário, e os espinhos voltam a furar o próximo. Nesse vai-e-vem, o que tiro da parábola é: O quanto mais eu quero magoar alguém, quanto mais fundo desejo colocar o espinho da dor num outro ser humano, mais e igual é a ferida que abriu (ou abrirá) em mim, pelo espinho do outro. Seja lá por qual iniciativa, minha ou a dele. Concluo. Quando eu quis te magoar (conscientemente), a ferida que havia em mim estava sendo feita, ou já havia sido, por mim. Entende? É meio confuso. O problema não era você e suas atitudes, ou o simples transar com o querido Olmir, Netinho para os íntimos, mas não é aquele di Paula. O que doía em mim vinha de mim. Da raiva que eu sentia do mundo, esse desejo de explodir, a masculinidade tóxica, pronta para devorar o primeiro ser vivo que passar na frente e, assim, proteger sua prole. Um instinto de proteção, mas se proteger do que? Da fragilidade? De saber que ela pode ser dele, e não minha, que ela nunca será “minha”, que eu não sou unanimidade? Medo do quê? Será que sou gay? Sério, já me perguntei isso. Eu beijei uns rapazes, e não é isso. Eu já pensei tanto... Ainda não sei sobre o porquê deste medo. Sei é da reação que tenho dele. Um jeito de não enfiar espinhos em alguém é, olha só que fórmula mágica, em 1, 2 e 3: ficar sozinho. Dói ficar sozinho. Têm dias que eu acordo chorando, sem nem saber o porquê... Outros dias, já disse, meu coração sorri ao primeiro soprar da brisa sulina, balançando os versos de meu cabelo no ar. Você consegue ver como eles dançam?
Antes de ir embora, eu queria te contar uma história nada a ver, kkkkkkkkkkkk. Ah, antes da história, eu adoro isso, chamo funções recursivas, é algo que você consegue usar para criar infinitas coisas serializadas, tipo, antes da história, que fica antes de eu ir embora. Outro tipo de função recursiva é a do “sucessor”. Sucessor de zero, um. Aplica de novo, você tem o dois, repete e continua, parabéns, você construiu o conjunto dos números naturais! Tá. Me empolguei, desculpa. Pode pular essa parte (vou corrigir isso e colocar o aviso antes). Antes da história: já faz três anos que estou em Florianópolis. Curso Filosofia, bacharel e licenciatura, mas gosto mesmo é da lógica. Antes da matrícula presencial, descobri que aquela casinha que você foi me visitar, fora vendida num leilão, fruto da inadimplência (olha só, outra palavra chique). Estávamos sem casa. Lari debandou num apto com o Wahiderson, perto do Zahir falamos Washington, mas eu acho que ele é malandro e saca que estamos falando do pai dele. Mamãe foi pra PG com o Jairão. Eu peguei uma bicicleta, meu violão e vim para a Ilha da Magia, que de mágica não tem nada. Eu já havia tentado Geografia, Matemática, só trabalhar e Conservatório. Nada deu certo. Dessa vez tinha que fluir, não é? Chegando aqui acabei sendo acolhido pelo programa do PAEP (Programa de Apoio Emergencial de Permanência). Acabei conseguindo a Bolsa Estudantil de Permanência, depois a vaga para a Moradia fixa saiu, e daí eu vi que as coisas encaixariam. De lá pra cá, afundei a cara nos livros, usei pouquíssimas drogas, acredita? Mas, usei, não nego! Hahaha, só que eu percebi, não ia mais em festas, bem diferente do Enxada Rio Claro (os meninos da rep até ficam de cara quando digo que me dei bem na faculdade, que estudei etc.), ficar em casa é mais divertido, melhor para a alma, sabe? Os dias que não quero me sentir tão sozinho, faço que nem sua amiga, a solidão é menor na multidão. Quando cheguei nesse quarto, onde escrevo esta cartinha, que é mais terapia do que carta, fui depressa dar uma cara minha para o lugar. Coloquei fotos na parede, desenhos, colagens, mensagens aleatórias e fórmulas de lógica na parede, para quando entrarem, falarem: Nossa, quem que mora aqui? É como se eu registrasse um pouco de mim no mundo, mesmo que a resposta da pergunta seja: não sei, ainda a pessoa sabe que o fator desconhecido veio de algum lugar, e não importa que esse lugar seja eu para ela, mas importa para mim. Entende? O que eu queria dizer chegou exatamente agora.
Dentre as fotos, algumas da minha infância, da coleção de Mamãe Album and Photos, uma do meu pai e minha mãe casando-se, os dois bonitões, pela foto, eu suponho, mamãe parece ligeiramente mais feliz do que o Anderson, o Monumento. Há três por quatro de quase todo mundo: Manuela, tentando segurar um sorriso espontâneo. Larissa, recordação anual da escola, feita para gerar lucro, onde certamente o fotógrafo pediu “Um sorrisão bem bonito, vai”. Eu, com um sorriso forçado e bangela, os dois decorridos pela decadente infância. Eu, de novo, normal, tirando por obrigação, já que a UNESP pedia na matrícula. Adriano, o sorriso é de confiança, ele usa um terno que a organização séria de música exigia para o registro oficial de músicas, com direitos a royaltes e essas coisas burocráticas, foto tirada para o grupo musical que iríamos formar, “Som Sudeste”. KKKKKKKKKKKKKK. O Gabriel, pequeno, a foto está muito descolorida, então, não consigo ver se ele está feliz de verdade. Júlia, ex-namorada, ser humana antes de tudo, e passível de amor como qualquer coisa no universo, sorriso tímido, boca fechada. Sobraram três fotos. Tá quase acabando, tô chegando lá. Eu e Adriano, o violão do Davi em minhas mãos, um anel de coco no dedo mínimo, o pulso carrega uma pulseira, era sua? Você tinha escrito alguma coisa nela, agora não me vem na cabeça o que é... Era “paciência”? Depois me diga, por favor. Faz tempo que não tenho notícias detalhadas sobre você. O Adriano me olha meio relaxado, ainda que rígido geometricamente, vestindo a famosa calça de capoeira e a boina chique. Esse dia tocamos juntos, os três, às vezes era algo bonito de ouvir. A segunda, e penúltima foto, por ordem de apresentação, não de importância, acho que nem é possível compará-las, estou beijando a Dona G. O rosto dela não aparece, nem o meu. A curva do meu cabelo se confunde com o lábio dela sorrindo, o que indica que nossos lábios estavam longe, na hora do clique. O que sobra é uma sugestão do rosto dela, um cigarro em meus dedos e o colar de pedra azul-sei-lá-o-que, sou péssimo com categorias. Colar que acabei doando para uma garota que trabalhava numa lanchonete, que ficava em frente à loja de celulares, daquele vizinho do Mal, o Washington, marido da Rô, pai do João, Murilo e Melissa. Você chegou a conhecê-los? A casa deles ficava logo depois da nossa, nossa porque também foi tua, enquanto esteve lá. Trabalhei lá uns meses e num dia aleatório quando fui comprar um lanche, tentei puxar papo, eu já estava meio embriagado de formosura, e ela comentou, claro, que estava com problemas de relacionamento, e pediu que aquela coisa passasse logo (outra engraçada, passasse kkkkkk) e etc. Eu, na minha ingenuidade, aconselhado por Dona G “esta pedra ajuda na resolução dos amores e etc”, doei o colar para a formosa flor. No outro dia, até me mostrou a própria trança que havia feito no colar, personalizando o novo artefato, exibido entre os ombros e na altura da gola do uniforme capitalista. Espero que realmente tenha funcionado, que ela esteja em paz com o amor dela. Pois viver só é difícil. Repito. Você precisa viver com alguém, racional, vivo ou estático. Humano, sensível ou palpável. Um amigo, um cachorro, ou uma pedra. Uma mina, uma gata, ou a água. Um universo, uma águia, ou o ar. Uma vida, uma vida, ou a vida.
 Eu não sou racional.
 Na última foto, alaranjada pelas luzes do centro, caminho de mãos dadas com você, na hora eu nem lembro se tinha noção de que o Caio estava de paparazzi, e que você devia ter pensado nisso 7 dias, 9 horas, 32 minutos e 57 segundos antes daquilo acontecer, e como você se esforçava para criar coisas. Lembra, no Marco Zero, você me disse que alguém havia dito para você: você é infantil fantasiando essas coisas, como pensar que os peixes num dia de sol são estrelinhas que brilham no céu do mar, literalmente refletindo, feito espelho fiel, o céu azul dos dias ensolarados, que são de costume em Recife, diga-se de passagem. Esta tua capacidade de criar coisas é tua, nunca perca isso. Eu ainda guardo o livro do Elliott, fico vendo as fotos, com muito carinho. Perdi a camisa do Elliott, em algum lugar, infelizmente. O chapéu voou. As tirinhas do Snoopy ficaram coladas na casa leiloada, em forma de protesto contra o capitalismo, aqui viveu alguém que amou. Obrigado por todos os presentes. Alguém me roubou o livro do Vinicius, eu também gostaria que ele fosse nosso, mas, sinto que agora é impossível.
 Cariña. Carino. Carina. Ca-ri-na. Teu nome começa com o espanto. Ca. A boca termina aberta, revelando o espanto do ‘a’, acompanhado pelo grandioso meio círculo, o ‘c’. Ri. Alguém leria “ri”, do verbo rir, mas como sei que essas duas letrinhas vêm do teu nome, fica fácil. É o salto da língua, voando para encostar no céu da boca, assim como os pássaros inflam o peito antes de voar, formando o “-ri”, a segunda partícula do hexápode, siri. Assim como Lolita, no ímpeto do ‘-na’, a língua despenca e bate nos dentes, retrocedendo imediatamente, a fim de dar espaço para o som do ‘a’ e concluir o salto performático. Ca. Ri. Na. O asfalto da rua parece dourado. Eu já estava usando a pulseira qual comentei acima, estou usando um short exageradamente caído, meio largadão, os ombros curvos para a frente, denunciam uma futura falha óssea. Devo ser um terrível espetáculo no fim da vida. Meu cabelo estava curto, o seu, nos ombros. Você veste uma bela saia rosa, com rasteiras, viva a praticidade, regata branca e bolsa de couro, estendida sob o ombro esquerdo. Seus pés caminham abertos, como espelhando um arco geométrico, representando a área de possibilidades que a vida tem a oferecer. Eu, caminho com os pés retos, uma linha reta, sempre. Linha. Reta. Toda reta é uma linha, mas nem toda linha é uma reta. Queria ser mais linha e menos reta. Mais sensível e menos racional. Menos homem e mais amigo. Menos comigo e mais contigo. Entende? Pessoas caminham entre as barracas, postes acabam por separar a área delimitada que cada vendedor possui para ganhar o sustento do mês. A multidão se perde até o fim da foto. Outro casal, mais afastado de todos, caminha solitariamente na calçada, nós, selvagens, ficamos na rua, resistindo em pé onde carros desfilam o troféu emborrachado de latas, elástico, borracha e poliéster. Minha camisa é azul, triste, desbotada, puída e sem estampa. Uma senhora, sozinha, com as pernas cruzadas e olhando para baixo, reflete: “será que o ganhei no mês vai dar?”. Dói ficar sozinho. Será que ela tem alguém para dividir essas dores do cotidiano? Dessa incerteza de estar jogando a vida fora por algo que não faz tanto sentido, será que alguém há por ela? A divisão é essencial. Tenho o álbum do Adriano e do Davi, como parte do enfeite, da decoração do quarto. Engraçado, né? Uma foto, cara... Eu lembro quando vi uma foto tua pela primeira vez, foi uma alegria tão estranha. Às vezes releio umas coisas suas e fico dando risada sozinho. Outras vezes lembro de você e fico triste.
 Eis a história final, prometo.
 Pandemia. Tédio. (Serei rápido, como exige a sociedade líquida). Instalei o Tinder, grande ideia. Match. Onde mora? João Pessoa – PB. Ligação. Risada. Sensação leve. Menina negra, pele preta, dedicada, faculdade pública e bolsista. ‘Gosta de poesia?’ Que coincidência, também gosto. Ah, a aurora de róseos dedos... Hoje entendo melhor o racismo. Por algum motivo aleatório, associei você, ou nem tão aleatório assim. Havia semelhanças superficiais, mas ainda assim são semelhanças. Li em algum lugar sobre a solidão que mulheres negras, em específico, sofrem com a solidão. Eu também, ainda que branco, sou imensamente solitário. Não falo isso pelo cotejo, pela comparação. Ambas as solidões são específicas e particulares, englobadas ou não num certo espectro de avaliação. Pensei em como você deve se sentir só, por essa situação. Minha solidão não advém da cor branca, de uma mulher negra, às vezes, sim, esse é o motivo. No meu caso, nunca é. Minha solidão é diferente. Será que vocês duas compartilham essa solidão? E por algum motivo, isso foi catalisador no sentimento por mim? Não venho com a fraca tese do “palmiteirismo”, qual pessoas negras namoram brancas para amenizar o efeito racista, embora falhem, caso o objetivo realmente seja esse. Por quê? Essas coisas não são mensuráveis, pequeno ou grande, têm o mesmo impacto. Quanto ao teu sentimento, creio isso ser parcela pequena, ou do tamanho que você imaginar. Você me conheceu muito de perto. Viu que não é coisa boa, né? Enfim. Ao associar você com ela, sem compará-las, toda vez que recebia um gesto de carinho, dava o gatilho de lembrar de ti. Isso nunca me aconteceu, geralmente eu consigo sedar as memórias e seguir sem pensar no passado. Mas, você continuava insistente, e volta e meia reaparecia numa outra analogia, metáfora ou sei lá o que. Essa situação acabou por me assustar, e cortei total relação com a moça. Formosíssima. Carinhosa, uma flor tão colorida como você. As pessoas são frias. A Giovanna é fria. Minha mãe é fria. A Larissa é quente, mas é fria. O Alan é frio. Você é quente. A Aiyra é quentinha, o Zahir é brasino, fogoso. (Sabia que a cor da Lalinha se chama brasino(a)?)
 Você é uma luz. É clichê dizer isso, mas é a única conclusão possível. Aprendi em lógica que quando as premissas são verdadeiras, a conclusão será por necessidade. Não que a conclusão seja necessária, tipo, tinha que ser assim e acabou, mas ela só segue por necessidade de as premissas serem verdadeiras. Colocando tuas atitudes de premissas, verdadeiras e inegáveis, nem o tempo poderia apagá-las, a conclusão, necessariamente, é que tu és luz. Cálida. Aquilo que vem do vinho, ou de um bom banho quente. Você lembra? Do carinho de pés. Antes de dormir, e logo após acordar, lembra?
 Não precisa orar por mim pois sou um caso perdido, obrigado pela tentativa. Ao invés de orar, vou te proteger. Sem força física, sem ímpeto masculino possessivo, mas com o amor. Uma foto, um ressentimento (res é coisa, coisa de sentimento?). Ressentimento não é coisa ruim. É lição.
 Já pensou te encontrar em outra vida? Maluquice.
 Você é um dos poucos pleonasmos que existe para o ‘amor’.
 Não precisa responder,
 Lopes.
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wilson-freitas · 4 years ago
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Same town new story #urbanscene #building #architecture #southamerica #nordeste #avenidacondedaboavista #pernambuco #recife #brasil #brazil #vsco #vscocam #vscox #bnw (at Av. Conde Da Boa vista , Recife, PE) https://www.instagram.com/p/CJSKWLlrpS2/?igshid=zjt3qu3waldw
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blogeduardonino · 5 years ago
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#ForaBolsonaro Av. Conde da Boa Vista- Recife PE https://www.instagram.com/p/B95c9_enq41/?igshid=1lxt9cq66wefi
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cosmotheros · 5 years ago
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em Av. Conde Da Boa vista , Recife, PE https://www.instagram.com/p/BznswtqHptiIgGGXO7ZnIxBUKDIi24C_kHWfZc0/?igshid=zo8gdz4u990
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fcunhajr · 6 years ago
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Av. Conde da Boa Vista, Recife, Pernambuco, Nordeste, Brasil!!! . #Recife #PE #Pernambuco #NE #Nordeste #Brasil #Brazil (em Av. Conde Da Boa vista , Recife, PE) https://www.instagram.com/p/Bs8ySVwhbbM/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=i7w9q1pdlu70
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jeepeye · 6 years ago
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"No espaço a solidão é tão normal." (em Av. Conde Da Boa vista , Recife, PE) https://www.instagram.com/p/BoAZrrmh3BB/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=2o6spu7bk9cz
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pearcaico · 2 years ago
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Ponte Duarte Coelho, Demolições para o Alargamento da Avenida Conde da Boa Vista, à Esquerda a Igreja dos Ingleses a Holy Trinity Church (Igreja da Santíssima Trindade), Foi Demolida em 1946 - Rua da Aurora, Bairro da Boa Vista - Recife Em 1943
Photo Benício Whatley Dias.
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robertacirne · 3 years ago
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O MISTÉRIO DO PIRAPAMA TEXTO: ROBERTA CIRNE Na esquina da Avenida Conde da Boa Vista com a Rua do Hospício, há um prédio erguido nos meados do século XX - por volta de 1956 - chamado de Edifício Pirapama. Mas este prédio desde o começo mostrou-se ser um monstro psíquico, que exige tributos de sangue de quando em vez. Já em 1963 houve uma tentativa de assassinato inexplicável, onde o homem, não soube definir o porquê, de ter tentado atirar em Nélson lago. Ambos eram proprietários da “Paris Boutique”. Em 1981 Antônio Eugênio da Costa, diretor da Maguary, empresa de sorvetes, matou a mulher no apartamento onde ela se encontrava com o amante. Voltou ao próprio apartamento e depois dali se precipitara à morte, da janela do 10° andar. EM 1996 o estudante Elielson oliveira da silva, de 19 anos, morreu baleado na cabeça no Pirapama. Enquanto esse acidente acontecia de um lado, do outro um homem morria ao se lançar do 5° andar do mesmo. Assim sucediam os crimes, assassinatos e principalmente, suicídios. Pessoas sem motivos para fazê-lo, segundo testemunhas, se jogavam ao abismo do Pirapama. Um jovem casal se mudou... O mesmo apartamento que fora do gerente da Maguary. A princípio foram objetos mudando de lugar. Observavam que isso começava quando ambos chegavam a casa, do trabalho. Tinham trocado a fechadura, para que outras pessoas não entrassem. Então, era outra coisa. O apartamento, um kitnet composto de cozinha sala, quarto e banheiro era muito pequeno. Na parede da sala, como em toda construção antiga do Nordeste tinha um gancho de rede , e o casal curtia ficar na rede algumas vezes... Quando não estavam usando a rede, a deixavam enrolada. Do nada, um rangido de punho de rede, como se estivesse alguém se balançando. Um barulho muito grande. Ao chegarem lá, a rede estava recolhida, como deixaram. Este barulho, de rede balançando, ficou por toda a noite. E na noite seguinte, ambos ouviram panelas batendo na cozinha, da mesma forma. Ao chegarem lá, tudo organizado e silencioso. Não aguentando mais e antes que outras coisas acontecessem, o casal se mudou do imóvel assombrado. E pelo menos daquela vez, o Pirapama ficou sem o tributo, fruto de seus terrores... (em Av. Conde Da Boa vista , Recife, PE) https://www.instagram.com/p/CdEi5zCvqcJ/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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4andar · 3 years ago
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Ponto Comercial na Boa Vista Sobre o ponto comercial: - Dois pavimentos; - Varanda; - Área ampla com várias salas; - 1 Wc no térreo e 2 no Primeiro andar; - Amplo estacionamento privativo. Área Útil: 600 m² Valor: R$ 15.000 OBS: Excelente localização, próximo ao shopping, supermercados, escolas, delicatessen, galerias e centro comercial do Recife. Localização Av. Conde da Boa Vista, nº 945, Boa Vista, Recife https://www.instagram.com/p/CQguL0Erl0E/?utm_medium=tumblr
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christiantisch · 2 years ago
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Guten Morgen & Bom dia 💚 - Du kannst dir innere Ruhe und Fröhlichkeit nicht erarbeiten. Sie sind deine wahre Natur. Sie sind das, was noch bleibt, wenn Du alle deine Laster ablegst. - #christiantisch #bewusstseinsentwicklung #bewusstseinsentfaltung #spiritualität (em Av. Conde Da Boa vista , Recife, PE) https://www.instagram.com/p/CpXRnhEulg2/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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monteiro895 · 4 years ago
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7 de Setembro de 1970 - Av Conde da Boa Vista. https://www.instagram.com/p/CE16LXuh7rP/?igshid=183jc4ptxixe4
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pepejordao · 4 years ago
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Requalificação Av Conde da Boa Vista
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gospepio · 7 years ago
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#PP66 – Sobre a vida eterna e outras questões
«Sentados a uma mesa comprida, com Jesus» «Minha Nossa Senhora! E nós, que não conseguimos suportar uma pequena dor. Mas o Padre, pelo contrário! Como é possível falar do Padre? Não podemos compará-lo com ninguém. A comparação é esta: depois de Nossa Senhora e de São José, vem o Padre Pio, e basta. O Padre disse-me que eu podia crer que tudo aquilo que Jesus sofreu, também Nossa Senhora o sofreu. E que também acreditasse que São José está no céu em corpo e alma. "Padre, será que há seres diferentes nos outros planetas?" "O Senhor não terá restringido a sua glória e o seu poder criador a esta terra tão pequena!" "Padre, devido à multidão dos seres, receio que, no paraíso, eu não possa estar sempre perto de Deus." "O Senhor está presente a cada um."» «Noutra ocasião, o Padre disse-me que no paraíso é como se muitos filhos estivessem à mesa com os pais. Nenhum olha para a quantidade que o outro come, porque há alimento suficiente para todos. O filho mais pequeno será o primeiro a ficar saciado, e com menos alimentos; e, quando estiver saciado, sentirá a mesma alegria do filho grande, que comeu mais do que ele.» «Perguntei ao Padre: "Durante a noite, eu durmo, enquanto vós, porém, vos contorceis entre as dores da crucifixão; sinto remorsos ao pensar nisso." "Quem to disse? Terás porventura o dom da clarividência?" "Mas a Virgem está convosco?" "Está Ela e todo o paraíso. Mas o conforto não desce." O Padre Pio tinha dito: "Descemos da cruz, para nos estendermos sobre a ara do holocausto. Descemos do altar, para subir à cruz." Pobre Padre, nem sequer sentia forças para comer, para descer ao refeitório. O Padre Pio não era um crucificado, mas o co-redentor. Também São Francisco era um crucificado, mas não tinha sido coroado de espinhos. O Padre Pio, até escarros recebia. Certa vez, perguntei-lhe: "Padre, também vos puxam os cabelos?" Ele respondeu-me: "Minha filha, até os ossos me tentam esmagar!" Durante a noite, os diabos empurravam-no contra as paredes, apertavam-lhe os ossos, torciam-lhe os braços. De manhã as pessoas iam encontrá-lo cheio de contusões. O Padre Pio não suportava blasfémias. Dizia sempre que preferia morrer do que ouvir uma pessoa a blasfemar contra Deus. Disse-lhe eu, num dos últimos dias da sua vida. "Padre, alguns párocos dizem que, em vez do terço, basta rezar duas ou três Ave Marias." O Padre baixou a cabeça, condoído, com os olhos brilhantes, retendo a custo as lágrimas. Respondeu: "Façamos o que faziam os nossos pais! Nunca esqueçamos o que eles faziam."» «Quero fazer boa figura frente ao Senhor» «Agora toda a gente sabe quem era o Padre Pio, mas, durante a sua vida, os que estavam a seu lado eram míopes, não viam nada. Não se apercebiam da santidade do Padre. Só viam que toda a gente se prostrava diante do Padre Pio, e gritavam contra tais exageros. Mas também parecia exagerada a alguns a forma como toda a multidão circundava Jesus, à sua passagem. E, nesse caso, não era o Padre Pio, era o próprio Cristo.» «Hoje todos dizem que são filhos do Padre Pio. É como se fosse moda. Ele disse que nos assistirá, que estará presente no momento da nossa morte, que fará de advogado em nosso favor junto do Senhor Mas também disse: "Contudo, deveis comportar-vos bem. E que eu tenho a santa ambição de vos apresentar belos a Deus, dignos dele, verdadeiros filhos adotivos, em tudo semelhantes a Jesus. Se disserdes que sois meus filhos, mas não vos comportardes bem, então também serei advogado, mas de acusação."» «O Padre dizia sempre que o amor não deve deter-se em Deus, mas abranger toda a família. E uma verdadeira família, dizia o Padre Pio: Deus, Nossa Senhora, o Filho, os Santos, todos os filhos do Pai.» «Perguntei ao Padre: "Não é possível sofrer com alegria, como vós dizeis. Eu não consigo." "Devemos alegrar-nos porque a alma no fogo da tribulação se transforma em ouro fino, digno de ser utilizado no palácio do céu. Alegra-te, por isso, quando te vês carregada com a tua cruz, mesmo que esta seja pesada." Ele costumava visitar muitas vezes as almas do purgatório. Disse-me de repente, cheio de dor, enquanto me confessava: "Não te desejo que vás para o purgatório." "Porquê, Padre?" "Porque, em certos pontos, é semelhante ao inferno, ou ainda pior. Não será melhor sofrer cá na terra, envoltos no amor de Deus e no meio do sofrimento, do que no purgatório?" O Padre Pio dizia que, no purgatório, o sofrimento da criatura não lhe aumentava os méritos. E como quem está na prisão. Expia a sua pena, mas não é premiado pelo governo. Na prisão, quem te dá prêmios? Pelo contrário, quando se sofre por amor de Deus, obtêm-se muitos méritos e evita-se o purgatório. Diz Dante: "Onde a alma se purifica e, para subir ao céu, se torna digna." Está bem, mas quanto tempo perdeu, entretanto? Na Missa, o Padre Pio pedia sempre a Jesus que nos ajudasse a viver o purgatório cá na terra. "Que devo fazer para não ir para o purgatório?" "Oração, meditação e praticar a caridade para com o próximo." "Na aridez e nas tentações, ponho de parte algumas devoções. Quase não tenho vontade de nada." "Pateta! Nesse estado, deves esforçar-te por fazer o mesmo que sempre fizeste em tempo de consolações, sem pensar no gosto que não sentes. A devoção é isto: servir por puro amor. Recorre à santa leitura. Antes de ler, recomenda-te a Deus, para que Se digne falar-te ao coração e servir-te de guia." "Gosto de ler muitas vezes a Bíblia." "E continua. Lê-a, não por curiosidade, nem como estudo, mas para aprenderes a conhecer o Senhor e a amá-lo mais. E inútil que, ao lermos, façamos comparações entre os profetas e os evangelistas. Que importa isso? Leiamos, e basta." "Padre, dai-me uma palavra de consolação." (Nós queríamos sempre ser consoladas pelo Padre, precisamente por ele, que estava sempre no Getsémani!) "A consolação consiste nisto: o dever do cristão é aspirar continuamente à Pátria celeste."» Ter sempre a mala pronta «Temos de meter na cabeça que, frente à Pátria celeste, nós não somos nada. O Padre Pio tinha dito que todos os séculos, até ao fim dos tempos, equivalem apenas à duração de um raio, um instante. Então a nossa vida não passa de um sopro. Nós dizemos "eu farei, eu verei e eu serei", mas isso é absurdo. O Padre Pio disse ainda: "O dever do cristão é considerar-se sempre peregrino no exílio." É o que diz Santa Teresa, o peregrino entra numa hospedaria horrível, com a sua mala. E esta mala está sempre pronta, porque o peregrino tem de partir de repente. E a nossa hospedaria é esta, a vida que devemos seguir. Disse também o Padre: "O dever do cristão é não colocar o seu coração nas coisas deste mundo. Deve trabalhar com vista aos bens eternos." Devemos fazer isso mesmo. De outro modo, o Padre dizia que seria nosso "advogado de acusação", e não "de defesa". «Minha Nossa Senhora!» «"Padre, nas dores físicas da vossa Paixão, invocais a vossa mãe terrena, procurais o seu conforto?" "Tu és mãe, irmã e conforto." "Pedi para mim a Deus a graça de poder assistir ao vosso martírio." "E recebê-la-ás." "Se estais farto de dizei-mo." "Nunca nos fartaremos, porque o amor de Deus nunca se farta, dura para a vida eterna."» «Que raça de perguntas eu lhe fazia, pobre Padre! Por vezes eu não sabia que dizer, e então só dizia disparates. "Padre, como posso agradar a Jesus? Eu não sei sofrer as dores físicas." "A dor não é o único caminho para nos salvarmos. Se Jesus ta der, também te dará a força necessária." "Então, posso pedir a Jesus que me mude as dores físicas em dores morais?" "Não! Deixemos que seja Ele a decidir. É como se Jesus fosse um médico. Eu não posso pedir ao médico que me mude um tratamento, substituindo-o por outro." E o Padre prosseguiu: "Diz antes assim: Senhor, vira-me e revira-me a teu bel-prazer." O Padre Pio era simples neste campo. Ele era a lei da dor e a lei do amor. Disto não podemos escapar. "Não amo Jesus, pois tenho muitas tentações contra Ele." "Só o Bem é contrariado. Com efeito, Satanás nunca se mete com o Mal. Só o Bem é contrariado." "Mas o meu coração está intimamente unido a vós." "Se dizes isso, mando-te embora!" Ah, o Padre. Era simplesmente Jesus sobre a terra. Dizendo isto, fica tudo dito. Deve ser maravilhoso ir para o paraíso, pois vimos, através do Padre, como o Senhor é bom. Uma alma que entrava em êxtase, sobretudo durante a Missa: um êxtase de amor e de dor. Mas, ao mesmo tempo, a sua alma rejubilava.» A loucura de amor de um Deus «Depois de o Padre Pio ter vindo abençoar a minha casa, com o Padre Paolino, eu disse-lhe: "Meu Pai, ontem à noite senti um gozo tão grande, como Madalena em Betânia. Voltaremos a ver-nos?" "Assim o espero. Mais tarde. Deixemos que seja o Senhor a decidir." "Quero-vos tanto, em Jesus." "E quanto te quero eu...! Tu és a minha rainha." '1\h, sim. Ele queria-nos sempre bem. Disse, em certa ocasião: O meu coração é maior do que o vosso! Chamava-me rainha. Um dia estávamos com Pennelli, perto do poço. Passou por nós o Padre Pio, e Pennelli começou a dizer, na brincadeira: "Padre, esta é a princesa, este é o príncipe, este é o conde..." "E a tua tia?", perguntou o Padre Pio. "Rainha!", acrescentou ele. A partir de então, o Padre começou a chamar-me rainha. Quando eu estava em Montecatini, o Padre também me escrevia algumas cartas breves, a mim e à Tina, que estava comigo. Dizia ele: "Isto é para a rainha." No entanto, quando eu lhe disse que gostava dele e ele me respondeu chamando-me rainha, perguntei-lhe: "Padre, porque me chamais rainha?" "Porque cá em baixo servimos o Senhor, mas lá em cima reinaremos com Ele. Todos nós seremos reis e rainhas." É a loucura do amor de Deus. Cá para mim, foi uma desforra amorosa de Deus. Quando Ele viu que Satanás seduziu os nossos pais, Deus deitou-lhe as culpas a ele. Satanás rejubilava. Tinha transformado duas criaturas de Deus em dois diabos. Uma coisa terrível, passar da graça de Deus para a natureza diabólica. O Senhor olhou com misericórdia para aquelas criaturas destruídas. No entanto, o desígnio de Deus era que viesse o Filho. O Padre Pio dizia que Jesus não tinha vindo apenas para nossa salvação, mas também para dar glória a Deus na criação. Viria igualmente, sem o nosso pecado. E teria vindo também Nossa Senhora, a quem eu chamo a Quarta pessoa. De facto, Ela está tão ligada, tão imersa na auréola da Santíssima Trindade!» D. Atíllio: «O Padre Maximiliano Kolbe ensina que Jesus é a encarnação do Verbo. Nossa Senhora é a encarnação do Espírito Santo.» Cleonice: «Maria é a Mãe do amor. Não se trata do amor dos santos, mas do amor divino, no verdadeiro sentido da palavra. E como o Senhor está louco por nós! Chama-nos filhos e diz que reinaremos com Ele. Ainda antes de abrirmos a boca, já Ele conhece os nossos desejos. E satisfá-los. Somos senhores, somos reis e rainhas. Porventura Deus tratou assim os anjos? No entanto, eram merecedores de um prêmio. Uma parte, seguiu Lúcifer, mas a outra, ficou junto de Deus. Porventura Deus chama filhos aos anjos? O Padre Pio dizia que cada pessoa, ao ver um cristão, deveria dizer: "Eis Jesus Cristo!"»
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