#Ansiedade e memória
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Momentos finais de um suicida
Momentos finais de um suicida Era durante a madrugada, o silêncio pairava. Não se entendia por que Aline pensava em suicídio. Sem sinais aparentes, mergulhou em busca de uma possível solução que nunca viria. Não existe suicídio que não venha acompanhado de sinais abundantes ou fluxos enormes de conversas embutidas em metáforas e simbologias carregadas de fortes pedidos de ajuda. Não saia fazendo…
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CHERRYBLOGSS KINKTOBER
14:00 - Daddy kink x Esteban Kukuriczka
avisos: diferença de idade (20 e poucos), dilf!esteban, degradação, penetração vaginal, relacionamento proibido, oral (mulher recebe), size kink.
nota: fui meio predadora de velhos nessa. foi mal, esteban.
Para a sua amiga você tinha chegado na casa dela aquela manhã, ela não poderia nem sonhar que você passou a noite lá e com o pai dela ainda por cima. Já ocorria há alguns meses, desde que voltou para continuar a faculdade na sua cidade natal estava decidida a conquistar Esteban. Ele podia ser uns 20 anos mais velho, mas você não dava a mínima para isso e, com o tempo, percebeu que o loiro também parou de se importar. A culpa que o corroia antes agora era um ótimo combustível para ser egoísta e descontar todas as frustrações da vida em ti, ainda mais quando era uma criatura tão linda e adorável. Depois da primeira noite já podia se declarar viciado em tudo que te envolvia.
Suspira pesadamente ao trocar olhares com as íris escuras, abrindo suas pernas discretamente e sorrindo quando vê o olhar abobado se direcionar ao meio delas. Ele era tão fácil, tão afetado por tudo que você fazia. Apesar de ser mais velho, ele carecia em experiência, teve que ensinar a ele como transar de verdade e como fazer algo diferente ajudava a tornar tudo mais interessante. Esteban confessou que nem transava mais depois que a esposa o deixou há tantos anos atrás, tanto pela falta de interesse como por achar o ato monótono, mas com você ele se redescubriu, nem sabia que poderia ser viciante assim e como era capaz de sentir tanto desejo. As vezes, só de te olhar, já sentia o pau pulsar com vontade de te sujar todinha de porra.
Ele se recosta sobre a beirada da piscina, tentando focar na água gelada e acalmar o membro que latejava em tesão. Fechou os olhos para se concentrar em qualquer outra coisa, mas só via você nua na cama dele ou a imagem de vocês dois transando na frente do espelho do banheiro da sala de estar enquanto uma festa acontecia do lado de fora.
No entanto, uma memória específica preenchia a mente delirante em sintonia com a sua que não esquecia por um instante a noite inesquecível que tiveram.
Era um eufemismo dizer que te surpreendeu a mensagem do pai da sua amiga. Geralmente, Esteban era totalmente contra ter relações sexuais enquanto a filha estava em casa, não se sentia confortável e mais outros argumentos que você traduzia como ansiedade e a culpa batendo na porta. No entanto, antes de dormir foi olhar seu celular, viu que ele tinha te ligado e mandou várias mensagens de texto, pedindo que se possível poderiam se encontrar naquela noite. Você achava fofo como ele digitava tudo certinho, com pontuação e conjugando tudo corretamente sem emojis, distraída nem vê o anexo de vídeo logo abaixo do texto polido implorando pela sua presença, assim que avista, clica no arquivo e sente o rosto corar com a imagem exibida. Era uma gravação de quando você o chupou dentro do carro dele, sua garganta e lábios esticados ao redor do pau avantajado enquanto a mão dele empurrava sua cabeça em direção aos pelos loirinhos da virilha. Os sons altos de engasgo e gemidos roucos te fez cruzar as pernas com força, tentando conter o tilintar no seu pontinho só de recordar como ele encheu sua boca de porra enquanto se masturbava com a cabecinha se esfregando na sua língua e a outra mão grande te enforcando.
Ele nem precisou se esforçar muito, em menos de dez minutos chegou a residência luxuosa, andando cautelosamente para não fazer muito barulho. No momento que pisou na suíte enorme do mais velho, ele já te encurralou contra a porta, atacando seus lábios com os dele em um beijo faminto. Suas mãos foram instantaneamente para os cabelos bagunçados e gemeu quando sentiu a ereção cutucar sua coxa. Impaciente, Esteban te ergue para ficarem da mesma altura, te apoiando na madeira e com as mãos grandes e fortes.
Cada vez que se encontrava com Esteban era eletrizante, mas nesses beijos você sentia uma agressividade e euforia diferente. A forma bruta como ele devorava seus lábios e grunhia intensamente te fazia se contorcer por mais do que quer que fosse isso, queria o máximo de tudo que Kuku estivesse disposto a te dar.
Seu corpo fervia com o calor e desejo que ele transmitia, mordendo suavemente os lábios rosados quando Esteban encaixa a ereção na sua intimidade, esfregando o volume e quebrando o selar para gemer ao sentir o como a cabecinha cutucava seu clitóris.
Ansioso, Esteban te carrega até te jogar na cama com pouco cuidado, depois se desfazendo das próprias roupas com o mesmo descuido. Seus olhos percorreram o torso branquelo do mais velho, que era um charme, pois apesar de magrinho, tinha umas gordurinhas deliciosas no estômago. Mordia seus lábios só de pensar como ele era tão macio e como queria estar beijando cada partezinha da derme clara. Seus devaneios são interrompidos quando ele começa a tirar suas roupas, uma expressão rara de irritação nas feições másculas, te dando um pouco de receio ao ver como ele parecia estar direcionando isso a você. Sempre estava no controle quando que queria provocar Esteban, causando intencionalmente raiva nele para que te comesse com todo esse ódio, no entanto, nesse momento você não fazia ideia do que se tratava tudo aquilo. Mas como se estivesse lendo seus pensamentos, o loiro começa a desabafar em meio a resmungos, acariciando suas curvas com uma admiração que não cabia nas palavras raivosas.
"Você pensa que alguém sequer vai chegar perto de te foder como eu, princesa, hm? Eu já fiz essa bucetinha esguichar e você realmente pensa que qualquer moleque da sua idade sabe te dar prazer." Cada oração era intercalada com os dentes dele mordendo seu pescoço e colo. O loiro se deitava sobre você, chupando sua pele até te ouvir arfar em agonia. "Burrinha demais pra viver sem mim pelo visto."
"D-do que você tá f-falando?" Pergunta retraída e ofegante quando os lábios rosados chegam aos seus seios, sugando os biquinhos e lambendo os montes com uma fome visceral. Suas unhas fincavam nos ombros pálidos, deixando meia-luas marcadas a cada chupada que o mais velho dava nos seus peitos.
O loiro se distancia do seu busto para voltar a ficar no nível da sua face, os dedos longos se fechando ao redor da sua garganta para reforçar o aviso que os olhar obscuro transmitia.
"Do seu amiguinho que te beijou ontem, perrita, escutei a Lu te provocando sobre ele." Ele explica com um tom cansado como se estivesse falado o óbvio várias vezes.
"Eu não-"
"Não mente pra mim." Ele repreende com um olhar severo. "Eu só aviso que não vou tolerar mais nenhum acontecimento parecido, entendido?" Finaliza apertando mais o punho e vendo como você fungava para tentar respirar normalmente, só solta seu pescoço quando você assente e promete que nunca mais vai acontecer nada com outros homens.
Esteban desce a cabeça novamente pelo seu corpo, roçando o nariz avantajado pela sua pele até chegar no seu estômago aonde ele deixa selinhos molhados até chegar na sua virilha. Suas pernas se abrem mais ainda em antecipação e se apoia nos seus cotovelos para poder apreciar a visão do homem loiro com o rosto enfiado na sua intimidade.
A língua habilidosa desliza pela sua fendinha, ele geme quando prova seu gosto, lambendo avidamente para recolher o máximo que conseguia. Esteban praticamente beijava sua buceta, se lambuzando ao massagear com a boca as dobrinhas e esfregar o nariz grande no seu clitóris. Finalmente, os lábios finos se fecham ao redor do seu pontinho, sugando e desenhando formas abstratas no ritmo que você gostava, os gemidos abafados de Esteban vibravam contra a região sensível te deixando alucinada com a combinação de sensações. O loiro não tinha pudor em remexer a cabeça contra a sua bucetinha, esfregando a língua esticada por toda a extensão e sujando o rosto em meio ao processo. A barbinha queimava o interior das suas coxas, te fazendo morder os lábios para não arfar com a ardência combinada ao prazer.
Um suspiro com o nome dele escapa dos seus lábios quando ele foca em mamar seu clitóris, alternando entre lambidas e chupadas demoradas te levando cada vez mais perto do orgasmo, que chega quando o ele cospe na sua buceta e logo engole a própria saliva ao retornar a sucção rapidamente. Ele segura suas pernas abertas enquanto as ondas de prazer te atingiam, suas coxas espamando e seus dedos puxando o cabelo para longe da sua intimidade pela hipersensibilidade.
Esteban se afasta sem nem se importar em limpar o rosto melado e completamente ruborizado, em seguida dá um tapinha no seu clitóris inchado, se divertindo ao te ver estremecer com um bico emburrado. O loiro se debruça sobre você novamente, acariciando seu rosto com um carinho que te deixava mais corada do que ele te chupando, as íris escuro brilhando em um sentimento que você temia ser o mesmo que sentia por ele, mas logo o momento some, pois Esteban pressiona o comprimento avantajado contra o seu ventre, se esfregando lentinho ao sujar sua pele com pré-gozo.
Ele te beija suavemente, ronronando em meio aos selinhos molhados ao mesmo tempo que pincelava a cabeça do pau na sua buceta encharcada, suas pernas se entrelaçam ao redor da cintura fina puxando para mais perto ao passar os braços pelas costas recheadas de sardinhas em um abraço. Esteban desliza a glande para dentro, gemendo contigo ao sentir o aperto, os quadris empurrando mais do comprimento para tentar alargar. O pau grande abre o caminho com um vai e vem eletrizante, que te fazia se contorcer e se arrepiar. Esteban era comprido e grossinho, sempre te causando uma deliciosa ardência com a penetração.
"Foi tudo, gatinha." Ele sussura te dando beijinhos no colo e inspirando seu cheiro para tentar manter a calma e não te foder com força logo no primeiro instante. Poderia estar com raiva e magoado, mas não iria te machucar em prol disso, pelo menos não por agora.
Quando você relaxa, parando de se contrair tanto, o mais velho começa a se mexer, saindo e entrando acompanhado do barulho molhado e das suas peles se chocando. Seus miados dengosos iam diretamente para o ouvido dele, gemendo como o pau dele era gostoso e te fodia como ninguém. Incentivado pelas suas palavras, ele acelera o ritmo, ondulando os quadris e mantendo tão fundo que sentia o pau cutucar o seu cervix.
Apoiando as mãos ao lado da sua cabeça, ele pega mais impulso, sacudindo seu corpo e atingindo um ângulo que te fazia ver estrelas. Sua mente apagou, só conseguindo pensar no homem que te comia e como o calor dele era reconfortante, além de outra palavrinha que estava na ponta da sua língua.
"Papai, é? É só ter pau nessa bucetinha que já começa a me chamar assim, princesa?" Esteban pergunta com um sorriso arrogante, socando com mais força dentro de ti e adorando como finalmente encontrou algo que te deixava tão descontrada como a sua existência inteira o deixava.
Seus olhos se arregalam em horror por ter deixado escapar as suas fantasias, fitava o rosto do mais velho com uma expressão dividida entre êxtase e timidez, mas não consegue se conter em deixar escapar mais uma vez as sílabas, até porque uma mão grande agora apertava seu peito e brincava com o mamilo de uma forma que só te fazia ficar mais sedenta por ele.
"Papi... Papi, você me fode tão bem, hmmm." Geme agarrando os cabelos loiros e movendo a cintura para se foder contra as estocadas vigorosas.
Esteban grunhe se tornando selvagem ao segurar sua cintura para se pôr de joelhos, colocar suas pernas sobre os ombros e pegar impulso para te foder mais fundo. Um gritinho manhoso sai da sua boca com a posição diferente, se contorcendo com o prazer descontrolado que crescia na sua buceta que já formigava com a intensidade da foda. O pau saia por completo e entrava novamente te fazendo gemer alto aquela palavra.
Era como música para Esteban escutar os seus chamados, ainda mais com a sua bucetinha estreita engolindo a pica dele, mas tinham que lembrar que havia outra pessoa na casa e seria um caos se ela descobrisse o que acontecia entre vocês.
"Shhh, princesa, temos que fazer silêncio." Ele fiz em um tom suave mesmo com a respiração pesada, beijando seu tornozelo e acariciando suas pernas tensionadas.
No entanto, parece não ter adiantado de nada, porque suas súplicas só ficavam mais altas com o orgasmo iminente.
Só presta atenção quando em Esteban estapeia sua perna, te fazendo resmungar mal humorada e pulsar ao redor do membro.
"Além de ser uma puta desesperada, não sabe obedecer e ficar quieta. Quero silêncio, gatinha." Ele comando rispidamente, desacelarando e saboreando a forma que sua face se contorce em frustração e repreensão. O coração dele amolece com sua tristeza, mantendo as suas pernas nos ombros, o loiro se deita sobre você novamente, posicionando a cabeça próxima ao seu rosto para enfim escutar seus sonzinhos felizes e baixinhos, murmurando obrigada's juntos com papi, dando todo o seu carinho para ele que agora não te fodia mais, e sim, parecia fazer amor contigo.
Esteban desperta das memórias selvagens quando escuta a voz que definitivamente não era a sua, mas familiar de qualquer forma.
"Pai! Tá me ouvindo?" Sacode a cabeça ao escutar a voz irritada da filha.
"O-o que?" Ele pergunta desnorteado, olhando para ti que só ria discretamente da cara de lezado dele.
"A sua carne tá queimando!"
Quando Esteban sente o cheiro do churrasco queimado se levanta rapidamente, xingando baixinho ao ver a fumaça preta saindo da churrasqueira.
"Nem parece que ele passou a noite inteira comendo alguém, Ugh." Sua amiga reclama se sentando do seu lado.
"Vai ver foi ruim." Diz rindo ao observar como ele, mesmo em desespero para abafar a fumaça, te olhava com os olhos fulminantes. Com certeza você vai pagar por isso.
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o anseio pela mudança e o receio de que algo realmente mude.
Talvez você pense que está "apegado" a sua realidade atual e por isso não consegue manifestar sua realidade desejada. Talvez você pense que ainda há muitas obrigações para serem feitas no 3D e por isso, terá que adiar sua manifestação. Seja qual for o caso, eles não passam de suposições que você continua aceitando e são totalmente possíveis de serem "superados".
Mudanças podem ser maravilhosas e excitantes ou podem causar receio e ansiedade, como seu primeiro dia de aula em uma escola onde não conhece ninguém. Mudanças podem já ter sido feitas há dias, meses e anos, mas você pode nunca se acostumar com o que foi mudado. Você pode nunca se acostumar com a cidade grande se cresceu em uma cidade pequena onde sequer ocorria trânsito enquanto atualmente você leva horas apenas para ir ou chegar do trabalho. Mudanças também podem ser feitas sem sua vontade, onde de uma hora pra outra você é transferido de escola, ou de emprego, ou de cidade ou no caso de vínculos, uma amizade se acaba, um relacionamento termina e um divórcio é feito quando se imaginava passar o resto de sua vida ao lado da pessoa que amava.
Mudanças de crenças também ocorrem. Você pode crescer na igreja mas não se sentir mais representado por ela. Você pode crescer ouvindo os maiores absurdos da sua família, mas então encontra alguém que diz absolutamente o contrário e te faz enxergar que você nunca foi burro/a, imprestável, estúpido/a, estranho/a ou um desperdício de oxigênio. Você pode crescer acreditando que precisa se esforçar ao máximo para conseguir o mínimo necessário para sua sobrevivência, mas nesse caminho, você descobre a Lei da Suposição e o que uma vez parecia tão impossível de ser feito, se torna uma esperança de uma vida melhor para você e para todos aqueles que amam. Mas, e se você não conseguir aceitar isso? E se você continuar pensando em tudo o que tem agora e que será mudado? Ainda que seja para o melhor, como se desapegar e entender que o fato da mudança ocorrer, não altera a existência dela em sua memória a menos que assim deseje?
A vida é feita de mudanças, mas talvez você ainda tenha saudades da comida que seus pais faziam e que agora se tornaram comidas de fast food já que você mora sozinho/a e não tem tempo para cozinhar. Talvez você sinta falta das suas amizades da infância que agora se separaram e sequer sabe aonde estão. Talvez você sinta saudades daquela loja ou restaurante que gostava tanto, mas que fechou pela falta de clientes. Por mais que sua situação atual esteja totalmente desagradável, você ainda sente "saudades" ou "apego" a esta pois é nela que você está há tempos e não sabe como viverá uma vez que tudo melhorar. Além disso, você ainda tem provas para fazer; metas para bater; contas para pagar... como deixar de pensar nessas coisas e focar apenas naquelas que você quer e não que precisam ser feitas? Como "deixar" as obrigações de lado e se deleitar na paz que seus desejos transmitem?
As obrigações do hoje ou do amanhã sempre estarão presentes na sua vida. Os pais sempre serão responsáveis por seus filhos e seus filhos, uma vez que crescerem, serão responsáveis por suas próprias escolhas e suas próprias vidas. E, por mais que a responsabilidade seja assustadora, entenda-a como seu direito e liberdade para escolher como deseja viver sua jornada por este planeta. Então, se as responsabilidades sempre existirão, por que não escolher as responsabilidades que você deseja ter? Por que, ao invés de se preocupar com quais contas pagar, escolher se preocupar em quais lugares visitará pois em todos os finais de meses sempre há dinheiro disponível para você? Por que, ao invés de se sentir triste pois está mais um final de semana em casa assistindo a filmes sozinho/a, escolher ter amigos que possam te acompanhar aonde quer que vá? Por que, ao invés de se preocupar com qualquer motivo que seja, escolher finais felizes para qualquer acontecimento ou momento que venha a acontecer na sua vida? Se você precisa ir para a escola mesmo quando está chovendo ou doente; ou ir para o trabalho mesmo quando teve uma crise de ansiedade no dia anterior pois precisa do dinheiro para pagar as contas, então, o que te impede de continuar afirmando pelo melhor mesmo que o pior esteja bem na sua frente? Se as responsabilidades sempre existirão, então por que não escolher quais tipos você terá? Serão as mais difíceis? As mais desagradáveis e desgastantes? Ou serão aquelas que farão seus filhos felizes? Seus pais felizes? VOCÊ feliz? Eu sei que grande parte das pessoas enxerga a LDS como uma forma de oferecer a família uma nova história, um novo começo. Isso está errado? Absolutamente não. Do mesmo modo que você trabalha para ajudar seus pais ou estuda para um futuro melhor, veja a LDS como uma motivação que pode te ajudar a dar a volta por cima com apenas o uso das suas palavras. É claro que nem sempre estamos motivados, mas como já foi citado, você continua cumprindo com suas obrigações mesmo quando não deseja por isso, certo? Então, continue e não pare ou desista pois ainda há coisas para serem feitas no físico. Elas sempre existirão, mas agora, você sabe que pode escolher o que quer ou não fazer.
Assim como as responsabilidades, a "saudade" e a "nostalgia" sempre estarão presentes na sua vida. Seja a saudade de pessoas, de viagens, de amores, de lugares... a saudade e a nostalgia são a prova de que você viveu algo, mas não precisam ser o ponto final de qualquer acontecimento que seja. Você mudar de casa não te impede de ainda passar por ela quando desejar. Você mudar de escola não te impede de ainda reencontrar com seus antigos amigos. Você mudar de emprego não te impede de se encontrar com seus antigos colegas de trabalho. Você mudar de país não te impede de voltar a seu país de origem e visitar seus familiares. Se você observar por outro lado, essas mudanças apenas significam que você tem mais histórias para contar, mais fotos para mostrar e mais curiosidades para compartilhar seja com seus amigos ou família.
O quão divertido é viajar o mundo e presenciar e apreciar suas mais diversas culturas e paisagens? O quão reconfortante é saber que você é seu próprio chefe e não precisa mais sofrer descaso no trabalho e "engolir" todas as coisas desagradáveis que dizem para você pois sua família depende desse emprego? O quão gratificante é saber que você nunca mais precisará dizer "na volta a gente compra" para seus filhos pois você sempre tem mais dinheiro do que consegue contar no banco? O quão agradável é receber elogios o tempo todo pois você é o ser mais belo que já andou nesse planeta ao invés de ouvir insultos por conta da sua aparência?
O fato de se sentir apegado a sua vida atual ou responsabilidades, jamais significará que esse é um fato concreto e que jamais será mudado. Você não veio ao mundo para sofrer, descobrir a Lei e continuar sofrendo. Ninguém veio ao mundo para sofrer, mas nem todos têm a sorte de descobrir e praticar conscientemente a Lei da Suposição. Esta sempre existirá, então por que não fazer com que ela trabalhe a seu favor? Por que não assumir que nada te impede de viver sua vida desejada? Independentemente das circunstâncias, dos inúmeros "não" que você já recebeu, dos inúmeros insultos que você já sofreu, das inúmeras responsabilidades que você tem "para ontem", NADA te impede e nada JAMAIS te impedirá de ser o criador da sua realidade e de viver a vida mais bela que você possa imaginar. Seus sonhos são apenas lembranças daquilo o que sempre foi seu e sempre será.
Tenha saudades, tenha apego, mas lembre-se que seus desejos estão com saudades de você também e mal podem esperar para que se reencontrem no físico, pois seu primeiro encontro aconteceu no exato momento em que você os desejou. Seus desejos sempre foram seus. Eles apenas existem por você e para você, então, se você já teve a mínima vontade de mudança, você já está pronto pra ela. Você sempre esteve e sempre estará pronto pra ela. Jamais ouse pensar o contrário.
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Unethical
Olá estrelinhas, como estão?
Essa é a parte um de devaneios que tive enquanto estava em uma consulta médica 😭 então aguardem uma parte dois com mais surtos (e olha que o médico não se parecia nem um pouquinho com o Enzo.
Espero que gostem querides 🩵
♡
Consultórios nunca me trouxeram boas memórias. Salas brancas inundadas pelo cheiro forte de produtos de limpeza que chegam a dar dor de cabeça, recepcionistas que fingem simpatia enquanto te servem um café amargo e detrás da porta sempre um doutor egocêntrico que te obriga a fazer baterias de exames, apenas para você voltar lá e ele dizer que o que tem não é nada, saindo com os bolsos cheios de grana para comprar uma ferrari nova.
Tá bom, talvez eu tenha exagerado um pouco, mas desde quando assumi os cuidados da minha avó que havia sido diagnosticada com arritmia cardíaca, boa parte das minhas semanas eram dedicadas a acompanhá-la em exames, consultas e tratamentos sem nenhum sucesso.
O doutor Caruso era o responsável pelo caso da minha avó, no começo ele prometeu tratamentos revolucionários que trariam a cura dela em pouquíssimo tempo, mas com o passar do tempo ele veio exigindo mais consultas totalmente desnecessárias, algumas onde ele nem sequer aferia os batimentos cardíacos nela, mandava ela continuar tomando os remédios e nos dispensava, enquanto eu deixava meu dinheiro suado do trabalho na recepção da clínica.
“Olha, eu sei que eu não deveria fazer isso, mas uma amiga que trabalha em outra clínica me falou que o médico cardiologista de lá é maravilhoso, é super atencioso e também soube que os tratamentos dele são bem eficientes, diferente do doutorzinho aqui” Fabíola, a recepcionista do consultório do Dr. Caruso que me disse isso, ainda entregando um cartão com o telefone da clínica dele.
“Obrigada Fabi, você não sabe o quanto isso pode nos ajudar!” peguei o cartão de contato após pegar por mais uma consulta sem resultados, esperançosa de nunca ter que voltar lá de novo.
‘Dr. Enzo Vogrincic’ especializado em cardiologia e eletrofisiologia, era o que dizia no cartão abaixo de uma logo minimalista e o telefone para contato. Marquei uma consulta no mesmo dia, era cara de qualquer forma porém não tanto quanto as do Dr. cretino, e seria minha última esperança com aquele tratamento tão prolongado que minha vó estava passando.
A clínica do Dr. Vogrincic era totalmente diferente das outras que eu e minha avó já frequentamos, as luzes amareladas davam um ar mais calmo e o cheiro de limpeza entrava em nossos narizes mais suave em todo o ambiente acolhedor.
Meu coração sempre acelera nessas horas, fico tonta e minhas pernas tremem de ansiedade pelo medo do que vou ouvir, aprendi a não esperar mais por boas notícias e a preparar meu psicológico e meu bolso para qual novo tratamento a vovó teria que passar.
Após poucos minutos de espera a porta do consultório se abre, revelando o doutor que até o momento eu não sabia como parecia. Alto, moreno, cabelo castanho penteado para trás e vestido de roupas sociais e um jaleco absurdamente branco, seria muito antiético desejar o médico que cuidará do tratamento da sua avó?.
“Próximo? Podem entrar, por favor”
Ajudei minha vó a se levantar e entramos na sala do doutor. Sei interior seguia a mesma paleta e iluminação da sala de espera, tons de nudes e vinho na mobília e nas paredes, sendo essas também decoradas com quadros de diplomas e fotos do doutor em sua formatura e com sua família, e talvez eu tenha suspirado um pouco aliviada por não ver nenhuma foto com uma talvez esposa.
“Você deve ser a Sra. Rosa Maria” Ele estende o braço para um aperto de mão, bem recebido pela vovó que a aperta com um sorriso no rosto “e você é?” e agora é a minha vez de apertar sua mão, era tão grande que chegava a quase cobrir a minha, mas quente e macia.
“Sou a neta dela y/n” Não sorrio, mesmo estando em um leve estado de paixonite pelo médico que acabei de conhecer, meu nervosíssimo por consultas médicas ainda estava de pé. Ele se senta em sua cadeira enquanto eu e vovó nos sentamos a sua frente.
“Bem, soube que a senhora está com problemas de arritmia cardíaca, certo? Pode me explicar o que aconteceu e quais exames já fez?”
Porra, que voz gostosa de ouvir
A vovó contou com alguns detalhes sobre desde o início das dores no peito até seu diagnóstico e as consultas e tratamentos mal sucedidos com o médico passado, o que fez o Dr. Vogrincic quase revirar os olhos ao ouvir o nome dele.
“Dr. Caruso? Bem, perdão pelo que vou falar agora mas ele é o médico mais desqualificado da união dos cardiologistas, não só em questões acadêmicas mas em questões éticas também, olha Sra. Rosa sinto muito em lhes informar mas todos os tratamentos que ele te submeteu são totalmente evasivos e desnecessários para o seu caso”
A informação salta sobre em mim como um raio atingindo minha cabeça, me seguro ao máximo para não ficar tonta enquanto minhas lágrimas lutam para não sair dos meus olhos. Então todo o tempo e dinheiro gastos não adiantaram de nada? Todas as promessas de cura, eram vagas?
Mesmo me esforçando para me manter sã durante a consulta, minha mente vagava por turbilhões de pensamentos, a voz do doutor parecia vaga e distante, até eu ouvir uma voz que sempre me acalmava.
“Filha? O exame” Vovó me chamou, me fazendo voltar a realidade e pegar os outros exames que ainda deviam ser apresentados.
Dr. Vogrincic os observava com um silêncio calmo, parei para perceber o quão atraente ele era, unia as sobrancelhas e mordia o lábio inferior levemente quando queria prestar mais atenção, a mão esquerda segurava o papel enquanto a direita balançava uma caneta entre os dedos, nenhuma delas portava um anel sequer.
“Boas notícias, Sra. Rosa, seu caso não é nem um pouco grave como achavam que era, mas é delicado, então devemos iniciar um tratamento novo bem mais tranquilo, vocês só precisam voltar aqui uma vez por semana” Respiro aliviada enquanto o médico gato escrevia os remédios que a vovó deveria tomar. “Prontinho, a senhora vai tomar todos os remédios como eu falei e y/n, não esqueça de aferir a pressão dela todos os dias e ir anotando pra passar pra mim, certo?”
Ele levanta de sua cadeira levando eu e minha vó a fazer o mesmo e nos acompanha até a porta “Foi um prazer ver vocês, até próxima semana” Dr. Vogrincic se despede com um sorriso. “Espera, y/n” Encostado na porta da sala, o médico me chama, tocando levemente meu antebraço, “esse é meu contato pessoal, pode me ligar, sabe, em caso de alguma emergência com a Dona Rosa” sua voz sai baixinho, quase como um sussurro.
Em casa durante o jantar, sou tirada dos meus devaneios sobre o doutor gato quando vovó puxa assunto, mas adivinha? O assunto era sobre o doutor gato.
“O que achou de hoje, filha? O doutor é bonito né? Educado, inteligente, ele parece solteiro, por que você não dá encima dele?”
Quase cuspo meu suco, espera, o que??
“Vó? O que é isso?”
“Oh minha filha vai ficar se fazendo de santinha agora? Eu vi como você olhou pra ele querida, e vai por mim, que eu acho que ele também gostou de você”
Sorrio, tentando não me iludir com as palavras dela.
“Eu posso apostar que ele só estava sendo simpático”
“Simpático? Minha querida ele sorriu pra você sem perceber enquanto você falava que eu estava tendo falta de ar, os olhos deles direto na sua boca, se isso não é estar interessado em alguém meus mais de cinquenta anos de vida amorosa não serviriam de nada”
Vovó sai da cozinha, me deixando sozinha com os pensamentos pairando sobre minha mente. Seria muito antiético da minha parte se eu tentasse? Seria mais antiético da parte dele se relacionar com a acompanhante de uma paciente.
Não, melhor não, que bobeira minha pensar que isso seria sequer uma possibilidade.
Mas eu tenho o telefone dele, né? Não custa nada mandar uma mensagem.
Não, ele é o médico da sua avó, não faz o mínimo sentido.
É vovó, não vai ser dessa vez…
parte 2!!
#lsdln cast#la sociedad de la nieve#imagine#enzo vogrincic#lsdln imagine#lsdln#crarinhaws#enzo vogrincic imagine#quero um enzo na minha cama#enzo vogrincic smut#enzo vogrincic x reader#lsdln smut#oneshot
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Shifting motivation!!
Oi genteee, eu resolvi fazer esse compilado de lições e motivações de shifting, espero que vocês gostem
1. Tire sua dr do pedestal
Pare de tratar o shifting como difícil, pare de colocar sua dr em um pedestal. Por mais que incrível que ela pareça, sua dr não é inalcançavel, colocar o shifting como um grande desafio só te faz sentir distante da sua dr. O primeiro passo é tratar sua dr como algo simples, não diga que vai "tentar", diga que você VAI.
2. Você não precisa de nada
Muitas pessoas desistem do shifting por não se acharem suficientes, não entendem porque fulano foi para a dr com tal método, mas não conseguem, mas a verdade é, você nem sequer PRECISA de um método. O método é o que a palavra mesma diz, apenas uma maneira, um modo de você ir, mas você não precisa seguir métodos, claro, depende do que VOCÊ se sente confortável fazendo. Não tem regras no shifting, vai variar de pessoa para pessoa.
"Eu tento há 3 anos e não consigo, acho que estou fazendo algo errado"
Você não está fazendo nada errado. Algumas pessoas shiftam com facilidade, sim, mas não é porque você não é como essas pessoas que você está fazendo algo errado.
O que quero dizer é que você VAI conseguir, leve o tempo que for
3. Apenas respire
O último tópico e para mim o mais importante. O shifting não pode ser cansativo para você, se você está "tentando" demais, e estiver se sentindo frustrado e cansado, às vezes é bom dar uma pausa, não necessariamente se afastar do shifting, mas parar de tentar incansavelmente buscando "resultados". Você já está na sua dr. Muitas pessoas relatam que só alcançaram suas drs depois de parar de tentar tanto. Não digo que você deve parar de tentar, mas talvez tentar levar o shifting de maneira leve, como um hobbie, uma jornada. Se precisar, dê uma pausa de fazer métodos toda noite, todo dia, tenha calma. Às vezes só precisamos respirar um pouco
Motivos para shiftar
- Imagine todas aquelas pessoas que você espera encontrar em sua dr, seja um personagem, um ídolo, um s/o e etc. Imagine encontrar com essa(s) pessoa(s) pela primeira vez, o primeiro olhar, o primeiro abraço. Imagine todos os momentos que você viverá com essa pessoa, as memórias..
- Imagine acordar com uma vontade, pode ser vontade de comer uma comida, ir para algum lugar, qualquer coisa, imagine sempre realizar esses desejos, bobos ou não, sempre ter tudo que você quer
- Imagine não ter problemas graves, sem ansiedade, sem tantos sentimentos ruins. Imagine ser feliz
- Imagine ser bonita(o), carismática(o), talentosa(o), ser a protagonista, ser quem você sempre quis ser
- Imagine testar adicionais, viver cenários, imagine que sensação de finalmente estar lá, finalmente shiftar, imagine a sua felicidade
O que fazer quando estiver sem motivação?
- Kpop dr: Assista programas de variedades de grupos de kpop, escute suas músicas. Se for para um grupo já existente, consuma conteúdo daquele grupo
- Fame dr: Assista programas, ouça suas músicas, imagine edits
- Dr de alguma série/filme: Assista essa série/filme, veja edits
Resumindo: Consuma conteúdo relacionado à essa dr!!
Foi isso, espero que tenha ficado boa. Se tiver algum erro podem me informar, estou aberta à críticas!! Bjos💗
#Spotify#desired reality#shifting blog#shifting community#reality shifting#shifting#loa#shifting motivation
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⌗ㆍノSTORMY NIGHT ❛𖹭⛈❛
(PT-BR)
𖹭 nota: eu sou defensora da tese "se ex fosse bom, não era ex", mas como se trata do enzo, eu estou aberta a diálogos e debates.
𖹭 sinopse: ter fobia de trovões pode soar bobo quando estamos falando de uma mulher adulta, mas seu ex namorado nunca invalidou sua fobia, e a prova disso foi aparecer na porta do seu apartamento numa noite de tempestade para te colocar para dormir.
𖹭 avisos: palavras de baixo calão, dirty talk, sexo explícito, sexo bruto, sexo sem camisinha (usem plmds), oral (fem!receiving), creampie, enzo x fem!reader.
𝐇𝐀𝐕𝐈𝐀 𝐂𝐇𝐄𝐆𝐀𝐃𝐎 ao apartamento exausta, cada músculo do corpo implorando por descanso após um plantão de quase 30 horas no hospital — ser enfermeira às vezes era mais difícil do que parecia. Ao abrir a porta, foi recebida pelo silêncio reconfortante de seu lar. Mas a previsão do tempo ainda estava bem clara em seus pensamentos: a noite seria tempestuosa.
Largou a bolsa no chão, sentindo as pernas trêmulas de cansaço e ansiedade. Suas mãos suavam, e o coração começou a bater mais rápido ao pensar nos trovões que estavam por vir. A fobia que tentava manter sob controle agora ameaçava dominá-la.
Você respirou fundo, tentando se acalmar. A ideia de enfrentar uma tempestade sozinha, no escuro da noite, parecia insuportável. A sensação de vulnerabilidade crescia, e você se dirigiu automaticamente para o pequeno armário onde guardava os remédios para ansiedade. Pegou um comprimido e engoliu com água, esperando que ajudasse a acalmar seus nervos.
Sentou-se no sofá, abraçando uma almofada como se fosse um escudo contra o medo lascívo. O primeiro som distante de um trovão fez seus ombros se encolherem, e apertou os olhos, tentando afastar a imagem dos relâmpagos iluminando o céu, mesmo que fosse completamente visível pela grande janela do apartamento, que estava sem persianas.
O cansaço e o medo se misturavam, deixando-a à beira das lágrimas. Sabia que precisava descansar, mas a ansiedade não a deixava relaxar. Pegou seu telefone, pensando em ligar para alguém, mas desistiu.
Não queria incomodar ninguém com seus medos.
Decidiu então tomar um banho quente, na esperança de que a água ajudasse a aliviar. Enquanto a água escorria sobre seu corpo, o som dos trovões ficava mais alto, reverberando pelo apartamento. Cada estrondo fazia seu coração pular, e se segurava nos azulejos, tentando manter o controle.
A chuva ainda não caía, mas sabia que seria potente quando viesse. O problema não eram as lágrimas da natureza que molhavam a Terra, e sim as lamúrias que vinham acompanhadas de suas lágrimas — os terríveis trovões.
Saiu do banho e vestiu um pijama confortável, um babydoll de seda rosa claro, além de passar seu hidratante corporal, tentando se distrair com o aroma.
Pensava em como poderia se distrair para pegar no sono naquela noite tempestuosa. Talvez um chá quente, um livro ou um filme reconfortante. No entanto, antes que pudesse decidir, seu celular tocou, o som penetrando o silêncio tenso do ambiente. Pegou o celular e seu coração deu um salto quando viu o nome na tela: Enzo. Fazia seis meses desde que haviam terminado, seis meses de silêncio doloroso.
Atendeu hesitante.
— Alô…? — a voz estava meio trêmula.
— Você está bem? — veio a voz dele, um tanto fria, mas carregada de uma preocupação disfarçada.
Ficou em choque. As emoções que pensava ter enterrado vieram à tona com uma intensidade esmagadora. A voz de Enzo trouxe de volta memórias de tempos melhores, e a preocupação dele por você, mesmo após tanto tempo, a comoveu profundamente.
— Enzo... eu estou... está difícil — respondeu, a vulnerabilidade escorrendo por suas palavras. — A tempestade... você sabe como eu fico.
Ele suspirou do outro lado da linha, e pôde imaginar a expressão séria em seu rosto.
— Eu sei. Foi por isso que liguei. Queria saber se você estava bem.
O som dos trovões parecia mais distante com a voz dele preenchendo o vazio em seu peito. Mas então, de repente, a ligação foi interrompida, e o silêncio no telefone era ensurdecedor.
— Enzo? Você está aí? — chamou, mas não houve resposta.
O pânico começou a subir novamente, misturado com a frustração da interrupção repentina. Você olhou para o telefone, tentando decidir se deveria ligar de volta ou esperar.
Minutos se passaram, e se sentia ainda mais perdida. A chuva continuava a cair, e os trovões ecoavam ao longe. O som do interfone quebrou seus pensamentos. Confusa, você atendeu.
— Senhora S/N, o senhor Enzo está aqui embaixo. Ele pediu para subir. Posso deixá-lo ir? — a voz do porteiro soou clara e inesperada.
Você ficou paralisada por um momento, tentando processar o que acabara de ouvir. Enzo? Aqui? Como isso era possível? Por qual razão?
— S-Sim! C-Claro! Pode deixar ele subir! — respondeu, ainda atordoada.
Colocou o interfone no gancho e esperou, sentindo a ansiedade aumentar a cada segundo. Você morava no sétimo andar, então ele demoraria um pouco no elevador.
A campainha do seu apartamento tocou, e você rapidamente foi atender a porta. Lá estava seu ex — e que belíssimo ex —, usando uma jaqueta de tonalidade caramelo, com algumas gotas de chuva e os cabelos escuros e sedosos na mesma situação; um pouco molhados.
— Enzo… — sussurrou, com a voz embargada de emoção.
— Eu não podia simplesmente ouvir sua voz e não fazer nada… — ele avançou, com alguns passos para dentro do apartamento.
Fazia tanto tempo que não tinha uma tempestade no Uruguai? Provavelmente, sim.
Você sentiu as lágrimas escorrerem por sua face suavemente, mas não era só o medo ou a tristeza, também a alegria de vê-lo. Sem pensar, correu para ele, abraçando-o forte. O toque dele era quente e reconfortante, dissipando um pouco do frio que a tempestade havia trazido.
— Eu não sabia se você viria — disse, com a voz abafada contra o peito dele.
— Eu sempre virei, nena. Sempre que você precisar — ele respondeu, segurando-a firme.
Enzo fechou a porta suavemente atrás de si. A presença dele transformou o ambiente, trazendo um conforto e uma segurança que você não sentia há meses. O uruguaio tirou a jaqueta molhada da chuva e a colocou cuidadosamente sobre uma cadeira na cozinha.
— Eu vim aqui para ajudar você a dormir — ele disse suavemente, com seus olhos encontrando os dele com uma firmeza carinhosa. — Sei que você sempre pega os plantões de segunda, e deve estar exausta. Mas a tempestade não vai deixar você descansar, por mais cansada que esteja.
Sentiu um nó na garganta, emocionada pela consideração dele, então apenas assentiu, sentindo um alívio e uma gratidão profundos. Enzo estendeu a mão, pegando a sua gentilmente.
— Vamos para o quarto — ele sugeriu.
No quarto, a luz suave da luminária de cabeceira lançava um brilho acolhedor sobre os lençóis. O mais velho se deitou na cama, fazendo um gesto para que você se juntasse a ele. Com um suspiro aliviado, se acomodou ao lado dele, deixando-se ser puxada para o peito dele. Ele a abraçou firmemente, mas com uma gentileza infinita.
Com uma das mãos, começou a fazer cafuné em seus cabelos, seus dedos deslizando pelos fios macios. O toque era reconfortante, e você nunca iria negar que sentiu uma saudade absurda disso, pois ele era uma das poucas pessoas que você se sentia extremamente confortável para se entregar em diversas ocasiões. Você fechou os olhos, sentindo o perfume amadeirado de Enzo envolvê-la, um aroma familiar que a fez se sentir segura e amada.
Puta merda, como tinha sentido saudade disso.
— Você precisa descansar. Eu vou estar aqui quando acordar.
A voz dele nunca soou tão tranquilizadora como havia soado agora.
O som da chuva continuava a cair lá fora, mas ao lado de Enzo, o medo que antes a consumia começou a desaparecer. Cada batida do coração dele, forte e constante contra seus ouvidos, era como uma melodia calmante que a deixava extremamente tranquila.
A tensão em seus músculos começou a se dissipar, e o cansaço finalmente a dominou. Sentindo o calor do corpo dele e a suavidade de suas carícias, conseguiu se render ao sono. Pela primeira vez em muito tempo, adormeceu com um sorriso suave nos lábios — sabendo que estava segura nos braços de alguém que provavelmente ainda a amava profundamente.
Naquela noite você finalmente encontrou a paz que tanto almejava.
[...]
Acordou na manhã seguinte, os primeiros raios de luz cinzenta entrando pelas frestas das cortinas. A chuva ainda caía suavemente lá fora, com o som rítmico criando uma sensação de paz. O dia estava frio e melancólico, mas nada comparado à tempestade da noite anterior. Então você se espreguiçou, sentindo os músculos relaxados, e percebeu que a cama estava vazia ao seu lado.
Por um momento, pensou que tudo não passara de um sonho. A presença reconfortante de Enzo, o cafuné em seus cabelos, tudo parecia tão distante e irreal. Mas foi aí que o cheiro de café fresco chegou até suas narinas, nítido e tentador. Curiosa e com uma pontada de esperança, se levantou, seguindo o aroma.
Ao entrar na cozinha, encontrou Enzo de costas em frente ao balcão, servindo café em duas xícaras de porcelana azuis que você tanto amava. Os cabelos castanhos ainda estavam meio bagunçados, entretanto continuavam sendo uma graça.
— Bom dia — ele disse ao ouvir seus passos, e te ouvir bocejar, virando-se para olhar para seu rosto com um sorriso caloroso. — Você dormiu bem?
Sorriu de volta, sentindo um calor confortável se espalhar pelo peito.
— Muito bem, graças a você — respondeu, aproximando-se e pegando uma das xícaras que ele oferecia.
O mais velho inclinou-se e acariciou suavemente seus cabelos, no topo de sua cabeça. Aquilo sempre foi um gesto fofo vindo do uruguaio.
— Eu sabia que precisava de um descanso. Achei que um bom café ajudaria a começar o dia melhor.
Se sentaram à mesa da cozinha, e o vapor do café subiu entre eles. Olhou para Vogrincic, ainda surpresa por ele estar ali, mas sentindo-se cada vez mais à vontade, afinal de contas podia ser seu ex namorado, mas ele não era qualquer homem.
Estavam lado a lado.
— Obrigada por vir ontem — confessou, sinceramente. — Não sei o que teria feito sem você.
Ele deu de ombros, um sorriso brincando em seus lábios.
— Eu sabia que precisava estar aqui. E, honestamente, eu também precisava ver você.
Foi então que percebeu um detalhe enquanto observava ele à mesa: a camisa que ele usava não era a mesma da noite anterior. Era uma camisa antiga, que ele havia deixado para trás após o término, e que você guardava com carinho entre suas coisas.
A visão dele com aquela peça de roupa específica fez seu coração bater mais rápido.
— Essa camisa... — deu o seu melhor para comentar isso no tom mais casual possível.
O moreno olhou para baixo, como se só então percebesse o que estava vestindo.
— Ah, eu... espero que não seja um incômodo. Eu a vi estendida no banheiro e pensei que poderia usar, já que a minha estava encharcada.
Sorriu, sentindo uma ternura inesperada.
— Não é incômodo nenhum, fica bem em você. Afinal de contas, é sua.
Deu um gole do café.
— Você estava usando, não estava?
— Como sabe? — riu baixinho.
— Seu perfume é inconfundível, e ela está extremamente cheirosa.
Ele sorriu de volta, e por um momento, o silêncio foi preenchido apenas pelo som suave da chuva.
— É incrível como você se lembra de coisas tão específicas, sabia? — você mencionou. — Desde o meu perfume, até a forma como eu gosto do meu café.
— Hm — ele deu um gole do conteúdo quente da xícara de porcelana — Por falar em café, você acredita que depois de seis meses, eu ainda não consegui encontrar uma cafeteria que faça um café tão bom quanto o seu? — ele disse, com um tom de exagero cômico.
Você riu, sentindo qualquer mínimo resquício de tensão se desfazer completamente.
— Sério? Eu achava que você só dizia isso para me fazer sentir especial.
— Não, é sério! — ele insistiu, com os olhos castanhos brilhando com diversão. — Um dia, fui a uma cafeteria tão chique que até o cardápio tinha descrições poéticas. Mas o café era tão amargo que eu quase devolvi.
Vogrincic não era lá um grande entusiasta de café, ele nunca foi muito chegado a essa bebida. Mas ele poderia tomar litros e mais litros do seu café sem se enjoar.
Isso te fez rir alto, balançando a cabeça.
— Ah, Enzo, você sempre sabe como me fazer rir.
Um sorriso indiscreto surgiu nos lábios de seu ex namorado.
— É um dos meus talentos secretos. Além disso, alguém precisa manter seu humor em dia.
Concordou com a cabeça, dando razão à essa fala dele, e deu um gole de café, sentindo a bebida quente aquecer seu corpo e sua alma. A chuva que caía lá fora e deslizava pelos vidros era uma mera adição à esse cenário tão casual — cenário esse que jamais imaginou que fosse se encontrar novamente, principalmente com ele — agora só faltavam blues sensuais tocando ao fundo para relembrar os velhos tempos.
— Eu senti falta disso — confessou, olhando para a xícara em suas mãos. — Dessas manhãs tranquilas, só nós dois.
Enzo assentiu, com o olhar compreensivo.
— Eu também senti falta disso, sabia? Talvez a gente possa ter mais manhãs assim.
Seu coração bateu mais forte com essa possibilidade, mas você apenas sorriu, aproveitando o momento presente.
— Por que a gente terminou mesmo? — você tentou se lembrar.
— Sabe que nem eu sei? — ele rebateu com outra resposta. — Não sei onde eu tava com a cabeça quando aceitei terminar com você.
— E por que aceitou?
Ele desviou o olhar por alguns instantes e a cabeça pendeu para trás enquanto ele suspirava pesadamente e processava uma boa resposta para isso.
— Talvez insegurança — devia ser dolorido para ele admitir algo assim. — Eu não conseguia aceitar muito bem a ideia de que eu consegui conquistar você. Uma mulher tão foda assim, com um cara como eu?
— Por favor, não fala assim — segurou a mão dele em cima da mesa de madeira envernizada. — Eu sempre odiei quando você se rebaixava para me elogiar.
— Prometo fazer o meu melhor para não fazer mais isso, corázon — ele pegou sua mão e levou até o próprio rosto, mais especificamente até os próprios lábios, onde ele depositou um beijo demorado e terno em sua pele. — Eu senti tanto a sua falta…
Os beijos do latino iam seguindo uma trilha sutil por sua pele, indo desde o ponto que ele havia beijado inicialmente até chegar em seu antebraço. Um calor estranho percorreu seu corpo, seguindo por sua espinha até parar no meio de suas pernas. Não reprimiu um som abafado que saiu de seus lábios com essas carícias.
Os lábios dele ardiam em sua pele — do melhor jeito possível, como se cada selar fizesse que flores desabrochassem no exato centímetro que ele havia depositado essa carícia tão íntima.
— Amorcito… — chamou-o timidamente.
Sabia o efeito que esse apelido causaria nele, e fez de propósito. Um som baixo como um rosnado entre os dentes foi ouvido.
— Ah, mi amor… — ele disse, com os dentes mordiscando levemente. — Não consigo manter a compostura quando você me chama assim.
— Achei que estávamos conversando para podermos nos entender e chegarmos num consenso sobre a nossa relação a partir de hoje.
Você citou, deixando uma risadinha escapar. Uma risada que era um misto de tesão e ansiedade.
— Depois que eu te fizer gozar pra mim… — ele tinha um tom cafajeste extremamente envolvente entranhado em seu espanhol. — Te garantizo que tus pensamientos serán muy claros…
Sem perder mais tempo, aceitou aquele convite inesperado naquela manhã chuvosa e beijou-o como não beijava há meses. Sentia saudade daqueles lábios sensuais, daquele hálito quente com sabor de hortelã — que agora estava com o sabor chamativo da cafeína. A língua dele deslizava sobre a sua do jeito mais erótico possível, causando estalos baixos que reverberavam pela cozinha e os lábios dele tinham o encaixe perfeito com o seu.
Apesar de estarem num desejo constante de se devorarem na sua cama, o beijo era lento, como se o uruguaio quisesse aproveitar cada mínimo segundo desse deleite esplêndido. As mãos de Enzo foram até suas coxas nuas devido ao tamanho do short do babydoll, e ele aproveitou para segurá-las com força, irradiando o calor de suas palmas. Você por sua vez, decidiu levar suas mãos até a nuca dele, agarrando os cabelos macios e sedosos e apertando um pouco enquanto aprofundava o beijo.
Um beijo repleto de saudade e luxúria.
Ele entendeu isso como um sinal de que podia prosseguir, e imediatamente se levantou, deslizando as mãos para suas nádegas e segurando com uma certa força, para que pudesse te segurar no colo e te carregar até seu quarto. Ele não esbarrava em nada, não precisava sair tateando os arredores — ele conhecia seu apartamento como conhecia seu corpo.
E conhecia bem, muito bem.
O latino a deitou na cama, fazendo você sentir o colchão confortável contra suas costas e ele continuou a beijando, praticamente tomando seu ar enquanto as mãos ágeis deslizavam por seu corpo, fazendo seu interior arder em brasa, como uma fogueira numa floresta fria. Haviam gemidos reprimidos pelos lábios uns dois outros e estalos baixos de um momento altamente erótico. Vogrincic não se conteve e sorriu daquele jeito cafajeste, fazendo você sentir muito bem.
Você já estava ofegante devido ao beijo — por mais que não fosse afoito, era necessitado. E sentiu seu rosto esquentar enquanto os lábios e a língua de Enzo desciam para seu pescoço, saboreando e provocando a pele sensível, causando aquele belo resultado que ele gostava de ver. O corpo dele estava perfeitamente entre suas pernas e o peso dele estava bem disposto nos cotovelos para que ele não te machucasse.
Enquanto beijava seu pescoço, uma mão do mais velho deslizou perigosamente para dentro do short curto de seu babydoll — ele mantinha os dedos em cima do tecido fino de sua calcinha, sentindo sua excitação molhar os dedos dele. Seu corpo teve um espasmo, fazendo-a fechar as pernas contra ele, e ele sorriu em uma satisfação imensa.
— No no. Nada de eso, mi corazón… — ele foi descendo os beijos, até chegar em sua clavícula. — Eu conheço seus pontos fracos. Não adianta se esconder…
Abriu suas pernas novamente, deixando que a mão dele continuasse te estimulando por cima do tecido fino, quase que completamente encharcado.
— Muy bien…
Enquanto uma mão de Enzo estava ocupada no meio de suas pernas, a outra foi subindo rapidamente o tecido macio da camisa de seu babydoll, deixando-a mais exposta e exibindo seus mamilos enrijecidos. Ele juntou os lábios sutilmente e soprou levemente, vendo como você se arrepiava. Ah, sim, óbvio que ele sorriu.
Sem perder mais tempo com aquela tortura, ele decidiu finalmente levar a boca até um de seus seios e matar aquela vontade que o consumia por um bom tempo. Quando sentiu a boca quente dele em sua pele, sentiu-se em um puro êxtase, não controlando um gemido alto de surpresa que escapou por seus lábios. Finalmente ele podia novamente rodear seus mamilos com a língua e sentir como seu corpo quente se arrepiava debaixo dele.
— Amorcito… — gemeu, necessitada.
Enzo praticamente rosnou contra sua pele quente, enquanto permanecia de olhos fechados, saboreando cada mínimo centímetro de você. A mão que estava dentro de seu short continuava em cima de sua calcinha, estimulando seu clitóris com movimentos circulares num ritmo que simplesmente a tirava do sério. Meu Deus, que homem é esse?
Seu coração estava martelando seu peito violentamente com tantos estímulos que estavam sendo recebidos. Ele era um homem habilidoso, Enzo Vogrincic não brincava em serviço, ele sabia muito bem onde tocar você e o que fazer para que você visse estrelas.
Ele já estava com uma ereção nada modesta por baixo daquelas calças desde que estava te beijando, mas seus gemidos estavam deixando a situação dele cada vez mais complicada. Aquelas calças estavam se tornando extremamente apertadas para o uruguaio.
A mão dele parou de te estimular e subiu por sua barriga para poder agarrar a barra de seu short e deslizar para baixo, junto com a calcinha. Agora estava ainda mais exposta do que antes, completamente nua — só faltava tirar aquela camisa fina, que já estava levantada e expunha seus seios.
O moreno foi descendo os lábios por sua pele sensível, deixando beijos em sua barriga, até chegar em seu ventre. Você sentia a respiração quente dele contra sua pele, fazendo com que aquele ardor em seu íntimo se alastrasse a cada segundo; a cada toque. Agora ele finalmente estava de joelhos no chão do seu quarto, puxando suas coxas para que você se aproximasse mais da borda da cama.
Viu ele retirar a camisa que usava e jogar para algum canto do quarto, deixando a pele exposta. Ele tinha belíssimos bíceps, um belo peitoral, pele macia: era um espetáculo de homem. As mãos dele voltaram para suas coxas, e você jurou que o viu salivar.
Os lábios ardentes dele distribuíram beijos pelo interior de sua coxa, como se estivesse somente tendo a entrada antes do prato principal.
— Mi amor… você está pingando… — ele sorriu contra sua pele sensível. Não era um sorriso qualquer, era um sorriso de vitória, de malandragem.
O sorriso que um cafajeste dá quando sabe que aprendeu a burlar as regras de um jogo de azar.
— Não imagina como eu senti saudades de te ver assim… — os beijos foram chegando perigosamente perto de sua intimidade exposta. — Escorrendo de tanto desejo por mim…
— Você continua com a mesma conversinha suja, não é, Enzo? — provocou.
Os beijos dele finalmente chegaram onde você mais estava necessitada, e ele beijou seus lábios, melando os dele com sua excitação e lambendo-os em seguida.
— Não posso perder meu charme, posso?
— N-Não te perdoaria se perdesse… — você disse, com certa dificuldade, levando suas mãos até os cabelos dele.
— E eu não me perdoaria se te desapontasse.
Foi a última coisa que ele disse antes de pressionar as pontas dos dedos contra suas coxas e finalmente poder deslizar a língua para seu interior, te fazendo fechar os olhos com força e um gemido de surpresa e satisfação deixou seus lábios no mesmo instante em que sentiu essa “carícia” extremamente íntima. Você apertou um pouco os cabelos dele com isso, e ele gostou bastante, como nunca havia parado de gostar.
Os lábios macios de Enzo pareciam massagear aquela parte tão sensível de seu corpo enquanto o nariz dele estava em seu clitóris, depositando alguns estímulos quando ele mexia um pouco a cabeça. Ele amava tudo aquilo, e não poderia nem mesmo esconder o fato que sentia saudades imensas desse toque tão íntimo e tão satisfatório.
A língua dele movia-se em seu interior com precisão, a procura de um ponto mais sensível para que pudesse te fazer atingir seu ápice. Apesar de que sim, ele gostava de saborear você toda maldita vez que iam foder, mas oh, céus… como ele gostava de sentir você gozar na língua dele. Gostava de sentir o sabor de seu deleite melando seus lábios e o intoxicando como se fosse uma droga.
A essa altura do campeonato, ele já considerava sua buceta mais viciante do que álcool, por exemplo.
— Puta merda, Enzo… — gemeu, revirando os olhos enquanto ele continuava empenhado em te fazer ficar delirando, apertando suas coxas e trazendo sua buceta para mais próximo do rosto dele.
O tom promíscuo e manhoso que você usava para falar com ele quando estava imersa nesses momentos de luxúria o fazia alucinar completamente. Se você continuasse falando isso ele poderia acabar gozando nas próprias calças de tanto tesão que estava sentindo naquela hora, e seus gemidos eram como um neurotransmissor para o cérebro dele, que já se encontrava inundado pela fome crescente de poder possuir você novamente.
— Goza pra mim, mi amor.
Nada era tão excitante quanto Enzo Vogrincic dizendo aquilo num sussurro, que soava como uma súplica. Seu ápice estava perigosamente perto, e ele estava te chupando de um jeito mais intenso agora. O nariz dele era esfregado em seu clitóris e ele te puxava para mais perto, como se quisesse ter certeza de que você não iria sair das mãos dele em momento algum.
Agora ele esfregava completamente o rosto contra sua buceta, e o som erótico da sucção ecoava pelo cômodo, junto com seus gemidos e gritos que anunciavam seu clímax. Seus quadris tremeram, assim como suas pernas, e você apertou aqueles cabelos sedosos com força enquanto fechava os olhos e sentia que ele não parava até você terminar de desfrutar daquela sensação tão maravilhosa, que mais parecia mágica.
Ele grunhiu ao sentir você se desfazer na boca dele.
Seu peito subia e descia, seu coração estava acelerado e você ainda estava tentando se situar sobre como tudo isso havia acontecido. A sensação do ápice ainda percorria seu corpo, e ele estava se deliciando com sua satisfação que escorria pela língua dele.
— Ah, mi amor, que delícia… que delícia, puta que pariu… — ele também estava ofegante.
Na verdade, ele não estava ofegante por ter feito esforço — do contrário, aquilo não era nada para ele — mas era pelo desejo selvagem e massivo que percorria por cada veia do corpo dele agora. Se antes ele já estava sedento, agora que havia sentido seu gosto após tantos meses sem, ele estava o dobro.
Você retirou a blusa fina do babydoll que trajava, ficando completamente nua agora.
Ele se levantou do chão e foi possível notar o volume extremamente chamativo dentro das calças dele, marcando o tecido. O uruguaio já foi levando a mão até o botão e o zíper.
— Qual posição você quer? — ele questionou, de um jeito bem direto, mas o tom dele era muito necessitado.
— Eu posso escolher? Sério? — brincou, rindo levemente.
— Tem razão, eu não deveria te deixar escolher. Eu só deveria fazer o que eu quiser com você, né… — ele abaixou a calça, junto com a cueca e a ereção dele estava completamente exposta agora. Glande rosada e melada de pré-gozo, extensão com algumas veias aparentes e ele claramente estava pulsando.
Deveria ser dolorido para ele estar com as calças nessa situação.
— Eu gostava de deixar você no comando na maioria das vezes… era divertido, você me surpreendia.
Quis provocar de volta, sentindo Enzo segurar uma de suas pernas e te puxar para mais perto, vendo você se sentar levemente na cama. Agora ele estava perfeitamente entre suas pernas, e segurava seu quadril. Você já conseguia sentir o calor que estava entre vocês dois.
— Puedo sorprenderte mucho más…
Ele segurou o próprio pau e levou até sua buceta, dando alguns “tapinhas” e sentindo como você o molhava ainda mais. Tinha vontade de se contorcer quando ele fazia aquilo. Por Deus, por que tinha que ser tão bom?
— Enzo, por favor… — suplicou.
— Por favor o que? — esse uruguaio era um perfeito canalha.
— Me fode.
— Isso aí… — ele ainda segurava a própria ereção e começou a penetrar lentamente. Apesar de você já ter gozado e estar bem confortável com ele, ele não iria fazer isso com tanta brutalidade no início, morreria se te machucasse. — Boa garota, boa garota…
Você mordeu o lábio inferior e inclinou a cabeça para trás levemente, sentindo cada centímetro em seu interior. Ele era grande, e como havia sentido saudade disso… vocês dois eram o encaixe perfeito, como duas peças de um só quebra-cabeça que haviam sido feitas uma para a outra. Uma mão dele permanecia em sua cintura para te manter naquela posição, enquanto a outra foi deslizando para sua nuca e segurou firme, apertando um pouco seus cabelos.
Mantinha seus cotovelos no colchão para ficar confortável e ele fez com que você erguesse a cabeça novamente para poder olhar para ele. O uruguaio havia gemido de satisfação ao poder sentir sua buceta deslizando no pau dele após meses sem esse contato, sem essa sensação maravilhosa que ele tanto amava.
— Às vezes eu me esqueço do quão gostosa você é, mi amor… — ele começou a mover os quadris num ritmo relativamente lento. — Mas essa bucetinha sempre vai poder me fazer lembrar.
Sentia que ele movia os quadris até o final, apesar de estar lento, e alguns dos poucos pelos pubianos que ele tinha estavam encostando em sua pele sensível, levando-a para um delírio que parecia ser de outro nível. Mas, não demorou muito para que isso ritmo lento fosse para algo mais intenso, e ele começava a mover os quadris com mais intensidade, num ritmo mais feroz, indo para frente e para trás.
Seus gemidos estavam sintonizados, e você podia observar perfeitamente o quão lindo ele ficava quando estava exposto a tanto prazer assim. O pomo de Adão subia e descia enquanto ele respirava pesadamente e os cabelos estavam um pouco bagunçados. Os lábios de Enzo ficavam tão lindos entreabertos, principalmente quando estavam produzindo os gemidos mais profanos possíveis, são pecaminosos e altamente desejáveis, do tipo viciante.
— Você fica ainda mais linda assim, sabia?
O uruguaio levou uma mão até sua boca, deslizando o polegar pelo seu lábio inferior e deslizando-o para sua língua, fazendo você chupar o dedo dele do jeito mais erótico que conseguiu.
— La puta madre… tu me vuelves loco, mi amor.
Você sorriu, maliciosa e contente por saber que estava o deixando tão maluca quanto você. Queria que ficassem alucinados de tanto prazer juntos, fazia meses que sentia falta disso e precisava matar essa saudade.
— Podemos trocar, amorcito?
— Claro que podemos — uma risada maliciosa escapou pelos lábios dele, saindo entre os dentes.
Você se afastou um pouco dele e deslizou o corpo pela cama, apoiando-se nos joelhos e nas palmas das mãos para que pudesse ficar de quatro. Abaixou o rosto o máximo que pôde, ficando mais próxima de uma almofada que estava na cama e manteve sua bunda bem empinada, dando à ele aquela visão que o faria surtar.
É, deu certo.
Imediatamente Enzo agarrou seus quadris e se posicionou perfeitamente atrás de você para que pudesse te penetrar. Dessa vez ele não foi minucioso como havia sido há alguns minutos atrás. Agora parecia que a fome que o uruguaio tinha havia vindo ainda mais a tona, aquela fome de você que era implacável e o atingia com força. Um gemido de satisfação e surpresa saiu dos seus lábios ao ouvir o gemido rouco dele enquanto ele começava a mover os quadris sem pena alguma.
O som de sua bunda indo de encontro ao corpo dele estava ecoando pelo quarto, junto ao som molhado de sua buceta. Os gemidos se misturavam com o cheiro de sexo que tomava conta daquele cômodo naquela manhã chuvosa.
Ah, sentiu saudade disso, não ia negar.
— Eu não sei dizer de qual ângulo você fica mais linda, mi amor — ele grunhiu. — Caralho…
Daquele jeito, ele estava atingindo um ponto sensível em seu interior. Maldito homem que conhecia seu corpo como a palma da própria mão. Você já estava apertando os lençóis, e sentia que aquela sensação estava crescente em seu interior, chegando perigosamente perto de seu ventre e ameaçando atingir suas pernas junto ao ápice.
— E-Enzo, eu…
Quando ia abaixar a cabeça ainda mais, ele levou uma mão até sua nuca, buscando seus cabelos e os puxando levemente, fazendo-a olhar para frente enquanto permanecia com a cabeça levantada e ele segurava firme.
— Porra, mi amor… se você continuar gemendo desse jeito eu não vou conseguir me segurar…
— Não quero que se segure, amorcito — estava se sentindo a mulher mais promíscua do mundo quando falava desse jeito, mas esse tom aveludado era capaz de fazê-lo perder o juízo. — Goza comigo, hm? Goza…
Seus gemidos manhosos na mente de Enzo tinham o mesmo efeito de gasolina sendo jogada no fogo.
— Eu vou gozar- ugh! Caralho, eu vou gozar… — dizia, num tom que poderia ser até mesmo desesperado.
— Isso, isso mesmo. Assim… hmm, porra! — era tão bom ouvir ele falando desse jeito feroz.
E foi desse jeito que você atingiu o segundo ápice naquela manhã. Pensava que o uruguaio fosse capaz de te fazer ver estrelas, mas dessa vez você teve certeza que pôde enxergar galáxias. Um gemido — que mais soou como um grito manhoso — deixou seus lábios enquanto suas pernas bambeavam e você perdia qualquer força que restasse, sentindo-se desmanchado no pau dele como tanto gostava quando estavam namorando. Ele segurou seu cabelo com força e puxou levemente, enquanto você apertava os lençóis.
Já ele, havia gozado em seu interior, te fazendo sentir cada mínima gota daquilo que ele tanto almejava desde quando estava te chupando mais cedo. A voz de Enzo chegou até mesmo a falhar de tanto prazer que corria pelas veias dele enquanto ele desfrutava dessa sensação de satisfação imensurável.
Permaneceram daquele jeito por alguns segundos, com suas respirações pesadas e se recuperando, antes dele sair de seu interior e cair no colchão, bem ao seu lado. Ele te puxou para o peito dele, e você o olhou, sorrindo maliciosa. Era bom senti-lo assim, poder fazer o peito dele de travesseiro e estar confortável na cama bagunçada depois de atos tão intensos.
— Tá muito cedo pra pedir pra você voltar pra mim? — ele disse, num tom brincalhão, mas você sabia que falava sério.
Você riu genuinamente.
— Acho que já até passou da hora.
[...]
𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐇𝐀𝐃𝐄𝐒: oi morceguinhos 🦇💖🌈 eu tinha comentado sobre esse imagine do Enzo antes e de como eu tava com vontade de escrever sobre isso, muita gente me apoiou então tamo aqui hihihi
inclusive plmds eu não aguento mais fantasiar sobre esse homem, eu preciso de ajuda profissional, me indiquem os psicólogos de vocês por favoooorr
#enzo vogrincic#enzo vogrincic fanfic#enzo vogrincic moodboard#lsdln cast#enzo vogrincic x you#enzo vogrincic x reader#enzo vogrincic one shot#enzo vogrincic gif#enzo vogrincic smut#lsdln imagine#lsdln smut#lsdln x reader#enzo vogrincic x fem!reader
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Eu não quero ter que te esquecer.
Não quero ter que algum dia apagar a lembrança do teu olhar no meu.
Do modo doce que teus olhos me sorriem ao acompanhar teu jeito contido em me roubar pra ti, ou da forma indecente que tua pálpebra semicerrada me torna completamente entregue ao teu olhar.
Não quero ter que esquecer a sensação que tuas mãos deixam no meu corpo mesmo depois que não estão mais descansadas sob a minha pele.
Não quero ter que ensinar a minha mente a não mais esperar teu toque.
Não quero ter que te enviar para um mundo de lembranças perdidas. Para vez outra te lembrar como alguém que conheci em um passado perdido, uma paixão devastadora que acabou por se perder no tempo.
Não,definitivamente, eu não quero ter que te esquecer.
Não quero ter que te jogar para o lado oculto da consciência, onde sequer saberei se vou conseguir acessar algum dia.
Não quero te esquecer em mim.
Não quero esquecer do toque da tua mão na minha, do teu abraço que me envolve inteira, muito menos deixar de sentir aquela vibração gostosa que vez ou outra surge e ao te lembrar ou lembrar da gente.
Não quero ter que sentir falta da tua voz no meu ouvido, do teu beijo no meu pescoço, do nosso encaixe compatível, das tuas mãos emaranhadas meu cabelo ou da forma como tu me ganha enquanto expõe meu corpo aos teus lábios quentes.
Não quero deixar de ter essa saudade diária do teu eu perto de mim, da tua ansiedade acalmando aos poucos enquanto se deixa no meu abraço, do bater do teu coração acelerado colado no meu peito e do teu jeito receoso em tentar me pertencer.
Eu não quero ter que te esquecer.
Não quero ter que em algum momento apagar da memória esse romance comedido, essa história tão bonita de viver. Não quero ter que ler a gente como num livro que finaliza no desfecho, quero que o fim fique pra depois, que nossa história continue a pedir por continuação.
Não quero ter que te esquecer, quando tudo que eu mais faço é te lembrar.
(Ópio Plutônico)
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Me chamo Borderline
A dificuldade que temos em abrir os olhos em qualquer manhã da semana é difícil, chegar no fim do dia vivo é o nosso objetivo diário, nossa cabeça não dá trégua em nenhum momento, sempre estamos em conflito interno, lutando conosco para chegarmos em algum lugar. Ao fecharmos os olhos só queremos que o dia passe e o sofrimento vá embora e que os pensamentos fiquem silenciosos e lentos, tem dias que é horrível até para respirar, pensar, fazer alguma coisa ou existir. A constante mudança de humor é como um bicho de sete cabeças, nunca sabemos como iremos estar nos próximos minutos ou nas próximas horas, irritação, estado depressivo, nervosismo, sonolência, desgaste emocional, compulsão alimentar, dor de cabeça, insônia, perda de apetite, fome, estresse, cansaço, preguiça, ambientes cheios incômoda, barulho externo é como uma bateria na nossa cabeça, quando a ansiedade bate temos a tendencia em nos machucarmos de alguma forma, seja com um perfurocortante, arranhar a nossa pele, roer as unhas até sangrar, abrir e fechar feridas e quando está cicatrizando abrimos de novo é um looping infinito, um ciclo que parece não ter fim. A terapia e os remédios são nossos aliados para seguirmos em frente ou ficarmos de pé, mas infelizmente na maioria das vezes elas não são suficientes para matar nossos demônios internos. Há dias que somos apenas uma alma vagando dentro de casa em outros somos a pessoa mais feliz, mas também tem dias que queremos nos fundar em cima de uma cama eternamente, nada te agrada, tudo te incomoda, ficamos irritado com pequenas coisas, perguntas demais é cansativo e basicamente temos que nos tornar um personagem e fingir que nada nos afeta e sabe a nossa personalidade? Muda constantemente, amorosa, carinhosa, sensível, compreensiva, paciente, mas em questão de minutos somos a pessoa ignorante, amarga, mal-amada, mal-humorada, chata, preguiçosa, não suporta pessoas e apenas quer ficar sozinha. Conviver com pessoas que não entendem esse transtorno tem a tendencia de nos deixar mais doentes, elas não entendem como funciona nossas cabeças e os pensamentos que conversam conosco, agimos na impulsividade e não temos consciência do que falamos e do que estamos fazendo e a memória fica ruim e não lembramos de coisas simples. Sabe os pensamentos? Ele conversa, fala, grita e comanda para fazermos besteira, nossa imagem no espelho não é das melhores e não gostamos do que vemos através dele, não temos o controle da nossa própria mente e quando menos esperamos o surto vem e caímos em um buraco sem fundo. Conviver com esse caos não é fácil é desafiador, um leão para matar por dia ou a selva inteira, ignorar palavras ofensivas de quem não faz parte desse mundo é como engolir no seco, então se não for para ajudar, não atrapalhe, não piore, nos poupe e se retire.
Elle Alber
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Os finais de domingo sempre trazem um sentimento peculiar, melancólico.
O silêncio toma conta das ruas, interrompido apenas pelo som de um carro ou outro passando, lembrando que o mundo não para, mesmo que nosso coração peça por um pouco mais de pausa. Dentro de casa, o ambiente fica mais introspectivo. As risadas já quase inexistentes se dissipam completamente, dando lugar a um ar de reflexão e saudade.
Os pensamentos se embaralham, trazendo à tona memórias dos momentos felizes e das oportunidades perdidas. A cabeça repousa no travesseiro, mas a mente está longe, vagando pelas lembranças e pelos planos futuros. A ansiedade pelo que está por vir se mistura com a inquietude do presente. Perdida em meio a angústia, cultivo meu vazio interno.
Interpretame.
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Hoje refiz o caminho que me levava a você, E em cada passo, memórias vieram me envolver, Lembrei da ansiedade, do peito a saltar, Ao imaginar seu sorriso ao me encontrar. Pelas ruas, me perdi em devaneios, Imaginando nossos momentos, nossos anseios, Em algumas curvas, me via a sonhar, Como se o destino ainda fosse te abraçar. Mas hoje, o encontro era só com o passado, Revivi cada instante, cada beijo guardado, E mesmo sem você ao final da estrada, Ainda te sinto, em cada lembrança calada.
(Jorge A.Aquino)
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Ela quer, Ela adora
capítulo V tudo que é meu, tu pode ver, tá na responsa dela e todo mundo tá ligado que ela é minha de fé
notas: eu sou romântica demais pra escrever um cafajeste. nem acredito que escrevi esse ícone outra vez! espero que gostem. <3 masterlist
Quase um ano depois do primeiro, o segundo grande lançamento do MC Junin estava em fase final de produção, desta vez um álbum de verdade, não somente um EP. O sucesso veio para ficar, o que é quase assustador. A conta bancária de Jun nunca tinha visto dinheiro assim, precisou contratar um especialista em investimento porque o medo de perder tudo era grande. Ele suava frio com a ideia de não poder ter mais a vida que conquistou.
Enquanto dirigia a BMW blindada até Bangu, num dia raríssimo de folga, Junin ouvia as próprias faixas novas com um sorriso orgulhoso no rosto. Colocou pra foder nessas. Ao estacionar na frente de sua casa, ele deixa o banco do motorista com o peito estufado, cheio de coragem. Precisaria.
A verdade é que desde que o universo Junin virou de cabeça para baixo, o seu mundo também o fez, inevitavelmente. E sabe o que mais machuca? A saudade, a falta de atenção, o tempo separados por causa dos compromissos dele. O sofrimento que vive é todo guardado dentro do seu coração, nunca teve forças de reclamar com o namorado porque o brilho nos olhos castanhos de estar vivendo um sonho te impedia. Obviamente está feliz por ele, mas talvez não pertençam mais um ao outro.
Quando Renjun anunciou que te visitaria hoje, logo pensou no pior. Chorou durante boa parte da madrugada pensando que seria o dia do término e não pôde evitar se culpar por ter dado a oportunidade de boa vida quando investiu na gravação do single, pois agora seria deixada de lado.
— Minha metida! — ele exclama e te abraça sem perder nenhum segundo, a saudade gritando no próprio peito. Não reparou na carinha triste estampando suas feições. — Que saudade, minha princesa.
As ações do garoto eram cruéis. Se ele quer terminar, que não te iluda, pelo menos.
— Cadê minha sogra? — entrelaçando os dedos nos seus, ele te puxa pelo quintal e se esparrama no sofá da sala que ele já havia visitado milhões de vezes, mas que não o via há meses.
— Ela saiu com as crianças hoje. — você se senta na mesinha de centro com o semblante firme, de frente para o futuro ex-namorado.
— Que houve, vida? — preocupado, inclina o tronco na sua direção e procura seu olhar com o próprio. — Tá tudo bem? Eu fiz alguma coisa?
Sem conseguir conter, deixa um pouco de ar escapar pelo nariz numa risada debochada fraca.
— Não, Junin. — o vulgo quase sempre era péssimo sinal. — Você não fez nada.
— Olha, amor, eu vim aqui conversar algo sério com você.
Na mesma hora o coração sensível provoca ardência nos seus olhos, porém você respira fundo, sem jamais corresponder aos olhos do MC.
— Pode falar.
Como sua mente é traíra, algumas memórias vieram à tona. As primeiras vezes, o dia em que foram pegos pela sua mãe e ela defendeu Junin e quase te bateu na frente dele, também quando brigaram feio no início e ele implorou perdão por três dias seguidos na porta do seu trabalho, e a memória mais bonita que tinha: o dia em que fora apresentada ao bem mais precioso da vida de Jun.
Já havia dias que sua ansiedade não lhe deixava em paz. Junin cismou que já era hora de você conhecer sua avó, a mulher que o criou enquanto sua mãe voltou à China à procura de explicações sobre o próprio pai. Em frente ao portão de grade, a tremedeira ataca novamente.
— E se ela não gostar de mim?
Renjun ri, depositando um selinho nos seus lábios. Queria parecer tranquilo, mas estava tão nervoso quanto. Não por medo da avó desgostar de você, e sim porque sabe que ele mesmo está tão amarrado na sua que mal via a hora de apresentá-las.
— Ela vai amar você, fica calma.
Ele abre o portão e te conduz até a cozinha, onde uma senhora baixinha coloca baos no prato para o lanche da tarde.
— Lao lao. — o garoto chama em mandarim, capturando a atenção da mais velha.
— Oh! Vocês já chegaram.
Você fuzila Renjun com o olhar, ele havia dito que a avó não sabia da visita.
— Nossa, como sua namorada é linda, Renjun.
Ela sabia bem que não eram namorados, só que nada como uma senhora sem filtro para fazer a carruagem andar mais depressa. Não deu outra, menos de um mês depois o pedido de namoro foi feito. Depois de uma briga? Sim. Em circunstâncias duvidosas? Sim. Porém, foi feito.
Naquela tarde, você viu fotos do pequeno Huang Renjun e comeu mais de cinco baos com café preto. A delícia da mistura chinesa com brasileira ficou ainda mais gostosa com as risadas entre os três ao ouvir as tramas da vida longa da vovó.
— Eu não sei muito bem como te dizer isso, então eu…
— Tudo bem, eu entendo. Você tá sem tempo, não é mais a mesma coisa e…
— Do que você tá falando? — Junin para nos trilhos antes de tirar o objeto do bolso. — Você acha que eu quero terminar?
Confusa e com um nó doloroso na garganta, você encara Renjun, finalmente. Até hoje a beleza te pega desprevinida.
— Não é mais a mesma coisa pra você? — quem demonstra dor agora é ele.
— Não é isso, Jun… — você suspira. — Você só vive longe, eu achei que…
— Por isso mesmo. — ele se apressa, agarrando com força o presente que está prestes a te dar. — Eu juntei dinheiro.
— Não. — você o interrompe. — Não precisa me pagar de volta.
— Me ouve, metida. Por favor?
Você balança a cabeça, se calando. Ele finalmente nota o inchaço em volta dos olhos e a irritação que denunciava que você havia chorado. As palavras se embrulham na mente do rapaz, só que ele precisa de explicar logo.
— Eu juntei dinheiro, e fiz uma coisa. Não sei se você vai amar ou odiar, aceitar ou recusar, mas foi pela gente. Sempre vai ser pela gente. Pensa com carinho, tá?
Sua boca se abre num O de espanto ao ver a chave dourada cravejada de diamantes na mão do namorado.
— Jun, o que isso significa? É o que eu tô pensando? — você murmura, a beira de passar mal ou de pular no pescoço do amor da sua vida.
— Vem ser dona da minha cobertura em Ipanema.
#nct pt br#nct br au#nct x reader#nct scenarios#nct fluff#nct dream x reader#renjun scenarios#renjun x reader#nct dream scenarios#renjun imagines#renjun fluff
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eu contava os segundos para te encontrar, meu peito enchia daquela dose de ansiedade boa, fazia meu coração pular em alegria toda vez que eu via o seu sorriso na entrada do bloco. você sorria me vendo te encontrar e ali meu mundo ganhava sentido, cor e forma. ali minha vida parecia ter um significado mais profundo, como apenas te amar. nós compartilhavamos o calor do corpo apenas assistindo um casal se apaixonar naquela tela do seu quarto ou se perdíamos olhando um para o outro, vendo o reflexo de um amor tão puro e verdadeiro. quando tudo isso se perdeu? quando tudo isso acabou?
agora eu desço todos os dias e imploro aos céus para que voce não esteja na entrada do bloco, por mais que as vezes ainda deseje silenciosamente apenas por ego. agora eu entendo que aquele amor que eu via nos seus olhos, as pupilas dilatadas e sorrisos bobos, não eram nada além de vazias mentiras. um teatro feito por um ator excelente, tão convincente que me enganou por todos esses dias, amando sozinha, lutando sozinha, por um amor falho, fadado ao fim.
e agora nós somos dois estranhos com memórias, eu não sei as suas, mas as minhas são um show de horrores. memórias que doem e que sangram, memórias da tortura que foi te amar, lembranças que apertam o peito e me fazem desejar não ter te amado, nunca ter te encontrado. você foi a minha punição para que eu pudesse viver livre do carma, essa é a resposta mais sincera para o inferno que eu passei ao seu lado. os 478 dias pisando na brasa quente. os 478 dias andando no meio do tiroteio sem se quer usar colete. tudo apenas por amor a você, apenas para te amar. mas do que adiantou insistir, se era você a doença? do que adiantou, se era você quem atirava com aquela mira perfeita todas as vezes? explodindo sem parar o peito que guardava o coração que te amava. você não teve pena de mim.
e no final, quem foi o maior sofredor? a que está juntando os cacos ou o mentiroso vazio que finge não se importar?
Mikaely Shelly
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Uma das coisas que mais faço é refletir sobre a minha própria vida e tudo que me rodeia. A boa de hoje foi perceber que, sempre que me aparece um problema, uma dúvida ou algo que eu não sei, tenho uma tendência de focar demais nisso e começo a pensar em "n" interrogações possíveis. Porque realmente acredito que, logicamente, a solução nasce da própria interrogação. Quanto mais você entender o cerne da questão, mais naturalmente vai dar de cara com resolução.
O que torna tudo mais interessante é que, além dessa fixação doida, tem uma "Kika" na minha cabeça – aquela garotinha de maria chiquinha, vestido amarelo e sapatinho vermelho que passava na TV Cultura, lembra? – sempre com vontade de saber de onde vem tudo e qualquer coisa. O dilema é que qualquer assunto tem potencial de virar papo de maluco se eu estiver envolvida.
Algumas pessoas acabam vendo isso de forma negativa, ou levando na zoeira. Mas eis o alicerce desse meu "modus operandi": a "maiêutica" – a arte de fazer parir ideias. Sócrates acreditava que a pessoa, ao ser guiada pelas perguntas certas, encontrava as respostas que já estavam dentro dela.
Essa abordagem é utilizada na psicanálise em casos que o terapeuta não oferece respostas prontas, mas faz perguntas que levam o paciente a cavar mais fundo nas suas próprias experiências e sentimentos. Por exemplo, a um paciente que sofre de ansiedade, o terapeuta, em vez de dizer o que pode estar causando isso, pergunta: "Quando foi a primeira vez que você se sentiu assim?" ou "O que acontece com você fisicamente nessas situações?".
Através dessas perguntas, o paciente é guiado a explorar memórias e sensações, descobrindo os gatilhos por trás da sua ansiedade. As perguntas não são apenas formas de obter informações, mas um caminho para a autodescoberta, a chave para o conhecimento. E digo mais! Fonte: Não foi preciso, está tudo na minha cabeça.
#versiaria#liberdadeliteraria#quandoelasorriu#mentesexpostas#pequenosescritores#lardepoetas#carteldapoesia
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Então, você quer sumir da internet?
Eu estava ouvindo o podcast do Chico Felitti e da Beatriz Trevisan sobre a Jout Jout, e isso me fez refletir sobre como, hoje em dia, tudo parece estar hiperconectado. Parece que as coisas ficaram mais fáceis e rápidas, mas, ao mesmo tempo, surge a necessidade constante de estarmos presentes na internet, independentemente da nossa profissão — seja um professor universitário ou o padeiro da esquina.
Essa imposição de estar presente no mundo virtual me causou um certo calafrio. Fico pensando no que nos espera no futuro, não apenas para nós, que já estamos vivendo isso, mas também para as próximas gerações, incluindo meus futuros filhos. Sou da geração Z, nascida entre 1995 e 2010, e, apesar de ainda ser jovem, observo como nossa geração já enfrenta altos índices de ansiedade e depressão, muito relacionados ao excesso de informação.
Somos bombardeados constantemente por atualizações e por conteúdos de pessoas que, muitas vezes, nem conhecemos. Além do feed, ainda temos os stories, que nos mostram tudo: desde o que um amigo está fazendo até para onde o chefe foi viajar. É como se todos — de grupos completamente diferentes — estivessem o tempo todo se vigiando e sendo vigiados. Isso cria uma rede de exposição que, para mim, não faz muito sentido. Acho que redes sociais deveriam ser um espaço mais íntimo, para compartilhar com um grupo pequeno de pessoas próximas.
No entanto, o que vejo hoje é algo muito artificial. Por exemplo, muitos posts e stories que parecem espontâneos são, na verdade, superproduzidos. A pessoa monta a câmera, escolhe o ângulo perfeito e cria uma cena, como se estivesse vivendo aquele momento naturalmente. Isso me cansa, porque não é autêntico. Antigamente, via as redes sociais como um espaço para registrar memórias, quase como um álbum de fotos dos anos 90. Mas, hoje, tudo parece girar em torno de estética, engajamento e a busca por validação.
Por isso, decidi desativar o Instagram recentemente. Não excluí minha conta, mas dei uma pausa, porque percebi que ele estava consumindo muito do meu tempo, algo que considero precioso. Estou num momento de replanejar minha vida, pensando em casamento, filhos e no futuro. Quero que meus filhos cresçam longe do excesso de tecnologia. Acho que redes sociais só deveriam ser acessadas após os 17 anos, e ainda assim, com muita cautela.
Lembro que criei meu Instagram em 2016, com 16 anos, por pressão de amigos. Naquela época, o Instagram tinha um propósito mais simples: postar fotos e se divertir. Minha biografia era algo despretensioso como “Amo Nesfit e meus cachorros”, e minhas postagens eram de paisagens, amigos ou momentos do dia a dia, tiradas com uma câmera Nikon rosa, simples. Eu não me preocupava com edição ou estética.
Hoje, tudo mudou. A pressão para postar fotos perfeitas, com edições e filtros profissionais, é imensa. Parece que todos precisam ser fotógrafos ou influenciadores. Isso é exaustivo e afasta o propósito original das redes sociais.
Depois de desativar o Instagram, passei a usar meu tempo de forma mais produtiva. Tenho feito tricô, escrito no meu caderno, planejado o Natal, lido mais livros e revisitado séries antigas, como Gilmore Girls. Percebo que reduzir o tempo de tela tem me permitido refletir mais sobre a vida, o que considero essencial. É como se toda a poeira que joguei para debaixo do tapete estivesse sendo finalmente limpa.
Esse é um relato pessoal de como tenho encarado essa pausa das redes sociais e os benefícios que isso trouxe para minha vida. Espero que inspire outras pessoas a refletirem também.
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Ouçam o podcast para mais reflexões
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Abraços ✨
#brasil#brblr#brasileiros#jout jout#julia#podcast chico felitti#podcast beatriz trevisan#de saida a vida fora da internet#de saida#chico felitti#pt br#sair das redes sociais#redes sociais#instagram#Spotify
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diário da cinéfila🍷 mais um dia, deveria estar fazendo as coisas pra faculdade pq essa greve só serviu pra me dar o dobro de trabalho, ou talvez procrastinando também só que escrevendo a fic q eu prometi? sim! mas i'm just a girl e ontem de noite eu achei links dos filmes do suanalô, então hj eu já meti dois pq eu tenho ansiedade.
abrindo os trabalhos com tant que le soleil frappe em que ele tá na skin [pai de menina] jardineiro/arquiteto falido obcecado por um projeto de um jardim num bairro pobre e ninguém quer financiar o projeto dele. assisti só pra poder vê-lo vestido de serginho groismann, com aquele cabelo grisalho curtinho, pronto pra pegar um microfone e agitar as noites de sábado, porque filmes franceses queimam meus neurônios, eu sempre fico boiando, principalmente os desse homem, ele só tem predrada no portfólio dele. amei o final, achei super poético (não entendi nada), fiquei isso aí fique do lado dos pobres não deixe o capitalismo tomar conta desse terreno eeeeee (o final parece q foi super triste mas eu não sei pq eu não entendi
e depois eu vi à propos de joan, um filme muito enigmático, sobre uma mulher chamada joan que se reencontra com um grande amor e daí o longa se anda baseado nas memórias dela. nesse filme, ele faz o filho dela, o que eu inicialmente não comprei pq eu falei jesus mas olha pras ruguinhas dele nunca q ele seria filho dessa mulher, e aí depois eu entendi pq eu achei estranho. esse filme é de queimar neurônios, só personagem complexo, a mãe da joan é uma girl boss mas q deixa diversos traumas mommy issues. uma loucura, também demorei a compreender e só compreendi uns 80% do filme porque o finalzinho parece q quis desenhar pra eu entender. ai ai filmes franceses...
obs.: eu ia ver grâce à dieu pq embora a história do filme seja muito pesada e triste, é nesse que ele tá de bigodinho de puto, de jaquetinha de couro e andando de moto (me desculpa se eu sou uma cachorra), mas o áudio tava dublado em italiano aí eu falei caro mio ben vamo deixar pra outro dia pq ouvir italiano ler em inglês e a boca deles falando francês e eu captando as palavras com meu francês de dois níveis da universidade aí não vai dar amore vo morre que mundo globalizado é esse
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task 002 — memórias centrais.
. . * ✵ ✦ here we are, 𝒅𝒐𝒏'𝒕 𝒕𝒖𝒓𝒏 𝒂𝒘𝒂𝒚 𝒏𝒐𝒘. · ✦ . * . · · . · * * · . · · ✧ ·
O Superno era translúcido para Freyja, o suficiente para que o único sentido funcionante fosse a visão.
Não sentia nada: medo, tristeza, ansiedade, coragem... Tudo havia esvaído como se nunca tivesse sentido alguma coisa de fato até então. A dimensão do lugar era incalculável, e possuía uma beleza extraordinária que não tinha visto em lugar algum até então. O campo era vasto e estava à beira da praia, as ondas sendo silenciosas conforme quebravam contra a costa. Junto ao mar, viu um barco enorme, sem mastro. Era um barco antigo com o formato de serpente, estreito e robusto. Dentro dele, haviam três tipos de pessoas: guerreiros pintados com tinta na face e usando roupas de couro com cabelos longos, dançarinos com roupas grosseiras e os olhos vendados por uma máscara de crânio de animais, um único homem de pé na ponta sem um olho.
Não sabia como tudo aquilo cabia no barco, mas ele flutuava bem contra as ondas violentas que se formaram, ora navegando, ora com um misto de festa e guerra sendo feito. O rosto do homem caolho era invisível, cinza como o céu nublado que os cobria naquele momento. Freyja não pensava em nada, apenas caminhou com o vestido branco para a água, sem sentir o frio ou o calor do elemento. A areia parecia nuvem, sem grumos aderindo em sua pele, sem qualquer sensação de familiaridade.
Enquanto o barco rugia contra o mar violento ao longe, viu uma serpente colocando o torso da água para a fora, sendo vista apenas mergulhando, em um tamanho surreal de grande. Ao mesmo tempo, raios disparavam por todos os cantos. Se pudesse sentir, sentiria alívio. Aquela cena ela conhecia bem. Era nórdica, grosseira, robusta e... maravilhosa. Era tudo o que Freyja sempre imaginara com as histórias de sua família, mais espetaculares ainda.
O homem na beira do mar saltou, como se fosse nadar, mas pairou no ar; seu casaco de pele se transformou em asas e o cajado envergou em um bico. Aos poucos, se tornou um corvo, que se adaptou ao tamanho ideal para o animal. Ele sobrevoou o barco enquanto as guerreiras presentes formavam lágrimas de ouro, encharcando o veículo com uma massa densa e dourada, fazendo com que os raios se tornassem mais frequentes e abrindo um vão no céu.
O sol apareceu vermelho, assustador, e uma das nuvens cinzentas se transformou em um lobo que abriu sua enorme boca para engolir o astro. Parecia um eclipse, mas significava tragédia, a Freyja que estava em Hexwood sabia bem. O corvo, entretanto, não parecia se abalar. Ele se dividiu em dois, e enquanto um continuava o voo, o outro partiu para o centro de Superno e ela não ousou olhar para trás.
Tudo ficou escuro; a água dourada se tornava negra e o barco era apenas uma sombra. O corvo, entretanto, brilhava em um roxo vívido enquanto voava em círculos. Por um instante, Freyja sentiu alguma coisa, um aperto no peito sem igual. A sensação passou quando a ave voou em sua direção com tanta velocidade que parecia um vulto, e bateu diretamente contra seu peito. As mãos foram levadas para a região, mas nada havia ali.
Ainda que não se visse, sabia que era uma deles. Seu rosto estava pintado de branco, com detalhes feitos de sangue fresco nos olhos, testa e lábios. Em sua cabeça, uma coroa pesada feita de ossos a coroava. Os cabelos estavam emaranhados e trançados e os olhos mais azuis do que costumavam ser.
"Av Valfaders pant." A promessa do Allfather, todos os presentes do barco disseram e até mesmo o lobo uivou. Sentiu as pernas tremerem pela primeira vez e uma agonia extrema, como se fosse derreter.
Aquilo estava claro para Freyja. Seu hospedeiro era Odin.
Quando voltou à realidade, sentia-se completamente diferente, com um poder que fazia suas veias queimarem. Outros colegas pareciam ainda estar em transe enquanto alguns ainda tentavam assimilar o que havia acontecido. As íris de Freyja buscaram as únicas que importavam, e estavam tão azuis quanto um diamante da mesma cor.
Freyja e Eirik haviam sido colocados no mundo juntos, e Odin não ousou separá-los.
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