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#60 anos do golpe de 64
zia-80 · 19 days
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ocombatenterondonia · 6 months
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Cordão da Mentira descomemora golpe de 64 nas ruas de São Paulo
Em seu 12º ano, o Cordão da Mentira descomemorou nesta segunda-feira (1º) os 60 anos do golpe de 1964 e também a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. O cordão carnavalesco, que sempre desfila no dia da mentira, escolheu em 2024 o tema: De Golpe em Golpe: Tá lá um Corpo Estendido no Chão. O grupo deu início ao desfile em frente ao prédio do Centro Universitário Maria Antônia, da…
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glaucocortez · 6 months
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60 anos do golpe de 64
Breve depoimento da advogada Eny Moreira para lembrar o horror da ditadura militar no Brasil
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capitalflutuante · 10 months
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Na hora de pagar uma conta, cada vez mais se ouvem as perguntas “é pix?”, “por aproximação?”. A impressão que alguns podem ter é de que quase ninguém mais anda com dinheiro na carteira. Mas uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha, encomendada pela TecBan, empresa dona da rede de caixas automáticos Banco24Horas, revela que aumentou a proporção de brasileiros conectados à internet que sacam dinheiro em bancos. De acordo com o levantamento, 54% dos pesquisados disseram que o saque é uma das principais operações realizadas cotidianamente. Esse número representa um crescimento de 12 pontos percentuais em comparação à pesquisa realizada em agosto do ano passado. Este novo levantamento foi feito entre 25 de setembro a 6 de outubro de 2023, de forma online e abrangência nacional. Foram entrevistadas 1.519 pessoas, de todas as classes econômicas. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais. As outras operações bancárias usadas com mais frequência são pagamento de contas (69% dos entrevistados), recebimento de dinheiro (67%), consulta de saldo e extrato (60%) e compra no cartão de crédito (50%). Menos da metade faz recarga de celular (41%) e depósitos (42%). O Datafolha constatou também que dois em cada dez brasileiros conectados à internet que têm alguma fonte de renda costumam receber a remuneração em dinheiro, principalmente nas classes C, D e E. Dinheiro na carteira Para 29% dos brasileiros, o dinheiro é a principal forma de pagamento no dia a dia, empatado com o cartão de crédito. Nas classes C, D e E, o número sobre para 32%. O Datafolha buscou saber quais os motivos que faziam o dinheiro ser a forma preferida para pagamento. As principais respostas foram: há lugares que só aceitam dinheiro (22%), já estou acostumado a pagar em dinheiro (15%), consigo controlar melhor os gastos (10%) e é possível ter descontos (13%). A preocupação com segurança aparece no fim da fila de justificativas: o medo de ter o cartão clonado e ficar sem dinheiro foi citado por 4% dos entrevistados, assim como o medo de ser roubado e perder o cartão. Inclusão bancária Segundo o levantamento, 95% dos brasileiros conectados à internet têm contas em bancos, sendo 67% em instituições com agências físicas e bancos digitais. Enquanto 14% têm apenas contas em bancos virtuais, proporção que cresceu significativamente em um ano. Em 2022, eram 9%. Falhas na tecnologia O Datafolha também perguntou aos entrevistados quais os principais problemas ligados à tecnologia já enfrentaram na hora de efetuar um pagamento. A pesquisa demonstra que 69% não conseguiram fazer alguma transação por instabilidade da internet e 60% não conseguiram fazer falha de conexão com o banco. Preocupações O levantamento identificou ainda que 85% dos entrevistados têm mais medo de ter o celular roubado do que a carteira. Outras preocupações dos entrevistados são: - ter o celular furtado ou roubado e ter o dinheiro retirado da conta via transferência instantânea: 65%  - ter dados vazados na internet: 64%  - ser vítima de golpe ou fraude financeira que utilize a transferência instantânea para retirar o dinheiro da conta: 62%  - ter o cartão de crédito clonado após uma compra online: 61%  - ter os dados do cartão utilizados para fazer compras sem autorização: 61%  - ter o cartão de crédito clonado após uma compra física: 60%  - ser forçado a fazer transferência: 56%  - pagar um boleto falso (golpe): 51%  Com informações da Agência Brasil
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bunkerblogwebradio · 3 years
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O lento suicídio do Império Romano — A cara do Brasil
Se acontece até mesmo com poderosos impérios, por que não pode acontecer com simples nações?
Muito antes de pacotes governamentais de socorro a empresas, programas assistencialistas e inflação monetária se tornarem uma rotina, os romanos já haviam vivenciado esquemas semelhantes. Há mais de 2.000 anos.
Naquela época, o governo romano socorreu instituições falidas, perdoou dívidas, gastou enormes quantias em programas assistencialistas e incorreu em uma grande inflação monetária.
E o resultado não foi bonito.
Naquela época, assim como hoje, os políticos romanos escolheram, segundo critérios próprios, quem seria socorrido e quem seria esquecido, quem seriam os "ganhadores" e quem seriam os "perdedores".  Obviamente, os "ganhadores" foram aqueles que usufruíam boas conexões políticas — uma prática que hoje está no cerne do nosso arranjo político-econômico.
Como já observaram vários pesquisadores da época, tais esquemas baseados em "tirar de Pedro para dar a Paulo" foram cruciais para a falência da sociedade romana.  Para mantê-los, o estado teve de recorrer a intervenções cada vez mais destrutivas. "Roma não foi construída em um dia", como diria o velho ditado — e seria igualmente necessário um bom tempo para destruí-la.  Quando a república se transformou em um despotismo imperial, os imperadores tentaram controlar toda a economia.
Perdoar dívidas na Roma antiga, embora fosse uma questão controversa, foi um ato que se repetiu diversas vezes. Um dos primeiros reformadores populistas romanos, o tribuno Licínio Stolo, aprovou uma lei, em 367 a.C, uma época de instabilidade econômica, que essencialmente declarava uma moratória sobre a dívida. A lei permitia aos devedores não mais pagarem os juros sobre principal caso o restante da dívida fosse pago dentro de um período de três anos.
Já em 352 a.C., a situação financeira de Roma continuava complicada, e o Tesouro resolveu arcar com inúmeras dívidas privadas que haviam sido caloteadas.  À época,  supunha-se que os devedores eventualmente reembolsariam o estado. E se você acredita que isso aconteceu, então você provavelmente deve pensar que emprestar para o atual governo grego é um investimento seguro.
Para se ter uma ideia, em 357 a.C., a maior taxa de juros permitida para empréstimos era de, aproximadamente, 8%. Dez anos depois, tal taxa foi considerada alta demais, e os administradores romanos reduziram o teto para 4%.  Em 342 a.C., tais as reduções sucessivas aparentemente não foram capazes de acalmar os devedores ou de satisfatoriamente atenuar as tensões econômicas.  Consequentemente, o governo teve a brilhante ideia de simplesmente abolir os juros.
O que houve então?  O óbvio: várias pessoas passaram a não mais emprestar dinheiro.  Tal situação perdurou até que essa lei que proibia juros simplesmente passou a ser ignorada.
Em 133 a.C., o então ambicioso e promissor político Tibério Graco decidiu que as medidas de Licínio ainda não eram suficientes.  Ato contínuo, Tibério aprovou uma lei que concedia grandes extensões de terras cultiváveis do estado para os pobres. Adicionalmente, o governo financiou a construção de novas moradias e a compra de ferramentas para essas pessoas. Estima-se que 75.000 famílias receberam terras totalmente grátis devido a essa legislação. Esse foi um programa governamental que forneceu, "gratuitamente", terra, moradia e até mesmo oportunidades de negócio, tudo financiado ou pelos pagadores de impostos ou pela pilhagem de nações recém-conquistadas.
Entretanto, tão logo foi permitido, muitos colonos ingratos venderam suas terras e retornaram à cidade. Mas Tibério não viveu para testemunhar esses beneficiários rejeitarem a generosidade de Roma, pois um grupo de senadores o assassinou em 133 a.C.  Só que seu irmão mais novo, Caio Graco, assumiu seu manto populista e aprofundou suas reformas.
Enquanto ainda era vivo, Tibério também aprovou o primeiro programa de alimentação subsidiada de Roma, o qual oferecia cereais a preços baixos para muitos cidadãos. Inicialmente, aqueles romanos que ainda se apegavam a ideais como auto-suficiência e independência ficaram estarrecidos com esse conceito de assistencialismo compulsório; no entanto, não demorou muito para que dezenas de milhares estivessem recebendo os cereais subsidiados, e não somente os necessitados. Qualquer cidadão romano que ficasse nas filas do posto de coleta de cereais tinha o direito à assistência estatal. Um cônsul rico chamado Lúcio Calpúrnio Pisão Frugi, que se opunha a esse programa, foi visto na fila. Ele alegou que, dado que era a sua riqueza que estava compulsoriamente financiando aquilo tudo, então ele pretendia obter sua fatia.
Já por volta de 300 d.C., esse programa já havia sido modificado diversas vezes. O cereal que até então era apenas subsidiado passou a ser totalmente gratuito; e, no auge, um terço de Roma já era contemplado pelo programa, o qual se tornou um privilégio hereditário, passado de pai para filho. Outros gêneros alimentícios, incluindo azeite de oliva, carne de porco e sal, foram continuamente adicionados ao programa. Este cresceu até se tornar o segundo maior gasto do orçamento imperial, atrás somente dos gastos militares.  O que havia começado como um programa assistencialista provisório se transformou, como muitos outros programas governamentais, em uma forma permanente de assistencialismo voltado para um eleitorado que considerava isso um direito adquirido.
Voltando a 88 a.C., Roma ainda estava se recuperando da Guerra Social, um debilitante conflito com seus antigos aliados na península italiana. Um dos generais vitoriosos foi Lucio Cornélio Sula, que no final do mesmo ano tornou-se Cônsul (a posição política mais importante nos dias da república) e depois, Ditador.
Para amenizar a catástrofe econômica, Sula decretou que até 10% das dívidas de cada cidadão deveriam ser canceladas, o que colocou os credores em uma posição difícil. Ele também restaurou e reforçou a lei que decretava que uma taxa máxima de juros sobre empréstimos, provavelmente similar à lei de 357 a.C. A crise foi piorando continuamente, e, para "resolver de uma vez a situação", em 86 a.C., outra lei que cancelava nada menos que 75% das dívidas privadas foi aprovada — sob o consulado de Lúcio Cornélio Cina e Mario Caio.
Menos de duas décadas após Sula (que morreu em 78 a.C.), Lúcio Sérgio Catilina, o infame populista radical e inimigo de Cícero, candidatou-se ao consulado com uma plataforma política de cancelamento total das dívidas. De alguma forma, ele foi derrotado, provavelmente pela oposição formada por banqueiros e por cidadãos romanos que já haviam quitado suas dívidas. Sua vida terminou logo depois em uma fracassada tentativa de golpe.
Em 60 a.C., o patrício Júlio César, uma estrela em ascensão, foi eleito cônsul, e continuou as políticas de vários de seus predecessores populistas, mas agora com algumas inovações pessoais. E, mais uma vez, Roma estava em meio a uma crise.
Neste período, alguns entes privados se dispuseram a cobrar os impostos para o estado, em uma espécie de terceirização. Tais entes participavam de licitações para ganhar os contratos.  Nessas licitações, estipulavam-se os valores totais a serem coletados.  Tudo o que ultrapassasse esse valor ficava como lucro para os contratantes.  Só que, em 59 a.C, essa indústria estava no limiar do colapso.  Não havia tido sucesso em suas coletas de impostos e, consequentemente, devia ao estado os valores prometidos. Ato contínuo, César perdoou praticamente 1/3 de suas dívidas para com o estado.  Isso afetou severamente o orçamento do governo romano e possivelmente os próprios pagadores de impostos (que tiveram seus impostos elevados para compensar essa escassez de receitas).  O fato de Cesar e seu comparsa Marco Licínio Crasso terem investido pesadamente neste setor do mercado certamente explica essa sua medida.
Em 33 d.C., meio século depois do colapso da república, o imperador Tibério enfrentou uma corrida aos bancos.  Ele reagiu a isso com um grande pacote de socorro aos bancos por meio de empréstimos livres a juros zero na tentativa de estabilizar o mercado. Oitenta anos depois, o imperador Adriano unilateralmente perdoou 225 milhões de dinares em impostos atrasados, o que gerou um grande ressentimento entre as pessoas que já haviam dolorosamente se esforçado para pagar seus tributos por completo.
O sistema monetário
A integridade do sistema monetário romano permaneceu relativamente intacta até o reinado do Imperador Nero (54-68 d.C.).  Nero é mais conhecido por ter assassinado a própria mãe, por preferir as artes à administração civil, e por perseguir os cristãos.  Mas ele também foi o primeiro a depreciar o padrão monetário que havia sido estabelecido por Augusto (27 a.C. - 14 d.C.), o primeiro imperador de Roma.
Já em 64 d.C., Nero exauriu os cofres romanos por causa do Grande Incêndio de Roma e também por causa de sua predileção pela gastança depravada (a qual construiu um espalhafatoso palácio).
Nero recorreu à inflação monetária para financiar o império, inicialmente reduzindo o teor de prata do denário, de 98% para 93%, o que permitiu que mais moedas fossem fabricadas com um mesmo volume de prata.  Essa foi a primeira depreciação dessa magnitude em mais de 250 anos.  Isso gerou uma relativamente alta inflação de preços e temporariamente abalou a confiança dos cidadãos romanos.
Após Nero, vários sucessivos imperadores continuamente reduziram o teor de prata do denário.  A pior desvalorização ocorreu sob o imperador-filósofo Marco Aurélio (que reinou de 161 a 180 d.C.), que desvalorizou o denário para um teor de 79% de prata com o intuito de financiar suas constantes guerras e seus contínuos aumentos de gastos.
Esse era, até então, o mais impuro padrão monetário criado para o denário em toda a história romana.  Mas as coisas ainda iriam piorar.
O filho de Marco Aurélio, Lucio Aurélio Cómodo (que reinou de 177 a 192 d.C.), que gostava de se apresentar como Gladiador no Coliseu, também foi, assim como o pai, um adepto da gastança desmesurada.  Seguindo os mesmos passos dos seus antecessores, ele reduziu o teor de prata do denário para apenas 74%.
A cada desvalorização da moeda os preços eram pressionados para cima, e isso foi gradualmente diminuindo a confiança do povo no sistema monetário romano.  O aviltamento da moeda e a subsequente expansão da oferta monetária forneciam, no curto prazo, um alívio para as finanças do estado, mas isso durava apenas até o momento em que os mercadores, os legionários e as forças de mercado se dessem conta do que havia acontecido.
Sob o Imperador Septímio Severo (que reinou de 193 a 211 d.C.), um número crescente de soldados começou a exigir que suas bonificações fossem pagas em ouro ou em mercadorias, para escapar da corrosão do poder de compra do denário.  O filho de Severo, Caracala (que reinou de 198-217) — embora seja mais lembrado por seus sanguinolentos massacres, pelo assassinato do seu irmão, e por ter sido assassinado enquanto urinava —, aprofundou a política de desvalorização da moeda até reduzir o teor de prata do denário para 50%.  Tudo isso para financiar a máquina de guerra romana e suas construções megalomaníacas.
Outros imperadores, como Pertinax e Macrino, tentaram retornar Roma a um sistema monetário mais sólido aumentando o teor de prata do denário e fazendo algumas reformas no sistema.  Porém, sempre que um imperador fortalecia o denário, um rival conseguia conquistar a lealdade do exército, destruindo todo o progresso feito e frequentemente assumindo o trono.
Com o tempo, o denário de prata foi abandonado, e o mais jovem imperador de Roma, Gordiano III (238 - 244 d.C.), substituiu o denário pelo seu concorrente, o antoniniano.
No entanto, já no reinado do Imperador Cláudio II (que reinou de 268 a 270 d.C.), que é lembrado por suas proezas militares e por ter quebrado os dentes de um cavalo com um murro, o antoniniano foi reduzido a uma levíssima moeda que continha apenas 2% de prata.  O antoniniano acabou sendo substituído pelo aurelianiano, e este acabou sendo substituído pelo nummo.  Já em 341 d.C., o Imperador Constante I (que reinou de 337 a 350 d.C.) diminuiu o nummo para apenas 0,4% de prata.
O sistema monetário romano já estava em frangalhos e a inflação de preços já havia saído completamente do controle há muitas gerações.
Nesse ínterim, os gastos continuavam aumentando
No início do segundo século d.C., o imperador Trajano conquistou a Dácia (atual Romênia), lotando os cofres do estado romano com os esbulhos. Ao ver essa bonança, não tardou o lançamento de um novo programa social, o alimenta, o qual competia com instituições bancárias privadas ao oferecer empréstimos a juros baixos para proprietários de terras e utilizava os juros para beneficiar crianças desprivilegiadas. Os sucessores de Trajano deram continuidade a esse programa até que a supracitada desvalorização do denário colaborasse para a extinção do alimenta.
Em 301 d.C., enquanto o imperador Diocleciano estava reestruturando o governo, o exército e a economia, ele baixou o famoso Édito Máximo, que impunha um congelamento de preços. Ele estipulou um teto de preços para carnes, cereais, ovos, roupas e outros bens, e instituiu a pena de morte para qualquer um que vendesse seus artigos a um preço maior do que o estabelecido.
Roma havia se tornado um estado totalitário que colocava a culpa dos problemas econômicos sob as costas de supostos aproveitadores egoístas.
O resultado, como não poderia deixar de ser, foi que as pessoas simplesmente pararam de colocar seus bens à venda no mercado, dado que elas não mais poderiam obter um preço sensato por eles.  Comerciantes estocaram seus bens, recusando-se a vendê-los pelo preço imposto pelo governo.  Outros estocaram simplesmente para não correr o risco de serem erroneamente acusados de estarem vendendo a preços acima do determinado, ficando assim sujeitos a execuções.  Os trabalhadores reagiram ao congelamento de salários desaparecendo do expediente ou simplesmente ficando sentados, sem fazer nada.
Isso aumentou acentuadamente a escassez.
Após a morte de várias pessoas, os romanos simplesmente passaram a ignorar esse decreto, até que a lei foi finalmente revogada.
Colossais programas assistencialistas também se tornaram a norma na Roma antiga. No seu auge, a maior despesa do estado era com um exército de 300.000 a 600.000 legionários. Os soldados perceberam seu papel e importância dentro da política romana, e consequentemente suas exigências aumentaram. Eles passaram a exigir programas de aposentadoria exorbitantes na forma de hectares de terras cultiváveis e de grandes bonificações em ouro equivalentes ao somatório de mais de uma década de seu salário. Eles também exigiam bonificações consideráveis e periódicas apenas para controlar as revoltas.
Ao final, em um período de aproximadamente 370 anos, o denário e todos os seus sucessores, para financiar toda essa depravação, foram continuamente desvalorizados.  Uma moeda que começou com um teor de prata de 98% terminou com um teor de prata menor que 1%.
Os maciços programas de gastos do governo, todos eles feitos com o intuito de "ajudar" os romanos, acabaram por impor um terrível fardo sobre seus cidadãos.
Conclusão
A experiência romana nos ensina lições importantes. Como comenta Howard Kershner, um economista do século XX:
Quando um povo até então independente confere ao seu governo o poder de tirar de uns e dar a outros, o processo não cessará até a última gota de sangue do último pagador de impostos ser sugada.
Colocar a sua vida nas mãos de políticos corruptos compromete não somente sua independência pessoal, mas também a integridade financeira da sociedade. Uma vez iniciado, é difícil impedir o crescimento do estado. E, normalmente, as coisas não acabam bem.
Completamente debilitada, Roma, o outrora poderoso, temível e invencível Império, quedou-se perante seus invasores bárbaros em 476 d.C.
Mas o fato é que até hoje não sabemos quem eram os verdadeiros bárbaros: os invasores ou o povo romano que apoiava o estado e os políticos que debilitaram a economia ao ponto de o Império Romano cair como uma manga madura
Talvez os reais bárbaros eram os próprios romanos que haviam efetivamente cometido um suicídio econômico em câmera lenta.
Lawrence W. Reed e Marc Hyden
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fefefernandes80 · 4 years
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Mourão diz que Ustra era “homem que respeitava direitos humanos de subordinados”
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O militar é apontado por dezenas de perseguidos políticos e familiares de vítimas da ditadura militar como responsável pelas perseguições, tortura e morte de opositores do golpe de 64 Valter Campanato/Agência Brasil O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, em entrevista à agência de notícias alemã Deutsche Welle, que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado por tortura na ditadura militar, foi um homem de “honra”, “que respeitava os direitos humanos de seus subordinados”.
O militar, que morreu em 2015, aos 83 anos, é apontado por dezenas de perseguidos políticos e familiares de vítimas do regime militar como responsável pelas perseguições, tortura e morte de opositores do golpe de 64.
“O que posso dizer sobre o homem Carlos Alberto Brilhante Ustra, ele foi meu comandante no final dos anos 70 do século passado, e era um homem de honra e um homem que respeitava os direitos humanos de seus subordinados. Então, muitas das coisas que as pessoas falam dele, eu posso te contar, porque eu tinha uma amizade muito próxima com esse homem, isso não é verdade”, disse o vice-presidente.
Wilson Dias/ABr Mourão afirmou que a tortura não é uma prática que o governo brasileiro concorda ou “simpatize”, mas comentou que muitas pessoas que lutaram contra guerrilhas urbanas nos anos 60 e 70 foram “injustamente acusadas de serem torturadoras”. “Em primeiro lugar, não estou alinhado com a tortura, e, claro, muitas pessoas ainda estão vivas daquela época, e todas querem colocar as coisas da maneira que viram. É por isso que eu disse antes que temos que esperar que todos esses atores desapareçam para que a história faça sua parte. E, claro, o que realmente aconteceu durante esse período… esse período passou”, disse. Mourão afirmou que, durante a ditadura, os militares “fizeram coisas muito boas pelo Brasil e outras coisas não foram tão bem” e disse que a “história só pode ser julgada com o passar do tempo”. “Ainda estamos a cerca de 50 anos desse período. Precisamos de mais 50 anos para que esse período seja bem avaliado”, acrescentou.
O vice-presidente afirmou também que a democracia é um dos objetivos nacionais permanentes e que o governo quer tornar o Brasil a “democracia mais brilhante do hemisfério Sul”.
Questionado se o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar operação da Polícia Federal contra aliados do presidente, no âmbito do inquérito das fake news, em que o presidente afirmou que as Forças Armadas “não cumprem ordens absurdas”, Mourão disse que não se tratava de uma ameaça. “As Forças Armadas estão alinhadas com sua missão constitucional, e não estão saindo dela. As coisas aqui no Brasil estão tranquilas e indo bem. E deixo bem claro que a democracia é um valor não só para o governo Bolsonaro, mas também para as nossas Forças Armadas. Então não existe nenhuma ameaça ao Supremo Tribunal Federal ou ao sistema Legislativo aqui no Brasil”, afirmou. O vice-presidente disse ainda que a participação de Bolsonaro em atos que pediam o fechamento do Congresso e do Supremo também não eram uma ameaça à democracia. E disse que a afirmação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que viu “agressões gratuitas à democracia” na ocasião, eram ocasionadas pela “polarização na política”. “Não, isso acontece porque há polarização na política. O governo de São Paulo se opôs a Bolsonaro. Isso é muito mais conversa do que, digamos, ação”, comentou.
Questionado se essa era uma conversa perigosa, o vice-presidente afirmou que não, já que “ninguém tem poder de fazer o que quer aqui no Brasil”. “Não, não é perigosa. É perigoso quando você tem poder de fazer o que quer, mas ninguém tem poder de fazer o que quer aqui no Brasil”, afirmou. Ustra, conhecido nos porões da ditadura como “Dr. Tibiriçá”, era o único militar brasileiro declarado torturador pela Justiça. O Dossiê Ditadura, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, relaciona o coronel com 60 casos de mortes e desaparecimentos em São Paulo.
A Arquidiocese de São Paulo, por meio do projeto Brasil Nunca Mais, denunciou mais de 500 casos de tortura cometidos dentro das dependências do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) no período em que Ustra era o comandante, de 1970 a 1974.
Em 2015, o Ministério Público Federal (MPF), ofereceu denúncia contra Ustra. Ele é apontado como responsável pela morte do militante comunista Carlos Nicolau Danielli, sequestrado e torturado nas dependências do DOI-CODI, em dezembro de 1972.
Leia o artigo original em: Valor.com.br
Via: Blog da Fefe
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lovacedon · 4 years
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Mourão diz que Ustra era "homem de honra que respeitava direitos humanos"
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O militar é apontado por dezenas de perseguidos políticos e familiares de vítimas da ditadura militar como responsável pelas perseguições, tortura e morte de opositores do golpe de 64 Valter Campanato/Agência Brasil O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, em entrevista à agência de notícias alemã Deutsche Welle, que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado por tortura na ditadura militar, foi um homem de "honra", "que respeitava os direitos humanos de seus subordinados". O militar, que morreu em 2015, aos 83 anos, é apontado por dezenas de perseguidos políticos e familiares de vítimas do regime militar como responsável pelas perseguições, tortura e morte de opositores do golpe de 64. "O que posso dizer sobre o homem Carlos Alberto Brilhante Ustra, ele foi meu comandante no final dos anos 70 do século passado, e era um homem de honra e um homem que respeitava os direitos humanos de seus subordinados. Então, muitas das coisas que as pessoas falam dele, eu posso te contar, porque eu tinha uma amizade muito próxima com esse homem, isso não é verdade", disse o vice-presidente. Wilson Dias/ABr Mourão afirmou que a tortura não é uma prática que o governo brasileiro concorda ou "simpatize", mas comentou que muitas pessoas que lutaram contra guerrilhas urbanas nos anos 60 e 70 foram "injustamente acusadas de serem torturadoras". "Em primeiro lugar, não estou alinhado com a tortura, e, claro, muitas pessoas ainda estão vivas daquela época, e todas querem colocar as coisas da maneira que viram. É por isso que eu disse antes que temos que esperar que todos esses atores desapareçam para que a história faça sua parte. E, claro, o que realmente aconteceu durante esse período... esse período passou", disse. Mourão afirmou que, durante a ditadura, os militares "fizeram coisas muito boas pelo Brasil e outras coisas não foram tão bem" e disse que a "história só pode ser julgada com o passar do tempo". "Ainda estamos a cerca de 50 anos desse período. Precisamos de mais 50 anos para que esse período seja bem avaliado", acrescentou. O vice-presidente afirmou também que a democracia é um dos objetivos nacionais permanentes e que o governo quer tornar o Brasil a "democracia mais brilhante do hemisfério Sul". Questionado se o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar operação da Polícia Federal contra aliados do presidente, no âmbito do inquérito das fake news, em que o presidente afirmou que as Forças Armadas "não cumprem ordens absurdas", Mourão disse que não se tratava de uma ameaça. "As Forças Armadas estão alinhadas com sua missão constitucional, e não estão saindo dela. As coisas aqui no Brasil estão tranquilas e indo bem. E deixo bem claro que a democracia é um valor não só para o governo Bolsonaro, mas também para as nossas Forças Armadas. Então não existe nenhuma ameaça ao Supremo Tribunal Federal ou ao sistema Legislativo aqui no Brasil", afirmou. O vice-presidente disse ainda que a participação de Bolsonaro em atos que pediam o fechamento do Congresso e do Supremo também não eram uma ameaça à democracia. E disse que a afirmação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que viu "agressões gratuitas à democracia" na ocasião, eram ocasionadas pela "polarização na política". "N��o, isso acontece porque há polarização na política. O governo de São Paulo se opôs a Bolsonaro. Isso é muito mais conversa do que, digamos, ação", comentou. Questionado se essa era uma conversa perigosa, o vice-presidente afirmou que não, já que "ninguém tem poder de fazer o que quer aqui no Brasil". "Não, não é perigosa. É perigoso quando você tem poder de fazer o que quer, mas ninguém tem poder de fazer o que quer aqui no Brasil", afirmou. Ustra, conhecido nos porões da ditadura como “Dr. Tibiriçá”, era o único militar brasileiro declarado torturador pela Justiça. O Dossiê Ditadura, da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, relaciona o coronel com 60 casos de mortes e desaparecimentos em São Paulo. A Arquidiocese de São Paulo, por meio do projeto Brasil Nunca Mais, denunciou mais de 500 casos de tortura cometidos dentro das dependências do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) no período em que Ustra era o comandante, de 1970 a 1974. Em 2015, o Ministério Público Federal (MPF), ofereceu denúncia contra Ustra. Ele é apontado como responsável pela morte do militante comunista Carlos Nicolau Danielli, sequestrado e torturado nas dependências do DOI-CODI, em dezembro de 1972. Mourão diz que Ustra era "homem de honra que respeitava direitos humanos"
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ocombatenterondonia · 6 months
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Ministros usam redes sociais para lembrar 60 anos do golpe de 64
Ao menos sete ministros de Estado usaram as redes sociais neste domingo (31) para fazer referência aos 60 anos do golpe militar de 1964, que instaurou no país a ditadura que duraria 21 anos. O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, fez uma publicação na rede X (antigo Twitter) com o título “Por que ditadura nunca mais?”. Como resposta para a pergunta, ele citou desejos de…
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Todos os 92 vencedores do Oscar de Melhor Filme, classificados do pior ao melhor
O site americano Business Insider publicou um ranking com todos os títulos ganhadores do Oscar de Melhor Filme ao longo dos 91 anos da premiação. A seleção foi realizada a partir das notas atribuídas aos filmes por críticos no site especializado em cinema Rotten Tomatoes. Em casos de empate, as avaliações dos espectadores serviram como critério de decisão.
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Organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o Oscar é considerado o prêmio mais grandioso e prestigiado do audiovisual. A cerimônia, que é realizada anualmente, entrega prêmios em 24 categorias, sendo a de “Melhor Filme” a principal delas. O site americano Business Insider organizou um ranking com todos os títulos ganhadores do Oscar de Melhor Filme ao longo dos 92 anos da premiação. A seleção foi realizada a partir das notas atribuídas aos filmes por críticos no site especializado em cinema Rotten Tomatoes. Em casos de empate, as avaliações dos espectadores serviram como critério de decisão. Entre os primeiros colocados, estão alguns dos maiores clássicos, como “O Poderoso Chefão” (1972), de Francis Ford Coppola; e “Farrapo Humano” (1945), dirigido por Billy Wilder.
92 — Melodia da Broadway (1929), Harry Beaumont
91 — O Maior Espetáculo da Terra (1952), Cecil B. DeMille
90 — Cimarron (1931), Wesley Ruggles
89 — Cavalgada (1933), Frank Lloyd
88 — Entre Dois Amores (1985), Sydney Pollack
87 — Ziegfeld: O Criador de Estrelas (1936), Robert Z. Leonard
86 — A Volta ao Mundo em 80 Dias (1956), Michael Anderson e John Farrow
85 — Forrest Gump: O Contador de Histórias (1994), Robert Zemeckis
84 — Crash: No Limite (2004), Paul Haggis
83 — Uma Mente Brilhante (2001), Ron Howard
82 — Gladiador (2000), Ridley Scott
81 — Coração Valente (1995), Mel Gibson
80 — A Vida de Emile Zola (1937), William Dieterle
79 — Green Book: Um Guia Para a Vida (2018), Peter Farrelly
78 — A Luz é Para Todos (1947), Elia Kazan
77 — Gigi (1958), Vincente Minnelli
76 — O Bom Pastor (1944), Leo McCarey
75 — Conduzindo Miss Daisy (1989), Bruce Beresford
74 — Oliver! (1968), Carol Reed
73 — O Homem Que Não Vendeu Sua Alma (1966), Fred Zinnemann
72 — Dança com Lobos (1990), Kevin Costner
71 — Carruagens de Fogo (1981), Hugh Hudson
70 — Laços de Ternura (1983), James L. Brooks
69 — A Noviça Rebelde (1965), Robert Wise
68 — Gandhi (1982), Richard Attenborough
67 — As Aventuras de Tom Jones (1963), Tony Richardson
66 — O Paciente Inglês (1996), Anthony Minghella
65 — Grande Hotel (1932), Edmund Goulding
64 — Chicago (2002), Rob Marshall
63 — Ben-Hur (1959), William Wyler
62 — Beleza Americana (1999), Sam Mendes
61 — Platoon (1986), Oliver Stone
60 — Titanic (1997), James Cameron
59 — Gente Como a Gente (1980), Robert Redford
58 — Kramer vs. Kramer (1979), Robert Benton
57 — Rain Man (1988), Barry Levinson
56 — E o Vento Levou (1939), Victor Fleming, George Cukor e Sam Wood
55 — Como Era Verde o Meu Vale (1941), John Ford
54 — Perdidos na Noite (1969), John Schlesinger
53 — Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) (2014), Alejandro G. Iñárritu
52 — Hamlet (1948), Laurence Olivier
51 — O Último Imperador (1987), Bernardo Bertolucci
50 — Menina de Ouro (2004), Clint Eastwood
49 — Quem Quer Ser um Milionário? (2008), Danny Boyle
48 — Os Infiltrados (2006), Martin Scorsese
47 — A Forma da Água (2017), Guillermo del Toro
46 — Shakespeare Apaixonado (1998), John Madden
45 — A Um Passo da Eternidade (1953), Fred Zinnemann
44 — Rosa de Esperança (1942), William Wyler
43 — Do Mundo Nada se Leva (1938), Frank Capra
42 — Asas (1927), William A. Wellman e Harry d’Abbadie d’Arrast
41 — Amor, Sublime Amor (1961), Jerome Robbins e Robert Wise
40 — Onde os Fracos não Têm Vez (2007), Ethan Coen e Joel Coen
39 — O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003), Peter Jackson
38 — Golpe de Mestre (1973), George Roy Hill
37 — Amadeus (1984), Milos Forman
36 — Rocky: Um Lutador (1976), John G. Avildsen
35 — O Grande Motim (1935), Frank Lloyd
34 — O Franco Atirador (1978), Michael Cimino
33 — Se Meu Apartamento Falasse (1960), Billy Wilder
32 — Um Estranho no Ninho (1975), Milos Forman
31 — Sinfonia de Paris (1951), Vincente Minnelli
30 — O Artista (2011), Michel Hazanavicius
29 — Minha Bela Dama (1964), George Cukor
28 — 12 Anos de Escravidão (2013), Steve McQueen
27 — O Discurso do Rei (2010), Tom Hooper
26 — A Ponte do Rio Kwai (1957), David Lean
25 — Argo (2012), Ben Affleck
24 — No Calor da Noite (1967), Norman Jewison
23 — Os Melhores Anos de Nossa Vida (1946), William Wyler
22 — Patton: Rebelde ou Herói? (1970), Franklin J. Schaffner
21 — Os Imperdoáveis (1992), Clint Eastwood
20 — O Silêncio dos Inocentes (1991), Jonathan Demme
19 — A Grande Ilusão (1949), Robert Rossen
18 — Guerra ao Terror (2008), Kathryn Bigelow
17 — Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), Woody Allen
16 — Spotlight: Segredos Revelados (2015), Tom McCarthy
15 — O Poderoso Chefão II (1974), Francis Ford Coppola
14 — A Lista de Schindler (1993), Steven Spielberg
13 — Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016), Barry Jenkins
12 — Operação França (1971), William Friedkin
11 — Aconteceu Naquela Noite (1934), Frank Capra
10 — Lawrence da Arábia (1962), David Lean
9 — Sindicato de Ladrões (1954), Elia Kazan
8 — Casablanca (1942), Michael Curtiz
7 — O Poderoso Chefão (1972), Francis Ford Coppola
6 — Parasita (2019), de Bong Joon-ho
5 — Marty (1955), Delbert Mann
4 — Nada de Novo no Front (1930), Lewis Milestone
3 — Farrapo Humano (1945), Billy Wilder
2 — Rebecca, A Mulher Inesquecível (1940), Alfred Hitchcock
1 — A Malvada (1950), Joseph L. Mankiewicz
Todos os 92 vencedores do Oscar de Melhor Filme, classificados do pior ao melhor publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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alvaromatias1000 · 5 years
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Parlamentarismo Orçamentário e Déficit Primário
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Os investimentos do governo federal em 2019 tiveram um ligeiro aumento em relação a 2018, ao somar R$ 57,3 bilhões (0,78% do PIB), mas a tendência para 2020 é cair para R$ 45,1 bilhões (0,58% do PIB). Se confirmada a dotação inicial, será o menor volume desde 2008.
Isso deve acontecer porque a ampliação do investimento no ano passado está diretamente ligada ao aumento da participação da União no capital das empresas estatais. Do investimento de R$ 57,3 bilhões, R$ 10,1 bilhões se referem à capitalização de empresas, próxima a dotação orçamentária prevista para 2020. Se não fosse isso, o montante de investimento já seria o menor em 11 anos.
Nos últimos anos, após o golpe de 2016, os investimentos têm sido comprimidos com o sucessivo aumento das despesas obrigatórias.
Em 2019, o governo federal desembolsou R$ 317,9 bilhões, o equivalente a 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB), com pagamento de benefícios previdenciários para os trabalhadores da iniciativa privada, servidores públicos civis e militares. Do total, R$ 217,5 bilhões foram destinados ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), e R$ 100,4 bilhões, ao Regime Próprio.
“Os déficits acentuados na Previdência (regimes geral e próprio) têm retirado espaço para a realização de políticas sociais e de investimentos públicos”, informou o relatório do Tesouro.
Mariana Ribeiro e Edna Simão (Valor, 30/01/2020) informam: a concentração de capitalização de empresas estatais no fim do ano passado fez com o déficit primário do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) fechar o ano em R$ 95,065 bilhões, acima das projeções mais recentes da equipe econômica. Houve um repasse de R$ 9,6 bilhões a empresas estatais somente em dezembro.
Essas capitalizações estavam previstas para 2020 e acabaram sendo antecipadas para 2019. É o caso, por exemplo, da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron): recebeu R$ 7,6 bilhões no mês passado. A decisão sobre o aumento da participação da União na estatal foi tomada em novembro. As alocações orçamentárias são fruto de decisões políticas. Não cabe ao Tesouro questionar.
O programa de capitalização da estatal já estava aprovado e deveria ser executado ao longo dos próximos anos. Havia consenso sobre o fato de que os navios da Marinha estavam sucateados e precisavam ser substituídos, assim, com espaço no Orçamento, foi optado pela antecipação integral do repasse.
No ano passado, foram repassados também R$ 1,5 bilhão para a Infraero e R$ 1 bilhão para a Telebras. Devido às antecipações, o volume de capitalizações deve ser baixo em 2020, na ordem de R$ 4 milhões. Mas vão surgir outras demandas por recursos em 2020. Dificilmente o governo terá recursos para atendê-las.
No ano passado, as contas do governo central ficaram no negativo pelo sexto ano seguido. Esse foi, no entanto, o menor rombo desde 2014. O déficit primário ficou bem abaixo da meta para o ano, negativa em R$ 139 bilhões, foi puxado pela Previdência Social. Ela ficou no vermelho em R$ 213,179 bilhões. No período, Tesouro Nacional e Banco Central tiveram superávit de R$ 118,114 bilhões.
A arrecadação do país no ano passado foi fortemente influenciada por receitas extraordinárias, ou seja, podem não se repetir. No ano, a arrecadação com concessões e permissões subiu 306% em relação ao ano anterior, puxada pelos recursos do leilão da cessão onerosa, realizado em novembro. Além disso, houve uma alta de 160% nas receitas com dividendos e participações.
Grande parte das receitas de concessão entrou nos caixas da União no fim de 2019, o que levou a maior empoçamento (limite autorizado, mas não gasto por ministérios) e consequente melhora do primário. Também ajudaram o resultado do ano passado despesas programadas que não ocorreram, como despesas com pessoal superestimadas em R$ 5,7 bilhões.
A queda no gasto do governo, mesmo após a criação do teto de gasto, tem sido pequena. Pela regra, a despesa precisa cair quatro pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) até 2026 e, até agora, só caiu 0,5 ponto.
Em 2019, sete órgãos do Poder Judiciário e dois do Ministério Público ficaram acima do teto e só conseguiram cumprir a regra graças à compensação de R$ 2,496 bilhões feita pela União, o que não será mais permitido neste ano. A Justiça do Trabalho foi a que necessitou de maior compensação (R$ 1,633 bilhão).
Envolto em uma crise por causa dos problemas na correção do Enem, o Ministério da Educação teve uma forte queda nos seus gastos discricionários (aqueles que podem ser livremente direcionados pelo gestor) em 2019. De acordo com os dados do Tesouro Nacional, essas despesas (cujo fluxo depende das autorizações de limite orçamentário e financeiro pelo ministério da Economia) caíram R$ 3,2 bilhões, um recuo real (atualizado pelo IPCA) de 16%. Os valores pagos nessa área totalizaram R$ 21,8 bilhões no ano passado, segundo o Tesouro.
Entre os setores relacionados pelo Tesouro, a Educação estava entre os com pior desempenho, junto com Transportes (17,1% de queda real) e Administração (-16,9%). A Saúde teve recuo de 4,3% além da inflação em sua despesa discricionária.
Nos gastos obrigatórios, mas com possibilidade de controle de fluxo financeiro ao longo do ano, também houve queda nas despesas com Educação: -14,4% em valores corrigidos pelo IPCA!
A pasta comandada pelo polêmico Abraham Weintraub, um dos mais fervorosos bolsonaristas e seguidor de Olavo de Carvalho (ideólogo do bolsonarismo), teve o maior “empoçamento” de recursos, categoria no qual o dinheiro fica disponível, mas não é gasto pelo ministério. Ficaram parados R$ 4,5 bilhões no MEC no ano passado!
Apesar de o resultado do governo central ter ficado aquém do projetado, o que interessa, em termos de meta, é o déficit do setor público consolidado. Ele inclui os governos federal, estaduais e municipais e estatais.
O resultado será divulgado pelo Banco Central e deve ficar negativo entre R$ 60 bilhões e R$ 80 bilhões, frente a uma meta negativa em R$ 132 bilhões.
Questionado sobre a promessa do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao assumir o cargo, de zerar o déficit público já em 2019, Mansueto disse que “o que vale é o que o ministro escreveu” na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),onde há projeção de déficit até o fim do governo. Segundo ele, no melhor dos cenários, o país voltará a registrar superávit em 2022.
Ribamar Oliveira (Valor, 30/01/20) informa: o Congresso criou, nos últimos anos, o que já está sendo chamado na área técnica de “parlamentarismo orçamentário”. Além de toda a peça orçamentária ter se tornado impositiva, mais de 50% dos investimentos da União foram alocados no Orçamento de 2020 por meio de emendas parlamentares. Isto significa que deputados e senadores vão dizer, neste ano, na maioria dos casos, onde e em que obras as verbas serão gastas.
A nova realidade orçamentária abrirá a primeira crise entre o governo Jair Bolsonaro e o Congresso Nacional neste início de ano legislativo. Já está negociada pelas principais lideranças da Câmara dos Deputados e do Senado a derrubada do veto do presidente da República ao artigo 64-A da lei 13.957. Ele alterou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), válida para 2020.
A lei 13.957 torna obrigatória as emendas ao Orçamento feitas pelas comissões do Senado e da Câmara e pelo relator-geral. O artigo 64-A, motivo da disputa entre Executivo e o Congresso, determina que a execução das programações das emendas deverá observar as indicações de beneficiários e a ordem de prioridades feitas pelos respectivos autores.
Traduzindo o economês, o parlamentar é quem vai indicar o órgão para onde os recursos de suas emendas serão destinados, as obras ou serviços que serão realizados e, em caso de contingenciamento das dotações orçamentárias, qual é a ordem de prioridade. O parlamentar será, portanto, o verdadeiro gestor do recurso orçamentário.
Além disso, o artigo vetado pelo presidente determina que o governo, ao fazer o contingenciamento das dotações orçamentárias, reduza as emendas feitas pelas comissões do Senado e da Câmara e pelo relator-geral na mesma proporção das demais despesas. Bolsonaro vetou dispositivos que darão efetivo controle sobre a execução das emendas parlamentares aos seus autores.
Na mensagem do veto, o presidente argumenta o dispositivo proposto pelos parlamentares ser contrário ao interesse público, pois “é incompatível com a complexidade operacional do procedimento estabelecer que as indicações e priorizações das programações com identificador de resultado primário derivado de emendas sejam feitas pelos respectivos autores”.
É muito provável o Bolsonaro perder também nesta questão, pois o artigo vetado tem o apoio dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Os deputados e senadores não abrem mão de gerir suas emendas e da proporcionalidade no contingenciamento.
As emendas parlamentares ao Orçamento deste ano somam R$ 48,5 bilhões – um recorde histórico. Do total, R$ 9,4 bilhões são de emendas individuais, R$ 8,2 bilhões, de emendas de bancadas estaduais, e R$ 687,3 milhões, de comissões. Só o relator- geral do Orçamento, Domingos Neto (PSD-CE), apresentou emendas no total de R$ 30,1 bilhões (ver tabela abaixo). Do total das emendas parlamentares, R$ 23,8 bilhões foram destinados aos investimentos, que estão programados em R$ 41 bilhões para este ano.
Com a derrubada do veto, os parlamentares passarão a gerir, diretamente, mais da metade dos investimentos da União. Na prática, isto significa que serão eles que dirão aos ministros de cada área onde deverão aplicar os recursos orçamentários. Irão escolher a obra e definir prioridades. Toda a lógica orçamentária que predominou até agora será alterada.
Era comum encontrar deputados e senadores nos gabinetes de autoridades, às vezes sem conseguir serem recebidos, com pedidos para que os recursos das emendas fossem liberados e que a destinação ocorresse para as obras que desejavam. As solicitações eram atendidas, muitas vezes, depois de assegurados os votos favoráveis a projetos de lei de interesse do Executivo.
A partir deste ano, serão os ministros que terão que procurar os deputados e senadores para que eles destinem suas emendas para as obras que o governo considera prioritárias. Os encontros de ministros com parlamentares com esse objetivo já começaram. “Agora, é o ministro que está indo atrás do parlamentar”, sintetizou um líder partidário.
Mesmo que o veto do presidente não seja derrubado, o artigo quarto da lei orçamentária deste ano (lei 13.978/2020) proíbe, em seu parágrafo 7o, o cancelamento de valores incluídos ou acrescidos no Orçamento por emendas parlamentares. Tudo terá que ser feito com a concordância ou sugestão do autor da emenda.
A emenda constitucional 100 estabelece ser um dever da administração executar as programações orçamentárias. A emenda 102 esclarece que a execução obrigatória se aplica exclusivamente às despesas primárias discricionárias, que são, justamente, os alvos das emendas parlamentares.
Nas próximas semanas, o governo deverá editar o primeiro decreto de programação orçamentária e financeira do Tesouro neste ano, com um contingenciamento das dotações. Neste documento, saberemos como o governo entendeu a impositividade das emendas parlamentares.
Parlamentarismo Orçamentário e Déficit Primário publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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Bolsonaro copia editorial da Globo de 1984 para exaltar ditadura
Em seu pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, o  presidente Jair Bolsonaro (sem partido) transformou o sete de setembro – dia em que se comemora a Independência do Brasil de Portugal – em defesa da barbárie ao exaltar a ditadura militar e em alfinetada à Globo ao copiar trechos de um editoral no qual o grupo defende o golpe de 1964 e o chama de revolução.
No dia da Independência do Brasil, para defender o regime que torturou e assassinou brasileiros, Bolsonaro citou trechos de um editorial do “O Globo”, publicado em 1984, em defesa do golpe militar de 1964.
O editorial assinado por Roberto Marinho (1904-2003) diz: “Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”.
Ontem, Bolsonaro afirmou: “Nos anos 60, quando a sombra do comunismo nos ameaçou, milhões de brasileiros, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, foram às ruas contra um país tomado pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”.
Em 2013, O Globo fez autocrítica afirmando que “o apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro” e apontou: “O apoio a 1964 pareceu aos que dirigiam o jornal e viveram aquele momento a atitude certa, visando ao bem do país. À luz da História, contudo, não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E, quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma”.
Não há como defender a independência do Brasil, defendendo a ditadura. Independência quer dizer, segundo o próprio dicionário: Ter autonomia, liberdade, ausência de subordinação, autonomia política e soberania nacional.
Nenhum desses significados foram respeitados pela ditadura. Brasileiros não eram livres para pensar e expressar. Nossa política econômica era subordinada aos interesses dos Estados Unidos e portanto nossa soberania nacional era atacada.
Em 2020, não há como falar em independência sem falar em ações para que brasileiros parem de morrer, aos montes, por causa da covid-19 e sobre isso, Bolsonaro não fez uma menção sequer. Como ser independente se não conseguimos nem, ao menos, nos manter vivos?
Também não há como ser uma nação livre, que caminha com suas próprias pernas, se não há emprego e desenvolvimento econômico e social. No momento em que mais de 40 milhões de brasileiros estão desempregados ou trabalhando na informalidade (de acordo com dados do IBGE), Bolsonaro ir á rede nacional falar sobre o Dia da Independência, sem falar em geração de empregos, é apenas demagogia.
Na prática, até hoje, o Brasil ainda trabalha para completar sua independência, mas o discurso de Bolsonaro, na noite de ontem, representa um retrocesso para que esta etapa seja concluída.
Bolsonaro copia editorial da Globo de 1984 para exaltar ditadurapublicado primeiro em como se vestir bem
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piranot · 4 years
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Nesta sexta-feira (17), Piracicaba registra duas mortes e 131 novos casos de coronavírus
Nesta sexta-feira, dia 17, a Prefeitura de Piracicaba informou que duas mortes por coronavírus (Covid-19) foram registradas hoje aqui no município. Além disso, Piracicaba também registrou hoje 131 novos casos da doença.
Foto: Carlos Alberto Silva
De acordo com a Prefeitura, as vítimas fatais de hoje são dois homens: 71 (morador do Lar dos Velhinhos) e 78 anos.  Já em relação aos 131 novos casos da doença registrados hoje, temos:
73 homens: 53, 42, 57, 45, 43, 56, 11, 34, 29, 24, 36, 42, 35, 35, 36, 63, 37, 25, 39, 19, 31, 32, 36, 33, 52, 40, 34, 74, 39, 47, 60, 40, 21, 47, 58, 33, 50, 41, 10, 25, 45, 44, 37, 41, 48, 44, 33, 30, 45, 41, 29, 56, 31, 36, 66, 35, 30, 35, 21, 26, 43, 31, 66, 51, 71, 24, 64, 66, 41, 35, 61, 53, 24 anos de idade;
58 mulheres: 53, 29, 55, 22, 51, 61, 60, 32, 43, 38, 48, 28, 37, 33, 45, 42, 61, 1, 20, 41, 55, 50, 66, 37, 27, 31, 41, 29, 20, 38, 71, 35, 28, 8, 48, 41, 28, 36, 30, 79, 28, 57, 27, 54, 28, 36, 33, 44, 26, 39, 97, 40, 76, 61, 53, 47, 61, 65 anos de idade.
Até o momento, Piracicaba possui ao todo: 5.408 casos confirmados de coronavírus, 993 casos suspeitos, 6.275 casos descartados, 3.559 casos recuperados, 1.699 pessoas em tratamento, e 150 óbitos. As informações são da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.
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“Sugeri que a Festa das Nações de Piracicaba fosse alterada para setembro”, diz secretária da Smads
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thecapitaladvisor · 4 years
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As 20 Ações que mais caíram na bolsa com o Coronavírus (até agora)
As 20 ações que mais caíram na bolsa de valores acumulam queda de até 70%, alguns setores da economia sofreram mais com a pandemia do Coronavírus. O mês de março ficou marcado a ferro na história da Bolsa de Valores – e na pele dos investidores que não conseguiram se proteger a tempo.  O Ibovespa, principal índice da B3, março fechou com a maior queda mensal da história desde 1998 com o Coronavírus. Começamos o mês com o Ibovespa na casa dos 106 mil pontos, e encerramos na faixa de 70 mil pontos. Eu sofri, e sei que você também sofreu.  Por mais que você invista de olho no longo prazo, é impossível ficar imune a seis circuit breakers no intervalo de apenas oito pregões. Conheço gente que viu o patrimônio da família cair pela metade durante esses dias de caos. Mas você sabe quais ações que mais caíram na bolsa em meio à crise? Neste artigo, você vai conhecer as empresas que mais perderam com o Coronavírus, e também vai entender quais setores foram mais afetados. Eu também vou mostrar como algumas das empresas listadas na Bolsa estão reagindo ao Coronavírus, seja para ajudar a frear o contágio ou para equipar a saúde pública. No fim, nós vamos refletir juntos: será que chegou a hora de investir na Bolsa de Valores? Seria essa queda provocada pelo Coronavírus a oportunidade ideal para você dar os primeiros passos?
Corona Crash
Uma sequência assustadora de eventos levou a esse cenário de pânico no mercado financeiro em nível mundial, mas há três fatores que eu destaco: A classificação do novo Coronavírus como pandemia pela OMS;O preço do barril do petróleo despencando 60%;O avanço da doença pela Europa e pelos Estados Unidos, chegando também ao Brasil. Foi a tempestade perfeita. E já surgem nomes para nomeá-la: corona crise e corona crash. O Covid-19, nome da doença causada pelo novo Coronavírus, caiu como um balde de água gelada na cabeça de quem começou o ano animado, pensando que 2020 seria o melhor ano do bull market. Na prática, boa parte dos investidores que não se possuíam uma reserva de emergência ou protegeram sua carteira com uma boa alocação de ativos, acabaram devolvendo todo o lucro do ano passado. 
Impacto do Coronavírus na Economia
O impacto do Coronavírus já foi sentido na economia e a reação das ações de empresas listadas na bolsa de valores foi imediato, porém não atingiu todas as empresas da mesma maneira. Há companhias que sentiram mais o golpe do que as outras, porque os setores nos quais elas estão inseridas são mais afetados pela quarentena e o isolamento social, além da redução de viagens e de grandes eventos. A sua rotina mudou nas últimas semanas, e a economia já sente os efeitos disso.  Quer um exemplo? Nos Estados Unidos, o Coronavírus encerrou um ciclo de 113 meses seguidos de crescimento do emprego. O relatório payroll anunciou a perda de 701 mil postos de trabalho em março, a maior queda desde março de 2009, quando o país perdeu 800 mil empregos. Mais de 10 milhões de americanos já deram entrada no pedido de seguro desemprego, um número recorde para o país. Por aqui, o impacto econômico também deve ser gigante. A FGV, por exemplo, já estima que o PIB do Brasil pode encolher 4,4% em 2020, naquela que seria a maior queda desde 1962. Foi esse cenário que os investidores precificaram na Bolsa de Valores. Banner will be placed here
Ações que mais caíram com o Coronavírus
A seguir, listamos as 20 ações que mais caíram nos últimos 30 dias, considerando as principais empresas da Bolsa.  AçãoEmpresaVariação*IRBR3IRB BRASIL -70,89%AMAR3LOJAS MARISA -66,47%MEAL3IMC-64,87%MDNE3MOURA DUBEUX-63,39%SMLS3SMILES-62,32%VVAR3VIA VAREJO-61,77%LLIS3LE LIS BLANC-61,07%AZUL4AZUL-60,51%COGN3COGNA-60,36%GUAR3GUARARAPES-60,33%SGPS3SPRINGS-58,52%PRIO3PETRORIO-57,61%CTKA4KARSTEN-57,52%EVEN3EVEN-57,39%YDUQ3YDUQS PART-57,28%CVCB3CVC BRASIL-56,86%RIGG34TRANSOCEAN-56,70%PTBL3PORTOBELLO-56,27%CEAB3CEA MODAS-56,07%GOLL4GOL-55,59% * Fonte: GuiaInvest. Dados de 03/03/2020 a 02/04/2020. São números assustadores, concorda? Imagine, por exemplo, que você tenha entrado no mês de março com uma posição de R$ 100 mil na seguradora IRB. Ao fim do período, o seu investimento valeria apenas R$ 29 mil. Só que a queda vertiginosa no preço da ação da IRB não pode ser associada apenas ao impacto do Coronavírus. A empresa vem enfrentando uma enorme volatilidade desde que a gestora Squadra apontou problemas contábeis no balanço da empresa. Além disso, houve rumores sobre um possível investimento do icônico empresário Warren Buffett na companhia – o que depois foi taxativamente negado pela sua empresa, a Berkshire Hathaway.  Para acrescentar mais um ingrediente à volatilidade, a empresa alterou o comando recentemente, com troca do CEO. Essa série de fatores associados à queda no preço da IRB mostra que é impossível olhar para a tabela com as 20 maiores empresas que mais perderam nesse período e associar todas as perdas aos efeitos do Coronavírus. Isso fica ainda mais claro quando analisamos os setores das empresas que lideram o ranking de perdas.  IRB Brasil (IRBR3) - Seguradora;Marisa (AMAR3) - Tecidos. Vestuário e Calçados;IMC (MEAL3) - Restaurante e Similares;Moura (MDNE3) - Incorporações;Smiles (SMLS3) - Programas de Fidelização. Uma possível explicação para esses setores diferentes está na temporada de divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2019. O Coronavírus afetou a Bolsa justamente no período em que os investidores estavam (e continuam) descobrindo como as empresas listadas se saíram no ano passado. Por isso, algumas quedas foram acentuadas, enquanto outras foram atenuadas. Apenas a análise individual das companhias pode apontar os motivos para as quedas no curto prazo. Porém, ao observar os setores, a situação fica mais clara.
Setores que mais perderam com o Coronavírus
Abaixo, listamos todos os setores da Bolsa de Valores, ordenados pela queda no preço das empresas que os representam, da maior queda para a menor. Dessa maneira, conseguimos descobrir qual setor está sendo mais penalizado pelo mercado diante do Coronavírus, e qual setor está se mostrando mais resiliente em meio à pandemia. SetorOscilação*Transporte Aéreo-64%Programas de Fidelização-64%Viagens e Turismo-55%Aluguel de carros-53%Seguradoras-51%Construção Civil-51%Eletrodomésticos-51%Produtos de Uso Pessoal-47%Material Aeronáutico e de Defesa-46%Siderurgia-44%Motores, Compressores e Outros-43%Exploração de Imóveis-42%Tecidos, Vestuário e Calçados-41%Petróleo, Gás e Biocombustíveis-41%Água e Saneamento-39%Petroquímicos-39%Programas e Serviços-39%Bancos-38%Serviços Educacionais-33%Serviços Financeiros Diversos-33%Serviços Hospitalares-32%Energia Elétrica-28%Carnes e Derivados-28%Produtos Diversos-26%Medicamentos-21%Bebidas-19%Telecomunicações-15%Papel e Celulose-9%Minerais Metálicos-8%Alimentos-7%Transporte Ferroviário-6% *Fonte: GuiaInvest. Dados de cotação do período de 03/03/2020 a 02/04/2020 Agora, tudo começa a ficar mais claro, concorda? As primeiras empresas a sofrer foram as companhias aéreas, porque a redução na demanda foi brutal. Com o Coronavírus chegando a cada vez mais países, as restrições aos viajantes cresceram, assim como o medo de viajar para um local infectado. No seu círculo de amigos, você deve conhecer alguém que tinha uma viagem marcada, seja de turismo ou de negócios, e precisou cancelar diante da pandemia. Como essas empresas não têm outra fonte de receita significativa, o mercado jogou suas cotações para o fundo do poço.  Os outros dois setores que mais perderam também estão relacionados às viagens: o setor de programas de fidelização tem a Smiles como única empresa, e o setor de turismo é representado pela CVC (CVCB3), que sofreu muito com o cancelamento de pacotes e a orientação de isolamento. Confira, a seguir, como se comportaram as cotações das empresas desses três setores no período; Azul (AZUL4): -68%Smiles (SMLS3): -65%Gol (GOLL4): -62%CVC (CVCB3): -58% Na outra ponta da tabela, enxergamos os setores que menos sentiram a crise: Papel e Celulose, Minerais Metálicos, Alimentos e Transporte Ferroviário. De fato, quando paramos para entender como essas empresas geram valor, percebemos que as restrições de circulação e o isolamento social não as prejudicaram de forma tão significativa. O transporte ferroviário está representado na Bolsa apenas pela Rumo (RAIL3), que, até agora, não precisou suspender suas atividades, nem reportou quedas expressivas na demanda.  Já o setor de minerais metálicos tem a Vale como sua única representante, empresa que afirmou que o impacto sobre a produção será limitado ao momento. Confira o desempenho das empresas desses quatro setores: Suzano (SUZB3): -4%Carrefour (CRFB3): -4%Rumo (RAIL3): -5%Vale (VALE3): -9%Pão de Açúcar (PCAR3): -15%Klabin (KLBN11): -22% De uma maneira ou de outra, todas as empresas foram afetadas pelo Coronavírus. 
Empresas que estão ajudando no Combate do Coronavírus
Algumas empresas vieram a público para ajudar no combate ao vírus nesse momento difícil do atual governo. Uma das primeiras a agir foi a Ambev (ABEV3), que anunciou, no dia 17 de março, que produziria 500 mil unidades de álcool em gel para abastecer o sistema público de saúde.  Weg (WEGE3) e Natura (NATU3) também anunciaram a produção do álcool em gel. Além disso, a Natura doou 2,8 milhões de unidades de sabonetes para comunidades carentes.  Na mesma linha, a JBS (JBSS3) informou a doação de dois milhões de sabonetes, que serão distribuídos em mais de 300 mil kits. Por outro lado, a Marfrig (MRFG3) doará R$ 7,5 milhões ao Ministério da Saúde para aquisição de testes rápidos. O montante é suficiente para comprar aproximadamente 100 mil testes. A aquisição de testes também foi a maneira que a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR3) encontraram para ajudar. Já o Itaú (ITUB3) anunciou uma doação de R$ 150 milhões para compra de equipamentos médicos, cestas de alimentação e kits de higiene. Enquanto isso, Klabin (KLBN11), Suzano (SUZB3) e Positivo (POSI3) se uniram às empresas MagnaMed Tecnologia Médica e Flex numa força tarefa para produzir 5 mil ventiladores pulmonares. Já as Lojas Renner (LREN3) anunciou, no dia 19 de março, o fechamento de todas as lojas físicas da rede, seja em shoppings ou não.  A Renner também fez uma doação de R$ 4,1 milhões a hospitais da região Sul, para auxiliar no enfrentamento ao Coronavírus. Quem também suspendeu as atividades das lojas físicas foi a rede de varejo Magazine Luiza (MGLU3), que passou a funcionar apenas em meio digital. Além disso, as famílias Trajano e Garcia, controladoras da empresa, anunciaram a doação de R$ 10 milhões para tratar os doentes da pandemia. Outras empresas de varejo que fecharam suas lojas físicas por tempo indefinido foram a Via Varejo (VVAR3) e a Marisa (AMAR3).  Neste momento de dificuldade, as empresas listadas na Bolsa estão fazendo a sua parte – cada uma a sua maneira – para tentar enfrentar o problema ao lado do poder público.
Chegou a hora de entrar na Bolsa de Valores?
Agora que você já sabe quais ações que mais caíram e setores mais afetados pelo Coronavírus, chegou a hora de responder à pergunta:  está na hora de investir na Bolsa de Valores? A minha resposta é: sim, mas depende! Mas eu daria essa resposta mesmo se o Ibovespa estivesse nos 120 mil pontos, como esteve em janeiro. Eu acredito que, no longo prazo, não existe investimento mais rentável do que a Bolsa de Valores. Ao investir em uma empresa, você se torna sócio de uma companhia que gera valor diariamente. Não existe destino melhor para o seu dinheiro do que esse – se a empresa for bem escolhida, é claro. Com a queda acentuada dos ativos devido ao Coronavírus, esse investimento ficou ainda mais atrativo. Agora, você tem a opção de se tornar sócio de empresas espetaculares por um preço muito menor. Em alguns casos, não há outra palavra: é uma barganha. Eu não tenho dúvida de que, de uma maneira ou outra, todas empresas serão afetadas pela pandemia. Agora vem a parte do “depende”. Compre empresas que tenham caixa e baixo endividamento, na prática selecione ações com liquidez corrente elevada. As empresas que não tiverem condições de arcar no curto com os custos da operação, custos variáveis, parcelas dos empréstimos sofrerão mais nesse momento, inclusive com risco de falência. As melhores companhias irão sobreviver. No longo prazo, veremos essa crise como vemos outras do passado – uma oportunidade que alguns aproveitaram, enquanto outros ficaram imobilizados pelo medo. Pode levar mais tempo ou menos tempo, mas eu sei que continuaremos aqui para contar essa história. O que eu recomendo para você, então, é simples:  dê o primeiro passo e procure se informar o máximo possível a respeito do investimento na Bolsa de Valores, acesse aqui o meu curso de introdução a bolsa de valores. Se você estava aguardando uma oportunidade para se aprofundar no assunto, a hora chegou. Todo conhecimento que você acumular agora fará diferença no longo prazo. Mas caso queira saber quais as empresas que sobreviverão ao Coronavírus e que estão com um excelente preço na bolsa, preparei para você um relatório com as 3 ações para investir agora. Agora, eu quero saber a sua opinião:  você vendeu as suas ações ou manteve sua posição em bolsa? Escreva nos comentários. Read the full article
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bloglivre-blog · 5 years
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Wagner Moura estreia como diretor em cinebiografia sobre Carlos Marighella
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Wagner Moura estreia como diretor em cinebiografia sobre Carlos Marighella
Com mais de 20 filmes no currículo, muitas séries e algumas novelas, o ator Wagner Moura vai estrear como diretor no longa-metragem Marighella. A cinebiografia é baseada no livro do jornalista Mário Magalhães e vai acompanhar a vida do guerrilheiro Carlos Marighella entre 1964 e 1969. O filme seguirá os passos do poeta e político baiano que chegou a ser considerado o “inimigo número um” da ditadura militar no Brasil. Marighella foi assassinado em 1969, considerado o período mais duro e repressivo do regime, numa emboscada policial em São Paulo.
O projeto, em desenvolvimento desde 2013, começa a ganhar corpo e será produzido pela O2 Filmes. As gravações se iniciam amanhã (02/12) segundo informa O Globo e terá Seu Jorge no papel principal, Adriana Esteves como sua companheira de luta e Bruno Gagliasso como o policial responsável pelo homicídio de Marighella. Lembrado por um lado como um símbolo de resistência e, por outro, como um terrorista que aderiu à luta armada contra a ditadura, fazer um filme sobre Marighella no Brasil de 2017 não será uma tarefa fácil.
Amigo de Maria Marighella, neta do militante comunista, Wagner falou durante um evento na Academia Internacional de Cinema sobre o interesse que sempre sentiu pela história de Marighella:
“Tudo começou pela vontade de devolver a história para um personagem tão importante. Sinto imenso interesse por pessoas que lutaram e resistiram à ditatura. Além da grande história, ele também é baiano, como eu, e um personagem instigante que tem um lado que poucos conhecem, ele não era um guerrilheiro clássico como Luiz Carlos Prestes ou Che Guevara, ele era uma figura interessante, poeta, engraçado, tinha muito senso de humor e um lado sedutor.”
Em entrevista ao Globo, Wagner explica que pretende que seu “Marighella” seja tanto sobre o passado quanto sobre os dias de hoje:
“Não apenas eu, qualquer pessoa que entra no filme tem uma vontade de falar de resistência. De falar não do Brasil de 64, mas do Brasil de agora. É disso que a gente vai falar, a gente vai falar de pessoas que resolveram resistir, resolveram dizer que não estavam a fim de se submeter. Todos os envolvidos sabem que não estão fazendo simplesmente um filme, é uma obra que capta o zeitgeist e que enfrentará muita resistência.”
Ao ser perguntado sobre o que Marighella pode representar para nossa sociedade hoje, Wagner diz que: “Este filme não vai ter nenhum sentido se não representar alguma coisa, sobretudo para as pessoas pelas quais ele lutava. Contar a história de um homem negro que liderou a maior resistência a um poder opressor nos anos 60 não é falar daquela época. É falar do agora.”. Moura deseja que as pessoas enxerguem no Marighella “um modelo de resistência, um cara que deu sua vida pela revolução, pelos outros, por uma causa. Ele não acharia normal pessoas não terem casa, não acharia normal o Picciani ser solto pelos companheiros da Alerj. Mas é claro que essa narrativa não agrada a todo mundo.”.
Apesar da captação estar, até o momento, em cerca de 60% do total, Wagner Moura confirmou que mesmo assim já vai começar a rodar o filme. Mas a estreia no ano das eleições pode provocar uma série de reações negativas que o cineasta afirmou que está preparado para isso:
“Eu não sei se vou conseguir lançar antes da eleição, mas se eu puder eu lanço. Eu quero que o filme seja um depoimento nosso contra a escrotidão, contra a injustiça, a falácia, a opressão, o golpe. Contra o golpe. Não tem essa de dizer que o filme é imparcial. Meu filme não será imparcial, será um filme sobre quem está resistindo. A esquerda está numa situação difícil, a gente está nas cordas. Os artistas estão ao ponto de ter que dizer que não são pedófilos. A gente tem que sair das cordas e partir para o ataque.”
Quando perguntado sobre que tipo de diretor Wagner espera ser, ele revela que tem se surpreendido e que, apesar de soar pretensioso, tudo tem sido um processo muito natural para ele que também está cercado por uma equipe ótima com quem já trabalhou. O cineasta conta que: “Será um filme de câmera na mão o tempo todo, vou tentar imprimir essa energia nas cenas, e com muito amor sempre. Che Guevara dizia que o sentimento maior que guia um revolucionário é o amor. Para um cineasta, é a mesma coisa.”. Wagner Moura entrará para o seleto grupo de atores da sua geração que se tornaram diretores no qual se incluem: Matheus Nachtergaele (A Festa da Menina Morta, de 2008), Selton Mello (O Filme da Minha Vida, de 2017), Guilherme Fontes (Chatô, o Rei do Brasil, de 2015) e Leandra Leal (Divinas Divas, de 2017).
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martimcribeiro01 · 5 years
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“O início do Festival de Brasília é o início do Cinema Novo”
Cacá Diegues, recorda suas passagens pela cidade e revela o apoio de dona Sarah Kubistchek para a cultura nacional. Foto: Mayangdi Inzaulgarat
No final dos anos 50, Cacá Diegues desembarcou em Brasília com o pai – então um servidor publico do Rio de Janeiro -, para conhecer as obras da cidade junto com uma comitiva. Trazia a tiracolo uma câmera de filmar e muitos sonhos na cabeça. De repente, do nada, pousa um helicóptero no meio do cerrado e desce o presidente Juscelino Kubistchek. Passos ligeiros, sorriso brilhante no ar, o chefe da nação ia apontando para o grupo, onde seriam erguidos os principais prédios da cidade. “Não tinha nada, só homens trabalhando”, ri. “Mas foi uma descoberta fantástica”, recorda ele que registrou a aventura num pequeno documentário  perdido na poeira do tempo.
Um dos ícones do Cinema Novo, movimento que sacudiu o país nos anos 60, com um tipo de narrativa que privilegiava a realidade nacional, o diretor, hoje com 79 anos, chega ao 52º do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro na condição de presidente do júri. Bagagem tem de sobra. “É importante porque este festival faz parte da minha vida. É aqui que o Cinema Novo começou de uma maneira histórica com o Paulo Emílio Salles Gomes, o Nelson Pereira dos Santos. Então, para mim, é uma honra muito grande estar aqui como presidente do júri”, diz.
A relação de Cacá Diegues com Brasília e da cidade com uma das correntes cinematográficas mais relevantes da América Latina é intensa. A  capital do país  é madrinha de um dos projetos embrionários do Cinema Novo, a coletânea de curtas, “Cinco Vezes Favela”, já que contou com verba pública da extinta Fundação Cultural do DF, na época presidida pelo poeta maranhense, Ferreira Gullar.
Na primeira vez que participou da mostra competitiva do Festival, foi em 1966, já na 2ª edição do encontro, com “A Grande Cidade”. Não levou o prêmio máximo. Perdeu para “Todas as Mulheres do Mundo”, trama protagonizada por Leila Diniz, de Domingo de Oliveira, mas o cineasta guarda boas lembranças dessa passagem. “Lembro do encontro com a turma da UnB, que criou o festival”. Dez anos depois, seria a consagração com “Xica da Silva” (1976). “Foi o ponto alto da minha carreira”, avalia.
Em entrevista à Agência Brasília, Cacá lembrou de suas primeiras vindas ao Distrito Federal, de como a primeira-dama, Sarah Kubistchek, deu uma mãozinha no surgimento do Cinema Novo, de como o movimento foi importante para o Festival e vice-versa.
 Filmes importantes do Cinema Novo, “Vidas Secas” e “Os Fuzis”, surgiram na época do Festival de Brasília. Porque eles não foram lançados aqui naquele ano?
Na verdade, o Festival de Cinema de Brasília foi uma criação de pessoas muito importantes, como o Paulo Emílio Salles Gomes, o Nelson Pereira dos Santos, e esses filmes representavam o início do cinema novo. O Cinema Novo ficou internacionalmente conhecido nessa época graças ao “Porto das Caixas” (1962), que passou em vários festivais europeus, ao Ruy Guerra, que ganhou o Festival de Berlim com “Os Fuzis” (1964), e os dois filmes brasileiros na competição de Cannes que são “Vidas Secas” (1963) e “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), além do meu, “Ganga Zumba”, que estava também em Cannes, na “Semana da Crítica”, que era uma mostra paralela. Esse foi o momento que o Cinema Novo ganhou o mundo. Eu não sei porque eles não entraram em Brasília, talvez porque não fossem inéditos.
 O conceito do Festival de Brasília, muito do que ele tem no conteúdo, foi influenciado pelo momento político do país e pelos filmes do Cinema Novo que refletiam sobre o país, certo?
Os filmes do Cinema Novo não têm nada entre eles, cada um tem uma tendência e um estilo, exatamente porque, uma das características do movimento era inaugurar um cinema autoral na América Latina, inclusive, foi o que nós fizemos. Agora, o que unia o Cinema Novo, foi essa ideia de construir uma cinematografia brasileira moderna, que registrasse imagens do Brasil que ninguém conhecia e falasse dos problemas sociais e humanos do país, temas que nunca estiveram no cinema brasileiro. Costumo dizer que o Cinema Novo é a chegada do modernismo no cinema brasileiro. Era um movimento que não só registra aquilo que só nós podíamos registrar, as imagens de um Brasil que poucos conheciam, assim como estabelece um caráter autoral e político nos filmes. É a fundação do cinema moderno no Brasil. É claro que isso contaminou outros segmentos da sociedade de maneira brutal porque essa era uma necessidade que o brasileiro estava tendo, sobretudo os mais jovens, que esperavam do cinema brasileiro, esperavam da cultura brasileira em geral, muito mais do que chanchadas ou as comediazinhas paulistas da Vera Cruz.
Pode-se dizer que o movimento modernista que fez surgir Brasília contagiou diretamente sua geração e o Cinema Novo?
Totalmente. Brasília foi o registro físico e monumental dos nossos sonhos. De um Brasil que tivesse linguagem própria. O golpe de 64 eliminou essa possibilidade. Nós vivemos, no final dos anos 50 e final dos anos 60 – na verdade até 68, porque na verdade o golpe foi em 64, mas a ditadura começa para valer em 68, com o AI-5 – nesse período, a minha geração, e isso não foi só no cinema, não, mas na cultura em geral, foi uma geração que se importou em criar uma coisa brasileira, de modo que pudesse contribuir para a civilização mundial com alguma coisa mais fraterna, generosa. A ideia era cria uma cultura brasileira que fosse a base de uma civilização nova. E o golpe de 64, inaugurado em 68, determina a nossa frustração. A gente achava que a câmera de cinema ia transformar o mundo, mas geralmente o que tomou o mundo foram as armas, as metralhadoras, o que tomou o poder.
Na verdade, sua história com Brasília começa bem antes da inauguração da cidade?
Meu pai era funcionário público, foi convidado para participar de uma comitiva para conhecer a cidade, as construções de Brasília. Havia umas promoções na época, nesse sentido. Foi meu segundo curta-metragem, um documentário sobre essa viagem em Brasília. Chegamos lá, o avião estacionou e aí apareceu o Juscelino, que desceu de um helicóptero e foi mostrando a cidade para gente. “Aqui era o Palácio do Planalto, ali os Ministérios, a gente olhava para o lado e não tinha nada”, ri. “Tinha um monte de operários trabalhando”. Aquilo para mim foi uma descoberta fantástica, um choque maravilhoso também, uma epifania. Brasília era a síntese do Brasil moderno que a gente queria. Isso era 1958. Depois virou outra coisa por causa da ditadura.
De certa maneira Brasília é um pouco madrinha do Cinema Novo graças ao Ferreira Gullar…
O Ferreira Gullar trabalhava em Brasília, ele era ligado ao CPC – (Centro Popular de Cultura), organização associada à União Nacional de Estudantes (UNE) – que foi o produtor do “Cinco Vezes Favela” – então ele conseguiu com o José Aparecido (mais tarde governador do DF nos anos 80 e então assessor de Jânio Quadros) um dinheiro para fazer o filme. A primeira coisa que conseguimos foi uma câmera com a primeira-dama, Sarah Kubistchek, por meio das Pioneiras Sociais. Então Brasília teve uma participação importante para o surgimento do Cinema Novo, sobretudo simbolicamente porque era a cristalização daquilo que a gente queria, uma cultura moderna, que fosse um Brasil novo.
A primeira vez que você veio ao Festival foi em 1966, na segunda edição do evento, concorrendo com “A Grande Cidade”. Como foi essa experiência? Quais as recordações?
A primeira memória que me vem à cabeça dessa primeira participação minha no Festival foi o encontro com o pessoal da Universidade de Brasília (UnB), que foi o pessoal que inventou esse festival, que prestigiou o Paulo Emílio, prestigiou o Nelson Pereira, eles já estavam meio calados na época, por causa do golpe, mas ainda existia aquele movimento cultural do espaço, das coisas que aconteciam lá. Na verdade, o início do Festival de Brasília em 65, é o início do Cinema Novo, uma espécie de primeira plataforma nacional que o movimento teve para ser exprimir como um conjunto de obras.
Em 1976 você saiu consagrado do Festival de Brasília com “Xica da Silva” (1976), o grande vencedor da noite. O que representou esse momento para você?
Ganhar o Festival de Brasília com “Xica da Silva” (1976) foi marcante, o ponto alto da minha carreira. Foi um filme feito naquele período da abertura lenta e gradual anunciada pelo Geisel. Eu estava cansado daquela depressão, tristeza e “Xica da Silva” era o contrário disso tudo.Eu disse para mim mesmo ‘vamos torcer para o país novamente, não tenho que aceitar a tristeza como uma fatalidade, não, vamos lá, vamos em frente e o filme correspondeu muito isso, foi muito importante nesse sentido e no Festival o filme foi uma sensação, uma coisa formidável.
Você é o segundo cineasta a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Que importância esse reconhecimento tem para a categoria?
Na verdade, entrei para Academia para substituir o Nelson (Pereira dos Santos), até então era o único cineasta da Academia, mas tinha falecido. Então, incentivados por vários amigos, inclusive alguns da própria Academia, que não queriam deixar de ter um cineasta na casa,  topei. Estou muito feliz lá porque estou conhecendo pessoas muito importantes.
 Ser presidente do Júri da mais tradicional e relevante mostra de cinema do país é uma baita de responsabilidade?
Esse Festival faz parte da minha vida, faz parte da minha biografia, foi aqui que o Cinema começou de uma maneira histórica por meio do Paulo Emílio Salles Gomes e do Nelson Pereira dos Santos. Então para mim é uma honra muito grande estar aqui como presidente do júri desse evento tão importante para o cinema brasileiro.
“O início do Festival de Brasília é o início do Cinema Novo” publicado primeiro em https://www.agenciabrasilia.df.gov.br
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Crítica do "Relatório - Tomo I - Parte II - Ditadura e Homossexualidade: Iniciativas da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo "Rubens Paiva"":
     O relatório começa com uma breve introdução esclarecendo o que foi a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo "Rubens Paiva" ("foi pioneira na proposta de apurar as violações de direitos humanos praticadas durante a ditadura brasileira contra a população de lésbicas, gays, transexuais e transgêneros (...)"), o que eles pretendiam investigar e discutir ("as complexas relações entre a ditadura familiar e as "homossexualidades" no plural"), quem foram os pesquisadores e estudiosos que dela participaram e como cada um contribuiu para o relatório adquirir forma e conteúdo. Além disso, acenou-se sobre como essas iniciativas marcaram uma mudança de postura do Estado brasileiro: "com as Comissões da Verdade, nota-se que começa a haver uma abertura mais viável, ainda que pequena, para que os marcadores sociais de diferenças sejam efetivamente levados em conta no trabalho de justiça e de memória (...)".      O título "Repressão e libertação sexual: um paradoxo na ditadura", que leva a segunda parte do texto, refere-se à fala de James N. Green na primeira audiência pública, um militante reconhecido e histórico do movimento LGTB e da luta contra ditadura. Ele aponta um paradoxo que se nota nos primeiros anos que se seguiram ao golpe de 1964: ao mesmo tempo em que existe uma forte repressão contra o trabalhismo, à esquerda, movimentos populares, também surge novos espaços de visibilidade e sociabilidade exclusivamente para o público LGBT. Nesse momento começa, também, o surgimento de uma visão crítica à homofobia e, novamente, aparece outro paradoxo. Por um lado, o crescimento social, cultura e político que acontece dentro das mobilizações contra a ditadura e as mudanças na cultura. Por outro, o agravamento da repressão. De certa forma, o público LGTB sofreu uma ilusão em relação a essa maior liberdade social porque ao mesmo tempo, ocorria a política de perseguição.      Já no segundo subtítulo do texto, "Uma repressão particular dirigida à população LGBT", é mostrado que, apesar da discriminação contra esse público tenha começado antes mesmo da ditadura, no final dos anos 60 já ocorriam mudanças profundas dentro e fora do país que permitiam um maior reconhecimento e aceitação dessas diferenças no campo da sexualidade. Porém, surgiu uma ideologia de perspectiva claramente homofóbica com o golpe de 64, com a tentativa de eliminar as diferenças e as diversidades. Nesse momento é como se a comunidade LGBT voltasse a estaca zero e tivesse perdido debates que poderiam levar a uma conscientização social, evitando possíveis preconceitos embutidos até mesmo nos dias atuais. Logo em seguida, em "As esquerdas e o movimento LGBT", mostra como o regime militar reprimiu esse grupo social, como relata Herbert Daniel "(...) sua sexualidade teve de ser "esquecida" para que pudesse atuar politicamente no período".      Foi, então, a partir disso que começaram a surgir alianças e possibilidades de organização de um novo movimento, o movimento LGBT. Em "A articulação do movimento LGBT", já é possível notar como esse grupo procurou combater as repressões sofridas através de mobilizações estudantis, formações de grupos, promoção de encontros, de expressões artísticas e culturais, organizações de fóruns e manifestações, conseguindo até envolver a mídia, criando colunas e jornais que discutissem as diversidades. A partir do subtítulo "A repressão policial contra LGBTs em São Paulo", o texto começa de fato a relatar os efeitos da ditadura militar e as políticas de controle social e de repressão política, que adotaram um viés conservador. Esse debate foi e é importante porque, até hoje, a comunidade LGBT não deixou de sofrer em razão de sua diversidade em relação aos paradigmas sociais conservadores, o que gera violência física e verbal, em muitos casos até mesmo extremos. É triste ver relatos e matérias da época e como eles se referiam a esse grupo, "pervertidos", "degradação humana", etc.      "Censura e sistema de justiça" nos mostra toda a "preocupação" que o Estado tinha de "moralizar o país", censurando a imprensa e outros meios de comunicação e expressão. Ao final, é posta uma questão de impacto "Quantos jovens se mataram por não terem entendido a sua sexualidade e por não terem tido acesso a informações sobre essa questão?", que nos faz refletir sobre o tanto que o regime militar violou os direitos humanos por conta de uma visão marginalizadora e preconceituosa, que efetivamente não conseguia (seja por ineficiência, seja por interesse não declaráveis) englobar dentro dos simulacros de programas sociais, os interesses e anseios das minorias. O documento acaba com uma lista de recomendações buscando uma conscientização social e política mais efetiva e abrangente, citando aprovações de leis, pedidos de desculpas do Estado, reparação às pessoas LGBTs, entre outras.      A atuação da comissão, e o fruto de seus trabalhos, mais do que investigar os fatos ocorridos em período tão obscuros de nossa história, trazendo a lume as verdades cuja conveniência recomendava ficassem soterradas em algum lugar, serve não somente para tentar trazer paz às famílias dos envolvidos, mas também como registro e memória de como determinadas ideologias podem conspirar contra a humanidade de forma tão vil, deixando também uma lição para o futuro, com o propósito de que tais atos não voltem a acontecer.
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