Aulário 1
Cenas Midiáticas
AULÁRIOS
INTRODUÇÃO AO PRODUTO MIDIÁTICO
O produto midiático que eu escolhi foi a atriz, vlogueira, apresentadora e escritora brasileira Kéfera Buchmann. Sua carreira teve inicio quando ela tinha apenas 17 anos, quando criou seu canal no YouTube chamado “5incominutos”. Seu primeiro vídeo, publicado no dia 25 de julho de 2010, abordava o tema Vuvuzela, assunto muito falado na época em razão da Copa do Mundo. Os equipamentos usados para gravar o vídeo não eram nada de outro mundo, na verdade ela usou uma câmera simples e não tinha muita experiência com o que estava fazendo, confessa que não possuía nenhuma intenção em se tornar reconhecida na mídia. O que aconteceu, entretanto, foi que com o seu jeito engraçado, descontraído, carismático e totalmente informal, Kéfera conquistou vários públicos se tornando reconhecida não somente na internet, mas em território nacional. Hoje, seu canal principal no YouTube (“5incominutos”) tem 9.368.869 inscritos e além dele, ela ainda tem outro canal apenas para vlogs, chamado “keferavlog”, que tem 2.150.420 inscritos. Como dito, além de YouTuber/Vloger, Kéfera já apresentou um programa chamado “Coletivation” na MTV, saiu em turnê no Brasil com sua peça “Deixa Eu Te Contar” ao lado de sua amiga, atriz, comediante e Youtuber, Bruna Louise. Kéfera é dona de uma loja online em que vende produtos referentes ao seu canal, e uma linha de batons e esmaltes com a marca Studio 35. Em 2015 lançou seu primeiro livro, nomeado “Muito Mais Que Cinco Minutos”, já na Bienal de 2016, Kéfera lançou seu segundo livro “Tá Gravando, e Agora?”. Também possuí uma linha de comidas “Fitness” da marca “Tudo Leve” e no dia 6 de outubro de 2016 irá lançar seu filme – “É Fada”. Além de tudo já falado, Kéfera foi eleita pela revista Forbes como uma das jovens mais promissoras do Brasil, em 2016.
AULA 1:
TEMA: Mídia e Comunicação de Massa
Na primeira aula foi introduzido as principais diferenças e semelhanças entre a Cultura de Massa (Modernidade) e a Cultura Midiática (Pós-modernidade), assim como os principais conceitos dentro delas. O quadro acima trata-se de um resumão das diferenças predominantes entre as duas.
O processo de transição entre uma cultura e outra foi marcado principalmente pela inserção de várias plataformas de comunicação. No período da Cultura de Massa, a mídia não estava presente o tempo inteiro na sociedade. Ela era usada em determinados momentos, como em rádios e novelas no período da noite. Atualmente, a gente vive a mídia. Consumimos o tempo todo seus conteúdos e muitos fatos, considerados antes banais, viraram notórios. Por essa razão, o privado acabou se juntando e exercendo o papel do público.
Outra diferença marcante foi a mudança de sociedade disciplinar para sociedade de controle:
- Soc. disciplinar: sociedade onde existe uma vigilância institucional. Instituição - família forte -> que educava para ir para escola, doente –> hospital.
- Soc. controle: hoje quem dita a vida são ferramentas da própria mídia/produtos midiáticos
Sociedade do consumo ≠ sociedade consumista
Sociedade do consumo: todos os valores voltados para o consumo
CULTURA DE MASSA
1. Modernidade
2. Sociedade de produção
3. Sociedade disciplinar
4. Funcionalismo
5. Indústria cultural
6. Tecnologia industrial
7. Conhecimento industrial
8. Plataformas públicas de radiodifusão
9. Identidade fixas
10. Objetivos sociais comuns
11. Guerras
12. Repressão
CULTURA MIDIÁTICA
1. Pós-modernidade
2. Sociedade de consumo
3. Sociedade de controle
4. Mídia
5. Cooptação
6. Tecnologia móvel/portátil
7. Conhecimento da vida
8. Plataformas ubíquas
9. Identidades efêmeras
10. Sem objetivos
11. Guerras midiáticas/terrorismo
12. Opressão
APLICAÇÃO AO PRODUTO MIDIÁTICO
Kéfera Buchmann é um exemplo de produto midiático na sociedade pós-moderna. Devido a inserção de novas plataformas de comunicação, caracterizadas por um maior potencial de emissores, tornou-se mais fácil ingressar nesse meio, fator fundamental para o ínico da carreira de Keféra em 2010. Seus conteúdos são marcantes e a torna uma grande emissora e influenciadora no meio midiático. Outra aplicação que também pode ser feita é a relação de público/privado. A união destes termos é vista em diversas redes sociais de Kéfera, como em seu Twitter, Snapchat, Instagram e até mesmo nos vídeos de seu canal no YouTube. Momentos de seu dia a dia e pessoas com quem convive, como mãe, namorado e amigos são expostos nestas redes com muita transparência e frequência, de uma forma descontraída e desprotegida.
AULAS 2 e 3
Aula 2:
TEMA - Revisão: conceitos de comunicação de massa
± 1930 - 1960
± 1940 – ESCOLA DE TORONTO
± 1940 - 1960
FUNCIONALISMO
· “Manipulação da massa”
· Efeito de Função/Disfunção Moldou ideias
· Mudança de enfoque (Efeito MCM – Função MCM)
· Relação Behaviorista
MEIO COMO MENSAGEM
· Estímulos e sentidos
· Meios como extensão dos sujeitos
· Mudança de plataforma altera a mensagem
· McLuhan – próteses
· Aldeia Global (paradoxal)
INDÚSTRIA CULTURAL
· Influência Marxista
· Problematiza o papel da mídia em uma sociedade capitalista
· Conceito de Midcult/Kitsch Revolução Industrial + MCM -> (produto cultural)
· Adorno, Horkheimer, Benjamin, Marcuse, Habermas.
Emissor - Meio - Receptor
Cultura Popular: enraizada, do povo.
Cultura Erudita: mais cult.
Cultura de Massa: não é enraizada, transforma tudo em venda.
Multidão ≠ Massa Multidão: a multidão é sempre intelectualmente inferior ao homem isolado.
Mas, do ponto de vista dos sentimentos e de seus atos pode, conforme as circunstâncias, ser melhor ou pior. Massa: público grande, heterogêneo e anônimo.
Mídia: cultura de massa (re)significada adicionada às novas formas de comunicação interativa, participativa, compartilhada
Aula 3:
TEMA – Indústria Cultural Hoje
· Uma das armadilhas no estudo contemporâneo da indústria cultural está na facilidade de adotar uma postura moralizante que resulta do impulso, advindo da visão crítica, para a lamentação a respeito do valor ou da qualidade dos produtos culturais de massa.
· Os críticos do conceito da indústria cultural afirmam que esta lógica teria como pressuposto uma natureza monolítica da mídia: ela seria dominada por uma racionalidade malévola e maquiavélica, que faria consumidores meros fantoches sem suas garras manipuladoras.
· A segmentação de mercado não é generalizada, vale somente para classes média e alta; a maior parte da população ainda vive sob um regime de monopólio comunicacional – o da rede globo. Quinhentos canais repetem padrões recorrentes, diferenciando-se apenas superficialmente.
· Há uma ultra-exposição de obras como a Mona Lisa nos meios de comunicação de massa. Uma poluição visual e imaginária do quadro.
· Não se pode usar a Indústria cultural como forma de estratificar as culturas erudita e popular, pois tudo é produto midiático. Tudo é Indústria Cultural -> ex. Mona Lisa capa de caderno, vários jeitos, miniatura.
· Até os anos 50, a teoria se preocupava em estudar os deslocamentos causados pela Ind. Cultural. Hoje, tudo foi deslocado, portanto se preocupa em entender os significados e os resultados que provêm disso.
· Ind. Cultural hoje: CULTURA DO EXCESSO EXAGERO SEMIÓTICO – PEGA O PRODUTO E DESLOGA ABSURDAMENTE, TUDO MISTURADO Indústria do exagero, excesso de deslocamento que é uma Ind. Cultural avassaladora Deslocar antes também deslocava, a questão agora é o excesso. Cultura de massa -> Indústria cultural + tecnologia (apropriações) = mídia.
· Alta cultura: seria necessário recuperá-la daquilo que foi feito dela? Quem consegue realmente ver a Mona Lisa, realmente ouvir o bolero de Ravel ou o primeiro movimento da quinta sinfonia de Beethoven? Clássico, então, é tudo que já recebeu uma atenção grande o suficiente para promover sua neutralização. (É tão visto, tão acessado que não tem mais muito impacto). Estamos em contexto de uma superprodução semiótica, de circulação incessante de signos e proliferação ininterrupta de informações, a classificação é automática.
Excesso simbólico: tem muito significado circulando
→ o limão – quando o ser humano nomeou;
→ na modernidade pega o significado da palavra e adiciona símbolos a ela -> ex: prêmio limão – chato, azedo;
→ uma palavra tem vários significados;
→ excesso de significados, e por isso o tempo todo as pessoas tem que ficar interpretando o que os outros falam;
→ o excesso esta levando a uma confusão interpretativa absurda.
APLICAÇÃO AO PRODUTO MIDIÁTICO
As teorias da aula 2, apesar de serem ultrapassadas hoje, podem se aplicar a Kéfera. A teoria do meio como mensagem, por exemplo, é vista através das redes que ela se comunica com seus espectadores. Para cada um desses meios (Snapchat, Istagram, YouTube, Twitter, etc), Kéfera usa uma linguagem diferente, apropriando seu conteúdo para cada linguagem adequada e consequentemente atingindo públicos diversos. Além disso, a maioria das coisas que ela faz ou que usa já foi ou é transformado em produto. Como exemplo temos a linha de batons e esmaltes com suas cores favoritas para a marca Studio 35, a linha de charms sobre Kéfera para a pulseira da marca parceira Monte Carlo, além de outros produtos, como roupas e canecas, na loja própria do seu canal (Kefera Store).
AULA 4:
TEMA: Cultura da mídia – Introdução Cultura (I)
Definições de cultura:
- Na Sociologia: “conjunto de valores e de normas de um sociedade” – própria a um grupo social e dependente da socialização -> família, amigos, escola são determinantes!
• Lado universal: exterior (explícita da sociedade) Aquilo que está disponível e ao alcance de todos
• Lado adquirido: transmitida (transmitidas e interiorizadas) A forma como cada indivíduo interpreta e percebe o lado universal
- Na Filosofia: “conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza”
• Atitude de interpretação pessoal relacionado com a realidade VALOR ÍNTIMO -> CONDIÇÃO DE EXISTÊNCIA
- Na Antropologia: “É tudo que o homem produz de material ou imaterial; processo acumulativo e lento. TODOS temos cultura (não estamos em estado de natureza)”
• Edward Taylor (1871) – Processo evolutivo a estágios
• Franz Boas (1896) – Totalidade singular, relativismo cultural -> ex burca, mutilações.
Para McLuhan:
Estado primitivo “tribalizado” inter-relacionamento entre sentidos -> não somos animais
Cultura Tipográfica Sentidos convergem para a visão “destribalizando” o homem. -> deixa a proximidade -> começa a dar ao homem uma linguagem mais sofisticada
Evolução para os meios eletrônicos “retribalização” -> Proximidade de gostos, de comportamento (ex: eu gosto da novela X) -> Acredita que voltamos a viver em tribos
1. Informação – popular erudita.
2. Linguagem – popular erudita burguesa.
3. Cultura – cultura de massa (que depois torna-se mídia).
Cultura como sistema de significações vivo: sistema que sobrevive em consequência de um processo histórico e ininterrupto
“Cultura é um sistema vivo que sobrevive do trânsito do fluxo de sentido. Sua unidade mínima é o signo. É um complexo maior, um emaranhado de elementos que tem sentido. Este nunca é um significado absoluto, sempre é consequência de um percurso histórico. O texto da cultura não é apenas verbal, mas em qualquer linguagem.” Norval Baitelo Jr.
Signo do emissor diferente do receptor - Estamos entre o estado radical (não entende nada) e o estado ideal (entende tudo) - A mídia cria a ideia de “sistema vivo de significações” - não existe nada absoluto na cultura, nunca é um significado absoluto, a cultura e as pessoas mudam - A cultura de mídia e a cultura de consumo são majoritárias na construção de significados na nossa vida - Não existe na natureza um significante separado de um significado - A mídia é implacável no significado dinamizado Ex: Caveira –> pirataria, Avril Lavigne, pirata, morte.
Matriz de sentidos:
Signo – significante e significado
Não existe na natureza um significante separado de um significado
A mídia é implacável no significado dinamizado
APLICAÇÃO AO PRODUTO MIDIÁTICO
Kéfera Buchmann está inserida no contexto de cultura de mídia. Ela só é o que é pelos conteúdos que produziu através de redes da mídia. A partir destes, ela faz uma construção de significados com o que diz e que influencia muitos de seus seguidores, tanto na forma de pensar quanto em suas atitudes. Além disso, Kéfera utiliza vários tipos de linguagem, ela varia para se adequar de acordo com a rede que usa. O que pode acontecer e já aconteceu é quando ela quer passar uma mensagem X e seus seguidores entendem Y, ocorrendo um ruído de interpretação e gerando, muitas vezes, confusão. Ademais, pode-se dizer que Kéfera participa, de certa forma, da construção de significados na vida de quem a assiste.
AULA 5:
TEMA: Cultura (II)
Códigos O código é um sistema de regras, de vinculações entre signos.
Há três tipos de códigos que podem ser ativados:
01. Primários – códigos da vida biológica
• Regulam toda informação presente no organismo (na vida biológica).
• Ex: Código genético. Atualiza o homem, seus talentos especiais, seus dons e defeitos.
• As atividades têm códigos primários: percepção, emoção, vontade.
• Transmitem informações e não produzem signos.
02. Secundários – códigos da linguagem – composição de textos - SIGNIFICANTE
• A gramática de uma linguagem natural, por exemplo, ainda não é cultura.
• Os códigos secundários, como os primários, não são ainda cultura.
• Somente a partir dos terciários é que surgem os textos da cultura.
• Os seres humanos entendem uma palavra por transmissão de cultura. Os animais por condicionamento.
03. Terciários – Central na semiótica (teoria) da cultura. - SIGNO
• Claro e escuro
Código primário – necessidade biológica
• Código secundário – construção gramatical e informação binaria
• Código terciário – significa muito mais. Cultura como um sistema vivo e dinâmico.
• Nos diferenciam dos animais
Ivan Bystrina
- nome nesta visão não designa existência animal ou vegetal.
- o significante é absoluto, o significado é condicionado.
- atribui-se valor aos códigos da linguagem e surge uma cultura.
- Binariedade
A estrutura básica dos códigos terciários é, em geral, binária ou dual;
Fundamenta-se na troca, no intercambio que acontece no mundo material;
Vida-morte = oposição mais importante;
Outros exemplos: saúde/doença, prazer/desprazer, céu/terra, espírito/matéria, movimento/repouso, homem/mulher, amigo/inimigo.
- Polaridade
A estrutura binária dos códigos culturais terciárias é organizada em polaridades;
Há a necessidade de dar valor em primeiro lugar, depois se toma a decisão. A polaridade existe para facilitar a decisão, a atitude, o comportamento, a ação;
Cada polo recebe um valor.
- Assimetria
A estrutura binária e polar é claramente assimétrica. O polo marcado negativamente é percebido ou sentido muito mais fortemente do que o polo positivo;
Na percepção comum, a morte é mais forte que a vida;
Por isso, em todas as culturas o homem aspira sempre a uma imortalidade: a vida após a morte.
SIGNO – SIGNIFICANTES – SIGNIFICADO
APLICAÇÃO AO PRODUTO MIDIÁTICO
O produto midiático escolhido propaga, através do conteúdo construído em suas publicações, diversos signos. Estes, podem ser interpretados e recebidos de maneiras diferentes para cada seguidor, pois são signos complexos. Além disso, a polaridade também pode ser relacionada com seus fãs e haters. Há rixas na internet entre gente que odeia Kéfera e seus fãsclubes.
AULA 6
TEMA: Conceitos – cultura da mídia e produto midiático
• E as culturas atuais?
- quais são hegemônicas?
- Mídia - Consumo
- De controle
- Enfim, do espetáculo
Sociedade do espetáculo = tudo o que não for espetacular não tem audiência Contrário de espetáculo = TEDIOSO Dèbord nos faz entender uma linguagem midiática que está presente hoje em nossas vidas. PROTAGONISMO na sociedade hoje
Não quer ser mais um na multidão -> o que na verdade é a realidade
Por isso quer-se ocupar espaço na mídia, lugar de notoriedade – para não ser só mais um.
“O espetáculo apresenta-se como algo grandioso, positivo, indiscutível e inacessível. Sua única mensagem é ‘o que aparece é bom, o que é bom aparece’. A atitude que ele exige por princípio é aquela aceitação passiva que, na verdade, ele já obteve na medida em que aparece sem réplica, pelo seu monopólio da aparência.”
Guy Dèbord
- Grandioso: maior que o corriqueiro
- Positivo: a ideia do espetáculo vira um adjetivo (NOSSA!!)
- Indiscutível: você não levanta no Cirque du Soleil
“Conforme enfatizado por Kehl, atualmente vivemos em uma cultura que não produz modos de sofrer, mas, ao contrário, confere aos indivíduos a ilusão de que é possível viver sem dor. Não apenas possível, como desejável. Alguns aspectos centrais da cultura atual, como o individualismo, a ênfase no sucesso, no hedonismo e no consumo produzem um tipo de demanda sobre os indivíduos, na qual o sofrimento fica destituído de qualquer lugar. O imperativo ao gozo é a tônica das sociedades ocidentais contemporâneas, repercutindo, inevitavelmente, sobre os modos de subjetivação.”
Maria Rita Kehl
O que é mídia? Como definir?
01. Coletivo comunicacional do contemporâneo que congrega diferentes formas e meios de comunicação.
02. Diferentes linguagens que se misturam: jornalística, publicitária, cênica, literária, cinematográfica etc.
03. Diversos meios que se integram: TV, rádio, jornal, revista, cinema, web, e-mail, celular, mp3 player, blogs, redes sociais etc.
Cultura + mídia
É industrial; organiza-se com base no modelo de produção de massa e é produzida para a massa de acordo com tipos (gêneros), seguindo fórmulas, códigos e normas convencionais. É, portanto, uma forma de cultura comercial e seus produtos são mercadorias.
• Mas, a cultura da mídia é também uma cultura high-tech, que explora a tecnologia mais avançada.
• Setor vibrante da economia, um dos mais lucrativos, e está atingindo dimensões globais.
• Os espetáculos da mídia demonstram quem tem poder e quem não tem, quem pode exercer força e violência, e quem não.
• Por outro lado, aprendendo como ler e criticar a mídia, resistindo à sua manipulação, os indivíduos poderão fortalecer-se em relação à mídia e à cultura dominantes.
• E usar a própria mídia como trilho para sua resistência.
• E também aumentar sua autonomia diante da cultura da mídia e produzir novas formas de cultura.
“O público pode resistir aos significados e mensagens dominantes, criar sua própria leitura e seu próprio modo de apropriar-se da cultura de massa, usando a cultura como recurso para fortalecer-se e inventar significados, identidade e forma de vida próprios.”
Douglas Kellner
“A própria mídia dá recursos que os indivíduos podem acatar ou rejeitar na formação de sua identidade em oposição aos modelos dominantes.”
Douglas Kellner
Cultura midiática
→ Acredita que a mídia pode ajudar a promover e fazer mudanças necessárias na sociedade, assim sendo, nenhum indivíduo participante da mesma poderá ignorar ou desprezar o engajamento em tais transformações.
- Na pós-modernidade os valores são efêmeros
Em que sentido, então, pode-se entender a midiatização da cultura?
1. No sentindo de que todas as expressões culturais, como arte, música, literatura e etc passam ou acontecem por meio da mediação desse sistema
2. Segundo, o próprio sistema produz padronizações, fórmulas e esquemas que influenciam e moldam as manifestações culturais.
3. Sistema midiático – cultural exerce função sinalizadora e “educadora” da sociedade, principalmente em crianças por estarem mais expostas a ele, independente de conteúdos positivos ou negativos.
4. Ação sutil atua sobre o inconsciente, não pode ser captada quantitativamente, a mídia influencia mais pela sedução do que pela argumentação.
5. Comprometido, ideologicamente, atua sobre o inconsciente, o sistema midiático – cultural tem forte influencia na percepção que o sujeito tem da realidade.
Produto midiático
• tudo que foi impulsionado pela mídia
• Pós-modernidade (cultura midiática)
• Escola de Frankfurt (Teoria Crítica)
• Apropriação Cultural
- Cinema
- Funk
Tem espaço na mídia agora pra você se rebelar contra a mesma, o que não era possível na Ind.
Cultural. -> Mídia abre espaço pra manifestações culturais diferentes da mesma
Ex: no Twitter você pode meter o pau na mídia.
APLICAÇÃO AO PRODUTO MIDIÁTICO
Kéfera, através da mídia, pôde ser protagonista em alguma coisa e não só mais uma na multidão. Um exemplo claro foi o filme que acabou de lançar em que ela é a personagem principal, isto só foi possível graças a fama adquirida pela youtuber. Outra aplicação possível é no sentido da resistência das pessoas na mídia contra a própria mídia, visualizada em comentários em suas fotos e vídeos, em que recebe inúmeras críticas. No entanto, outra parte de seus seguidores comentam também em outro sentido, como forma de contribuir com temas para próximos vídeos colaborando e participando do canal, outra maneira de não se sentirem só mais um na sociedade. Os produtos da loja de Kéfera também são exemplos do produto midiático que ela é hoje. A ideia de consumo na cultura atual pode ser completamente relacionada a sua loja virtual, assim como o conceito de cultura + mídia, que relaciona códigos e normas convencionais com produtos de cultura comercial, sendo mercadorias.
AULA 7
TEMA: Celebridades Midiáticas
• CULTURA + MIDIA – BLACK
Celebridade – produto midiático, faz parte do industrial -> organiza-se com base no modelo de produção
• Jesus -> Herói de guerra -> celebridade
Pensamento ideológico de celebridades?
Ideologia – rótulos – consumimos
• Desespero humano é ser o um na multidão – querer o protagonismos em algo
Ex: Marina Joyce
Canal no YouTube desde 2010 -> moda, maquiagem, paródia musicais
Estrelato:
- 600 mil inscritos
- Vídeo: “Date Outfit ideas”
- 1 MILHÃO DE INSCRITOS EM UMA DIA
Lealdade dos fãs
- teorias: namorado, ISIS, drogas
- caso de polícia
- resposta
- continuação
Ponto final
- nova fase
- texto no Facebook
- “After life”
- Deusa Marina -> iluminada, templo
- Hoje: 2 milhões de inscritos
APLICAÇÃO AO PRODUTO MIDIÁTICO
Kéfera é uma celebridade midiática e ponto. Há vários exemplos que comprovam este fato. Ela é um fenômeno de sua própria produção, seu estilo de viver é próprio e é copiado por diversos seguidores, visto que ela divulga tudo em suas redes. A fama de Kéfera alcançou proporções absurdas, por exemplo, seu primeiro livro chamado “Muito Mais que 5inco minutos” foi o livro mais vendido na bienal de 2015 e também foi considerado o livro mais vendido de 2015 no gênero de não-ficção. Além do seu primeiro sucesso, seu mais novo livro, “Tá Gravando, e Agora?” também promete resultados absurdos.
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