#* . ⊹ inters › baba x wantsallfab

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A expressão da bruxa caiu para uma cética. Tão fria e desprovida de simpatia que o rosto faltou pouco para assumir seu verdadeiro. O que deu vida às lendas ao redor de si. "Escolhi o chá que eu prefiro, sua bruxa baixa." A primeira coisa que fez ao aproximar-se da floresta foi liberar os pés daquele fino pedaço de pano. Até quando estava num mercado cercada dos seus, a bruxa tinha consciência de que precisava tomar cuidado. Não ser influenciada por outras coisas quando estava mais preocupada com o próprio funcionamento. "O que aconteceu dessa vez? Ou melhor, quem aconteceu dessa vez?" Amansada com o pedido, o franzir entre as sobrancelhas desapareceu com o suspiro. O aroma da floresta limpa, e saudável, era tão bom quanto a selvagem, onde sua casa ficava. "Amiga, veja bem. Eu odeio humanos e, olha só, leio o futuro deles na praça. As aranhas não vão atacar você, as teias ficaram em locais específicos e seda. A melhor seda para segurar aquela pedra maldita que me trouxeram na semana passada. E veneno! Não quer ter um estoque garantido dos mais mortais? Baba fará tudo! Só- Seu jardim fica melhor localizado que o meu." Segurando as barras do vestido, ela saltitou à frente e entre as plantas, sem nunca as machucar. No meio, mostrou algumas. "Aqui!"

Evelyn sabia que apesar de ser talentosa ainda era uma bruxa muito nova para se dizer qualquer coisa sobre o que fazia. Não era especialista, não falava nem que era conhecedora, mas não negava os elogios quando eram feitos a si... Talvez seu ego fosse seu pior defeito, mas também er ao que a mantinha viva naquela cidade. "Não acho que estejamos pensando no mesmo chá, mas não nego que poderia ser interessante" devolveu com um sorrisinho travesso nos lábios, porém o cutucão só fez um bico se formar nos lábios dela. Aqueles dedos finos conseguiam machucar! "Acho que pode ser, minhas únicas condições são: ser legal comigo e não palpitar quando eu fizer o chá. Tô carentinha hoje" disse deitando a cabeça levemente nela antes de suspirar e se endireitar começando a caminhar em direção a floresta. Nada melhor do que uma bruxa ancestral para ser sua companhia... "Baba, eu odeio aranhas" choramingou com uma careta desenhando o rosto "Juro que to tentando superar, mas aquelas perninhas longas e os pelos... Prefiro as pragas do que ter que olhar para os mil olhos de uma aranha."

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Pocahontas colocou a língua para fora e ignorou deliberadamente a mudança de assunto. Por que ela não escolhia um filme logo? Algo que nem precisava ser envolvendo, mas que colocaria todo o esforço para ser a sétima maravilha do mundo. "Se isso não for 'estar apaixonadinha', eu sou uma geladeira dançarina chamada Guadalupe. Tudo bem, tudo bem, não vou mais insistir." Mas os olhinhos estavam em meias luas cúmplices, olhando a amiga com todas as más intenções do mundo. Aquele seria um segredo delas e, com sorte, Poca não deixaria escapar caso os visse juntos. "Ah, cara. Desisto! Vamos falar sobre minha vida pessoal horrível até dizer chega. Um século aqui? Evelyn. Um século? Uma eternidade? Eu vou à loucura." Dentre outros adjetivos muito convenientes ali. A maioria voava ao redor do expurgo da coleguinha de apartamento e na dificuldade de conseguir os ingredientes presa dentro daquela cidade. Poca suspirou. "Bom, por onde começar o quão fundo do poço eu estou quando o único relacionamento amoroso que tive nem foi meu? Foi da Baba? Não é incrível? E eu só fui descobrir com ele. O cara, ao mesmo tempo. Melhor, um lobisomem. Nunca gritei tanto e sumi tão rapidamente. Sumir no sentido de ser trocada, não de teletransportar." Esfregou a ponte do nariz com força. "Eu sei que sou esquisita naturalmente, mas precisava ter esse plus a mais em mim também? Quando penso em tentar com um dos novatos, porque né estou na comissão de frente da recepção dos forasteiros, não dá tempo. Eve, não. Dá. Tempo. Eles somem! Puff. Nem um rastro. E... Eu sou aquela que coloca tudo nos achados e perdidos, vende para o brechó depois de um mês e fica com os documentos. A polícia tá fazendo uma vista bem cega para os vampiros desse lugar."

Evelyn precisou parar um segundo para se relembrar daquele fatídico dia, péssima ideia ter bebido uma poção que não tinha sido feita pelas suas próprias mãos... O arrepio subiu a espinha a fazendo se encolher um bocado e negar com a cabeça afastando a memória "Prefiro mil vezes mais falar do seus erros" declarou manhosa pegando um punhado de pipoca antes de ir para a frente da televisão. Estava tão cansada de aparentar ser uma mulher poderosa e cheia de si, queria ser apenas Evelyn a velha senhora cansada "Ele não ganhou nada. E trouxa é uma óva! Não parei minha vida por ele, só... Acho que ele poderia fazer parte da minha" por um curto momento ela viajou na possibilidade, e um sorriso bobo apareceu em seu rosto, mas aquela pipoca em sua cara a fez colocar os dois pés no chão. Ela a olhou feio por um curto momento, antes de passar a mão pelos cabelos prendendo-o em um rabo de cavalo "Não sabe e nem vai saber. Temos a eternidade nesse inferno, talvez no próximo século eu admita algo assim... Mas se ele falar algo não serei eu a negar. Vamos voltar para seus erros? Muito mais divertidos"

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Por baixo do fôlego, sem realmente disfarçar, a bruxa deixou a frasezinha sair. "Não só as cartas..." Seus olhos vagando para longe da silhueta feminina, como se ajudasse a passar despercebida. Baba franziu o nariz com o toque e se afastou de supetão. As mãos levantadas abrindo e fechando os dedos conforme cada peça em exibição era coberto pela longa toalha de veludo. O aviso de fechado brilhante sobre a barraquinha bem protegida. Deu a volta rapidamente, o braço enganchando ao redor do alheio, seu rosto caindo sobre o ombro. "Por que me oferece tantas opções boas quando só tem uma de verdade? Eu queria muito um chá." Com uma pitada generosa de brutalidade, Baba enfiou os dedos na cintura de Evelyn. Um cutucão bem merecido. "Quero vinte por cento do que colhermos e você vai fazer um chá para mim das ervas da sua porção." Ainda agarrada a outra, Baba puxou os cabelos para um lado e enrolou os cabelos numa trança grossa, prática. "Já pensou na proposta de Baba? De deixar as aranhas habitarem seu jardim? Elas vão controlar as pragas, eu juro."

Era engraçado ver a amiga fazendo uma poção tão concentrada. Em outros momentos ela iria palpitar, falar para não misturar casco com olho, mas até que estava saindo bem. "Primeiramente, a gente sabe que as cartas sempre me mandam tomar vergonha na cara. Não preciso de outra leitura que venha com um tapa na cara" resmungou batendo a ponta do digito no nariz perfeito da mulher. Não se importava com a proximidade, na verdade, os anos que passou ao lado dela podiam lhe dar uma carcaça para quase todos os comportamentos dela "Vim perguntar se quer tomar um chá... E pegar umas ervas que tô precisando. Mas mais pela companhia para o chá okay?"