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meus pensamentos
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Professor Styles
n/a: a gata some por quase um mês e volta com o quê? Isso mesmo: putaria. rs Não estou tão confiante com esse hot, mas espero que gostem ^^
Situação: !professor!x Harry Styles x !aluna! Leitora
Contagem de palavras: 2765 + fake chats
Avisos: +18; linguagem sexual explícita
Prendi a ponta da caneta entre os dentes, fazendo o meu melhor para prestar atenção na explicação, e não na figura do professor.
Mas como fazer isso?
O professor Styles parece ter saído de algum livro erótico, com certeza. Dono de um corpo escultural, que não consegue esconder os músculos bem definidos por baixo dos ternos bem cortados, um par de olhos verdes capaz de molhar cada uma das calcinhas em todas as garotas em que foca, um sorriso que deixa qualquer uma arrepiada…
— Srta S\N? — Pisquei os olhos, voltando completamente para a realidade ao ouvir meu nome ser chamado pela voz rouca e carregada pelo sotaque britânico.
— Sim, sr Styles?
— Se não vai prestar atenção na minha aula, pode se retirar. — Disse causando algumas risadinhas.
— Eu estou prestando. — Menti.
— É mesmo? — Sorriu com certo deboche. — Então não se importaria de responder uma pergunta…
— Claro… — Engoli em seco.
Por alguns segundos, o homem caminhou em frente ao quadro negro, passando a ponta dos dedos pelo queixo bem barbeado.
— Quais são as principais obras de William Shakespeare, e seus anos de composição? — Enfiou uma das mãos no bolso da calça social.
— Shakespeare tem muitas obras, sr Styles. E as pessoas as categorizam de forma diferente.
— Cite três, então. — Apertou os olhos em desafio.
— Hamlet, escrita entre 1599 e 1601. Otelo, escrita por volta de 1603. Rei Lear, escrita em 1605. E, Macbeth foi escrita entre 1603 e 1607. — Sorri, agradecendo mentalmente a S\N adolescente que ela completamente fissurada em literatura inglesa.
— Vejo que gosta das tragédias, senhorita.
— Elas me parecem mais… realistas. — Sorri. O professor assentiu.
— Muito bem, obrigado por responder às minhas perguntas. — Afundei na cadeira quando ele se voltou para o quadro.
Anotei as informações no quadro e enfiei tudo na bolsa no minuto em que a aula acabou.
Voltei para casa o mais rápido, ignorando as aulas que ainda tinha no dia.
Sorri ao ver o email de confirmação do site, que finalmente havia terminado de analisar meus documentos.
Meus pais, no Brasil ficariam decepcionados se soubessem minha nova fonte de renda.
Mas, o que são algumas fotos sensuais?
Pouco mais de um mês depois.
Comemorei quando a transferência bancária do site finalmente entrou em minha conta. Não era um valor exorbitante, mas, definitivamente, maior do que eu achei que conseguiria.
Decidi usar uma parte do dinheiro para investir em novas lingeries, para poder fazer mais algumas fotos e vídeos curtos.
Com o ambiente todo preenchido pela luz vermelha, ajustei o couro da cinta liga. Me certifiquei de que a câmera estava regulada para mostrar apenas abaixo da minha boca, comecei a sessão de fotos.
Depois de algum tempo, decidi fazer upload daquelas que mais me agradaram, e navegar pela plataforma. Muitos dos perfis que apareciam eram masculinos, mas um chamou mais atenção que os outros. Em um cenário tão vermelho quanto o meu, o homem exibia o corpo completamente tatuado. Nunca mostrando o rosto, mas sem vergonha alguma de mostrar quase todo o resto.
Decidi por fim, seguir a conta. Mesmo que não fosse optar pelo conteúdo pago. Caso ele decidisse postar mais alguma de suas fotos gratuitas, seria um bom colírio para os olhos…
Mais uma vez, a aula do professor Styles começou, e eu me obriguei a pelo menos fingir que prestava atenção.
Até o momento em que uma caneta escorregou de sua mão, e ao se abaixar, acabou fazendo com que o primeiro botão da camisa social se soltasse da casa e se desprendesse da camisa.
Aquilo é uma tatuagem?
— Droga. — Resmungou. — Me desculpem. — Disse de forma cortês.
Não consegui focar meus pensamentos em nada que não fossem as duas tatuagens que se mostravam pela falta do botão. Em ambas as clavículas, e por mais que não estivessem totalmente à mostra, deixavam demais para a imaginação.
Quando a sala se esvaziou, caminhei até a mesa enorme onde ele corrigia alguns trabalhos que foram entregues.
— Senhor Styles… — Chamei baixo, fazendo com que ele erguesse os olhos em minha direção. — O senhor tem tatuagens? — O moreno abaixou o rosto, olhando para o próprio peito e então deixando um vermelho fofo tomar suas bochechas.
— S-sim. — Assenti, levando o lábio inferior entre os dentes.
— Têm mais alguma?
— Como? — Ergueu uma sobrancelha, provavelmente estranhando a forma descarada com que eu falava.
— É apenas uma curiosidade. — Dei de ombros. — Eu queria fazer uma bem aqui. — Usei o indicador para apontar o vão entre meus seios, cobertos pela camiseta colada ao corpo. — Mas tenho medo da dor.
— Ah… a dor é relativa. — Ele sorriu.
— O senhor tem mais alguma?
— Algumas. — Empurrou o cabelo para trás.
— Onde?
— Acho que essa conversa está passando dos limites, senhorita. — Cortou.
— Perdão. Não quis ser indelicada. — Empurrei uma mecha de cabelo para trás. — Como disse ao senhor, tenho medo da dor. — Sorri. — Acha que eu aguentaria? — Observei o pomo de Adão se mover enquanto ele engolia em seco.
— Talvez.
— Obrigado, Senhor Styles. Sua aula foi… muito interessante. — Me virei, sabendo que a saia de couro sintética marcava perfeitamente a falta da calcinha.
Não podia negar, desde o momento em que comecei com a venda das fotos, me sentia muito mais segura e sexy. Provavelmente, bastante descarada também.
Abri a plataforma assim que cheguei em minha casa, vendo que o perfil que havia me interessado estava em live.
Ponderei por alguns segundos antes de fazer uma transferência e receber a permissão de assistir.
— Oh, babe… — A voz do outro lado gemeu, me deixando totalmente arrepiada. Os comentários das dezenas de garotas subiam pela tela, implorando que ele se erguesse e mostrasse o que fazia com as mãos. O braço tatuado se movia, e o som característico preenchia o ambiente. Ele se masturbava, mostrando apenas o peito, os braços e o queixo. — Vocês querem ver o que estou fazendo, hum? — Provocou. Meu coração batia tão forte dentro do peito quanto minha calcinha ficava molhada dentro dos jeans. — Okay… — Lentamente, ele afastou a cadeira, erguendo o corpo em frente a câmera. O membro duro e lustroso ocupando boa parte da tela. Mas nada me chamou mais atenção do que o sorriso que se abriu em sua boca, acompanhado de covinhas que eu conhecia muito bem.
Puta. Que. Pariu.
Não pode ser.
Pode?
Um sorriso diabólico se abre em meu rosto.
Isso não pode ser uma coincidência.
A voz, as covinhas, o sorriso e até mesmo as tatuagens no peito. Tão parecido…
Será mesmo que o Sr. Styles produz conteúdo para um site adulto?
Entrei na biblioteca praticamente vazia, caminhando até a sessão que precisava. Encarei os títulos dos livros clássicos, procurando o que precisava para fazer um resumo.
— Senhorita S/N? — Sorri com o arrepio que correu pela minha espinha. Virei para o homem. Delicioso dentro do terno escuro.
— Sr. Styles, boa tarde.
— Pode vir comigo, por favor? — Disse olhando para o lado, encarando a bibliotecária que olhava para o celular sem nem se importar com a nossa interação.
O professor deu passos largos pelas prateleiras lotadas de livros, parando somente quando chegamos ao canto mais longe possível.
— Como me encontrou no site? — Perguntou de forma direta, sua carranca o deixando ainda mais gostoso.
— Quanto nervosismo, professor… parece até que foi pego fazendo algo errado. — Debochei, adorando o fato dele estar completamente nas minhas mãos.
Na verdade, havia jogado verde quando mandei as mensagens, e o pobre professor Styles caiu como um patinho.
— O que quer com isso, S\N? — Perguntou baixo, segurando meu braço direito com força. Talvez fosse a sua tentativa de me deixar temerosa, mas tudo que conseguiu foi molhar a minha calcinha.
— O que aconteceu com o “senhorita”?
— Responda logo. — Quase rosnou. Tirei a mão grande do meu braço, puxando do meu bolso traseiro uma caneta e anotando em sua palma meu id do site. — O que é isso? — Perguntou com uma sobrancelha erguida.
— Entre hoje, ás 21h. — Falei simplesmente, deixando-o sozinho no fundo da biblioteca.
Já havia tido pelo menos dois surtos. Me xingando um milhão de vezes. Em que momento meu tesão falou tão alto a ponto de eu dar o id da minha conta para o meu professor?
Meu Deus, como você é burra, S\N!
Andando pelo quarto em passos largos, tentando acalmar meus nervos, observei o relógio informar que já eram quase 21h. As lives eram, sem dúvidas, a coisa que mais rendia dinheiro dentro do site, e eu tentava fazer pelo menos duas por mês.
Deixei as luzes vermelhas, como de costume, coloquei uma música sensual e fui atrás do meu novo acessório: a máscara preta que me daria mais liberdade em frente a câmera sem entregar minha identidade.
Não demorou mais do que três minutos para que algumas pessoas já estivessem presentes.
Comecei o “show”, movendo a cintura no ritmo de unholy. Sentindo o calor me atingir por saber que todas aquelas pessoas estavam ali por me desejar.
Doações e comentários subiam pela tela, e quando atingi o tempo de uma hora, me despedi, prometendo voltar logo.
Tomei um banho longo para me livrar do suor, e deitei em minha cama a fim de dormir, mas as notificações de mensagens fizeram qualquer resquício de sono me abandonar.
***
Os três dias que faltavam para o sábado pareciam se arrastar mais do que o normal, me deixando cada vez mais ansiosa.
Harry não me ajudava em nada, me direcionando sorrisos maliciosos quando ninguém estava olhando ou fazendo questão de tocar meu corpo nos poucos minutos que ficávamos sozinhos.
Troquei de lingerie pela quarta vez, ficando finalmente satisfeita.
O tecido minúsculo e branco dava um ar de pureza ao meu corpo. Coloquei uma saia e uma camiseta simples, deixando à mostra a pequena cinta liga que combinava com o conjunto íntimo.
Cheguei no hotel que Harry havia escolhido sentindo meu coração bater forte.
E se ele estivesse brincando?
— Boa noite. — Comprimentei a funcionária vestida de forma chique. — Estou aqui para ver o senhor Styles.
— Só um momento. — Pediu com um sorriso gentil antes de tirar o telefone fixo do gancho. Ela trocou poucas palavras com a pessoa do outro lado antes de desligar. — Pode subir, ele está na suíte 948, nono andar.
Agradeci e me dirigi para o elevador.
As portas abriram no andar vazio, e em passos inseguros cheguei ao fim do corredor, dando algumas batidas na porta branca. Não demorou mais do que um minuto para que ela fosse aberta, revelando um Harry que vestia um roupão de seda preta.
Com um sorriso sacana, deu um passo para trás, em um convite silencioso.
— Bem na hora, S\N.
— Esperava que eu me atrasasse, senhor Styles? — Falei tirando a bolsa do meu ombro e observando o quarto muito bem decorado.
— Ah não, babe. Aqui você me chama de Harry. — As mãos grandes se posicionaram em minha cintura, e sua boca estava perto demais do meu ouvido. Cada centímetro de pele arrepiou e eu fechei meus olhos. — Gostaria de um pouco de vinho? — Ofereceu, caminhando até a pequena mesa onde havia um balde de gelo e um par de taças vazias.
— Sim, por favor.
Harry serviu as duas e voltou para perto. Brindamos em silêncio, bebendo e encarando nossos olhos. Ele tirou a taça da minha mão, colocando-a no lugar, e como um animal faminto, sua boca atacou a minha.
O calor, de repente, se tornou insuportável.
A língua afoita e faminta, me dominava.
Com cuidado, Harry me empurrava em direção da cama, sem cessar nosso contato.
Meu corpo bateu sobre o colchão e Harry passou a língua pelos lábios antes de se ajoelhar. Com as mãos enormes, ele desamarrou o cadarço dos meus tênis, puxando-os para fora dos meus pés junto das meias.
Sua boca fez uma trilha, me arranhando com a barba curta e me arrepiando por inteiro. Ele abriu o fecho lateral da minha saia, se livrando dela e sorrindo ainda mais abertamente ao ver a calcinha minúscula e provavelmente manchada de tão molhada.
Levei minhas próprias mãos até a barra da camiseta, jogando para fora da cama.
— É nova? — Perguntou baixo, a voz ainda mais rouca. A ponta de seu indicador passeava pela lateral do meu corpo. Acenei com a cabeça em concordância. — Vestiu especialmente para mim, babe? — Movi a cabeça novamente. — Quero que me responda com palavras, querida? Onde está aquela língua afiada?
— Sim, eu… oh, Deus. — Não consegui terminar minha sentença, pois os dedos habilidosos acariciaram minha intimidade por cima da calcinha.
— O que dizia? — Murmurou, fazendo pressão sobre meu clitóris.
— Sim, vesti ela para você. — Consegui dizer.
— Vou ser bonzinho e não rasgá-la então. — Soprou, enganchando os dedos em ambas as laterais e retirando-a.
Harry abriu minhas pernas sem nenhuma dificuldade, apoiando os cotovelos na cama e me puxando pelas coxas até a ponta da cama. Ele soprou minha intimidade, me fazendo soltar uma lamúria e rindo da minha reação.
Sua boca me atacou, me fazendo perder completamente as forças.
Harry me lambia e chupava como se fosse sua refeição favorita. Os sons molhados se misturavam aos meus gemidos incontroláveis e ele usava as mãos para me manter no lugar.
— Deus… — Sussurrei, quando ele se ergueu. Um sorriso diabólico despontou nos lábios avermelhados e molhados.
— Deus não tem nada haver com isso, docinho. — Debochou, desfazendo o nó de seu roupão e subindo na cama. — Me diga, docinho, quantas vezes você que eu te coma?
— Quantas vezes quiser. — Respondi de pronto, sentindo o calor de seu corpo quando ele subiu em cima de mim.
— Péssima escolha de palavras, querida. — Murmurou, segurando minha coxa por cima da liga fininha.
— Por que?
— Uma noite não é o suficiente para os meus planos para você.
Abri a boca para responder, mas tudo que consegui proferir foi um gemido quando ele entrou sem aviso, indo fundo.
Sua boca saboreava a pele do meu pescoço enquanto seu pau entrava e saía de mim sem dó. Finquei as unhas em seus ombros, tentando me segurar, mas sem muito sucesso.
Harry puxou meu sutiã para baixo, libertando meus peitos antes de colocar a língua para fora e sugar meu mamilo.
Era demais.
Estava tão molhada que sentia escorrer até minha bunda. O atrito de sua pélvis contra meu clitóris me fazia ver estrelas.
Os pensamentos não conseguiam se formar por inteiro, tudo que conseguia fazer era gemer e pedir por mais.
Em um movimento rápido, Harry mudou nossas posições, me deixando por cima e sentada em seu colo.
— Senta e mostra o quanto me quer, querida. — Ordenou.
Sorri, afastando os fios de cabelos que haviam grudado em meu rosto pelo suor. Apoiei as mãos em minhas coxas, começando a quicar o mais rápido que conseguia.
Foi a vez dele gemer, me enlouquecendo ainda mais.
Harry pegou minha cintura com força, impulsionando o corpo contra o meu.
— Caralho… — Murmurou.
— Está gostoso, professor? — Sussurrei a provocação, recebendo um tapa na bunda.
— Sua boceta é tão gostosa, querida. — Revirou os olhos.
Decidi diminuir o ritmo drasticamente, fazendo com que ele me encarasse nada feliz. Coloquei as mãos em seus ombros, puxando-o para que ficasse sentado e lambendo seus lábios que ainda tinham o meu gosto.
— Como se sente fodendo uma aluna, professor? — Sussurrei em seu ouvido.
Harry soltou um tipo de rosnado, me tirando de seu colo. Ele me empurrou para a cabeceira, me fazendo encostar o rosto contra a parede fria, e sem perder tempo, voltou a meter.
Empinei mais a bunda, dando mais acesso.
A mão enorme enrolou em meus cabelos, puxando-os com brutalidade enquanto a outra apoiava meu corpo pela cintura.
Minha provocação havia tirado totalmente o autocontrole de Harry. Ele investia o corpo contra o meu sem dó algum, causando uma dorzinha gostosa. Seu pau castigava a minha boceta molhada, entrando fundo e saindo quase totalmente.
Era o meu limite.
Os dedos fincados em minha cintura com certeza deixariam marcas e eu estava adorando.
— Seja uma boa garota e goze. — Era uma ordem. E meu corpo adorou obedecê-la.
Me desfiz com seu pau totalmente empalado em mim, tendo um orgasmo tão forte que lágrimas fugiam dos meus olhos e meu corpo sofria espasmos.
Harry apoiou a testa em meu ombro, respirando fundo quando seu ápice também chegou, jorrando entre minhas coxas. Me marcando.
Virei o rosto em sua direção e ele sorriu cansado antes de selar meus lábios.
— Vamos comer alguma coisa. — Sussurrou. — Você vai precisar de mais energia hoje.
***
Encarei o relógio de parede que pairava acima do quadro negro. Faltavam quase vinte minutos para que aquela aula entediante acabasse. Precisava fazer esforço para não acabar dormindo. Estava quase cochilando mais uma vez quando senti meu celular vibrar.
O levei para baixo da carteira, sorrindo ao ver a mensagem.
#oneshot#lari#harry1s#lary#imagine#imagine one direction#harry styles one shot#harry styles#harrystyles#harry imagine#fanfic#fake chat#harry1d#harry styles smut
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Admiro muito quem aguenta tudo calado, quem sofre em silêncio, quem é ferido e não machuca o outro, é uma maturidade incrível.
#maturidade#admirar#sofrimento#meus pensamentos#vertical-align: inherit;#<font style=><font style=>autorias </font></font>
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goodnight ‘n falling (in love)
back together
masterlist da série
E! News
O ano começou bem para aqueles que assim como nós, apreciam o lindo relacionamento de Harry Styles e S/N Morris.
Após algumas semanas de dúvidas e mistérios, onde o twitter mais se assemelhava a um site voltado somente à teorias da conspiração, nossos corações finalmente descansaram à publicação feita por Harry, onde uma Morris aparece produzida e extremamente radiante na manhã de Natal. A legenda em francês, marca regristrada do cantor para declarações feitas à namorada, também fora responsável por nossos suspiros apaixonados, afinal, nenhum presente dado pelo bom velhinho pode ser melhor do que Harry Styles e seu “joyeux noël, je t'aime xH”.
Os fãs de styrris estão nas nuvens, os haters do casal mais furiosos do que nunca... No fim das contas, quais foram os motivos que levaram àquele afastamento bruto? Por que Styles estava na presença de Camille Rowe apenas dois dias após S/N ter um encontro “repentino” com Shawn Mendes?
“Shawn queria apenas uma oportunidade de se desculpar com S/N. Depois alguns anos juntos e do término melancólico com Camila, a última coisa que ele queria era continuar sendo visto como um vilão na vida dela. Ela tem um coração mole e também não queria permanecer com inimizades ao seu redor, especialmente de alguém que esteve presente por tantos anos. Eles se encontraram naquele restaurante com o propósito único de se entenderem e marcarem um novo começo, dessa vez apenas como bons amigos. S/N estava feliz, mas Harry soube daquele encontro da mesma forma que o resto do mundo, com teorias e fatos distorcidos.” Revelou uma fonte anônima próxima ao casal, garantindo também que Harry não usou a modelo franco-americana como vingança, mas que também fora vítima da mídia e de alguns fãs mal-intencionados. “Desde que conhecera S/N, até mesmo quando ainda eram apenas amigos, Harry nunca pensou em estar com outra pessoa romanticamente. Ele e Camille têm amigos em comum e todas essas pessoas estavam presentes na cafeteria em que, curiosamente, apenas ele e sua ex foram fotografados.” Zombou. “Por alguma razão desconhecida, muitas pessoas ainda não aceitam a felicidade de S/N, principalmente quando ela se arrisca em um relacionamento com cantores tão famosos quanto Harry ou Shawn. Ela não teve chance de se explicar, Harry quis um tempo longe de todos aqueles que falavam besteiras sobre seu relacionamento e a cortou nesse meio tempo. Ele estava errado, S/N estava sendo atacada e não o tinha por perto, a história estava se repetindo novamente.”
Mesmo sabendo que agora todos estão bem e que S/N está tendo o momento de sua vida enquanto celebra com a família, o coração fica apertadinho, né?!
Ainda em solo norte-americano, o casal aproveita os últimos dias de folga juntinhos antes de S/N dar continuidade à sua turnê mundial e Harry voltar às gravações de seu próximo álbum, previsto para abril.
(Harry Styles e S/N/C durante a noite de ano novo de 2021, Chicago.)
“Harry nunca foi ativo nas redes sociais, isso até conhecê-la. Quando fotos de S/N e Shawn começaram a sair em todos os lugares, é claro que não perderam a oportunidade de provocá-lo sobre isso. Muitos fãs do antigo casal postavam links de teorias sobre a volta de “sharris”, e Harry ficou profundamente magoado com tudo o que recebia. A viagem dele a Chicago não foi nem um pouco premeditada, foi um ato de desespero ao saber, através de sua própria mãe, tudo o que estavam falando sobre Morris e toda a tristeza que ela demonstrava sentir no último texto publicado em sua conta no instagram. Dizendo em palavras duras mas realistas, Harry não quis ser um Shawn na vida de S/N.”
Apesar dos pesares, esperamos que esse seja um ano de luz e tranquilidade para um de nossos casais preferidos!
E vocês? Acham que styrris irá se consolidar como um dos casais sólidos do mundo das celebridades? Nós temos certeza que sim e mal podemos esperar para anunciar esse casamento!
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Curtido por snstar, harryforgucci e outras pessoas
harry.updates harry e sn se divertindo junto aos amigos em uma brincadeira de karaokê durante o ano novo ✨ eles comemoraram os eventos de final de ano próximos às suas famílias, anne e gemma também estavam presentes na casa da família morris, em chicago 🥺♥️
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harry_tpwk esse é simplesmente o vídeo mais fofo que já vi em toda a minha vida 🥺
sharrisboo sharris continua sendo superior ☺️
harryluv @sharrisboo eu não quero ser ofensiva, mas você é idiota?
joshbabymorris @sharrisboo sn, harry, os amigos de sn, os amigos de harry, a família morris e a família styles discordam do seu comentário
preciousharry eu queria ser amiga desse casal para participar dos momentos em que eles estão bêbados 😂
imsnbtw alguém sabe me dizer se fallon também estava nessa noite?
softsn @imsnbtw sim, ela postou uma foto com josh 👀
styrrisdaughter @softsn fallon e josh estão namorando?
babymorris @styrrisdaughter não, eles são apenas amigos
goldenharry não sei se é muito ruim dizer isso, mas às vezes tenho vontade de morrer apenas para ter uma chance de reencarnar como uma filha de styrris
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adorablesn MEUS PENSAMENTOS 😂😂😂
styleskisses eu amo minha mãe, mas não posso negar...
tattooedharry essa criança ainda nem está sendo planejada e eu já tenho inveja 🥲
sninwonderland como alguém consegue odiar um casal como esse???
harrysunshine eu amo a forma em que harry olha para sn enquanto ela está cantando 😂♥️
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Curtido por snstyles, stylestoday e outras pessoas
styrrisdaily provando que podem sustentar o pop atual e carregar o título de melhor casal sem muito esforço, harry e sn foram nomeados em algumas categorias no grammy 👑
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snaway OMG SKJAKWUWJWOWOAIAOOSO
harrycupcake não posso esperar para ver as fotos 🥺🥺
snswift eles vão se apresentar??
styrrisdaily @snswift ainda não temos essa informação
juststyrris haters, por que vocês estão chorando?
prettysn EU ESTAVA ESPERANDO TANTO POR ESSE MOMENTO
harrycurly eles merecem muito 😭😭🥺🥺
morrislightning já sabemos quem irá ofuscar toda a premiação ��
snandme @hazzlovesmorris você precisa vir aqui para assistirmos juntas 🥵
dangerous_styles e mais uma vez ficarei em dúvida sobre qual foto colocar no meu papel de parede 🥲
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Curtido por sharrisforever, handsomeshawn e outras pessoas
heysharris ontem a @enews divulgou uma matéria exclusiva sobre styrris com o ponto de vista deles sobre o assunto e informações de uma “fonte anônima” próxima de harry e de sn que sem dúvidas parecia saber demais... sharris se encontrou há pouco tempo, e acho que ambos estavam mais do que dipostos a voltar um com o outro, mas tanto a gerência de harry quanto a de sn proibiram que isso fosse adiante, visto que agora styrris é um dos casais mais queridinhos do público... marketing. as fotos de styrris sempre são as mais curtidas e QUALQUER coisa que sai sobre eles é motivo para que os fãs levantem tags e comentem por HORAS!!!! acham mesmo que uma assessoria tão grande perderia a oportunidade de obrigá-los a continuar com isso? 🙂
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lovingsharris 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
mendesmoremorris isso é exatamente o que eu penso
harrystyles desculpe, mas eu nunca li tanta merda em toda a minha vida.
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smithfallon eu estava pronta para te enviar essa publicação 😂😂
snskyscraper EU NÃO—
harryhoney HARRYYYYYY!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
allmyloveM HARRY FINALMENTE SE PRONUNCIOU SOBRE ESSES BOATOS RIDÍCULOS EU NÃO ACREDITO
blowmestyles eu apagaria essa publicação se fosse você...
sunshineharry harry desmentiu uma sharris shipper harry desmentiu uma sharris shipper harry desmentiu uma sharris shipper harry desmentiu uma sharris shipper harry desmentiu uma—
snangel depois disso, eu não sairia de casa por vergonha
morrisandsmith sua publicação agora é viral no twitter! obrigada por alegrar minha noite 🥳
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Jornalista de Bangkok acaba revelando sem querer o maior segredo da One Direction.
Em 21 de agosto de 2019 Rolling Stone anuncia que Harry Styles vai ser a estrela da capa de Setembro da revista. E a história da capa escrita por Rob Sheffield, autor do livro favorito de Harry, "Love Is A Mixtape".
Então do nada aparece um homem chamado Joe Cummings lembrando de uma ocasião que bebeu com o Harry em um bar chamado Smalls em Bangkok. Foi depois do show da 1D em 14 de março de 2015.
Ele revela que Harry tinha tido uma briga com o Zayn e que enfiou a cara na bebida como resultado.
As revelações de Joe são significantes porque mostra uma nova luz em uma era que a maioria das pessoas assumiram que Zarry não eram nenhum pouco próximos.
Algumas pessoas apontaram que isso não era verdade e agora Joe provou que essas pessoas estavam corretas.
Eles não só ainda se falavam como também eram próximos o bastante pra discutirem e pro Harry ficar bêbado por isso.
[[MORE]]
"Eu dividi uma dose de tequila, dose por dose, com esse jovem em @smallsbkk em Bangkok, 2015, momentos depois do show local da One Direction. Styles tinha brigado com o membro da banda Zayn Malik e estava se enfiando na bebida. A banda terminou 4 dias depois. Bom moço. #HarryStyles"
"Haha eu não tinha noção da atenção que esse tweet teria! Me lembre de te dar a história completa um dia, não tenho certeza se os fãs podem aguentar. Ele bebeu mais que eu, isto é certeza. Fale pra sua filha que eu nunca conheci um homem com um tão incrivelmente espesso e lindo cabelo."
"Desculpa, Malik deixou a tour 4 dias depois, a banda não terminou. Obrigado, fãs do HS, por me educarem sobre uma banda que eu não sabia nada sobre na ocasião. Respeito para todos."
"Escritor e Jornalista de Viagem"
"Tem 17 doses em uma garrafa de tequila. Eu não estava contando, mas Harry acabou entornando mais que eu, e aos poucos foi de uma educada reserva Inglesa a um semi poético fluxo de consciência. Qualquer um poderia sentir o estresse derretendo."
Joe é uma fonte confiável porque 1. Olhando as redes sociais dele da pra ver que ele é um morador de Bangkok.
2. É frequentador assíduo do bar "Smalls".
"Prazer em te conhecer no Smalls em Bangkok @/Harry_Styles"
3. Tweetou sobre conhecer o Harry no bar em 2015 e só trouxe isso a tona porque viu o tweet da Rolling Stone sobre ele em sua tl.
4. Tem fotos do Harry no bar na ocasião. Ele foi pro bar 3 dias seguidos. Pra uma melhor explicação veja "PROOF Joe's Tweet's about ZARRY fighting in Bangkok Thailand are true!! || Zarry"
"Até parece que o Harry, bebendo tequila ou não, teria contado seus pensamentos e esses eventos pra você, como você fosse um amigo importante dele. Desculpa mas a vida não é como uma série de drama na TV, aonde o protagonista se abre para um estranho enquanto está bêbado"
"Eu fui introduzido ao Harry pelo promotor do show local. Eu não era um estranho. Harry me convidou pra beber com ele."
Conheceu o Harry dia 12 ou 13 e dia 14 aconteceu a conversa que o Harry acabou soltando que brigou com o Zayn.
Em 2017 enquanto estava falando dos meninos da 1D (o tipo de contato que tinham, se tinham ou não) ele deixou o Harry de fora e o entrevistador teve que perguntar "E o Harry Styles?" e ele me manda essa "Pra ser sincero eu e o Harry nunca realmente nos falamos nem na banda então não esperava um relacionamento com ele depois, e nunca tive um, sendo sincero".
Sendo tudo menos sInCeRo.
Você não se embriaga depois de ter uma briga com uma pessoa que você não fala, você só fica assim quando é com alguém que você é investido emocionalmente! Em 2020 o Joe confirmou que o Harry já sabia que o Zayn queria sair da banda. Ou seja, era o único da banda que já tinha essa informação, tinha informações privilegiadas porque era íntimo! Foi o único que tweetou dia 25 de março de 2015 "All the love as always. H".
Qualquer pesquisa rápida dá pra saber que o que o Zayn disse foi uma grande mentira. Quem lembra do "Eu conheço o seu real você" (Zayn pro Harry)?
O interessante é que o Harry foi um dos escritores de Olivia e essa música fala sobre um "fall out".
"Say what you're feeling but say it now
Cause i got the feeling you are walking out
And time is irrelevant when i've not be seeing you
The consequences of falling out
There's something I'm having nightmares about
And these are the reasons i'm crying out to be with you"
Diga o que você está sentindo mas diga agora
Porque estou com um sentimento que você está indo embora
E o tempo é irrelevante quando não estou te vendo
As consequências de uma briga (falling out)
São coisas que estou tendo pesadelos sobre
E essas são os motivos que eu estou implorando pra estar com você
Se analisar "sHe" do Zayn é sobre uma pessoa que está implorando pra ele não deixá-la.
"She cries out that she loves me
Holding my hand so i won't leave
Because baby don't wanna be lonely
She says: I just want you to hold me"
Ela está gritando que me ama
Segurando minhas mãos pra que eu não vá embora
Porque ela não quer ficar sozinha
Ela diz: Eu só quero que você me abrace
Enquanto o Zayn estava cantando sobre deixar uma pessoa Harry canta sobre ser deixado, estar separado da pessoa que ama e "falling out" em Olivia, If I Could Fly e Walking in The Wind.
If I Could Fly parece ser o mais importante pra ele porque é a música que ele escolheu pra cantar em sua tour solo e ele faz questão de citar que escreveu em 2015.
"Se eu pudesse voar eu estaria voltando direto pra casa, pra você
Eu acho que poderia desistir de tudo, é só me pedir
Preste atenção, espero que você escute
Porque eu abaixei minha guarda
Agora estou completamente indefeso
Somente para seus olhos, eu vou mostrar meu coração
Para quando você estiver sozinho(a) e esquecer quem você é
Estou sem a metade de mim quando nós estamos separados
Agora você me conhece
Apenas para seus olhos"
Sabe o que esse "apenas para seus olhos" me lembrou? "I Won't Mind". Essa música foi a primeira música solo do Zayn a ser vazada pela NB e rapidamente Zayn deletou das redes sociais e nunca mais falou dela.
Essa música foi bem controversa porque muita gente entendeu que se falava de um relacionamento secreto.
A letra da música é
"We messed around
Until we found the only thing we said
We could never ever live without
I'm not allowed to talk about it but i gotta tell you
Because we are who we are when no ones watching
And right from the start we know i got you"
Zayn diz que ele e a pessoa "messed around", procurei o que significa a expressão em ingles e no Idoceonline.com é dito que é "ter um relacionamento sexual com alguem que voce nao deveria ter um relacionamento sexual com" Ex: Ela está messing around com outro homem.
Vamos traduzir messed around então pra "curtir" por falta de melhor tradução.
"Nós curtimos até acharmos a única coisa que nós dissemos que nunca conseguiríamos viver sem"
"Não estou autorizado a falar sobre isso mas vou te dizer" = relacionamento secreto
"Porque nós somos o que somos quando ninguém está vendo e desde o começo nós sabemos que te tenho"
"Porque nós somos o que somos quando ninguém está vendo"
"Apenas para seus olhos eu mostro meu coração"
No primeiro álbum solo do Harry ele continua com essa narrativa de ser deixado por alguém, por exemplo em Meet Me In The Hallway.
"Me encontre no corredor. Eu acabei de sair da sua cama, me dê alguma morfina. É só me avisar que eu vou estar na porta esperando que você apareça. É só me avisar que eu vou estar no chão, talvez resolvamos isso. Eu tenho que melhorar; e talvez resolvamos isso. Andei pelas ruas o dia inteiro correndo com os ladrões porque você me deixou no corredor (me dê um pouco mais). Apenas tire a dor. Não falamos sobre isso, é algo que não fazemos. Porque assim que você seguir em frente nada mais restará"
"We don't talk about it. It's something we don't do." Meet Me In The Hallway
"I'm not allowed to talk about it but i gotta tell you" I won't mind
"We could never ever live without"
"Cause once you go with out it Nothing else will do"
Essa última parte é bem difícil de traduzir. 😬
O que me chamou a atenção pra essa música é esse ar secretivo de "me encontre no corredor" como se ele e a pessoa que ele está se encontrando não pudessem ser vistos juntos. "É só me avisar que eu vou estar na sua porta" Como se estivesse se esgueirando pelos corredores pra se encontrarem. Um relacionamento heterossexual e público não inspiraria esse tipo de letra. Os dois podiam simplesmente entrar no hotel juntos e ir diretamente pro quarto juntos.
É como se eles tivessem em quartos diferentes no mesmo hotel, se fosse sobre uma namorada ou ficante já estariam no mesmo quarto.
É como se fosse algo recorrente, como se essa pessoa dividisse bastante os mesmos hotéis que ele.
O interessante é que ele diz "Você me deixou no corredor", é como se a pessoa que ele sempre se esgueirava pelos corredores pra se encontrar tivesse o deixado abruptamente.
E o fato deles "nunca falarem sobre isso" reforça a teoria de algum segredo.
🤷♀️
Parafraseando ET Bilu: "Busquem conhecimento"
Vou continuar a falar sobre o jornalista que deu a informação sobre a briga de Zarry em outro post. (Ele acabou confirmando em 2020 que o Harry já sabia que o Zayn iria deixar a banda)
#zarryereal#falandodezarry#prova zarry#zarry#prova de bangkok#zayn e harry#harry e zayn#harry styles#zayn malik#one direction
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O fim de....
o fim de tudo ou o começo da tranquilidade?
difícil de saber ou de adivinhar o que acontece dentro do nosso cérebro quando processamos os pensamentos, palavras e gestos rápidos durante uma discussão....
gostava de ser feliz!
só isso , para sempre e sempre! sempre gostei de rir e estar bem disposta. aliás , a grande dificuldade da minha vida é explicar porquê no meio de dificuldades, de travessias pelo deserto da solidão e escuridão eu consigo ver o arco-íris...
só quero rir e rir mais e sorrir e brincar e nunca mais crescer outra vez!
dizem que sou egocêntrica, que só penso em mim...mas afinal tenho dedicado os meus quase 45 anos aos outros, a ama-los, a querer fazer parte da vida deles, a querer sentir-me parte de algo.
amada, desejada como pessoa, so isso.
nada mais.
e chamam-me egoísta, má, agressiva, louca afinal será o que querem dizer?!
dei demais, dei o que não devia, procurei, testei mas ....aqui estou...ainda lutando contra os moinhos...mas estes são gigantes indomáveis!
e quem me salva neste tsunami de emoções?
só queria escapar e nunca mais voltar! ...mas por amor dos outros fico....
As minhas necessidades vão para o segundo lugar...mas este amor é sem igual e incondicional...então por agora fico mais um pouco...
Por amor
Mas o resto...é o fim...
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Imagine Harry Styles
Especial Aniversário ♡
Price Tag
Parte I | Parte II | Parte III | Parte IV
— Você me disse que ninguém usava essa casa, disse que sua mãe sequer lembrava dela. — (seu nome) estava sentada na cama olhando Harry que estava na sacada falando ao telefone em um tom baixo, na falha tentativa de não deixá-la ouvir a conversa — Como ela vendeu? Por que não me avisou? — uma pequena pausa para ele ouvir a resposta enquanto (seu nome) estava atenta a suas palavras — Eu sei que já estou casado e nada importa, mas eu queria curtir a minha esposinha enquanto ela ainda é minha. Com que clima iremos à Paris?
O casal que se diz proprietários da casa ainda estava no andar de baixo e tudo que Harry estava dizendo deixou (seu nome) confusa, ela precisava de respostas, por isso marchou até o andar de baixo vestindo apenas uma camisa de Harry que mal tapava suas coxas.
— Licença. — ela se aproximou do homem e da mulher sentados no sofá murmurando coisas um para o outro — Eu posso fazer algumas perguntas?
— Você poderia ter colocado um pouco mais de roupa para isso, não?! — a mulher a olhou de ela apenas a ignorou.
— De quem é essa casa? Até ontem ela pertencia ao meu marido. — (seu nome) apontou para cima sinalizando o andar em que Harry está.
— Essa casa era propriedade de Johannah Tomlinson até que eu assinei o contrato a tornando minha na semana passada, seu marido cometeu um engano. — o homem explicou olhando a expressão confusa de (seu nome) que estava pronta para expulsá-los de sua casa.
— Como? — perguntou sem acreditar.
— A casa é nossa e vocês precisam sair antes de ligarmos para a polícia! — a mulher não tinha nem um pouco de empatia por (seu nome) e deixava isso claro.
— Calma, querida, ela foi apenas enganada. — o homem interveio ao ver (seu nome) dar passos para trás completamente em choque.
Enganada. Por que Harry faria isso? Ele tem dinheiro, é herdeiro de empresas, não é?! Ela precisa de uma explicação, já pode até sentir sua cabeça começar a doer.
Girando sobre os calcanhares ela subiu de volta até onde estava Harry, ele teria que se explicar e resolver o mal entendido que aquele casal estava fazendo, só poderia ser uma mal entendido.
— Harry? — ela entrou no quarto a tempo de ouvi-lo se despedir de quem seja que estava falando com ele pelo telefone — O que está havendo? Tem pessoas dentro da nossa casa.
Harry se virou arquitetando uma desculpa em sua cabeça, ele não queria revelar tudo antes da viagem, ele queria um momento legal com a mulher para que eles pudessem repetir a sessão de sexo porque ela era maravilhosa.
— Eu... Não sei. — ele já mentiu tanto que parece ter secado sua fonte de mentiras.
— Fala a verdade, Harry! Essa casa é sua? Por que aquelas pessoas estão dizendo que comprou com uma tal Joanna Tomlinson?
— Você quer a verdade? Vai acabar com tudo até aqui. — (seu nome) ficou alguns segundos em silêncio antes de assentir com a cabeça lentamente — Eu não tenho nada além de alguns anéis e um relógio de ouro. Você não conheceu meus pais, essa casa não é minha e metade de tudo que é seu, é meu.
Tudo o quê? (Seu nome) gritou em sua mente porque no momento não era capaz de produzir nenhuma palavra, sua voz sumiu e seus pensamentos se misturavam de uma forma que a deixava completamente louca.
Ainda sem dizer nada, ela se virou e correu para fora do quarto, para fora da casa e para longe de Harry. Ela queria que toda a distância do mundo ficasse entre eles e se arrependeu amargamente de não ter escutado quando Sophia falou sobre a loucura que era tudo aquilo, ela se casou com um desconhecido que estava de olho em coisas que ela sequer tinha e o mesmo valia para ela.
O nome disso é carma, ela nunca quis conseguir as coisas com seu trabalho, tentou trapacear a vida e tomou uma rasteira.
Estava prestes a atravessar a rua, seu estado emocional não a deixava pensar em nada, as lágrimas desciam por seus olhos sem que ela tivesse o controle, antes que colocasse o pé na pista, algo a puxou para trás com tanta força que ela caiu no chão sobre o corpo de alguém enquanto uma buzina alta e longa soava em seus ouvidos.
— O plano não é ficar viúvo, por favor, se acalme! — a voz de Harry em seu ouvido despertou seus impulsos e ela começou a se debater.
— ME LARGA! ME DEIXE EM PAZ! — os braços de Harry deixaram seu corpo e ela caiu para o lado ficando no chão sujo.
~×.×~
— O QUÊ?
(Seu nome) estava agora sentada no sofá da grande casa, com Harry a sua frente e o casal proprietário da casa sentados no sofá ao lado. Ela havia aceitado voltar para a casa com Harry depois que ele a impediu de ser atropelada ao atravessar sem responsabilidade uma rua movimentada.
Depois de tomar a água com açúcar que a mulher ainda relutante a entregou, ela contou com muito custo a verdade à Harry e ele estava tão descontrolado quanto ela inicialmente.
— Você achou que só você tinha planos? — ela riu sem humor negando com a cabeça — De todos os milionários que eu conheço, fui me casar logo com um de mentira.
— EU NÃO ACREDITO! — Harry gritou andando até estar na frente de (seu nome) — EU VOU MATAR VOCÊ! — ele levantou as mãos imaginando segurá-a pelo pescoço, e o homem puxou-o para trás — Eu não vou matar, essa ordinária. Eu quero muito, mas não vou sujar as minhas mãos.
— Vocês estão muito alterados... Tem alguém que possa vir buscar vocês? Você não pode ficar sozinha com esse homem. — o senhor apontou para Harry que o encarou confuso — Ele ameaçou te matar bem na nossa frente.
— É só o que faltava... — Harry bufou andando pela sala e (seu nome) passou o número de Sophia para que o homem a pedisse para buscá-la.
Menos de meia hora depois os dois estavam deixando a casa que não os pertencia carregando suas malas, Harry não fez questão de ajudar a esposa e deixou que ela arrastasse a pesada mala até do lado de fora da casa onde Louis e Sophia os esperavam.
— Dá para acreditar, Lou? Nós dois somos duros igual pau de tarado. — Harry atirou sua mala aos pés de Louis — Essa cachorra tentou me dar o golpe.
— Olha como fala! — Sophia irritada deu dois passos em direção a Harry, mas foi segurada por (seu nome) — Não há como dar golpe em um pilantra como você, é melhor que cale a boca antes que tenha que arcar com um processo!
— Vamos, Soph... — (seu nome) sussurrou abrindo a porta do carro para que a amiga entrasse.
~×.×~
O falatório foi inevitável, Harry e (seu nome) falando ao mesmo tempo enquanto os advogados e o juiz tentavam entender alguma coisa, era impossível fazê-los entrar em um consenso e isso era muito irritante. O martelo do juiz assustou tanto Harry quanto (seu nome) que atiravam palavras nada carinhosas em direção um ao outro.
— Eu já tenho o veredito. — o juiz falou silenciando os dois — Vocês se casaram ontem e agiram de má fé ao realizar a união, agora serão obrigados a morar juntos por no mínimo seis meses até que eu pense em livrar vocês dessa união.
— Ele ameaçou me matar! — (seu nome) disse alto e todos olharam para Harry — Eu tenho testemunhas.
— Qualquer coisa que aconteça com a senhora Styles durante esses seis meses será responsabilidade sua. — o juiz disse olhando fixamente para Harry — Se ela porventura tropeçar, bater a cabeça ou vir a óbito, você será preso imediatamente.
— Mas que porra! — Harry resmungou e o juiz olhou-o com cara feia — Desculpe!
— Essa audiência está encerrada. — antes que qualquer um pudesse levantar o juiz acrescentou — E não pensem que podem nos enganar se estiverem pensando em ficar em casas separadas, vocês terão que de deixar um endereço para que um agente social vá visitá-los a cada três dias. Estaremos de olho em vocês.
Mas uma vez o som do martelo soou e Harry e (seu nome) continuaram sentados encarando um ao outro como se tentassem cometer um homicídio apenas com a força de suas mentes.
~×.×~
A única casa que sobrou para os dois morar foi o minúsculo apartamento de Harry, eles teriam que sobreviver com apenas uma cozinha, um quarto e um banheiro. (Seu nome) queria se matar por ter vendido seu apartamento que ela achava uma lata de sardinha, pelo menos ele tinha uma sala.
(Seu nome) entrou pela única porta no pequeno espaço que já era a cozinha, seu nariz franzido mostrando seu total desagrado em adentrar aquele local.
— Por sua culpa é o único lugar que temos, então desfaça essa cara de nojo, ele nem está sujo. — Harry bateu a porta quando ela entrou.
— Minha culpa? Eu não tenho culpa de você ser um mentiroso de primeira. — ela jogou a mala no chão e em seguida atirou o anel de noivado na direção dele — Essa porcaria é falsa! Você me fez vender meu apartamento para pagar aquela droga de decoração para o casamento e agora estamos aqui nesse muquifo.
— Eu não vou discutir com você porque é capaz de eu te estrangular sem querer. — Harry deu as costas exibindo a sua bundinha coberta pela cueca branca.
— Coloque uma roupa, você não mora sozinho! — (seu nome) pegou sua própria mala e levou para o quarto.
— Não tem nada aqui que você já não tenha chupado, baby. — Harry se jogou na cama olhando para (seu nome) que encostava a mala no canto do quarto. A cama ficava em um canto e no outro uma cômoda pequena e velha.
— Você é um escroto! — revirando os olhos, (seu nome) abriu a gaveta da cômoda constatando que não havia espaço para suas roupas, Harry nem sequer deixou um espacinho.
— Posso arranjar uma caixa de papelão para você colocar seus trapos... — (seu nome) olhou para ele semicerrando os olhos resistindo a vontade de ofendê-lo.
— Onde eu vou dormir? — perguntou deixando suas coisas na mala mesmo.
— Aqui, princesa. — Harry sorriu sacana batendo ao seu lado no colchão — Ou no chão se preferir.
Sem dizer nada (seu nome) tirou suas roupas ficando apenas de calcinha e sutiã, já havia tomado banho na casa de Sophia enquanto tentava adiar o máximo ir até o covil de Harry. Em passos lentos ela foi até a cama se sentando e logo depois se deitando tendo o cuidado de manter a distância do corpo do marido. A mão de Harry serpenteia em direção ao corpo de (seu nome) pousando em sua coxa, não demorou muito para o estalo da mão de (seu nome) acertando a de Harry fosse ouvido.
— Você precisa cumprir com seu papel de esposa, querida.
— Cala a sua boca! — (seu nome) se virou para olhar o marido — Por que você fez isso? Não poderia apenas ter seduzido uma pessoa e quando ela estivesse apaixonada dizer que era quebrado e queria o dinheiro dela? Você jogou as cegas e agora estamos aqui nesse lugar fedorento.
— Meu apartamento não fede! — se defendeu — Eu achei que você tinha dinheiro, você estava posando de milionária, a culpa é sua. Eu teria ido para cima da sua amiga se você não estivesse fingindo ser quem não era.
— Você não sente remorso? — olhando nos olhos dele (seu nome) nem esperou uma resposta — Estamos cheios de dívidas, você rasgou o meu vestido alugado, não conseguimos o reembolso das passagens para Paris, o seu terno foi comprado a prazo e estamos sendo obrigados a viver uma mentira que nós dois inventamos. Mais você, só para deixar claro.
— Não coloque a culpa só mim, ok?! Eu só queria uma vida melhor, assim como você. — Harry suspirou — Não podemos mudar nada, se pudéssemos eu escolheria uma pessoa rica de verdade, mas como estamos aqui e temos que viver uma vida de casados, que tal repetir a nossa noite de núpcias? — puxou (seu nome) para mais perto de seu corpo.
— Sai pra lá! — (seu nome) tentou empurrá-lo para longe, mas os lábios dele encontraram a pele de seu pescoço à arrepiando, aos poucos ela foi perdendo as forças e apenas se entrou a Harry mais uma vez.
~×.×~
Ao acordar (seu nome) se viu sozinha e nua na cama desarrumada, olhou para os lados em busca de Harry, mas ele não estava no local, resistindo a vontade de permanecer na cama ela levantou-se e se encaminhou para o banheiro.
Chegando no cômodo ao lado, depois de fazer sua higiene e se vestir, (seu nome) viu que Harry comia alguma coisa olhando para a parede descascada da cozinha, ele não notou a presença dela até que ela se aproximou e sentou no banquinho de madeira em frente a bancada.
— O que você está comendo? — ela se curvou para olhar o prato de Harry e ele logo o puxou para longe dela.
— Tem ovos na geladeira, faça seu próprio café. — ele sequer olhou para ela. (Seu nome) não disse nada, apenas continuou sentada na bancada olhando o esmalte descascado que cobria suas unhas — Você não sabe, não é?! — Harry perguntou só então olhando para a esposa, ela não respondeu e ele tomou aquilo como um sim — Pode ficar! — ele empurrou o prato em direção a ela que logo pegou o garfo e começou a comer, estava com fome.
— Está ótimo! — não tinha sobrado muita coisa no prato, mas dava para enganar a fome.
— Tudo que eu faço é bem feito. — Harry se gabou e (seu nome) riu baixo.
— Menos dar um golpe... — sussurrou na intenção de Harry não ouvir, mas ele ouviu e tentou tomar o prato que ele havia passado para ela, mas antes que ele pegasse ela comeu o que restou dos ovos mexidos deixando o prato vazio — O que vamos fazer? Quer somar nossa dívida em conjunto? — (seu nome) perguntou limpando a boca.
— Você vai lavar a louça. — Harry se levantou — E eu sei que você tem jóias, aquelas que você usou na noite que eu te conheci por exemplo. Eu procurei e não achei na sua mala. — (seu nome) engasgou com a própria saliva ao ouvir o que o marido disse.
— Você tentou me roubar? De novo? — ela se colocou de pé na frente dele o encarando — E o seu relógio e anéis? Não coloque minhas jóias no meio dessa droga!
— Tudo que é seu, é meu, querida. — Harry deu leves tapinhas no rosto de (seu nome) que segurou sua mão a apertando.
— Não toca em mim! — falou entre os dentes fazendo o marido rir.
— Ontem você parecia gostar muito que eu te tocasse.
— Só cala a boca! — (seu nome) revirou os olhos e Harry deixou um beijo estalado em seus lábios.
— Precisamos de comida, só temos ovos, farinha e água. — Harry se afastou indo pegar o celular que estava sobre a cômoda no quarto.
— Vou pegar umas coisas com Sophia, ela não vai me deixar passar fome por culpa de um idiota. — (seu nome) foi até o quarto para procurar seu celular que logo viu na mão de Harry.
— Bonito celular... Talvez se nós vend-
— Não!
Quase sete páginas!
Oie! ♡
Está cada vez mais difícil terminar Price Tag em apenas cinco partes...
Acho que nunca fiz uma parte tão grande como essa, espero que tenham gostado e tenham terminado de ler. Me digam o que estão achando e o que esperam que aconteça.
Vocês querem um final feliz com aprendizado para Harry e (seu nome) ou querem que eles continuem trapaceiros como são e cada um seguindo o seu caminho? Eu juro que não sei o que fazer...
Obs:. Eu tenho feito uma quebra de tempo - cada ~×.×~ - para conseguir colocar tudo nessas cinco partes ou não daria, então me desculpe se está ficando corrido.
- Tay
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Mary-Jane e amor próprio.
Mary-Jane olhou mais uma vez para as passagens em suas mãos. Em um ato impulsivo, as comprou na primeira agência que encontrou. Estava sendo difícil demais enfrentar uma separação quando seu único filho estava em uma missão voluntária na África. George resolvera arrumar todas as coisas e ir embora, da noite para o dia, porque tinha se apaixonado por outra mulher.
Mary-Jane o observou arrumar todas as coisas em silêncio e o prometeu que assinaria todos os papéis necessários para a separação. Ela só não esperava que chegasse tão rápido o dia de se separar definitivamente daquele que foi seu marido pelos últimos 25 anos. Assinaram a separação deles, combinaram a separação dos bens. Apertaram as mãos, se despediram com um olhar frio.
Ele seguiu para a empresa e ela para a agência de viagens. Estava decidida a embarcar em um avião para seguir para muito longe e tinha um destino em vista: Nova Zelândia.
A consultora apresentou as opções de voo para o destino desejado que sairiam na sexta-feira durante a tarde. Ela demonstrou uma leve dúvida na escolha do país e a moça apresentou as opções de voo para o país vizinho.
Agora, Mary-Jane segurava as passagens de ida e volta para a Austrália, um país do qual ela mal lembrava a existência. Voltou para casa, tentando não pensar muito e começou a arrumar as malas. Era uma segunda-feira fria e chuvosa, daquelas que nos fazem refletir sobre muita coisa.
O voo estava marcado para quarta-feira de manhã e ela passaria 20 dias na Austrália. Ligou para o filho para comunicar a separação e a viagem e tentou disfarçar o nó na garganta que havia se formado. Já estava há oito meses sem ver seu menino, mas, muito feliz pelo trabalho que ele estava prestando, tão longe de casa.
Ele apoiou a decisão da mãe e ela se sentiu um pouco melhor com a compra que fez. Seria bom espairecer olhando para o Opera House.
Na quarta-feira, foi uma das últimas a embarcar. Ficou observando a fila que se formava para entrar no avião: muitos australianos voltando para o país, alguns pais indo visitar os filhos e jovens animados com a perspectiva de viver em outro lugar. Os observava e pensava no filho, que havia embarcado há tanto tempo.
O voo foi longo e cansativo, mas ela havia levado vários livros na mala de mão. Não podia deixar o pensamento correr para longe porque era doloroso demais.
Ao desembarcar no aeroporto de Sydney, pediu um táxi para leva-la até o hotel em que estaria hospedada. Era velha demais para essas ideias de jovens de dormir em quartos compartilhados, por isso, preferiu reservar seu quarto em um hotel não muito distante do centro.
Ao chegar, muito cansada do avião, dormiu durante um bom tempo. Acordou se sentindo melhor e pronta para conhecer algum ponto turístico da cidade.
Admirou-se com a diversidade de culturas que Sydney estava apresentando: havia coreanos, japoneses, chineses, indianos, chilenos, colombianos e entre tantos outros países, aos montes. Várias línguas sendo faladas ao mesmo tempo, tantas comidas diferentes se apresentando aos seus olhos. Estava impressionada com aquela cultura.
Ao andar pelo centro, encontrou alguns pontos turísticos e tirou fotos para enviar para o filho. O celular estava em modo avião, já que ela queria evitar a comunicação, principalmente agora que George estava circulando com a nova mulher por aí.
Mary-Jane sentia que podia ter uma nova esperança e já estava dispensando a velha vida. A vida de esposa do George, a vida de mãe do Lucca, a vida de boa-vizinha-que-cumprimenta-os-novos-vizinhos-com-torta-de-maçã, a vida de amiga conselheira. Agora assumiria seu papel como ser humano: seria ela mesma. Nada mais justo já que agora nada mais lhe prendia no antigo sentimento.
Ao ativar a internet para enviar as fotos para Lucca, recebeu uma ligação furiosa de George, a questionando sobre a viagem. Ela sorriu e desligou o telefone. Ele ligou mais algumas vezes, mas ela deixou o celular tocando na bolsa. Concentrou-se nos lugares que estava conhecendo, mesmo se sentindo um pouco perdida.
Os dias continuaram passando rápidos, mas, intensos. Ela se deixou ser fotografada em frente ao Opera House, tirou as fotos da Harbour Bridge durante a noite e experimentou gözleme em The Rocks Market. Subiu no ferry e foi levada à Manly Beach, assistindo ao pôr-do-sol em um lugar maravilhoso.
Mas, seu coração bateu mais forte quando conheceu a Darling Harbour. Havia museus, restaurantes, barcos atracados, parques e uma ponte tão bonita naquele lugar. O entardecer era de tirar o fôlego e ela adorava sentar-se à beira do rio e observar o lugar.
Quando sua viagem estava na metade, já havia passado 10 incríveis dias em Sydney, observou uma silhueta conhecida. Havia colocado uma foto em uma rede social, há algumas horas e era sua primeira foto publicada desde que havia embarcado. Continuou tentando distinguir quem era aquela pessoa que andava rápido e parecia que estava procurando alguém.
A surpresa foi tanta que ela não conseguiu se mexer quando reconheceu quem era. Continuou parada, apenas observando o movimento daqueles olhos verdes e rápidos, a procurando. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, mas, ela estava sorrindo. Sabia que aquele momento ia acontecer.
Sabia que ele voltaria, sabia que ele a procuraria, sem dúvida. Ela soube disso desde o momento em que ele soube da viagem. Quando seus olhos se encontraram com os dele, seu coração se acalmou. Ela se levantou com ajuda e a abraçou apertado.
- Que saudade, mãe. – ele disse com um nó na garganta, ela pôde observar.
- Eu também estava, meu amor.
Eles não se soltavam. Oito meses traziam muitas saudades e muita história para contar.
Ele explicou que ela havia falado muito sobre aquele lugar, aquela ponte, então, ele deduziu onde ela estaria. Ele realmente a conhecia. Era tão emocionante estar perto do seu filho, mas, tão longe de casa e daquela realidade chata.
- Eu passarei os próximos 10 dias com você e depois vamos para casa juntos. Cumpri minha missão na África e agora é a vez de ajudar minha mãe. – Ele sorriu e ela sorriu de volta – Não imaginei que você e o pai estavam passando por isso, mas, saiba que estarei sempre aqui, mesmo quando você não precisar.
Como explicar para um filho que se precisa dele o tempo todo?
Não precisava, estava estampado no olhar dela. Eles traçaram o roteiro para os próximos 10 dias e puderam se divertir no Luna Park, conhecer a tão famosa praia de Bondi, tirar muitas fotos no Museu de Cera, jantar no Hard Rock Cafe, agradecer na catedral de St. Mary’s, deitar na grama no Hyde Park e fazer trilhas em Blue Mountains.
Eles nunca haviam se divertido tanto juntos. Ela estava em paz com ela mesma. Havia se conhecido melhor e conseguido a melhor companhia possível para sua viagem.
Na última noite, foi para um pub brindar com Lucca. Mas saiu sem ser percebida, quando ele quis puxar assunto com uma moça e ela mostrou total interesse apenas ao olhar para ele. Poderia visitar, ou até mesmo se mudar para Sydney, caso Lucca resolvesse ficar.
Não conseguia explicar a intensidade daquele lugar. Seguiu para a Darling Harbour e observou as luzes que refletiam na água. Estava grata. Grata, principalmente, por ter se separado de George. Não teria conhecido o paraíso se fosse ele.
- See you soon, Sydney. Ou, em minha língua, nos vemos em breve.
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15: Borboleta
[gravador de fita liga]
SALLY GRISSOM (SG): Diário de Sally Grissom. 18 de novembro de 1949. Primeira gravação no novo gravador. Não falo com ninguém fora esse diário há… há um bom tempo. Hm... Ainda não consigo me forçar a, hm, sair de casa. Não... Não quero estragar nada. De novo.
Às vezes eu acho que o universo tem algo contra mim, sabe? É como se o passado ‘tivesse se vingando, com raiva de todas as coisas que eu fiz desde que deixei meu lugar certo no tempo. Fico pensando em tudo que deu errado, e como tudo acaba se voltando contra mim. Aí, me lembro que o passado não pode se vingar, e que a grande merda em chamas da vida e a tragédia da física só meio que são uma bosta mesmo! Pelo menos o universo não ‘tá nem aí pra mim!
Deus do céu, até quando eu acho que finalmente posso fazer as coisas pelas razões certas, vai tudo à merda! Eu tento fazer um pouco de bem, trazer algo de bom a um mundo com tanto de ruim, e eu...
Não foi só o Sharma. Quer dizer, quem sabe onde Partridge, ou Barlowe, ou Wyatt, ou Whickman, ou qualquer um deles estaria, o quão melhor poderiam estar, sem mim. Uou, eu sou depressiva assim em público? Cara.
Roberts veio me ver algumas vezes. Apesar do que eu disse sobre ela, apesar de quaisquer planos de Esther que ela possa ter, é bom quando vem ver como eu ‘tou. Mas ultimamente ela tem me pressionado pra ir a esse médico, um psicólogo de quem ela tem o contato. E, eu sei, sei que saúde mental é coisa séria, sei que procurar ajuda não é vergonha nenhuma, e é, OK, talvez eu esteja meio... desgastada nas pontas. Mas não posso, simplesmente não posso assumir a responsabilidade de tocar a vida de mais uma pessoa. Não posso ficar jogando pedras no laguinho quando as ondulações se transformam em tsunamis! Tenho que fazer tudo que puder, daqui pra frente, pra conter meu impacto. Pra minimizar o dano. Pra não trazer ninguém novo pra minha vida.
[rádio sintonizando]
MAGGIE ELBOURNE (ME): Aqui é Maggie Elbourne, sou assistente de pesquisa do Dr. Aldous Carling, e estas são as minhas anotações sobre a nova análise comportamental comissionada pela Agência de Desenvolvimento de Recursos Anômalos dos Estados Unidos. Fui instruída a gravar observações detalhadas sobre o estudo, assim como meus pensamentos sobre o processo. Então, aqui está a Fita 1: Descrição e Plano de Fundo.
A ADRA nos contratou para desenvolver e realizar uma série de testes para examinar os efeitos de um novo... equipamento, na psique humana. Essa máquina, de codinome Timepiece, eu... até agora hesito em acreditar totalmente nos documentos, mas suponho que é necessário se queremos chegar a algum lugar. Mandaram pedaços de uma máquina que, quando ativada, transportará objetos de volta no tempo. Expressei minha descrença de que tal coisa seja possível ao Dr. Carling. Prefiro ser enfiada de novo nos Relatórios e Arquivos do que desperdiçar meu tempo sendo feita de boba. No entanto, o Dr. Carling me garante que a máquina faz mesmo o que diz na caixa. E, além disso, não posso desenvolver um experimento com ela direito sem primeiro aceitar a premissa como verdade. Então é o que farei.
Quero deixar claro de novo que este estudo foi comissionado por uma agência governamental, para fins de examinar a eficácia desta máquina para uso em guerra. Eu gostaria... que não fosse esse o caso. Mas a ciência são as velas, não o leme, e somente posso pesquisar aquilo que me foi requerido. Pelo menos... por hora.
Os documentos da agência se referem a, e aqui os cito, “efeitos adversos no estado mental do operador frente a uso prolongado ou intenso”. E é aqui que começo. Preciso observar esses efeitos adversos se tenho que apresentar um relatório detalhado.
[rádio sintonizando; escrevendo; levanta, abre a porta, “Primavera”]
SG: Não, eu devia ir–
DR. FITZGERALD (DR.F): Senhorita Sally Grissom?
SG: Doutora– aah, merda…
DR.F: É claro, perdoe-me, Dra. Grissom. Sou o Dr. Fitzgerald. Entre.
SG: Na verdade, Dr. Fitzgerald, eu ‘tava justamente pensando que… eu não preciso me consultar de verdade.
DR.F: Sally, normalmente não temos consciência da ajuda que precisamos até ela nos ser oferecida...
SG: Não, não. Eu já disse demais. Eu não devia nem ‘tar aqui. Tenho certeza–
DR.F: Sally. Você já está no meu consultório. Tem uma consulta marcada. Não tenho nada senão tempo para você.
[Sally entra no consultório]
SG: Você não faz ideia do quão certo ‘tá, Doutor.
DR.F: Como assim?
SG: … Não quero falar sobre isso. Desculpa ter tocado no assunto.
DR.F: OK. Sem problemas. Podemos falar do que quer que você queira. Tudo bem eu lhe chamar de Sally?
SG: Claro, eu acho.
DR.F: Sally, o que lhe trouxe aqui hoje?
SG: Bom, hm… Eu…
DR.F: Tome um tempo para compor seus pensamentos.
SG: … ‘Tou com medo de sair de casa ultimamente. Ou melhor, minha casa, o quintal e a garagem, até a caixa de correio...
DR.F: E ainda assim, aqui está você.
SG: Eu sei. Eu sei! Aqui estou eu. Esse é o primeiro dia em… um tempo. Dias.
DR.F: Quantos?
SG: Não sei ao certo…
DR.F: Sally. Aprecio que você tenha seus próprios segredos. Coisas que não quer dividir comigo. Por que o faria? Acabamos de nos conhecer. Mas, se vai mentir para mim, então isto aqui não vai funcionar. Lembre-se, tudo que acontece aqui fica entre nós.
SG: … Três semanas.
DR.F: Isso é… isso é bastante tempo. O que lhe fez mudar de ideia hoje?
SG: Roberts ameaçou parar de me trazer comida.
DR.F: Lembro de conversar com a Srta. Roberts. Ela é... bem meticulosa. Acha que ela o faria?
SG: É. Acho sim. Roberts é um doce, mas ela... é implacável.
DR.F: Acredito em você.
SG: E, pra falar a verdade, eu posso ser um pouco teimosa.
DR.F: Você não seria a primeira pessoa a hesitar procurar psicoterapia.
SG: É, mas pelo menos admito que preciso de um pouco de ajuda. Então aqui estou. Mas queria não ‘tar.
DR.F: Por quê?
SG: Queria não ‘tar tomando o seu tempo. Deslocando o seu tempo.
DR.F: Isso se chama “agendar”.
SG: Não, não fui clara. O que você estaria fazendo agora, se eu não tivesse marcado minha consulta pra hoje?
DR.F: Bom, imagino que estaria trabalhando nas minhas anotações sobre os outros pacientes na minha escrivaninha.
SG: OK. Então você teria feito suas anotações e seu dia teria terminado uma hora mais cedo. Digamos, às seis em vez das sete.
DR.F: Tudo bem, Sally, eu tenho bastante tempo–
SG: Você sairia do trabalho às seis, chegaria em casa em torno das 6:20 e faria o seu jantar. O calor subindo do seu forno se mistura com o ar e cria uma bolha de temperatura. Um gavião voando sobre a sua casa passa pela bolha, sobe até o topo das árvores e de lá vê o jantar dele: um rato-do-campo. O gavião caça o rato, o rato morre. O gavião come o jantar dele, e você o seu. ‘Tá tudo bem. Mas: você ‘tá aqui comigo. Suas anotações vão demorar mais uma hora. Você não vai fazer o jantar até às 7:20. O gavião não passa pela bolha, o rato sobrevive pra correr pra dentro de uma casa, uma dona de casa de classe média usando xadrezinho pula na mesa, escorrega e quebra o pescoço. Bang, minha presença no seu consultório matou mais uma pessoa inocente!
DR.F: … Mais uma?
SG: Já tenho sangue o suficiente nas minhas mãos. O suficiente pra uma vida inteira. Não preciso de mais.
DR.F: … Quero voltar na coisa do sangue depois, mas primeiro, uma pergunta: E se eu, durante minha volta atrasada para casa, atropelar o mesmo rato com meu carro?
SG: Hã?
DR.F: Talvez, se eu fosse mais cedo para casa, um caminhão atravessasse o sinal vermelho e me acertasse no caminho. E se a barriga cheia do gavião devastar a população de ratos daqui? E se a dona de casa fosse terrível, e merecesse uma morte rápida?
SG: [risada] Ela teria que merecer mesmo.
DR.F: O que estou dizendo, Sally, é que tem muita coisa que está fora do seu controle aqui. Você não simplesmente apareceu no mundo hoje, do nada. Esteve afetando as pessoas ao seu redor sua vida inteira. Não pode ter controle sobre tudo, e não deveria se deixar preocupar sobre o que não pode controlar.
SG: Ha! Sabe o que aconteceu com a última pessoa que disse isso pra mim? Ele acabou preso em uma CELA pro resto da vida.
[rádio sintonizando]
ME: Maggie Elbourne, experimento #1. 4 de dezembro de 1949. Tenho aqui comigo minha primeira cobaia: Cronos. Diga oi, Cronos.
[camundongo na gaiola]
ME: Para começar, condicionei o comportamento de Cronos na última semana para apertar um botão quando ele tiver fome. Ao longo da semana, ele simplesmente recebeu a comida quando apertou o botão. Hoje, vou modificar o mecanismo. Em vez de liberá-la, o botão agora vai acionar um cronômetro, programado para uma hora. Assim que a contagem chegar a zero, a Timepiece vai ativar e emitir radiação de volta no tempo, se entendo bem, com uma assinatura radioativa única. Conectei um sensor ao dispensador de comida, e ela só será liberada quando o sensor receber a assinatura. O objetivo é criar uma versão dos eventos em que Cronos não é alimentado e continua com fome, e uma versão reescrita dos eventos em que, pelas estimativas da nossa pequena pioneira aqui, tudo se dará como sempre. Espero que isso seja suficiente para induzir os efeitos adversos da viagem no tempo, e que eu possa prosseguir a partir daí.
[camundongo na gaiola]
ME: Vamos lá, já tem quase uma hora. Esta coisa sequer está fun–
[Timepiece ativa; rádio sintonizando]
ME: Resultados do experimento: Depois de uma semana de atividade da Timepiece ativada pelo botão, Cronos continua o mesmo. O humor dele está estável; ele continua cheio de energia. O peso continua igual. Todos os dados indicam que Cronos está tão saudável quanto quando chegou. Cheguei à conclusão de que é necessário mais que uma simples mudança no ambiente temporal de um indivíduo para induzir malefícios. Agora, com o básico fora do caminho, vou precisar tentar uma técnica diferente.
[rádio sintonizando]
DR.F: Como foi sua semana, Sally?
SG: Foi OK. Acho.
DR.F: Você fez aquilo que conversamos sobre?
SG: Sim. Fiz.
DR.F: E?
SG: Meio que… deu errado.
DR.F: Como assim?
SG: Bom, eu ‘tava tentando sair mais e falar com mais gente, como você sugeriu. Só jogar conversa fora. Ouvir as pessoas. Aprender sobre a vida delas, observar que podem interagir comigo e não acabar... descarrilhadas. Mas fui fazer compras, e o caixa... Bom, ele costumava me ligar.
DR.F: Hm. E como foi a interação de vocês?
SG: Ele disse que me ligava, e que sentia falta de ouvir a minha voz.
DR.F: E como você se sente sobre isso? Encontrar um ex-namorado pode ser estressante.
SG: … Quê?
DR.F: Bom, você disse que ele era um dos seus pretendentes...
SG: Oh, ha, não, não, não. Esse tipo de coisa não é bem a minha.
DR.F: O que não é a sua, amor? Ou relacionamentos românticos?
SG: A coisa toda nunca foi a minha praia.
DR.F: Sally, todos nós merecemos–
SG: Vou ter que te parar aí mesmo, Doutor. Sou perfeitamente feliz sem alguém na minha vida. Não sou “incompleta” só porque não quero um homem me dizendo o que fazer. Ele não era um “pretendente”.
DR.F: Então o que você quis dizer?
SG: Até algumas semanas atrás eu tinha essa máquina, a Secretáriatron. Eu gravava mensagens nela pra quando não podia atender o telefone. E era a maior sensação na cidade. As pessoas ligavam só pra ouvir ela. Aparentemente, o caixa era uma dessas pessoas.
DR.F: OK. Então ele costumava ligar para a sua Secretáriamagi–
SG: Secretáriatron. Sim. Durante o coma, pelo jeito ele ligava bastante. Conheceu a esposa dela quando ouviu ela falando sobre o assunto por acaso. Enquanto eu ‘tava em coma, eles se casaram.
DR.F: ...Oh.
SG: Pois é. Acho que eu… apresentei eles, de certa forma. Nunca teriam se conhecido se eu não ‘tivesse aqui no...
DR.F: No passado?
SG: … Roberts te contou.
DR.F: Ela levou em consideração a última vez que você foi a um psicólogo que não sabia sobre sua, hm, “posição singular”, e como no fim ele quis lhe mandar para o hospício. Eu estava esperando você mesma me contar. Espero que não se importe.
SG: É o meu fardo. Estou aqui já faz seis anos. Já ‘tou bem acostumada. Como você se sente sobre isso?
DR.F: Vou admitir, pensei que ela estava louca, ou que você estava. Mas nossa amiga em comum tinha como comprovar sua história, então, ou é verdade, ou isto é um episódio de The Candid Microphone e, se for o caso, eu gostaria que o Sr. Funt se revelasse.
SG: Se isso é uma pegadinha elaborada, é novidade pra mim, e bem possivelmente a pior coisa que já fizeram comigo. Devo ser uma esquisita no meio dos seus pacientes, né?
DR.F: Na verdade, Sally, o que está passando me parece mais normal que imaginaria. Você foi exilada da sua terra natal–
SG: Ponto de Exilada–
DR.F: –E separada da sua cultura, dos seus velhos amigos e família. Sua língua é diferente, seus ideais e valores são estranhos para nós. Pode ter uma história mais complicada que um estrangeiro que cruze com você na rua, mas sua narrativa não é menos familiar.
SG: Então ‘tá dizendo que eu sou entediante?
DR.F: Não sei. Talvez você possa me contar a história de como veio parar no passado?
[rádio sintonizando]
ME: Maggie Elbourne, experimento #2, 3 de janeiro de 1950. Comigo hoje, tenho minha última cobaia: Hermes. Hermes foi treinado para completar este labirinto. No centro do labirinto, há um botão que ativa a Timepiece. A Timepiece está programada para mandar radiação para quinze minutos antes de o botão ser apertado. Assim que o sensor detectar isso, sincronizado, é claro, com a assinatura radioativa específica, ele abrirá a porta da gaiola e Hermes começará o percurso. Nos testes preparatórios, o tempo médio de Hermes nele foi dois minutos e sete segundos.
Este experimento vai acompanhar o tempo de Hermes para completar o labirinto quando exposto a pequenas flutuações na história pessoal, especificamente, ao tempo variável de abertura da porta do labirinto. O intervalo de transmissão fixo da Timepiece permitirá que eu grave o tempo gasto pela cobaia independentemente da iteração em que o teste está acontecendo, uma vez que eu mesma não serei capaz de distinguir entre as iterações. Esses experimentos ficaram complicados rapidinho, nossa.
Iniciarei o ciclo manualmente às 16:30.
[fita acelera; som de cronômetro]
ME: OK, está quase na hora… 5… 4… 3… 2… 1…
[campainha]
ME: 16:30 em ponto. E lá vai ele!
[rádio sintonizando; campainha]
ME: Oh, e começou! Horário de finalização: 16:17:10. Isso dá dois minutos e dez segundos para a primeira volta.
[rádio sintonizando; campainha]
ME: Oh, e lá foi ele! Horário de finalização: 16:04:28. Isso faz desta a segunda volta. Média de dois minutos e catorze segundos.
[rádio sintonizando]
ME: –Terceira volta, média de dois minutos e 21 segundos–
[rádio sintonizando; distorção estática]
ME: –Quarta volta, eu acho? Média de... dois minutos e trinta segundos.
[rádio sintonizando; distorção estática]
ME: –seria a quinta volta… Ele… Hm. Hermes está trombando muito nas paredes. Ele...
[Hermes tromba nas paredes]
ME: Nossa, essa foi bem forte, eu... Oh, Hermes!
[rádio sintonizando]
ME: Esta é a quinta volta… Não, não pode ser a quinta, com só cinco minutos de acréscimo. Ele não pode ter solucionado o labirinto cinco vezes em menos de cinco minutos... Esta deve ser... Nossa senhora, Hermes!
[rádio sintonizando]
ME: Oh, e lá vai ele! Horário de finalização: 15:13:25. Isso faz dessa a... Hermes? Ele… Ele não está se mexendo.
[rádio sintonizando]
ME: Resultados do experimento: Pelos meus cálculos, Hermes foi capaz de completar o labirinto sete vezes antes de ficar incapacitado, com uma média de quatro minutos e três segundos. Mesmo essa média está bem além dos dados de controle, e tenho que assumir que o decaimento ficou pior com o tempo, ou melhor, com cada iteração do labirinto, até que Hermes ficou sobrecarregado. Bom, estou tentando achar resultados tangíveis dos efeitos adversos da Timepiece... acho que encontrar Hermes morto na linha de partida foi exatamente o que eu pedi.
[rádio sintonizando]
SG: –E ele olha pra mão dele, e ela ‘tá tipo, desaparecendo aos poucos. E ninguém entende o que ele ‘tá tocando, exceto o guitarrista, que liga pro primo Chuck dele, que é o Chuck Berry, e você–
DR.F: Sally, Sally, eu sei quão importantes filmes são para você, mas poderia responder minha pergunta?
SG: Que foi?
DR.F: Por que você acha que sua presença no passado tornou o mundo objetivamente pior?
SG: O que sequer é “pior’, hein? Veja bem, um otimista espera que esse seja o melhor de todos os mundos possíveis. Um pessimista sabe que é. E, por mais que eu tente pensar que minha máquina do tempo vai fazer do mundo um lugar melhor, eu sei que ela não trouxe nada além de dor pras pessoa. Incluindo eu! Especialmente eu!
DR.F: Você disse “sua” máquina do tempo. Ainda sente uma noção de propriedade pela Timepiece?
SG: É claro que sinto! Tudo isso aconteceu por minha causa. Eu construí a merda da coisa em 20█, e aí construí ela de novo em 1945. Eu me debrucei sobre mecânicas orbitacionais obscuras por hor– … Ai meu Deus!
DR.F: O quê?
SG: Quando eu ‘tava construindo a Timepiece, nunca fatorei na expansão do universo!
DR.F: Não sei o que você está dizendo... Cometeu um erro enquanto construía a Timepiece?
SG: Sim! É claro! Como eu não percebi isso? Como a Roberts não percebeu? Uou, não acredito que funcionou mesmo assim. Desculpa, me distraí. Onde eu ‘tava?
DR.F: Estava falando sobre sentir que a Timepiece é sua. Ela é um fardo para você?
SG: Tantas pessoas se machucaram por minha causa. Algumas morreram. Bill Donovan estaria vivo hoje se não fosse por mim. Então é, é um fardo.
DR.F: Pelo que você me disse, parece que o conflito entre Bill e Anthony não tinha nada a ver com você. Eles trabalhavam juntos antes de vir para cá. Não é possível que eventos similares tivessem acontecido sem você aqui?
SG: Sim, mas eu piorei a situação. Minha presença pode não causar dano, mas certamente catalisa.
[rádio sintonizando]
ME: Maggie Elbourne. Experimento #3 com a Timepiece, 8 de fevereiro de 1950. Com provas definitivas de que viagem no tempo tem um efeito diferente de zero no comportamento de camundongos, estive tendo dificuldades de desenvolver um experimento que me permita explorar as causas e consequências (se é que podem ser chamadas assim) dos sintomas sem causar dano a um número assombroso de camundongos. Fico... desconfortável com a ideia de machucar um ser vivo, se isso pode ser evitado. Levei minhas aflições ao Dr. Carling, mas pareceu imperturbado. Ele me “aconselhou” a continuar com o trabalho. Ele me disse bem sucintamente que não vou chegar a lugar nenhum neste mundo se não estiver disposta a sujar um pouco minhas mãos. Pode acreditar, Dr. Carling, a ameaça velada não passou despercebida.
Não sei se ele espera que eu não fale sobre isso nas gravações. Mas não sou amedrontada tão facilmente. Então, qualquer que seja a autoridade para que isso é enviado: Se eu não continuar estes experimentos, minha carreira será arruinada. Não sei se tem alguém ouvindo que ligue para isso. Mas não vou abaixar a cabeça e deixar que me mandem abandonar o trabalho da minha vida. Então... espero que isso sirva de justificativa para o que estou prestes a fazer
Este experimento foi instituído em três fases, em três cobaias: Cloto, Láquesis e Átropos, as três Moiras, e mais três outros camundongos.
Fase 1: Treinei cada um dos camundongos para receber comida depois de pressionar o botão.
Fase 2: Para cada cobaia, um parceiro foi introduzido em uma gaiola adjunta. O botão localizado na gaiola do parceiro o recompensará com comida, mas a cobaia receberá um pequeno choque elétrico.
E agora, na Fase 3, vou remover os parceiros e substituí-los por versões futuras das cobaias, mandadas de volta no tempo. Planejo observar o comportamento dessas novas cobaias, as “Segundas Moiras”, quando virem suas eus passadas receberem os choques que se lembram de receber.
[Timepiece acelerando; colocando camundongos na gaiola]
ME: OK, meninas, aqui vamos nós.
[Timepiece ativa; rádio sintonizando]
ME: Maggie Elbourne, experimento #3 com a Timepiece, 1º de fevereiro de 1950. Estou começando a Fase 2 hoje. Estou prestes a introduzir os parceiros nas gaiolas... O mecanismo de choque foi testado, e não gosto dele, mas–
Oh. Já… Já tem camundongos nas gaiolas. Esta é, suponho, a Fase 3.
[rádio sintonizando]
ME: Resultados da Fase 3. A Cobaia Cloto passou esta semana como passou a primeira: apertando o botão e recebendo comida e, portanto, dando choques na Cloto mais nova. Ela parecia indiferente à dor da sua eu passada, mas se isso era inerente à personalidade de Cloto ou se foi induzido pelo deslocamento temporal, é difícil dizer.
A Cobaia Láquesis definitivamente reconheceu sua eu passada. Ela se recusou completamente a pressionar o botão, apesar da fome. Havia momentos em que olhava para fora da gaiola, como... como se estivesse pedindo ajuda. Contudo, teve sucesso em alterar a experiência dela: a Láquesis mais nova passou a nunca ter recebido nenhum choque. Eu me pergunto se, quando eu a mandar de volta no tempo desta vez, ainda vai saber que não deve apertar o botão. Pode muito bem ter salvado a si mesma.
Mas a Cobaia Átropos… fez jus ao nome dela. Acredito que também conseguiu reconhecer o efeito do botão nela mesma. Em vez de parar de apertá-lo, no entanto... Átropos começou a apertar o botão rapidamente, ignorando a comida que recebia a fim de pressioná-lo de novo e de novo e de novo. Tive que desconectar o mecanismo do botão da gaiola dela. Ela teria... Mas preciso manter a integridade do experimento, então não podia deixá-la chegar tão longe. Basta dizer que acho que Átropos continuará se lembrando dos efeitos do botão. Eu sei que eu vou.
[rádio sintonizando]
SG: ‘Brigada por aceitar me receber tão em cima da hora.
DR.F: Sem problemas, Sally. Está tudo bem?
SG: ‘Tá, só estou com… Anda difícil dormir.
DR.F: Há quanto tempo está com problemas para dormir?
SG: A última semana. Hm, duas semanas… Mês… O tempo inteiro que estive vindo aqui… Desde Sharma.
DR.F: Por que não disse nada antes? Você foi tão direta quanto à sua agorafobia!
SG: Pensei que pudesse lidar com isso sozinha. Noites insones não são novidade pra mim. Mas, em sete dias, dormi nove horas, e não posso continuar assim.
DR.F: O que está mantendo você acordada?
SG: O que você acha? Alguém já morreu na sua frente alguma vez?
DR.F: Não, e certamente não de um jeito tão violento quanto o Sr. Sharma–
SG: Dr. Sharma. Assisti ele ser brutalmente morto à queima-roupa e à sangue frio por um dos meus mais queridos amigos. Senti os últimos suspiros de vida deixarem o corpo dele sufocando.
DR.F: Isso deve ser profundamente estressante. O que acontece quando você tenta dormir?
SG: Não sei, o que você acha que acontece? Eu não durmo. Eu só...Pode me receitar um Zolpidem, ou algo do tipo? Espera, acho que vocês não têm Zolpidem. Heh, têm metaqualona? Existe hoje em dia? Não dá pra me descolar uma meta?
DR.F: Não receito medicamentos, Sally. Tento lhe ajudar a entender por si própria por que está com dificuldade de dormir. Talvez sugerir algumas técnicas para você experimentar.
SG: Não, não quero me fazer dormir, preciso de algo que me desacorde, que eu não tenha escolha. Tipo, ‘cês têm NyQuil? NyQuil serviria.
DR.F: Quanto remédio para dormir tem no futuro?
SG: Muito. Se você fosse de onde eu sou, ia querer ‘tar dormindo também.
DR.F: Você está dizendo que não “quer” dormir, apesar de saber que precisa?
SG: Tipo, eu quero dormir. Sei lá. Mas a ideia de ‘tar dormindo... só não quero ir embora de novo.
DR.F: Como assim “ir embora”?
SG: Eu sei que é idiota, mas, desde que acordei do meu coma, sinto que vou perder as coisas.
DR.F: Não é idiota. É perfeitamente normal temer que um evento traumático se repita.
SG: Perdi tanta coisa no tempo que fiquei ausente. Toda vez que fecho meus olhos, me pergunto se vou acordar de novo.
DR.F: Entendo essa ansiedade. Um tema recorrente das nossas sessões é um sentimento de que você foi injustiçada pelo próprio tempo. Dormir deve dar a sensação de que está sendo roubada.
SG: OK, é loucura, eu ‘tou louca, eu sei, mas… ‘tou sempre com medo do que vai me passar desapercebido.
DR.F: De novo, Sally, apesar de a sua existência certamente ser atípica, suas esperanças e medos são divididos por várias outras pessoas. Você não está louca.
[rádio sintonizando; distorção estática; camundongo na gaiola]
ME: Aqui é Maggie Elbourne. Faz quatro meses desde que comecei esta linha de estudo para lá de apavorante. Nesse período, minha área de trabalho se transformou em uma pilha de camundongos enlouquecidos ou mortos pelo que fiz com eles. Tenho pedido repetidamente ao Dr. Carling que entregue o projeto a outro pesquisador. Ele recusou todas as vezes.
E ele sabe. Sabe que farei o que quer que mande porque não posso perder minha posição aqui. Porque, se eu recusar fazer o que ele me diz, vai sujar meu nome, e nunca mais poderei trabalhar em um laboratório de novo.
Então. Agora que sabe por que não posso parar com esses experimentos abomináveis, vamos ao número quatro. Hoje nós... Deus, hesito até em dar nomes, eu só...
Hoje, tenho duas cobaias: A Mãe e... e o Filho.
O plano é deixar que a mãe crie o filho em isolamento até que ele tenha cerca de um mês. Então, eu o mandarei de volta, para que o Filho maduro exista enquanto o imaturo é criado. Baseado na reação de Átropos à sua antiga eu, espero que, com os dois Filhos vivendo juntos na mesma gaiola, o mais velho faça tudo o que puder para proteger o mais novo. Espero.
Planejo mandar o Filho maduro para 3 de março de 1950, precisamente às 11 horas. 3, 2, 1, já.
O Filho não apareceu, o que faz desta a Iteração 1.
[rádio sintonizando]
ME: 3, 2, 1, já. E… aqui está ele. Parece bem calmo, por hora… O que…
[distorção estática; camundongos estressados]
ME: Não, não, não, para!
[rádio sintonizando]
SG: Só não consigo acreditar que ele… que ele não me contou!
DR.F: Que Whickman não lhe contou por que matou o Dr. Sharma?
SG: Ele veio com os… capangas dele, e olha, eu sei que ele era meio que um traidor ou algo do tipo, e eu sei que ele tinha tipo, outras coisas de espião pra fazer e tal, mas não sou qualquer uma! Sou eu, a Sally! A Sally que todo mundo ama porque ela ama ciência e fala estranho! Eu não devia ficar no escuro assim. Só... pensei que tinha controle sobre a minha vida. Por cerca de 45 segundos, eu tinha feito uma Coisa e tinha Dado Certo, e aí Nikhil Sharma tinha que cair aqui do futuro e trazer uma montanha de perguntas com ele. Perguntas que nunca vão ser respondidas. Perguntas que vão me incomodar pra sempre.
DR.F: Perguntas nem sempre importam, Sally. A vida real não é uma novela de rádio. As coisas não são todas amarradinhas e fazem sentido! Eu entendo que passou por muita coisa nos últimos meses, mas esse tipo de obsessão não é saudável. E acho que você sabe disso.
SG: Você não entende nada do que ‘tou falando de verdade! Dediquei minha vida ao conhecimento, à Timepiece. Você não conseguiria nem começar a compreender a merda cosmicamente inescrutável com que tenho que viver todo santo dia!
DR.F: Você não precisa viver com isso, Sally! Não é mais uma parte daquilo. Não sei o quão clemente o Sr. Whickman é, mas parece que você feriu seriamente confiança dele. Já pensou no estresse que ele deve estar sentindo? Se seus amigos são quem dizem ser, então têm que tomar decisões incrivelmente estressantes, sem resposta certa, todo dia. E você para lá e para cá, dizendo que é injusto que não é mais parte do clube!
SG: Eu sei que deve ser difícil, mas eles precisam de mim. Eu sei disso. E eu preciso deles. Mas essa merda de um ano e meio de distância fica me atrapalhando. Não faz diferença com Partridge. Porra, ele sempre vai ‘tar a uma mensagem de voz de distância. Mas isso por causa de uma merda de acidente que até hoje não sei nada sobre. Quem sabe? Talvez tenha sido minha culpa! Talvez eu tenha sido gananciosa demais, ido longe demais, e paguei o preço! Sinceramente, isso meio que combina comigo sim.
DR.F: Não vê o padrão? Não acho que tenha tido necessariamente algo a ver com o que lhe aconteceu, mas a sua compulsão por conhecimento lhe levou a caminhos perigosos. Eu sei o tipo de pessoa que você é, Sally, então sei que isso deve ser difícil de escutar, mas acho que pode ser a hora de mudar seu foco para algo mais simples. Já experimentou jardinagem?
[rádio sintonizando]
ME: Para quem quer que se importe, aqui é Maggie Elbourne. Ex-assistente de pesquisa do Dr. Aldous Carling. Sob a coerção dele, e contratada pela Agência de Desenvolvimento de Recursos Anômalos dos Estados Unidos,realizei recentemente uma série de experimentos tendo como objeto a viagem temporal e os efeitos dela no comportamento de vários camundongos. Os efeitos variaram de mínimos a intensos a... extremos. Pouquíssimas das cobaias sobreviveram.
Ao longo do processo, fiquei cada vez mais desconfortável com a quantidade de violência que os experimentos continham. Insatisfeito com os resultados desses experimentos e se recusando completamente a ouvir os conselhos da própria pesquisadora escolhida por ele para a tarefa, Dr. Aldous Carling–C-A-R-L-I-N-G– ameaçou minha carreira e minha vida na comunidade científica, caso eu não continuasse a seguir as ordens dele. Então, continuei, até que testemunhar alguns... eventos verdadeiramente horripilantes... Vou ficar enjoada só de me lembrar. Confusão. Comportamento violento. Suicídio. Sangue, muito sangue…
Então, Dr. Carling me trouxe um último experimento. Até aquele ponto, eu ao menos tivera a liberdade de desenvolver meus próprios experimentos. Para tentar minimizar os danos! Mas esse… Queriam que eu pegasse doze camundongos e criasse cópias temporais. Uma quantidade enorme delas. Cópias sobre cópias, todas vivendo juntas em uma colônia gigante. Incluíram um projeto da colônia nos materiais e era... era uma prisão. Uma prisão para os camundongos reverberarem de suas duplicatas, até que, sem sombra de dúvida, acabassem destruindo uns aos outros. Nenhuma colônia desenvolvida de tal forma poderia ser sustável.
Era demais para mim. Eu… Eu fugi. Não podia, em plena consciência, ficar lá e ser complacente a essa matança. E isso foi só nos camundongos! Imagine só se pudessem deixar pessoas operaram aquela coisa?!
[???]
ME: Deixei minhas anotações para trás, mas consegui trazer Pandora comigo. Diga oi, Pandora.
[camundongo na gaiola]
ME: Espero que, quando encontrarem isto, acreditaram em mim. Acreditar... [tosse]
[distorção estática]
ME: Espero que acreditem em mim. Quanto ao que está por vir... desde que possa deixar aquele mundo indiferente para trás, não ligo.
[rádio sintonizando]
DR.F: [na gravação] Já experimentou jardinagem?
SG: [na gravação] [suspiro] Capaz de você ‘tar certo. Talvez eu venha sendo dura demais comigo mesma. Talvez Sharma tenha sido um sinal de que não fui feita pra esse tipo de trabalho. Eu acho... Eu acho que vou tentar ter uma vida. Fora da ADRA. Fora dessa confusão.
[gravação para]
HC: Fico feliz que finalmente está lendo minha apostila, Esther. Tomou nota do capítulo sobre “desrespeitar a confidencialidade médico-paciente”?
ER: Não vou nem dignificar isso com uma resposta, Hank.
HC: [ri] Então, o que o psicólogo disse?
ER: Ela não está estável. Tudo pelo que passou está exercendo um efeito profundo no modo como interage com as pessoas. Mas, se podemos ou não atribuir isso aos efeitos da exposição a paradoxos—
HC: —Ou se ela é uma sociopata irresponsável.
ER: —Não sabemos por que ela está instável.
HC: Não foi por isso que você pediu aquele estudo? Qual era o nome dela, Elbourne? Foi em cima do que: em animais ou humanos?
ER: Estou de olho nela também. Fora a... “crise” da Dra. Elbourne, ela não está significantemente pior que Sally. Parece que delegar a exposição aos nós górdios lógicos leva bem longe na diminuição dos sintomas.
HC: Ela me pareceu sensível demais. Não sei nem se abandonar o projeto foi atípico da parte da Rainha dos Ratos.
ER: Eram camundongos. Não consegue dar conta de uma ponta solta?
HC: Não começa, Roberts. Eu não ficaria dando informações a elementos tão instáveis por aí, se dependesse de mim. Pare de fazer mais Sally Grissoms. Você e Whickman não param de deixar suas vidas pessoais guiarem as grandes decisões.
ER: Vamos mesmo precisar ter essa discussão de novo?
HC: O preciso fazer para lhe convencer de que ela é uma ameaça? Já colocou nossa operação em risco antes. E então, trouxe uma raposa até o galinheiro. Disseram que Sharma disse a ela que iam “democratizar” a viagem no tempo! Ela não tinha ideia do que ele estava tentando fazer.
ER: Eu entendo. Você acha que não, Hank, mas entendo. Precisamos dela. Ainda é a maior especialista em física de campo âncora que jamais teremos, mas está instável demais para ser útil agora.
HC: Então?
ER: Então… veja os resultados do estudo de Elbourne. Distanciar-se pode ajudar Sally a se estabilizar. Dê a ela algum tempo para colocar a cabeça no lugar. Deixe-a começar uma fazenda ou algo do tipo, e se afastar. Deixe-a encontrar a vida mais recompensadora que puder sem nós. E, eventualmente... tédio e curiosidade a trarão de volta. Pronta e disposta.
HC: … Isso é meio pesado para você.
ER: Talvez. Talvez não.
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Capítulo 4 - Reencontro - Parte 4
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Nisso ela caiu na gargalhada.
_ Não viaja gato. Eu estava falando com a minha melhor amiga aqui de Londres. Nunca deixei de falar com ela esse tempo todo. –Ela disse olhando diretamente pra mim.
_ E o que ela queria? –Perguntou Harry.
_ Me convidar pra festa de um amigo do namorado da amiga dela... Sei-lá.
_ E porque não quis ir? –Disse Louis.
_ Parece que o cara é famoso... Não sei bem, mas não rola não, ela queria que eu fosse e tocasse.
_ Eu não sabia que você era DJ. –Eu disse sem graça.
_ Tem muitas coisas que você não sabe de mim Liam. Mas também... Porque saberia?
_ E o que mais você faz? –Perguntou Niall percebendo o clima.
_ É mais fácil perguntar o que eu não sei fazer meu anjo.
_ E o que você não sabe fazer?
_ Adoraria saber cuidar de crianças, mas não sei, parece ser muito difícil. Também não sei tocar piano. Adoraria tocar acho muito lindo, mas não sei.
_ Agora você me deixou curioso. –Disse Zayn que até então estava quieto apenas observando a conversa. –O que tanto você sabe fazer?
_ Sou uma mulher de mil e uma utilidades querido. –Ela disse jogando uma piscadela. – Sou DJ, sei tocar alguns instrumentos, sei dançar, sei fazer de tudo em uma casa, sei andar de skate, sei andar de patins, sei surfar, sou fera no vídeo game...
_ Você sabe cozinhar? –Perguntou Niall com os olhos brilhando.
_ Sei por quê?
_ Bem que você poderia cozinhar pra nós.
_ E o que eu ganho com isso lôrinho?
_ Minha eterna gratidão. –Ele disse sorrindo na maior cara de pau.
_ E o que eu faço com isso?
_ Podemos negociar. –Disse Louis se aproximando dela.
_ Quero ouvir a proposta de vocês. –Ela disse interessada.
_ Eu posso te fazer massagens todas as noites antes de você dormir. –Disse Harry.
_ Estou gostando de ouvir... –Ela disse com um largo sorriso. –Que mais?
_ Eu posso cantar pra você dormir ou quando você quiser. –Disse Niall.
_ Eu posso te ajudar na cozinha e posso te ajudar com roupa, make, cabelo quando for sair. –Disse Louis.
_ Eu serei seu escravo e farei tudo o que você me pedir. –Disse Zayn.
_ Humm... E você Liam?
_ Você ainda quer mais?
_ Claro! Terei que cozinhar pra um batalhão!
_ Eu tô fora. –Me irritava o jeito de como ela me provocava.
_ Quem vai se arrepender é você e não eu. –Ela disse rindo.
_ E aí, você topa? –Perguntou Niall esperançoso.
_ Ok loiro, começo amanhã ok. Deixe os pedidos no balcão assim saberei o que vocês querem que eu faça.
_ Hoje pro jantar eu só fiz macarrão. –Disse Louis sorridente.
_ Nossa! Como vocês sobreviveram sem mim?
_ Nada que o Nando’s e o Starbucks não resolva. –Eu disse irritado.
Sem dizer nada ela foi até a geladeira, deu uma boa olhada e retirou algumas cenouras, batatas e colocou no balcão.
_ O que você vai fazer com as minhas cenouras? –Disse Louis aflito.
_ Cala a boca e não reclama. –Ela disse começando a lavar e descascar tudo. –Pegue uma panela de pressão pra mim.
Depois de tudo limpo, ela nos expulsou da cozinha e quarenta minutos depois ela finalmente nos chamou e assim que entramos na cozinha tivemos uma surpresa. A mesa estava cheia, ela tinha feito purê de batatas salada fria de cenoura, frango frito, fez um molho diferente da que Louis está acostumado a fazer.
_ Bom... Eu estou indo nessa. –Eu disse saindo da cozinha, mas May me alcançou na porta da sala.
_ Onde você vai?
_ Comer alguma coisa na rua.
_ Larga de palhaçada e vai comer.
_ Eu não participei com essa ideia louca de ficar te fazendo as coisas.
_ Você já está fazendo muito por mim me deixando ficar na sua casa, venha.
Nisso ela enganchou em meu braço e me levou até a cozinha me fazendo me sentar e comer junto com eles. Realmente a comida estava ótima, May cozinha maravilhosamente bem. Depois que terminamos...
_ Ainda tem espaço aí pra mais alguma coisa? –Ela disse se levantando.
_ Por quê?
_ É que fiz uma sobremesa rápida, espero que vocês gostem.
_ E o que fez? –Perguntou Zayn.
_ Brigadeiro de panela.
_ E isso é bom? –Perguntou Harry.
_ Uma delicia.
Então logo ela trouxe um pote médio com algo escuro e assim que Niall provou...
_ Minha nossa! –Ele disse com os olhos fechados. –May, minha linda... Você quer se casar comigo?
_ O que? –Ela disse rindo.
_ Sério! Você é a mulher que pedi a Deus! Casa comigo May!
_ Não exagera loiro.
_ Você cozinha muito bem gata, está de parabéns. – Louis disse experimentando também.
Pior que os elogios eram merecidos, pois realmente ela cozinha super bem. Depois de terminado com tudo ela se levantou e foi recolhendo os pratos, mas me adiantei e não deixei ela pegar nada.
_ Nada disso. Vai lá pra sala ver tv. Eu e os rapazes vamos dar um jeito nessa cozinha.
_ Deixa pelo menos eu ajudar.
_ Não, você já fez demais por hoje.
Então logo ela foi pra sala e nós começamos a arrumar a cozinha.
~ Pov de May ~
Seria engraçado ver esses caras fazendo essas coisas pra mim assim. Se eu contasse ninguém acreditaria. Depois de fazer o jantar, Liam praticamente me expulsou da cozinha e o jeito foi ir ver tv.
Eles até que são legais, mas eu queria saber o porquê de Zayn ser tão calado. Eu achava que ele era o bad boy do grupo, vejo que me enganei quanto a isso. O cara é super calado, só fica me encarando, mas deu pra perceber que ele me olha em uma intensidade que deixaria qualquer mulher doida.
Eu iria aproveitar ao máximo essa troca de favores, quem sabe assim eu os conheça melhor. Eu estava perdida em meus pensamentos quando eles apareceram na sala fazendo aquela algazarra.
Ficamos por ali conversando animadamente e Zayn estava calado como sempre, mas sempre me olhando intensamente até que tive uma ideia.
_ Zayn você poderia me acompanhar até o quarto? Eu preciso fazer umas coisas e preciso da sua ajuda.
_ C-claro. –Ele disse parecendo nervoso.
_ Quer ajuda? –Perguntou Harry.
_ Não obrigada, mas mais tarde eu vou precisar dos seus serviços. –Eu disse na gozação, é incrível como eles levam tudo a sério.
Logo subimos e assim que entramos, fechei a porta e ele ficou me olhando como se estivesse nervoso, chegava até ser engraçado.
_ O que você quer?
_ Agora que estamos a sós eu quero te atacar. –Eu disse brincando.
_ O q-que?! –Ele disse arregalando os olhos.
_ Relaxa! É brincadeira. –Eu disse rindo.
_ Ah tá...
_ Tem uma mala que eu ainda não desfiz... E iria pedir pra você me ajudar.
_ Tudo bem.
Logo fomos pro closet e ele foi me ajudando a ajeitar as coisas, então fui puxando assunto, eu queria saber por que ele estava estranho comigo.
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A gente acha que conhece as pessoas, pensa que sabe sobre os sonhos, desejos, vontades, defeitos. No fundo não sabemos nada, cada pessoa é um mundo, poucos se deixam transparecer. Ja faz um tempo que as coisas mudaram, mas eu ainda não superei as mentiras, os fingimentos e a ilusão de que algo fazia sentido. No final um abraço que fez um dia eu me sentir segura, hoje é o motivo de não poder confiar mais no que sinto.
#mundo#pessoas#conhecer#mentira#decepcao#dor#chorar#meus pensamentos#textos#vertical-align: inherit;#<font style=><font style=>meus textos </font></font>#<font style=><font style=>meus pensamentos </font></font>
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<center><table style="margin:15px 0px 2px;width:700px;"> <tbody> <tr> <td style="padding:0px;width:200px;"> <center> <img style="border:1px solid #8b0000;border-left:0px;border-top:0px;padding:2px;background-color:#fff;width:150px;" class="img-circle" src="https://64.media.tumblr.com/ba5f307fc1b92774e8e275a08ddce0eb/ec4941583f1c3d82-3f/s540x810/5ef5f51367315bd2dd13c06136d012db9a8bebab.gifv"></center> <center> <div style="border:1px solid #8b0000;border-right:0px;border-bottom:0px;padding:2px;width:140px;height:140px;margin:-145px 0px 0px;" class="img-circle"><br></div> </center> <div style="font-family:'Old English Text MT';font-size:18px;text-align:center;color:#9A0111;letter-spacing:.5px;line-height:18px;margin:6px 0px 0px;"> Yenefer <br><span style="font-family:CAMBRIA;font-size:17px;letter-spacing:7px;"> Symanski </span> </div> <center><div style="border-top:1px solid #8b0000;width:160px;line-height:2px;margin:2px 0px 0px;"> <br></div> </center> </td> <td style="padding:0px;width:500px;"> <div style="border:1px solid #8b0000;font-family:tahoma;font-size:13px;color:#000;text-align:justify;padding:5px;"> <div align="right"> <div style="background-color:#fff;width:235px;font-family:'century gothic';font-size:10px;text-align:center;line-height:10px;color:#8b0000;text-transform:uppercase;margin:-12px 10px 0px 0px;"> Gangrel_*_ <a href="http://yoble.com.br/feel-my-love-baby" target="_blank" style="color:#8b0000;" rel="noreferrer noopener">Forasteiro </a> </div> </div> <div align="right"> <div style="border-top:1px solid #8b0000;width:201px;line-height:2px;margin:2px 27px 0px 0px;"> <br></div> </div> <i> Noi nu suntem prieteni.</i> Sou a ultima de um sobrenome que nem me lembro mais, nasci o que sou hoje, fui encontrada em forma de besta por meu pai adotivo logo depois da morte daqueles que me geraram. Ele é um idealista e eu sigo suas ideias, apesar de sermos Gangrels e algumas delas serem contra meus instintos. Apesar de ver algumas décadas passarem, ainda sou considerada imatura, mas útil pelos Antigos. ─── <b>Talvez devesse me libertar. </b>─── Um pensamento relevante...<div align="left"> <div style="border-top:1px solid #8b0000;width:201px;line-height:2px;margin:2px 0px 0px 27px;"> <br></div> </div> <div align="left"> <div style="background-color:#fff;width:235px;font-family:'century gothic';font-size:10px;line-height:10px;text-align:center;color:#8b0000;text-transform:uppercase;margin:0px 0px -11px 10px;"> Just pass me the bitter truth
</div> </div> </div> </td> </tr> </tbody> </table> </center><center><div style="font-family:'century gothic';font-size:9.5px;color:#000;line-height:10px;width:650px;text-align:right;margin:7px 0px 10px;"> //HTML FLAWLESS RESOURCE POR SIRËN W. </div> </center>
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Resenhas de Livros e Filmes da Coletânea “Leituras de Cabeceira”
Neste período de nove anos com postagens neste modesto blog pessoal tive a motivação de ler e resenhar 305 livros: média de 3 por mês. Quem se interessar pela (re)leitura desses posts poderá recorrer ao guia abaixo. A coletânea de resenhas se encontra na aba Obras (Quase) Completas. Ou baixe abaixo.
RESENHAS DE LIVROS E FILMES DA COLETÂNEA “LEITURAS DE CABECEIRA”
fernando nogueira da costa – leituras de cabeceira – arte de comunicar
BIBLIOGRAFIADE ARTE DE COMUNICAR:
ABREU, Antônio Suarez. A Arte de Argumentar: Gerenciando Razão e Emoção. São Paulo: Ateliê Editorial; 1999 – 13ª. edição, 2009.
ADLER, Mortimer e VAN DOREN, Charles. Como Ler Livros: O guia clássico para a leitura inteligente. Traduzido por Edward Horst Wolff e Pedro Sette-Câmara. São Paulo: Editora É Realizações; 2010.
ADLER, Mortimer. A Arte de Ler. São Paulo: Agir; 1954.
ALMOSSAWI, Ali. O livro ilustrado dos maus argumentos. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.
ANDERSON, Chris. TED Talks: O guia oficial do TED para falar em público. Rio de Janeiro; Editora Intrínseca; 2016.
CASTRO, Claudio de Moura. Você sabe estudar? Quem sabe, estuda menos e aprende mais. Porto Alegre: Penso, 2015.
DOBELLI, Rolf. A arte de pensar claramente: Como evitar as armadilhas do pensamento e tomar decisões de forma mais eficaz. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco Platão. Lições de Texto – Leitura e Redação. São Paulo: Ática, 2011
HARARI, Yuval Noah. Sapiens: Uma breve história da humanidade. Tradução Janaína Marcoantonio. 1ª. ed. Porto Alegre, RS: L&PM, 2015.
HUFF, Darrell. Como Mentir com Estatísticas. Rio de Janeiro: Edições Financeiras; 1964 (relançado em 1993).
KIEFER, Charles. Para ser escritor. São Paulo: Leya, 2010.
MURCHO, Desidério. O Lugar da Lógica na Filosofia. Ouro Preto: UFOP; 2003.
PETIT, Michèle. A arte de ler: ou como resistir à adversidade. São Paulo: Editora 34; 2009.
PROSE, Francine. Prefácio e Posfácio de Ítalo Morriconi. Para ler como um escritor: Um guia para quem gosta de livros e para quem quer escrevê-los. Rio de Janeiro; Zahar; 2006.
SCHOPENHAUER, Arthur. 38 Estratégias para Vencer Qualquer Debate – A Arte de ter Razão. São Paulo: Faro Editorial; 2014.
SCHWARTSMAN, Hélio. Pensando bem… um olhar original a respeito de liberdade, religião, história, política, violência, comportamento, educação, ciência. São Paulo: Editora Contexto, 2016.
SQUARISI, Dad e SALVADOR, Arlete. A arte de escrever bem: um guia para jornalistas e profissionais do texto. 7ª. ed., 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2012.
ZINSSER, William. Como Escrever Bem.São Paulo: Editora Três Estrelas; 2017 (original de 1976).
fernando nogueira da costa – leituras de cabeceira – arte do roteiro
BIBLIOGRAFIADA ARTE DO ROTEIRO:
ALMEIDA, Renata de [org.]. Os Filmes da Minha Vida 4: O Real e O Imaginário. São Paulo; Imprensa Oficial; 2012. 296 páginas.
ARISTÓTELES.Poética.Coleção Os Pensadores. Segundo Volume. São Paulo: Abril Cultural, 1984: 241-269.
BAHIANA, Ana Maria. Como Ver Um Filme. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 2012.
BARRETO, Lima. O Triste Fim de Policarpo Quaresma. Rio de Janeiro: Typ. Revista dos Tribunaes; Lançamento: 1915 (1a. edição)
DA-RIN, Sílvio. Prefácio de João Moreira Salles.Espelho Partido – Tradição e Transformação do Documentário. Rio de Janeiro: Azougue Editorial; 2004.
FRANCO, Gustavo & FARNAM, Henry. Shakespeare e a Economia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora; 2009.
GILMOUR, David. O Clube do Filme. São Paulo: Editora Intrínseca; 2009.
GOMPERTZ, Will. Isso É Arte?Rio de Janeiro: Editora: Zahar; 2013.
MCKEE, Robert.Story: Substância, Estrutura, Estilo e os Princípios da Escrita de Roteiro[Story – Substance, Structure, Style and The Principles of Screenwriting].Curitiba: Editora Arte & Letra; 2007 (original de 1997). 432 páginas.
STEMPEL, Tom. Por dentro do roteiro: Erros e acertos em Janela indiscreta, Guerra nas estrelas e outros clássicos do cinema[Understanding Screenwriting (Learning from Good, Not-Quite-So-Good, and Bad Screenplays)]. Rio de Janeiro: Editora Zahar; 2008.
fernando nogueira da costa – leituras de cabeceira – biografia e futebol
BIBLIOGRAFIADE BIOGRAFIA E FUTEBOL:
ANDERSON, Chris & SALLY, David. Os Números do Jogo: Por que tudo o que você sabe sobre futebol está errado. São Paulo: Editora Paralela, 2013.
BELLOS, Alex. Futebol: o Brasil em Campo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. 350 p.
CASTRO, Ruy. A noite do meu bem: a história e as histórias do samba-canção. São Paulo: Companhia das Letras; 2015.
FRANCO JÚNIOR, Hilário. A dança dos deuses: futebol, cultura, sociedade. São Paulo: Companhia das Letras; 2007.
FROER, Franklin. Como o Futebol explica o Mundo: Um olhar inesperado sobre a globalização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor; 2005. 244 p.
GREEN, James. Revolucionário e gay – A vida extraordinária de Herbert Daniel: Pioneiro na luta pela democracia, diversidade e inclusão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; 2018. 378 p.
ISAACSON, Walter. Steve Jobs. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
KUPER, Simon & SZYMANSKI, Stefan. Soccernomics: Por que a Inglaterra perde, a Alemanha e o Brasil ganham, e os Estados Unidos, o Japão, a Austrália, a Turquia – e até mesmo o Iraque – podem se tornar os reis do esporte mais popular do mundo. Rio de Janeiro: Editora Tinta Negra; 2010.
MAGALHÃES, Mário. Marighella, o guerrilheiro que incendiou o mundo. São Paulo, Companhia das Letras, 2012.
MANDELA, Nelson. Longa Caminhada para a Liberdade: Autobiografia de Nelson Mandela. Curitiba: Nossa Cultura; 2012. 816 p.
MORAIS, Fernando. Chatô: o rei do Brasil, a vida de Assis Chateaubriand. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
RICHARDS, Keith (com James Fox). Vida. São Paulo, Editora Globo, 2010.
SEMPRÚN, Jorge. Autobiografia de Federico Sánchez(tradução de Olga Savary). Rio de Janeiro, Editora Paz e Terra, 1979.
TOSTÃO (Dr. Eduardo Gonçalves de Andrade). Tempos vividos, sonhados e perdidos: Um olhar sobre o futebol. São Paulo: Companhia das Letras; 2017.
WISNIK, José Miguel. Veneno Remédio – O futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 446 p.
fernando nogueira da costa – leituras de cabeceira – ciência e filosofia da mente
BIBLIOGRAFIADE CIÊNCIA E FILOSOFIA DA MENTE:
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BRUCKNER, Pascal. A Euforia Perpétua:Ensaio sobre o Dever da Felicidade. São Paulo: Difel; 2002.
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CASTRO, Celso. Evolucionismo Cultural: Textos de Morgan, Tylor e Frazer. Rio de Janeiro; Zahar; 2a. ed., 2005.
DIAMOND, Jared. O Terceiro Chimpanzé. Rio de Janeiro: Record; 2010 (original de 1992).
GLEISER, Marcelo. Criação Imperfeita: Cosmo, Vida e o Código Oculto da Natureza. Rio de Janeiro: Editora Record; 2014.
HESSEN, Johannes. Teoria do Conhecimento. São Paulo: Martins fontes; 2000 (original de 1925).
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SACKS, Oliver. O Olhar da Mente. São Paulo, Companhia das Letras, 2010.
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ZELDIN, Theodore. Uma História Íntima da Humanidade. Rio de Janeiro: Editora Record, 1996 / Editora BestBolso, 2008.
fernando nogueira da costa – leituras de cabeceira – economia mundial
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KISSINGER, Henry. Sobre a China. Rio de Janeiro: Objetiva: 2012. 378 p.
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fernando nogueira da costa – leituras de cabeceira – economia
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FRANCO, Gustavo H.B. As Leis Secretas da Economia: Revisitando Roberto Campos e as Leis do Kafka. Rio de Janeiro: Zahar; 2012. 216 p.
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HAKIM, Catherine. Capital Erótico. Rio de Janeiro: Best Business, 2012.
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PIKETTY, Thomas. A economia da desigualdade. Rio de Janeiro: Intrínseca; 2014 (original de 1997).
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STIGLER, George J.. O intelectual e o mercado. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor; 1987.
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fernando nogueira da costa – leituras de cabeceira – finanças
BIBLIOGRAFIA DE FINANÇAS:
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BESLEY, Tim et. al. The Future of Finance. London: London School of Economics; 2010. 294 p.
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SINOPSES / RESENHAS DOS FILMES:
fernando nogueira da costa – leituras de cabeceira – arte do roteiro
Os Filmes da Minha Vida – Fase Infantil (1951-1965):
As Aventuras de Robin Hood80
No Tempo das Diligências 80
Matar ou Morrer 81
Os Brutos Também Amam 81
Assim Caminha a Humanidade 81
Ben Hur 82
Spartacus 82
A Conquista do Oeste82
Álamo82
El Cid 83
Cleópatra 83
Lawrence da Arábia 84
Fugindo do Inferno 84
A Queda do Império Romano 84
O Senhor da Guerra 85
Doutor Zhivago 85
Os Filmes da Minha Vida – Fase Adolescente (1966-1971)
Casablanca 85
Os Pássaros 86
O Incrível Exército de Brancaleone 86
Um Homem e Uma Mulher 86
BlowUp 86
Um Clarão nas Trevas87
A Primeira Noite de um Homem 87
2001: Uma Odisseia no Espaço 88
Bullitt 88
Woodstock 1969 91
Easy Rider: Sem Destino 91
Corrida Contra o Destino 92
Billy Jack 93
Ensina-me a Viver 93
Dodes-Ka-Den94
Os Filmes de Minha Vida – Fase Universitária em Belo Horizonte (1971-1974)
.. 94
Giordano Bruno 96
Os Companheiros 97
Batalha de Argel 98
Queimada! 98
Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita 99
Encurralado 100
Os Filmes da Minha Vida – Fase Universitária em Campinas (1975-1977)
Vidas Secas 101
Encouraçado Potemkin 101
Tommy 102
Novecento 102
Os Filmes de Minha Vida – Fase Jovem Profissional no Rio de Janeiro (1978-1985)
Laranja Mecânica 103
Corações & Mentes 105
Franco Atirador 105
Apocalipse Now 108
Hair 109
Reds 110
Retratos da Vida 111
Mephisto 111
O Baile112
The Walldo Pink Floyd 112
Amadeus 114
Cotton Club 116
Os Filmes de Minha Vida – Fase Crise da Meia-Idade em Campinas (1986-2002)
Platoon 120
Nascido Para Matar 120
De Volta para o Futuro 122
Swing Kids 124
A Lista de Schindler 125
Forrest Gump: O Contador de Histórias 127
Beleza Americana 131
Cradle Will Rock: O Poder Vai Dançar 132
Frida 134
Os Filmes de Minha Vida – Fase no “Poder” em Brasília e São Paulo (2003-2007)
O Mercador de Veneza 134
Diários de Che 136
O Que Você Faria 137
Ray 138
Johnny & June 139
Piaf – Um Hino Ao Amor 139
Os Filmes de Minha Vida – Fase Pré-Aposentadoria (2008-2018)
Tropa de Elite 2 142
Um Método Perigoso: Transferência entre Psicanalista e Paciente 144
Vincere 146
A Rede Social148
Cisne Negro 150
Cisne Negro e Mãe Tigresa 152
Cisne Negro: Psicodrama e/ou Terror 155
Biutiful: estética da miséria humana158
VIPs: Personagens Muito Importantes 161
Edgar 164
O Homem ao Lado 166
Margin Call — O Dia Antes do Fim 169
Os Descendentes 175
Millennium 180
Cópia Fiel 181
A Separação 184
O Retrato de Dorian Gray 185
Moneyball 188
Shame190
Habemus Papam 194
As Neves do Kilimanjaro 195
Na Estrada (On the Road) 197
360 201
Elefante Branco X Argo 203
O Lado Bom da Vida 206
O som ao redor 207
O Mestre 209
A hora mais escura 211
V de Vingança213
Vanishing Point X Drive 216
Tese Sobre Um Homicídio 219
Hannah Arendt 221
Bling Ring: A Gangue de Hollywood 225
Trem Noturno para Lisboa X Tatuagem 227
Amor, O Fim da Vida 235
Azul é a Cor Mais Quente (La Vie d’Adele) 236
A Grande Beleza 241
Álbum de Família 246
Bastardos 249
Que horas ela volta? 251
Ele está de volta 254
Jogo do Dinheiro 256
Aquarius 259
Eu não sou Madame Bovary 263
Resenhas de Livros e Filmes da Coletânea “Leituras de Cabeceira” publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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Photo
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Title:
AS HISTÓRIAS DE UM DIARIO FALSO:
ADOLESCENTES
Capítulos 1, 2 e 3
Credit: Written by
Authors: ZX
Source: CadernoFalso.com
Draft date: 20/09/2018 02:55
Contact:
Caderno Falso
INT. CÂMERA(DRONE) CAMINHA POR CIMA DOS 3 INTEGRANTES QUE
VÃO CAMINHANDO PELAS RUAS. ATÉ CORTAR PRA CAMERA DE MÃO QUE
VAI FILMANDO PELAS COSTAS.
NARRADOR
Aqui vemos os nossos heróis
seguindo pra sua aventura. Bem, não
é exatamente uma aventura, é pior
que isso, é a escola.
PJ
Nossa, nunca vi alguém ir tão
animada pra escola
NARRADOR
Disse o integrante de cabelo longo
do meio do trio. Nosso herói da
classe guerreiro PJ, P de Paulo e J
de Júnior. Mas poucas pessoas o
chamam de Paulo no decorrer de sua
lenda.
ANNY
Falou o grande matador de poring
NARRADOR
"PJ o grande matador de Poring",
debochou a loira arqueira élfica
que guardava o flanco direito. Seu
nome antigamente era Antônia, pelo
menos era este nome antes de
conquistar o título que ela mesma
inventou e se auto nomenar ANNY, a
arqueira do pássaro (ou twitter,
como você preferir).
MARI
O nome é amoéba. Sacou Antônia?
A-M-O-É-B-A
NARRADOR
Disse a integrante de cabelo
escuros e lisos que andava na
esquerda, ela era a novata do
grupo, não possuía ainda um título,
mas desde sempre, seu nome foi MARI
ANNY
Mari, é tudo meleca fraca... São as
únicas coisas que ele consegue
matar no ragnarok.
NARRADOR
Os nossos heróis caminham
tranquilamente até a escola, sem
pressa ou objetivo. Eles trocavam
assuntos sobre o final de semana
que passou e possíveis deboches.
ANNY (BOCEJANDO)
Eu odeio segunda feira.
PJ
Falou, Garfield, agora fecha a boca
antes que entre algum bixo.
MARI
Mosca?
PJ
Ela fala muito alto pra alguma
mosca entrar, é mais fácil algum
bixo que pense que isso é um
chamado de acasalamento e pule na
boca dela.
MARI
Antônia seria mais mortal que muita
planta carnívora.
PJ
Qual o nome do cara da aula de
ciências?... Sobre evolução...
MARI
Darwin?
PJ
ISSO! Anny seria a prova que o
Darwinismo estava certo!
MARI
Ou errado.
PJ
É, tá cedo de mais pra pensar se
seria certo ou errado.
ANNY (ENTRE UM BOCEJO)
Ah, cala a boca, Júnior!
MARI
Já achou sua "Sandy"?
PJ
Ah, não encham o saco vocês duas...
E já falei pra não me chamar de
Junior.
ANNY
Falou, Paulinho.
PJ para de andar por um segundo e olha pra as duas com uma
cara seria de "parou a brincadeira".
PJ (COM MEIO SORRISO)
Pow, Anny, "Paulinho" é sacanagem!
MARI
Por que esse "Anny" toda hora?
PJ
É o nome que ela usa nos jogos da
vida.
MARI
Tipo, o "PJ" eu até entendo, mas
por que você não usa algo mais...
"seu nome"?
ANNY
Ah, é apelido de internet. Dizer
que seu nome é Antônia é chato.
PJ se vira pra Mari e falou em tom baixo, o suficiente pra
Anny escutar.
PJ
O Twitter e os blogs dela tem o
nome de "des-Anny-mada", mas não
espalha porque ela se acha demais
por esse nome tosco.
PJ recebeu um tapa nas costas e Mari e PJ riram.
ANNY (DEBOCHE)
Falou o "@PJ_DHG48".
MARI
Paulo, você curte Dark Hole
Guardians 48?
PJ (ESPERANDO ALGO NEGATIVO)
É... Isso é algo ruim?
MARI
Não cara, vou criar um Twitter hoje
só pra te adicionar.
ANNY
É claro que é "algo ruim", a banda
é só um amontoado de barulho que
alguém achou no lixo e botou num
CD.
PJ
Mari, o termo é "seguir", não se
fala "adicionar" no twitter e Anny,
cê fala mal de mim mas é você que
gosta do Boys Love Jokers. Você não
tem opinião aqui.
Mari ri
ANNY
Pelo menos o xampu e o secador que
eu uso, não são da minha mãe!
PJ
Pelo menos eu não tenho uma porrada
de fake no orkut!
ANNY
Pelo menos quando eu jogo de garota
nos joguinhos online, eu sou uma
garota de verdade.
PJ
Quer que eu explique pra MARI o que
é "sexo por scrap"?
PJ tomou um tapa nas costas e os três amigos riram.
EXT. CAMERA SUBINDO(DRONE) E PERDENDO O TRIO DE VISTA E
CHEGANDO A ESCOLA.
NARRADOR
E esses são nossos 3 aventureiros,
que acabaram de começar seu
primeiro ano do encino médio.
Apesar do cabelo engraçado, meu
filho é muito maneiro.
INT. CÂMERA(DRONE) DESCENDO E MOSTRANDO A ESCOLA DO ALTO
COMO SE FOSSE UM MAPA, ATÉ MOSTRAR A JANELA DA SALA ONDE O
TRIO ESTÁ TENDO AULA.
NARRADOR
Foi só uma virada de camera, mas
alguns dias já se passaram. Na
janela observamos a sala de aula
dos nosso heróis.
Vamos chegar um pouco mais perto
Camera foca em ANNY conversando com MARI mas ainda sem audio
NARRADOR
Como todo grupo de adolescentes,
eles tavam fazendo o que todo mundo
já fez mas não contou pros filhos,
trocando questões de exercicios.
ANNY
Ah, Mari, me passa as questões 4 e
6?
MARI
Peraí
Mari tira uma das folhas do fichário colorido com as
respostas e entrega na mão da ANNY
MARI
Tá aqui, Anny.
ANNY(MEIO SURPRESA)
Anny?
Mari estava mechando no seu celular flip, respondendo um
sms. Não ouviu a amiga.
MARI
Opa? Que?
ANNY
Você me chamou de ANNY, tá pegando
mania do PJ?
ANNY se vira pra frente pra ler o que MARI tinha escrito nas
respostas e chega a pegar o lapiz pra anotar algo em seu
fichário.
MARI
Ah... Sério que eu te chamei de
Anny?
ANNY
É...
MARI
Aff, mals, é que é complicado, tem
umas (interrupção)
ANNY(SORRINDO)
"Complicado"?
MARI
É complicado... Tem.. 2 Antônias na
nossa turma. Fora que como tem esse
lance de turma A e B, são 3
Antônias na nossa série. Acho que
meio que assimilei isso devido ao
PJ te chamar de ANNY toda santa
hora.
ANNY(REFLETINDO)
É, faz sentido...
O professor entra em sala de aula.
NARRADOR
Ah, bom e velho senhor ALFREDO.
Esse cara deu aula pra mim e pro
meu irmão mais velho, bons tempos.
ALFREDO
Desculpe a demora turma, estava
resolvendo uns problemas no
telefone. Sabe como é, professor
substituindo o outro complica a
vida. Matemática então(faz uma
careta e sorri)... Já era pra eu
estar em casa, sabem?... Mas vamos
lá, terminaram suas atividades
pontuadas?
MARI
A culpa é de vocês, poxa. Quem
mandou vocês dois terem nomes tão
comuns? E vocês ainda ficam me
confundindo com esses lances
apelidos de twitter e orkut.
ANNY
Como se Marianna fosse um nome
incomum.
MARI
Com dois "N" é sim. Mas não tem
nenhuma Mariana por aqui além dessa
aqui que voz fala com dois "N".
O professor interrompe a conversa.
ALFREDO
Garotas, espero que a história de
vocês conversam seja melhor que a
minha.
NARRADOR
O que o seu ALFREDO sabia sobre
aula de história, ele tinha de
piadas ruins. Mas sempre conseguia
com o constrangimento, o silencio
que desejava.
PJ esboçou uma risada, mas escondeu quando o professor olhou
em sua direção.
Mari passa um bilhetinho pra ANNY. Foca no rosto da ANNY
enquanto lê com a voz de MARI no fundo.
MARI(VOICE OVER)
Bota a culpa no PJ! Fica tranquila
que eu não te chamo mais assim já
que você não curte.
O mundo em volta fica mudo. Câmera foca no rosto de ANNY
divagando nas ideias enquanto copiava as respostas. Somente
o professor falava.
NARRADOR
Apesar de nem desde sempre Antônia
ser ANNY, ANNY sempre foi Antônia.
Complicado de se explicar em poucas
palavras, mas como um nome herdado
de sua vó, foi a primeira vez que
lhe surgiu a ideia de escapar desse
nome comum.
ANNY escreve algo no bilhete e devolve pra amiga. Foco no
rosto da MARI lendo enquanto rola Voz de fundo (VOICE OVER =
V.O.)
ANNY (V.O.)
Que nada MARI, contando que sejam
só os meus amigos, não vejo motivo
pra não ser chamada de ANNY. Mas
não fala pro PJ, que eu, com
certeza, vou usar isso pra
perturbar ele mais tarde.
Mari dá um leve sorriso e começa a escrever no bilhete
NARRADOR
"Amigos", palavra boba, mas pra
MARI significava muita coisa.
Explico mais depois.
MARI entrega o bilhete pra ANNY
MARI (V.O.)
Tranquilo ANNY. Terminou de copiar
as questões? Sabe que o professor
vai recolher isso por ordem
alfabética né?
ANNY se da conta e começa a copiar as coisas mais rápido.
OUT. Fade out da camera (comercial)
------------------------------------------------------------
INT. ESCOLA, DIA CHUVOSO.
Camera foca na chuva, fazendo umas brincadeiras com ângulos
de filmagem na chuva (deixa o diretor de fotografia se
divertir).
Camera foca na MARI sentada no chão
Mari estava sentada em uma parte coberta do pátio olhando
pro nada e degustando de gole em gole uma lata de
refrigerante. Nos intervalos, de gole à gole, ela repousava
a lata entre as pernas.
NARRADOR
Nomade. Uma pessoa sem raízes.
Seria o termo certo pra definir
essa garota. Muitos estão
acostumados a se mudar pelo menos
uma ou duas vezes na vida. Talvez
três. Mari já se mudou umas 7 ou 8
vezes.
O narrador continua falando enquanto a câmera foca no PJ que
andava nos corredores procurando alguém. Ele repara na MARI
que estava sentada no canto do pátio sozinha e olhando pro
nada.
Ele admira aquele momento por algum tempo e depois segue pra
falar com a amiga.
NARRADOR
Não da pra contar quantos nomes ela
já esqueceu, muito menos quantos
contatos perdeu. E meu filho... Meu
filho admirou aquela paisagem. A
paisagem de uma garota que
silenciosamente trocava goles de
Coca-Cola com a chuva.
(lembrando deixa o diretor de fotografia brincar)
PJ se aproxima e MARI se vira ao escutar os passos e
levemente sorri.
MARI
Iaew.
PJ
Eu diria "uma moeda pelos seus
pensamentos", mas eu não tenho uma
moeda.
PJ se agacha pra ficar na mesma altura que MARI mas não se
senta.
MARI
Sério? Eu tava precisando de uma
moeda.
PJ
E pra que você tava precisando de
uma moeda?
MARI
Bala de morango.
PJ
Por que você ta aqui sozinha,
garota?
MARI
É.. Eu gosto de sentar num canto
quieta as vezes e olhar pro nada,
sacas?
PJ
Entendo, acho. Na verdadeira não.
Cadê a Anny?
MARI
Ela deve tá na sala, tava meio
sonolenta hoje.
PJ
Vou dar uma olhada e já volto.
PJ bate no ombro da amiga e seguindo em direção a rampa.
Mari Observa PJ indo embora e volta seu olhar pra chuva.
Ela gira lentamente o liquido da latinha e toma mais um
gole.
Camera começa a acompanhar PJ.
PJ chega na sala e liga a luz, encontra ANNY e desliga a
luz.
NARRADOR
PJ caminhou em direção a rampa para
chegar na sala. Era uma escola
compacta: três andares e uma
quadra. Uma boa escola. Ele abriu a
porta e encontrou ANNY dormindo
usando sua mochila de travisseiro.
PJ se aproxima de ANNY
Enquanto o diretor fotográfico brinca.
NARRADOR
PJ admirava a pequena criatura. Uma
criatura com cabelos loiros
desarrumados, que emitia um pequeno
assobio pela narina devido a uma
delas estar completamente entupida,
com lindos lábios pelos quais
escorriam um pequeno rastro de baba
pelo canto esquerdo da boca e com
um lindo par de remelas nos olhos.
Era praticamente uma monstrinha com
uma aura de anjo.
PJ sorri, tira o casaco e cobre ANNY
NARRADOR
O rapaz pensou que não se
importaria de ter uma monstrinha
resmunguenta em sua vida, seria até
divertido. Ele sorriu.
PJ da um beijo na cabeça de ANNY
NARRADOR
Por algum motivo que nem ele mesmo
sabia, deu um beijo na cabeça da
garota que se ajeitava com seu novo
cobertor, desligou as luzes, fechou
a porta e desceu a rampa em busca
de Mari.
Camera corta para o banheiro. Mari estava lá sentada na
tampa de uma privada e derramando uma lágrima ou outra.
NARRADOR
Mas ela não estava mais no pátio.
Flashback.
Mari bebia o ultimo gole de seu refri e subia a rampa, ela
bota a cabeça na sala e vê PJ dando um beijo na cabeça de
ANNY. Apoós isso ela corre para o banheiro do andar.
NARRADOR
Mari tinha bebido o ultimo gole de
seu refri e subido até a sala. Ela
viu PJ dando um beijo na cabeça de
ANNY. Ela não estava entendendo os
próprios sentimentos.
Volta pro banheiro com Mari se acalmando.
Deixa o diretor de fotografia e a atriz trabalhar!
NARRADOR
O lápis de olho já tinha escorrido
pro queixo e aos poucos ela foi
entendendo os próprios sentimentos.
Por algum motivo que ela mesma não
sabia, MARI queria PJ. Ela culpava
qualquer filme romântico que lhe
vinha a cabeça e enquanto ia se
acalmando.
Corta pra um fade out artistico que o diretor de fotografia
preferir.
Flashback.
Mostra PJ e ANNY sozinhos sentado na sala. Cada um em seu
lugar, de repente corta pra todos os outros alunos entados
em seus lugares.
NARRADOR
Quando Anny e PJ entraram naquela
escola, ANNY e PJ já se conheciam.
Eles acabaram entrando com
facilidade em vários grupos de
pessoas e de assuntos diversos. Mas
sempre quando a conversa acabava,
eram somente os dois.
Mostrar PJ e ANNY conversando com um grupo de pessoas, as
pessoas somem.
NARRADOR
A garota magra de cabelos pretos
sempre os entretinham, sentada e um
pouco isolada na sala.
Até um dia que PJ puxou ANNY pra
sentar do lado daquela garota que
sempre lanchava sozinha.
Mostrar mari sentada em algum canto quando PJ puxa ANNY pra
conversar com MARI.
NARRADOR
Devido a uma infância cheia de
desenhos animados japoneses, PJ
pensa que pessoas que se isolam tem
alguns problemas emocionais, e a
única forma de resolver isso era
forçando conversas até que isso se
torne natural. É uma besteira, mas
funcionou.
Mostrar diferentes cenarios dos 3 conversando.
NARRADOR
PJ forçou muitas conversas, mas os
assuntos sempre rendiam e mudavam.
Eles descobriram por acidente que
podiam ir pra escola e voltar
juntos. Com o tempo Mari ficou mais
sociável e virou amiga dos dois.
Camera corta pro PJ com umas balas de morango e de uva na
mão, procurando MARI no seu canto do pátio e não
encontrando.
NARRADOR
Porém PJ nunca desconfiou que Mari
gostava dele.
FADE OUT
0 notes
Text
O Som da Arte
O Som da Arte
Olá Arte, minha velha amiga
Eu vim falar com você novamente
Porque já fazia tempo que não nos falávamos
Desde o fundamental não te escutava
E o som que eu não mais ouvia
Agora eu posso até sentir,
Porque resolvi te escutar
Em meio a Intervenções visuais urbanas
Nas ruas estreitas da cidade
Eu comecei a vê-las como metáforas contemporâneas,
Diluindo as fronteiras do meu pensamento.
Quando meus olhos se tornaram ouvidos, eu ouvi os sons das linguagens artísticas
E percebi que as ruas eram um palco
Que tocavam o som da Arte
E no Ensino de Arte eu vi
Formas de pensar o desenho
O que e como desenham as crianças
Bebê, música e movimento
Brincando e aprendendo, o que pode a performance na escola.
Arte ou artefato?
Questionava o som da Arte
Arte, eu não sabia
O silêncio é cinza
Mas, te escutando, tudo fica colorido
E eu conheço o mundo de forma consciente.
Refletir sobre cada atividade humana e reconhecer o seu valor
É o resultado da sinfonia da Arte
Se todas as pessoas buscassem
O significado e o sentido da arte
Teriam sua essência refletida,
Compreendendo assim os seus sentimentos.
E essa experimentação poética, representada por palavras em versos tão sublimes
É sussurrada no som da Arte.
Poema - Portfólio para a disciplina de Metodologia e Prática de Ensino e Arte
Autoria e direitos: Davi Lino Borges
0 notes
Text
desabafo da quase meia noite | parte 3
faltam quarenta e oito minutos pra meia noite
quando ambos os ponteiros apontarem para o doze
juro por todos os deuses cujos nomes já foram citados ao menos uma vez pela boca de alguém
você vai estar fora da minha vida
vai levar esse sorriso pra longe de meus pensamentos
carregar consigo essas mãos macias e tuas filosofias
porta contigo esse som da tua guitarra que conforta meus ouvidos
e também esse teus dedos gelados que costumavam acariciar meu rosto
leve suas bondades e generosidades para longe
e dê para a quem agora os tem de verdade
coloque em uma trouxa em suas costas o teu senso de humor
aproveita e leva também essa sua risada
pegue tudo que lhe pertence ou te diz pertence
pois daqui a quarenta e oito minutos
quando o relógio disser que é meia noite
você não vai passar de poeira a espera da limpeza
0 notes
Text
Algoritmos desnudam parcialidade do Tucano Sergio Moro
A "prova" dele é notícia de jornal (Globo)
table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.1) 1px 1px 5px; color: #222222; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.86px; margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 5px; position: relative; text-align: cente
Quem disse que o Lula é dono do triplex foi a Globo... O Conversa Afiada publica devastador artigo do professor José Francisco Siqueira, que usou a tecnologia do "legal reading" para demonstrar o que o professor Wanderley Guilherme dos Santos, por outro caminho, também comprovou: além de parcial, Moro não é equilibrado!
DELAÇÃO, NOTÍCIA DE JORNAL, CONDENAÇÃO: elementar, meu caro Watson!
José Francisco Siqueira Neto[1]
A Sentença da Ação Penal do Juiz amigo do Aecio Neves, Doria e Temer e outros inimigos políticos de Lula numero 5046512-94.2016.4.04.7000/PR, em trâmite na 13ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, proferida em 12 de julho de 2017, encerra uma importante fase da mais longa novela com enredo jurídico da maior rede de televisão do Brasil.
A partir de Delação de um doleiro já conhecido de outras passagens da autoridade judiciária que proferiu a sentença em comento, foi desenvolvida uma trama ardilosa, indutora de comportamentos sociais de arredios a agressivos, escandalosamente destinada à desestabilização política do País, com claro protagonismo dos “inquisitores do bem” de Curitiba, por meio de uma unidade de ação entre polícia federal, ministério público e magistratura nunca antes ocorrida na história dos países civilizados e verdadeiramente democráticos.
Mesmo sem dizer ou assumir claramente, olhando em retrospectiva, não resta dúvida que muito antes do oferecimento da denúncia específica, o alvo sempre foi LULA. Não foram poucos —do início da operação até a den��ncia— os comentários laterais no rádio e na televisão, enxurradas de mensagens nas redes sociais enviadas por robôs virtuais e humanos alimentando a expectativa de chegar a LULA com frases referência como “ir a fundo”, “passar o país a limpo”, “atingir os poderosos”.
Esse clima de laboratório foi meticulosamente montado, executado e monitorado pelo noticiário impresso, radiofônico e televisivo, com suporte substancial das redes sociais.
Tudo foi encaminhado de modo a “naturalizar” o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, anunciada em coletiva de imprensa em luxuoso Hotel, cujo ápice foi a apresentação do inesquecível power point com sinalizadores de todas as laterais em direção ao centro com a identificação de LULA.
Esse peculiar documento, contudo, é um infográfico sintetizador das informações decorrentes de papéis e gravações organizadas para conferir uma visão estruturada desse acúmulo. O resultado é a aparência, a sensação de muita evidência e prova de comportamento anormal. É o resultado máximo esperado pelos condutores das investigações e denúncias, porque causa evidente impacto.
O cenário e o ambiente estava montado para finalmente “o personagem mocinho-acadêmico- palestrante-ativista social- juiz” atuar.
A partir da denúncia começou a ser estudada a possibilidade de gerar a tecnologia de interpretação apresentada neste artigo com aplicação na Sentença da Ação Penal 5046512-94.2016.4.04.7000/PR,
Dentre as inúmeras situações e circunstâncias desse episódio que coloca em xeque a consciência jurídica do país ao desprezar os mais elementares fundamentos do Estado Democrático e Social de Direito, um aspecto —inicialmente— lateral em relação a essas agressões substanciais ao ordenamento jurídico me intrigava: a quantidade de papéis, depoimentos, gravações de voz e imagens geradas pelas apurações, vazadas ou fornecidas com precisão cirúrgica de narrativa, de maneira a manter a coerência do enredo do começo ao fim.
Observando com maior concentração esse movimento constatei que a acusação trabalha com suporte considerável de um computador muito poderoso[2] no tratamento de muitos documentos para conferir a eles certa racionalidade discursiva.
Estava explicado como os protagonistas judiciários com intensa vida social conseguiam exibir tão eloquente produtividade.
Com esse referencial, comecei um percurso de conversas com físicos e matemáticos ligados a tecnologia sobre a possibilidade de responder ao robô da acusação, no intuito de checar a consistência da convicção do Ministério Público com os fatos.
Após uma longa rodada de nivelamento de informações, checagem de linguagem e experimentos, a ferramenta ficou pronta, testada e aprovada, um mês antes da prolação da Sentença do caso LULA.
Essa tecnologia (legal reading) é um algoritmo de inteligência artificial (deep learning) para interpretação de textos com propriedade intelectual exclusiva, registrada em 60 países. Por isso, fácil de ser auditada.
A tecnologia extrai de grandes volumes de textos, relações de causas e efeitos dos temas, conexões entre fatos, pessoas e entes que necessitariam grandes equipes, dispêndio de tempo —muitas vezes incompatíveis com os prazos processuais— e análise sujeitas a equívocos naturais de interpretação.
Essa tecnologia permite ler em segundos milhares de textos e criar uma estrutura hierárquica entre assuntos e sub assuntos, organizando todas as suas partes. Além de organizar textos, permite encontrar a relação causal entre pessoas, entes e fatos, suas conexões diretas ou indiretas, assim como o respectivo peso dado à cada uma das partes. Ao final, ela cria um mapa visual interativo (organograma) que permite em segundos a compreensão geral do conteúdo. Permite, portanto, analisar a tese lógica formulada pela parte, MP ou Juiz, para validar se o racional de suas conclusões está ancorado em fatos, hipótese ou ilações. O organograma feito pelo robô, similar ao power point, ajuda a conduzir a linha de pensamento e a tese na interpretação do magistrado.
Aplicando essa tecnologia na longa —238 páginas, 29.567 palavras— Sentença da Ação Penal 5046512-94.2016.4.04.7000/PR, encontramos o seguinte quadro de relações diretas e indiretas:
Como se vê, em que pese o disfarce das páginas excessivas, a sentença não consegue estabelecer vínculo direto de LULA com nada, senão com o Delator. A relação direta com o Acervo Presidencial e seu Armazenamento foi descartada pelo próprio juiz por falta de provas.
Outro aspecto que merece destaque, diz respeito a Volumetria da Sentença, isto é, a proporção de citações. A Petrobrás foi citada 252 vezes, o Condomínio Solaris 75, Lula 395, Leo Pinheiro 156 e o Grupo OAS 367. Ou seja, Grupo OAS e Leo Pinheiro correspondem a 523 citações, 132% acima de Lula.
No que se refere a correlações de grupos, a Sentença enfatiza que a conexão com a Petrobras, no menor caminho se dá em nível terciário, predominando o nível quaternário, o que evidencia a incompetência da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba para julgamento do caso.
Com a relação da Petrobrás caracterizada preponderantemente de forma quaternária, a identificação de única imputação direta com a Delação —cuja legislação de regência impede sua admissão como única prova—, restou à autoridade judicial a busca de prova para afastar-se deste óbice. A saída encontrada no cipoal de floreios foi fundamentar a condenação em matéria jornalística mencionada 8 (oito) vezes na decisão. Ou seja, em prova nenhuma. Eis a representação geral:
E a específica por relevância de evidência:
A Sentença é tecnicamente frágil, em que pese a ostentação. Algumas particularidades, entretanto, devem ser destacadas. A decisão, como frisado, tem 238 páginas. O relatório vai da página 2 a 10, a fundamentação —lastreada na matéria de jornal— da página 10 a 225, o dispositivo, as demais páginas.
O curioso e verdadeiramente inacreditável é a autoridade judicial consumir aproximadamente 20% da Sentença (da página 10 à 55) para ataques políticos e ideológicos ao Réu e seus advogados de defesa, em evidente demonstração de perda completa e absoluta da imprescindível imparcialidade do julgador, sabidamente indispensável requisito do julgamento justo nos moldes preconizados pelas mais expressivas manifestações de Direito Internacional.[3]
As nulidades e defeitos processuais no caso em referência são evidentes, mas o que sustenta o movimento frequente do moinho que dá curso permanente ao noticiário para abafar as transgressões jurídicas estruturais do Estado Democrático e Social de Direito é a manipulação de matrizes tecnológicas de inteligência artificial que asseguram ao final de cada dia a vitória sobre a narrativa do processo. Assim, com fundamento em matéria de jornal condena-se LULA.
[1] Advogado, Mestre (PUC-SP) e Doutor (USP) em Direito, Professor Titular de Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito.
[2] Da IBM, de nome Watson.
[3] Artigo X, da Declaração Universal de Direitos Humanos e Artigos 9.1. e 14.1. do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos.
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