Tumgik
subvertendoarte · 10 hours
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Minha alma anseia liberdade.
Estou presa nas - tão frágeis e tão potentes - grades da imensa gaiola que é a minha mente.
Como uma mosca presa na armadilha da aranha.
Eu sou a mosca. E também a aranha.
Meu refúgio, é também meu cativeiro.
- Giulia B. (@subvertendoarte)
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subvertendoarte · 10 hours
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Em meus olhos cansados
Carrego a dor da experiência
E a carga do fardo alheio.
Ao encarar meu reflexo,
Enxergo o abismo;
Mas ele não me olha de volta,
Em mim,
Ele faz morada.
- Giulia B. (via @subvertendoarte)
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subvertendoarte · 10 hours
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As palavras se contorcem e crescem em meu peito. Sinto o subir pesado delas por minha garganta e numa ânsia de vomitá-las; corto o silêncio com meu grito. Nasci sufocada por elas; em um mundo onde o vazio do meu sexo fala mais alto que minha boca. 
- Giulia B. (via @subvertendoarte)
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subvertendoarte · 10 hours
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É como um quarto escuro durante a noite. Algumas vezes a luz se infiltra pelas frestas da janela. No restante do tempo, apenas escuro.
É como uma gaiola. Sou um pássaro encarcerado. Presa entre as barras sólidas e firmes. Enxergo a luz, mas de dentro da jaula.
Tudo me puxa para baixo. Eu me deixo cair.
É como a gravidade me atraindo ao inferno.
- Giulia B. (via @subvertendoarte)
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subvertendoarte · 1 year
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Arte e destruição, eu ouvi uma vez.
Não sei mais dizer se escrever mais me afoga ou me liberta.
O peso, quando escrevo, adormece.
Mas ele nunca passa.
Giulia B. (via @subvertendoarte)
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subvertendoarte · 2 years
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Há dias que a dor é tanta que até escrever é difícil. É difícil saber as palavras certas.
Não escrevo para me consolar. Sempre soube disso. Escrevo dor, quase palpável. Escrevo angústia, quase sinto o gosto. Escrevo melancolia, escorre pelos meus olhos.
Vomito cada palavra na ânsia de deixar ir o peso que carrego em meu peito. Como se cada palavra que escrevo, eviscerasse minha alma.
Se eu continuar escrevendo, talvez tudo de mais pútrido nos reconcavos do meu ser, saia de mim.
Ou talvez eu esvazie.
Me senti já, tantas vezes, uma casca vazia.
Talvez não existam finais felizes.
- Giulia B. (@subvertendoarte)
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subvertendoarte · 2 years
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Corpo frágil, os demônios passeiam calmamente sob minha pele,
eu sou um erro incalculável de desastres emocionais.
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subvertendoarte · 2 years
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sumi
eu nao estou aqui
este é meu eu
fora de mim
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subvertendoarte · 2 years
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12 de fevereiro 22
bebo meu vinho sem pressa
e os pensamentos não chegam devagar
nem sei que vida é esta
mas ouso e insisto em ficar
não procuro falhas
percebo as brechas
e as atravesso para me encontrar
vr.
21:42
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subvertendoarte · 2 years
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subvertendoarte · 2 years
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Voltar à escrever me alivia.
Solta o pássaro preso em meu peito, o instiga à voar.
Sinto o vento que acarinha suas asas em cada palavra à qual remeto sentido. Sinto o pássaro se movimentar em sincronia com as lufadas do ar.
Por um tempo, perdi a conexão com meu pássaro. O esqueci fechado em meu peito e ele acabou por definhar.
O esqueci de alimentar. Então, ele consumiu o que já estava por lá.
Não o deixei vislumbrar nem o mais singelo raio de luz, na esperança de poder proteger o que eu acreditava haver de puro nele.
Então ele arrancou suas próprias asas, no desespero de se libertar.
Pobre pássaro.
Pobre gaiola de carne, atormentada e consumida por si mesma.
De dentro pra fora.
Presa. Dentro de si.
- Giulia B. (@subvertendoarte)
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subvertendoarte · 2 years
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solidão
não é sobre estar sozinho
é sobre não pertencer a lugar nenhum
(nem a si mesmo).
a.
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subvertendoarte · 2 years
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....
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subvertendoarte · 2 years
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não há arte sem afeto
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subvertendoarte · 2 years
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subvertendoarte · 2 years
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Ninguém permanece; afinal, há o tempo. Tudo há de perecer. 
Nos abandonamos e salvamos por aí, várias vezes por dia; várias vezes por ano.
Em uma vida, cabem mil e quem começou a jornada; certamente já morreu.
Dançando na corda bamba, nosso circo é a rua e o espetáculo jamais há de acabar. 
- Giulia B. (via @subvertendoarte)
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subvertendoarte · 2 years
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As cores em sua magnificência sublime, gritam aos meus olhos.
Meus pulmões, sinestesicamente toneladas mais leves, se enchem vorazmente de ar.
Usando o pincel, deixo minha alma flutuar.
A tinta da caneta, formando palavras que compõe minha alma e revelam um mapa para todos meus refúgios, construídos tijolo à tijolo dentro de um eu tão sedento por sobrevivência.
Em cada forma que crio, de cada gota de tinta que pinto minha essência até o mais fino dos fios em que teço minhas vontades, esperanças, desejos e sonhos e amarro em nós delicadamente encaixados, me refaço.
A arte me permeia.
Me move.
Corre em minhas veias, deságua em meu ventre e minhas lágrimas.
Me alimento dela e deixo que se alimente de mim.
- Giulia B. (via @subvertendoarte)
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