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Respirou fundo com sua resposta, um gosto amargo aparecendo na boca e tendo que o engolir para não soltar algo que fosse o chatear ainda mais; os ombros tensos enquanto pensava se devia apenas levantar e ir para outro lugar já que aparentemente havia perdido toda suas habilidades sociais que já eram quase inexistentes. Os olhos vazios focaram no loiro após seu comentário, pensando se devia explicar um pouco sobre como fora tudo mas chegando a conclusão de que provavelmente seria melhor deixar explicações para um momento em que realmente tivesse conhecimento o suficiente para dizer de forma clara; um sorriso leve surgindo nos lábios por a forma que pareceu realmente preocupado ao fazer a pergunta "Funcionam mas os pesadelos me acordam, estão se tornando cada vez menos reais mas ainda assim são perturbadores." explica, a expressão neutra vacilando levemente com sua próxima pergunta. A resposta para o outro foi apenas um movimento com a mão para pedir que deixasse isso ignorado, tentando o distrair com uma pergunta "Veio dar um pulinho na água?"
Revirou os olhos levemente diante da frase da loira, não é que ele levava para o coração, apenas estava cansado de provocações e no estado em que o acampamento se encontrava, tais provocações pareciam tão banais que não deveriam sequer serem feitas. " se acha que é isso quem sou eu para discutir. " deu levemente de ombros, encarando a água do lago e pensando que talvez devesse deixá-la em paz e voltar para seu chalé ou ir até a praia, aquele não era um único local com água no acampamento. " não consigo imaginar como deve ter sido. " confesso de modo sincero, pois realmente não imaginava como era ter sua mente invadida e controlado por um deus. " já tentou uma poção para dormir? acho que lhe ajudaria. " sugeriu com a expressão séria, pois apesar de toda a relação dos dois, Sebastian não conseguia deixar de se preocupar. " o que está fazendo? " indagou com os olhos recaindo sobre o caderno que ela mantinha em mãos e estava tão ocupada em usar.
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Não conseguiu deixar de soltar uma risada leve com sua pergunta, era patético ter tanta coisa para falar sem poder expressar elas de forma que ele pudesse entender mas se conteve por negar com a cabeça levemente em resposta. A verdade é que estava surpresa de uma forma agradável por o ver ali, após viver a vida toda sozinha nunca deixaria de ficar em choque com qualquer demonstração de apoio das pessoas; com tudo o que tinha ocorrido pensou que voltaria a ser apenas ela contra o mundo mas o ter ali provava que talvez fosse diferente.
O probleminha irritante de admitir que tinha em admitir que alguém era importante para ela tentava gritar em algum lugar apelando para a razão mas foi rapidamente ignorado após a forma em que James percebeu tão rapidamente o que estava acontecendo; passou alguns segundos apenas parada surpresa antes de afirmar com a cabeça. Levantou as mãos para tentar língua de sinais mas após procurar as memórias chegou a conclusão de que nunca havia visto James a usando, as abaixou e soltou um suspiro cansado antes de começar a andar de volta em direção ao chalé para que pudesse pegar algo para escrever; a cabeça girando em procura de como poderia explicar algo que ainda não entendia bem como havia acontecido.
FLASHBACK [ antes do anúncio da morte do brook ]
Sentiu o abraço de Estelle com uma mistura de alívio e preocupação. O aperto dela era desesperado, como se estivesse tentando se ancorar em algo real, em alguém que pudesse oferecer algum conforto, e ele ficou feliz de representar isso para ela naquele momento. Envolveu-a com os braços, encostando o rosto no topo de sua cabeça e fazendo um carinho em suas costas. Retribuiu o abraço com a mesma intensidade, mantendo-a próxima, o coração acelerado ao sentir o rosto dela contra o seu ombro.
Enquanto a segurava, notou que ela não havia dito uma única palavra desde que ele chegou. A lembrança da última conversa que tiveram, carregada de tensão e ressentimento, o fez questionar se a falta de palavras agora era um reflexo daquela distância, daquele conflito não resolvido. Mas, ao mesmo tempo, algo mais lhe chamou a atenção. Não era apenas o silêncio, mas a maneira como ela parecia estar lutando consigo mesma, como se quisesse falar, mas não conseguisse.
James recuou um pouco, apenas o suficiente para olhar para o rosto dela. Suas lágrimas ainda brilhavam, e ele notou a forma como os lábios dela tremiam. A confusão se instalou nele, e a preocupação se aprofundou, mas enxugou as bochechas molhadas dela. — Estelle... — Começou, sua voz suave, quase um sussurro. — Você está chateada comigo? Ou... — Ele hesitou, sem querer forçar nada, mas não podia ignorar a possibilidade que estava surgindo em sua mente. — Aconteceu algo com a sua voz? — Perguntou, com cuidado, sem querer soar alarmado, mas incapaz de esconder a crescente inquietação.
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Estelle já havia passado anos a procura de uma resposta que nem mesmo após perguntar diretamente para sua mãe alguns dias havia conseguido uma resposta, a realidade de que não passavam de apenas peões emocionais na visão dos deuses era tão bruta que a negação era a resposta primaria para os mortais. Talvez fosse a decepção no olhar de Natalia ou seu arrependimento, ou só por ter se visto um pouco na garota que sabia que tinham poucas similaridades mas a situação fez com que levantasse a mão em um sinal de que não precisava de seus pedidos de desculpa. A encarou com o olhar vazio por alguns minutos antes de finalmente conseguir pensar em algumas palavras que pudesse escrever naquele momento "Eu entendo a dor da decepção, perda. Apenas indico que não gaste anos preciosos de sua vida pensando em algo que ela esquecerá em segundos, deuses só tem boa memória quando se trata do ressentimento." A roupa que usava cobria praticamente toda a pele de seu corpo tirando o rosto, passou o olhar de forma demorada nas costas das mãos cobertas antes de resolver ignorar a pergunta por a achar desnecessária; a deusa havia deixado tantas marcas ali, todas em qual preferia deixar não citadas "Você é uma boa pessoa, espero que consiga ficar bem após isso tudo."
"Eu não sei." Ela disse, entregando-se a um longo e notável suspiro. Não sabia por onde começar, nem como finalizar. Tinha consciência da inocência de todos, mas a curiosidade tornava-se cruel, ansiosa por informações, alimentando perguntas que por tanto tempo ficaram sem resposta. "Desculpe, eu sei o quanto isso te afeta mais do que o normal. Eu entendo. Ah, deuses, como eu entendo!" Aumentou o tom de voz, espalmando as mãos nas laterais do corpo, o choque criando um som que ecoou por toda a estufa. Por que não deixar aquilo para trás? Natalia se questionava isso constantemente. Antes, quando tudo era incerto, imaginava-se odiando, desejando o pior para o traidor – sentia isso em relação a Maxime, e hoje, se arrependia profundamente. Mas, embora houvesse algum sentido nisso, após tudo ser esclarecido, ela só queria entender as pontas soltas daquele caos. Se Hécate estava no controle de tudo, poderia ter deixado pistas, algo escondido na mente traumatizada de suas vítimas. Estelle havia aparecido, e aquilo parecia oportuno. No entanto, ao vê-la naquela condição, a sede por respostas desapareceu rapidamente. Sua intenção nunca foi deixá-la desconfortável, e Natalia percebia a sinceridade em suas palavras. "Desculpe." Disse, por fim, encostando-se em uma das bancadas ao lado, cruzando os braços junto ao corpo, com os olhos voltados para o chão. "Não... Vamos deixar isso para lá. Eu só sofri demais e talvez tenha dificuldade em deixar isso ir tão rápido. Fico feliz que esteja bem. Você também tinha a marca daquela desgraçada, certo?" Insultar a deusa era natural para ela, e não dava muita importância. Poderia temer qualquer outro deus, mas Hécate... Não havia nada além de desprezo. "Para ela, isso vai ser apenas mais uma memória, e para nós, mais um trauma na coleção." Riu, um pouco amarga, frustrada. "Desculpe." Falou novamente, agora, observando-a atentamente.
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Da de ombros levemente e tenta pensar em mais palavras para descrever o vazio que tinha não só nas memórias mas também no peito agora, sentia como se seu ser fosse um instrumento que havia sido estragado por outra pessoa e que provavelmente só conseguiria emitir sons desafinados a partir de agora; havia passado por muita coisa mas nada que se comparasse a aquele acontecimento. Por fim, optou por desistir de falar mais sobre e apenas trocar o assunto de forma brusca "Eu não tenho muitas coisas além do acampamento para ser bem sincera, mas espero ter mais chances de sair assim que tudo acabar..." um suspiro deixa os lábios da loira apesar do sorriso leve ali, os olhos voltando a parede a frente delas antes de sinalizar sua pergunta "me fala um pouco de onde veio."
Imaginou que Estelle estaria mal não só pelas marcas, mas toda a explicação de Circe parecia ser o suficiente para compreender a situação. Ter sua mente invadida e agir sem vontade própria, basicamente ser usado por uma deidade era terrível e sequer conseguia imaginar como iria seguir em frente se algo assim acontecesse com ela. Talvez tentaria o mesmo que a amiga. As marcas diziam tudo. Por isso jamais a julgaria por nada do que houve. ❝ ― Tudo bem se você quiser falar, e se não, tudo bem também. Estou aqui com você. ❞ — Ela respondeu na linguagem de sinais e ainda falou pausadamente para que a amiga compreendesse que estava ali para ela. ❝ ― Acredito que vão ficar bem, estão todos preocupados com vocês. Foi um baita susto. ❞ — Riu sem muito humor ao se lembrar da cena em que via a amiga com aquele capuz e as palavras de Hécate tentando impedir o fechamento da fenda. ❝ ― Acredito que estou bem, eu acho. Passando pela experiência de ter um novo poder em descontrole. Mas não acho que seja tópico para agora. Podemos falar de coisas não relacionadas ao acampamento se preferir. ❞
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O abraço da irmã foi correspondido por um ainda mais apertado, a incerteza do que seria da loira nos últimos dias passando em sua memória ao poder finalmente ver que suas irmãs estavam bem. Não pode deixar de abrir um sorriso amarelo com o que a irmã disse antes de se lembrar do que tinha que a entregar, pegando uma caderneta da bolsa para a entregar antes de escrever o mais rápido que conseguia "Essa é uma cópia do meu grimório, tem poções já criadas e as que eu mesma criei." explica, a expressão melancólica tomando conta das feições "caso algo ocorra, você que vai ensinar elas pras nossas irmãs." eram palavras duras mas que agora mais que nunca tinha que falar para a irmã.
Ao finalmente terminar sua entrega pode responder as perguntas de Amarantha com mais calma "Fui liberada, o machucado que ela deixou no meu pescoço se foi mas ainda não consigo falar, me falaram que pode ser psicológico." um suspiro pesado sai dos lábios de Estelle, encarando a irmã nos olhos antes de voltar a escrever "chega a ser cômico o quanto eu lutei tanto pela minha liberdade só para isso acontecer, os deuses realmente tem um humor excêntrico." solta uma risada amarga, limpando algumas poucas lágrimas que forçaram seu caminho até os olhos "ainda assim fico alegre que tenha sido eu, e não vocês."
⠀⠀✧₊⁺⠀⠀Toda a carga do que havia acontecido nos últimos dias pareceu recair sobre os ombros de Amarantha de uma vez. Mesmo que agora tivessem um método para recobrar as forças com a poção, sentia-se emocionalmente exaurida. Ver seus companheiros de equipe, sua irmã, sendo usados daquela forma. Pensar nos colegas caídos. Não conseguir concentrar seu poder de maneira que a ajudasse a ver o que aconteceria a seguir. Aquilo tudo era demais. Por isso, escondeu-se em sua cama pelo máximo de tempo que pôde durante os próximos dias. Quando ouviu a batida em sua porta, endireitou-se o melhor que pôde, dando um sorriso aliviado ao perceber se tratar de Estelle. Leu suas palavras no caderninho, mas não se segurou em levantar e dar-lhe um forte abraço, toda a preocupação do que havia lhe acontecido sendo colocada naquele gesto. — É tão bom vê-la aqui de novo. Esse chalé não é o mesmo sem você. — falou, puxando-a pelas mãos para sentarem-se na cama. — Como estou não importa agora. Sei que não deve estar se sentindo bem depois de tudo o que aconteceu, mas ao menos sente-se melhor? Te liberaram oficialmente da enfermaria? — sentia que as lágrimas se acumularam em seus olhos, ameaçando derramarem-se, um misto de alívio, preocupação e angústia em seu peito levando-as a isso.
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Sabia que a volta ao dia a dia seria diferente, a exaustão e culpa tomo conta de cada parte de seu ser nos últimos dias mas não deixou de soltar uma risada leve com como devolveu o comentário; era claro que estava terrível apesar do quanto se esforçasse para parecer normal novamente na frente das pessoas. As sobrancelhas levantaram em uma leve surpresa com sua resposta a pergunta, voltando a escrever "não sabia que levava esse tipo de coisa pro coração, perdão." o pedido de desculpas era sincero apesar do sorriso que tinha nos lábios, olhando uma última vez com certa preocupação antes de se voltar para o lago novamente. Dessa vez começou a escrever um pouco a mais que antes mas logo rabiscou a frase que havia começado, pensando bem antes de responder novamente "não é uma experiência boa, mesmo sabendo que não era eu, não consigo dormir sem ter pesadelos com a culpa." solta um suspiro e fecha a caderneta para demonstrar que não queria falar mais sobre aquilo, se sentando a beira do deck para colocar os pés na água gelada.
Qualquer lugar com água lhe chamava, mas desde que finalmente seu pai tinha lhe contemplado com a possibilidade de manipular a substância, Sebastian andava muito mais próximo da elemento do que antes, até mesmo sendo um pouco relapso com seus amigos equinos. Porém, não estava esperando encontrar Estelle no local, esperava que ela estivesse trancada em seu chalé, ou, na enfermaria se recuperando de ter sido possuída por uma deusa, qualquer lugar, menos ali. " digo o mesmo para você. " devolveu o comentário com um leve arquear de sobrancelha, pois ela não parecia tão bem quanto gostaria de aparentar. " achei que não se importasse comigo ou com o que está acontecendo comigo. " disse simplesmente se dirigindo até a beirado do lago e focando-se na superfície dele antes de virar-se para encarar a loira. " eu que devia perguntar como você está, depois de tudo... "
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flashback
Os olhos apertaram em confusão ao perceber que não estava sozinha, confusa com o que a mulher bonita com um vestido fazia ali no navio "Meu navio, é claro." respondeu claramente confusa com sua pergunta, os pés fazendo a madeira bem cuidada ranger com seu caminhar certeiro ao andar até a outra "se fosse você eu sairia de perto da borda, pessoas que não tem tanta experiência caem com certa frequência" olha em volta como se perguntasse de onde ela vinha "quem é você? como sabe meu nome?"
Apesar de não ser muito apreciativa de companhia em seu lugar de paz não conseguia sentir nada além de curiosidade pela garota, a mão nem mesmo perto da espada pesada presa a sua cintura "enfim, já que está aqui pode pegar uma caneca de rum e apreciar a viagem, logo estaremos em Long Island." da as costas para abrir um dos barris e servir rum o suficiente para elas duas, os olhos ainda presos no além como se procurasse qualquer problema que pudesse ter que enfrentar no futuro sem nem mesmo conseguindo focar o suficiente no momento em que se encontravam.
FLASHBACK
Quando sonhos bons vinham, Eunha os agarrava como lontras se agarravam à sua pedrinha favorita. Ela estava em um navio e o sol era azul e tão claro que dava para ver as veias da madeira forte que protegia o seu quarto. A fantasia dos detalhes no mundo dos sonhos denunciava que ela estava dormindo e ela rezou para que nenhum curandeiro ou aprendiz a encontrasse. Eunha saiu da sua cabine e caminhou pelo curto corredor até encontrar a escada que dava para o convés. Quando olhou para seus pés percebeu que usava umas botinhas verdes adoráveis com ramos dourados brilhando fantasticamente e seu vestido mostrava o suficiente antes de arrastar pela madeira atrás de seus calcanhares. Ela subiu rapidamente e ao chegar no convés viu que tinha uma mulher loira real ali, depois de muitos anos. Eunha sabia exatamente diferenciar pessoas dos sonhos e pessoas sonhando. Ela não quis atrapalhar então tentou se envolver, não sabia se podia interferir mas quando o navio virou de bordo e ela precisou se sustentar numa balaústra, ela teve medo de que aquela beleza se dissipasse, então ela moveu seus dedos um por um, como se estivesse dedilhando e as coisas foram ficam mais firmes, quase reais, firmes. Ela não precisava disso mas sua concentração era melhor canalizada se fizesse assim. — Oi Estelle — Ela sabia quem era porque um curandeiro tinha solicitado que Eunha cuidasse dela, mas ali estavam as duas, dormindo e sonhando. — Onde estamos exatamente? — Eunha sentiu o ar gelado e salgado balançar seus cabelos e os da outra semideusa.
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Apesar do tom usado por Natalia ao fazer a primeira pergunta, afirmou com a cabeça algumas vezes um tanto tímida antes de começar a arrumar a bancada que tinha bagunçado com suas tentativas falhas de sucesso; as mãos parando no ar com sua primeira pergunta. Havia evitado o máximo possível falar sobre aquele assunto com os filhos da magia por saber a carga emocional que trazia, principalmente para ela mesma. Se manteve parada até que terminasse suas perguntas, uma expressão severa tomando conta do rosto antes que voltasse a escrever; a escrita certeira demonstrando o quanto havia pensado naquilo antes de colocar em palavras "Não a sentia até ela ir embora, agora sei que não está aqui mais." não se da o trabalho de levantar a folha para a mostrar antes de escrever mais "O único momento que senti a manipulação foi no ritual, antes disso só uma confusão de como tinha parado em lugares vez ou outra antes e após os ataques mas considerando tudo achei que fosse normal." solta um suspiro cansado, claramente querendo evitar aquele assunto a máximo possível mas se rendendo a ansiedade da outra semideusa. Por fim, a encarou nos olhos por alguns segundos antes de virar a página da caderneta e começar em uma folha vazia "O que procura, Natalia?"
Surpresa com a presença inesperada, Natalia bloqueou a única porta da estufa com o corpo. Seus olhos estavam fixos na figura à sua frente, encarando-a sem qualquer inibição. No entanto, a curiosidade a dominava, como se Estelle fosse uma espécie rara, alguém que ela precisava desesperadamente conhecer... mais. "Não, tudo bem. Pode ficar." Ignorou o objeto mostrado, apenas assentindo com a cabeça. "Boa noite." Tentou sorrir, embora seu corpo permanecesse imóvel, preso ao mesmo lugar. "Você está bem?" Perguntou em voz alta. Contudo, a frase saiu mais como uma afirmação do que uma dúvida. Havia tantas perguntas que alimentavam sua imaginação. Finalmente, movendo-se de onde estava, Natalia deu alguns passos à frente, aproximando-se da filha de Circe. "Você conseguia senti-la?" Referiu-se a Hécate. As palavras escaparam antes que pudesse filtrá-las. Mas, já que havia começado, decidiu continuar. "Sentia ela a manipulando?" Quando percebeu, estava a meros três passos da semideusa. "Não me entenda mal, não é isso. Mas... Eu ainda tenho perguntas que precisam de resposta." A forma como havia interrogado Maxime também era um motivo de sua inquietação. Antes, sem saber que era plena culpa da deusa e movida pela raiva daquele momento, Natalia dissera coisas que jamais imaginou dizer. Com Estelle, seria mais passiva, branda, mas sem perder de vista onde queria chegar. "Se você puder contar qualquer coisa... Vai ajudar bastante. Eu entenderei se não puder."
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closed starter w/: @oceanhcir lago
Após algumas horas estudando sobre o seu mais novo problema de comunicação na biblioteca teve que tirar um tempo para espairecer, a paciência já anteriormente curta ficando ainda mais com a falta de descobertas novas sobre o assunto. Tinha um frasco com um liquido roxo e viscoso em mãos, prestes a o levar aos lábios quando pode ouvir a aproximação de alguém. Nem chegou a se virar para ver quem estava ali ao simplesmente guardar o frasco na bolsa que trazia sempre consigo, sendo pega de surpresa ao finalmente olhar para trás e ter Sebastian do seu lado repentinamente; se apressando para escolher uma das folhas da caderneta que tinha para começar a escrever "tá com uma cara terrível" o mostra com um sorriso irritante nos lábios, mesmo que soubesse muito bem que estava com certeza com uma cara muito pior do que a do outro semideus "aconteceu algo?"
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O som da pedra caindo perto da água podia muito bem representar o que o coração fez no momento em que finalmente conseguiu encarar James nos olhos, sabia muito bem que o medo que sentia estava afetando claramente em sua expressão corporal mas não podia negar o medo imenso que sentia de até mesmo a possibilidade do que poderia ouvir dele. Assim que o outro começou a falar pode sentir os músculos do corpo finalmente relaxarem o suficiente para voltar a tremer novamente, a cabeça conseguindo focar apenas em o quão patética devia estar parecendo na frente de alguém quando jurou que não o faria novamente por alguns bons segundos, afetando no quanto das palavras do semideus conseguiu processar. Naquele momento queria poder o dizer que não queria que parasse de falar, que era grata por sua presença e que se arrependia da última conversa que tiveram mas assim que abriu a boca para as dizer lembrou de mais uma das perdas que aquela situação a trouxe: não conseguiria o dizer as palavras presas na garganta nem mesmo se quisesse.
As lágrimas de frustração só conseguiram molhar seus cílios antes que pensasse melhor, nunca tinha sido boa em palavras principalmente na frente dele de qualquer forma, o que aquilo realmente mudava?
Se moveu antes mesmo de pensar no que fazia, os braços o envolvendo com certa força e o rosto indo de encontro ao seu ombro como se o esconder ali faria com que sumisse por algum tempo; finalmente cedeu a vontade de procurar seu calor após meses e tentou deixar as preocupações para depois a fim de guardar aquele momento na memória.
James sabia que Estelle estava na enfermaria. Não havia ido visitá-la antes porque, além da preocupação com o desaparecimento do irmão, a relação dois não estava exatamente bem. Não se falavam há mais de um ano, e no dia do baile a conversa não havia sido exatamente amigável. Seus sentimentos por ela ainda era confusos, mas ele sabia que ela estava lidando com mais do que qualquer um poderia aguentar sozinho. Decidiu procurá-la, mas soube que ela havia fugido da enfermaria há algum tempo. Saiu pelo acampamento perguntando quem a tinha visto, seguindo pelo caminho que um dos campistas havia indicado.
Mesmo depois de tudo o que tinha acontecido, era difícil para ele não se preocupar. Estava prestes a desistir e tentar outro lugar quando ouviu um leve som de pés correndo na água. Ele seguiu o barulho até o riacho, onde finalmente avistou Estelle. Encolhida perto da margem, mesmo de longe, ele podia ver que ela estava chorando. O coração de James se apertou quando a viu pegar a pedra, imaginando como estava se sentindo acuada nos últimos dias após a bomba ter sido revelada para todos. Ele não sabia exatamente o que dizer, mas sentiu que precisava estar lá para ela. — Estelle? — Chamou suavemente, tentando não assustá-la. Ele sabia que essa reação vinha da dor, e não de qualquer outra coisa. James se aproximou lentamente, tomando cuidado para não fazer movimentos bruscos, de mãos erguidas para o ar. — Eu imagino que você queira ficar sozinha, mas... — Começou, a voz calma e cheia de empatia. — Mas eu não estou aqui para te crucificar. Eu sei que você foi tão vítima quanto nós. �� Um pouco mais próximo, ele abaixou as mãos, ainda olhando nos olhos dela. Colocou as mãos nos bolsos da calça, um pouco tenso com o que viria a dizer. — Fiquei preocupado quando soube que fugiu da enfermaria. — Confessou, a voz mais baixa pela proximidade dos dois, os pés molhados já dentro do riacho junto dela. — Se quiser conversar... ou se só quiser que eu fique quieto... tudo bem. — Esboçou um sorriso sutil, mas honesto. Perto o suficiente para tocá-la, se quisesse, mas conteve o anseio de buscar por suas mãos e acariciá-las. — Posso fazer algo por você? — Ofereceu, deixando um silêncio confortável se instalar entre eles, permitindo que ela decidisse o que queria fazer. James não queria apressá-la; só queria que ela soubesse que não estava sozinha, não importava o que tivesse acontecido.
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Um suspiro cheio de pesar saiu dos lábios da loira com sua pergunta de yas, tinha tantas coisas que gostaria de colocar para fora mas sabia que seria no mínimo tão perturbador quanto foi para ela saber sobre toda a situação "Uma bagunça, parece que Hécate passou por aqui e quebrou tudo antes de finalmente ir." não consegue conter uma risada derrotada que solta, as mãos paradas no ar antes de continuar "não consigo falar muito bem por causa do machucado, então vou passar uns dias assim..." o olhar se perde por alguns segundos e a expressão se torna confusa, claramente presa nos pensamentos antes de sair do transe para explicar mais sobre "é estranho mas as memórias voltam aos poucos, daria um 0 de 10 para a experiência, tenho que admitir que estou preocupada com os outros dois." finalmente termina de compartilhar o que conseguia naquele momento e oferece um sorriso fraco para a outra "e você, como anda?"
Sua surpresa em ver Estelle entre um dos usados por Hécate ainda era uma visão muito vívida na mente da turca. Se lembrava de ter descartado a ideia dela ser uma das traidores depois de uma conversa sincera sobre visões que havia tido e em como o fechamento da fenda iria trazer mais problemas. Se perguntava se havia falado mesmo com ela ou com a consciência da deidade. Ainda era tudo confuso, mas ao menos, não estava magoada. Conseguiu compreender que eles foram apenas usados e que aquilo era péssimo para quem via, imagina para quem viveu na pele. Ela era fria, mas não tanto. Ainda tinha uma parte humana em si e um coração que batia, e principalmente que era leal com os amigos. Quando chegou a enfermaria naquele dia, olhou para a amiga de longe e o quanto estava abatida. Se aproximando para falar com ela, foi uma surpresa que a resposta viesse em língua de sinais. Felizmente as sabia para utilizar e respondeu da mesma forma. ❝ ― Claro! Está tudo bem. ❞ — Respondeu, tanto para a pergunta quanto para o pedido de desculpas. Sorriu compadecida e se aproximou mais, tomando a liberdade de se sentar no cantinho da cama. ��� ― Como você se sente? ❞ — Prosseguiu enquanto perguntava e claro que havia notado os machucados em volta do pescoço, e já imaginava como estava, mas precisava saber dela mesma e esperava que ela se sentisse confortável para falar consigo. ❝ ― Fiquei muito preocupada com você! ❞
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closed starter w/: @amcrantha chalé 15
Ser liberada da enfermaria foi libertador, nunca esteve tão feliz em voltar ao seu quarto bagunçado e suas irmãs malucas; quase chorando de emoção ao mal entrar no chalé e já ser recebida por uma das irmãs mais novas quase implorando por ajuda em uma poção que não conseguia resolver. Após conseguir resolver tudo que conseguia resolveu checar Amarantha após voltarem a ilha, agradecida por poderem finalmente ter uma conversa com privacidade. Bateu na porta antes de entrar, dando de cara com a aparência abatida da irmã, sabia muito bem que não estava muito melhor mas resolveu tentar a ouvir um pouco já que não conseguiria falar. Acenou levemente e tirou uma caderneta de baixo do braço para escrever rapidamente e a entregar "Ainda não consigo falar então vai ter que se conter em ler meus garranchos" pega o objeto novamente apenas para escrever mais "Vim te checar, tá tudo bem?" apesar de não poder usar da entonação naquele momento, em sua expressão a preocupação com a irmã era clara.
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flashback w/: @notodreamin 3 meses atrás, nos melhores sonhos
Em um dia normal, quando a noite chegava, tomava um gole da poção de sono que fazia e dormia tranquilamente durante a noite toda; mas naquele dia em específico havia passado um pouco do limite e usado tantas poções que tinha deixado o corpo sobrecarregado. Após passar horas evitando pedir ajuda e passando mal com isso resolveu ir a enfermaria, resultando em ter que dormir ali e sem nenhuma das poções para conseguir apagar de uma vez; demorou horas antes que realmente conseguisse cair no sono mas foi um alívio ao conseguir.
Depois da escuridão, vem a claridade do sol e o vento forte carregando a maresia para o convés; uma das mãos se levantam para sentir o toque gélido do ar passando entre os dedos e finalmente se sentia livre novamente. Qualquer preocupação fora rapidamente deixada de lado ao colocar a cabeça para fora e poder ver o mar se mover de forma brusca contra o navio, um sorriso crescendo nos lábios da loira rapidamente. Desejou que pudesse ficar para sempre naquele momento.
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closed starter w/: @magicwithaxes estufa
Voltar ao dia a dia após o que aconteceu era mais difícil do que pensou que seria, apesar da boa recuperação do machucado no pescoço ainda não conseguia falar mais de algumas palavras e nem mesmo a sua magia era a mesma; os curandeiros haviam falado que poderia ser psicológico e aquilo a incomodava de formas profundas o suficiente para ficar até tarde na estufa tentando produzir poções.
Os olhos se voltaram a Natalia assim que entrou, um sorriso amarelo parecido com o de uma criança sendo pega fazendo besteira tomou conta dos lábios; a caderneta que usava para escrever as receitas foi usada para escrever algumas palavras com uma caligrafia desajeita, diferente do usual "Boa noite, já estava de saída." mostra para a outra e hesita antes de voltar a rabiscar a folha "Tudo bem com você?"
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closed starter w/: @jamesherr riacho de zéfiro
Haviam se passado algumas horas que tinha fugido da enfermaria a esse ponto, tinha considerado várias vezes voltar mas ainda sentia o peito apertado com o ocorrido; ainda soltava algumas lágrimas com as lembranças que voltavam pouco a pouco. Era óbvio até para ela mesmo que estava uma bagunça mas culparia Hécate dessa vez, a raiva ainda crescente a sufocava vez ou outra apenas com o pensamento de ter sido usada como uma forma de uma vingança estúpida de um deus.
Os olhos inchados seguiram o barulho de alguém se aproximando assim que o ouviu, o corpo enrijecendo ao se tocar de que estaria sozinha e incapacidade de usar os poderes com qualquer pessoa que estivesse vindo; inconscientemente agarrou uma das pedras escorregadias do riacho com o coração batendo forte. Os ombros caíram assim que pode ver o rosto de James, uma vontade repentina de se esconder aparecendo em sua cabeça fazendo com que a loira virasse de costas em pânico.
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closed starter w/: @misshcrror enfermaria
Além da breve fuga que teve ao acordar, a loira não parecia reagir mais tanto ao arredor além dos breves olhares roubados aos curandeiros quando faziam perguntas sobre o machucado em volta do pescoço e como se sentia; passava as horas com os olhos grudados em livros com nenhum tema específico, a palidez ia bem com a expressão neutra que carregava. Os olhos ainda mais escuros encontraram os de Yasemin ao ouvir sua voz, piscando algumas vezes de forma bem lenta antes de fechar o livro no colo e levantar as mãos para começar a sinalizar com estas "Me entende se conversarmos assim?" hesita um pouco antes de continuar ao perceber que ela entendia, soltando um suspiro pesado "Sinto muito." não sabia muito bem como começar conversas agora, era estranho até mesmo olhar para a ruiva agora após tudo.
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THE HERMIT — Prudence, circumspection; also and especially treason, dissimulation, roguery, corruption.
tw: sangue, ansiedade.
Após uma longa conversa com a mãe — quase unilateral, ela diria — na ilha, haviam se reconciliado da melhor forma que conseguiriam por um bom tempo. Passar um tempo na ilha, poder ver as irmãs e ter a oportunidade de se resolver com a mãe tirou um peso enorme dos ombros de Estelle que logo foi substituído por o fato de ser uma possível traidora pelas teorias da deusa.
Desde que descobriu mais sobre a influência de Hécate sobre os filhos da magia não tinha conseguido dormir, se tornou completamente ansiosa e várias teorias foram criadas em sua cabeça durante todos os dias. A distração fez com que ganhasse boas advertências de sua mãe durante os treinos, a mulher já pegava claramente mais pesado com ela e se tornava ainda pior com os erros bestas que cometia por pura falta de atenção no momento.
Pela primeira vez em muitos anos, se questionou se devia realmente voltar ao acampamento por alguns minutos após o portal ser aberto; só começando a se mover após ver alguns semideuses aparentando nervosos em voltar a o lugar que muitos tinham como casa.
A palidez usual da loira tinha se tornado ainda mais bizarra ao começaram o ritual para fechar a fenda, a rapidez com que começou a se sentir mais fraca comparado aos treinos foi passada despercebida já que estava focada em descobrir e conter o suposto traidor entre eles.
Em um momento estava falando as palavras e no outro foi consumida por uma escuridão tão intensa e sufocante que teria puxado uma lufada de ar se conseguisse, a visão se tornou nublada e ao finalmente conseguir voltar a ver as coisas, sua mão não era mais sua.
Os movimentos que fazia, as palavras que falava com tanta certeza não eram nem de perto de própria vontade; finalmente conseguiu perceber que estava sendo controlada e ficou desnorteada por alguns segundos com uma onda de memórias tomando conta de si. O sentimento a lembrava dos dias que era trancada num compartimento escuro, minúsculo e frio após ter sido torturada por horas no navio de onde veio; se afastava do controle cada vez mais numa rapidez absurda.
Foi no mesmo segundo que foi tomada por um desespero imenso ao ver os rostos de amigos a encarando com puro horror, uma fúria imensa e vermelha queimou de forma tão forte em seu corpo e finalmente deixou com que destruísse qualquer vestígio de um intruso em sua mente. Ainda estava ali, dessa vez tinha consciência e iria destruir qualquer força que Hécate tinha segurado por tantos dias sobre ela nem que se quebrasse ela mesma junto; passando de qualquer barreira que tinha criado durante os anos para se conter e esquecer quem já foi no passado.
Nunca mais permitiria que qualquer deus tivesse controle sobre si.
Percebeu que a luta interna chegou ao seu ápice quando pode sentir a magia a sufocar fisicamente, uma dor súbita tomando conta de cada centímetro de seu corpo ao finalmente recobrar os sentidos. Qualquer razão que tinha aprendido a ter foi exterminada, nadando contra ondas de uma tempestade da própria mente; as mãos gélidas de Hécate apertavam seu pescoço até finalmente não estarem mais lá.
Então tudo finalmente se tornou vermelho, um grito de pura aflição sendo a primeira e última coisa que controlou de seu corpo para que não deixasse nem um vestígio da maldita feiticeira a mais em seu corpo.
No momento em que abriu os olhos desejou não ter o feito, a cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento e soltaria um gemido de dor se conseguisse; a garganta não soltando nada além de um barulho esganiçado. Demorou alguns minutos até que conseguisse se levantar, os olhos acompanhando o movimento da enfermaria até que uma dos curandeiros parasse o que fazia para a encarar com um olhar estranho; a imagem das pessoas feridas nas camas sendo queimada em sua memória.
É claro que a olharia assim, era uma traidora.
Pode perceber a mancha que Hécate deixou em sua cabeça apenas agora após sua partida, o coração apertando com tanta força que teve que praticamente empurrar o curandeiro para poder se retirar da enfermaria; ouvindo uma voz distante antes de finalmente alcançar um espaço em que pudesse ficar sozinha. Queria gritar com toda força que tinha mas nada parecia sair além da respiração errática que saía de seus lábios, aquele era um ponto sem retorno.
As batidas de se coração cada vez mais rápidas e o gosto metálico do sangue ao morder os próprios lábios foram as únicas coisas que permitiram que não caísse na insanidade ao ter suas memórias confusas se tornarem mais claras, os momentos sendo apagados e reescritos de forma brutal.
A chama de esperança sempre acesa em seu peito foi apagada, não perdoaria nem os deuses e nem ela mesma pelo ocorrido.
@silencehq
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