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Entrevista com Jeff Mallow!
Pois é, pessoal, já está virando tradição fazermos entrevista com membros do FCC. Mas, cada nova entrevista que conseguimos é mais um grande motivo para comemoração da nossa equipe e certeza de que vocês irão gostar muito do que iremos mostrar. E dessa vez não foi diferente. Depois de Mario, Erwin e Troy, é com imensa satisfação que trazemos para vocês uma entrevista com o guitarrista Jeff Mallow!
Serj Tankian News: Como você se tornou um músico?
Jeff Mallow: Eu comecei em meados dos anos 1990. Um amigo meu estava aprendendo a tocar guitarra com o seu pai e tinha um baixo horrível que eu tentava tocar. Nós íamos para a garagem do pai dele e ligávamos a alguns velhos amplificadores que ele tinha. Nós deixávamos realmente muito alto e tocávamos com o portão da garagem aberto. Éramos horríveis. Tenho certeza que os vizinhos adoravam isso (risos). De qualquer forma, eu estava realmente atraído por aquilo, então eu comprei meu próprio baixo e um pequeno amplificador com o dinheiro que eu consegui trabalhando em uma mercearia local. Eu toquei aquele baixo todos os dias por aproximadamente um ano, até eu juntar dinheiro o suficiente e decidir comprar uma guitarra. É claro que naquele tempo eu nunca esperava que um dia teia a oportunidade de rodar o mundo em uma turnê, mas, com certeza, eu me sentia conectado a música e sabia que aquilo seria uma parte importante da minha vida.
STN: Quais bandas te influenciaram:
JM: Eu tive uma fase Grunge de Alice in Chains, Soundgarden, Stone Temple Pilots, Pearl Jam, etc. Então eu meio que trabalhei minha “volta ao tempo” com Led Zeppelin, The Beatles, Hendrix e tal. Meu estudo de música clássica na época da universidade foi de grande influência também. Em particular, eu gostei da natureza errática dos balés iniciais de Stravinsky, como The Rite Spring & Petrouchka.
STN: Como você foi convidado para o FCC?
JM: Fiz o teste para entrar no FCC, quando o o Serj estava montando a banda e terminando a mixagens do “Elect The Dead”. Compreensivelmente, Larry LaLonde ficou com a vaga. Entretanto, uma vez Primus anunciou que eles iriam tocar juntos de novo no verão de 2008. Larry saiu e eu fui afortunado o suficiente de receber o chamado do Serj.
STN: Como é fazer parte do FCC? Como é o relacionamento com os outros membros?
JM: Trabalhar no/com o FCC é excelente. Cada um de nós tem uma personalidade única e traz algo diferente para o grupo. Eu poderia dizer que nós trabalhamos muito bem juntos.
STN: Nos fale um pouco sobre o Serj. Como é trabalhar e tocar com ele?
JM: EU achei muito fácil trabalhar com o Serj. Ele é sério, quando é hora de ficar sério, mas é geralmente muito descontraído e divertido.
STN: Você tocou no ultimo album?
JM: Até agora, eu nunca toquei em nenhum álbum do Serj, só ao vivo.
STN: Você pode nos dizer um pouco mais sobre esse álbum?
JM: Eu sinto uma grande energia nesse novo material e estou ansioso para tocar essas músicas ao vivo.
STN: Como você se sente quanto está no palco?
JM: Tocar músicas ao vivo no palco é a parte de ser um músico que eu mais gosto. Eu vivo por isso. Não ligo se estou tocando para 10 pessoas em um pequeno clube ou para 10 mil em um festival, lá (no palco) é onde eu mais gosto de estar.
STN: Você tem outros projetos fora do FCC?
JM: Sim, todos nós temos projetos for a do FCC. Em particular, eu, Mario e Troy estivemos trabalhando em um projeto ano passado com o título de “The Hollywood Arson Project” que nós planejamos acabar nos próximos meses. Espero que os fãs do Serj possam checá-lo.
STN: Qual foi o momento mais engraçado da sua carreira?
JM: Talvez o mais engraçado (ou mais apropriadamente o mais embaraçoso) momento da minha carreira foi há, mais ou menos, 10 anos atrás, quando eu estava cantando em uma banda cover que eu tinha na época. Eu tropecei no meio de uma música e caí de bunda no chão. Mas eu continuei cantando… Álcool pode ter sido um dos motivos.
STN: E o mais marcante:
JM: Acredito que o mais marcante provavelmente foi o primeiro show que eu toquei com o Serj no Ozzfest 2008, em Dallas, Texas. Eu só tinha ensaiado duas vezes com a banda antes de estar na frente de 30 mil pessoas no festival. Foi meio louco.
STN: Quais são os seus futuros planos?
JM: Eu espero que o Serj decida fazer uma turnê por algum tempo com o novo álbum. Tomara que passe pelo Brasil! E vamos ver o que acontece com “The Hollywood Arson Project”. Um dia de cada vez, sabe?
STN: Você acredita que há chances de vir fazer um show no Brasil?
JM: Eu não escutei nada sobre planos de ir a América do Sul, mas tendo que o SOAD finalmente tocou por aí, as chances estão maiores do que nunca.
STN: Mande uma mensagem para os fãs brasileiros.
JM: Obrigado por todo o apoio! Nós esperamos vê-los muito em breve!Entrevista com Jeff Mallow!
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Mês Tankian!
Caros fãs do grande Serj, Agosto está chegando aí e, não sei se todos sabem, é mês do aniversário dele! Dia 21, Tankian completa 45 anos em um dos momentos mais fantásticos da sua carreira!
E, para comemorar, trazemos para vocês o Mês Tankian!
A primeira novidade é que estamos juntos com grandes parceiros ( Site of a Down, SOAD Latino e Serj Tankian: Fans Club de Argentina) na montagem de um vídeo para homenagear o Serj.
É só vocês mandarem fotos ou um vídeo (só que no máximo de 10 segundos!) para [email protected], colocando no assunto do e-mail o seu país.
Quem já viu os que eles montaram para os outros membros do SOAD sabe como fica muito legal!
A outra é que nós, da Equipe Serj Tankian News, vamos fazer a nossa primeira promoção! Valendo uma camisa, modéstia a parte, muito bonita que fizemos do Serj!
Para participar basta vocês mandarem para o nosso e-mail ( [email protected] ) uma homenagem para o Serj. Vale tudo, pessoal! Abusem da criatividade!
Contamos com a participação de vocês!
Peace,
Equipe Serj Tankian News.
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My Year: Trailer de documentario sobre o Serj
Assista aqui
"My Year" é um documentário que Serj Tankian pretende lançar em breve, onde ele vai mostrar seus inumeros projetos do ultimo ano.
My Year ainda não tem data pra ser lançado.
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Serj Tankian: Entrevista a Consequence of Sound
Mais conhecido como vocalista da banda de metal quasi-prog System of a Down, Serj Tankian é um artista que não se contenta em pintar a mesma paisagem. Entre o hiato do System, Tankian veio trabalhando sem parar nesse ano passado, lançando um segundo livro de poesia (Glaring Through Oblivion), desenvolvendo uma produção musical (Prometheus Bound) e gravando quatro albuns solo: seu ultimo LP de hard-rock, Harakiri; sua colaboração com Jimmy Urine do Self Indulgence, em Fucktronic, i,a trilha sonora para um filme imaginario; sua primeira sinfonia, Orca, usando abordagens não-tradicionais à linguagem clássica; e sua aventura em um jazz avant-garde em fusão com electrónica em Jazz-Iz-Christ.
Recentemente, Consequence of Sound conversou com Tankian para discutir a natureza surpreendente do álbum em si, a importância da evolução e desafios para os artistas (enquanto tambem são capazes de equilibrar o lado comercial da indústria), e a diferença entre ser pessoal e política na composição.
No seu website, voce disse, "Eu precisei de um tempo depois do ano mais ocupado da minha vida - 2011. Nós tivemos quatro novos albuns e um filme pra lançar, o primeiro e maior destes é meu novo album de rock, harakiri." O Feedback inicial em Harakiri é descrevendo-o como você retrocedeu para o rock acelerado e os sons de disparo rápido do inicio da sua carreira. Você concorda com isso?
Eu concordo plenamente com isso. É o mais tipo de punk otimista, albim de punk rock que eu já trabalhei. Razões? Eu não tenho ideia. Harakiri veio para mim em um piscar de olhos, começando no inicio de 2011, com a morte de todos as aves e peixes ao redor do mundo. Esse tipo de evento sinistro me levou a escrever a faixa-título, e então todas as musicas continuaram vindo pra mim muito rapido. Dentro de dois, tres meses, eu tinha a maior parte do album. Em um ano, eu estava completamente sobrecarregado com o musical [Prometheus Bound], o lançamento do livro [Glaring Through Oblivion], em turne com o System, em turne com uma orquestra, e fazendo tres outros albuns. Então, de alguma maneira, nós achamos tempo e fizemos. A poesia chegou para mim, realmente, muito poderosa, e não filtrada, e eu acho que há algo a ser dito sobre isso. É muito verdadeiro. É o que é. Eu passei um bom tempo trabalhando nela, fazendo-a ter boa sonoridade, obviamente, em termos de tecnicalidades, como possivel, e adicionando diferentes influencias musicais para faze-lo colorido, mas é o que é, yeah.
Então, você realmente não tem uma abordagem diferente. Foi mais como que isso veio para você. Não houve plano de conjunto.
Não, eu não tinha a intenção de escrever um album de rock no ultimo ano. Ele apenas veio. Eu não tenho outro jeito de explicar isso. É realmente legal nesse sentido, porque é expressão de um jeito muito puro.
Você indicou antes, em entrevistas que você não está muito preocupado em ser um daqueles artistas que cai em uma rotina, de se preocupar com o que outras pessoas vão estar pensando em você, porque você está mudando muito. Do que eu posso dizer, você reuniu que é da responsabilidade de um artista constantemente evoluir e mudar criativamente, caso contrário, e eu quero citá-lo: "Qual é o ponto em fazer isso tudo?"
Esta certo.
Assim, [Harakiri] definitivamente serve para isso.
Eu gosto de trabalhar em coisas diferentes. COmo compositor, eu não quer me prender a um genero. Eu não quero me prender a um pincel. É por isso que no mesmo ano que eu terminei um disco de rock, Harakiri, que é o nosso principal lançamento agora; n´s tambem temos um album de jazz chamado jazz-iz-christ que eu fiz com outros tres amigos, um projeto eletronico chamado Fucktronic que eu fiz com Jimmy Urine do Mindless Self Indulgene, e minha primeira atual sinfonia classica chamada Orca. todos terminados no mesmo ano. Eu apenas estava trabalhando em diferentes tipos de musica. O que eu acho confuso é que as pessoas acham confuso que os artistas que façam coisas diferentes.
E muito interessante pra mim que a mente humana espere que um artista escreva o mesmo album varias e varias vezes ou escreva um pouco diferente do que antes para agradar seu público. Eu acho que é falho. Talvez comercialmente satisfatorio para a maioria das pessoas, mas como um artista, isso poderia ser a morte artistica, não? Mas toda a industria é baseada nisso. Tudo esta baseado no ultimo album que voce fez. Tudo esta baseado na ultima impressão que voce deixou, ao invez de um artista fazendo diferentes tipos de albuns. Um bom chefe pode fazer uma pizza, e pode fazer um Cordon Bleu. eles dois tem bom gosto, mas a maioria das pessoas ira comer pizza, e não é porque ele não é um bom chefe [risada]
Sem duvidas. Mas você foi um desses artistas que definitivamente equilibrou uma evolução com a capacidade de ser bem sucedido nos negócios, se você quiser.
certo.
A gravadora não parece estar querendo corta-lo solto, porque eles estão preocupados com você falhar ... (ele ri). Você não precisa necessariamente ter as pressões de algumas pessoas, mas você ainda tem essa pressão, e você equilibra bem, embora ainda seja capaz de agradar as pessoas que estão ansiosas para o proximo album do System ou que estão torcendo para o proximo album do Serj.
Sim. Eu sou muito grato, porque eu estava com 20 anos quando eu percebi que a musica estava me chamando. Eu comecei tarde. Eu estive em varias industrias. Eu fiz varias coisas para viver. Eu tive minha propria compania de software. Eu tive varias experiencias antes de entrar nas artes, então pressão, expectativa das pessoas, as camapnhas publicitarias, a fama, todas essas coisas, realmente, Eu levo tudo com certa reserva. Eu faço o tipo de album que eu quero fazer. Eu digo as coisas que eu acredito no meu coração, com as intenções certas e coloco-as pra fora. As pessoas parecem gostar. Se elas nao gostam, isso é legal, também.
Você muitas vezes fala sobre o seu desejo de incorporar vários estilos de arte em seu mundo musical. De onde é que o seu amor e paixão pela arte vem?
Essa é uma boa questão. Eu acho[que vem] do sentido livre que a musica e arte dá. Cultura é linda Voce olha pras diferentes culturas ao redor do mundo, e isso é o aspecto mais importante das nossas diferenças. Nossas politicas, nossas bandeiras, nossas linhas de terra, nossas fronteiras, não são tão importantes quanto nossa cultura. Nossa cultura é a parte mais importante e linda da nossa diversidade nesse planeta. As artes e a musica, elas são as coisas que realmente nos fazem diferentes dos outros animais, a principio. E tambem, nos fazem aspirar a algo além de nossas metas e sonhos individuais, algo coletivo, algo bem maior e mais importante.
E eles são libertadores. Crescer ouvindo musica foi uma das coisas que me salvou de varias formas, como a maioria das pessoas tendem a me contar agora. Voce sabe, eles são tipo " A musica do System, ou seus albuns solo, eles salvaram minha vida." Eles dizem coisas desse tipo, e é um grande elogio. E eu levo isso com certa reserva, é claro. [risos] Musica tem que ser libertadora, qualidade emancipadora e inspiradora, uma qualidade inspiradora que é muito unica.
Este é um tema pouco fora do assunto, mas relativo à cultura: Por que a sua família imigrou para os EUA em meados dos anos 70?
Guerra civil Libanesa. Meu pai queria imigrar antes da guerra civil. Ele estava aqui em 72. Meu tio vivia em Nova York, ele estava tentando obter vistos pra toda a família vir. ele veio para os EUA por varias razões, por liberdade de expressão, por oportunidades. Meu pai queria nos trazer para um grande país. Vindo do Libano [risadas], isso não é muito difícil.
Como voce se adaptou como criança?
Eu era muito jovem, então eu acho que me me adaptei bem. Eu tinha sete anos; meu irmão tinha quatro. Nós viemos pra ca, e meus pais nos colocaram em uma escola particular Armenia em Los Angeles. Nós crescemos dentro dos limites quentes da comunidade armênia em Los Angeles e fomos capazes de integrar tanto a nossa cultura e a cultura americana, a cultura armênia que veio e cultura americana.
Na sua Musica "Chop Suey", há uma linha de suicidio que varia pessoas explodiram. Quando eu a vi, as pessoas estavam fazendo uma montanha de um morro. Como voce e sua banda, pessoalmente, reagiram a todas essas pessoas agindo tão ignorantemente ou cegamente?
Certo. Bem, voce sabe o que é realmente interessante sobre a arte e a musica, voce não pergunta ao pintor se aquilo é uma borboleta ou um elefante. Pintores modernos, artistas modernos. É o que você faz fora dele, e as pessoas fazem o que fazem fora dele. E isso é bom, não há certo ou errado. Gostamos de pessoas que internalizam as letras para si, porque ... bem, se a sua filosofia é que o artista grava tudo, então você tem que assumir que o artista sabe tudo o que ele está escrevendo. Mas se a sua filosofia é que a arte e a inspiração vem do universo, da consciência coletiva, em seguida, o artista não pode ser plenamente consciente de todos os significados mais profundos do que vem através dele. E se esse for o caso, então o artista não é necessariamente a melhor pessoa para representar, o conte��do lírico ou a música de uma determinada fonte.
Então, talvez ela está destinada a ser interpretada de várias maneiras. Isso é o que eu acredito. Daron [Malakian, guitarrista do System of a Down] acredita neste sistema, se eu posso falar por ele a esse respeito. Isso é o que sempre acreditei. Então, quando se tratava de "Chop Suey", as palavras "hipocritas suicidas", que foram escritos por Daron não por mim, para o refrão, ele pode ter tido um toque certo sobre isso e o que ele estava pensando nisso. Mas isso provavelmente significa coisas diferentes para outras pessoas, e isso é bom.
Algumas das reações foram violentas para você e a banda. As pessoas estavam ameaçando voces...
Oh, não, não por causa da musica. As ameaças que estavamos recebendo não era por causa da musica "Chop Suey". Nós estavamos nos referindo ao 11 de Setembro, bem depois do ataque ao World Trade Center, os bombardeios e tudo mais, e algumas das declarações que eu fiz no momento. Eu escrevi um texto chamado "Understanding Oil", que ainda esta na internet hoje. E se voce for ler agora, você verá que ele tem uma maneira muito sóbria de entender o que está acontecendo no mundo. Uma forma muito reflexiva de perguntar: "Como é que vamos abordar isto como um problema?" Faça-lhe uma abordagem multilateral ao invés de uma reação militar unilateral ao que está acontecendo.
Enfim, não vou entrar nisso, mas as reações eram por causa disso. Foi um tempo de reacionarismo, as pessoas não entendiam o que estava acontecendo. Talvez parte disso é o fato de que eu não nasci aqui, e talvez as pessoas me dão merda por falar em política americana só porque eu não nasci aqui, embora eu seja um cidadão dos EUA e merecia que minha voz como a de qualquer outra pessoa nascida aqui a várias gerações. As únicas pessoas que realmente podem reivindicar ter nascido aqui são os nativos americanos. Todo mundo pode ir se foder, tanto quanto eu estou preocupado.
Amém a isso. Acho que meu mal-entendido foi, foi quando eu estava olhando em sua biografia, houve uma menção de 11 de setembro e, em seguida, uma referência à linha de suicídio.
Oh, eu vi. É muito interessante. As pessoas trazem isto o tempo todo. Quando escrevemos "Jet Pilot", por exemplo, as pessoas eram assim, com esses tipos de referencias a certas coisas. Voce não pode realmente dizer sim, por que voce tem zero conhecimento sobre o que vai acontecer no futuro, obviamente. Mas, ao mesmo tempo, a consciencia coletiva pode saber o que vai acontecer no futuro. E atraves dos artistas, talvez represtentam certas coisas que todos os artistas não entendem. De novo, nos levando a um ponto anterior que estavamos falando sobre a arte vir do universo. Nos, como musicos, como artistas, fazemos nosso melhor para apresentar e entender nos mesmos com habilidade.
Tenho notado que alguns dos poemas que você publicou em seus livros também se tornaram letras de suas canções. É intencional ou ao acaso?
Não, isso é intencional. Quando estou escrevendo uma nova canção, eu costumo começar com música, e então eu olho para as idéias líricas. Às vezes as idéias líricas saltam para a musica enquanto voce esta sentado no piano ou tocando a guitarra. Certas palavras apenas urçao sair da sua boca, e você toma esses conceitos e corre com eles. E as vezes voce procura por influencias, porcura por inspiração. E elas podem ser qualquer coisa. Elas podem ser experiencia de vida, experiencias pessoais, elas podem ser politicas, elas podem ser sociais, humoristicas, qualquer coisa. Meu livro de poesia é um jogo justo, por que elas são minhas palavras, então eu casualmente tendo a me referir a elas as vezes, apenas para estimular o meu intelecto e ver onde me leva.
E se eu encontrar algo que se ajusta automaticamente na música, é como "Uau, isso é perfeito para ela; é quase como se fosse escrito para ela," então eu vou pegar essas linhas. E é geralmente algumas linhas, e eu meio que escrevo mais ao redor delas, e etc, etc.
Você acha que se as faixas que compõem o álbum da internet Toxicity II não tivessem vazado, vocês jamais teriam lançado Steal This Album?
Eu acho que nós teríamos, sim. Eu sempre tive a impressão de que lançariamos o álbum. Agora, nem todos na banda na época falavam da mesma maneira, mas era minha intenção, sempre quis lançar o album. Eu não quero ver essas músicas só se enterrando nos arquivos. Eu achava que elas eram muito importantes. nos dias de hoje, Steal This Album é o meu disco favorito da discografia do System. Então, era a minha intenção de fazê-lo, mas se ele teria acontecido ou não, eu não sei. Isso é conjectura.
Você estava com medo de que a capa minima teria impedido as vendas ou dificultado
os fãs, mesmo reconhecendo que era um álbum real?
Não. É meio engraçado, por que se voce convidar as pessoas para roubar, e colocá-lo na prateleira e observa-los, eles não vão roubá-lo. [risos] Porque isso não é roubar. Então, isso foi tipo de jogo engraçado. Essa foi a idéia de Daron. Foi uma idéia genial na época, baseado na idéia de Abby Hoffman de Steal This Book e outras coisas. Foi uma ótima idéia, e nós temos um monte de boa imprensa dele na epoca. Fiquei feliz com isso.
Quando você executou o Elect the Dead, com a Filarmônica de Auckland Orchestra, por que você escolheu para fazer isso na Nova Zelândia, ao inves de um lugar maior, como Londres ou Nova York?
É uma boa pergunta. A idéia surgiu deles. Chegaram a mim através de uma amiga minha, Bo Runga, que é uma artista na Nova Zelândia. Ela disse que o diretor da APO realmente queria falar comigo sobre fazer algo, e na época, eu tinha provavelmente pensado em fazer algo com orquestra, mas nunca tive tempo para olhar para isso ou organizar. Mas quando a oferta veio, eu fiquei tipo, "Uau! Isso é interessante,. Vamos olhar para isso" Então, foi interesse deles. Eu lembro de ter visto um documentário do Philip Glass, e ele tinha feito esta sinfonia com uma orquestra da Europa Oriental, e eles lhe perguntaram: "Por que você fez esta sinfonia com a orquestra da Alemanha Oriental?" E ele disse a mesma coisa: "Bem, eles me chamaram. Eles perguntaram se poderíamos fazer alguma coisa com você." [Risos] É tão simples quanto isso.
Durante esse tempo, você meio que deu a entender que o próximo álbum, que naquele momento ia ser Imperfect Harmonies, seria mais jazz-orquestral. Então, você acha que essa apresentação e posterior liberação do Elect the Dead Symphony foi uma maneira de facilitar a transição?
Me inspirou a fazer isso. Trabalhar no Elect the Dead Symphony realmente me abriu para escrever para orquestra e ser mais do que um compositor tradicional, sendo mais confortável com as minhas ferramentas de composição. Então, ele abriu as portas para Imperfect Harmonies, que abriu as portas para Orca, que é a primeira sinfonia que eu escrevi. Então, é um bem que conduz ao outro, o que é belo.
Bem, o que leva à minha próxima pergunta. Quanto Orca, disseram que foi composto usando "abordagens não-tradicionais à música clássica." voce poderia explicar isso, ou entrar em detalhes um pouco mais?
George escreveu isso no meu escritório. Eu me lembro quando ele fez. Você precisa de alguém para escrever, além de você. [risos] Há certos aspectos dela que são tradicionais em termos de composição, certos aspectos que não são. Uma coisa que eu notei são as minhas influências. Varias pessoas dizem que é como uma boa mistura de filme com trilha sonora tipo música orquestral misturado com primeiras influências do compositor do século 20. Há definitivamente um toque de Ennio Morricone, Philip Glass, e compositores diferentes, que são mais autênticos compositores de cinema, mas há também um pouco de System of a Down nele no sentido de que o meu quarto ato é como as coisas mais maduras proximas das mais pesadas, as coisas mais malucas que você pode fazer em uma orquestra. É uma sinfonia muito interessante, na verdade. É muito original. Espero que você possam ouvi-la em breve.
Definitivamente. Sua descrição torna ainda mais intrigante. Uma vez que você trouxe trilha sonora, Fuktronic tem sido descrito como a trilha sonora de filme britânico gangster final. Você nem mesmo começar o diálogo de script para o álbum?
Sim, nós fizemos. Há um número de dubladores por lá. Eles são todos amigos e familiares, basicamente. É um projeto do caralho, hilariante que fizemos com Jimmy, e na verdade estamos olhando para um par de componentes visuais e parcerias neste momento para fazer algumas outras coisas interessantes com ele. Possivelmente um romance gráfico e uma série musical web [risos] e diferentes, conceitos interessantes estão vindo para nós para fazer alguma coisa com esse projeto.
O que veio primeiro, a musica ou o script?
Sushi. Eu estava comendo sushi com Jimmy, e nós dois estávamos falando sobre filmes de gângster britânicos, e nós estavamos tipo, "Você já viu isso? Você já viu aquilo? Você já viu Sexy Beast e Gangster No. 1?" Nós dois apreciamos o gênero, porque para nós é engraçado. É algo para assistir à noite e ir dormir, porque é engraçado. E assim, nós estavamos tipo, "Hey, eu tenho uma idéia. Por que você não coloca seis das suas faixas electrónicas juntas, e eu coloco seis das minhas pistas eletrônicas juntas. conseguimos esse caras, amigos nossos que estão em filmes de gângster britânicos para fazer algumas voice-overs. Nós vamos escrever algum script legal e colocá-lo para fora." E ele estava tipo, "Porra, é uma ótima idéia. Vamos fazer isso!"
Então, nós dois surgimos com a idéia, ao mesmo tempo, decidi fazê-lo, colocar seis de cada uma das nossas faixas juntos, trazer os nossos amigos para voice-over com um roteiro que escrevemos... Jimmy principalmente escreveu, na verdade ... e alguns desse sao improviso, que é muito engraçado também. E aqui estamos nós.
Isso é incrivel. Quando voce acha que vai ser lançado?
Eu não sei. Estamos tentando ver como essas contrapartidas visuais se desenvolvem, porque seria legal lança-lo de alguma outra forma que apenas um álbum, porque é muito visual e muito interessante e engraçado. Então, se pudermos descobrir uma componente muito visual único para ele, faria para um pacote incrível.
Bem, já que estamos falando sobre todas as coisas que você trabalhaou no ano passado, vamos em frente e envolvê-lo com Jazz-Iz-Christ.
[risos]
Isso é a fusão de elementos tradicionais e não tradicionais de jazz com electrónica. É que uma descrição decente o suficiente?
Yeah, yeah. A maioria das canções são canções que eu tinha escrito ao longo do tempo, que são faixas de jazz que eu tinha feito em colaboração com três amigos diferentes. Eu também pedi para enviarem-me faixas que eu podia colaborar. É a fusão, é progressiva. Certos elementos são experimentais, e certos elementos são do jazz clássico. Há três músicas, quatro canções com vocais, o resto são instrumentais. É um disco muito original. É um disco lindo, realmente.
Voce esteve realmente ocupado.
[risos] Eu estive.
Você é conhecido por ser um pouco político em suas músicas, tendo em assuntos típicos como a hipocrisia política, mas também mais voláteis, como o genocídio armênio. Quanto a este último, com sua canção "Yes, Its Genocide", você disse: "É uma sensação pessoal, não é uma sensação político." Você acha que talvez a razão por que algumas de suas músicas, ou as canções mais politicamente motivados, são tão eficazes é devido ao fato de que elas são tão pessoais?
Essa é uma pergunta realmente boa, e eu acho que a resposta é "sim." Muitas das músicas que eu escrevo, sejam elas políticas ou sociais, tem sempre um toque pessoal. Eu misturo histórias pessoais com tudo o que é maior do que a vida, em alguns aspectos. É porque eu olho para tudo de uma forma muito ... eu tento levar tudo até o ser humano, até o aspecto simplista do que significa para mim, e ele se torna mais pessoal, torna-se mais emocional.
Bem, eu vou deixar voce com algo que encontrei em uma pagina de comentarios. "Hey, Serj, Eu estou muito velho pra gostar da sua musica, quando minha familia e meu neto curtem. Mais ainda assim, eu acho que voce gostaria de saber que eu curto seu coração e sua mente..."
Isso é lindo. Quem escreveu isso?
Estava na pagina de comentarios de um artigo sobre voce ganhar a medalha do primeiro ministro enquanto estava na Armenia.
Wow, isso é realmente legal. Bem, obrigado por isso.
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Serj Tankian no Summer Sessions
O show foi no 'Summer Sessions', realizado pela Warner Bros. e transmitido ao-vivo via internet no seu canal.
Serj Tankian - Warner Bros. Records "Summer Sessions"
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Serj Tankian lança aplicativo para iTunes
"I am Serj" (Eu sou o Serj) é um aplicativo para iTunes lançado pelo próprio Tankian que permite aos fans re-trabalharem, remixarem e criarem suas próprias músicas utilizando as canções do álbum "Harakiri".
O App está disponível na loja do iTunes por $0,99.
Fonte: siteofadown.com
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Serj Tankian no Jimmy Kimmel
Foi o primeiro show do Serj, da turne do Harakiri. Foi transmitido online as 01:00AM, horario de brasilia.
Serj disponibilizou duas, das quatro musicas tocadas nos show.
Serj Tankian Performs "Butterfly" on Jimmy Kimmel Live
Serj Tankian Performs "Harakiri" on Jimmy Kimmel Live
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Serj Tankian no SoundSpace (show completo)
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Matéria sobre Serj Tankian no Leitura Dinâmica
O programa Leitura Dinâmica, exibido pela RedeTV! realizou uma matéria mostrando a trajetória musical de Serj Tankian em sua carreira solo, com passagens do Elect The Dead, até o seu novo álbum 'Harakiri' lançado neste ano. No vídeo também é citada a possibilidade de uma turnê no Brasil, em divulgação do seu novo álbum.
Assista aqui
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Harakiri: acima de todas as expectativas.
Quando fiz o post "Figure It Out!", síntese perfeita do Harakiri confesso para vocês que, apesar de muitíssimo ansioso para ouvir o resto do álbum e estar esperando músicas muito boas, não contava que iria me surpreender tanto com o álbum. Achei, (olha que ousadia, desconfiando do grande Tankian) que "Harakiri" iria se basear em duas ou três músicas realmente empolgantes. Porém, quando os trechos de todas as músicas foram liberados já deu para perceber o quanto eu estava equivocado. Simplesmente todas pareciam excelentes. Lembro que algo que logo chamou a minha atenção e de várias outras pessoas que ouviram esses trechos foi como as músicas tinham uma harmonia entre si. Era como se uma completasse a outra. Quando o álbum completo foi liberado, veio a certeza: "Harakiri" superou todas as expectativas
Pensei nesse post em falar um pouco sobre cada faixa. Comecei a fazê-lo, mas vi que seria muita presunção da minha parte tentar falar satisfatoriamente sobre cada uma em tão pouco espaço.Cada uma tem sua complexidade, suas frases de efeito, sua temática muito bem explorada e, como já foi dito, se completam para fazer do álbum uma grande obra. Talvez de tempos em tempos tente falar de cada uma separadamente.
Só queria ressaltar como, mais uma vez, Serj prova que é possível falar de assuntos realmente relevantes, buscar passar uma ou várias mensagens para quem ouve, ao mesmo tempo que produz músicas de altíssima qualidade. Assim fazem os grandes artistas e Tankian, certamente, está entre eles.
Também acho importante destacar como, dessa vez, muitos que ainda torciam o nariz para os trabalhos solo do Serj, parecem ter mudado de opinião. Vejo um número cada vez maior de pessoas admitindo que ele manda muito bem na sua carreira solo e cada vez menos pessoas insistindo com comentários do tipo "só o SOAD presta". Isso aí, pessoal!
Para finalizar, queria só fazer um pedido que cada um de vocês: vão guardando uns trocados debaixo do colchão, pois, pelo o que tudo indica ano que vem teremos Serjão mais uma vez em terras brasileiras com shows ao vivo desse álbum. E estou com uma leve impressão de que se esses shows não saírem vão rolar muitos suicídios rituais de fãs por aí.
Grande abraço,
Edgard Vieira
*Espero pela opinião de todos vocês! Elogiem, critiquem, enfim, queremos a participação de vocês para fazer o nosso site cada vez melhor!
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Serj divulga o seu top 10 musical
Serj divulgou no youtube uma playlist om suas musicas preferidas e... deu tchau em portugues! seria isso um sinal?
A playlist é essa. Basicamente é um Top 10 iniciado com o video acima. Vale a pena conferir.
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Serj Tankian: Q+A
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Serj Tankian pretende vir ao Brasil em 2013
Além de vocalista do System of a Down, Serj Tankian é um entusiasta de debates sobre diversos assuntos, que incluem natureza, amor, política, morte e críticas ao "sistema corporativo que movimenta fortunas pelo mundo". Todos esses temas podem ser encontrados nas letras de seu terceiro disco solo, "Harakiri", que chega às lojas na próxima terça-feira, mas já está disponível na versão streaming em seu site oficial.
Gosto muito de me expressar. Por isso, faço música com uma banda, em carreira solo escrevo poesia e lanço livros. Aprendo tanta coisa interessante que tenho vontade de dividir com o mundo. Mas não busquei este disco. As músicas começaram a nascer na minha cabeça — diz Tankian, em entrevista ao GLOBO por meio de um bate-papo no Skype, de sua casa em Los Angeles.
Pensar em suicídio é normal
Morte é e sempre foi um tema de constante reflexão para o libanês de origem armênia de 44 anos, que se mudou com a família em 1975 para os Estados Unidos. "Harakiri", que em japonês significa suicídio, surgiu a partir de uma notícia incomum nos jornais.
Em 2011, li reportagens sobre mortes de pássaros e peixes, uma forma de o mundo mostrar que estamos no caminho errado. Animais são integrados com a natureza. Por que eles estão indo embora? E é claro que tem muito sobre mim. Pensar em suicídio é normal aos adolescentes, porque você questiona seu lugar no mundo.
Os fãs do System of a Down, sem álbum inédito desde 2005, que procurarem uma semelhança entre a banda e a carreira solo de Tankian vão encontrar, garante ele, por um motivo óbvio.
Uma vez me perguntaram por que minha voz é sempre a mesma nos discos da banda e nos solos. Eu respondi: "Ora, porque é minha voz! E eu só tenho uma."
Depois de uma estreia elogiada em palcos brasileiros em outubro de 2011, ele e seus companheiros do SOAD não pretendem deixar o país de fora de seus compromissos.
Espero voltar em 2013, mas para levar "Harakiri". O show do Rock in Rio foi um dos melhores da nossa carreira. O público ficou enlouquecido. Por isso queremos incluir o país em tudo o que fizermos.
Enquanto isso, o SOAD segue sem novidades...
Nossa reunião em 2011, após cinco anos de afastamento, foi maravilhosa, mas não há planos além dos shows que faremos nos Estados Unidos em agosto.
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Serj Respondendo perguntas no Reddit
I am Serj Tankian. AMA July5th 10pmPT. (self.IAmA)
-enviado há 1 hora por serjtankianofficial
According to wikipedia I am an "Armenian-American singer–songwriter, composer, multi-instrumentalist, record producer, poet, and political activist". Here's proof of my existence- http://i50.tinypic.com/358nafr.jpg .
Will be back Thursday night.
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Eu sou Serj Tankian, AMA 5 de Julho 10pmPT
De acordo com a wikipedia eu sou um 'Armenio-Americano cantor-escritor, compositor, multi-instrumentalista, produtor, poeta, e ativista politico'. Aqui esta uma prova da minha existencia
Eu estarei de volta quinta a noite.
Serj esta em mais uma rede social: Reddit. AMA significa: Ask Me Anything, ou me pergunte qualquer coisa. Então quinta feira Serj vai estar respondendo aos fãs no Reddit.
Pra se inscrever é muito facil. É só informar um nome de usuario e senha. Simples não?
O link é esse aqui
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Stream do Harakiri
Harakiri vazou ontem, como todos ja sabem, mas hoje o Serj ta fazendo o Stream do album. É a oportunidade pra quem preferiu esperar, poder ouvir o album, que ta muito bom! Stream aqui :3
P.S.:Eu acho que mesmo que baixou, deveria escutar o stream. É um modo de apoiar o trabalho do Serj de todo jeito ;)
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Fonte: Site of a Down
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Serj Tankian - Entrevista para Metal Sucks
Existem pessoas atarefadas e existe Serj Tankian. Em algum lugar entre a turnê de larga escala da reunião do System of a Down e seu ativismo político, o vocalista/frontman/multi-instrumentalista encontrou tempo para trabalhar em bem mais projetos do que uma entrevista do Metal Sucks tem tempo de apropriadamente cobrir.
Tankian se estabeleceu há muitos anos como um dos frontmen mais verdadeiros do rock e metal que traz uma abordagem vocal pouco comum e sua sagacidade reveladora em todo o seu trabalho, incluindo seu terceiro trabalho solo Harakiri, a ser lançado dia 10 de julho.
Depois da introdução, nós falamos sobre seu novo single Figure It Out, a abundância de projetos, a nova turnê do System com o Deftones e se é possível nesta era manter a relevância como artista político.
A pergunta de um milhão de dólares: Por que fingimos que não sabemos [letra de figure It Out]?
[Risos] Bom... é uma boa pergunta. Fingimos que não sabemos porque já aceitamos o remédio, já tomamos o remédio. Uma vez que tomamos um sistema como o conhecemos por certo, como tudo o que conhecemos – então não conseguimos ver os abusos nele porque não conseguimos imaginar um mundo sem isso. A hegemonia abusiva, meio globalista que criamos com a Organização Mundial de Comércio, o Banco Mundial, FMI e todas essas organizações neste tipo de sistema que é estabelecido para nós – concluímos pelos últimos 30 anos que isso é o cálice de ouro, mas não é. Finalmente estamos vendo as rachaduras nisso e vendo como está criando uma grande disparidade nas classes, instabilidade econômica e destruição ambiental que vai se somando ao redor do mundo. As pessoas estão saindo nas ruas dizendo: “Não vamos mais fazer isso”. Então agora podemos ver essas rachaduras – agora está tudo bem percebê-las. Se você está se referindo a Figure It Out, que eu sei que você está... [Risos]
É interessante. Transformei-a numa música meio política-cômica, onde ao invés de lutar com as complexidades de tentar compreender quem é realmente responsável por isso – é o governo ou uma corporação multinacional? – eu tornei-a simples, disse que é um cara – sabe, quase como: “pegue-o!”. A música é isso. É por isso que é repetitiva. É por isso que é esquisita, mas ao mesmo tempo conduz ao ponto que os CEOs são a doença. Mas nós poderíamos ser os CEOs também, não é algo tão distante. Em outras palavras, este é o sistema que aceitamos como verdadeiro e a que todos aspiramos que criou essa bagunça – não uma pessoa, obviamente.
Acho que seria bem difícil não ver a mensagem! Indo um pouco mais fundo em Figure It Out, é difícil não ver que é uma divergência muito grande em termos de estilo de seu último trabalho, Imperfect Harmonies, que foi um álbum bem intensivamente cheio de camadas, cuidadosamente orquestrado. Este tem uma vibe muito mais despida, mais veloz, tipo punk. Quase que tenho uma sensação meio “Paranoid” [do Black Sabbath] nos riffs. O que guiou essa mudança de direção?
Bom, eu nunca quero fazer o mesmo disco de novo – então começarei aí. Elect the Dead foi o primeiro disco para mim sem uma banda de rock. Foi tipo: “como faço um disco de rock sem uma banda de rock” como uma nova experiência? Acho que fui bem sucedido neste sentido. Imperfect Harmonies tratou-se de fazer um som novo em folha que nunca tinha ouvido antes. Na época, tinha acabado de fazer o Elect the Dead Symphony então eu estava muito na vibe orquestral. Eu queria fazer a orquestra ser como a guitarra na minha produção e fazer quase que um disco de trilha de filme – o que fiz. Acho que é único e bem legal nesse sentido. Com este [Harakiri], foi o disco mais rápido que há escrevi e, como você disse, mais veloz e punk. É diferente dos outros dois. É bem diferente de Imperfect Harmonies e Elect the Dead obviamente porque eles são discos de rock. O próximo será diferente também porque será Jazz-Iz-Christ [Risos].
Jazz-Iz-Christ?
Sim, é um disco de jazz que finalizamos chamado Jazz-Iz-Christ. Também finalizei minha primeira sinfonia de verdade, sem vocais – chamada Orca – e finalizei um disco eletrônico chamado Fucktronic que é um duo com Jimmy [Urine] do Mindless Self Indulgence. É tipo um filme de gangster britânico sem a imagem. É um disco conceitual.
Tem muita coisa sendo desenvolvida para 2012, entre tudo o que você descreveu – os quatro álbuns e a turnê que acontecerá neste verão. Esse deve ser um ano bem intenso para você, no mínimo.
Até agora tem sido. Ano passado foi provavelmente meu ano mais ocupado, mas esse ano está me saindo tão atarefado quanto, se não mais [Risos].
Isso é o que se chama de problema de alta qualidade.
É, é um bom problema. Eu amo o que faço. Às vezes você fica cansado e sobrecarregado, mas fora isso eu adoro isso.
Então o novo álbum – o primeiro novo álbum, para ser mais específico – chama-se Harakiri (lançamento dia 10 de julho) – onde exatamente o ritual de suicídio estilo samurai se encaixa nesse disco?
A primeira música é a faixa-titulo que escrevi após experenciar o desaparecimento global das espécies de pássaros e peixes que experimentamos em janeiro de 2011. Milhões de pássaros e peixes morreram bem antes do acidente nucelar japonês e do tsunami. Você olha para tudo isso e diz: “espera um pouco, isso não é normal. Algo está realmente estranha aqui”. Para mim, havia alguma coisa muito forte, simbólica e nefasta em relação ao desaparecimento de todas essas espécies. A primeira música que escrevi veio dessa experiência e de tentar descobrir o que significou para mim. O restante das músicas vieram depois, e bem rápido, devo dizer. Elas não estão todas amarradas ao conceito de Harakiri, que é, como você disse, o suicídio japonês... suicídio respeitoso dos japoneses ao cortarem o próprio ventre. Se você olhar a era em que vivemos nos últimos três anos pode facilmente anexar o termo “haraquiri” em diferentes músicas. Pode chamar “Reality TV” de haraquiri cultural. Pode chamar “Figure It Out” de haraquiri político.
Como nossa conversa já deu dicas demais, Harakiri é um disco muito relacionado a temas políticos e sociais, que sempre estiveram presentes em variados graus em diferentes projetos de seu trabalho. Com isso em mente: como você mantém essas consistentes mensagens vívidas na mente das pessoas sem chegar ao ponto de reprocessar algo ou bater na cabeça das pessoas com uma ideologia?
É uma boa pergunta, na verdade – uma das melhores que já ouvi. Não tenho certeza de qual exatamente é a resposta para tal. Acho que o modo como descrevo as coisas tem um certo... por exemplo, Figure It Ou tem um certo humor tipo de anedota mesmo sendo uma música política. Acho que é isso o que faz a pílula mais fácil de engolir – engolível.
[Risos]
Você inventou uma nova palavra.
É, certo – deglutível. Acho que há variações de temas – sejam eles ecológicos ou filosóficos – que são um pouco diferentes do que já fiz antes com o System e Elect the Dead. Enquanto pessoas, nós crescemos e amadurecemos. Se nesse momento eu pedisse que você escrevesse um parágrafo sobre música, seria diferente de algo que você teria escrito há seis anos e definitivamente há vinte anos.
Bem verdade, eu não saberia de muita coisa 20 anos atrás.
[Risos]
É isso o que quero dizer – você progrediu!
Saquei. Acho que Daron disse uma vez que um dos fatores X para a lista do System of a Down era que “nós não fazemos apenas músicas sobre política, também fazemos músicas sobre prostituição”.
Certo. Isso também não é diferente.
Mudando um pouco de assunto, você vai entrar em turnê este verão com o System num show bem legal com o Deftones.
Sim, não vejo a hora!
O que inspirou vocês a se reunirem só recentemente? O que houve que deu a vocês o ímpeto de fazer isso de novo?
Essa é uma boa pergunta. Eu não sei. Só sentimos que era a coisa certa nos reunirmos e começar a tocar. Nos divertimos demais quando fizemos quatro turnês diferentes em quatro continentes diferente ano passado – sendo três ano passado e um este ano. Os shows foram ótimos e acho que tocamos mais afiados do que nunca em nossa carreira. Nos divertimos demais uns com os outros no palco. Acho que foi a hora certa.
Você já teve a chance de escrever com os caras de novo?
Não. O System não está compondo.
A sua abordagem evoluiu ou mudou ao tocar ou fazer um show ao vivo junto com eles? O modo como vocês interagem juntos musicalmente mudou de quando vocês estavam na era Mezmerize/Hypnotize?
Não sei bem. Acho que não. Eu diria que provavelmente não. Acho que o motivo por estarmos tocando melhor é porque ao longo dos anos, todos continuaram tocando suas músicas para nos tornarmos melhores músicos. Ter ficado sem tocar juntos um tempo e agora tocarmos juntos é empolgante e essa empolgação aparece na música.
O que podemos esperar em termos de set-list? Em termos de músicas ou qualquer coisa que não possa ser categorizada sob o termo “set-list”?
Não começamos os ensaios para esta turnê ainda, então não posso te dizer agora. O que quer que acabemos colocando no set list geralmente acaba mudando lá pelo terceiro show [Risos].
Será um pouquinho diferente a cada vez.
Sim. Nos surpreenderá. Vez ou outra Daron começará uma música e pensarei: “hmm, não ensaiamos essa nos últimos seis anos” e então iremos fundo nela. É divertido! Nós mantemos tudo empolgante para nós mesmos.
Fonte: Site of a Down
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