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FLASHBACK - Baile das Sombras
Cordelia observava Maryland com muita atenção, os olhos escuros cravados na outra como os dentes em uma jugular. Foi vendo a humana, aos poucos, se encaixar melhor na encenação de segurança e autoconfiança que ela queria passar. Fez uma expressão impressionada que era muito claramente jocosa, desdenhando da suposta experiência da outra. Esperou que ela falasse tudo, pacientemente, até decidir que era hora de Mary entender de fato com quem estava lidando. Se levantou de sua poltrona e, mais rapidamente do que um piscar de olhos, estava a centímetros de distância dela, o rosto quase pressionado contra o pescoço alheio, os lábios roçando a pele de forma suave. Com a voz em um sussurro sutil, ela disse: "Pois bem, querida. Apareça na Galeria da Eternidade amanhã a te ensinarei como eu gosto que o sangue seja retirado e tratado. Mas já aviso: se ele vier com a qualidade minimamente inferior a que meus clientes estão acostumados, dreno você inteira." E, em outro piscar de olhos, estava próxima à porta, a destrancando e abrindo. "Você pode ir agora."
FLASHBACK. Baile das Sombras
E ela não seria aquela a insistir o choro sobre o leite (ou melhor, sangue derramado). Cada minuto ali dentro era um aumento discreto na porcentagem de fuga, de não sair dali inteira. Maryland empertigou-se na cadeira, bem do jeitinho que seus colegas de curso mais avançados gostavam de lembrá-la. Pode de doutora, mostre que sabe mais. E sabia, mas não... Conhecimentos aplicados para as preferências vampíricas. "Sou estudante de medicina e já tenho estágio em hospital, na área hematológica." Grande parte pela própria condição, razão pela qual achou ter escolhido a profissão para o futuro. Um dia ela perceberia que era ideia dos adotivos, mas esse era assunto para outro momento. "E é algo que eu faço desde que me entendo por gente, Cordelia. Doei mais sangue do que essa cidade tem de anos." Ajustando medicamentos, explosão de hormônios. Existiram épocas de sua vida que precisou ficar internada pela velocidade que o corpo trabalhava em função da condição. "O que acha de me mostrar como fazer, do seu jeito, e eu reproduzo em seguida. Duas parcelas no mesmo dia. Você verá que não há nada a temer quanto qualidade." Para não fazer cara feia, Maryland engoliu em seco. "De acordo?"
#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // inters.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // she smells like money.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // with maryland.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // evento baile das sombras.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // flashbacks.
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Cordelia fez a melhor expressão de desentendida com as palavras de Léonie, um gesto tão teatral que poderia ser facilmente rastreado até Nikhil, o maior influenciador de Cora na cidade, certamente. Até levou uma mão ao peito, como se levasse as palavras da concorrente ao coração imóvel. "Léonie, assim você me machuca. Não há absolutamente nenhum veneno nas minhas palavras, ainda mais contra uma colega de profissão." O tom jocoso com certeza não passaria despercebido. Ao ouvi-le chamar o lugar de vazio, fez um muxoxo enquanto olhava Léonie com falso desapontamento. "Todos esses anos trabalhando na curadoria de uma galeria e ainda não aprendeu que qualidade sempre vencerá sobre quantidade? E eu te garanto que nenhum lugar em Arcanum tem arte de melhor qualidade do que aqui." Finalmente uma indireta mordaz, apenas para ver como seria a reação da outra. "Você se ofende tão facilmente, Léonie. Não estou atacando você, só estou conversando."
ODIAVA AQUELE LUGAR. era natural que enxergasse uma outra galeria como concorrente, especialmente quando quem estava por trás dela era cordelia. qualquer um podia julgar a mania de perseguição de léonie como um pouco insana, mas a vampira tinha certeza de que metade do mundo estava buscando a sua queda, e isso incluía a outra. ❝ as coisas nunca são simples com você, eu sempre consigo ouvir um veneno nas suas palavras. não quero saber como você lida com as coisas por aqui, só conseguiu deixar o lugar vazio. ❞ ela apontou com a mão de forma descontraída para uma direção qualquer do estabelecimento, mesmo que não estivesse realmente vazio. ❝ que ideia absurda, você trata todos os clientes dessa forma? ❞
#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // inters.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // if you've got a problem with the way i handle things just say so.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // with léonie.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // evento de natal.#vamos adaptar pro evento de natal?
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FLASHBACK - Baile das Sombras
"Cooperação?" Tombou a cabeça para o lado, o olhar perdido no horizonte como se cogitasse algo. Pura encenação. Por fim, voltou a olhar para a mulher à sua frente, alguém jovem o suficiente para manter as ilusões infantis de que o plano de Miguel havia dado certo e de fato havia cooperação entre as espécies. "Não sei, querida. Acho que conhecemos duas Arcanums bem diferentes uma da outra." Vampiros e lobisomens ainda se atracavam pelos cantos, demônios esperavam ansiosos para o momento que seu senhor finalmente tomaria o controle da cidade, pessoas se odiavam e se matavam por baixo dos panos. Aquela história de cooperação era uma grande farsa. "Mas essa foi uma conversa interessante, mocinha. Continue com sua visão adocicada da cidade, acredito que faça bem para a sua sanidade... até que alguém arrancar essa visão de você, é claro." E, com um sorriso, se afastou da outra, indo procurar algum de seus fornecedores. Afinal, ela estava começando a ficar com sede.
ENCERRADO.
[flashback]
"Provavelmente. O que significa que você tem muito conhecimento que podia ser útil a nós, não é? Não é com base nisso que Arcanum existe hoje em dia? Cooperação?" Rosa tomou um gole da sua cerveja, tentando umedecer a sua garganta, seca de repente. Conversar com seres tão antigos como a vampira trazia uma sensação de coceira à sua pele, como um sentimento profundo de inadequação. Como se conversa alguma que eles pudessem ter estaria no mesmo nível. Só o que ela podia oferecer era a sua experiência, e o genuíno desejo de que eles pelo menos tentassem cooperar. Se isso ia dar certo... bem. Alguns dias eram melhores que outros. "...vai ficar bem. Nós ainda estamos estudando o que a chegada de Lúcifer pode ter feito com a cidade. Magicamente falando, eu quero dizer."
#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // inters.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // you're not as bad as everyone says you are.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // with marisol.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // evento baile das sombras.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // flashbacks.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // encerrados.
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FLASHBACK - Baile das Sombras
Cordelia olhou em volta, observando a massa de corpos dançantes e todas as possibilidades de pessoas que poderiam estar ouvindo a conversa dos dois veio à sua mente; afinal de contas, eles não eram os únicos com sentidos apurados por ali, e mesmo um humano esperto seria capaz de ouvi-los naquele lugar. De um dos bolsos, retirou um cartão negro com uma escrita fina e elegante em sua superfície, como um fio de prata: GALERIA DA ETERNIDADE. Embaixo, o endereço. Entregou a ele o cartão. "Essa é a minha galeria. Se tiver curiosidade em uma experiência única, diferenciada e específica aos seus gostos mais refinados, vá me procurar. Prometo que não vai se arrepender." E, com um sorriso misterioso, desapareceu na multidão da festa.
ENCERRADO.
-- Bem, então eu diria que os fins justificam os meios para mim e para você. -- O cenho franziu assim que a proposta foi feita, uma das mãos passou pelos fios grisalhos e então ele a encarou por alguns segundos. -- eu sou uma criatura de discrição, minha cara. e de curiosidade. me pergunto que é que você teria para me oferecer?
#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // inters.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // i want you to forget this ever happened.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // with gregor.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // evento baile das sombras.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // flashbacks.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // encerrados.
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Talvez, fisicamente, pudesse impor alguma resistência a ela, até oferecer uma boa luta. Não era uma vampira nova, afinal de contas, quase um milênio em suas costas como um fardo que ela vestia muito bem. Emocionalmente, porém, estava totalmente vulnerável; era incapaz de ir contra o que quer que ela falasse. "Eu aposto que está bem", respondeu com a voz baixa, o máximo de confronto que era capaz de oferecer. "Para mim faz um pouco mais de tempo do que ontem, temo dizer." Se encolheu quando a outra a tocou, qualquer pose que pudesse tentar colocar indo por terra ao sentir a mão da outra se fechando em seu queixo, levantando seu rosto para cima. Fechou os olhos para não deixar as lágrimas escorrerem, para não parecer ainda mais patética e vulnerável na frente da outra. Faça algo, qualquer coisa! Não conseguia. Deu vários passos para trás quando sua criadora a soltou, colocando uma mão contra o próprio pescoço como se pudesse protegê-lo assim. "A imensa maioria das minhas criações estão fora de Arcanum, e se não tiverem sido mortas, são quase tão velhas quanto eu. Já faz muito tempo que, quando mordo alguém, é para me alimentar, não para criar outro vampiro."
Bathesda cresceu com a reação da pequena vampira. Olhos faiscando em prazer, vermelhos sangue e rubis bem lapidados, facetas infinitas refletindo um poder que crescia. "Nenhum 'quanto tempo?', nenhuma gentileza? Fiz tanto por você, cordeirinho. O mínimo que poderia fazer é perguntar como eu estou." Poderia não estar presente na existência pós-transformação daquela criaturinha, mas não significava que estava alheia aos seus feitos. Sangue de seu sangue, fruto de seus caprichos, cada um uma extensão de si e ela era egoísta a ponto de roubá-los para si, egocêntrica em assumir seus feitos como próprios. O que já despertava o interesse na Galeria. "Pouco tempo. Ontem basicamente, não é, querido?" Prontamente virou e juntou-se às duas, aproximando-se para deixar um beijo em seu rosto e ouvir as instruções. Sair dali para privacidade. "Sentiu minha falta?" Ah, ela amava. Ver as unhas vermelhas contrastarem contra a pele alva do rosto de Cordelia, segurar o queixo e levantar a cabeça. Aproximou-se, forçando sulcos na pele firme, aspirando o perfume da curva elegante do pescoço. As presas não fizeram som ao sair, mas mantiveram-se limpas quando afastou. "É você, não é? Seu cheiro é misto, misturado. Quantos têm na lista, cordeirinho? Quantos nomes estão sob seu comando? Vai me mostrar por bem ou por mal?"
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Deu um risinho com a pergunta do outro e não e dignou a respondê-la, a considerando ridícula. É claro que não abriria mão de suas posses por outra posse, o que não significava que não estivesse disposta a fazer outras coisas. Destruir, envenenar, causar o caos na casa alheia. Cordelia não tinha medo da desordem, se sentia em casa em meio a ela. Também não tinha medo daquele rei. "Às vezes me parece que sua idade não lhe trouxe sabedoria, Majestade, se pensa que nossa história acabaria agora se me matasse aqui." Se aproximou mais. "Vou te contar um segredo: toda vez que saio para conversar com você, deixo meus irmãos avisados de que voltarei em um horário específico. Se não estiver de volta nesse horário, haverá um delicioso banquete de sangue feérico esperando por eles na Corte da Fortuna." A última parte lhe fez sorrir. "Eles sabem as ordens. As crianças primeiro, depois as mais velhas. São bons em se esconder e ser discretos. Com a comoção atual, é só cortar a cabeça das fadinhas e entregá-las na porta de Miguel com um "Salve Lúcifer" escrito na lateral da caixa para considerarem mais um ataque terrorista. Seus golpes não são hipotéticos, Ellanher; mas os meus também não. Agora podemos negociar de verdade ou continuará a me fazer perder tempo?"
Ellanher não corrigiria aquela interpretação errônea do que dissera. Não valia a pena. Prosseguir sendo petulante, mostrando superioridade, quando um mínimo deslize mesclaria de vermelho as águas abaixo de si. Se o contaminado de morte ou o próprio, ah, aquela dúvida permaneceria. "Até se desfazer de todos os seus bens e propriedades? Tudo o que lhe é mais caro e precioso?" A relíquia passada por gerações, bem antes dele e a vampira sequer cruzarem o plano de nascimento. O Rei colocava-a num patamar alto, porque envolvia bem mais do que só a entrega. Abria um precedente espinhoso, de permissividade para novas tentativas de conquista. A pedra mais larga rolou, saída do leito como que pela força da água - não da criatura por cima. "Nos encontramos em ambiente mais complicado do que pincela, Cordelia. Sua vontade insaciável não tem o mundo para usar de esconderijo. E, assim como você, não pretendo poupar hipotéticas investidas."
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Cordelia estava aterrorizada. Havia sido ingênua, infantil até, em imaginar que Arcanum lhe deixaria para sempre protegida de sua criadora. Ela tinha mais setecentos anos, afinal, e nunca a outra havia aparecido, como poderia imaginar que ela viria agora? Continuava com sua vida, fazia seus negócios e se mantinha com sua aparência intimidadora e impassível, mas isso não significava que não se sentia encurralada por dentro. Não fazia ideia do que a outra iria querer de si; com certeza nada que ela estivesse disposta a dar. Quando recebeu o chamado de Karan, foi até a sede de seu clã de forma quase automática, mas ver o outro com a mão estendida para si destruiu sua fachada; o abraçou com o força, tremores se espalhando por seu corpo como nunca fizeram antes. Se agarrou a ele com toda a força e desespero que podia, as lágrimas escorrendo dos olhos arregalados e umedecendo o ombro alheio. "É ela, não é?", sua voz era fraca, quase silenciosa. "Ela veio até você também. No momento em que olhei naqueles olhos, senti o gosto daquele sangue novamente em minha boca, como se fosse a primeira vez, como se tivesse sido ontem. Sei que ela vai me destruir, e que vai aproveitar cada segundo."
com @saintamberley, em sua sala, na sede das sombras silentes
karan estava encurralado: vampiros antigos como bathesda possuíam uma força inigualável. ela conhecia seu passado, conhecia seu nome, poderia arruinar uma construção de séculos se assim quisesse. sem prever a jogada magistral da mulher, via-se obrigado a ceder espaço no próprio clã--- claro, com as ressalvas e contratos de sangue que garantiam ao menos alguma segurança aos membros. via-se compelido a recalcular as estratégias após mais essa inconveniência aparecer, mas, antes de tudo, de todas as implicações, problemas e estresse, karan estava preocupado com cordelia. conhecia o passado horrível que se assemelhava com o próprio e com o de todas as pessoas que cruzavam caminho com aquela vampira. após a reunião com bathesda, dirigiu-se até a sede das sombras silentes, utilizando-se de todas as precauções que manteriam qualquer um que não fosse autorizado a encontrá-la, e convocou cordelia. aguardava ansiosamente pela chegada de seu braço direito, os dedos tamborilando agressivamente o tampo de madeira, o olhar que vacilava a cada instante para a porta. até que ouviu. "cora... temo que já saiba do motivo principal desse chamado." os olhos escuros estudavam a expressão da mulher, karan erguendo-se imediatamente para oferecer a mão. queria transparecer conforto, devolver da melhor forma o cuidado que cordelia sempre tivera consigo. "perdoe-me por lhe convocar tão urgentemente e atrapalhar seus afazeres. sei que os cães de miguel estão farejando os negócios, mas--- necessitamos discutir esta nova questão."
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FLASHBACK - Baile das Sombras
Cordelia exalava condescendência enquanto lidava com aquela garota, alguém jovem demais para os jogos que queria jogar. Quase achava adorável a tentativa alheia de esconder seu medo atrás de uma fachada de confiança e determinação, como se Cordelia não fosse capaz de farejar seu nervosismo. "Temo discordar de você, Maryland. Às vezes é tarde demais, sim." Algumas ações simplesmente não tinham volta, disso ela sabia muito bem. Talvez a outra ainda não tivesse aprendido isso, e se Cordelia fosse a pessoa a passar a lição, então que assim fosse. "Se assim deseja, tudo bem. É bom saber que farei a negociação diretamente com a fornecedora, torna as coisas mais fáceis para ambos os lados." Tombou a cabeça para o lado com a parte final, porém; Cordelia cobrava caro por seus serviços, o que significava que o produto sempre deveria estar em seu mais perfeito estado. "E você sabe como manusear o sangue de forma que ele não chegue até mim em perfeito estado? Sem coágulos, na temperatura ideal? De maneira geral, prefiro ser eu a fazer a coleta, até para garantir que ele não venha adulterado."
FLASHBACK. Antes do Baile das Sombras
Se a fechadura não fora o suficiente, ouvir a sentença nas próprias palavras da vampira colocava toda realidade para jogo. Não existia fuga. O ato impulsivo daria frutos (ou a condenaria) ali e agora. Maryland segurou o choro com a mandíbula cerrada, tentando fingir naturalidade. Mas o corpo caiu sem jeito na poltrona, longe da elegância da mulher. "Nunca é tarde para mudar de ideia, ou ambiente." Mais por baixo do fôlego, mais gracejo desesperado do que- Onde ela queria chegar? Maryland sentiu os olhos arregalados com a informação. Ver de novo? Nunca tinha visto ela antes! Seus dedos foram para a cintura, para a bolsinha discreta com os presentes de Gaea. "Eles tentaram, mas estão fora do acordo. Se falarem com você, incentivo a não dar ouvidos." Levaram tudo e a deixaram com as dívidas. À mercê de cada criatura que pagasse mais por... Espera. Ver de novo, as doações. Os dias que não lembrava... Vampiros eram capazes de- Cortou, deletou, não prosseguiu. Não podia fazer aquilo ali. "Precisei realizar algumas mudanças, criar um futuro para mim além das... transações. O que era presencialmente será convertido em entregas. Semanalmente, como antes. Qual dia fica melhor para você?"
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Talvez, vampira como era, o cheiro devesse ter sido o primeiro sinal de que ela estava de volta, mas aquele cheiro também estava impresso sobre o aroma de outros além da própria, portanto ele não a alarmou. Não, foi a voz que causou o efeito imediato; o arrepio na nuca, a tensão nos ombros. Jamais imaginou que fosse ouvir aquela voz novamente, não depois de sete séculos e uma transformação que a afastavam dela. Se tivesse alguma arma em mãos, com certeza teria atacado; mas tudo o que pôde fazer foi cravar as unhas nas palmas enquanto ela se aproximava. Por um momento, Cordelia era de novo aquela menina de 23 anos, ingênua, assustada e doente, completamente vulnerável nas mãos daquela vampira. "O que─ o que está fazendo aqui? Quando chegou em Arcanum?"
Os saltos vermelhos faziam barulho no lugar amplo demais, ainda mais quando se arrastaram pelo piso polido deixando marcas. Vá procurá-la, meu bem. O humano, marido, não tinha mais força própria depois de tanto ser usado, abuso e torturado. Bathesda não teria visto utilidade para ele de outra maneira, convenhamos, não quando a única coisa que precisava dele era o dinheiro. Resgatando um panfleto da bolsa de grife, a vampira passeava pelas alas. Exposições que tinha presenciado a criação, os roubos e empréstimos, a reconstrução. "Galeria da Eternidade. Muito adequado, Santa Cordelia. É alguma homenagem a mim?" A segunda parte acrescentada com afetação, falsa animação ao virar o corpo e apresentar-se em toda sua glória. Não disfarçada, quando observava a cidade funcionar sem a sua influência. Bathesda aproximou-se, sorriso ainda enfeitando seus lábios. "Estou brincando, bobinha. Sua coleção é tão bonitinha, como conseguiu?"
@saintamberley
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Cordelia tombou a cabeça para o lado, observando o feérico à sua frente. Não tinha medo dele, não por arrogância mas por lógica; ela era preciosa demais para o seu clã, uma peça chave em sua construção e funcionamento, e qualquer ataque contra ela seria replicado com força redobrada contra a Corte da Fortuna. Ellanher podia ser intocável, mas seus súditos não eram. Justamente por isso, continuou a andar, parando a uma distância segura, mas perto o suficiente para ser insolente. "Prazer é uma mentira? Devo discordar, Majestade. Em minha opinião, prazer é uma das únicas verdades do mundo em que vivemos." Olhou para o horizonte, pensativa. "Você sabe o que eu quero. Sabe também que sou capaz de absolutamente qualquer coisa para conseguir as coisas que quero. Tenho certeza que conseguiríamos chegar a algum tipo de acordo."
Tempos atrás o tom o teria confundido. Aquela personalidade volátil de que crescia em ambiente propício para tudo. Solo fértil e protegido, incapaz de colocar maldade ou segundas intenções em algo tão simples quanto frases curtas. Ellanher controlou ativamente os instintos de autopreservação desligados, permitindo aquela aproximação até a boca se abrir. "Não recomendaria mais um passo, Cordelia." Por mais que as mãos estivessem atrás do corpo, sua verdadeira arma estava à vista. Delicadamente apresentada pelos lábios que contornavam palavras. Enquanto a vampira colocava seu ego para cima, o rosto do Rei descia para o rio. Para a canção das pedrinhas empurradas pela água, para o seu poder. "Há meios mais convencionais para requisitar uma reunião, já que prazer é uma mentira." Colocou as mãos no corrimão, longos dedos juntando as gotículas que se juntavam ali. Ah, mas ele ainda a tinha no campo de atenção. "Diga-me a oferta da vez para pouparmos nosso tempo."
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FLASHBACK - Baile das Sombras
Cordelia se movimentou com agilidade e elegância por dentre a pequena multidão no Sortilégio, indo até uma das tão conhecidas salas de negociação, o cheiro suave do sangue de Maryland sendo indicativo que a mulher lhe seguia assim como havia ordenado. Adentrou uma das salas e fechou a porta quando ambas entraram, o barulho da tranca estalando pelo lugar tão silencioso em comparação ao restante da festa. Pegou a chave da porta e guardou em um dos poucos bolsos da fantasia apertada, se sentando confortavelmente em uma das poltronas. Abriu um sorriso condescendente com a frase final de Maryland. "Agora é um pouco tarde demais para isso, não acha?" Indicou a outra poltrona com a mão em um gesto suave. "Por favor, sente-se. Devo confessar que fiquei surpresa com a sua... iniciativa. Já fazia certo tempo que eu não via você, estava começando a me perguntar se seus sócios não estavam tentando passar a perna em mim."
FLASHBACK. Antes do Baile das Sombras
Ouvir o próprio nome sair daquela boca, com aquele tom, parecia o último prego enfiado no caixão. Como dar a chave das próprias algemas, revelar a identidade para quem nunca esqueceria. Estava feito. De todos os modos e jeitos, aquele passo dado mudava completamente sua vida. Seus olhos quase dobraram de tamanho com a sugestão, a garganta dolorida incapaz de explicar. Não era disso que eu estava falando! Não queria fazer nada agora, muito menos de... Mas não tinha jeito. Abaixou a cabeça para seguí-la, concentrada na árdua tarefa de mexer nas cutículas sem estragar a manicure vermelho... Sangue. "Fui muito recentemente informada de todas as transações. Um pequeno atraso no calendário por problemas pessoais." E era verdade. O tempo. Aumentado pelo medo incapacitante de entrar em um lugar que nunca - teria sido nunca mesmo? - pisara os pés. Maryland entrou na sala e tentou não sair de perto da porta. Faria diferença? Não. O coração, no entanto, galopava menos com a esperança vã de fuga. "Podemos discutir isso em outro momento. Sem problema algum. Não quero arruinar o baile para você."
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[ f l a s h b a c k ]
aquele era o mais vulnerável que karan permitia-se ser, mesmo na presença de cordelia. é claro que tinha a completa certeza de duas coisas: a primeira, de que ninguém mais lhes ouvira, pois um líder jamais poderia demonstrar tamanha... fragilidade nas palavras. mesmo que mais de setecentos anos houvessem se passado, por baixo do vampirismo ele ainda era um homem, e momentos como aquele serviam de um constante lembrete de que existia fraqueza dentro de seu ser. e a segunda, de que cordelia lhe consolaria de maneira magistral. feliz pela proximidade, sentindo a afeição que era mútua, karan seria fiel à própria sugestão de não estragar o clima de festa--- portanto desceu as mãos juntas para guiá-la até o salão principal, onde várias outras criaturas balançavam ao ritmo da música suave. "primeiro, vamos dançar." o sorriso animado havia voltado ao rosto, mas sabia que cordelia captava a preocupação por trás dele. "depois... cartas? afinal, faz um tempo que não temos uma competição amigável--- ou quase isso, não?"
finalizado.
#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // inters.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // business hours.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // with karan.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // evento baile das sombras.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // flashbacks.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // encerrados.
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FLASHBACK - Baile das Sombras
"Esporadicamente? Sim, digamos que sim." Aquele era, definitivamente, o eufemismo do século; Cordelia era incapaz de se lembrar a última vez que bebera algo que não fosse sangue humano. Abriu um sorriso com a resposta do outro e assentiu com a cabeça. "Creio que temos muito em comum, então. E não, não quero nada de você. Na verdade, é o contrário; gostaria de te oferecer algo, mas precisaria de discrição para isso."
— Sempre. — Não chegava a ser mentira. Sentia-se na obrigação periódica de provar sangue humano quase como… uma pesquisa de campo. Afinal, como ele conseguiria melhorar o sangue sintético no qual trabalhava se esquecesse completamente o gosto de sangue humano. — Por exemplo, eu suponho que voce o faça esporadicamente, em nome dos negócios, hm? Até onde eu iria para ter o que eu preciso? Dear, Cordy… Me daria mais trabalho pensar em onde eu não iria. Mas, o que exatamente voce quer de mim?
#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // inters.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // i want you to forget this ever happened.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // with gregor.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // evento baile das sombras.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // flashbacks.
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"WORKING TOGETHER AGAIN, JUST LIKE OLD TIMES." - WITH @ghoswtalls (ESTELLE) Local: Teatro do Crepúsculo
Cordelia abriu um sorriso discreto com o comentário alheio e fez que sim com a cabeça; não era segredo para ninguém que os membros do Clã das Sombras Silentes eram como uma família para Cora, e que ela chegava a ser até mais suave e amigável com eles do que era com o resto do mundo. "Isso é verdade, já faz um tempo. Gostaria que fossem em uma situação menos... tensa para todos nós." Se levantou da cadeira na plateia onde se sentava e foi até o palco, sentando-se na beirada e batendo no chão ao seu lado, indicando que Estelle se sentasse também. "Você sabe que, desde os últimos acontecimentos, estamos sob escrutínio ainda maior, certo? O que significa que precisamos estar mais atentos também."
#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // inters.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // working together again just like old times.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // with estelle.
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"IF YOU'VE GOT A PROBLEM WITH THE WAY I HANDLE THINGS, JUST SAY SO." - WITH @gzsoline (LÉONIE) Local: Galeria da Eternidade
Cordelia ergueu uma sobrancelha para a forma incisiva que a outra lhe confrontou, um sorriso divertido tingindo seus lábios. Colocou as mãos para trás do corpo, andando pelos corredores da galeria e esperando ser seguida. "Léonie, que animosidade é essa? Não tenho nenhum problema com a forma que você cuida da Galeria dos Sussurros, tenho total noção de que nosso acervo é diferente e precisa de abordagens diferentes. Estou só te dizendo como eu lido com as coisas por aqui." Por fim se voltou para elu, agora um sutil desafio nos olhos escuros. "Por quê? Tem alguma insegurança na forma com que lida com as coisas e está projetando na nossa conversa?"
#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // inters.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // if you've got a problem with the way i handle things just say so.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // with léonie.
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FLASHBACK - Baile das Sombras
Quando sua mão encontrou a do estranho, era como se Cordelia quase esperasse sentir a pele suave que um dia pertenceu à sua criadora. Mas não; a diferença de toque quase tornava toda a situação ainda mais perturbadora. De qualquer forma, não deixou que seus pensamentos transparecessem; com um giro suave na pista de dança, terminou nos braços dele, a mão que não estava na mão do homem pousada em seu ombro com delicadeza.
"Engraçado", comentou de forma casual enquanto olhava nos olhos muito escuros do outro. "Tive a mesma sensação quando te vi, e sim, quando senti seu cheiro. Por um instante, me remeteu a um momento que pensei que estar há muito enterrado no meu passado." Um momento que ela esperava jamais ter que vivenciar novamente, mas ela não diria isso para aquele homem; sequer o conhecia. "Eu sou de Sussex, na Inglaterra, mas estive em muitos outros lugares desde então. Estou em Arcanum há quase três séculos, é quase como se eu pertencesse a esse lugar também." Ela dava aquelas informações quase como se estendesse uma corda hipotética ao outro, como se isso fosse de alguma forma ajudar a esclarecer a conexão dos dois. "Me chamo Cordelia de Amberley. Quem é você?"
Kemet permitiu que um sorriso enigmático surgisse em seus lábios ao ouvir o convite — ou melhor, a convocação — da estranha de olhos perspicazes. Havia algo em seu tom, algo em sua postura que se revelava mais uma provocação do que um pedido, e ele sentiu um estranho fascínio por aquela firmeza, ainda que o cheiro familiar e inquietante permanecesse como um lembrete desconcertante do passado. Ele se afastou do balcão, oferecendo-lhe a mão com uma elegância calculada e um olhar que transparecia a curiosidade, mesclada a uma sombra de intenções que ele preferia manter ocultas. "Será uma honra." Sua voz baixa e suavemente arrastada. Permitiu-se uma breve pausa, observando-a com intensidade quase predatória, antes de continuar com um toque de humor sombrio.
"Há algo curiosamente familiar em você... e, devo dizer, no seu perfume também," comentou, os olhos atentos ao menor indício de reação. "É quase como se estivéssemos destinados a nos encontrar em meio a essa noite e... reconhecer algo um no outro." Enquanto guiava-a para a pista de dança, ainda sem desviar o olhar, acrescentou com uma suavidade intrigante: "De onde você vem, se é que posso perguntar assim tão rápido?" Um sorriso brotava de leve em seus lábios, acompanhado de uma sensação estranha daquele gosto metálico antigo que passava em suas papilas.
#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // inters.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // my blood is yours.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // with kemet.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // evento baile das sombras.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // flashbacks.
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FLASHBACK - Baile das Sombras
Os momentos em que Karan permitia mostrar sua vulnerabilidade a Cordelia eram provavelmente os mais preciosos entre os dois. Deu um sorriso discreto ao perceber um pouco do peso desaparecer dos ombros do outro e, só porque podia, se aproximou e encostou a testa contra a dele, fechando os olhos também por um momento. Acima de tudo, queria transmitir o máximo de conforto que podia para ele naquele momento tão complicado. "Eu sei. Trabalhamos tanto para ter o que temos hoje, e em questão de semanas tudo parece querer desmoronar. Mas eu te garanto que não vai." Eles eram fortes; sozinhos, juntos e somados ao seu clã. Tudo podia estar uma bagunça e muito confuso, mas Cordelia sabia que o que eles construíram com tanto esforço não estava indo para lugar nenhum. Abriu os olhos para encará-lo, incomodada com a insinuação alheia. "Karan. Você está proibido em falar sobre..." Nem conseguia enunciar a palavra morte. "...sobre isso comigo. Não vai acontecer." Mas acabou suspirando com o pedido alheio e assentiu por fim. "Acho que nós merecemos aproveitar um pouco dessa festa. As preocupações podem ficar para amanhã. O que você sugere?"
[ f l a s h b a c k ]
ele recebeu o toque no rosto com aquele afeto construído e mantido durante os séculos ao lado de cordelia, a própria mão cobrindo a da mulher e entrelaçando seus dedos, os olhos escuros fechando-se por breves instantes após um suspiro ser reprimido dentre os lábios. karan inspirou ainda que não precisasse fazê-lo, deixando os ombros caírem com a observação. "por ora me parece impossível prescindir o controle. temos tudo tão bem organizado. temos olhos e ouvidos por toda a cidade, e ainda assim... dessa vez, não sabemos o que irá acontecer." o vampiro ergueu o rosto para observá-la, levando palma que segurava até os lábios. "confio em você com a minha própria existência, cora. sei que em minha falta guiará os nossos com maestria--- e ainda que eu espere que esse momento se demore a chegar, ainda é o meu desejo. mas vou cessar minhas lamúrias. o que me diz de aproveitarmos um pouco, enquanto nossa presença lá em baixo ainda é dispensável?"
#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // inters.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // business hours.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // with karan.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // evento baile das sombras.#✞ 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅𝒚 𝑺𝒂𝒊𝒏𝒕 // flashbacks.
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