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eu queria te mandar uma foto do meu corpo, mas ela não te causaria nada mesmo que não fosse sobre luxúria e sim sobre geografia. eu sou um lugar inóspito para suas descobertas. você não admite porque sabe ser gentil. fomos socialmente ensinados sobre o que atrai e eu não fui medida com essa métrica. a percepção do lugar que ocupo na realidade das relações de desejo só diz que sou esperta e que isso vai doer em algum momento. minha avó me ensinou sobre ser suficiente antes que a internet criasse seus textões, mas ninguém ainda foi capaz de dizer quando pararemos de tentar caber você diz que a beleza não é para o toque e eu te lembro que somos aves do norte que se esqueceram de migrar para o hemisfério sul no inverno morreremos pela teimosia, mas você ainda não me vê apesar de toda filosofia

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o melhor silêncio que existe é aquele no espaço de tempo que antecede nosso beijo.

j.

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Não me encara por muito tempo, por favor. Não quero que você enxergue a bagunça dentro de mim.

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Talvez eu não saiba o que é o amor Conclui ao observar as infinitas singularidades Contidas somente no seu olhar E entrelaçados na mais pura afeição Percebi que o que sinto é intenso demais Para se descrever em uma palavra só Palavra essa usada tão livremente Por pessoas que fingem conhecer seu significado Mas talvez seja só eu que não saiba o que é o amor. Talvez o amor seja doença Que não se acha a cura em farmácias Nem mesmo em livros de medicina Paralisa o cérebro Incapacita o coração E nos impede de viver Do jeito medíocre que vivíamos antes. Talvez eu deixe de ir ao hospital E use como terapia O aconchego dos teus braços Até que tenhamos coragem De largar nossos remédios controlados E acolher os sintomas Da mais caótica das doenças. (ps: sendo doença, tu és minha fase terminal) Talvez o amor seja ciência E não passamos de complexas teorias Procurando alguém que se esforce Para entender nossas inconsistências Então calculamos diferentes formas De preencher o conjunto vazio Que consta em nossos corações. Talvez eu comece a gostar de matemática Apenas pra perder horas Decodificando os números que te compõe Pra no fim aprender que eu e você Somos pedaços de matéria idênticos E seu corpo foi feito Dos mesmos átomos que o meu. (ps: sendo ciência, tu és minha teoria favorita) Talvez o amor seja arte Incapaz de compreender Mas fácil de se sentir Por artistas conturbados Que tentam achar um fim À monotonia de seus dias E a dor de seus peitos. Talvez eu use de tinta Carícias, sorrisos e loucuras Para pintar as constelações Que tracei em seu corpo Naquela Quarta à noite Enquanto admirava a beleza Da nossa cumplicidade. (ps: sendo arte, tu és minha obra prima) Talvez o amor seja nada do qual Nossas mentes vãs Possam imaginar Melhor seria esquecer Dos monstros debaixo da cama Ou daqueles da sua cabeça E mergulhar de corpo e alma Nas vastas profundezas Do que quer que seja Esse nosso estranho amor.

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Sleeping + Stretches 🐱

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me falaram que ando meio estranha ultimamente a razão, você. os pensamentos que tomam conta na madrugada, você a lágrima para cada risada, você os sentimentos que se agarram no peito até sufocar, você a saudade que impede de sequer pensar, você. e se me perguntarem se tudo isso vale a pena simplesmente os falarei de você.

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double rainbow 

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chega a ser maldade sábado à noite combinar frio e saudade.

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Conheci uma garota Daquelas que não se esquece Com versos diferentes Dos que já tinha lido. Era coadjuvante Em sua própria narrativa De épicas aventuras Divididas com mais onze. Era nada mais que poesia Bagunçada e inacabada Que espera pra ser lida E compreendida. Era só mais uma personagem No meio de tantas outras Ainda a serem notadas A serem escritas. Era poema sem rima Sem métrica ou qualquer regra Poesia crua Poesia pura. Nas loucuras de suas palavras Me apaixonei E a fiz protagonista Da minha história.

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teu peito exposto. parece o céu, parece um lar.

j.

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