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Morto
Cheguei a uma conclusão engraçada eu imagino. Muitas vezes penso em suicídio, mas, percebi que: isto é para os vivos.
Já estou morto, poucos momentos no meu cotidiano são realmente retocados por alguma coisa pulsante que vem de dentro. Sou um receptáculo de sofrimento constante, é como se minha carne estivesse exposta a todo momento. Amargura, rancor, ódio, cansaço.
Sou um zumbi, tudo que faz de alguém um “eu” pereceu, ou está em processo de morte. Ou seja, não preciso me suicidar, só preciso perambular por aí, como um zumbi, completamente vazio, e quando preenchido, é por dor.
Suicídio é para os vivos.
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Revolução
Pensando um pouco algumas discussões muito tristes que vejo em espaços acadêmicos, de organização e internet (óbvio). Que é a ideia de que as nossas ações devem todas serem feitas em prol de uma revolução, que não podemos resolver nada na luta atual e tudo se resolverá na revolução.
“Poxa, meu poste tá quebrado, vou ver se minha organização me ajuda”, “espere a revolução!”. Óbvio que muitos movimentos não levam a sério esse tipo de coisa, VAT, MST, MTST e outros pautam a luta imediata apesar de pensarem um futuro em seus programas. Acho que esse tipo de organização é mais intuitiva, popular, e útil que outras como o PCB.
A revolução não é a volta de Jesus, não é um momento etéreo que se constrói sobre os cadáveres de todas as pessoas que morreram de fome esperando a mesma. Ação política hoje, constrói a revolução amanhã. Não que não devemos construir um debate em torno da nossa pauta máxima, até porque existem limites do que podemos fazer na ação imediata. Não estou dizendo que devemos excluir nem um, nem outro, são movimentações que devem se retroalimentar.
Ação política imediata, como, por exemplo, resolução de problemas comunitários, é algo que aproxima as pessoas, cria um ambiente político, um espaço para então se debater a revolução, ora, as organizações tradicionais passam longe disso.
Sempre debatendo conjuntura, debatendo linha, expulsando tal e tal membro, discutindo em tal e tal congresso. E a solidariedade, a luta, sequer existe. Não foi sempre assim, houve épocas onde as organizações políticas eram populares, onde um sapateiro poderia ser dirigente regional do PCB.
Não podemos deixar nossa luta pela revolução, mas, não podemos parecer aliens, tipo, pense que a gestão de um ambiente democrático, pluralista e politizado, pode ser gerido a partir de organização mais espontânea ou em mecanismos previstos na constituição, onde podemos debater. Fazer com que as pessoas percebam, então, que tudo bem, resolvemos tal e tal problema, mas, poderíamos ter a oportunidade de ouro de expor como o capitalismo limita o que podemos fazer, suas contradições, e as pessoas vão ouvir, sabe por quê? Porque estamos com eles para ajudar esse tempo todo, pois não somos uma seita, e sim uma organização solidária.
Hoje em dia, inclusive, existe um menosprezo intelectual enorme as formas mais diretas de resistência. “Você um quilombola protegendo sua cultura e território? Mas e a Lei do Valor??? E a revolução???”. Acho que esse tipo de comportamento fanático, vem de uma ressaca de anti-intelectualismo perpetuado pelo stalinismo no soterramento de experiências políticas, o que é compreensível, traumas e tals.
Enfim, não tenho mais muito o que falar, a brisa é manter o debate, mas, gestar espaços e confiança para que outros possam te ouvir e se juntar a você, a partir da construção de lutas cotidianas, que, sim, resguardam muito potencial. Não à toa, a maior ebulição social do século XXI no país foi junho de 2013.
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Ano novo pra cá, um balanço dos primeiros meses de 2025
Esse é o gif que mais me representa, honestamente, esse ano vem sendo um acúmulo de coisas ruins. Minhas perspectivas não são nada.
O que eu deveria fazer? Não sei, tudo que posso fazer to fazendo, mas, não tá mudando nada, já to tão quebrado, que parece não existir concerto. Minhas iniciativas são inúteis, jamais vou conseguir atingir nenhum sonho, assim como nunca consegui, o futuro não me resguarda nada, pois o passado e o presente também, não o fazem.
Morte, morte, morte, nem você é o suficiente, poderia morrer me tirar dessa latente? Não sei, o nada não significa nada, assim como tudo não significa nada.
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As coisas que a gente assiste quando ninguém tá vendo.
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Ouvi, bom, estou ouvindo nesse exato momento, um debate entre políticos de 1975 de Portugal. Sim, eu sei o quão insano isso parece ser, não só debates políticos hoje em dia são ridículos, como, ninguém honestamente brasileiro deve ligar para Portugal (eu não julgo). Todavia, comecei a ouvir o debate após ler uma citação a ele num artigo sobre a revolução de abril em Portugal.
É um debate entre Mario Soares, líder do então Partido Socialista e Álvares Cunhal, líder do Partido Comunista Português. Saltou aos meus olhos, pois, no texto se destacava como os debatedores estavam debatendo projetos políticos, e não “pateticidades” cotidianas.
Além disso, o que me chamou atenção, é a importância desse debate enquanto documento histórico, pra entender duas das principais forças da revolução portuguesa, e o debate em si, mostra uma inflexão das disputas pelos rumos do processo político, que hoje vemos os resultados (com o crescimento do fascista partido CHEGA).
Os dois líderes políticos, obviamente que apesar de serem muito cultos, vários momentos se esquentam, debatem idiotices e falácias sobre um ou outro, então honestamente, não era tudo que eu esperava.
Apesar que: Ver dois polos de “esquerda” debatendo cara a cara, por quatro horas, os rumos de uma revolução em curso, é deveras interessante. Comecei a ouvir esse debate pela primeira vez, para dormir num dia. E continuei ouvindo enquanto jogava bedwars no Minecraft. Eles discutem primeiramente as alianças e os papéis dos partidos da reação, que eram legalizados e disputavam o processo político em prol de uma reversão das conquistas revolucionárias.
Sendo assim, rapidamente o comunista ataca o socialista, dizendo que seu movimento era conivente e até aliado em alguns casos com os partidos da reação. O socialista rebate dizendo que ele não era autoritário, e não poderia impedir a participação desse movimento no processo eleitoral.
Continua-se uma narrativa da parte do socialista, que o seu contemporâneo seria um autoritário, e que queria implantar uma ditadura, e ele, em contrapartida, era um socialista que respeitava a democracia.
O senhor Cunhal, acusa-o então e todo seu movimento, de serem moles, fracos, e coniventes com a reação que poderia enterrar a revolução na totalidade.
Para mim, que já tenho alguma familiaridade com o processo político revolucionário, e sei bem que em termos retóricos, os senhores não tinham um programa muito diferente. O senhor Cunhal em nenhum momento foi contra as eleições e o processo democrático, era a favor da penalização e exclusão de partidos que movimentavam golpes a democracia. Porém, ambos defendiam, em discurso, o mesmo, um projeto de democracia liberal com uma transição meio ambígua e reformista ao socialismo, também, ambíguo.
Sei bem, que o PCP do senhor Cunhal, foi a favor da institucionalidade quando os comitês de trabalhadores queriam protestar, avançar e transcender a democracia burguesa. Sei bem, que o PS, do senhor Soares, em seu governo liderou uma reversão das nacionalizações, das expropriações aos burgueses, e de várias conquistas da revolução, indo na contramão do avanço ao socialismo.
Num geral, o PS defendia o mesmo que o PCP, a diferença é que dado seu pragmatismo isso se diluiu, inclusive com o termo “socialismo na gaveta”. E o PCP, querendo ou não, defendendo seu etapismo, se afastou das massas quando elas queriam o fim das concessões liberais.
Ambos debatem a autogestão, reforma agrária, expropriação aos burgueses e outras coisas, como liberdades democráticas e lalala.
Num geral é isso, quando ninguém tava olhando, eu ouvi a um debate de portugueses, políticos, dos anos 75 sksksksksk.
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Realismo capitalista versus utopia.
Pensando um pouco a vida, sempre me deparo com o mesmo problema, realismo capitalista (sendo este um estágio de inércia e cancelamento do futuro, um estado psíquico e político, onde consumidos pela desesperança e ceticismo acrítico manuseados pela estética e propaganda, somos tragados para uma vida sem futuro), como analisado por Mark Fisher. Essa sociedade e seus mecanismos cada vez mais refinados de alienação, corrompendo a mera existência do meu eu. Me tornando incapaz de pensar, agir, sentir, existir. A cura para o realismo capitalista, enquanto condição (Inserida na lógica do Espetáculo: Espetáculo, seria, como teorizado por Guy Debord, uma etapa superiora da alienação e da movimentação em torno dela. Sendo, a partir de mecanismos de imagem, estética, propaganda, gestando uma realidade alternativa, que interfere nas decisões da realidade das pessoas. Nossas relações, são, então, “mediadas por imagens”, como, por exemplo, ser contra a vacina na vida real, devido a uma fake news, um espetáculo, realidade alternativa que serve as narrativas políticas). Sendo a utopia, (a construção imaginativa de um futuro novo), e não só isso, pois imaginar um mundo melhor não basta, esperançar por algo e lutar para concretizar isso seria necessário. Porém, assim como uma doença, a condição para a superação do realismo capitalista, a imaginação, é atacada pelo próprio.
O realismo capitalista, se mostra como sem alternativa, os lordes do neoliberalismo atacam nossas esperanças e sonhos, inibem-nos do mais individual possível, sendo a imaginação de um mundo melhor. Então é fazer exatamente isso que ele está tentando nos impedir, seria a raiz da sua destruição.
Muito blá blá blá, considerando que apesar de eu ser um utopista, ainda tenho recaídas cada vez mais céticas, cada vez mais doomer, cada vez mais inexistente. A minha vida é tão ruim, o qual é quase impossível tentar existir, lutar pela libertação, e coisas do tipo. O peso nas minhas costas crescente, sendo uma pessoa queer, com péssimo suporte familiar, pobre, escritor (pobre ksksks), com problemas mentais graves.
A luta é muito pesada, para viver no capitalismo e cada vez mais, me sinto alienado, misantrópico, depressivo, sem saídas desse labirinto. Escrever, já pensei, seria uma forma de contribuir em mesmo que escala minúscula para a liberdade, mas, honestamente, está sendo mais um grito de socorro que qualquer coisa.
Um refúgio só meu, somente, “eu”, para esse mundo real que não tem nada para mim. Então não é fácil superar o realismo capitalista, o espetáculo, essas sensações inibidoras da liberdade, essa escravidão emocional e às vezes sensorial! Desse sistema tão pútrido.
Ainda assim, eu não sou cego, minha utopia continua no meu coração, toda vez que a VAT puxa um protesto, toda vez que o MST faz uma ocupação ou constrói algo novo em suas comunas e assentamentos, sempre que vejo uma notícia sobre um mutirão, ou uma greve sindical. Toda vez que mundo afora, vejo revoluções, revoltas, construções de vidas alternativas. A utopia da vida real, os sonhos, os meus sonhos se conectam com o das pessoas que lutam, e me faz imaginar, furar a bolha do realismo capitalista. Faz-me, então, pensar um mundo melhor, e querer lutar pela destruição desse velho mundo.
Sonhar, sonhar, lutar pelos sonhos, sonhar para lutar, comentar meus sonhos, ouvir outros sonhos, e construir um mundo cheio de oportunidades, contradições, batalhas e avanços.
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Ritmo da manhã
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Acordei de um pesadelo as 6 da manhã, fiquei me ajeitando um pouco na cama e posteriormente com fome fui ver se tinha algo para comer. Tive de fazer um miojo de marca genérica (pior que o Nissin) e tomei refri. Fiz isso apenas um dia após pensar em começar a me alimentar de forma saudável.
Criticam o fato de eu ter ganho peso, mas, boa parte da semana comemos industrializados, ou temos industrializados na nossa alimentação natural como sazon. Não posso culpar necessariamente meus pais, cada vez mais menos e menos tempo para ficar em casa, menos atenção, é difícil.
Bom, não tenho controle sobre isso, vou tentar controlar o que consigo, mas, já foi um começo ruim para meu dia. O miojo era ruim, ainda assim to tão acostumado com industrializados que não repudiei, tô tomando café agora. Ouvindo uma palestra do Mark Fisher sobre o cancelamento do futuro e outros temas que ele aborda no seu livro, fantasmas da minha vida. Ao mesmo tempo, deixei uma playlist lofi doomer de fundo para combinar com a palestra, por isso decidi, também, escrever algo tão pessoal, inútil e idiota como essa entrada.
Estou procrastinando a necessidade de escrever artigos para alguns jornais, mandei e-mail a uns, e eles responderam pedindo algum material meu para avaliar a escrita, e oras, eu não produzi nada, só ideias mínimas, então ontem passei o dia pensando no que escrever. Honestamente, em parte, algo em mim diz que não importa o que escreva, ou como, quando, nem o porquê, não vão aceitar nada e eu vou continuar sendo um merda desempregado.
O desgosto tremendo com minha existência, a exaustão de um futuro que praticamente foi cancelado, ou pior, que nunca existiu no meu caso, pois eu já sou da geração sem futuro.
Pesquisei algumas artes do designer de personagens de Lain, o anime, é muito interessante, essa estética é tão anos 2000s, queria produzir um artigo sobre isso inicialmente, essa nostalgia, o realismo capitalista, os futuros inexistentes, porém, cá estou, produzindo um texto extremamente vulgar, do qual ninguém vai ler.
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Me pergunto, seria eu feliz se o capitalismo acabasse? Não sei o quanto da miséria é algo inerente meu, ou que é transplantado em mim pela sociedade, esse é um dos meus maiores dramas, o que sou eu? Pois a sociedade capitalista, O Capital, o poder, se diluem em cada esfera das relações introspectivas e sociais, não é só sobre passar fome, desemprego, apesar de envolver isso. É sobre viver imerso em um espetáculo, em propaganda, alienação. Sobre nossas relações serem pautadas em lógicas de consumo, e mercado, ao ponto de se tornarem líquidas.
Acho que vou acabar me suicidando, não tentei até hoje, mas, não consigo nunca imaginar um futuro, além disso. Toda vez que penso, até no que poderia dar certo para mim, só me vem a mente que a morte rápida, talvez com trinta anos, ou quem sabe quarenta, pouco importa, vem. Mas! Já estou trabalhando num suicídio lento e gradual, dado meus hábitos alimentares, meus vícios, sedentarismo, altos níveis de estresse, ambiente ruim, falta de higiene.
Sendo assim, o suicídio lento já está vindo, apesar que infelizmente algo na minha cabeça brotou, me falando para mudar meus hábitos, ao menos onde tenho controle, mas, no fim, hoje comi miojo.
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Misantropia, um desabafo sobre a esquerda, retórica e despolitização.
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Normalmente, quando você está começando a se “politizar” (a adquirir retórica), é comum pensar isso como uma iluminação, processo de abertura a conhecimentos novos. Porém, conforme você fica mais velho, estuda mais, debate mais, sabe mais, você aprende a pensar a partir disso, no sentido de pensamento crítico. E meu satã, você descobre que a política, filosofia, sociologia, historiografia, muito disso na internet, tem a disposição as interações mais afetuosas possíveis. Não me entenda mal, sou um romântico no sentido da filosofia e movimento do romantismo. Conheço bem, a importância e supremacia dos afetos, sensações, sentimentos, etc. E a relação a partir desses com objetos supostamente racionais. Todavia, assim como o processo que me inseriu ao pensar, era extremamente retórico, ainda após esse processo, cogitando inocentemente que boa parte dos espaços online frequentados seriam “iluminados”, aqueles que fariam política a partir de seus afetos, mas, que jamais negariam a necessidade de profundidade e pensamento crítico (tendo em vista, que estes não contradizem as afeições, do contrário lhes aprofundam).
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Me deparei com um debate imbecil, o qual foi o fim da linha, para permanecer em boa parte dos servidores de política que participava no Discord. Onde um gatilho simples fez-me quitar tudo. Enviei um vídeo sobre política, e expliquei que deveria ser consumido com senso crítico, (o que me parecia óbvio, mas, queria evitar comentários inúteis e improdutivos de toda forma), e a primeira resposta, foi obviamente, um comentário retórico e completamente inútil. Sempre é assim sabe? Pessoas que só pensam frases de efeito, retóricas, que lhes apetecem melhor. Ao invés de comentários aprofundados, de exercício de pensamento (sempre obviamente junto dos sentimentos), apenas falas que cortam um assunto, comentários prontos, quase que ensaiados, palavras de ordem. Comecei a odiar palavras de ordem, no caso, elas por conta própria, enquanto conclusões. Palavras de ordem, como o famoso de Proudhon: “PROPRIEDADE É ROUBO!”. Vejam, o Sr. Prouds, discorre bravamente suas formulações (quer você concorde ou não), a partir de sua palavra de ordem, e isso eu aplaudo. Só que a esquerda, especialmente na internet, apesar que vejo isso irl também, usa e abusa da palavra de ordem, que no fim aparenta grandes significações, mas, no fim, não quer dizer nada, pois por trás dela não existe formulação.
Esse comportamento não abre brecha pra tão preciosa, transfluência e confluência de ideias, experiências e sensações. Isso me abateu, não só esse pequeno evento, isso é só uma anedota para o qual este texto se destina. É sobre minha cada vez mais forte misantropia. Investigando em mim mesmo, uma das maiores causadoras dessa misantropia, é exatamente a relação que tenho com pessoas e suas expressões e palavras de ordem, especialmente na esquerda. Percebo não só a mim como “superior”, (talvez um pouco, afinal sou um babaca), mas, sim, como um desgaste de interações. É claro que naturalmente, sempre tive essas disponibilidades misantrópicas, sempre na infância e adolescência me subia o desgosto com comportamentos das pessoas, não só isso! Como também, as interações, cada pequena falácia, cada momento ruim, isso me consome.
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No fim, isso é sobre meu desgaste com a esquerda, mas, isso vai pra além. É sobre minha constante misantrópica, sobre como não só existe uma doença terrível no comportamento dos outros, como também, minhas relações são extremamente desgastantes, não existe ideologia ou filosofia que me salve dessa sensação. Me sobrou, voltar a um pequeno exercício desde a infância. O isolamento terapêutico. Período às vezes curto ou longo, onde me isolo um pouco dos meus núcleos sociais não obrigatórios. Buscando me reconectar um pouco comigo, jogar meu tempo fora, produzir, pensar, e refletir. Esse projeto no Tumblr e Substack, é algo que quero fazer há uns anos, blogar e tals, apesar que sei que em nada será fácil, é honestamente a primeira vez que escrevo algo tão pessoal e direto, que, ao mesmo tempo, público. (vou postar no medium também, mas, esse vai ser o primeiro texto do Tumblr e Substack). Não quero dar brecha a nenhum direitoide, não estou me desconectando da minha posição política, nem das ideologias, nem das utopias. Apenas desabafando sobre coisas que me cansam no campo, e a minha misantropia pessoal.
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