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o design e os sentidos
Começando pela clichê frase “toda ação tem uma reação”, percebemos que tudo o que fazemos gera uma reação tanto em nós, como indivíduos, quanto no ambiente em que convivemos, como sociedade. Ou seja, pensando na sua rotina, existem as suas respostas físicas com relação às construções espaciais, no caso os ambientes urbanos, e paralelamente, existem as suas respostas físicas individuais, pois a forma como você reage difere da forma como as outras pessoas reagem.
Exemplificando, para ficar bem molezinha: as estações de metrô contam com uma linha amarela no chão, que não pode ser ultrapassada por questões de segurança, logo, a reação de todas as pessoas vai ser, ou pelo menos deveria ser, não ultrapassar essa linha amarela. Isso é um exemplo de reação coletiva. Agora, um exemplo de reação individual: você vai em uma loja comprar uma equipamento de ginástica, daqueles que você sobe, liga em algum botão, a base embaixo de você começa a tremer e pronto, exercício. Assim que você chega na loja (considerando que não conhece o equipamento ainda), o formato, as cores, o tamanho, tudo de característica visual, auditiva, etc, vai despertar uma reação em você para começar a utilizar esse produto. Isso surge tanto de uma bagagem histórica do que você conhece, desde sobre ligar equipamentos até como usar um cabo para sincronizar a vibração da plataforma com os seus batimentos cardíacos, quanto do saber que o botão de ligar tem a cor verde e o de desligar a cor vermelha. Muito louco, não é?
Ta bom, entendendo esse conceito já podemos levantar a questão de que, quando um designer projeta algo, esse algo deve ser construído considerando a reação que as pessoas terão. Então, vou abordar os 5 sentidos com alguns exemplos de como alguns produtos os despertam as respostas desses 5 sentidos.
O paladar
Ligado ao desejo de comer, o uso do paladar é sempre perceptível em locais onde as pessoas tendem a esperar por um “longo” período de tempo. Exemplos bem básicos são as cafeterias em livrarias, os vendedores ambulantes dos ônibus e as máquinas de café em salas de espera. Relacionando a sustentabilidade, existem alternativas como o copo Loliware, que é descartável, você pode comer. Feito de uma alga sustentável que é 100% natural, não-transgênica, sem gelatina e vem em cinco sabores diferentes, o material biodegradável (comestível) é projetado para “transformar as indústrias de louças e embalagens”.
youtube
http://comerebeberms.com/2018/04/30/embalagem-comestivel-futuro-possivel/
A audição
É através da análise de tempo, freqüência e amplitude que surge uma conexão de determinados sons com seus respecitvos certos estados emocionais. Para comprovar, a seguir um estudo feito por Scherer e Oshinsky (1977): Tempo Lento: tristeza, tédio, desgosto; Rápido: atividade, surpresa, felicidade, bem-estar, potência, medo, raiva. Freqüência Baixa: tédio, bem-estar, tristeza; Alta: surpresa, potência, raiva, medo, atividade. Amplitude Pequena: desgosto, raiva, medo, tédio; Grande: felicidade, bem-estar, atividade, surpresa.
Um dos projetos de destaque é o Doorjam, um rádio comum conectado à Rapsberry Pi, que por sua vez está conectada a um Bluetooth do tipo iBeacon. Logo, os usuários conectam o seu Spotify ao app do Doorjam, podendo reproduzir as músicas que desejarem dentro da zona de cobertura.
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youtube
https://ideas.redpepper.land/doorjam-47f1a5bce2fd
O olfato
Essa parte sensorial funciona da seguinte maneira: determinada essência estímula determinados receptores, causando determinada sensação e/ou estado emocional. O gosto pessoal e a sensação emocional do momento influenciam em como escolheremos os cheiros que queremos ativar em nós mesmos ou em outras pessoas. Esses cheiros podem servir para diversos objetivos, desde passar informações exatas, ou até conduzir uma experência temática. A seguir dois exemplos de uso desse sentido humano:
1º: O neurologista nigeriano Oshiorenoya Agabi apresentou, na conferência TEDGlobal 2017 (Technology, Entertainment and Design) de Arusha, na Tanzânia, um aparelho criado por sua ‘start-up’ capaz de rastrear explosivos com o olfato.
2º: O designer Jinsop Lee defende o ato de projetar para os múltiplos sentidos. Lee estudou o papel que os cinco sentidos desempenham no prazer individual, tanto em termos de experiências quanto de produtos. Ele acredita firmemente que os produtos podem ser seriamente melhorados, incorporando recursos que apelam para mais de um dos sentidos, afirmando que os designers negligenciam coisas como gosto, som e cheiro. Em sua palestra no TED Talks, ele conta a história de um relógio criado por seu amigo, Chris Hosmer, que transmiti o horário do dia através do olfato:
youtube
https://www.ted.com/talks/jinsop_lee_design_for_all_5_senses/transcript?language=pt
O tato
O tato é o sentido controlado pela pessoa, ela o possui. Assim como os outros sentidos, o tato também transmite sensações, seja por meio das texturas, dos formatos ou dos tamanhos dos objetos. Sempre ligado com a questão ergonomica dos produtos, o tato, é um dos fatores que está cada vez mais sendo considerado pelas empresas na hora da construção de seus produtos.
Um dos exemplos da utilização do tato com uma comunicação é o Morphing Muscular Mobile Phone, ele muda o formato para indicar ao usuário sobre chamadas recebidas.
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https://www.trendhunter.com/trends/living-phone
A visão
A mais estimulada dos sentidos, a visão, é a causadora de maior impacto na grande maioria dos casos, não só em seu aspecto físico, mas também no conceito psicológico.
O olho capta os fótons de luz pela retina, que é composto por cones e bastonetes. Depois, o objetivo visto que está recebendo incidência luminosa, absorve determinadas frequências de raios e reflete outras, surgindo cada cor. Os cones são responsáveis pela absorção desse informação, enquando os bastonetes só captam os tons de cinza, são eles os responsáveis por nos fazerem enxergar em locais com baixa luminosidade.
As plantas nanobiônicas são um exemplo da utilização da luz para facilitar a visão na hora da leitura.
“O intuito é fazer uma planta que funcione como uma lâmpada de mesa — uma lâmpada que você não precisa conectar. A luz é alimentada pelo metabolismo energético da própria planta”. Michael Strano, Professor Dubbs de Engenharia Química no MIT e autor principal do estudo.
“As plantas nanobiônicas são uma nova área de pesquisa, pioneira pelo laboratório de Strano, tem como objetivo criar novas características para as plantas incorporando-as com diferentes tipos de nanopartículas. O objetivo do grupo é engenharia de plantas para assumir muitas das funções agora realizadas por dispositivos elétricos.”
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https://medium.com/cibercultura/melhores-projetos-tecnol%C3%B3gicos-para-2018-71ba1c3a613c
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