moon-lov3r

[moon-lov3r]

Somos feitos de tragédias e súbitas calmarias.

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Eu não posso te ensinar a amar, você não aguentaria.

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O Arco-íris foge de mim.

-Carolina Maria de Jesus-

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Sinto falta de flertar

Só de brincadeira,

Flertar pesado

Jurando ficar pelado

Flerta sem vergonha

De esconde o rosto na fronta

Flertar com a paz de não se ter nada

Só pra matar a vontade

Sem desejo, sem maldade

Apenas o flerte em sua forma pura e carnal

E tudo bem no outro dia se por acaso

Fingir que ontem foi normal

Só um flertinho

Juras de beijinhos

De mãos no corpo e lábios colados

Daqueles que quem lê pensaria que somos, Sei la

Namorados?

Só um flerte, só um,

Sem nomes, sem idades, sem endereço

Só flertes.

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O que você estaria disposto a fazer por mim?

Você maratonaria the bigbang theory só porque eu amo essa série? Você estaria disponível para assistir tudo do universo de senhor dos anéis quantas vezes fosse preciso apenas para me ouvir argumentar sobre o por que eu não gosto do Frodo? Você teria paciência em me ouvir falar sobre cavalos e sobre como eu amo montar? Me ouviria cantar todas as músicas de Cyrano e Mama mia? Riria comigo das piadas mais idiotas que eu consigo fazer? Estaria disposto a se enturmar com a minha família e fazer meu pai gostar de você? Você estaria pronto para o dia que simplesmente eu não vou querer falar com ninguém por nenhum motivo, quando simplesmente só quero ficar calada e em paz? Estaria pronto para me ouvir reclamar e louvar um artista que nunca viu me doar ou sequer sabe meu nome? Estaria disposto a tolerar meu estilo duvidoso? A dançar comigo as músicas que sempre quis dançar? A fazer todas as coisas bregas e bobas que sempre sonhei? Está disposto a ser aquele por quem sempre estive procurando? Minha razão de existir e respirar? Meu melhor amigo, parceiro de crime, meu anel de poder? Voce estaria disposto?

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"Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e sentiu saudades dos outros que partiram. Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus sabe. Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou indiferente"

-Rokitansky, 1876

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Quarta-feira eu amei.

Eu a vi numa tarde comum de quarta feira, nada de diferente tinha me ocorrido naquele dia exceto ela, acordei as seis como sempre, escovei meus dentes, me penteei, coloquei a mesma roupa de sempre, comi a mesma coisa que sempre comi as quartas, fiz o mesmo caminho de todos os dias, almocei no mesmo restaurante com as mesmas pessoas, mas quando sai lá estava ela, sorrindo para o mundo timidamente, vestida de um vestido floral impecável que ia até as panturrilhas, sapatos de boneca brancos e meias bege, não tinha nada mais lindo que ela naquele dia tão normal, nada que se igualasse ao olhar sonhador que ela dava para as sacolas nos braços, muito menos o perfume que deixava no vento, era um anjo? Talvez um sinal de que minha vida poderia ser mais, se eu a tivesse essa maldita rotina poderia ser diferente. Naquela tarde eu quebrei minha rotina por ela, atrasei no trabalho, nem mesmo penso nisso enquanto corria pela rua sentindo todos os meu sentimento gritando para ir mais rápido que poderia perdê-la a qualquer momento.

Naquela tarde de quarta-feira eu perguntei o nome dela, a vi sorrir e a vi piscar, impecável, quase de cristal, sua voz doce tomou o caminho de meus ouvidos até meu coração onde tomou posse de todos os cantos.

—sou Aurora.

Naquela quarta-feira à tarde, meu mundo se incendiou quando seu nome foi revelado, tudo queimava menos ela, que parecia um botão de lótus no meio do caos,ainda linda feito um quadro antigo.

—Nico.

—você está corado, Nico, está bem?

Naquela tarde de quarta-feira, Deuses poderosos de todos os panteões, ela tocou meu rosto e eu me apaixonei cega, louca e perdidamente por ela.

—nunca me senti melhor do que hoje em toda a minha existência, poderia fazer uma gentileza Aurora? Sai comigo agora antes que meu coração vá embora?

Naquela quarta-feira linda, Aurora aceitou, um completo estranho entrar na sua vida, aceitou o café, os flertes, aceitou as minha piadas e histórias, aceitou o toque da minha mão na sua, e os sorriso idiotas que eu lhe oferecia, naquela quarta-feira de noite minha alma era dela, e pela primeira vez eu realmente comecei a amar as quartas-feiras.

E na quinta, sem mais nem menos, eu era o Nico da Aurora…

E eu, a Aurora do Nico.

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Querido universo,

Seria muito complicado alguém me amar? Ou só gostar de mim? O que precisa ser feito? É meu peso? Meu corpo? Meu sorriso? Minha voz? O que estou fazendo de errado? O que tem em mim que é tão…. Não atrativo? Por que ninguém nunca consegue se apaixonar primeiro por mim? Por que sempre sou eu que preciso ir atrás? Por que nunca alguém me Stalkeia e enche o saco dos amigos falando de mim e de tudo o que gosta em mim, por que universo, de todos os humanos nesse mundo, de todas as pessoas ruins e boas, por que eu não posso ter um amor recíproco e verdadeiro? O que tem de errado comigo? Até de perfume eu troquei, mudei tudo, matei quem eu era e nada, simplesmente nada.

Por favor universo, me diz o motivo de justo a lua nunca ser amada?

[moon-lov3r]

-tu não me amas.

—não te amo? Fala de coração pesado que não o amo quando não fiz algo que quiseres, mas eu o amo, amo tanto que te fazia minha Horcrux para fazer-te parte da minha alma, amo-te a ponto de desafiar os deuses em uma batalha para e trazer de volta do tártaro, te amo tanto que atravessaria o inferno, o purgatório e o paraíso com Virgílio, o amor que dizes que não lhe dou é imenso, tão grande que milhões de histórias de amor tiveram de ser escritas para explicar um pouco do que sinto por você, do que estou disposta a fazer, por você colocaria o mundo em ruínas, sei que você diz que sou a vilã e que é errado, mas quem liga? Meu amor por você é o universo, infinito e verdadeiro em todas as suas variáveis e se o tempo não existe, então essa eternidade com você foi a melhor que pude viver, doce e terna eternidade a qual amei-te como ninguém nunca foi amado antes.

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[moon-lov3r]

A que ponto conversar com a lua deixa de ser poético e passa a ser insano? A que ponto escrever cartas de amor endereçadas a ninguém começa a ser desesperado? Quão irracional podem ser as orações por um amor distante e quando elas se tornam apenas ecos em lugares vazios? Estou há tanto tempo confusa de onde estou, entre a razão desesperada e a emoção insana, a linha tênue de quem eu fui, quem sou e quem deveria ser. Será que está mesmo na hora de abandonar os poemas e cartas? Abandonar a parte poética em mim, abandonar meu amor, minhas telas e pincéis, o caderno de rascunhos e todos os sonhos que nele uma vez depositei? Será que é isso que significa amadurecer?

[moon-lov3r]

a névoa molha a terra e meus pés livres e descalços sentem as veias do planeta pulsarem pelo chão.

momentos de simplicidade como esse são raros, mas necessários para que eu me mantenha são quando voltarmos para o coreografado dia-a-dia do asfalto, combustível e combustão.

o fogo nunca foi tão quente como o que queima nessa fogueira, ou talvez eu só tenha me acostumado com os fogos da cidade,

todos de artifício.

eu sou a mansidão da lenha recém cortada que morre bela e calma pra te trazer calor e embora eu pudesse em qualquer lugar que você quisesse, me deitar e declarar como sendo meu novo lar, a verdade é que nenhuma parede de gesso é segura o bastante pra conter a saudade do meu peito, o meu jeito, a minha inexatidão.

não gosto de endereços, prefiro que me achem, e você sempre me acha, seja no meio das chamas ou no teu quarto, na tua cama, dentro da escuridão.

— pareço perdido, mas eu sei de onde eu vim

[moon-lov3r]

Querido amor,

Desde o começo deste ano, a partir do momento que sacrifiquei meu sonho para crescer, as coisas tem sido uma verdadeira montanha russa de emoções, ansiedade se desenvolvendo, comecei a usar óculos, fiz alguns amigos, não sou mais a vergonha da família, todavia perdi aquela antiga essência de poeta em mim, perdi parte do sentimento mágico que me cercava todas as manhãs, como se aquela velha e boa parte estivesse adormecida enquanto está aqui faz as reformas, amor, meu amor, te encontrar não está sendo mais minha prioridade, apesar de te desejar, apesar de clamar por você em algumas noites, você não está aqui a muito tempo e talvez, só talvez, esteja na hora de me preocupar com outras coisas.

Com amor, Lua

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Sim! É isso!