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O peso do silêncio

Você já percebeu como o silêncio tem um jeito de dizer tudo, mesmo sem usar uma única palavra? No meio de tanta correria, de tantas vozes e sons, ele aparece – às vezes como um alívio, às vezes como um incômodo, mas nunca vazio.

Por muito tempo, eu achei que o silêncio era a falta de algo. A falta de fala, de movimento, de presença. Mas com o tempo, percebi que ele é exatamente o contrário. O silêncio é cheio. Ele carrega todas as coisas que não foram ditas, os sentimentos que não conseguimos colocar pra fora, as pausas que não tivemos coragem de fazer.

Quantas vezes a gente se perde tentando preencher cada espaço com palavras, respostas, justificativas? É como se o vazio assustasse, como se a ausência de barulho fosse um sinal de que algo está errado. Mas será que está? Ou será que a gente só desaprendeu a lidar com ele?

O silêncio é poderoso porque ele nos confronta. Ele nos força a ouvir o que tentamos ignorar: aquele pensamento insistente, aquele medo que fingimos que não existe, aquele desejo que deixamos guardado porque parecia grande demais para caber na nossa vida. No silêncio, não dá pra fugir. E isso pode ser desconfortável – mas também libertador.

Mais do que isso, o silêncio é um convite. Um convite pra pausar, pra respirar, pra ouvir o mundo e a si mesmo. Ele é como aquele momento entre o inspirar e o expirar: sutil, mas essencial. É no silêncio que muitas vezes as melhores ideias nascem, que as conexões mais verdadeiras acontecem e que as respostas que estávamos procurando finalmente aparecem.

No marketing, na escrita, na vida, estamos sempre preocupados em dizer. Preenchendo espaços, colocando nossa voz no mundo, tentando ser ouvidos. Mas será que a gente também sabe o valor de ouvir? Será que entendemos a força de uma pausa, de um momento de quietude?

Às vezes, o silêncio é o que mais fala. Ele é a vírgula que dá ritmo à frase, o espaço em branco que dá força à imagem, a pausa que nos lembra que nem tudo precisa ser imediato. Essa é a reflexão que deixo aqui hoje. Porque talvez o que a gente mais precise agora não seja outra palavra, mas um pouco mais de espaço para elas respirarem.

[maiquecoisa]

Mai que... coisa?

Oi, tudo bem?

Se você está lendo isso, das duas uma: ou você me encontrou através do LinkedIn, ou, de algum jeito, eu finalmente consegui estourar aquela bolha invisível que sempre quis romper.

Seja qual for o caso, fico feliz que você tenha chegado aqui.

Escrever, pra mim, sempre foi mais do que colocar palavras numa ordem bonita. É arte no seu estado mais cru. É pegar um monte de emoções confusas, pensamentos soltos e ideias que nem sempre fazem sentido, e dar a eles uma forma. Uma voz. Uma vida. É um ato de coragem – porque cada palavra escrita carrega um pedaço de quem a escreveu.

Comunicar, por outro lado, é mágico. Não é só sobre falar ou ser ouvido. É sobre criar conexões que você nem sabia que existiam. É traduzir algo tão íntimo, tão seu, de um jeito que outra pessoa possa entender, sentir e, quem sabe, até se transformar por isso.

Mas ser entendida? Isso é transcender. É quase um milagre nos dias de hoje, onde tudo parece tão barulhento, tão rápido. Ser entendida é como construir uma ponte entre mundos diferentes: o meu e o seu. E, enquanto você lê isso, estamos atravessando essa ponte juntos.

Eu criei o Mai Que Coisa porque queria um espaço onde pudesse ser mais eu. Sem as amarras do LinkedIn, sem precisar me preocupar com métricas, curtidas ou engajamento. Queria um lugar onde minhas palavras pudessem simplesmente existir, sem pretensão, sem filtros. Um lugar pra compartilhar ideias que, talvez, nem tenham propósito além de serem compartilhadas.

Aqui, você vai encontrar um pouco de tudo: reflexões que me tiram o sono, pensamentos soltos que não cabem em posts formais e talvez até algumas perguntas que eu não sei responder.

E tá tudo bem.

O importante é dividir. O importante é a troca. Porque, no fundo, é isso que me move: a vontade de criar algo que toque, inspire ou, no mínimo, faça você sentir que não está sozinho.

Então, se você chegou até aqui, saiba que já faz parte disso. Obrigada por estar comigo nesse primeiro passo de algo que eu ainda não sei bem o que vai ser.

Mas, honestamente, é assim que gosto das coisas: imprevisíveis, livres, cheias de potencial.