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2015: começando com os dois pés juntos

Vou parar com esse estilo de escrever por aqui, ta tudo muito enfeitado.

Desde o ano passado venho ficando com um garoto que conheci no Tinder, ele foi muito bom comigo até então, ele é engraçado, bonito, forte, o sexo é incrível, tem um coração de ouro e um caráter de outro mundo. O único problema é a distância (ou a imaturidade, pense como quiser). Durante o último semestre de 2014 nós nos encontrávamos praticamente uma vez a cada duas semanas ou com um intervalo mais longo, porém, isso dava certo, eu na faculdade e ele estudando pro vestibular, até aí tudo bem.

No começo era pra ser um caso rápido do tipo "sexo sem compromisso", mas nos apaixonamos e hoje posso dizer, com plena certeza, de que o amo. Eu conheci os pais dele e ele conheceu minha família também, o único empecilho nesse momento é que ele passou na melhor universidade do país, vai morar numa cidade grande, numa república que sempre dá festa e eu vou continuar aqui, na mesma faculdade pequena, no mesmo interior, no mesmo apartamento no qual não é permitido barulho depois das 22h.

Ele é muito mais divertido e animado do que eu, tem a mente muito mais aberta, e eu a garota anti-social que vai em festas a cada dois meses. Vamos combinar, não ia dar certo mesmo. Nós conversamos por Whatsapp o dia e a noite inteira, e nosso papo é muito bom, seis meses depois de termos nos conhecido nada perdeu a graça ainda apesar da distância (pelo menos pra mim), ainda somos as mesmas pessoas, mas eu não tenho tanta certeza se queremos as mesmas coisas. Agora ele vai fazer um curso bom e muito longe de mim, e eu vou ficar com outros caras pra tentar provar pra mim mesma que eu consigo superar, mas só de pensar em beijar outras bocas eu já sinto uma tristeza enorme, quanto mais pensar nele com outras garotas. Talvez o nosso combinado de ficar com outras pessoas sem contar um para o outro dê certo, talvez não, mas eu tenho que tentar porque eu não vou conseguir romper o que a gente tem de uma vez só com tanto sentimento envolvido, então pode ser que seja melhor deixar o romance acabar aos poucos e que as coisas percam a graça em vez de alguém sair magoado.

Mas se o amor às vezes não é o suficiente, eu vou apostar todas as minhas fichas e usar todas as minhas forças pra tentar manter esse relacionamento saudável enquanto eu puder.

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Consequência impune

Nos últimos tempo meu barco a vela tem mudado de rumo descontroladamente. Ou talvez nem tanto.

Passei na faculdade pública de odontologia e nunca estive mais tão triste desde então, vou bem em quase todas as matérias até agora, de uma forma regular, mas vou.

Demorei longos cinco meses pra superar a perda do meu último namorado, mas como a vida é uma caixinha de surpresas, voltamos a nos encontrar as escondidas, principalmente de sua atual namorada, até que ele quebrou a perna num acidente de moto e não saiu do hospital desde então.

Além disso, nunca me identifiquei tanto na vida quanto com Lucas Gomes, o garoto mais novo de um aplicativo direto do meu smartphone! Safadezas à parte, ele o é cara mais interessante e engraçado que já conheci, mesmo com 17 anos.

Fiz dezoito anos há seis dias e ainda está sendo tudo maravilhoso, estou juntando dinheiro pra dar entrada na carteira de motorista e tentando tirar uma graninha extra pra fazer uma matching tattoo com a minha melhor amiga, além de ter feito um cartão de crédito do #poder.

Nesse meio tempo, minha melhor amiga de todas (que é irmã do meu ex-namorado) começou a namorar meu primo, e apesar dos altos e baixos, estou muito feliz por mais esse romance à minha volta.

Ainda no aguardo de um príncipe encantado que só queira me fazer feliz.

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Infelicidade inesperada

No dia 18/12/13 acabou o maior romance que vivi em 17 anos. Depois de aproximadamente 7 meses de paixão descontrolada - a qual agora parece ser uma mentira, e não de minha parte - Erick Costa declarou que seus sentimentos haviam mudado e que as coisas não estavam mais tão claras quanto antes. Eu o mudei, eu o amei. Quando o "precisamos conversar" foi finalmente dito, a mistura de emoções que senti me pareceu confusa no início, mas agora a vejo claramente como óleo em água: o nó na garganta pelo fato de que ia perder a pessoa que mais amei, depois da minha família, de que a saudade iminente seria insuportável (e que, por acaso, ainda está sendo), e de que não seria nada, nada fácil, até porque meu ex-namorado é o irmão da minha melhor amiga, e as coisas não seriam como antes; e o outro sentimento foi o alívio. Sim, a sensação de que a liberdade estava por vir, pois o (des)controle, o ciúme e falta de carinho e consideração estavam a ponto de me enlouquecer. Não dar o primeiro passo foi um erro pelo qual posso culpar a minha carência, meu egoísmo e o medo de me machucar. 

O real motivo do fim do relacionamento se esclareceu menos de uma semana depois: a saudade da antiga namorada. A minha autoestima, o meu amor e tudo o que eu pensava sobre a vida e sobre mim mesma pareceram descer pelo ralo antes de eu conseguir guardá-los em meus dedos; o que deu lugar a uma Letícia irada, triste, amargurada e que engana a si mesma de que está tudo bem e que as coisas ruins estão sendo superadas, mesmo quando não estão. Luan, Eduardo, Mauricio, nenhum deles me interessa, sinto saudades do que vivi há pouco tempo e não consigo conter algumas lágrimas quando algumas lembranças ainda surgem.

Fora as decepções amorosas, minha vida profissional anda indefinida neste momento: passei na faculdade de odontologia em Mogi das Cruzes, para estudar na Universidade Braz Cubas, pagando aproximadamente R$ 1.200,00 por mês; e espero o resultado de classificação para as chamadas da universidade pública estadual Júlio de Mesquita Filho, a Unesp, em São José dos Campos. Independentemente de onde for estudar, vou continuar morando em minha cidade litorânea e vou começar a me deslocar num ônibus de viagem todos os dias para conquistar o sonho da formação profissional, nada que me fará desistir. Ainda à procura de emprego, afinal, a independência financeira, mesmo que somente para comprar os caprichos, é essencial.

As situações estão se esforçando para eu cuidar mais do meu corpo e da minha condição física, peso atualmente 53kg, o que é normal para minha idade e altura, mas tenho a impressão de que talvez a minha estrutura óssea seja leve demais, porque sou do tipo "cheinha". Estou me controlando mais na hora de comer, caminhando regularmente e fazendo exercícios pra fortalecer as pernas e o bumbum, pra quando começar na academia estar pronta pra hipertrofia!

O tempo sempre cura o que o coração se recusa a sanar.

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Felicidade Intencional

Às vezes me parece que os acontecimentos da vida não se decidem. Hora puxam para o lado positivo da coisa, hora para o negativo. Neste momento estou no alto da montanha russa, se é que me entende.

Deixei de lado todos os meninos para focar num único homem. Conheci Erick já faz um tempo, irmão de minha melhor amiga, na casa deles, e então já começaram a aparecer as evidências. O garoto era um cafajeste escrito, mas eu o coloquei na linha, acredito plenamente nisso. Não me encontrava numa situação diferente da dele antes de conhecê-lo. Pode me chamar de idiota, por ele eu sou tudo o que quiser.

Namoramos há 16 dias e o mundo não poderia ser melhor pra nós dois. Existem declarações e safadezas, existem fofices e discussões, existe amor e sexo.

Dizem que no começo é tudo maravilha e que depois "o bicho pega", acho que possa haver essa chance, e acredite quando digo que estou preparada pra isso, porque com ele quero estar, independentemente de quaisquer empecilhos e más vontades. O nosso café não vai amargar.

"Caberá ao nosso amor o eterno ou não dá."

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Garotos

Existem 5 deles na minha vida amorosa por enquanto. O primeiro, ex-namorado (Gabriel) de quem parti o coração há algumas semanas atrás terminando com ele. Mas realmente acredito que tenha sido melhor pra nós dois, apesar de o pensamento ser uma via de mão única. Segundo, ex-ex-namorado (Eduardo) com quem tenho uma amizade colorida muito da estranha cheia de encontros e desencontros muito significativos. Terceiro, amigo do curso de inglês (Wesley) que quer ficar comigo, mas já estou me sentindo culpada de tantos foras que dou nele e não quero mais magoá-lo; mas acredite, nada vai acontecer. Quarto, colega de trabalho (Lucas) divertido com quem estou me dando bem e me dá um mole feio, estou pensando ainda no caso, mas acho pouco provável. Quinto, último e mais interessante: Vinicius. É da cidade vizinha, mas mora e faz faculdade em outro estado. Tem namorada, mas é um galinha de primeira e quer ficar comigo de qualquer jeito. Lindo, corpudo e tudo, mas ainda não sei o que faço, afinal o garoto tem namorada e eu tenho a minha amizade colorida.

"Cansado de correr na direção contrária, sem pódio de chegada ou beijo de namorada."

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Congestionamento sentimental

As coisas vêm sendo meio difíceis em geral. Primeiro: fiquei sabendo há algum tempo atrás que minha mãe tem um tumor benigno no cérebro, mas até então tudo bem, porque é benigno. Só que eu acabei de descobrir que não está nada bem, porque ela está dependendo da espera em uma fila do SUS, aguardando a cirurgia, e essa não é uma das esperas mais rápidas, como todos já sabem. O problema desse país é que gastam milhões num tal de carnaval e numa copa do mundo fútil e superestimada em vez de cuidar direito do seu próprio povo. Assim, o tumor da minha mãe pode crescer com o tempo e desenvolver o câncer. Isso mesmo. Um câncer no meio do seu cérebro não é nada bom, e eu não quero perder minha mãe por nada e nem pra nada nesse mundo.

Segundo: acho que vou ter que sair do trabalho porque o vestibular e o ENEM vêm aí, então tenho que reservar um tempo pra me preparar, porque minha vida está muito atarefada ultimamente com escola, trabalho, inglês, ballet e patinação. Infelizmente, tenho que abrir mão do que mais me toma o tempo. Mas a ferida sangra só em pensar que vou ficar sem dinheiro pra comprar presentes nas datas especiais e pra usar comigo mesma também. Pois é, a vida exige sacrifícios.

Por falar em sacrifícios, terceiro: voltando ao assunto do meu namorado... Não, ainda não terminei com ele, mas acho que agora vou ter que sacrificar o nosso relacionamento, porque parece mais uma via de mão única, pois adivinhem quem não está feliz? Euzinha mesma. Nascemos para sermos amigos, ponto final, ninguém vai tirar isso da minha cabeça. Eduardo anda conversando muito comigo e eu nunca quis desistir dele, foram as circunstancias que não ajudaram. Acontece que ele está se aproximando cada vez mais e eu não vejo sentido em me afastar de novo se é por ele que eu sempre fui apaixonada, digo paixão mesmo e não amor fraternal como é com Gabriel.

Quarto: acho que talvez não seja a melhor amiga da minha melhor amiga, não sei se é porque ela gosta muito de ajudar as pessoas, ou qualquer outra coisa, porque não me sinto incluída nas conversas ultimamente. Nós sempre nos abrimos uma com a outra e contamos segredos que ninguém mais pode saber, mas, não sei explicar. Há uma terceira, minha ex-melhor-amiga e acho que isso não seja uma boa coisa. Por mais que seja legal três meninas ficarem juntas, meu ciúme é inevitável e acho que talvez eu não me encaixe nesse contexto.

“E viva pelo amor, mesmo que as estrelas se movam para trás.” E. E. Cummings

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Sinto muito

Sinto muito por demonstrar pouco, sinto muito por dizer pouco, sinto muito por sentir demais.

É mesmo possível amar duas pessoas ao mesmo tempo? Já escutei isso antes, mas não pensei que fosse acontecer comigo. Aliás, nós nunca pensamos em coisas assim até que realmente aconteça conosco.

Acredito que já tenha mencionado Eduardo e Gabriel. Me apaixonei pelos dois. Quando tenho um, quero o outro, quando tenho o outro, quero o primeiro. Inconstante assim.

Já tentei terminar, já tentei me afastar e esquecer. Mas o sentimento nunca morre. É algo verdadeiro.

Sei que isso provavelmente não vai fazer sentido nenhum quando eu for mais velha ou vai parecer uma idiotice infantil medonha, mas acho que o que importa é o agora, e é isso que eu sinto no momento, apesar de parecer egoísta e estúpido.

Eduardo já me fez mal no passado, mas parece estar bom comigo agora, então acho que devo dar valor a isso. Conversamos por mensagens nas madrugadas e sempre combinamos de nos encontrar pra conversar e trocar diálogos, algo que nunca dá certo.

Gabriel é atualmente meu namorado e me trata muito bem, mas não sei se gosto de todo esse clichê fofo, apesar de que quando terminamos senti muita falta dele, mas a insegurança e o ciúme me deixam à beira de um ataque de nervos.

Vou espairecer um pouco, ver o que eu quero pra mim e pensar mais na Letícia e não no que os outros querem. Não vou me preocupar em deixá-los felizes ou tristes por enquanto.

Não sei o que vou fazer, não sei o que quero; só sei que preciso dar uma escapada até do amor de vez em quando.

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Familiares e amigos choram após a tragédia de Santa Maria. ZeroHora

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Para alguns minutos de paz

Acredito que estou sem escrever aqui há alguns dias e decidi que hoje iria dizer o que estava se passando comigo, porém não consegui. Não pude pensar em mim mesma com tanta gente sofrendo depois da madrugada de hoje. 

Realmente, uma tragédia. Uma tragédia horrenda que tirou a vida de gente feliz, gente que não merecia, gente que tinha todo um futuro pela frente. Gente da minha idade.

Queria deixar meus sentimentos sobre isso, e que as vidas e as famílias das vítimas estejam em paz logo, que tudo isso se esmaeça com tempo.

A situação me pareceu mais importante dos que pensamentos sobre minha própria vida hoje.

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Estresse ao limite

Quem é que se satisfaz totalmente com o trabalho que tem? Nem que seja o mínimo defeito, nada é completo o suficiente pra ser do jeito que você quer. No meu caso não é diferente, mas como ainda sou menor de idade e estudo, fica um pouco complicado arrumar outra coisa mais próxima ao que gosto de fazer. E ainda existe aquele velho fator que não morreu, mas é muito camuflado: muitos dos lugares que oferecem vagas no mercado têm preferência ao trabalho masculino. Infelizmente, isso ainda é uma realidade. A desculpa é de que homens aguentam situações mais exigentes de força física, porém os proprietários chegam a ser ignorantes o suficiente para deixarem de contratar uma mulher, que é por certas vezes mais inteligente do que um homem. Cheguei a ver um dia uma simples lanchonete com o seguinte aviso explícito: “CONTRATA-SE BALCONISTA HOMEM”; não preciso nem dizer até onde foi minha indignação, principalmente pelo fato de se tratar de uma lanchonete, no cargo de balconista, onde até macacos poderiam realizar um ótimo trabalho, se tivessem a capacidade da fala.

Meu trabalho é um tanto estressante, atualmente me encontro na Secretaria Municipal da Educação da minha cidade, no setor Financeiro. Estou envolvida com números, essencialmente, além das tarefas menos importantes. Trabalho como Menor Aprendiz e meu salário é curto, sendo que tenho mais situações-problema financeiras do que posso bancar se estiver desempregada; portanto não posso deixar de trabalhar neste lugar, mas também não consigo um emprego suficiente, com um salário regular e tratamento digno.

Estou no centro de quatro grandes mulheres, com mais experiência e muito perceptivas. Me sinto pequena e frágil dentro do local. Uma delas me olha com desprezo por causa da idade que tenho e algumas até gostam de mim, mas a cada dia o lugar parece estar mais estressante, sinto dores no pescoço e nas costas geradas da preocupação, isso não me faz bem em aspecto algum. Sinto que preciso de algo mais prazeroso, apesar de gostar de lidar com a matemática, mas preferiria conviver com pessoas mais agradáveis e despreocupadas do que com a tensão que paira em meu ambiente de trabalho.

O dinheiro não pode tomar conta da cabeça do homem, mas como se isso não bastasse, é exatamente o que acontece.

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Amor à toda prova

Digo que estou feliz, mas sinto que ando me enganando. Meu mundo não se resume a mais do que uma vida adolescente normal. Muito clichê, aliás, posso afirmar. 

O que quero dizer é que as coisas andam desabando ultimamente: um namorado que não me satisfaz, uma antiga paixão que não deu certo, mas ainda chacoalha meu coração; discussões frequentes com familiares e o distanciamento habitual de férias com os amigos.

Tudo ficou muito distante, me parece que as brigas com Gabriel andam mais e mais constantes e não vejo nada que possa salvar nosso relacionamento desse abismo. Pessoas iguais não devem se relacionar. Talvez uma amizade, sim, mas acho que um amor já foi um erro entre nós dois. A verdade é que meu coração pertence a Eduardo, por mais que tenha negado isso nos últimos 3 meses que passei com outro. Ele era meu, mas percebi que isso não era um interesse mútuo, então o deixei abrir as asas e voar até se cansar. Mas quem diria que voltaria tão sedento. Pertencemos um ao outro, não acredito que eu tenha deixado de acreditar nisso.

Prometi a ele que voltaríamos a ficar juntos e este confessou que me queria de qualquer forma, como quer que fosse.

Planejo retomar a felicidade, mesmo que isso tenha que machucar pessoas à minha volta. Já sofri muito pra continuar sendo tão altruísta.