Text
👁️
Não foram suficientes quase 700 mil mortos em uma absoluta ingerência da saúde pública. Não foi suficiente o empreendimento de força violenta do agronegócio, madeireiras e mineração para dizimar a natureza e povos indígenas. Não foi suficiente o desemprego oscilando na casa dos 10%, número este também da porcentagem de pessoas que retornaram ao mapa da fome. Não foi suficiente a violência imposta diariamente contra as diferenças e a diversidade, fossem elas de ordem étnica, religiosa, de gênero ou classe social.
Nas eleições de 2022, os brasileiros elegeram ou reelegeram os representantes da mais vil necropolitica que existe, estampados em uma extrema direita que criou um mix fundamentalista de conservadorismo e neoliberalismo.
Por mais que diversas candidaturas de representações de pautas importantes estejam consolidadas, não posso negar meu choque, a tristeza, o cansaço. Sigo.
👁️
@actardoque
#eleições2022 #necropolítica #neoliberalismo #fundamentalismo
0 notes
Text
Repost • @midianinja Documentário "Quebrando Mitos" estreia hoje ficará disponível gratuitamente para todo mundo por 30 dias no site www.quebrandomitos.com.br
youtube
“Quebrando mitos” revela a masculinidade catastrófica e frágil de Jair Bolsonaro sob o ponto de vista de um casal LGBT – o cineasta Fernando Grostein Andrade @grosteinandrade (“Quebrando o Tabu”, Coração Vagabundo”, “Abe”) e o ator e cantor Fernando Siqueira @fernandoosiqueiraa. Depois de ameaças anônimas por conta de críticas de Andrade à homofobia de Bolsonaro, o casal parte para a California e decide fazer um documentário que mistura biografias com a resistência ao fascismo no Brasil.
1 note
·
View note
Text
BAIRRO DA LUZ: POLO CULTURAL E CONTRADIÇÃO SOCIAL
06 Jan 2013 - 25 Ago 2022 @jornalismolotov
Por #ACTardoque
Por Adriano Tardoque
A questão da cultura suscita reflexões que precisam sempre ir além. Nas últimas semanas, pensei muito sobre a região da cidade de São Paulo, hoje conhecida pejorativamente por “Cracolância”. Localizada no centro do bairro da Luz, mais precisamente no entorno das estações Luz e Júlio Prestes, este local é o exemplo de uma das maiores contradições sócio-culturais brasileiras. Paredes de quase um metro de espessura, ajudam a compor o belo prédio da antiga Estrada de Ferro Sorocabana, projetado em 1925 e concluído em 1938, que hoje abriga a Sala São Paulo. No local, se apresentam os maiores nomes da música erudita mundial e também estão instaladas as dependências da Secretaria do Estado da Cultura, onde se constituem as políticas públicas culturais da maior cidade do país e uma das maiores do mundo. Existem ali dois mundos distintos: dentro, a apresentação e a definição de diretrizes culturais que possam aprimorar e integrar o público pela oferta do que se entende ser o capital cultural estruturante para a sociedade; fora, um bairro abandonado, passando por um processo arbitrário de reestruturação urbana, por onde perambulam milhares de pessoas tomadas pela dependência química e mendicância.
O descaso com a região nos últimos 30 anos, levou a desvalorização e o abandono gradativo de imóveis, causando perdas econômicas, sobretudo para os donos do comércio local. Hotéis e prédios desocupados, que apresentavam alguma condição, passaram a ser ocupados por movimentos que lutam por moradias, que procuraram implantar nestes locais, condições mínimas para viver; os imóveis que estavam em situação crítica, foram ocupados por dependentes químicos que viviam pelas ruas do centro da cidade. Com o aumento da oferta das drogas e do consumo do crack nas imediações, a região passou a ser uma “referência de lugar inabirável ou intransitável” e teve a alcunha popular corroborada pelas próprias autoridades públicas e imprensa. Moradores do bairro, então, se viram obrigados a conviver com a violência e com a incerteza sobre o destino da região.
Sem debate com a sociedade, sobretudo com os moradores do bairro e adjacências, motivados pela abertura de investimentos de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014, a prefeitura aprovou na câmara a Lei N.o 14917 de 07/05/2009, chamada de Lei de Concessão Urbanística, dando ao Poder Público o direito de desapropriar imóveis do bairro, de acordo com “sua vontade”. Com uma proposta dita “estrutural” surgiu o Projeto Nova Luz, que "libertaria o paulistano do mal estar" que se instaurou na região e traria novamente "o sentido do nome Luz ao bairro”. Com o tempo a proposta mostrou em nada contribuir para a questão social, privilegiando a exploração territorial pelo mercado imobiliário. Só restava então a unificação dos movimentos de moradia e associações de moradores com outros movimentos sociais, constituindo assim um núcleo de resistência, que avançou neste processo, pedindo minimamente o diálogo. Sobre os desdobramentos:
“Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 9031477-73.2009.8.26.0000 - Em 12/06/2015 transitou em julgado a decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça, em ADIn movida pelo Procurador Geral de Justiça do Estado de São Paulo que, por maioria de votos, analisou o mérito e julgou procedente a demanda, reconhecendo-se a constitucionalidade do art. 5º e § 1º desta Lei, desde que o Município, na aplicação desse diploma legal, garanta a participação das entidades comunitárias atingidas em fase anterior à edição de lei específica autorizando cada outorga de concessão urbanística. DOC 04/08/2015 p. 88 c. 4.”
As diversificadas linhas de pesquisa sobre a territorialidade da cultura, no desenvolvimento de diálogos culturais das instâncias micro para o macro, são a tabula rasa da dos projetos culturais. Com base nisso, nas últimas duas décadas, as políticas públicas fizeram dos aparelhos culturais os interlocutores entre as propostas e a comunidade do entorno. Às instituições têm procurado criar pontes de relação entre o arcabouço cultural que administram e o público, a fim de proporcionar o chamado capital cultural tão determinante para o desenvolvimento da cidadania. Os resultados trazem esperança, comoção, pedidos de reforços e ampliação de programas do gênero, dentre outras coisas.
Por trás de plantas e maquetes de grandes parques e centros de entretenimento que "dignificariam" a existência da Sala São Paulo, Memorial da Resistência, Museu da Língua Portuguesa, Pinacoteca do Estado e Museu de Arte Sacra, via Projeto Nova Luz, existe a justificativa urbano-sócio-cultural para o processo de gentrificação* empreendido no bairro. Se esta lógica do diálogo da instituição cultural com o entorno fosse pragmática, o Bairro da Luz seria hoje o principal pólo cultural do país.
* Do inglês gentrification, consiste num conjunto de intervenções no espaço urbano, sob a alegação do desenvolvimento, promovido com ou sem a intervenção governamental. Ocorrido em diversas cidades do mundo, está direcionado a retirada de moradias que pertencem às classes sociais pouco favorecidas.
Para saber mais:
Projeto Nova Luz – Contra a Cracolândia ou Especulação Imobiliária?
https://www.youtube.com/watch?v=cptmzku7vhk
youtube
Museo De Los Desplazados
http://www.lefthandrotation.com/museodesplazados/
Sem teto reformam prédio no centro de São Paulo:
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/sem-tetos-reformam-o-proprio-predio-no-centro-de-sao-paulo/
Lei 14917/09 de 07 de maio de 2009 – Concessão Urbanística.
http://cm-sao-paulo.jusbrasil.com.br/legislacao/709868/lei-14917-09
http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/lei-14917-de-7-de-maio-de-2009/detalhe
Tags: urbanização, cultura, aparelhos culturais, gentrificação, políticas públicas
0 notes
Text
CONVERSA DE COMPADRES - 23 Ago 2022
23 Ago 2022
A entrevista do candidato Jair Bolsonaro para o Jornal Nacional, não passou de uma conversa de compadres. Fosse negando aquilo que está registrado à exaustão em vídeo ou dando versões estapafúrdias para situações, o candidato à reeleição expôs a fragilidade do jornalismo feito por apresentadores de tv e não por jornalistas. Willian Bonner e Renata Vasconcelos não compraram devidamente a briga diante das mentiras escancaradas, tentando manter, a todo custo, um tom de equilíbrio no ambiente. Nas poucas vezes que aparentemente subiram o tom, recebiam uma avalanche de justificativas e mentiras, tendo logo em seguida que mudar o foco para outro tema, dada também a pressão do tempo da entrevista. Bonner teve até um lampejo de ar orgulhoso ao "arrancar" do candidato a declaração de que faria o básico e correto: respeitar o resultado das urnas. Como se diz por aí, é pouco, muito pouco.
AMEAÇA?
Bolsonaro fez questão de anotar na mão esquerda algumas palavras para deixar visíveis aos jornalistas e ao público, durante a transmissão. Dentre elas o nome de um doleiro chamado Dario Messer, que foi alvo da Lava Jato e confessou um suposto caso de corrupção que envolveu a família Marinho (dona da emissora), nos anos 90 (1). Vale lembrar que a concessão pública da Rede Globo terminará dias após a eleição.
No fim das contas, a Rede Globo cumpriu seu protocolo em receber o presidente e candidato de forma amistosa, colocando panos quentes nos anos de ataques diretos que ele fez a emissora e jogando para baixo do tapete, oportunidades únicas de expor o repertório de mazelas do entrevistado, em rede nacional.
REPERCUSSÃO
De um lado, a seita bolsonarista comemora e repercute nas redes o "desempenho do mito" enquanto alguns "cientistas políticos" apontam sua vitória no debate, ainda que do ponto de vista prático, seja quase nula a capacidade do evento de alterar algum quadro. Do outro lado, a imprensa progressista analisa a absoluta falta de critério e posicionamento jornalístico da Rede Globo durante a entrevista. Fica então a pergunta: terão os demais candidatos, sobretudo o ex-presidente Lula, o mesmo tratamento? Aguardemos.
#ACTardoque
@jornalismolotov
UOL - 22 e 23 Ago 2022.
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/08/22/dario-messer-bolsonaro-jornal-nacional.htm
#redeglobo #debate #entrevista #jornalismo #jornalismocanalha #eleições2022 #foragenocida #uoljornalismo #jornalnacional #jornalismolotov
0 notes
Text
UM CORAÇÃO MORTO ONDE CORAÇÃO NÃO GOVERNA
UM CORAÇÃO MORTO ONDE CORAÇÃO NÃO GOVERNA
No campo das subjetividades, é absolutamente possível explorar algum tipo de compreensão em relação a importação do coração de um personagem histórico, para animar as comemorações do dia 7 de setembro, data transformada nos últimos anos, em "esperança golpista".
Alguma marca precisa ficar, afinal, o símbolo das emoções e do afeto foi ausente ao longo do mandato do atual presidente, cuja história há de ser contada para as gerações futuras, dentro das mais sinceras expressões que possam exemplificar as barbáries que promoveu.
No mais, para muita, mas muita gente, essa formalidade necropolitica não diz absolutamente nada.
ACTardoque
@jornalismolotov
#7desetembro #golpe #golpismo #foragenocida #coraçãodoimperador #dompedro #brasil #história #barbárie #presidentegenocida #forabolsonaro #exércitobrasileiro #jornalismolotov
0 notes
Text
E O CAÇADOR DE POLÊMICAS FOI CASSADO!
Não precisava muito para sacar quem e o que é Gabriel Monteiro. Fruto das redes sociais, com perfil histérico, sensacionalista, usando chavões do senso comum e a didática de programas policialescos "pinga-sangue", falava e atuava em nome do "cidadão de bem" e de valores morais, representando principalmente a hipocrisia da classe média carioca, refletida em todo país.
Formado dentro de uma relação simbiótica entre a ostentação, contravenção e militarismo, este perfil do "cidadão de bem" carioca é absolutamente voltado para a exclusão do pobre, mantido a ferro e fogo na periferia da cidade-estado Zona Sul (e em parte Oeste), cujo acesso só é permitido se preferencialmente for prestar serviço a nobreza instalada do Leme ao Pontal. E Monteiro, a exemplo de Daniel Silveira, constitui a "guarda da fronteira" deste estamento. Não é mero acaso que ambos faziam parte das corporações policiais do Estado e possuem histórico de inadequação e processos internos junto aos departamentos que representavam na segurança pública.
Também não é mero acaso que o único que votou contra a cassação de Monteiro, tenha sido o vereador Luiz Carlos Chagas de Souza Junior, ou Chagas Bola (União Brasil-RJ), sargento da Polícia Militar.
De acordo com a reportagem do #uolnotícias , ele é "... casado, pai de três filhos e, segundo ele, cristão (...) Chagas Bola foi eleito o primeiro suplente do PSL na última eleição e assumiu em abril o lugar do ex-vereador Rogério Amorim (PSL-RJ). É amigo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz (PTB-RJ), ambos suspeitos de envolvimento em um esquema de "rachadinhas" na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro)."
Ou seja, tudo em casa na terra das milícias.
E em casa, Gabriel Monteiro, aquele que tanto caçou assuntos e perseguiu pessoas (e que, por enquanto, ainda poderá concorrer a cargos eletivos), assistirá o andamento dos processos diversos, movidos contra ele.
ACT
#jornalismolotov
#riodejaneiro #cassação #foragabrielmonteiro #milicianos #milícias #rachadinhas #assedio #quebradedecoro #política #gestãopública
0 notes
Text
SANNA MARIN E A GRANDE IMPRENSA PATRIARCO-MORALISTA
A imprensa nacional repercute em sua essência a sujeira da imprensa internacional. Isso quando não da um descarado "ctrl C + ctrl V" nas notícias.
Com um perfil "patriarco-moralista", dentro e fora do Brasil, a chamada "grande imprensa" tem bem clara a cor de camisa que veste e para quem diz "amém". E para isso dispõe de uma mão-de-obra devidamente qualificada em seus anseios, composta por especialistas e/ou correspondentes, que farão fundamentações históricas e sociais de contextos, apresentando datações, citações de grandes líderes, e afins, para discorrer inteligentemente as mesmas coisas de sempre, conduzindo, pela boca de um funil, aquele que busca a informação, em mero receptaculo do melhor "entendimento do mundo" que o cerca.
O caso de Sanna Marin, Primeira Ministra da Finlândia, revela tudo isso. Afinal, o que uma mulher com sua posição está fazendo dançando em uma festa particular, enquanto na esfera pública e mundial, a dupla do momento, Vladmir e Volodymyr, (Putin e Zelensky, respectivamente, presidentes da Rússia e Ucrânia), derrama sua testosterona junto com o sangue de milhares de pessoas, assistidos pela submissa OTAN (Organização dos Testosteronados do Atlântico Norte)? Como esta mulher pode demonstrar alegria em um evento com amigos, se o seu país é vizinho dos russos e está claramente ameaçado?
Mulher, dona da própria vida, em cargo de chefe de estado, em uma sociedade patriarcal, machista e hipócrita, "jamais pode ser líder eficiente" (o Brasil tem expertise no tema), quem dera feliz. Dançar, então, já foi até motivo para ser condenada a fogueira!
Após realizar exames toxicológicos exigidos pela oposição política em seu país, Sanna Marin passa agora a lidar com a repercussão da sua dança, nas fogueiras feridas das vaidades patriarcais pelo mundo afora.
#sannamarin #finlandia🇫🇮
#política #polemica #patriarcado #machismo #imprensa #jornalismo #jornalismocanalha #jornalismolotov #veja #r7 #mulher #mulhernapolitica
0 notes
Text
Assine e compartilhe.
1 note
·
View note
Text
RESPEITE A OPINIÃO DE MARIAS E JOSÉS
Dar infinitas voltas argumentativas, academicizar o debate e amarrar tudo em teses e ideias da necessidade de sustentar uma situação política para resolver outra, não é algo simples e muitas vezes pode incorrer na afronta e desrespeito a vivência, memória, bom senso, opinião e posição de pessoas comuns.
A Dona Maria e o Seu Zé, certo dia, amanheceram com tropa de choque, bombas jogadas de helicópteros e tratores na porta de casa, no Pinheirinho, São José dos Campos - SP, para lhes despejar do terreno em que estavam instalados.
Era uma ordem de despejo em favor de um e especulador financeiro envolvido com todas as mutretas possíveis do mundo empresarial e político, condenado em 1997, pela Justiça Federal a mais de vinte anos de prisão por crimes contra a economia popular e o sistema financeiro. Mas, no mundo em que se tem muito dinheiro, ainda que no bolso dos outros, esta decisão foi revertida judicialmente por seus advogados e ele foi absolvido das acusações, anos depois. Em 2012, tinham como governador Geraldo que, de praxe, não foi em nada sutil e empático em relação ao despejo que sofreram e se dizia legalista diante do cumprimento do que a justiça determinava. E sua tropa de choque (com direito a batalhão da PM que atendia exclusivamente seus telefonemas e ordens), massacrou tudo e todos ao longo dos infindáveis anos do tucanato. Lembremos que a explosão dos protestos de 2013 teve como ponto chave os excessos da polícia militar.
Uma década depois, Dona Maria e do Seu Zé, tem suas casas conquistadas em programas de habitação, mas tem a pobreza flutuando ao seu redor, diante dos últimos seis anos de golpe e governo genocida, pois suas vidas são assim: estão sempre na linha de frente diante das mazelas da sociedade, ocasionadas por oscilações políticas e sociais. Então, como fica a cabeça de Dona Maria e Seu José, agora que a solução apresentada para "voltar a caminhar novamente para a dignidade", tem como peça o Geraldo, aquele mesmo que permitiu que lhes fosse tirada a dignidade em 2012, abraçado com o Guilherme que tanto lutou contra ele naquele contexto e com o Inácio, que lhes possibilitou acessos e ganhos sociais nos anos que antecederam o incidente do despejo?
As marcas deixadas nas almas de Marias, Josés e tantos outros, precisam e devem ser respeitadas, bem como a capacidade que eles têm de avaliar e opinar diante das circunstâncias e situações fora do contexto político da democracia burguesa dos acordos e relações que tornam possíveis alianças e governabilidade. Isso compõe o elemento essencial e fundamental da dignidade deles, enquanto seres humanos, que nada além da morte pode levar. Apenas respeite.
Adriano Tardoque
@jornalismolotov
Foto: Reprodução/CMI
Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2020/01/29/oito-anos-depois-onde-estao-os-principais-envolvidos-no-caso-pinheirinho
#dignidade #opinião #vivência #respeito #justiça #política #pobreza #eleições #democraciaburguesa #cidadão #cidadania #governogenicida #foigolpe #pinheirinho #violenciapolicial #jornalismolotov
#maria #josé
1 note
·
View note
Text
0 notes
Text
COMO É DIFÍCIL TER SOSSEGO EM HIGIENÓPOLIS E NO COMPLEXO DO ALEMÃO!
25 Jul 2022 - A grotesca cobertura jornalística da história da "Mulher da Casa Abandonada", no bairro de Higienópolis - SP, trazida à luz (câmeras, ação!) na semana passada, encabeçada pelo jornalismo policialesco de quinta categoria do desinformado e sensacionalista Datena, acompanhou e fez uma narração ao vivo do cumprimento de um mandato policial, para averiguar possíveis maus tratos a uma idosa, com direito a inúmeras viaturas, delegados que adoram câmeras, dezenas de policiais, helicóptero, ex-modelo e influencer protetora de animais (transmitindo simultaneamente pelas redes sociais, o resgate de um cachorro no local), dentre outras coisas. Um espetáculo!
Em meio a manifestações com certa dose de pena em relação a situação da mulher branca de família rica, que teve prescrita nos EUA uma condenação por situação análoga a escravidão de uma mulher negra (brasileira, "amiga da família"), há passados vinte anos, de forma irresponsável e canalha, como lhe é de praxe, o apresentador informou o endereço completo do local dos fatos, engrossando ainda mais o volume de curiosos, desocupados e afins, que foram se alojando na porta da mansão para acusar e gritar palavras de ordem, fazer selfies, beber, pedir pizza, tocar violão e tudo mais que qualquer um possa imaginar.
A origem de tudo foi uma série de sete episódios pesquisados e narrados pelo jornalista Claudio Felitti no podcast da Folha de São Paulo sobre "A mulher da casa abandonada", disponível nas principais plataformas de streaming, cuja história rendeu uma quantidade avassaladora de acessos no último mês.
Enquanto isso, na quinta-feira, 21 de julho de 2022, mais de 400 agentes da polícia do RJ, sob o comando do governador bolsonarista Claudio Castro promoveram, pela terceira vez em menos de um ano, outra invasão que culminou em mais um verdadeiro massacre de pessoas no Complexo do Alemão. Até o momento em que escrevo este texto, foram contabilizadas 19 mortes, em sua maioria composta de pessoas pretas, acusadas de ligação com o crime, somadas a transeuntes da comunidade ou "danos colaterais", como chamam os ditos especialistas em segurança pública.
O tema é tratado no jornalismo como uma "rotina das grandes cidades", abordagem esta que atende sobretudo a sanha de vingança como justiça, por parte dos entusiastas armamentistas que glorificam ações policiais, tidos como os "limpadores da sociedade" designados por alguma graça divina. Não por acaso, este é o perfil em que se amparam o atual governador para tentar a reeleição no estado e o atual presidente da República (ou "republiqueta" segundo ele mesmo), também candidato à reeleição. O Brasil, afinal, é um laboratório avançado de necropolítica.
Em se tratando de "limpar", o que a imprensa tradicional, sobretudo a televisiva, sabe fazer bem é "passar um pano". Dedica horas a fio na cobertura da história pitoresca de uma mulher branca e de elite falida, com a cara besuntada com pomada mais branca ainda, que se quer responderá pelo crime cometido, diante de indignados vizinhos brancos que se sentem "desconfortáveis" com sua presença. Vizinhos que há décadas sabem da sua história, mas não tocavam no assunto até o jornalista da Folha conseguir sua tão preciosa "mosca (da cara) branca" e tornar as coisas públicas e de tão grande repercussão (ajudando a consolidar ainda mais o nome dele no seu meio de atuação). Vale lembrar que esta mesma vizinhança do bairro de Higienópolis, até bem pouco tempo atrás se manifestava contra obras do metrô que traria "gente diferenciada" para a rotina do local. Agora a presença indesejável de tantas pessoas passou a ser inevitável devido ao novo "ponto turístico" que o sensacionalismo da imprensa e as redes sociais, criaram.
No Complexo do Alemão, foi estendida uma faixa com a frase "Fora da favela polícias assassinas". Eles também tem seus "visitantes indesejáveis".
Como é difícil ter sossego em Higienópolis e no Complexo do Alemão!
Adriano Tardoque
@jornalismolotov
Imagens:
- Site de viagens destaca a "Casa Abandonada" como atração turística.
- Margarida e a famosa foto com pomada na cara.
- Faixa de protesto exposta no Complexo do Alemão.
Fontes:
#jornalismo #sensacionalismo #sociedadedoespetáculo #redessociais #podcast #amulherdacasaabandonada #higienópolis #complexodoalemão #politicadeextermínio #necropolítica #sãopaulo #riodejanei #genocídionegro #segurançapublica #jornalismocanalha
0 notes