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O Kairo tinha de tudo, era um cafezinho aconchegante que ficava bem na rota de trabalho de Joca, sem contar que, conseguia aproveitar a parada para comprar uma porção e coisas que não precisa mas, como todo consumista, queria, na loja colaborativa ao lado. Tinha uma afeto especial pelo lugar, talvez fosse a receptividade dos atendentes ou o sentimento de casa, considerando como Gabo, barista do lugar, havia feito questão de inserir alguns detalhes da cultura nordestina no ambiente, como a própria musica regional que costumava tocar. Naquela manhã em especifico, havia ido ao local sem pressa, considerando que seus atendimentos haviam sido suspensos por uma confusão de agenda no hospital, assim, poderia aproveitar com calma não apenas do sabor mas, das peripécias dos trabalhadores e clientes locais. Assim que adentrou o estabelecimento, foi surpreendido por uma nova familiaridade: Hugo. Joaquim havia conhecido o professor anos atrás, mal lembrava se na época ele já lecionava ou se ainda era um moleque seguindo o “eu acho é pouco” animado com a combinação de vermelho e amarelo e as batidas ritmadas do bloco. O sorriso largo imediatamente se abriu, mesclando a alegria de encontrar um velho amigo com a da nostalgia ao ouvir um sotaque mais parecido com o seu. – Oxente, tais perdido? – Questionou, soltando uma risada baixa, seguida de um estender de mãos que levaria a um abraço breve em cumprimento. – Quanto tempo, cara! – Falou, ainda surpreso com a coincidência. – Então, acabei precisando resolver umas coisas por aqui e tive de ficar pelo Rio, ao menos por enquanto. E o senhor? – Ainda mantinha-se em pé, agora apoiando uma das mãos sobre o apoio da cadeira de madeira envernizada.
em uma cafeteria com @joca-avries às 15 e pouco da tarde.
a música que tocava ao fundo, hugo reconhecia parcialmente, talvez fosse a batida ritmada que lhe desse tal impressão, mas onde quer que tivesse escutado, não lhe remetia à nenhuma situação em particular, talvez não estivesse lúcido o suficiente para aquilo no momento em que ouvira da primeira vez, agora, dobrando o jornal para que pudesse focar na melodia, os olhos masculinos vagaram pela cafeteria, seu chocolate quente não parecia condizente com o clima também quente, mas bem, o que poderia fazer se seus pensamentos funcionavam melhor quando adicionado uma quantidade exorbitante de doce? por coincidência ou não, tivera lido uma vez em uma revista qualquer que flavonoides turbinavam a memória daqueles que o consumiam, por mais que não imaginasse que traria efeitos imediatos, a imagem de @joca-avries surgira bem diante de seus olhos, fazendo-o bater na mesa com animação, descobrira onde diabos escutara aquela música: carnaval de olinda. deveria dizer que o rio de janeiro, além dos patins, já estava adentrando mais uma vez ao modismo, tocando as músicas de milênios atrás que estavam voltando à moda, tinha certeza que aquilo nem deveria mais ser permitido. “é chato chegar a um objetivo num instante.” murmurou, balançando brevemente a cabeça em negação para si mesmo em seu próprio debate interno, logo elevando o queixo e deixando que um sorriso brotasse por seus lábios. “ora, ora, se não estou diante de um estrangeiro, está perdido por aqui e não sabe o caminho de casa?” divertiu-se, deixando que seus cotovelos encontrassem a mesa para que o apoiasse para frente.
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A enorme cobertura duplex com cerca de trezentos metros quadrados misturava o cheiro de brisa marítima, difusor de alecrim e aristocracia, bem como eram os favoritos de Dona Luzia da Fonte. Especialmente quando esses se mesclavam aos diversos tons de eau de parfum que cada um dos seus cinco adorados netos usava. Havia precisado fazer certo drama para conseguir reuni-los em um almoço, afinal, nem sempre tinham tempo para viajar de Recife ao Rio de última hora, mas, havia conseguido, deixando o coração e sua sala larga, com a mesa de madeira de 10 lugares, completamente preenchidas. Joaquim foi o último a chegar, havia passado um pouco da hora, pela noite anterior. Aparentemente não era mais tão jovem assim ao ponto de estar completamente invicto a ressaca. Tão pouco entrou no local, já foi pego pela vó, que não tardou a lhe dar o braço e um sermão. Era uma absurdo aparecer com os olhos fundos daquela maneira em uma reunião familiar tão relevante quanto aquela, que não tinha motivo para ser. Argumentou que a noite anterior foi divertida e que precisava se agregar a comunidade em que agora trabalhava. Argumentou em vão é claro. Onde já se viu querer misturar o sangue de prata secular com um bando de...de...bem, Luzia não tinha ainda uma palavra velada o suficiente para disfarçar o preconceito, mas, arrumaria. Tal qual, lhe arrumaria uma boa pretendente para o rapaz naquela cidade, já tinha tudo muito bem planejado e desde que pós os olhos em Natalie Dupont, teve certeza de que o próprio Deus estava ajudando seu plano, ela era a mulher perfeita para tal proposito. Elegante, bela, educada e de boa família. Perfeita. Era perfeita.
O resmungo da senhora sobre a noite anterior terminou assim que se aproximaram da jovem, nas poltronas da enorme varanda. Após cinco minutos de bajulação, Luzia praticamente largou Joaquim lá, o instruindo a fazer “companhia” a jovem. O sorriso sem dentes do médico se divertia, entendendo o intuito da avó, e acabando por assentir sobre fazer companhia. Os olhos tornaram para Natalie assim que a outra mulher se afastou, agora lhe mostrando os dentes brancos de clareamento em dia. Sentou na poltrona ao lado, passando uma perna sobre a outra e inclinando o tronco e parte do corpo a quarenta e cinco graus, de moco a ficar virado para a Dunpont. – Então se você também foi quase intimada a comparecer, o momento de confessar é agora e podemos traçar um plano de fuga após a sobremesa. – O tom era de brincadeira, embora tivesse fechado o sorriso e se mantido serio como quem traca plano para fungir de um sequestro. A expressão não durou tanto e logo os zigomáticos se contraíram, exprimindo simpatia. – Não mas, falando sério, que bom que você veio. Como minha vó já recomendou mil vezes, fica a vontade.
@natalouca
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#(visage.) há sempre um lado que pesa e outro lado que flutua a tua pele é crua#amanhã venho pra dashhhh
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Luzia Da Fonte era uma mulher insistente. Dessa forma, mesmo após Joaquim se recusar a juntar-se a avó e seus enteados em um jantar formal num restaurante caro do Leblon, pois tinha um compromisso, a mulher seguia com mensagens e ligações insistentes, fazendo o seu grau sútil de drama casual. La perto das vinte e tres horas, o rapaz estava quase cedendo a chantagem emocional enquanto respondia a vigésima mensagem enviada no curto prazo de cinco minutos quando sua atenção foi transferida a companhia, que nao demorou a ocupar o local em sua frente. Nem precisou responder e la estava Natalie, com a elegante silhueta e as longas pernas, próxima a si. – Ah…Agora está. Tudo bem? Como voce esta? – respondeu, com um sorriso simpatico assim que teve a oportunidade. Em seguida, se esticou um pouco para cumprimentar a mulher ao seu lado, lhe dando os clássicos dois beijinhos. – Confesso que esse é um lugar onde eu realmente nao imaginei te encontrar, estou bem surpreso e contente, claro. É sempre um prazer . Eu nao sabia que voce gostava de pagode nao…És caixinha de surpresas mesmo, visse? – Brincou. – Estou sim…E voce?
isso é um starter pro @joca-avries
Ok. Em dado momento da festa, Natalie tinha de admitir para si mesma que não teria sucesso com Sérgio naquela noite. Daquela vez, ele conseguira dar um perdido em si– mas só daquela vez! E fosse por algum outro desentendimento que tiveram, ou pela festa até que estar legalzinha, mas depois de um tempo Natalie decidiu que queria, sim, se divertir. E se Sérgio não fosse ficar ao seu lado, então arranjaria algo para fazer! E qual foi sua surpresa ao perceber que seu segundo brinquedo favorito estava bem ali, sentado a uma das tão disputadas mesas dentro do bar. Perfeito; Joaquim seria algo interessante a se fazer, com certeza. Uma boa distração. ❛❛ —- Oi, Joca. Tá ocupado aqui? ❜❜ ela perguntou, educada, mas já ia se sentando, nem esperando a resposta, puxando a cadeira para perto dele. Cruzou as pernas e apoiou-se sobre a mesa, deixando uma boa porção da sua pele bem, bem à vista. Era como se nunca tivesse ficado tanto tempo até então procurando pelo seu “namorado”. ❛❛ —- Que coincidência te encontrar, mon cher. Está aproveitando a noite? ❜❜
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Foi só por o pé nos mais de duzentos e oitenta metros quadrados que formavam o enorme apartamento de Luzia Da Fonte para ouvir soar toda a chuva de reclamações e lamurias sobre como os netos estavam a abandonando no final da vida e escolhendo a boemia em botequins chinfrins da classe C. Joaquim começava e se questionar se havia mesmo sido uma boa ideia informar a avó sobre o churrasco para o qual havia se arrumado aquela noite. A cisma da mulher, transpassava o fato do rapaz preferir sair com semi conhecidos, do que ir a um importante jantar de negócios com sua “tia”. Porém, claro que por puro desconhecimento dona Luzia desconsiderava o fato de Piera nao ser realmente tia de Joaquim, viver tentando lhe arrastar uma asa de maneira desconfortável até e ter amigos que, graças a deus em bom português ele podia classificar como “um bando de malas”. Eram um bando de malas podres de rico, no entanto. Tornando qualquer argumento sobre a troca desproporcional ineficaz.
Ainda ao som das reclamações, deixou o apartamento da vó, entrando no Uber empolgado rumo a Copacabana. Era sua primeira saída desde a volta que não incluía medicos na empresa medicina, ou conhecidos/sócios inconvenientes do atual esposo de sua avó. E nao se arrependeu das expectativas ao chegar no local e encontrar a rua animada, decorada com os mais diversos rostos e recoberta por uma receptividade que em poucos lugares era encontrada. Joaquim gostava daquilo, da energia honesta das pessoas fora de suas roupinhas alinhadas enquanto tentavam se provar melhores que os outros. Sendo naturalmente divertidas, enérgicas, simpáticas, ate. Talvez fosse o fato de Joca ser o medico novo do hospital e as pessoas quererem agrada-lo ou talvez, como preferia pensar, aquele local estivesse lotado de boas pessoas. Adentrou o pequeno bar, indo ate o balcão buscar uma cerveja, procurando de longe algum rosto conhecido e optando por pegar mais uma, para fazer a linha visitante educado. Retornou para for a do bar, parando em uma mesa próxima ao palco, onde mais algumas pessoas estavam em pé e virou-se para uma figura que lhe pareceu simpática o suficiente e, ate meio familiar. – Caramba, ta bem animado aqui, né? – Comentou, com o sotaque pernambucano característico que sempre lhe acompanhava, mesmo apos os anos fora. – Você aceita uma cerveja?
#(convos.) você já cansou de escutar centenas de casos de amor#vou responder os starters ja abertos com os outros dois#copa: starters
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“What do you think about this outfit?” (Suellen)
Apesar de gostar de cumprir compromissos na hora, Joaquim tinha a paciência como qualidade. Dessa forma, não costumava se incomodar de esperar alguém se arrumar. Especialmente se estivesse interessado nesse alguém. Assim sendo, os cinquenta minutos que passou no sofá da casa de Suellen a aguardando não lhe pareceram uma eternidade e, ainda se parecessem, ele nunca reclamaria. Sua avó talvez não tivesse a mesma paciência esperando os “pombinhos” no Nido Ristorante, onde jantariam. Era a primeira vez que a manicure e a idosa se veriam, e Joca realmente queria que se dessem bem, sendo essa sua maior preocupação aquela noite. Sabia como Luzia conseguia ser...Bem “judgmental”, como diziam os americanos, então talvez mesmo calmo, o atraso fosse ser um problema. – Su? – Perguntou em tom médio, sendo respondido em um grito que “já estava indo”. Menos de cinco minutos e de fato, ela foi.
Quando Suellen Samara adentrou a sala com o batom vermelho e o conjunto de cropped e short print animal de paetê lhe perguntando como estava a roupa, Joaquim engoliu seco e manteve os olhos arregalados por diversos segundos pensando no que responder. Não é que ele fosse chato, ou que achasse a roupa horrenda, ou que fosse o maior entendedor de moda. A roupa era até... bem, alguma coisa. Ela só lhe parecia a fantasia de jaguatirica que algumas meninas usavam para subir as ladeiras de Olinda num bloco de Carnaval. Meu Deus, Luzia odiaria e o inferno estaria feito. Claro que talvez ela odiasse o romance de toda maneira mas, ele ainda tinha esperanças. Esperancas que morriam conforme baixava os olhos e dava de cara com o salto de plumas. “Joaquim?” Ela o chamou a Terra. Piscou algumas vezes como num despertar, torcendo apenas para que aquilo fosse só um pesadelo rápido. Não era. Ou era. Mas, ele estava acordado e vendo direita. – Ah... – Foi levantando do sofá, se aproximando da morena aos poucos. – Tá... Tá... É... Você é linda, Su. Você é linda, você sabe. Tudo fica bom em você. Hm... Mas, vai tá meio frio lá né? Digo, por conta do ar. – Tentava se equilibrar nas palavras e conforme o fazia, colocava as mãos sobre os ombros da moca, acariciando de leve. – Eu fico preocupado de você passar frio e ficar desconfortável.
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❛ nurse . give my muse company in the hospital.
Joaquim trabalhava no hospital Santa Clara quase como um favor ao enteado de sua avó? Sim. Isso nem de longe o impedia de fazer o que tinha para fazer da melhor maneira possível, mais que isso, acabava sempre ficando bem mais horas que o necessário tentando ajudar alguns dos plantonistas locais, especialmente os que não pareciam ter se formado há muito. Foi na saída dessas horas extras gratuitas que acabou cruzando o olhar com o de Carolina, rosto bastante conhecido, considerando que vinha indo há encontros com a melhor amiga dela. O cenho se franziu, perguntando-se o que ela estaria fazendo/precisando dali. Como de costume, o local estava cheio, os médicos e enfermeiros completamente sobrecarregados, provavelmente, demoraria horas no local. O que seria absurdamente cansativo, especialmente após as diversas horas de trabalho que Carol deveria ter, como sua amiga um pouco mais tagarela já havia lhe falado. Na intenção de descobrir se poderia adiantar aquele serviço para ela de alguma maneira, aproximou-se do local onde a mulher estava, curvando um pouco o tronco para fita-la. – Carol? Oi... Tá tudo bem? Você veio para a consulta ou está esperando alguém? – O cumprimento de recepção de recepção sempre educado e singelo veio seguido da explicação: algum maluco havia passado pelo bar do Ceva como um furacao e a feito derrubar uma bandeja, como consequência a mulher havia se cortado com o caco de um dos copos e agora tinha uma mão. O neurologista ainda sabia como lavar um ferimento e, se voluntariou para ajudar, precisando, obviamente insistir durante o percurso. – Tá tudo bem, Carol. A gente dá um jeito na sua mão e, se você aceitar, eu te dou carona. Pode ser? De toda forma, eu ia ver se a Su já iria também, ela tinha comentado comigo que essa hora é péssimo de ônibus.
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'you are an inspiration’ (belzinho)
Alguns meses haviam se passado desde seu retorno ao Brasil, e mais especificamente, alguns meses haviam passado desde que começou a trabalhar no hospital em Copacabana. Aquela altura, Joaquim já estava tão adaptado a nova realidade, que conseguia lembrar o nome de algumas das figuras mais marcantes do local, tal qual Abelardo, o taxista simpático que havia lhe ajudado a consertar o carro uma vez, quando seu pneu furou. Desde o ato de boa fé, parecia que as vezes com que cruzava com o homem se tornaram mais frequentes, ou talvez ele só tivesse passado a percebê-lo mais. Parecia sempre de bem com a vida, sempre carismático algo que, começou a apreciar na companhia do homem, mesmo sendo completamente diferentes. Sem contar que, o taxista parecia gostar de inclui-lo nas atividades do local, como deixava parecer o convite para uma cerveja naquele fim de tarde. Com o barulho da roda de samba ao fundo, o Vries se divertia com as histórias inusitadas do homem que ganhava a vida transportando pessoas de um lado a outro. Por vezes, quase se balançava no banco de plástico de tanto gargalhar. – Bel, você é uma figura. Como que faz para viver sempre de bom humor assim? Você é uma inspiração, serio...Eu nem sabia que aguentava rir tanto.... – Disse, tocando o braço do outro em um gesto amistoso.
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the empress: do you think you will ever get married?
Os músculos dorsais de Joaquim se contraíram ao que a postura foi arrumada, a pergunta lhe pegou em cheio e, embora soubesse que não havia uma resposta certa para aquilo, precisou pensar um pouco. Como sua mãe costumava mencionar, era possível que casamento fosse mais sobre companheirismo e disponibilidade múltipla para sacrifício que uma paixão ardente em si. – Talvez.. – A resposta saiu em tom baixo, com um sorriso de canto, formando uma feição meio pensativa. – Eu não acho que até o momento conheci uma pessoa com quem eu planejasse passar o resto da minha vida. Digo, eu já me apaixonei claro...Mas, sabe aquele insight de disposição? Quando você olha para uma pessoa e se vê disposto a dividir a sua vida com ela? Então... Acho que eu não penso muito sobre por isso. Mas, se eu vir a conhecer....eu acho que um dia vou. Eu divaguei demais, né? Desculpa...
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[joca]: oi linda
[joca]: entao, eu to perto da entrada do bar. Estás perto de onde, posso chegar ai.
[joca]: ta bebendo algo. Quer que eu leve alguma coisa? Cerveja? Caipirinha?
❪ 💬 ❫ : disse que te acharia por aí, eu sei ❪ 💬 ❫ : MAS OLHA QUANTA GENTE TEM AQUI ❪ 💬 ❫ : vamos ter que combinar um ponto de encontro mesmo ❪ 💬 ❫ : ou nunca mais vai ver a minha bela carinha ❪ 💬 ❫ : tá por onde?
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Joaquim A. Vries no churras do Cevinha.
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pin . push joca against a [ wall, table, other ] . (Suellen)
Se você perguntasse para Joaquim como ele e Sullen, mesmo tão diferentes acabaram envolvidos, ele teria dificuldade de lhe responder, afinal, todas suas antigas namoradas haviam sido muito mais pacatas do que a manicure que vinha conhecendo. Mas, se lhe perguntasse o que mais gostava naquilo, era como ela conseguia ser divertida e autentica. Havia ido busca-la no salão, afinal, aquelas horas não seria nem um pouco agradável pegar um ônibus até o Vidigal. A moca havia ficado responsável por fechar o comércio antes de ir para casa e ele, como bom cavalheiro, não se negaria em ajudar. Foi surpreendido no entanto, ao terminar de colocar os secadores no local e perceber o olhar 43 em sua direção antes de ser praticamente empurrado para uma das penteadeiras. As mãos foram automaticamente a cintura da morena e um sorriso lateral foi aberto. – Das duas uma...Ou agora eu vou ficar muito feliz...Ou você vai tentar me matar. E eu espero muito que seja a primeira coisa.
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[ enough ] your muse commanding mine to stop talking .
Joaquim aceitou o pedido do quase familiar de boa fé, já sabendo é claro que ia acabar fazendo muito mais do que era solicitado. Logo que começou a atender como neurologista no Santa Clara pode perceber que teria de quebrar um galo na emergência fez ou outra, como era o caso no dia, onde um dos plantonistas havia faltado. Fazia tempo que não pisava como atendente numa emergência brasileira do SUS e quase esqueceu o quão bagunçada conseguia ficar por, muitas vezes as pessoas não serem nem instruídas a que serviço deviam procurar com suas queixas. Atendia uma conhecida que talvez pudesse ter sido atendida no PSF mas, se ali já estava, não seria ele quem não iria atender. Após a anamnese, seguiu para o exame físico, durante a qual a moca parecia tagarelar sem parar, o que talvez fosse um pouco de nervosismo. Ele não se incomodava, dificilmente se incomodava com algo, até gostava de quem batia mais papo. No entanto, estava tendo dificuldades para ouvir os murmúrios vesiculares com toda aquela conversa. – Minha flor... deixa eu lhe pedir um favor... – Disse, retirando o estetoscópio do ouvido por alguns segundos, arrumando a postura de maneira a conseguir fita-la. – Fique em silêncio um pouquinho, só para eu conseguir auscultar seu pulmão. Pode ser?
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NOME: Joaquim Campos de Almeida Vries; FC: Renato Goes; APELIDOS: Joca, Jojo; IDADE: 31 anos; OCUPAÇÃO: médico neurologista; NATURALIDADE: Recife - PE;
ANIVERSÁRIO: 16/01; ALTURA/PESO: 1,82m / 82kg; FORMAÇÃO ACADÊMICA: Ensino Médio ( Colégio GGE); Bacharelado em Medicina (Universidade de Pernambuco); Residência de Neurologia (Mayo Clinic); QUALIDADES: prestativo; confiável; discreto; dedicado; DEFEITOS: fechado; inseguro;
BIOGRAFIA
Tão misturado quando todo brasileiro, os Campos de Almeida Vries poderiam escrever um livro de história pernambucana, como gosta de dizer o senhor Manoel de Almeida, avô paterno de Joaquim. Sentado em sua poltrona charles eames preta enquanto toma um bom whisky, o velho mestre poderia passar horas lhe contando do romance quase shakespeariano lá por meados do século dezesseis nas terras do “rio comprido”, como deriva do tupi. E, se lá na Itália os Montechio e Capuleto tinham suas desavenças de anos, levando seu filhos a morte trágica, aqui o ousado comerciante recifense conhecido como Bento de Almeida não arredou o pé ou buscou meios termos para conseguir o coração e a mão de sua adorada Joana Campos, mesmo sob o desgosto do patriarca Campos, que além de perder sua única herdeira, teria de ver um maldito mascate assumir suas largas fazendas açucareiras. Reza a lenda que o coronel lamentou tidas e noites, mas, não teve jeito, a solução foi aceitar e pedir perdão a todos os ascendentes, desde que viveram nos primórdios da fortuna, literalmente plantada desde o início da exploração ainda pela ilha de Itamaracá. Ô, seu Manuel adora contar histórias. Menciona ainda quase toda semana, especialmente aos domingos quando encontra com Henrique Vries e outros conhecidos, a passagem dos Vries, desde a chegada a cidade de Vitória, até a “surra” dos holandeses no monte das Tabocas, primeiro embate da Ressurreição Pernambucana. Seu Henrique – avô materno de Joca – conta algo diferente. Jura de pé junto que lutaram bravamente no conflito, bem como anos depois na Batalha de Casa Forte, onde formaram seu lar, isso claro, passados anos após a expulsão dos Holandeses e da fulga para o interior, onde Mauricio Vries arrumou um bom casamento com um das comerciantes mais antigas de Caruaru. Na verdade, se você tiver com tempo, os dois velhos lhe contam tudinho, como uma ficção histórica digna de livro, durante um bom vinho de domingo lá no restaurante do pai da Camila Coutinho, isso, a blogueira. Lhe contariam ainda do romance quase de adolescência vivido por seus filhos, que lhe renderam os netos, sendo um deles, o xodó, Joaquim C. A. Vries.
Inclusive, se quiser pedir detalhes é para os velhos! Que podem dizer, sem chance de errar, que o unigênito do casal de médicos nasceu dia 16 de janeiro, as 15:02, lá no Real Hospital Português. Que o pai dele, mesmo sendo intensivista que de tudo já viu, amoleceu como se tivesse sido a primeira vez que vê o mundo, e coube a psiquiatra recém puerpera, estabilizar as emoções do marido. Contariam que enorme apartamento que cresceu, num dos prédios mais caros de Casa Forte, já pelo Poco da Panela, Joaquim nunca deu trabalho, sempre foi daquelas crianças boazinhas que prestam atenção nas histórias contadas, como as que seus avôs lhe faziam escutar de Noronha a Petrolina. Aqueles milagres que mesmo ganhando o bom e o melhor, aprendem limites. Entendia até os limites paternais, que por vezes lhe deixavam faltar presença, mesmo se esforçando para compensar. A desculpa eram as outras pessoas, tinham vários compromissos, é claro e Joca, apesar de por vezes odiar não ver os pais em alguma apresentação escolar, entendia e se contentava com a presença do fã clube formado por Manoel, Henrique e Catarina. E até mesmo dona Luzia, que corria de sua casa nova no Rio só para paparicar o neto favorito. Senti a falta dos pais, claro. Mas, sentia calado porque que direito tinha de incomodar com saudade quando eles estavam por aó ajudando tanta gente? Ele tinha tudo. Ele sempre teve tudo. Reclamar para que? Oxe, nunca foi uma infância ruim não. Tirar “leite de pedra” nunca precisou, porque como todo bom burguês nesse pais, sempre teve boas oportunidades, que para a sorte de dos Almeida Vries, foram aproveitadas pelo rapaz. Reclamava não…E ao longo dos anos talvez isso o tivesse feito se fechar em si um pouco, tornando-o um melhor ouvinte que narrador, embora não fosse ruim de prosa. Com o passar dos anos, tomou gosto pelo oficio dos país, escolhendo o seguimento da vida já no ensino médio, ainda que história, arquitetura, licenciatura tivessem permeado sua cabeça por um tempo. No colégio, primeiro de turma. O vestibular lhe garantiu acesso a Universidade de Pernambuco sem dor de cabeça, se formado dois anos mais tarde que o previsto apenas pelo estágio na Universidade de Oregon durante dois anos, como se gaba seu Manoel. Bem encaminhando, bonito, rico, laureado de turma. O que mais podia querer?
Vixe, queria o mundo. Queria demais. A vontade de fazer residência fora surgiu assim, nesse querer. Um ano se dedicando a pesquisas e projetos fez o currículo bom já melhorar, adicionando alguns outros cursos aos artigos, PIBIC e monitorias e lhe rendeu uma vaga num dos centros de referência em neurologia nos EUA. Porém, enquanto se dividia entre trabalho e pesquisas, quis mais coisas. Até chegou a querer uma moca bonita, daquelas que os compositores costumam falar sobre, numa cruzada de olhares que havia deixado seus nervos de aço no chão. Janaina era a coisa mais linda que ele lembrava de ter visto, até então. No entanto, o interesse mútuo acabou ficando no platônico, pois ela tinha compromisso com outra pessoa. Até achou que ia dar certo e ela mudaria de ideia mas, tempos depois qualquer um podia ver andar cabisbaixo do moreno dos plantões exaustivos aos bares da orla de Boa viagem a Praia dos Carneiros. Teve de se contentar com isso e é tudo que seu Manoel sabe contar. Para mais, teria de conseguir arrancar lamúrias de um Joca embriagado. Até aconteceu uma vez, sabe… com uma colega de residência durante os anos, se especializando em neurologia, ela jurou de pé junto nunca fofocar para ninguém. E disso não se falou mais. Seguiu a vida, o trabalho e o coração, com alguns romances esporádicos no exterior durante o tempo que lá passou. Nada sério demais, estava focado no trabalho, a carreira ia bem, parecia promissora. Era promissora mesmo quando ele decidiu voltar para o Brasil.
No tempo que passou lá? Você me pergunta. Sim, voltou. Voltou? Sim…Voltou. Dia desses, lá para o Rio, a pedido de vó, Dona Luzia, que mora na capital carioca desde o divorcio na década de noventa. Pedido de vó não se nega, ainda mais um que vem numa ligação carinhosa, embalada em tragédia. Aparentemente a mulher foi diagnosticada com uma neoplasia avançada, já passível de paliação. Os tratamentos até foram feitos, até não se ter mais o que fazer. Mas, se você me perguntar…Sei não, ela parece tão bem…De toda forma, por mais que tivesse um novo marido e os filhos desse, queria o neto favorito por perto, para o caso de algo lhe acontecer. Queria o neto perto nos seus últimos dias de vida, como dramatiza. E como se nega um pedido desses? Não nega. Joaquim jogou a carreira do exterior quase para cima e retornou o mais rápido possível, instalando-se no apartamento próximo ao da idosa, num condomínio bonito lá
ao lado num tal condomínio caro no Leblon. Claro que não foi das coisas mais difíceis, arrumar um emprego na cidade, afinal, ele era até bem especializado. Iniciou num centro hospitalar renomado. No entanto, precisou quebrar um galho. Por que afinal, já viu brasileiro sem ter de quebrar galho para ninguém? No caso de Joca foi para Percival, enteado de sua avó que inventou de se canditar a vereador prometendo que ia enfiar um neurologista no ambulatório de um hospital popular lá em Copacabana. Joaquim até chiou, não pelo SUS, já que entrou também na equipe de um hospital escola da UFRJ mas, pelo susto mesmo. No entanto, como hábil discursista que sua vó sempre foi, acabou convencido e respondendo tá bem, depois do “você nào vai deixar seu tio pagar de mentiroso, vai?”. Não deixou e assim, Joaquim acabou as tercas e quintas, das 8 as 12 no Hospital Santa Clara.
PERSONALIDADE
Apesar da frequentabilidade em festas e eventos, Joaquim sempre foi um cara reservado ou pacato, caso você prefira chamar. Mesmo com todos dos anos fora do país, faz questão de manter o sotaque e diversos costumes preservados, sem mostrar qualquer tipo de soberba sobre os diplomas acumulados ou a generosa conta bancária. Ainda que fechado quanto as suas peculiaridades, consegue ser uma pessoa comunicativa, desde que não tenha de ficar falando horas sobre si, assim, pessoas que costumam variar assuntos tornam-se de mais fácil convívio para si. E, se por vezes pouco fala, em muitas é um excelente ouvindo, inclusive por ser bastante discretol. Muito competente em sua área, além da inteligencia que lhe é iminente sabe que isso veio de bastante esforço, embora claro, as oportunidades que a vida lhe deu desde o berço ajudaram e ajudam muito. Não é de arrumar briga a troco de nada mas, quando perde a paciência, meu Deus…sai de baixo. A cara fica logo fechada e fica tão vermelho que poderia literalmente explodir mas, poucas vezes explode.
#(about.) sou um boneco de mestre vitalino dançando uma ciranda em itamaracá#biografia#to repostando pra arrumar a imagem do topo#sigam ignorando o primeiro paragrafo obg
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ASK GAME
Francisco
Iolanda
Joaquim
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tag dump
#(visage.) há sempre um lado que pesa e outro lado que flutua a tua pele é crua#(about.) sou um boneco de mestre vitalino dançando uma ciranda em itamaracá#(convos.) você já cansou de escutar centenas de casos de amor#(looks.) só de baixo bem juntinho como nêgo empareado#(povs.) as vezes parece até que a gente deu um nó hoje eu quero sair só#(develop.) pelas ruas que andei procurei procurei te encontrar#(extras.) eu cheguei nos quatro cantos olhei a a rua treze de maio#(tasks.) o insaciável super homem em sua nova versão nos faz sentir saudades dos precários tempos do esquadrão#(redes.) agora que estou na mídia sou um cara legal
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