#(convos.) você já​ cansou de escutar centenas de casos de amor
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joca-avries · 3 years ago
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A enorme cobertura duplex com cerca de trezentos metros quadrados misturava o cheiro de brisa marítima, difusor de alecrim e aristocracia, bem como eram os favoritos de Dona Luzia da Fonte. Especialmente quando esses se mesclavam aos diversos tons de eau de parfum que cada um dos seus cinco adorados netos usava. Havia precisado fazer certo drama para conseguir reuni-los em um almoço, afinal, nem sempre tinham tempo para viajar de Recife ao Rio de última hora, mas, havia conseguido, deixando o coração e sua sala larga, com a mesa de madeira de 10 lugares, completamente preenchidas. Joaquim foi o último a chegar, havia passado um pouco da hora, pela noite anterior. Aparentemente não era mais tão jovem assim ao ponto de estar completamente invicto a ressaca. Tão pouco entrou no local, já foi pego pela vó, que não tardou a lhe dar o braço e um sermão. Era uma absurdo aparecer com os olhos fundos daquela maneira em uma reunião familiar tão relevante quanto aquela, que não tinha motivo para ser. Argumentou que a noite anterior foi divertida e que precisava se agregar a comunidade em que agora trabalhava. Argumentou em vão é claro. Onde já se viu querer misturar o sangue de prata secular com um bando de...de...bem, Luzia não tinha ainda uma palavra velada o suficiente para disfarçar o preconceito, mas, arrumaria. Tal qual, lhe arrumaria uma boa pretendente para o rapaz naquela cidade, já tinha tudo muito bem planejado e desde que pós os olhos em Natalie Dupont, teve certeza de que o próprio Deus estava ajudando seu plano, ela era a mulher perfeita para tal proposito. Elegante, bela, educada e de boa família. Perfeita. Era perfeita.
O resmungo da senhora sobre a noite anterior terminou assim que se aproximaram da jovem, nas poltronas da enorme varanda. Após cinco minutos de bajulação, Luzia praticamente largou Joaquim lá, o instruindo a fazer “companhia” a jovem. O sorriso sem dentes do médico se divertia, entendendo o intuito da avó, e acabando por assentir sobre fazer companhia. Os olhos tornaram para Natalie assim que a outra mulher se afastou, agora lhe mostrando os dentes brancos de clareamento em dia. Sentou na poltrona ao lado, passando uma perna sobre a outra e inclinando o tronco e parte do corpo a quarenta e cinco graus, de moco a ficar virado para a Dunpont. – Então se você também foi quase intimada a comparecer, o momento de confessar é agora e podemos traçar um plano de fuga após a sobremesa. – O tom era de brincadeira, embora tivesse fechado o sorriso e se mantido serio como quem traca plano para fungir de um sequestro. A expressão não durou tanto e logo os zigomáticos se contraíram, exprimindo simpatia. – Não mas, falando sério, que bom que você veio. Como minha vó já recomendou mil vezes, fica a vontade.
@natalouca
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joca-avries · 3 years ago
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Luzia Da Fonte era uma mulher insistente. Dessa forma, mesmo após Joaquim se recusar a juntar-se a avó e seus enteados em um jantar formal num restaurante caro do Leblon, pois tinha um compromisso, a mulher seguia com mensagens e ligações insistentes, fazendo o seu grau sútil de drama casual. La perto das vinte e tres horas, o rapaz estava quase cedendo a chantagem emocional enquanto respondia a vigésima mensagem enviada no curto prazo de cinco minutos quando sua atenção foi transferida a companhia, que nao demorou a ocupar o local em sua frente. Nem precisou responder e la estava Natalie, com a elegante silhueta e as longas pernas, próxima a si. – Ah…Agora está. Tudo bem? Como voce esta? – respondeu, com um sorriso simpatico assim que teve a oportunidade. Em seguida, se esticou um pouco para cumprimentar a mulher ao seu lado, lhe dando os clássicos dois beijinhos. – Confesso que esse é um lugar onde eu realmente nao imaginei te encontrar, estou bem surpreso e contente, claro. É sempre um prazer . Eu nao sabia que voce gostava de pagode nao…És caixinha de surpresas mesmo, visse? – Brincou. – Estou sim…E voce?
isso é um starter pro @joca-avries​​
Ok. Em dado momento da festa, Natalie tinha de admitir para si mesma que não teria sucesso com Sérgio naquela noite. Daquela vez, ele conseguira dar um perdido em si– mas só daquela vez! E fosse por algum outro desentendimento que tiveram, ou pela festa até que estar legalzinha, mas depois de um tempo Natalie decidiu que queria, sim, se divertir. E se Sérgio não fosse ficar ao seu lado, então arranjaria algo para fazer! E qual foi sua surpresa ao perceber que seu segundo brinquedo favorito estava bem ali, sentado a uma das tão disputadas mesas dentro do bar. Perfeito; Joaquim seria algo interessante a se fazer, com certeza. Uma boa distração. ❛❛ —- Oi, Joca. Tá ocupado aqui? ❜❜ ela perguntou, educada, mas já ia se sentando, nem esperando a resposta, puxando a cadeira para perto dele. Cruzou as pernas e apoiou-se sobre a mesa, deixando uma boa porção da sua pele bem, bem à vista. Era como se nunca tivesse ficado tanto tempo até então procurando pelo seu “namorado”. ❛❛ —- Que coincidência te encontrar, mon cher. Está aproveitando a noite? ❜❜
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joca-avries · 3 years ago
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Foi só por o pé nos mais de duzentos e oitenta metros quadrados que formavam o enorme apartamento de Luzia Da Fonte para ouvir soar toda a chuva de reclamações e lamurias sobre como os netos estavam a abandonando no final da vida e escolhendo a boemia em botequins chinfrins da classe C. Joaquim começava e se questionar se havia mesmo sido uma boa ideia informar a avó sobre o churrasco para o qual havia se arrumado aquela noite. A cisma da mulher, transpassava o fato do rapaz preferir sair com semi conhecidos, do que ir a um importante jantar de negócios com sua “tia”. Porém, claro que por puro desconhecimento dona Luzia desconsiderava o fato de Piera nao ser realmente tia de Joaquim, viver tentando lhe arrastar uma asa de maneira desconfortável até e ter amigos que, graças a deus em bom português ele podia classificar como “um bando de malas”. Eram um bando de malas podres de rico, no entanto. Tornando qualquer argumento sobre a troca desproporcional ineficaz.
Ainda ao som das reclamações, deixou o apartamento da vó, entrando no Uber empolgado rumo a Copacabana. Era sua primeira saída desde a volta que não incluía medicos na empresa medicina, ou conhecidos/sócios inconvenientes do atual esposo de sua avó. E nao se arrependeu das expectativas ao chegar no local e encontrar a rua animada, decorada com os mais diversos rostos e recoberta por uma receptividade que em poucos lugares era encontrada. Joaquim gostava daquilo, da energia honesta das pessoas fora de suas roupinhas alinhadas enquanto tentavam se provar melhores que os outros. Sendo naturalmente divertidas, enérgicas, simpáticas, ate. Talvez fosse o fato de Joca ser o medico novo do hospital e as pessoas quererem agrada-lo ou talvez, como preferia pensar, aquele local estivesse lotado de boas pessoas. Adentrou o pequeno bar, indo ate o balcão buscar uma cerveja, procurando de longe algum rosto conhecido e optando por pegar mais uma, para fazer a linha visitante educado. Retornou para for a do bar, parando em uma mesa próxima ao palco, onde mais algumas pessoas estavam em pé e virou-se para uma figura que lhe pareceu simpática o suficiente e, ate meio familiar. – Caramba, ta bem animado aqui, né? – Comentou, com o sotaque pernambucano característico que sempre lhe acompanhava, mesmo apos os anos fora. – Você aceita uma cerveja?
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joca-avries · 3 years ago
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