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flashback: um dia após o retorno de @liamworths ao acampamento.

Aquele dia parecia um bom sonho para Agnes. Por anos, a filha de Melinoe agarrou-se a esperança de que Liam estava vivo e bem, que os espíritos com quem entrava em contato não tinham nenhuma informação da chegada de um filho de Hefesto ao outro plano, apesar de todas as chances e "evidências" para seu desaparecimento contarem ao contrário. Ao ser informada com as notícias do retorno de grupo de semideuses ao acampamento, e que até então, seu namorado desaparecido estava entre eles, fez com que Agnes entrasse em um estado de plena euforia. Como agir diante de uma situação como aquela? Ir até ele como se anos não tivessem acontecido? Não aparecer e esperar mais informações? Em meio a tantas alternativas, Agnes acatou a única escolha certa para a situação: partiu depressa até o tão conhecido chalé nove. Por todo o percurso, a mente da semideusa fora recheada com memórias que ela guardava com tanto carinho em sua mente. Lembrou-se de como estava tão apaixonada a ponto de negar o "convite" de unir-se as caçadoras de Ártemis, do pedido de namoro e do tempo que se seguiu dos dois juntos até o desaparecimento do semideus. Após isso seus pensamentos chegaram as noites intermináveis em que Agnes passava chorando, procurando por informações e soluções. Na época, a filha de Melinoe havia travado uma briga com Dionísio. Ela exigia que fosse mandada em uma missão de resgate, mas suas investidas eram sempre falhas e sua saída para isso nunca fora permitida. Seus devaneios foram interrompidos quando finalmente já estava de pé em frente a porta aberta do chalé. Ao chegar ali, Agnes sentiu as forças se esvaírem, contudo, continuou caminhando em direção a tão familiar silhueta que muito ansiava tocar e abraçar. Os olhos já marejados não controlavam mais as lágrimas e a filha de Melinoe parecia que iria desabar ali mesmo, em meio ao chalé cheio de Hefesto. ⎯⎯⎯⎯ L-L-Liam... É você mesmo?

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Nem os que "não estão mais entre nós" querem se envolver nisso. Talvez saibam de algo e simplesmente não querem se envolver... ou não querem se envolver mesmo, se é que me entende. ⎯⎯⎯⎯ Disse em meio ao uma breve risada forçada. Todas as suas tentativas de comunicação com fantasmas haviam sido falhas e os poucos que atendiam o seu chamado pouco respondiam as suas perguntas ou mudavam de assunto. Agnes se perguntava se sua mãe não havia interferido quanto a isso. ⎯⎯⎯⎯ Essa omissão de informações criou alternativas na minha cabeça. Sei que é genuíno o sentimento, pelo menos de Quíron, para nos proteger e evitar um maior drama mas... muitas coisas aconteceram, já está na hora de acabar com esse silêncio. ⎯⎯⎯⎯ A semideusa olhou para as próprias mãos antes de cerrar os punhos. ⎯⎯⎯⎯ Os titãs originais? Deuses primordiais? Ou algum deus revoltoso que está querendo acabar com o império do resto dos olimpianos e está se aproveitando de profecias e situações para isso? Bom, temos um leque de opções.

❝ ― Pois é! Honestamente, defesa nunca é demais, principalmente vendo o que estamos passando. ❞ — Confessou ao olhar para os lados apenas para se certificar que alguém estaria ali. ❝ ― É difícil combater algo que sequer sabemos o que é... E ainda precisar lidar com omissão "para nossa segurança". ❞ — Yasemin ergueu as mãos ao fazer aspas no final da frase, revirando os olhos porque não concordava nada com aquelas palavras. O acampamento nunca foi seguro, mas a pouca liberdade e segurança que ainda possuíam foi retirada de todos e ninguém parecia notar esse fato. ❝ ― Sério? Estranho... Pensei que no além a gente encontraria algumas respostas, mas nem isso... ❞ — Soltou um suspiro enquanto concordava com a cabeça. ❝ ― A gente vê uma barbaridade acontecendo todos os dias. Somos ensinados e sempre nos dizem que nossa vida é morrer lutando, não entendo porque tanto temor em esconder algo que já está na nossa cara. Ele pode não querer contar para não causar pânico, mas o pânico está ai desde o chamado do Sr. D. e a falta de comunicação. Fora que tem muito mais coisas esquisitas acontecendo. ❞

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Ao ouvir o grito de Brooklyn, a semideusa não pensou duas vezes: lançou-se primeiro até o escorpião já ferido, desferindo a lâmina afiada de sua espada contra a outra pata saudável da criatura, que terminou jogando-se no chão, emitindo um grunhindo desafinado e alto. O monstro em meio ao desespero, tentou atacá-la também usando a cauda, no entanto, Agnes desviava dos ataques usando sua arma como escudo. Lutar usando uma espada era uma dança para Agnes. Haviam sido tantos anos de treinamento incansáveis que os melhores movimentos para defesa e ataque surgiam em como passos de dança em sua mente. Procurando dar um fim no monstro já moribundo, Agnes aproximou-se mais ainda para conseguir alcançar pontos vitais que pudessem dar um fim de vez no escorpião. Sem pensar duas vezes, a filha de Melinoe cravou sua espada contra o abdome do monstro. Agnes havia usado bastante de sua energia já drenada para realizar aquele ataque tão arriscado, e por isso acabou não percebendo que o outro escorpião havia tornado a atenção para si e aproximava-se a toda velocidade. Numa tentativa um tanto desesperada, a semideusa tentou puxar a espada presa ao corpo do primeiro escorpião, mas sem sucesso: o segundo escorpião que havia desferido o primeiro ataque contra Brooklyn segundos antes, agora havia lançado Agnes contra um tronco de árvore próximo. A filha de Melinoe gemeu alto. Suas costas ardiam pelo impacto e por um instante, parecia que todo o ar havia sumido de seus pulmões. Estava desarmada e por conta da cauda da criatura, ela não conseguiria entrar em um embate corpo à corpo. ⎯⎯⎯⎯ Brooklyn, o abdome! ⎯⎯⎯⎯ Gritou, enquanto levantada em meio aos trôpegos. Agnes não sabia se a outra criatura havia de fato morrido, mas tinha certeza que o último golpe havia sido, de certa forma, eficiente.

⭑🍇ʿ                                     se havia algo que não sentia falta ali no acampamento — tirando o acampamento em si — eram situações como aquela. estava muito bem vivendo tranquilamente em nova Iorque tendo deixado para trás essa vida conturbada. agora, porém, que estava sendo relembrado o quanto de perigo os irmãos e amigos passavam diariamente, se sentia culpado de deixá-los sem sequer olhar por cima do ombro. tinha saído sem hesitar há oito anos e se não fosse Dionísio os convocando, não teria retornado. “ ━━━ escorpiões gigantes. céus, parece piada." lamentou-se com um quê de chateação na voz. já não bastava o cão infernal? arrependeu-se de ter guardado a espada, tanto que ela foi transformada de volta e uma postura mais ofensiva se revelou; duas criaturas daquelas nas proximidades era um perigo que não iria correr sem estar devidamente armado. “ ━━━ posso invocar algum, se quiser. ou atrair algum e..." calou-se abruptamente no meio da oferta. até podia fazer aquilo e atrair um fantasma para os ajudar com a localização, mas na verdade não foi preciso. o barulho que ecoou novamente era sem dúvida o som que as criaturas faziam.

brooklyn então assentiu mas ja não falava mais, agora apenas fazia um sinal com a mão para que a semideusa desse a volta no chalé que estavam. fez um sinal para indicar que ele iria pelo outro lado e ergueu a espada, se movendo com cuidado para não espantar os bichos. assim que se moveu e estava prestes a os surpreender, teve o resultados contrário. os monstros que surgiram e vieram para cima de si, um deles com uma pata machucada parecia mais lento, mas o outro? vinha com toda raiva para cima de si. conseguiu se esquivar do golpe do ferrão, lançando-se no chão para rolar para longe. “ ━━━ de onde eles surgiram?!" gritou para a semideusa, soltando um grito raivoso ao ser empurrado para longe por aquela cauda, por sorte não levando uma ferroada.

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Melisa Aslı Pamuk as Yasemin Karatan in Yeni Hayat [8]

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Seguindo? Você? ⎯⎯⎯⎯ Disse rindo, enquanto aproximava-se a passos vagarosos. ⎯⎯⎯⎯ Não, eu estava seguindo outra coisa. Uma alma, para ser mais concisa. Faz tempos que não encontro uma... mas parece que ela me trouxe até você.... estranho. ⎯⎯⎯⎯ Parando não muito distante do semideus, Agnes analisou a situação a qual o fantasma camarada havia levado. Perto da fenda... Será se havia sido algum tipo de ilusão ou as vozes que uma hora ou outra povoam a mente de que se aproxima da abertura que havia a atraído até ali? ⎯⎯⎯⎯ O que você faz por aqui também a essa hora? Não me parece ser mais uma caminhada usual para fumar um cigarro... Curiosidade? ⎯⎯⎯⎯ Apontou para a fenda não muito distante dos dois. ⎯⎯⎯⎯ Quer ser o primeiro maluco a descobrir o que tem adiante da abertura? Talvez não tenha sido uma mera coincidência. Talvez... talvez, o meu amigo fantasminha estava me alertando de algum maluco com pensamentos nem um pouco sagazes. ⎯⎯⎯⎯ Não era difícil de acreditar que poderia haver alguém que sucumbisse a necessidade ou a pura curiosidade de conhecer o que havia por detrás do causador do caos no acampamento. Agnes só esperava que isso não acontecesse a essa altura do campeonato. "Preciso alertar Quíron sobre mais guardas ao redor da fenda", comentou para si mesma em uma nota mental.

não chegue perto da fenda. era quase um convite.... mais... um impulso que se alojava em seu cérebro como uma coceira em um local inexistente. era tentador não ir ali. e olha que era ainda pior, porque havia retornado ao acampamento há apenas alguns dias, e ouvia todo mundo discutir sobre. entretidos, um evento que todos já haviam se acostumado. talvez por isso que estivesse ali? caminhando em círculos, em um ponto escuro da floresta, se aninhando nos trechos de sombra e penumbra ocultos da lua. o clássico cigarro nos lábios, cheiro de bebida (normal para o horário), e sorriso furtivo, de quem titubeava sobre seus pensamentos intrusivos. ele empurrou alguns fios para trás, numa tentativa falha de organizar o cabelo, e ouviu o quebrar de galhos não muito distante. não virou. "a quem devo a honra de um encontro essa hora? (Кому я обязан честью встретиться в это время?)" era comum que falasse russo como se todos no acampamento fossem capazes de entender. derivava de sua pouca necessidade de ser entendido, até gostava dos olhares confusos. "banho noturno ou cedeu ao impulso de se jogar na fenda?" o inglês era tão carregado de sotaque que um poderia se questionar se havia mesmo falado o idioma. ainda sorria, agora se virando para visualizar sua companhia. "ou não vai me dizer que estava me seguindo." (0/4)

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Sem querer parecer rude, mas você escolheu, hm. ⎯⎯⎯⎯ Disse baixinho, mas ainda audível. ⎯⎯⎯⎯ Você escolheu ser uma caçadora. Você sabia das consequências a longo prazo. ⎯⎯⎯⎯ Conversar com a semideusa a fazia lembrar de anos atrás quando fora sondada por uma outra caçadora que amistosamente a convidou para um pequena reunião em nome de Ártemis. Agnes conseguia lembrar claramente das palavras da outra quando recusou o pedido: "Um desperdício de talento, você poderia fazer mais tornando-se uma de nós". Mas muito pouco Agnes poderia fazer naquela época; estava apaixonada, preferindo dar atenção ao coração e não a razão. Uma breve risadinha escapou da filha de Melinoe ao ter sua mente povoada por esses pensamentos. ⎯⎯⎯⎯ Você nunca parou para pensar... caso desistisse de seus votos? O que mais aconteceria, além de enfurecer a deusa? Não me parece certo continuar em algo que não está mais funcionando. Parece que esse ciclo para você já fechou. Eu consigo enxergar isso.

"Talvez seja assim que as coisas aconteçam para os mortais," ela deu um sorriso, um tanto triste, pensando na própria condição como um ser definitivamente não mortal. "É por isso que os deuses podem parecer tão terrivelmente imaturos... Já conheceu Apolo?" Ela revirou os olhos. O gêmeo da deusa Ártemis não era mais maturo que uma criança de doze anos. "A única coisa que força os seres a mudar é, pura e simplesmente, a perspectiva da mortalidade. O ciclo da vida." Xan atirou uma lasca de madeira no chão, esculpindo a ponta de uma flecha com os dedos. "Mudar enquanto imortal é meio... sufocante."

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Observando Allegra, a semideusa tentou assimilar o que havia acabado de ouvir. Sua expressão era dura e nem um pouco amigável. ⎯⎯⎯⎯ Você está falando sério? ⎯⎯⎯⎯ Agnes sabia quem era o parente divino da semideusa a sua frente, mas mesmo assim custava a não acreditar na falta de empatia na fala da outra. ⎯⎯⎯⎯ Se não percebeu... ⎯⎯⎯⎯ Relaxou a postura, levando uma mão a testa, esfregando o local rapidamente antes de continuar. ⎯⎯⎯⎯ Estamos no meio de um pandemônio, se assim posso chamar, então não é o momento mais certo para você estar proferindo esse tipo de coisa. Não é legal. Discórdia agora? Timing errado, Allegra. ⎯⎯⎯⎯ A filha de Melinoe odiava dar sermões e sabia que precisava escolher com cautela suas próximas palavras. No entanto, sua paciência não estava em seu melhor nível e teria que dar o seu melhor para não responder ironia com mais ironia. ⎯⎯⎯⎯ Se quiser ser mais útil, por favor, sinta-se a vontade para me ajudar. Quanto mais rápido fizermos isso juntas, mais rápido você poderá fazer o que bem entender, invés de se embrenhar na floresta e aparecer para mim com esse tipo de fala em um momento tão delicado como esse. Por favor, guarde sua discórdia para uma eventual intriga com outro semideus.

Talvez devido à sua linhagem divina, Emersyn estava notavelmente mais tranquila do que a maioria dos outros semideuses presentes ali. Claro, ela temia pela própria vida, mas a filha da deusa da discórdia encontrava um estranho prazer na imprevisibilidade dos eventos que se desdobravam em sua frente, pela primeira vez em sua vida não era a culpada pelo caos a sua volta. O desconhecido tinha um apelo excitante para ela, especialmente quando uma criatura feroz espreitava pelas sombras, ávida por uma alma - uma alma que Allegra sequer sabia se ainda possuía. "Não me ameace com um tempo bom." Com um riso, Allegra gostava de brincar com tudo, inclusive com a morte. "Empalar?" A semideusa arqueou uma sobrancelha, exibindo um sorriso pretensioso. "Você ficaria surpresa em saber o quanto estou me esforçando para não falar algo obsceno." Ela riu, balançando a cabeça levemente. "Vamos lá, anime-se, it's just me, no puppies from hell. Que tal uma taça de vinho? Que se dane o acampamento."

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Se Agnes pudesse ver sua imagem agora, teria certeza que seus olhos estariam brilhando, e a sugestão de Estelle era a razão disso. A filha de Melinoe faria de tudo por uma boa noite de sono e descanso e saber que a outra poderia lhe prover uma solução para seu atual problema fez com que um sorriso ainda maior surgisse em seus lábios. Sentando-se ao lado da semideusa, Agnes parecia ter sido contagiada por uma súbita animação a qual ela precisava conter. ⎯⎯⎯⎯ Você faria isso? Uma poção? ⎯⎯⎯⎯ Disse baixinho mas não contendo um certo tom de excitação em sua voz. ⎯⎯⎯⎯ Digo, se isso não for incomodo, claro. Não quero atrapalhar. ⎯⎯⎯⎯ Ao mirar a cicatriz, Agnes suspirou baixinho. Compreendia o lado da semideusa e era incontável as vezes que se deixou a cair também ao desgaste em uma missão. Agnes não possuía muitas cicatrizes, mas as poucas eram notáveis e contavam histórias do mesmo tipo. ⎯⎯⎯⎯ Cicatrizes de cansaço ainda assim são cicatrizes de guerra. Meu pai costumava falar que são um pedaço da história gravada na pele. Algo que você vai lembrar e contar toda vez que ver... Bom, todos os semideuses vão conseguir e ter uma alguma vez na vida, hm. Lembrar, persistir, esse tipo de coisa.

A forma que a outra semideusa admitiu seu estado de forma tão sincera pegou Estelle de surpresa, voltando o olhar para Agnes para demonstrar que ouvia com atenção no momento; deixou que a outra tivesse seu momento de reflexão enquanto fazia o mesmo em silêncio, cogitando as palavras antes de abrir a boca novamente "De fato, também acredito que estamos longe de um tipo de paz que dure por muito tempo..." era uma prova daquilo, toda sua vida fora sendo jogada de um lado para o outro para que tentasse sobreviver mais um dia em situações absurdas sem que tivesse chance de descansar por muito tempo "não acho que seja patético, a maioria das pessoas aqui tem apenas a esperança de que um dia isso tudo vá acabar, até mesmo na situação atual." abre um sorriso sereno e aceita a jaqueta um tanto sem jeito já que raramente aceitava esse tipo de ajuda, se enrolando no tecido a procura do calor "e talvez nunca acabe, mas acredito a adaptação e a esperança humana é o que faz as coisas fluírem no nosso mundo, é isso que nos faz...mortais" da de ombros ao terminar de compartilhar os pensamentos, o olhar se voltando a água "E se precisar, posso fazer uma poção para te ajudar a dormir, sou a prova viva de como a falta de descanso afeta alguém." solta em um tom divertido, a mostrando a cicatriz que ganhou na última missão por estar esgotada na época.

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Se meu senso para caça não estiver errado, sim, estou no rastro de dois. Acredito que uma das criaturas está machucada, mas ainda assim consegue causar algum tipo considerável de dano. ⎯⎯⎯⎯ Apesar de ter plena confiança em seus sentidos, Agnes temia que isto poderia ser atrapalhado pelo cansaço. As noites mal dormidas já começavam a cobrar algum tipo de custo e embora não demonstrasse fisicamente, ela esperava que não estivesse confusa quanto a sua direção. Suspirando, a semideusa olhou para os lados, mais uma vez, para ter plena certeza a que lado estava seguindo. ⎯⎯⎯⎯ Eu... sim, para esse lado. ⎯⎯⎯⎯ Apontou para frente. ⎯⎯⎯⎯ Eu queria muito que houvesse algum espírito andarilho por aqui... seria uma ajuda que cairia muito bem para mim. Sabe, me ajudaria bastante na localização dessas pragas. ⎯⎯⎯⎯ Antes mesmo que pensasse em assumir alguma postura, um novo ruído surgiu não muito distante de onde os dois estavam e em um caminho contrário. Agnes se pôs em alerta e voltou a retirar a espada da cintura, se posicionando novamente em uma postura de alerta. ⎯⎯⎯⎯ Você ouviu isso? ⎯⎯⎯⎯ Disse baixinho, quase sussurrando. Ela torcia que não fosse sua mente cansada querendo causar algum tipo de peça. ⎯⎯⎯⎯ Acho que estamos sendo vigiados e não é um semideus...

⭑🍇ʿ                                     “ ━━━ justo." disse com um sorriso pequeno e tenso no canto dos lábios. realmente estava andando o mais silenciosamente possível, mas, bem, era essa a intenção quando se estava vagando por um local em busca de monstros, não? sua própria espada estava pronta em mãos para atacar se fosse preciso, mas não conseguia ouvir nada tão perto deles então deixou que a arma se transformasse no anel de vinhas que abraçava seu anelar direito de novo. “ ━━━ dois? pra esse lado? tem certeza?" disparou preocupado. aquilo era perto demais da área das crianças, eles precisavam achar as criaturas e eliminar logo antes que chegassem até o anfiteatro. “ ━━━ acho que sim. quer dizer, tem alguns adolescentes com as crianças, nenhum adulto. mas eles dão conta." as pessoas ali amadureciam rápido, afinal. os treinamentos eram focados nos desenvolvimentos de cada um, então Brook confiava que nisso eles conseguiriam manter a segurança. “ ━━━ o problema é que se esses bichos chegarem la, vão assustar as crianças e não dá pra saber como eles poderiam reagir. precisamos encontrar esses desgraçados antes disso."

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Ao ouvir o desabafo alheio, Agnes se identificou. Era óbvio que não tinha metade da experiência que a caçadora carregava a anos e anos, mas a filha de Melinoe não deixou de sentir o mesmo. Estava um tanto frustrada por sua caçada individual pelas criaturas não ter acontecido como esperado e unindo esse sentimento ao cansaço mental e físico, Agnes decidiu dar um tempo a isso, dedicando-se a ajudar na proteção dos mais novos. E de certo modo, a semideusa estava certa; havia coisas melhores e merecedoras que uma glória que logo se tornaria passageira. ⎯⎯⎯⎯ Os tempos mudam, as pessoas mudam... ⎯⎯⎯⎯ Talvez aquele pensamento tivesse ficado apenas em sua mente, talvez não. ⎯⎯⎯⎯ ... as prioridades também. ⎯⎯⎯⎯ Agora disse fitando a semideusa. ⎯⎯⎯⎯ Você precisaria mudar. Seria impossível você viver sendo a mesma pessoa para sempre... É assim que as coisas acontecem, hm?

"É meio patético, não é? Uma caçadora, instrutora de caça e rastreio, não ter encontrado o cão." Riu, erguendo levemente as sobrancelhas. "Talvez eu esteja ficando velha demais para essas coisas." Xan reunira os semideuses mais novos para que os mais velhos saíssem atrás do monstro. Tempos atrás, talvez achasse que fosse sua obrigação ir atrás da criatura, e até divertido. "Bom, certas coisas são mais importantes que grandes glórias, não é mesmo?" Olhou para as crianças, em segurança, que protegia.

starter ABERTO

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Agnes agradeceu a si mesma por ter contado até três. Não era do seu feitio realizar tal movimento sem uma contagem anterior, mas naquela situação, Agnes estava hiperfocada em dar um basta nas malditas criaturas que ainda se escondiam pelo acampamento que ela não pensaria duas vezes antes de atacar. "Hábitos, hábitos, hábitos, obrigada", disse mentalmente mais uma vez. ⎯⎯⎯⎯ Você me deu um baita susto. Não é tão seguro você estar se esgueirando por aí desse jeito, Andrina. Em momentos como esse, a gente se confunde e leva a sério qualquer coisa. ⎯⎯⎯⎯ Agnes não queria repreender ninguém, mas sua fala saiu no automático. Parando para pensar um pouco, esperava que não tivesse soado tão rude. ⎯⎯⎯⎯ Também está caçando essas coisas? Estive seguindo o rastro de alguns por um tempo mas acabei perdendo. Além de caçadores, são ótimos de esconde-esconde. Droga! ⎯⎯⎯⎯ Ao ouvir o desabafo da semideusa, a filha de Melinoe não pôde fazer mais nada além de suspirar. Ela concordava e tinha tais pensamentos apenas para si. Era bom saber que mais alguém compartilhava das mesmas frustações. ⎯⎯⎯⎯ Eu acredito que lá fora se tornou mais seguro que aqui dentro. Não podemos sair, há monstros aleatoriamente surgindo para literalmente nos matar... Bom, se eu fosse chutar, somos ratos presos em uma gaiola e os monstros ou seja lá quem está causando isso é a serpente pronta para nos devorar.

Não era a intenção de Andrina assustar alguém ou aparecer aleatoriamente, mas estava apenas espreitando pela floresta após tudo o que tinha acontecido. Ainda acreditava que mais monstros poderiam aparecer; seus sonhos tinham sido bem reais e específicos, portanto ainda estava temorosa. Tinha seu pingente de lança e uma nova arma, adquirida após a missão. Sentia-se completamente pronta para encarar qualquer coisa e... Ops, havia alguém por ali também! Ao se virar, encontrou uma Agnes em posição de ataque. Agradeceu aos deuses por não ser um monstro, porque não estava tão alerta quanto achava que estava. "Desculpe! Sou muito conta qualquer coisa me partir em dois, ok?" Quase riu, pensando em todas as vezes em que a tragédia quase aconteceu. "Tá bom, você está certa!" Ergueu as duas mãos, como se rendendo para Agnes. "Você tá bem alerta, o que é perfeito. Esse acampamento não têm estado muito seguro, sabia? O que não faz sentido, porque estão nos prendendo aqui a toa sendo que está tão perigoso quando o lado de fora." Não podia deixar de desabafar suas frustrações, mesmo que por poucos momentos.

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Agnes suspirou aliviada mas mostrou certo descontentamento ao ser repreendida. Sabia que talvez tinha exagerado por estar tão na defensiva. Tentando não levar isso em conta, Agnes rodopiou a espada na mão, apontando-a até o semideus em seguida. Dessa vez, um pequeno sorriso brotava nos lábios da semideusa. ⎯⎯⎯⎯ Para começo de história, você me assustou primeiro, Brook. ⎯⎯⎯⎯ Ainda assim, Agnes estava concentrada e antes que pudesse levar a espada até a bainha presa a sua cintura, a filha de Melinoe girou o corpo para observar ao redor mais uma vez. ⎯⎯⎯⎯ Sem formigas, mas eu estava perseguindo o rastro de dois escorpiões, por isso eu estava tão pronta para atacar. E creio que não estejam tão longe das áreas mais movimentadas. Aquelas criaturas são caçadoras, não duvido nada que já estejam a espreita por aqui. Há semideuses hábeis e suficientes para guardar as crianças?

⭑🍇ʿ                                     a intenção de vasculhar a área dos chalés em busca de alguma criança que tivesse escapado da vista dos semideuses adolescentes que recolhiam os menores até pareceu uma boa, mas o susto que tomou ao dar de cada com a filha de melinoe fez brook se arrepender um pouquinho de suas escolhas. o coração batia apressado no peito pois a primeira coisa que veio na mente foi que teria que lidar com outro monstro, assumiu uma postura de defesa para evitar um golpe... mas era uma semideusa. “ ━━━ agnes, porra, que susto!" reclamou em um tom baixo. no meio de batalhas e lutas seu poder se tornava um pouco volúvel e captar as emoções era um reflexo; o medo era a maioria ali por causa da proximidade com a área em que estavam as crianças, então foi um susto e tanto. “ ━━━ bem, abaixe essa merda. estamos perto de onde as crianças estão escondidas, não dá pra vir com isso apontando mesmo." alertou. “ ━━━ encontrou algum escorpião ou formiga aqui? eu não vi nenhum ainda."

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Relaxando a postura outrora na defensiva, Agnes suavizou sua expressão. A necessidade por mais informação tomava Agnes, mas aparentemente mencionar sobre o assunto trazia desagrado para a outra. Decidiu tomar pequenos passos quanto a isso. ⎯⎯⎯⎯ Estamos tão alarmados com o que vem acontecendo ultimamente que agarrar-se ao que temos para defesa se tornou algo automático, hm. ⎯⎯⎯⎯ Também retirando a mão que antes segurava a espada, Agnes cruzou os braços em frente ao tórax. ⎯⎯⎯⎯ Tentei conversar com os poucos espíritos que ainda se fazem presentes pelo acampamento e eles pouco querem falar sobre o assunto. É estranho. Depois do falecimento do filho de Apolo, os fantasmas... eles não querem conversar. Até mesmo na outra vida eles temem. Chega a ser cômico, não? ⎯⎯⎯⎯ Uma risada um tanto irônica escapou da filha de Melinoe ao pensar sobre o que havia acabado de mencionar. Seu poder mágico era inútil no momento. ⎯⎯⎯⎯ Eu sei que Quíron quer nos proteger mas esconder as informações não é uma boa opção para isso. Os tempos são outros. O quer que seja que ele esteja omitindo, deve ser algo para evitar um caos interno, algo que vai nos abalar de alguma forma e sem volta... o que me faz pensar em várias barbaridades que eu espero que jamais aconteçam por aqui... maior do que já está acontecendo.

Quando o movimento ouvido finalmente se deu uma forma e Yasemin visualizou a semideusa, o corpo se relaxou embora por reflexo a arma ainda ficou empunhada. Acabou concordando com a cabeça ao rir sem humor quando ela se referiu ao acampamento e todo o caos. Se criou e cresceu ali praticamente a vida inteira, mas parecia um ótimo para repensar tudo. Ainda assim, infelizmente estavam presos dentro do acampamento. ❝ ― Relaxa. Não vou fazer nada com você. ❞ — Por fim, abaixou a arma e se virou para continuar andando enquanto ouvia a semideusa se aproximando não muito longe, dando passadas curtas para que Agnes pudesse lhe alcançar. ❝ ― Bom, se você viu... Pelo visto é um crime querer saber mais sobre o que está acontecendo. ❞ — As palavras foram cuspidas enquanto chutava uma pedrinha. ❝ ― Fui a Casa Grande diversas vezes tentar entender o que havia errado, e até confrontei Quíron e ele apenas desconversava. E então quando tudo é exposto, há, eu que sou a invasiva. ❞

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Soltando o ar dos pulmões um pouco mais aliviada, Agnes sorriu gentilmente para Ashley. ⎯⎯⎯⎯ Sem armadilhas, só uma espada e eu. ⎯⎯⎯⎯ Desfazendo-se um pouco da posição dura de antes, a filha de Melinoe permitiu-se relaxar a postura pela primeira vez em horas. ⎯⎯⎯⎯ Mas não, ele não me atrapalhou. Só me assustou. Aí sim, ele conseguiu. ⎯⎯⎯⎯ Passando a mão livre pelo cabelo solto, ainda sustentando o sorriso nos lábios, Agnes aproximou-se do mais novo, o encaminhando até a irmã. ⎯⎯⎯⎯ Devo imaginar o quão difícil esteja sendo lidar com os mais novos heróis. Lembro muito bem da sensação que eu sentia nessa idade... Eu achava que podia fazer tudo que eu quisesse só por ser uma semideusa... bom, eu quebrei a cara... ⎯⎯⎯⎯ Levantou a mão que empunhava a espada, mostrando uma cicatriz grossa e um pouco mais embranquecida que o tom natural de sua pele próximo ao pulso. ⎯⎯⎯⎯ ... e houve resultados e consequências. ⎯⎯⎯⎯ Seu tom de voz era calmo e ao mesmo tempo brincalhão, mas logo sua atenção fora tomada novamente ao ouvir um novo farfalhar de folhas não muito longe de ontem estavam. ⎯⎯⎯⎯ Será se há mais crianças por aqui? Esses pestinhas... Já que você apareceu, quer me ajudar a "coletar" todos eles antes que acabem dando de cara com o que pouco esperavam?

Ashley se considerava muito boa lidando com crianças—ela tinha a paciência necessária para interagir com elas, e gostava de ser a pessoa responsável por ensinar algo novo para campistas mais novos, e coisa parecida. Mas tinha de admitir que, em meio a tudo o que estava acontecendo, ajudar a ficar de olho nos mais novos para que eles não se machucassem era uma tarefa árdua, porque sempre tinha aquela criança mais teimosa e atentada que se achava pronta para lidar com monstros que mal conhecia ainda. E foi exatamente o que aconteceu, quando ela se distraiu por meio segundo, e um dos pestinhas simplesmente saiu correndo em direção a floresta. Sem muita escolha, a filha de Hefesto foi atrás de seu jovem meio-irmão, e o encontrou levando uma bronca de Agnes. Parando logo atrás dele, Ash cruzou os braços e lançou um olhar severo para ele. “O que você tinha na cabeça, Duncan?! Podia ter  morrido! Volte já pro chalé, vamos conversar depois.” Sustentou o olhar irritado até que o mais jovem se afastasse, cabisbaixo, e então lançou um olhar compreensivo para a outra. “Peço desculpas por isso. Os mais jovens estão bem… agitados, como você pode imaginar. Às vezes é difícil controlar eles.” Ela suspirou. “Ele te atrapalhou muito? Espero que não tenha deixado nenhuma armadilha por aqui que com certeza não vai funcionar como deveria...”

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Nenhum um pouco bem. ⎯⎯⎯⎯ Agnes riu com a própria resposta. Talvez sua risada um tanto forçada tivesse demonstrado isso. ⎯⎯⎯⎯ Não durmo por mais de cinco horas faz alguns dias... Não sei como ainda tenho forças para treinar tanto. ⎯⎯⎯⎯ Desviando o olhar para a água, a filha de Melinoe deixou sua expressão se suavizar, tornando-se neutra. ⎯⎯⎯⎯ Sim, os últimos acontecimentos... ⎯⎯⎯⎯ Suspirando, Agnes aproximou-se mais ainda da margem, abaixando-se logo em seguida para tocar a água fria. ⎯⎯⎯⎯ Não é um pouco insano imaginar que nunca teremos um momento de paz enquanto estivermos vivos? ⎯⎯⎯⎯ Não era do feitio de Agnes falar sobre seus pensamentos em voz alta, principalmente sendo todos voltados aos últimos acontecimentos. Sabia que aquele caos havia se tornado um tópico sensível para outros semideuses então mantinha tudo aquilo para si. Mas naquele momento, apenas as duas, Agnes sentiu vontade de compartilhar. ⎯⎯⎯⎯ Chega a ser patético falar em voz alta que um dia eu acreditei de verdade na benevolência dos deuses. Que eles nos dariam uma trégua, que nos deixariam viver. Que não seríamos os indivíduos a pagar por todos os seus erros... ⎯⎯⎯⎯ Notando que a outra estava com frio, devido a sua aparência, Agnes prontamente se pôs de pé novamente, retirando a jaqueta que vestia. Estendendo a peça de roupa em direção a filha de Circe, Agnes esperava que ela aceitasse. Um sorriso gentil que se formava em seus lábios era prova disso.

A filha de Circe olhou com interesse para a outra semideusa, suavizando a expressão que tinha no rosto para não dar mais um motivo para que ficasse mais nervosa do que já parecia "Tudo bem, eu devo sair logo logo." abre um sorriso leve em resposta a sua atenção, passando os dedos sobre os fios loiros em uma tentativa de os arrumar ao sentar na toalha que tinha ali "Bem gelada, o sol não apareceu pra esquentar então..." solta uma risadinha e indica os lábios roxos com o frio que sentia apesar de não chegar a tremer muito, a atenção que já tinha na outra intensificando com sua pergunta antes de desviar o olhar para a cachoeira um tanto pensativa "Acredito que com os acontecimentos recentes não tem como ficar 100% bem...mas dentro do possível, sim." o tom divertido é acompanhado por um sorrisinho "e você?"

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OPEN STARTER!

Desde os últimos eventos que se sucederam no acampamento, Agnes estava mais em alerta do quê nunca e empunhava a espada em mãos com tanta força que os nós dos dedos estavam mais embranquecidos que o normal. Se mantendo em alerta, a filha de Melinoe olhava para os lados rapidamente a procura de qualquer vestígio, seja dos escorpiões ou das formigas; ela não poderia deixar nenhum desses passar por aí ou criar mais estrago. Ao ouvir um farfalhar de folhas, a semideusa se colocou em alerta e assumiu uma posição de ataque. Caminhando lentamente em direção a origem do som, Agnes pensou em atacar mas tomou um breve curto espaço de tempo para pensar antes de finalmente agir. Como não estava muito longe dos chalés, poderia ser um animal de pequeno porte ou até mesmo algum semideus. ⎯⎯⎯⎯ Eu quase... quase te cortei em dois, sabia? ⎯⎯⎯⎯ Disse baixinho mas ainda assim chamando a atenção do responsável pelo barulho. ⎯⎯⎯⎯ Pelo os deuses, não faça isso de novo. Você tem sorte que eu conto até três antes de finalmente "empalar" algo ou alguém, hein! ⎯⎯⎯⎯ Mesmo sentindo-se um pouco mais relaxada por não precisar travar uma batalha agora, ainda assim, Agnes não relaxou a postura e voltou a observar ao seu redor com destreza de antes.

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MELISA PAMUK? não! é apenas AGNES BULUT, ela é filha de MELINOE do CHALÉ 27 e tem VINTE E OITO ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL III por estar no acampamento há DEZESSEIS ANOS, sabia? e se lá estiver certo, AGNES é bastante SOLÍCITA mas também dizem que ela é SENTIMENTAL. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.

PODERES! Necromancia: Agnes possui uma conexão muito forte com o mundo fantasmagórico e sobrenatural. Logo de começo, seu poder só se estendia a conseguir enxergar e a conversas com espíritos que estivessem próximos ou que dirigissem a palavra até ela. Agora, Agnes consegue invocar espíritos por conta própria, independente do tempo que estejam vagando pelo mundo mortal ou se já alcançaram algum plano fixo.

ARMA! Agnes recebeu de presente uma espada de sua mãe ao completar seu vigésimo ano de vida. A espada é feita de ferro estígio e é adornada por pequenas escritas em grego antigo sobre a “pós vida” das almas. Sua lâmina é curvada e lembra bastante uma espada turca.

HABILIDADES! Reflexos sobre-humanos, fator de cura acima do normal.

ATIVIDADES! Membro individual de Arco & Flecha, membro da equipe azul de Esgrima, membro do Clube de Artesanato.

HISTÓRIA!

Nascida na Turquia, Agnes cresceu e se desenvolveu nos Estados Unidos. Seu pai, um homem de negócios que tinha pouco tempo para assuntos que não envolvessem dinheiro, a evitava e demonstrava pouco interesse por sua única filha. Crescendo em um lar sem amor, Agnes buscou de todas as formas por algum tipo de atenção, e foi em seus “amigos imaginários” que a jovem encontrou um pouco do que tanto desejava. Seu comportamento assustava os empregados da casa, que, quando podiam chegar até o Sr. Bulut, comentavam sobre a forma como a menina sorria e conversava com o nada. Çağatay, por outro lado, já sabia do que se tratava, considerando o parentesco materno da menina; como era esperado acontecer algum dia, Agnes conversava com fantasmas ou almas perdidas que entravam em seu caminho e só ela poderia ver e se comunicar diretamente. Essa era uma das várias heranças que Melinoe havia deixado para a filha: o contato direto com o mundo sobrenatural e fantasmagórico das almas.

E aos 12 anos de idade, tudo começou a mudar na vida de Agnes. Ela foi acordada no meio da noite por uma alma amigável, mas aflita, que tentava alertá-la sobre algo terrível que aconteceria naquele mesmo dia. A alma, que já não tinha voz para falar, gesticulava e apontava freneticamente para uma das senhoras que mantinham a casa em ordem. Aquela senhora, que antes tinha um semblante doce e gentil e tratava Agnes bem desde que ela se conhecia por gente, agora tinha uma expressão obscura e maligna em seu rosto. Como previamente avisado, o corpo que antes era humano e velho deu lugar a uma espécie de monstro que estava pronto para atacar Agnes.

Tudo o que ocorreu naquele dia são apenas borrões frenéticos na memória de Agnes. Ela lembra-se de seguir a alma amigável em frenesi por toda a mansão da família, buscando se esconder do monstro que causava um verdadeiro caos por onde passava. Lembra-se de chorar e gritar pelo pai, que não estava em casa, como de costume. Sua última lembrança foi o silêncio absoluto após conseguir esconder-se em um canto escuro da casa; mesmo de olhos fechados, Agnes sentiu a presença gélida de alguém se aproximando dela e, em seguida, a sensação de ser afagada na cabeça por uma mão macia, porém fria. Logo depois, Agnes pegou no sono e acordou apenas em um local completamente desconhecido, com pessoas que ela jamais havia visto na vida. A jovem semideusa foi enviada diretamente para o Acampamento Meio-Sangue por sua mãe, Melinoe, que a reclamou logo depois. Após anos de treinamento árduo, Agnes tornou-se uma das melhores espadachins do acampamento. Era frequentemente requisitada para missões de média e alta dificuldade, além de já ter sido sondada por outras caçadoras de Ártemis que enxergavam potencial na jovem Bulut.

Quando todo o caos começou no acampamento, Agnes não estava no Meio-Sangue e muito menos havia saído em missão. Ela ficou sabendo que seu pai estava muito doente e precisava vê-la mais uma vez antes de partir. Agnes chegou a ignorar a mensagem de Dionísio por pelo menos dois dias para poder ficar ao lado do homem que reconhecia como seu genitor, embora não nutrisse nenhum sentimento por ele, permanecendo ao seu lado até seu último suspiro. Depois de lidar com os assuntos relacionados ao funeral, Agnes partiu de volta para o Acampamento Meio-Sangue, onde encontrou um ambiente agora mergulhado em preocupação e incerteza. Determinada a ajudar seus companheiros, Agnes se dedicou ainda mais ao treinamento, buscando ser uma força de apoio para aqueles que precisavam.

OUTROS!

Ela tem bastante "abandonment issues". Sendo assim, acabou criando uma persona emotiva e costuma sofrer mais do que o normal. Agnes se apega bastante as pessoas a quem ela desenvolve sentimentos e como é esperado, ela não sabe lidar bem com "adeus".

De resto, a personalidade dela é definida pela necessidade em ajudar todas as pessoas possíveis. Ela sempre vai se oferecer para todos os tipos de atividades, das mais leves até as mais pesadas. Agnes se sente bem se fazendo útil para algo, uma causa ou alguém.

Ela ama o frio! Portanto, nos dias mais gélidos, vai ser possível vê-la exibindo-se por aí com uma regatinha bem simples como se nada estivesse acontecendo.

É uma ótima lutadora em combate corpo a corpo, mas o seu maior forte é o combate com espadas.