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Sobre a mesa eu já me coloquei a espera da Tristeza: guardanapos, prato principal e sobremesa…Se chegue tristeza, me devore inteira, mastigue meus ossos, engula meu tutano gorduroso, limpe os dentes com meu cabelo…Não faça cerimônia, a mesa é tua. Ontem mesmo, eu havia me cozinhado em banho maria, pra que tua degustação fosse mais branda. Meu coração, por favor, rasgue nos dentes, não tenha piedade de fazer sangrar…A dor é um alívio…Tristeza, minha companheira de longas datas, será um bacanal de minhas dores…Me mate aos poucos, fatie minha pele com calma. Esse corpo que já não me pertence é todo teu alimento marinado em vinho. Eu não sou mais aquela menina que esperneia em tua mordida. Eu não tenho mais forças pra dar um grito sequer. Os homens e mulheres que eu detesto já vem me matando a tempos…É só terminar o serviço. A solidão que me fez gente de outro planeta é muito covarde para isso. Só tu, Tristeza, sabes corroer as artérias de sangue vermelho vivo. Eu já passei da mira da tua faca faz tempo…Época em que eu era serelepe e os imbecis só me dopavam…Hoje não sabem o que fazer com a sua cara repugnante da mentira…Por favor, acabe logo com isso! Eu não quero ter a morte em vida de ter que vislumbrar gente com tanto asco…Morrer de tristeza é como a morte de um passarinho: só se sabe que está morto pela ausência do seu canto. Pernas duras e finas para cima, penas empenadas…Somente se morre de tristeza quem antes morreu de amor acreditando plenamente na vida. A Tristeza é o avesso do mundo…É assombração dos adultos viris…É o decaimento das Três Marias no céu…É a ruptura de uma corrente sanguínea…É um desabafo de choro, chorado miúdo, no colo da mãe. É a irremediável escuridão que faz a luz ter graça no dia. É a tragicide poética do meu eu lírico mais sofredor…“Se chegue tristeza, se ajeite comigo, aqui nessa mesa de bar, beba do meu copo…” Me esfaquei a cada golada.
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Esclarecendo algumas dúvidas sobre hambúrguer"
-Qual a melhor carne? A carne não precisa ser de primeira. É necessário que tenha uma certa quantidade de gordura para que não fique ressecado. A acém é uma boa opção.
-Como devo temperar a carne? Existe uma infinidade de maneiras. Mas tem dois temperos que são clássicos e indispensáveis: sal e pimenta do reino.
-Qual a espessura que devo deixar a carne? Uma vez que o intuito é fazer um hambúrguer suculento, a espessura não deve ser muito fina pq isso vai acelerar a perda de líquidos com o calor da chapa. Mas também se vc deixa-la muito grossa pode correr o risco de ficar cru por dentro. Procure um meio termo.
-Pq costuma-se passar manteiga no pão? Já não basta a gordura da carne? A manteiga é passada no pão e em seguida este é colocado na chapa quente para selar rapidamente um dos lados. Essa operação é feita no intuito de causar uma impermeabilização do pão. Imagine que a carne soltará líquidos quando vc aperta o hambúrguer para comer, o pão selado com manteiga evita a absorção desse líquido que resultaria em um pão molhado que rapidamente se desfaz. Entretanto, se vc quer degustar um hambúrguer mais Light dispense a manteiga.
-Quais molhos combinam com hambúrguer? Vários. Vou listar algumas sugestões: maionese caseira com ervas, pesto, barbecure, tártaro, holandês…O importante é haja um bom equilíbrio entre o molho e restante dos ingredientes.
-É mais barato fazer a carne de hambúrguer em casa ou comprar a industrializada? Sem dúvidas fazer a carne em hambúrguer em casa é mais barato. Vc pode economizar até 5 vezes do valor.
-É verdade que a carne de hambúrguer industrializada não é puramente carne? A grande maioria sim. Basta olhar a lista de ingredientes. Vc verá que muitas tenho adição de soja. Agora existe as que são puramente carne, mas não deixam de ter conservantes.
-É verdade que um dos maiores causadores de infecção e intoxicação alimentar por hambúrguer comido na rua é causada pela salada? As pesquisas apontam que sim. Isso acontece pq o pão é comprado pronto, a carne passa por um processo de aquecimento, o que elimina uma parte dos microorganismos e a salada é consumida crua. Todo vegetal que será consumido cru deve passar por um processo de higienização. Em muitos estabelecimentos isso não ocorre.
-Então o que devo fazer quando for comer hambúrguer na rua para que evitar isso? É muito difícil pois não tem como se ter um controle muito aguçado. Algumas dicas são: verifique se a pessoa que está fazendo o hambúrguer não está pegando em dinheiro ao mesmo tempo que cozinha; observe se os vegetais estão devidamente refrigerados e pergunte se foram higienizados; olhe se a chapa está limpa; não consuma produtos alimentícios em locais de procedência duvidosa e tome cuidado com os molhos oferecidos que ficam a temperatura ambiente.
-É verdade que a maionese caseira pode ser muito perigosa? O perigo não está na receita da maionese e sim no modo de preparo e nos ingredientes. O uso de um EPI para tapar as narinas é indispensável, pois um microorganismo que habita as fossas nasais do ser humano pode ser um contaminante. Verificar a procedência e qualidade dos ovos para evitar contaminação por Salmonela.
Bon apetit!
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Ode á de Feira de Santana Ê Feira da Feira! Feira encruzilhada, Feira de Fela! Feira de Santana sempre me tratou com choques térmicos, elétricos, raios alfa, gama, beta, fusão do meu cérebro. Sempre estive a andar em Feira com uma bike de uma roda só...Corda bamba, coração em nervos, medo, domínio, noites perdidas...Fui assaltada várias vezes, eu tive que sumi, eu tive que voltar...Surtei, enlouqueci, quebrei a cabeça, levei 20 pontos, tomei muito remédio, nada adiantou...Feira de Santana já havia me contaminado, me desossado viva, me complicado pro mundo, me descascado pra mim...Ó Feira de Santana, teu cheiro de quebrada é inconfundível...Teu cheiro de sexo entre os bueiros a céu aberto é irresistível...Ó Feira de Santana, tuas veias abertas sempre pediam mais, um pouco mais, nunca acabe, por favor! Toda madrugada era como uma bala perdida...Acertava tudo, menos o alvo. Teus batuques noite a dentro na senzala, os casais que se destrinchavam no campus da uefs, a sujeira que escorria pelas ruas do Feira 6 e matava a larica de quinhentas almas...Tudo alma penada, sem eira nem beira, se alimentando com poucos vinténs...Ó Feira do meu amor, nunca se esconda de mim...Eu ainda sou eternamente grata por vois ter quebrado a minha cabeça ao meio, nas conversas de meio de caminho...Ainda sou agradecida por teres dado sumiço em mim por várias vezes...Minha família nunca entenderia...Só some na Feira quem vive a filosofia feirense. Ainda sinto teu cheiro de cidade malafrojada...Não tem praias, não tem norte, mas tem um universo conspirador para desfazer tudo aquilo que se pretende moldar, ser/estar...Feira de Santana, tu me arrasa! Foi na asa do teu nevoeiro matinal que eu descobri a dor que me assola por não estar mais por entre as tuas ruas a correr louca, desvairada e feliz. Foi ali no cruzamento da Maria Quitéria, ao som de Uyatã Rayra que eu descobri que a saudade de ti é grande. Eu cheguei em Feira sem nada na cabeça, um frasco de alfazema, um terço na carteira...Feira fez com que eu perdesse tudo, me criou cobra muito bem criada, me despiu de qualquer preconceito e me pariu uma filha da puta. Agradeço muito por isso, eu não nasci pra ser santa e nem sequer tenho um lar. Quando chego em Feira a rua me carrega pra onde eu sempre quis ter morado. Rua L: Liberdade, Lótus e Loucura, às 4:20 eu tô sempre esperando a salvação...Oremos!
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Vinho, comida e alquimia
A vinificação brasileira vem crescendo e ocupando espaços geográficos onde não se imaginava que fosse possível o cultivo de uvas. A Chapada Diamantina é um desses cenários que vem inovando na produção de vinhos finos. Os primeiros processos de produção de vinho no Brasil se deu através das uvas de mesa, que originam o vinho de mesa (vinho doce vendido em grandes garrafões). Em alguns lugares da Europa é até proibido a produção de vinho utilizando essas uvas, pois não se considera que haverá a produção de um produto com qualidade. Mas as condições climáticas e geográficas do Brasil fizeram com que essas uvas se adaptassem bem já que elas tem o processo de cultivo bem mais simples que as uvas finas. O vinho de mesa foi durante muito tempo preferido pelos brasileiros que não tinham o hábito de degustar os vinhos secos finos. Até hoje você encontra facilmente pessoas que vão torcer o nariz diante de uma taça de Cabernet Souvignon dizendo que tem um gosto desagradável. Entretanto o perfil do consumidr de vinhos no Brasil tem mudado bastante. Muitos produtores de vinho de mesa estão se arriscando a preparar os finos devido a crescente demanda do mercado. O brasileiro passou a entender mais sobre o assunto e a exigir produtos de maior qualidade. Um dos grandes entraves para os produtos de vinho nacionais é a concorrência com os importados. Cerca de 80% do vinho consumidos do Brasil vem de outros países, e ainda há muita desconfiança com relação a qualidade do produzido aqui. Os espumantes nacionais são vinhos que possuem uma excelente saída de mercado no Brasil. Além de possuírem uma ótima qualidade caíram no gosto do brasileiro. Estão presentes nas mais diversas comemorações, representam o glamour, a prosperidade e numa analogia mais poética são considerados como estrelas engarrafadas. O interessante mesmo é ver esse item considerado objeto de consumo da alta sociedade sendo popularizado e vendido a preços mais justos, fazendo com uma maior parcela da população tenha acesso a essa bebida tão graciosa. Mas lembre-se: Champagne é o espumante produzido na região de mesmo nome na França, apenas. Ou seja, o que temos aqui no Brasil são espumantes e não Champagne. O crescente interesse do brasileiro pelo mundo da vinificação tem também relação com a valorização da gastronomia. Eu considero essa relação algo muito interessante pois comer e beber bem são coisas que estão bastante relacionadas. E aí entra o trabalho fantástico e complexo do sommelier. Harmonizar vinho e comida é uma verdade arte dos sentidos. Em francês e em espanhol, a mesma palavra usada para casamento é empregada para designar harmonização de vinho com comida: “marriage” , “maridaje”. E de fato isso faz todo o sentido, afinal de contas um casamento precisa de um equilíbrio entre as partes e de que uma exalte as qualidades da outra e não os defeitos. Assim como não é fácil chegar a uma boa combinação entre os noivos, não é fácil o trabalho do sommelier. Nas relações amorosas contamos com informações comportamentais e afetivas para tentar deduzir se duas pessoas combinam, na alquimia da harmonização contamos com estudos aprofundados das características da comida e do vinho. Para que você tenha um pouco de noção do tanto de estudo que é realizado para chegar até uma harmonização perfeita tente encontrar uma explicação para o fato de vinhos brancos combinarem com carnes brancas e vinho tinto com carne vermelha (lembre-se que isso não é uma regra, é uma indicação apenas). Não vale tentar dizer que é pq a cor de um combina com a cor do outro. Umas das explicações para essa questão é a seguinte: vinhos brancos costumam provocar uma insalivação devido a sua acidez e isso combina com a falta de suculência da maioria das carnes brancas; enquanto os taninos presentes no vinho tinto causam uma certa secura na boca que combina com a suculência da maioria das carnes vermelhas. Entre uma taça e outra, uma garfada e outra há muita alquimia pra quem deseja não apenas deseja nutrir-se ou embebedar-se, e sim ter prazerosas e inigualáveis viagens gastronômicas. Bon apetit!
Referencia: Harmonização: o livro definitivo do casamento do vinho com a comida. Autor: Euclides Penedo Borges.
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As pessoas ocupam patamares energéticos diferentes. Umas estão mais evoluídas e assim conseguem emanar mais luz que as outras. Existem criaturas que de tão “miadas”, tão fracas espiritualmente, tão sem luz nessa vida, que acabam se transformando em grandes “sugadouros” da força vital alheia. Um minuto no mesmo ambiente de gente assim e minhas costas começam a doer. O pq de tudo isso eu não tenho. E nem gostaria de ter, sou tão jovem, ainda há muito pra viver e pra descobrir. A vida é a grande chance da evolução individual e coletiva. Chegamos a era das mais avançadas tecnologias e não damos conta de descobrir tudo que acontece na mente humana. O inconsciente individual e coletivo, os estados alterados de consciência, a expansão da consciência, conhecemos muito pouco da nossa psiquê. Enquanto levamos a vida acelerados, sem prestar muita atenção nas coisas, nos esquecemos de equilibrar nossa psiquê. Jung trata a psiquê humana tal qual um sistema termodinâmico: está em constante troca de energia com o meio, sendo assim, sujeito a desequilíbrios e capaz de reestabelecer os próprios ajustes. Nenhum dos arquétipos pode está “inflamado”, segundo Jung isso acontece quando existe uma excessiva concentração de energia para esse arquétipo. A lógica cartesiana nos leva a crer facilmente que se um tem muito os demais tem pouco, para que o sistema entre em equilíbrio é necessário que haja uma distribuição mais ou menos igualitária de energia entre todas as partes. Logicamente isso é muito complexo e de difícil execução. Ao contrário do que muitos pensam a física e química trazem muito conhecimento para o campus das ciências humanas. Jung fez muitas correlações importantes nesse âmbito. Comparar a psiquê humana com um sistema termodinâmico é muito interessante: os dois são dinâmicos, sujeitos a instabilidade, existe ganho e perda de energia, fluxo de energia que gera trabalho (numa linguagem física), mas que numa tradução para a vida cotidiana seria o equivalente a força vital. E assim, entre uma teoria e outra, uma descoberta e outra temos muito pano pra manga pra levar essa discussão adiante. E pra vc que achou que as ciências exatas eram aquela coisa chata de reproduzir teoremas, fazer contas enormes (ouvi tanto isso durante a faculdade!): tá redondamente enganado! As ciências naturais e exatas nos ajudam muito a pensar, a usar a lógica, criar estratégias, resolver problemas, ou seja, são de fundamental importância para outras áreas do conhecimento. Grandes pensadores como Jung souberam com maestria fazer ótimas correlações. Desde os diferentes patamares de energia ocupado pelas pessoas,a sensibilidade de sentir energia negativa em alguém, até o sistema complexo de troca de energia da psiquê humana, são bons assuntos para serem discutidos com a ajuda da física quântica. Eu costumo dizer que a física quântica é a maior “tiradora de onda” dentre as ciências. Ela tá em tudo, e ao mesmo tempo não está em nada. Haja neurônios excitados para acompanhar essa viagem “psicocrazy” nessa entropia louca que é a mente humana.
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