Storytelling / Contadora de histórias. Análises pessoais de filmes e livros, sem nenhum compromisso acadêmico ou científico. Tiktok: flowerofmarch
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Aggretsoku: a busca pela felicidade na sociedade capitalista
Olá! Hoje eu irei falar sobre uma das minhas séries animadas favoritas: Aggretsoku! Pra quem não sabe, Aggretsoku é uma personagem criada pela famosa empresa japonesa Sanrio (que é a mesma criadora da Hello Kitty), tendo estreado inicialmente em uma série de curtas, que foram exibidos entre 2016 e 2018 na TBS Television, e em 2018 foi lançado o seu anime na Netflix.
Em fevereiro de 2023 a plataforma distribuiu a quinta temporada, que até o momento está confirmada como a última. É possível fazer várias análises com esse anime, afinal são vários assuntos abordados nas temporadas, além dos relacionamentos entre os personagens, que são muito bem construídos e estão sempre evoluindo ao longo dos episódios. Porém hoje eu vou falar da forma que eles retratam a felicidade na nossa sociedade contemporânea, que é capitalista.
Na trama os personagens são antropomórficos, isto é, são animais humanizados, que vivem em Tóquio nos dias atuais. A personagem principal se chama Retsoku, uma panda-vermelha de 25 anos, que desde que se formou, há 5 anos atrás, trabalha como contadora em um escritório de contabilidade de uma empresa de tranding. Retsoku é uma jovem extremamente responsável, obediente e que possui dificuldades em dizer não, a fazendo ser um alvo fácil de colegas de trabalho folgados e do seu chefe machista e opressor, o Porcão Ton. Sufocada pela rotina estressante e exploradora, Retsoku encontra consolo no seu hobby de cantar death metal em uma sala de karaoke, onde ela libera toda sua raiva acumulada ao longo do dia, dando origem ao nome da série (Aggressive + Retsoku).
A primeira temporada foca na relação de Retsoku com o seu chefe e os colegas de trabalho, mostrando como o mercado de trabalho pode ser injusto e misógino, onde os empregados “puxa-sacos” muitas vezes são mais recompensados que os competentes, e se tratando de uma mulher esse ambiente pode ser ainda mais hostil. E é nesse cenário de exaustão e desencanto que Retsoku começa a sua busca pela felicidade.
A maior parte do seu tempo ela passa trabalhando, em troca de um salário que é o suficiente para ela morar em um minúsculo apartamento de um quarto e ter pequenos momentos de lazer, como ir no karaoke ou sair para beber com os amigos. E todos ao seu redor estão presos a mesma rotina, e os poucos que tentam fugir desse destino são vistos como inconsequentes e irresponsáveis, como é o caso da sua amiga Puko que não possui emprego fixo e tá sempre se mudando.
Retsoku vê o seu trabalho e a sua rotina como o motivo por se sentir infeliz, então ela começa a pensar em formas de se libertar da atual vida, chegando a cogitar em arrumar um marido e ser dona de casa. Mas no final ela percebe que não existe um modelo de vida perfeito, e que os problemas e a insatisfação sempre irão existir, o que muda é a forma como cada um lida com os seus problemas. Como ela mesmo diz: “Eu vou contar até dez e voltar a ser uma boa funcionária”, “Eu vou contar até dez e voltar a ser feliz”.
Na segunda temporada os problemas de Retsoku continuam e novos personagens surgem na trama, e com eles outras visões e reflexões a respeito da vida em sociedade e da felicidade. Mas dessa vez a rotina e monotonia não serão o foco, já que Retsoku começa a namorar Tadano, um jovem empresário milionário que é o desenvolvedor de uma inteligência artificial muito famosa no mercado.
Esse relacionamento traz uma súbita fama para Retsoku e muda completamente o seu cotidiano, mas apesar deles se darem muito bem, o namoro não vinga, pois o estilo de vida e conceito moral de Tadano não combina com Retsoku.
Por ter ficado muito rico ainda jovem (ou talvez tenha sido a vida inteira), Tadano não consegue dar valor a costumes e hábitos que são importantes para a sociedade, como trabalho e casamento, além de muitas vezes ele mostrar ter pensamentos idealistas e ingênuos que não condizem com a realidade do sistema capitalista. Como quando ele diz que sonha com um futuro onde as máquinas irão ocupar todas as vagas de empregos e os seres humanos não precisam mais trabalhar e poderão se dedicar às suas famílias e amigos, sendo que sabemos que não é isso que acontece quando um trabalhador é substituído.
Na terceira temporada, abalada com o fim do relacionamento, Retsoku começa a jogar um videogame VR onde ela tem um namorado virtual, fazendo-a gastar todo o seu tempo livre e dinheiro com o novo passatempo. A série mostra como jogos, e outro produtos, se aproveitam da nossa carência e insatisfação para nos fazermos consumir cada vez mais, e apesar do curto período de prazer e satisfação, depois vem o sentimento de culpa junto com os problemas que ainda continuam existindo, fazendo a infelicidade crescer mais e todo ciclo se repetir.
Junto com o novo vício, Retsoku acaba tendo outros gastos inesperados, e para pagar suas dívidas ela arruma um segundo emprego como contadora, só que de um grupo de idols underground. Após descobrirem o seu talento para o death metal, ela entra para o grupo, que acaba ganhando uma fama repentina e se apresentando em um grande festival de música.
Nesse momento deve-se imaginar que enfim a nossa heroína conseguiu a felicidade que tanto procurava, porém Retsoku se sente mais perdida do que antes e acaba saindo da banda e voltando pro seu antigo trabalho.
Na quarta temporada, Retsoku mostra estar caminhando para achar o equilíbrio na sua vida, apesar de ainda ser contadora na mesma empresa, ela já começa a desenvolver uma melhor relação com os colegas de trabalho e abre um canal no youtube onde mostra as suas habilidades no death metal, ganhando assim vários seguidores. Porém essa temporada, diferente das outras, foca menos na nossa protagonista e desenvolve melhor os personagens secundários, principalmente o Porcão Ton e Haida: um colega de trabalho que desde o primeiro episódio é apaixonado por Retosoku, mas nunca foi correspondido.
Essa temporada foca em mostrar como as empresas muitas vezes desumanizam os seus funcionários e os tratam apenas como uma mão-de-obra que deve estar sempre cumprindo metas, ignorando as suas particularidades e vidas pessoais, além de falar sobre o etarismo no mercado de trabalho.
Na quinta e última temporada, que é a mais politizada de todas, a crítica ao sistema vigente é ainda mais forte e certeira. No final da temporada anterior, após atingir um cargo alto na empresa e deixar o poder subir pela cabeça e ser manipulado pelo novo chefe, Haida pediu demissão antes que as suas fraudes fossem descobertas, e assim iniciou a nova temporada desempregado e viciado em um jogo online. Mas ao contrário de Retsoku, ele não consegue perceber que está fora de controle e acaba gastando todas as suas economias e é expulso do apartamento que morava.
Haida está namorando Retsoku, mas fica com vergonha de pedir ajuda e acaba encontrando refúgio em um cybercafé, se tornando o que no Japão é conhecido como cyber-homeless: que são pessoas que não possuem dinheiro suficiente para morar em um apartamento e alugam diárias de salas de cybercafé, que são mais barato que hotéis, e possuem cozinha, banheiros e lavanderia compartilhadas.
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Nesse café, Haida conhece Shikabane, uma jovem de apenas 19 anos que mora sozinha em uma sala, vivendo de “bicos” que arruma na internet, passando o dia todo na frente da tela de um computador sem expectativa nenhuma de mudança de vida. Mesmo sendo muito jovem, Shikabane já desistiu de lutar contra o sistema e a procura da felicidade, afinal no “mundo real” ela só seria mais bem vista pela sociedade e teria um pouco mais de conforto, já que dedicaria maior parte da sua vida a um emprego tendo como lazer apenas o entretenimento barato que já possui. Como ela mesma fala para Haida: “liberdade para quê? Liberdade para trabalhar o tempo todo pra poder pagar aluguel? Pra matar o tempo com um jogo online no celular até desmaiar de sono? Liberdade pra poder assistir alguma série chata no dobro da velocidade em um serviço de streaming?”.
Ao descobrir a situação de Haida, seu pai e irmão mais novo tentam o intimidar para que não cometa nenhum escândalo, pois estão em período eleitoral e o irmão de Haida irá se candidatar à vaga do pai no congresso. Haida acaba brigando com o pai após ele fazer um discurso meritocrático, clássico de pessoas que ocupam o local de privilégio e exploração e são incapazes de sentir empatia pelo próximo.
Movido pelos sentimentos de desencanto e raiva, presentes desde a primeira temporada, Haida incentiva Retsoku a candidatar a uma cadeira do congresso nacional contra o seu irmão.
Visto inicialmente como um grande meme por várias pessoas, a campanha de Retsoku vai conquistando aos poucos o seu distrito, e ela recebe apoio de todos ao seu redor, o que lhe dá mais segurança para continuar seguindo em frente com a eleição. Apesar dela repetir a todo momento que a sua ideia atual de felicidade é levar uma vida tranquila e calma junto com Haida, novamente o destino a faz sair da sua zona de conforto, mas dessa vez não é pela busca apenas da sua felicidade, e sim de todos que já não tem mais força ou já desistiram de lutar contra o sistema.
No final, mesmo com toda a popularidade, Retsoku não vence já que muitas pessoas não podiam votar por não possuírem endereço fixo, porém o seu distrito bateu recorde de comparecimento na eleição e durante os discursos o irmão de Haida prometeu que iria criar uma lei que obrigasse os políticos se aposentarem aos 65 anos, gerando uma maior circulação de pessoas no congresso, mostrando que mesmo não ganhando a eleição, o esforço de Haida e Retsoku não foi em vão. Esforço esse que foi feito com o apoio de todos os personagens que apareceram na série ao longo das temporadas e que em algum momento compartilharam dos mesmos sentimentos da protagonista.
“Quando uma nova vida trazida para a escuridão bate no muro que chamamos de mundo, criando uma pequena faísca, essa pequena faísca é o que chamamos de fúria”.
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Ollie, o coelhinho perdido: uma história de perda, saudade e amor
Olá! Hoje eu irei falar de uma minissérie da netflix, que lançaram em 2022, que se chama: Ollie, o coelhinho perdido. Essa minissérie conta a história de um coelhinho de pelúcia chamado Ollie, que se perdeu do seu dono Billy e começa uma verdadeira odisseia para encontrá-lo. E se você ainda não viu, eu já vou avisar que esse texto terá spoilers.
O primeiro episódio começa com uma frase do poeta W. S. Merwin: “A sua ausência passou por mim como a linha através de uma agulha, tudo o que faço é costurado com a sua cor”. Depois nós temos um pequeno diálogo entre Billy e Ollie, no qual Billy fala que eles são amigos desde que ele se entende por gente e ele faz um juramento de que nunca irá esquecer Ollie. Após isso, Ollie acorda em uma loja, que seria uma espécie de brechó, na qual a dona coloca uma etiqueta na orelha dele e o põe à venda em uma prateleira. O tempo todo Oliie tenta dialogar com a mulher, porém parece que ela não consegue vê-lo movimentar e nem falar.
Logo em seguida surge uma menina na loja, e ao contrário da adulta, ela consegue conversar com o coelhinho e durante a minissérie a gente percebe que o Billy também conseguia conversar com ele (então surge a primeira teoria de que apenas crianças são capazes de ver o brinquedo ganhando vida). Ollie começa a conversar com essa menina e ele conta que se perdeu do seu Billy e se ela não quer ajudar a encontrar ele. A menina pergunta qual é o sobrenome do Billy e onde ele mora, porém Ollie não se lembra e ela fala que infelizmente não tem como ajudá-lo, mas se ele quiser ela pode levá-lo para sua casa onde eles irão brincar e dormir juntos. Ollie agradece a proposta, mas diz que precisa achar Billy.
Em seguida, a loja fecha e Ollie tenta fugir, e consegue com a ajuda de um outro brinquedo: o palhaço Zozo. Zôzo se comove com a história de Ollie, pois ele também já perdeu uma pessoa que amava, a boneca dançarina Nina, e resolve se juntar ao coelhinho na busca de Billy e Nina. Ao saírem da loja eles encontram com uma ursinha de pelúcia cor-de-rosa chamada Rosy. Rosy possui partes do corpo substituídas por pedaços de outros brinquedos, que lhe dão uma aparência bastante durona. Ela e Zozo já se conhecem, e quando a vê, o palhaço fica bravo, pois havia pedido para ela não segui-lo, mas ela diz que tinha ficado preocupada e não queria que ele tivesse ido embora. Apesar da hostilidade inicial de Zozo, Rosy se junta à dupla na jornada em busca das pessoas que eles amam e perderam.
Ao longo da história, vemos que Ollie perdeu parte da sua memória, e apesar de lembrar do seu amor por Billy, ele não lembra como que se perdeu e tem constantemente um sentimento de que precisa encontrá-lo por algum outro motivo. A única coisa que ele se lembra inicialmente é de um ímã em formato de estrela que ele carrega no bolso do seu peito, que Billy tinha uma igual, e falava que enquanto estivessem unidas eles nunca iriam se separar. Mas aos poucos ele vai se lembrando da sua história através de flashbacks de memórias. Paralelo a isso, vai mostrando Billy tentando achar Ollie após perdê-lo.
A intenção da minissérie é falar sobre perda, saudade e principalmente o amor. Cada personagem perdeu alguém que amava muito e não conseguiu superar e conviver com a saudade ao longo do tempo, além de cada um representar um tipo de amor diferente. O Ollie seria o amor puro e altruísta, como o amor de uma mãe pelo seu filho. O amor que não precisa de momento e nem tempo pra acontecer e acompanha a pessoa amada por toda a sua vida, sempre preocupado com a sua segurança e felicidade. Não é atoa que na história o Ollie foi feito pela mãe de Billy quando ele era um bebê, e por isso, que além da amizade, o coelhinho possui um sentimento de proteção pelo garoto.
Zozo representa o amor obsessivo e possessivo. Ele pertencia a um parque de diversões, onde sua única função era servir de alvo em um brinquedo, até ele conhecer Nina, que era a marionete dançarina de um estande que ficava à frente dele. Ele passava o dia todo admirando a boneca, enquanto levava várias pancadas, até chegar a noite, quando a bonequinha ia visitá-lo e os dois ficavam dançando até o raiar do dia. Até que o parque de diversões fecha e resolvem fazer um leilão de algumas peças, e Nina é um desses objetos leiloados. Após isso, Zozo passa os próximos anos atrás do seu grande amor, porém a perda e a saudade o consome de uma forma que ele chega a machucar outras pessoas para tentar achá-la, se tornando uma pessoa agressiva e egoísta, que não consegue aceitar que a sua história com Nina já acabou e que talvez ela até possa estar feliz no novo local que se encontra.
Já Rosy representa o amor dependente e abusivo. Durante as buscas de Zozo por Nina, ele encontrou Rosy abandonada e despedaçada, e foi ele que juntou os seus pedaços e cuidou dela até se recuperar. A história de Rosy antes de encontrar Zozo não é contada, pois para ela só importa a sua vida após o conhecer, pois ele foi o único que cuido e lhe tratou bem, o que a faz pensar que isso que significa amor e ter um sentimento de dependência e submissão eterna pelo palhaço, mesmo após ele abandoná-la e tratar com hostilidade. E a relação deles representa muito bem uma relação tóxica, começando com a forma de agir: inicialmente Rosy que é a personagem insensível e marrenta, enquanto Zozo é calmo, compreensível e até brincalhão, o que faz a gente ver ela mais como uma vilã do que ele. Mas ao longo dos episódios, ele usa da sua influência sobre a ursinha para que ela faça o que ele quer, mas sem lhe dar o amor que ela espera em troca.
Inclusive tem uma cena que pode passar despercebida, mas eu achei bem cruel, que o Ollie comenta que o amor dela pelo o Zozo lembra o dele pelo Billy, então Rosy chama Zozo para cantar uma música, e ele fala: “vamos cantar aquela que sempre cantávamos” e começa a cantar Jolene de Dolly Parton. Que pra quem não sabe, é uma música que a eu lírica fala de uma mulher muito bonita e incrível chamada Jolene, e ela implora pra que Jolene não roube o homem que ela ama, pois Jolene pode ter quem ela quiser, mas ela nunca mais vai conseguir amar novamente.
No final descobrimos que Zozo só estava ajudando Ollie, pois reconheceu que o barulho que ele fazia era igual ao sininho que Nina tinha, e ataca brutalmente o coelhinho para que ele diga onde está a boneca. Ollie consegue fugir e vai para a escola de Billy, onde ele termina de recuperar as suas memórias. O que aconteceu é que a mãe de Billy faleceu, e no dia seguinte ao velório, Billy foi a escola e levou Ollie, e um colega de classe zombou do fato dele ainda ter um bichinho de pelúcia e jogou o coelhinho do lado de fora. Então, movido pelo sentimento de profunda tristeza e desamparo, Billy não busca Ollie e o abandona. Mas ele se arrepende, porém quando volta para pegar o amigo ele já havia sumido, e começa procurá-lo.
Quando Ollie lembra disso, ele fica extremamente triste e resolve desistir de procurar por Billy, até que ele lembra da última mensagem que a mãe de Billy havia lhe falado e pedido para dizer para o seu filho (ela também conseguia vê-lo, fazendo surgir a segunda teoria de que ele só pode ser visto por quem possuí o amor puro). E mesmo não sabendo que o menino havia se arrependido de abandoná-lo, Ollie retorna a sua jornada, para cumprir a promessa feita. Mas só ao chegar na casa de Billy que Ollie percebe que já se passaram vários anos desde o dia que eles se separaram até ele acordar no brechó, e vendo uma foto da mãe de Billy quando era criança segurando Nina, que ele se recorda dela ter contado que o confeccionou quando adotou Billy, e colocou no seu interior a única peça que havia sobrado da sua melhor amiga de infância para ser o coração de Ollie.
Zozo acha Ollie novamente, e o coelhinho, provando novamente ser o amor puro e altruísta, fala que se ele quiser pode levar o seu coração, se isso lhe fará sentir melhor. E o palhaço, mesmo sabendo que isso irá matá-lo e não trará Nina de volta, arranca o coração de Ollie, já que o seu amor obsessivo não tem fim. Mas ao fazer isso, ele é apunhalado por Rosy, que enfim consegue superar o amor dependente que tinha por Zozo.
No outro dia, um homem passa no local e pega o coelhinho rasgado e leva para sua casa, que fica na mesma propriedade. Esse homem na verdade é Billy, que mesmo adulto reconhece o amigo de infância e lava e costura Ollie, e coloca o seu coração de volta, e depois o dá de presente para sua filha, que é a menina que no início da história conheceu Ollie no brechó e se ofereceu pra levar ele para sua casa. Mostrando que o amor atravessa gerações, e que mesmo que a gente tenha amado muito alguém que já se foi, isso não significa que não podemos amar e ser amados novamente, basta abrirmos para as novas oportunidades.
E assim no final, através da filha de Billy, Ollie consegue passar a mensagem que a sua mãe queria: “Que ele e o pai podiam ficar tristes, mas não amargurados; podem ficar bravos, mas não brigar; e só porque você perdeu uma pessoa não significa que ela se foi”. Emocionado, Billy tira do bolso da sua calça o ímã de estrela que ainda carrega consigo, e ao colocar no peito de Ollie, para sua surpresa, o ímã do coelhinho ainda está lá e se junta ao dele. E a minissérie termina com com Billy e a sua filha brincando com Ollie, assim como sua mãe fazia com ele quando era criança.
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