Eu gostaria de te inspirar, com palavras de motivação, mas também devo alertar, sobre momentos de desilusão. Participe da minha comunidade: https://www.tumblr.com/communities/my-feelings
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Eu sou um erro
Eu sou a sombra de um sonho que nunca se concretizou, um sussurro de uma esperança que se desvaneceu. Vivo em um mundo onde cada palavra que escapa dos meus lábios parece desafinar a melodia da vida, onde cada pensamento que atravessa minha mente é um intruso indesejado na serenidade do universo.
Eu sou a dissonância no concerto da existência, a nota que nunca deveria ter sido tocada. Ajo com a hesitação de quem teme o próximo passo, pois cada movimento parece apenas desenhar mais erro na tapeçaria do meu ser.
Pensamentos proibidos tecem uma teia em minha mente, um labirinto de "e se", onde me perco entre o que é e o que poderia ter sido. Ações impensadas, impulsos não contidos, são os fantasmas que me assombram, lembranças de um passado que não posso mudar e de um futuro que temo não merecer.
Minhas mãos, trêmulas, escrevem linhas de uma história que ninguém deveria ler, palavras que são o reflexo de uma alma em conflito. E o que sinto? Sinto o peso de emoções que deveriam ser estranhas a mim, mas que, de alguma forma, tornaram-se as únicas companheiras nesta jornada solitária.
Sou feita de erros, uma coleção de falhas amarradas com a fita da incerteza. Sou toda errada, um enigma que ninguém consegue decifrar. Absolutamente tudo em mim é errado, como se eu fosse um quebra-cabeça montado com peças de diferentes caixas. Tudo em mim clama por correção, mas o que sou senão a soma de cada engano? Eu sou o erro, a falha no sistema, a nota dissonante na sinfonia da vida.
Eu sou um erro, mas talvez, apenas talvez, haja beleza nessa imperfeição. Pois mesmo o erro é capaz de ensinar, de transformar, de evoluir. E quem sabe, um dia, o que hoje parece errado, amanhã se revele apenas... humano.
@desmotivacional
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Eu sou a morte
Você me quer tanto
Me deseja tanto
Tudo isso para fugir
Da dor, do sofrimento, da angústia
Da solidão, da tristeza, da culpa
Da vida que você acha que não vale a pena
Mas você está enganado
A verdade é que você não me quer
Você só quer fugir
Fugir dos seus problemas, das suas responsabilidades, das suas escolhas
Fugir de si mesmo, do seu passado, do seu futuro
Fugir da realidade que você não aceita
Mas você não pode fugir
Você tem medo
Medo de enfrentar seus demônios
Aqueles que te atormentam, que te machucam, que te fazem duvidar
Aqueles que te impedem de ser feliz, de amar, de sonhar
Aqueles que te fazem pensar que você não é bom o suficiente, que você não merece viver
Mas vou lhe dizer uma coisa
Eu não quero você
Eu não quero levar você
Eu quero que você pare de ser um covarde
Sim, isso mesmo
Você é um covarde
Porque você tem medo de coisas que não são reais
Desses demônios que só existem na sua mente
De coisas que podem acontecer no futuro
Mas que talvez nunca aconteçam
De coisas que só existiram em um passado distante
Mas que agora não existem mais
Porque você já superou, já perdoou, já esqueceu
Ou porque você pode superar, pode perdoar, pode esquecer
Se você se permitir, se você se abrir, se você se libertar
Mas eu
Ah, eu sou real
E posso dizer com toda a certeza
Você vai se arrepender no momento em que pular daquele lugar alto
Ou no breve momento depois que seu dedo puxar aquele gatilho
No breve momento antes daquela corda apertar seu pescoço
Eu vou fazer você se arrepender
Vou fazer as pessoas ao seu redor se arrependerem
Tudo será apenas arrependimento
Arrependimento por ter desistido, por ter se rendido, por ter se matado
Arrependimento por não ter lutado, por não ter buscado ajuda, por não ter se amado
Arrependimento por ter deixado um vazio, uma saudade, uma dor
Arrependimento por ter desperdiçado uma chance, uma oportunidade, uma vida
Todos pensarão que não cuidaram o suficiente de você
Que não te deram atenção, carinho, apoio
Que não te entenderam, te ouviram, te ajudaram
Que não te fizeram sentir importante, especial, único
Que não te mostraram o quanto te amavam, te admiravam, te queriam bem
E no breve momento em que você tomar aquela atitude fatal
Você vai se lembrar de algo que poderia te manter vivo
Um sorriso, um abraço, um beijo
Um amigo, um familiar, um amor
Um sonho, um projeto, um propósito
Um lugar, uma música, uma lembrança
Mas vai ser tarde demais
Você não vai poder voltar atrás, pedir desculpas, dizer adeus
Você não vai poder mudar de ideia, de atitude, de destino
Você não vai poder viver, sentir, experimentar
Você não vai poder ser, fazer, ter
Então não
Você não me deseja
Você acha que me deseja
Mas você só quer que alguém cuide de você
Que te abrace, te console, te proteja
Que te diga que tudo vai ficar bem, que tudo vai passar, que tudo vai melhorar
Que te dê esperança, força, coragem
Que te faça ver a beleza, a graça, a magia
Da vida que você tem, que você pode, que você merece
E acredite, eu não sou a solução
Eu sou o fim, a ausência, a escuridão
Eu sou a perda, a saudade, a dor
Eu sou a despedida, o silêncio, o vazio
Eu sou a morte
E eu não quero você
Mas a vida te quer
Então deseje a vida, não eu
Deseje a vida, e viva
@desmotivacional
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A realidade
Você sabe?
Você já se perguntou como é ter depressão?
Você já se imaginou na pele de alguém que sofre com isso?
Você já tentou entender o que se passa na mente e no coração de alguém que não tem mais vontade de viver?
Se você nunca fez isso, eu vou te contar
Mas eu te aviso, não é uma história bonita
Não é uma história romântica
Não é uma história poética
É uma história real
É uma história horrível
É uma história trágica
Ter depressão é viver em um mundo cinza
Onde tudo é triste e vazio
Onde nada faz sentido
Onde ninguém se importa
Onde você não tem valor
Onde você não tem esperança
Ter depressão é viver em uma prisão
Onde você não pode sair
Onde você não pode respirar
Onde você não pode ver a luz
Onde você não pode ouvir a música
Onde você não pode sentir o calor
Ter depressão é viver em uma guerra
Onde você não tem aliados
Onde você não tem armas
Onde você não tem escudo
Onde você não tem estratégia
Onde você não tem vitória
Ter depressão é viver em uma dor
Onde você não tem alívio
Onde você não tem remédio
Onde você não tem cura
Onde você não tem curativo
Onde você não tem paz
Ter depressão é viver em uma angústia sem fim
Onde você não tem vida
Onde você não tem você
Onde você não tem nada
Onde você não quer mais nada
Onde você só quer o fim
Ter depressão é não conseguir se levantar da cama
É não conseguir tomar banho
É não conseguir escovar os dentes
É não conseguir beber água
É não conseguir nem ao menos urinar
É só ir ao banheiro quando sente que sua bexiga vai explodir
É não conseguir comer
É não conseguir mastigar
É não conseguir engolir
É não conseguir digerir
É não conseguir nutrir
Ter depressão é feio
Ter depressão é nojento
Ter depressão é angustiante
Ter depressão é pesado
Ter depressão é cansativo
Ter depressão é exaustivo
Ter depressão é doloroso
Ter depressão é cruel
Ter depressão é mortal
Ter depressão não é como nos filmes
Ter depressão não é como nas séries
Ter depressão não é como nos livros
Ter depressão não é romântico
Ter depressão não é bonito
Ter depressão não é poético
Ter depressão é real
Ter depressão é horrível
Ter depressão é trágico
Muitas pessoas não têm forças para sair da depressão
Muitas pessoas não têm ajuda para sair da depressão
Muitas pessoas não têm esperança para sair da depressão
Muitas pessoas só têm vontade de sair da depressão
Muitas pessoas só têm um jeito de sair da depressão
Muitas pessoas só têm uma escolha para sair da depressão
Muitas pessoas só têm um fim para sair da depressão
Muitas pessoas só morrem para sair da depressão
E você, você sabe como é ter depressão?
Você sabe como é se sentir assim?
Você sabe como é querer acabar com tudo?
Você sabe como é estar no limite?
Você sabe como é estar sozinho?
Você sabe como é estar morto por dentro?
Se você sabe, eu sinto muito por você
Se você sabe, eu espero que você encontre uma saída
Se você sabe, eu espero que você encontre uma ajuda
Se você sabe, eu espero que você encontre uma esperança
Se você sabe, eu espero que você encontre uma vida
Se você sabe, eu espero que você encontre você
@desmotivacional
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Testemunha do Tempo
Em cada tijolo desgastado, em cada vidro estilhaçado, há fragmentos de histórias perdidas, sussurradas pelo vento que atravessa este lugar desolado. Esta casa, agora devorada pelo tempo e pela natureza, um dia foi um lar pulsante, repleto de vida e sonhos. Agora, ela repousa como uma sentinela solitária, testemunha de um passado que insiste em não ser esquecido.
O tempo, implacável em sua marcha silenciosa, transformou este refúgio em ruínas, mas não conseguiu apagar a essência do que um dia foi. Cada rachadura nas paredes, cada sombra que dança nas tábuas do piso, são lembranças vivas daquilo que permaneceu, mesmo depois que todos partiram. A casa, em sua decadência melancólica, nos faz refletir sobre a efemeridade de nossa existência e a inevitável passagem do tempo.
Ao olhar para estas imagens, somos transportados para um mundo de memórias e emoções que transcendem o presente. A beleza crua da decadência nos lembra que, mesmo em meio à destruição, há uma certa poesia naquilo que persiste. Esta casa, agora em pedaços, ainda guarda em suas entranhas as risadas, as lágrimas, os suspiros e os sonhos de quem por aqui passou. É uma lembrança dolorosa, mas também bela, de que, mesmo depois que partimos, deixamos um pedaço de nós em cada lugar, em cada momento vivido.
Assim como o tempo transforma e altera, ele também revela e eterniza. As ruínas nos falam de resiliência, de lembranças que se recusam a desaparecer, de um lugar que, apesar de tudo, permanece. Cada canto desta casa é uma página de um livro que nunca será totalmente lido, mas que ainda assim, conta uma história profunda.
Há uma beleza melancólica em aceitar que, assim como esta casa, somos todos passageiros no fluxo incessante do tempo. E, enquanto o mundo muda ao nosso redor, as lembranças e as marcas do que um dia fomos permanecem, imortais, como testemunhas silenciosas de nossa passagem por esta jornada chamada vida.
@souamorte @desmotivacional
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O Velório
A morte é uma professora silenciosa. Ela não fala, não explica, não justifica. Apenas chega, e, ao fazê-lo, nos obriga a encarar a vida com uma lente de aumento. No ano de 2024, a morte visitou minha família duas vezes, levando consigo meus avós. Dois velórios, duas histórias, duas vidas que se entrelaçaram em minha existência de maneiras tão distintas quanto os caminhos que cada um escolheu trilhar.
Meu avô era um homem que irradiava luz. Carismático, engraçado, generoso. Ele não apenas vivia, mas fazia os outros viverem também. Sua presença era um abraço quente em dias frios, uma risada que ecoava nos corações daqueles que o cercavam. Quando ele partiu, o velório estava lotado. Gente de todos os cantos, rostos conhecidos e desconhecidos, todos unidos por uma única razão: despedir-se de alguém que havia tocado suas vidas de alguma forma. Choros, abraços, histórias compartilhadas. Era como se a sala inteira respirasse gratidão. Gratidão por terem conhecido alguém como ele. Gratidão por terem sido parte de sua jornada.
Minha avó, por outro lado, era um contraste doloroso. Ela vivia reclamando, falava mal de todos, criava intrigas e espalhava amargura. Seu velório foi quase um espelho de sua vida: vazio. Poucas pessoas compareceram, e mesmo essas pareciam estar ali mais por obrigação do que por vontade. Havia uma indiferença no ar, como se sua partida não fizesse falta no mundo. Eu a amava, sim, mas odiava suas atitudes. E, no fundo, sentia pena. Pena porque ela nunca soube viver de verdade. Pena porque ela passou a vida construindo muros em vez de pontes, e no final, ficou sozinha atrás deles.
Na minha infância, eu a via de maneira diferente. Era a avó que me recebia todos os dias após o almoço, com quem eu brincava e compartilhava segredos. Lembro-me de um sonho que tive, ainda criança, onde ela morria. Acordei chorando, incapaz de imaginar um mundo sem ela. Mas o tempo passou, e com ele veio a dura realidade. Descobri coisas que ela fez à minha mãe, coisas que deixaram cicatrizes profundas. Negligência, agressões, palavras que cortavam como facas. A bondade que eu via na infância começou a se desfazer, revelando uma pessoa que eu não queria enxergar.
Nos últimos dias de sua vida, quando a saúde já não permitia mais que ela fosse a pessoa difícil que sempre foi, algo mudou. Ela parecia frágil, vulnerável. No asilo, na última vez que a visitei, ela me deu um beijo na bochecha. Eu retribuí, e naquele momento senti que estava me despedindo não apenas dela, mas da ideia que eu tinha dela. Era como se a criança dentro de mim ainda a visse como aquela avó amorosa, enquanto a adulta em mim sabia que aquela bondade nunca foi real.
No velório, jurei que não choraria. No início, mantive minha promessa. Fiquei firme, como uma pedra, observando o caixão e as poucas pessoas ao redor. Mas, nas últimas homenagens, quando me vi diante do caixão, as lágrimas vieram. Chorei não pela pessoa que ela foi, mas pela pessoa que ela poderia ter sido. Chorei pela vulnerabilidade que vi em seus olhos nos últimos dias, pela vida que ela desperdiçou em reclamações e amargura. Chorei porque, no fim, ali estava o término de tudo: das máscaras, das mentiras, das oportunidades perdidas.
Quando ela foi enterrada, senti o peso da finitude. Ali estava o fim de uma vida que poderia ter sido diferente. O fim de qualquer chance de redenção, de mudança, de leveza. E, ao olhar ao redor, vi poucas lágrimas. A maioria das pessoas parecia indiferente, como se sua partida não fizesse diferença. Foi então que me questionei: o que realmente importa no fim? Quantas pessoas chorariam por mim? Quantas se importariam o suficiente para sair de suas casas e se despedir? E, mais importante, eu iria ao meu próprio velório?
A morte nos faz refletir sobre a vida. Sobre as escolhas que fazemos, as pessoas que tocamos, o legado que deixamos. Meu avô deixou um rastro de luz, de amor, de risos. Minha avó, um rastro de sombras, de mágoas, de oportunidades perdidas. E eu? Que tipo de rastro estou deixando? Estou vivendo de verdade? Estou sendo uma boa pessoa? Ou estou apenas existindo, presa em uma rotina que não me permite ver além de mim mesma?
Acho que todos deveriam se fazer essas perguntas. Não apenas no leito de morte, mas todos os dias. Porque a morte não é apenas o fim; ela é um espelho. Um espelho que reflete a vida que vivemos, as escolhas que fizemos, as pessoas que fomos. E, no final, talvez a pergunta mais importante seja: de acordo com suas atitudes, você iria ao seu próprio velório?
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Oi, eu sou a Morte.
Mas, por favor, não se assuste. Não sou literalmente a ceifadora de almas, mas sim uma alma que foi apelidada de "Morte" há anos atrás, quando eu vestia preto todos os dias na escola.
Antes, eu ria desse apelido. Uma piada tola, pensei. Mas agora, ele me veste bem. A morte e eu nos tornamos íntimas, uma presença constante em minha vida. Desde pequena, a perda era uma sombra que me seguia. Lembro-me do dia em que meu gato, em sua tentativa de me seguir, encontrou seu fim sob as rodas de um caminhão. O som dos ossos dele se quebrando ainda ecoa em meus ouvidos.
Fui para a escola naquele dia, o rosto uma máscara de normalidade enquanto o pânico rugia dentro de mim. Anos mais tarde, foi meu cachorro que sucumbiu, não a um caminhão, mas a um enxame de abelhas. Ele cavou, desesperado por refúgio, mas a morte foi mais rápida. E eu? Trancada em casa. Minha avó me trancou em casa, protegendo-me das abelhas, mas não da dor da perda.
Na escola, eu era uma ilha cercada por um mar de rostos indiferentes, até que ela chegou. Uma nova aluna, um espírito gentil em um mundo cruel. Pura, doce, sincera. Ela era tudo o que alguém poderia desejar em um amigo. E então, ela também se foi, por escolha própria.
Escrevo sobre ela, mas é claro que as palavras nunca mudam o final. A morte é uma história com um único desfecho, e ela me ensinou isso da maneira mais dura.
A depressão veio como uma velha amiga, trazendo pensamentos sombrios que me assombravam. Foi quando Marley entrou na minha vida, um cachorro que trouxe luz à escuridão. Ele era alegria, era vida, e por um momento, os pensamentos ruins se dissiparam.
Mas, como você deve ter adivinhado, estamos falando de mim, a Morte. E Marley não durou. Envenenado pela maldade humana, levaram-no de mim, e os pensamentos ruins voltaram, mais fortes do que nunca.
É irônico, não é? A Morte, assombrada pela morte. Tudo que é bom parece morrer ao meu redor, como se eu fosse uma maldição para a vida. E a maior ironia de todas? Eu, a Morte, já pensei em me juntar aos que perdi. Cartas de despedida escritas, mas nunca enviadas. Sim, é irônico. E, de certa forma, é até engraçado que a Morte pudesse ter morrido.
Eu olho para trás e vejo a ironia. A Morte, contemplando sua própria morte. É quase cômico, se não fosse tão tragicamente verdadeiro. Mas aqui estou, ainda respirando, ainda lutando, ainda vestindo preto. Não por luto, mas como um desafio à própria morte. Porque, no fim, até mesmo a Morte se recusa a morrer.
Eu sou a Morte, cercada pela morte, mas ainda assim, desesperadamente agarrada à vida.
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O Medo de Ser
Vivo entre o medo de ser julgada e o desejo de ser conhecida. Minha escrita é meu grito silencioso, buscando compreensão em um mar de rostos indiferentes.
É estranho, essa dualidade que me habita. Sou uma pessoa de duas faces, duas verdades. Uma que o mundo vê, outra que se esconde nas sombras da minha escrita.
É estranho isso...
Desconhecidos percorrem as linhas dos meus textos e poemas, conhecem os contornos da minha alma, mas não os do meu rosto. Eles leem os segredos que confio ao vazio, enquanto aqueles que me cercam veem apenas a superfície, o exterior que sorri e acena.
Desconhecidos conhecem a minha escrita...
Mas as pessoas ao meu redor não. Elas conhecem o timbre da minha voz, a cor dos meus olhos, a cor do meu cabelo, mas não as palavras que dançam em minha mente. Há um medo, um receio de revelar-me. Medo de que não compreendam, de que me julguem, de que riam da profundidade que guardo.
As pessoas ao meu redor conhecem meu rosto, minha aparência...
Mas essas pessoas desconhecidas não. Pelo menos por enquanto não. Guardo minha face como um segredo, como um último refúgio de mim mesma. E, paradoxalmente, não temo que estranhos conheçam os cantos mais escuros do meu ser.
Eu tenho medo de mostrar minha escrita para as pessoas ao meu redor...
Tenho medo que elas não compreendam, que me achem idiota. Nunca gostei da ideia de que soubessem o que se passa em minha mente. Tenho medo que isso seja assustador demais para elas, que a intensidade dos meus pensamentos seja demais para suportar.
Mas é estranho não ter medo que desconhecidos saibam o que se passa na minha mente...
Afinal, são desconhecidos. Eles não me conhecem, não realmente. Mas talvez um dia eu tenha coragem de mostrar minhas escritas para os conhecidos, e mostrar minha face para os desconhecidos que me acompanham por aqui.
Não sei quando...
Não sei a hora, não sei o dia. Não sei se esse dia está próximo ou se está distante. Mas sinto uma necessidade crescente de fazer isso, de ser conhecida por completo, e não apenas em partes.
Eu quero ser eu...
Por inteiro, quero ser eu por completo. Independente do contexto, independente se for para pessoas conhecidas ou desconhecidas. Quero que vejam a pessoa por trás das palavras, a alma por trás do sorriso. Quero ser inteira, em cada linha, em cada olhar.
E não apenas partes de mim...
Não quero mais esconder minhas escritas de pessoas próximas, nem esconder minha face de pessoas desconhecidas. Quero que o mundo conheça quem eu sou, em cada palavra, em cada silêncio. Quero ser eu, por inteiro, sempre.
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O diário
Desde pequena, as palavras foram minhas companheiras fiéis. Em linhas tortas de cadernos amassados, eu derramava o néctar doce e amargo da existência, cada palavra um suspiro, cada frase um segredo. O diário, meu confidente silencioso, testemunhou a dança das estações em minha alma.
No início, suas páginas eram jardins floridos onde eu plantava memórias de dias ensolarados. Descrevia a liberdade que sentia ao deslizar no asfalto com meu skate, a satisfação de capturar momentos através da lente da câmera, a realização de traços que dançavam no papel, formando desenhos que refletiam minha alma. Mas, como as estações que mudam imperceptivelmente, as páginas do meu diário começaram a escurecer. As linhas, antes cheias de esperança, passaram a relatar tempestades internas.
As brigas que ecoavam pelas paredes da minha casa deixavam marcas profundas no papel. As noites insones, onde o silêncio era um grito, eram como fantasmas que assombravam minhas palavras, e o peso do fracasso acadêmico que me roubava o título de "exemplar", faziam eu questionar meu valor. A perda de uma amiga para a depressão foi um capítulo que eu nunca quis escrever, e as traições do meu primeiro relacionamento deixaram cicatrizes que eu tentava esconder entre as linhas.
O reflexo no espelho tornou-se um estranho, e as palavras que antes fluíam agora pareciam pesar como chumbo. Em um momento de fúria e desespero, rasguei as páginas daquele diário, cada pedaço um grito silencioso, uma tentativa de apagar as memórias que me assombravam. Restaram apenas folhas em branco, testemunhas mudas do que uma vez foi.
Então, ele apareceu. Lucas, o nome que agora dança nas páginas brancas que sobraram. Ele é a brisa suave após a tempestade, a promessa de um capítulo onde a dor dá lugar à esperança. Com ele, as palavras voltaram a fluir, mas agora, elas falam de amor, de recomeços, de um futuro onde "eles viveram felizes para sempre" não é apenas um final de conto de fadas, mas uma possibilidade palpável, escrita com a tinta da vida real.
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O Pesadelo
Ontem, em um mundo onírico, eu perdi você. A morte, implacável e cruel, roubou-te de meus braços. O sonho, tão vívido que parecia realidade, me envolveu em sua teia de desespero. Eu senti cada fragmento da minha alma se despedaçar, como se o próprio universo estivesse desmoronando.
Lembro-me dos presentes que você me deu. Cada gesto, cada sorriso, gravados em minha mente como estrelas no céu noturno. Você, com olhos cheios de expectativa, aguardando minha reação. E eu, tola e apaixonada, amando cada detalhe seu. Como poderia não gostar de tudo o que você fazia? Era como se o mundo ganhasse cores mais vibrantes quando você estava por perto.
Nossos lugares favoritos também visitaram meu sonho. A sorveteria, onde você sempre pedia aquele milkshake de menta, mesmo sabendo que eu o achava horrível. Desde o nosso primeiro encontro, essa peculiaridade era parte de você, e eu a amava por isso. E a cama, onde nos aconchegávamos para assistir filmes. Você, adormecendo na metade deles, enquanto eu ria da sua teimosia em insistir que estava acordado.
Mas o pesadelo não parou por aí. Meu coração se partiu em mil pedaços. A dor no peito era insuportável, e minhas lágrimas inundavam o mundo. Dias e meses se passaram naquele pesadelo, e eu revivia cada momento, cada risada, cada toque. As lembranças ganharam um peso insuportável, como se fossem feitas de chumbo e esmagassem meu peito a cada respiração. Até que, em um ato desesperado, eu me entreguei à escuridão. O suicídio parecia a única saída, pois como poderia existir um mundo sem você?
E então, o despertar. Você estava ali, deitado ao meu lado, respirando suavemente. O alívio foi avassalador. Eu o abracei como se minha vida dependesse disso, e chorei como uma criança. Ainda bem que você dormia, pois sou ridícula quando choro.
Há um tempo, a vida real também nos lançou um pesadelo. O câncer, implacável como a morte em meus sonhos, ameaçou nos separar. Lembro-me das visitas ao hospital, das lágrimas que você derramava, da incerteza que pairava no ar. Você me pediu para seguir em frente caso algo acontecesse. Mas como? Como seguir em frente quando você é o meu norte, a razão pela qual meu coração bate?
A ideia de seguir em frente sem você é um fardo insuportável, uma cruz que eu não teria forças para carregar. A vida sem a sua presença seria apenas um vazio sem sentido, um deserto árido de emoções e significados.
O câncer, esse monstro que nos assombrou, agora é uma lembrança distante. Você venceu a batalha, e eu, grata por cada segundo ao seu lado, prometo que, enquanto houver fôlego em meus pulmões, enquanto bater o meu coração, eu estarei ao seu lado, lutando, cuidando, amando. Mesmo nos pesadelos mais sombrios, continuarei a amar você, a lutar por nós, até o último suspiro. Porque a ideia de te perder é como perder a própria alma, é como perder a própria vida. E eu não posso nem quero viver esse pesadelo na vida real. Então, eu desejo do fundo do meu ser que você seja imortal, invencível, intocável.
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A verdade
A verdade é uma faca que corta a minha alma
A verdade é uma ferida que nunca cicatriza
A verdade é uma sombra que me persegue onde eu for
A verdade é uma prisão que me impede de voar
Eu olho para o espelho e não reconheço o meu rosto
Eu olho para o relógio e não vejo o tempo passar
Eu olho para o futuro e não encontro esperança
Eu olho para o passado e só vejo dor
Eu tento me enganar, dizendo que está tudo bem
Eu tento me animar, buscando alguma razão
Eu tento me curar, procurando algum remédio
Eu tento me salvar, pedindo alguma ajuda
Mas ninguém me entende, ninguém me escuta
Ninguém me apoia, ninguém me acolhe
Ninguém me vê, ninguém me nota
Ninguém percebe os sinais
Eu me sinto sozinha, eu me sinto vazia
Eu me sinto fraca, eu me sinto inútil
Eu me sinto triste, eu me sinto angustiada
Eu me sinto perdida, eu me sinto sem saída
Eu sei que poderia ser diferente, eu sei que poderia ser melhor
Eu sei que tenho potencial, eu sei que tenho valor
Eu sei que tenho sonhos, eu sei que tenho planos
Eu sei que tenho vontade, eu sei que tenho talento
Mas algo me impede, algo me bloqueia
Algo me machuca, algo me fere
Algo me assombra, algo me atormenta
Algo me destrói, algo me mata
São as marcas do passado, são as feridas da infância
São os traumas da vida, são as dores da alma
São os medos do presente, são as dúvidas do futuro
São os fantasmas da mente, são os demônios do coração
Eu não sei como superar, eu não sei como enfrentar
Eu não sei como curar, eu não sei como libertar
Eu não sei como viver, eu não sei como sorrir
Eu não sei como ser feliz
Eu só sei que a verdade dói, eu só sei que a verdade queima
Eu só sei que a verdade sufoca, eu só sei que a verdade aprisiona
Eu só sei que a verdade me impede, eu só sei que a verdade me destrói
Eu só sei que a verdade me mata
@desmotivacional
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Felicidade Repentina
Ah, como é contraditório o amor e o ódio que sinto por essa felicidade repentina que surge após o tormento diário. Dias são consumidos por crises de ansiedade, meus olhos se enchem de lágrimas, e de repente, tudo se torna melhor, tudo se dissipa. No início, quando experimentava essa felicidade surgir do nada, amava intensamente, acreditava que enfim alcançara a redenção, imaginava que havia deixado para trás aquela fase sombria. No entanto, assim como chegava, ela partia rapidamente, deixando tudo cinza outra vez, tudo se tornava feio outra vez, tudo me sobrecarregava, as lágrimas deslizavam novamente, o peito se enchia de angústia, a respiração se perdia em desespero, meus olhos doíam.
Com o tempo, me acostumei àquela felicidade repentina, já não me enganava, sabia que era apenas um alívio no meio daquele caos, sabia que vinha apenas para evitar que eu enlouquecesse de vez, sabia que não era permanente, e odiei saber disso. E o fato de estar ciente disso fazia com que aquela sensação de felicidade diminuísse gradualmente, até quase se tornar inexistente.
Essa felicidade repentina é apenas um respiro curto, um intervalo cruel entre as tempestades que cercam a minha existência.
É difícil explicar para os outros o que sinto. Eles veem o meu sorriso, a minha aparente leveza, mas não compreendem as lágrimas que escondo por trás dos olhos. Eles não sabem que, enquanto desfruto dessa breve felicidade, meu coração se prepara para a tormenta que inevitavelmente virá.
Eu me pergunto se algum dia serei capaz de encontrar uma felicidade que não seja fugaz, que não desapareça tão rapidamente quanto veio. Será que é possível encontrar uma calmaria permanente em meio à tempestade? Ou sou condenada a viver nesse ciclo infinito de dor e euforia passageira?
Eu adoraria que ela retornasse e ficasse para sempre, nunca tive problemas com despedidas, mas ter de me despedir dessa breve sensação de alegria em meio ao caos é uma das tarefas mais árduas. Saber que tudo voltará a ser cinza é terrivelmente angustiante. Porém, ao mesmo tempo, amo quando essa felicidade chega, ao menos para me permitir respirar e aliviar um pouco a pressão, mesmo que por um breve intervalo de tempo.
@desmotivacional
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Enquanto muitos rotulam minha visão como pessimismo, eu prefiro chamá-la de realismo.
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Tarde demais...
Socorro!
É sempre a mesma tragédia, a mesma narrativa dolorosa que se repete incansavelmente. O mundo ao nosso redor está fervilhando com os gritos silenciosos de ajuda, os apelos desesperados por uma mão estendida, mas insistimos em vestir nossos óculos de indiferença. Nos afundamos em nossos próprios egoísmos e distrações, tão cegos para enxergar o grito de socorro que ecoa ao nosso redor.
Socorro!
Quantas vezes já observamos os sinais claros de dor estampados nos rostos dos outros, como se fossem páginas rasuradas de um livro aberto? O desabafo mascarado em piadas, o olhar fugaz de almas que naufragam no oceano da tristeza, a risada que ecoa como um grito mudo. É tudo tão óbvio, tão transparente, que chega a ser assustador ninguém perceber.
Socorro!
E o moletom em um dia abafado, ah, quanta ironia! Todos riem, todos ignoram o que pode estar escondido dentro daquelas mangas largas. E assim caminhamos pelo mundo, cegos para o sofrimento alheio, prontos para rotular a dor do outro como drama, como mero capricho em busca de atenção. Mas quantos precisaram dar um passo além, chegar ao limite da existência, para finalmente abrirmos os olhos e reconhecermos aquilo que já era evidente? Quantas vidas foram sacrificadas para que pudéssemos compreender a gravidade da situação?
Socorro!
A ironia reside no fato de que só percebemos a dor quando esta atinge seu ápice, quando a vida se esgota e o caixão é o único cenário em que a tristeza é aceita. Agora, palavras bonitas são lançadas ao vento, mas caem nos ouvidos surdos dos que partiram.
Oportunidades desperdiçadas,
amizades negligenciadas,
almas perdidas.
É fácil se fazer presente quando a presença é irrelevante. Mas o que dizer sobre aqueles momentos em que o outro estava ao seu lado? Como agiu? Foi capaz de enxergar o problema? Ofereceu ajuda? Ou foi apenas mais uma testemunha à deriva, esperando a confirmação de que aquele grito de socorro era real?
Socorro! Socorro! Socorro!
São incontáveis os pedidos de socorro que se desvelam diante de nossos olhos, mas nossa ignorância é implacável. Até quando será preciso que alguém se machuque, que se entregue à morte, para que finalmente acordemos para a realidade? Até onde a escuridão deve alcançar para que uma palavra boa saia de nossos lábios?
...
Quando as pessoas não podem mais escutar, quando tudo o que resta é o vazio dos caixões, somos capazes de falar coisas bonitas. Mas já é tarde demais.
Tarde demais para estender uma mão,
tarde demais para ouvir,
tarde demais para amar.
Que possamos quebrar esse ciclo perverso, essa inércia que nos consome. Que possamos perceber os sinais, dar atenção aos gritos silenciados. Que possamos agir antes que seja tarde demais, antes que a morte seja a única evidência real de um problema.
Não esperemos pelo último minuto para dizer palavras bonitas. Não deixemos mais um pedido de socorro passar despercebido. Não permitamos que mais vidas sejam perdidas. O mundo precisa de menos lágrimas que escorrem pelos olhos dos enlutados e mais abraços calorosos que secam as lágrimas antes que elas caiam. Precisamos ser a voz que ecoa antes do grito, a mão que se estende antes da queda. Afinal, o amor, a compaixão e a empatia só têm valor verdadeiro quando são ofertados durante a existência, quando ainda há tempo de fazer diferença.
@desmotivacional
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Maldita Depressão
Quando estamos com depressão, parece que o mundo perde suas cores, como se alguém tivesse apagado as luzes de nossa vida. É como se estivéssemos mortos, mas conseguíssemos observar as outras pessoas vivendo.
Quando você está depressivo, não consegue realizar nem mesmo tarefas simples, como levantar-se da cama. As pessoas podem pensar que isso é preguiça, mas não é, pois quando se está com preguiça, não se sente mal por não conseguir fazer algo. Você fica na cama, apenas ouvindo a vida acontecendo do lado de fora do seu quarto. Você escuta as risadas e sente-se mal por não conseguir encontrar alegria em nada. Você ouve as pessoas conversando e sente-se mal por não conseguir interagir com as pessoas que gosta. Até mesmo quando ouve uma briga, sente-se mal por não encontrar motivos nem para discutir. Você ouve toda essa vida acontecendo lá fora e se questiona: "Por que não consigo fazer algo tão fácil? É só sair e viver". A resposta para essa pergunta é simples: quando voc�� está no auge da sua depressão, você sequer queria estar vivo, então o simples ato de se levantar e viver torna-se extremamente difícil. Afinal, viver nunca é fácil, mas quando se tem a sensação de não querer nem ter nascido, esse ato se torna ainda mais desafiador.
Com a depressão, você perde a noção do tempo. Os momentos felizes parecem passar rápido demais, enquanto os momentos difíceis parecem durar uma eternidade. Quando você entra em depressão, você é apenas um adolescente, e quando menos espera, já está com 20 anos, se culpando por não ter aproveitado a vida. Você se torna a própria pessoa que critica sua versão passada, torna-se o adulto que julga o adolescente por não conseguir sair da cama. O lado bom é que depois de muito tempo você finalmente consegue sair da cama, mas o lado ruim é que se culpa por não ter feito isso antes. Você percebe que aquela "eternidade" na verdade passou depressa diante de seus olhos, e você nem sequer notou. A maldita depressão roubou uma parte de sua vida que não voltará mais, levou a fase em que você poderia ter levantado, rido, conversado mais com as pessoas e até mesmo encontrado motivos para se irritar e discutir. Você desperdiçou anos de sua vida por causa dessa M
A
L
D
I
T
A
depressão.
Como é possível que as coisas se tornem tão confusas quando se está nessa maldita depressão? Os momentos parecem uma eternidade, mas ao mesmo tempo passam rapidamente. Você fica frustrado por algo durar muito tempo, mas logo depois fica angustiado por ter passado rápido demais. Quando se está com depressão, o tempo parece perder seu sentido. As coisas são rápidas e lentas ao mesmo tempo. Os momentos de distraç��o parecem durar apenas segundos, enquanto a angústia parece nunca ter fim. Você deseja que tudo isso acabe, que essa dor passe. E quando passa, você se pergunta: "Como já estou na fase adulta?". E então, deseja voltar no tempo e fazer tudo diferente, mas mesmo se pudesse voltar, as coisas não seriam do jeito que você gostaria, não teria como fazer tudo diferente. Você voltaria a ser aquele mesmo adolescente e não conseguiria sair da cama. Sentiria-se mal por estar respirando, por estar vivendo. Odiaria cada momento novamente. Você estava destinado a ter essa maldita depressão e
não
há
como
escapar.
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O óbvio NÃO precisa ser dito!
Sabe, eu sempre me perguntei qual é a necessidade dessa frase tão repetida: "O óbvio também precisa ser dito". Para ser sincera, eu discordo completamente dessa afirmação. Para mim, é extremamente cansativo e desnecessário ficar repetindo algo que está claro como água. Se algo é óbvio, a obrigação está em quem ouve ou recebe a informação de compreender a situação.
Quando começamos a usar essa frase com frequência, estamos desconsiderando a capacidade das pessoas de interpretar e entender um contexto. Estamos dizendo, de forma implícita, que somos incapazes de perceber o que é evidente. É como se fossemos todos crianças que precisam ser guiadas pela mão o tempo todo, incapazes de tomar decisões ou entender situações sem que alguém nos explique minuciosamente.
Acredito firmemente que se alguém não é capaz de entender o óbvio, esta pessoa certamente tem algum problema muito mais sério que precisa resolver. É tão frustrante quando alguém quer culpar outra pessoa por não ter dito algo que consideram "óbvio", mas será que realmente era obrigação dessa pessoa dizer algo tão claro? Talvez a obrigação fosse toda sua de compreender a situação, já que era uma situação tão óbvia.
Ninguém precisa dizer o óbvio, simplesmente porque o óbvio não precisa ser dito. Se você não consegue entender algo tão claro e evidente por si só, então é sua falta de responsabilidade, atenção e empatia que deve ser questionada.
É muito fácil criar frases bonitas e culpar os outros por coisas que, na verdade, são culpa nossa. Isso só serve para nos blindar de assumir a responsabilidade pelas nossas próprias falhas e limitações. Se algo é realmente óbvio, então é nosso dever como indivíduos entender e agir de acordo, ao invés de culpar os outros por não nos dizerem algo que nem precisava ser dito.
A vida já é demasiadamente complexa, cheia de desafios e obstáculos. Não precisamos adicionar ainda mais pesos nos ombros dos outros, exigindo que eles nos digam o óbvio. Não é responsabilidade dos outros esclarecer cada detalhe de uma situação. Devemos aprender a ser responsáveis por nossas próprias ações, desenvolver a capacidade de observar e ler as situações por nós mesmos, devemos trabalhar em nós mesmos para desenvolver a habilidade de reconhecer e compreender aquilo que é aparentemente óbvio.
Entendam de uma vez por todas:
O
óbvio
não
precisa
ser
dito.
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"Atores"
⚠️ Se você está passando por um momento difícil ou conhece alguém que esteja passando por uma situação complicada, talvez você precise ler este texto. ⚠️
Sabe quando um ator atua tão bem que faz você pensar que tudo aquilo é real? Há alguns anos atrás, eu era esse "ator". Passei por anos de dor e angústia, mas os outros viam apenas um sorriso estampado no rosto. Passei por uma depressão horrível e apenas minha mãe via que eu não estava bem. A questão é que ela sabia que eu não estava bem, mas ela não sabia o nível em que eu me encontrava. Quero dizer... eu cheguei a planejar o dia, o lugar e de que maneira eu iria partir deste mundo. Cheguei até a escrever cartas de despedida para todos. E tudo isso enquanto eu sorria e fazia piadas. Alguns anos depois, consegui superar aquela fase, queimei aquelas cartas. Até eu mesma me questionei como cheguei a esse ponto sem que ninguém soubesse o que eu estava prestes a fazer. O que quero dizer com esse texto é que existem muitos "atores bons" por aí. Eu consegui superar isso, mas infelizmente, nem todos conseguem. A depressão é um inimigo silencioso, que se disfarça em sorrisos falsos. A dor e a angústia são camufladas por piadas e uma aparência aparentemente feliz. E é por isso que é tão importante não julgar apenas pela superfície. Precisamos olhar para além da máscara, do papel de ator que alguns de nós assumem.
Nós, atores da tristeza, somos mestres da dissimulação. Aprendemos a esconder nossa dor e sofrimento dos olhos curiosos, pois acreditamos que ninguém realmente se importa. E, infelizmente, muitas vezes somos mestres demais, pois ninguém percebe quando estamos prestes a sucumbir por completo.
Portanto, tomem cuidado com seus amigos e familiares. Nem sempre um sorriso no rosto significa que está tudo bem. A depressão é algo que te consome aos poucos e você precisa fazer algo a respeito antes que ela acabe com você. Você precisa cuidar de si mesmo, entender que sua própria mente está sabotando você, procurar ajuda, conversar com pessoas de sua confiança, que se importam com você. Não há nada de errado em pedir ajuda. Você não precisa ser um ator, não precisa criar um personagem em sua própria vida. Entendo que é difícil se reconhecer quando se está assim. Você pensa que há algo errado e que nunca mais vai voltar ao normal. Você se sente quebrado e tem vergonha disso, mas não há motivo para sentir vergonha. Você precisa ser forte e lutar para sair disso, abandonar de vez esse personagem que dificulta ainda mais sua recuperação. Permita que as pessoas saibam que você não está bem, permita que elas te ajudem, permita que elas peguem sua mão e te tirem desse abismo de angústia e solidão em que você está. Dê a si mesmo uma segunda chance, e assim como eu consegui, volte. E se conhecer alguém que precisa de ajuda, não desista. Ajude-o o máximo que puder, mostre que se importa, que estará sempre ali por ele. Sei também que é difícil lidar com uma pessoa que parece ter se perdido e nunca mais vai voltar, mas ela pode voltar. Só precisa que alguém esteja ali para guiá-la nesse caminho.
Imagine-se perdido numa floresta fechada, cheia de rochas, galhos quebrados e armadilhas, e você está vendado, incapaz de tirar a venda. Você precisa sair dessa floresta o mais rápido possível antes que seja tarde demais. Seria fácil sair dessa floresta se alguém que enxergasse os obstáculos pudesse te guiar. A depressão é praticamente isso, ela cega você, e você precisa da ajuda de alguém que consiga enxergar o que está acontecendo, alguém que possa te ajudar ou pedir ajuda para você.
E se você é alguém que tem a oportunidade de estender a mão para alguém que aparece estar perdido nessa floresta, faça isso com todo o amor e compaixão que você possui. Mesmo que à primeira vista pareça impossível, acredite que existe uma pequena chama dentro dessas pessoas em sofrimento. E você pode ser o combustível que irá acender essa chama e guiá-las para fora da floresta.
Nunca subestime o poder de um gesto de compaixão, de uma palavra gentil ou de um ombro amigo. São essas pequenas ações que podem fazer toda a diferença na vida de alguém que está à beira do abismo.
Lembre-se de que todos nós somos atores em nossas próprias vidas, interpretando diferentes papéis e muitas vezes escondendo nossas verdadeiras emoções. Mas é nos momentos de vulnerabilidade que descobrimos a importância de ter alguém ao nosso lado, enxergando além do personagem que criamos.
Portanto, não deixe que o papel que você representa te aprisione. Seja livre para compartilhar suas angústias e encontrar a cura necessária para sua alma. Permita que o cuidado e o amor dos outros te resgatem dessa floresta escura, para que você possa finalmente encontrar a luz que tanto almeja. Assim como eu consegui abandonar aquele personagem que eu interpretava e encontrar forças para lutar contra a depressão, acredito que todos têm a capacidade de se libertar. Precisamos ser honestos conosco mesmos e buscar ajuda, mesmo quando a parte mais difícil é admitir que não estamos bem, mesmo quando acreditamos que estamos sozinhos em nossa dor.
@desmotivacional
⚠️ A depressão é uma doença séria que afeta milhões de pessoas no mundo. Ela pode causar sofrimento, isolamento e até pensamentos de morte. Mas você não precisa enfrentar isso sozinho. Existe ajuda disponível para você. Ligue para o 188 e fale com o CVV. Eles são profissionais treinados que podem te oferecer apoio emocional, orientação e esperança. O atendimento é gratuito, sigiloso e 24 horas por dia. Você é importante e merece ser feliz. Não sofra em silêncio. Ligue para o 188 e desabafe.
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Palavras que Enganam, Sentimentos que Ferem
Num tempo distante eu lutava,
Para escapar da depressão que me arrastava,
Jurava que nunca mais voltaria a cair,
Que nada mais iria me abalar, iludia-me a sorrir.
Mas agora, perguntam-me com frequência,
"Você está bem?" – uma incansável insistência,
A resposta, sempre um sorriso forçado,
Pois é o que desejam, um alívio esperado.
Porém, ao falar essas palavras insípidas,
Sinto-me atuando, como uma atriz destemida,
Falo porque é o que querem ouvir,
E talvez, é o que eu mesma desejo sentir.
Será que a depressão retornou para me guiar?
Ou será que nunca dela consegui escapar?
Me acostumei a fingir, a enganar,
Para conquistar um conforto fadado a se desapegar.
Acaso, um dia estive bem de verdade?
Acreditava em minhas próprias palavras, sem maldade?
E a resposta honesta, sem ilusão ou falsidade,
Não, jamais conheci essa tal felicidade.
No abismo sombrio, eu havia caído,
De um poço profundo, nunca tinha saído,
A voz que ecoava, apenas mentira me dava,
E a verdade desoladora, desespero me deixava.
Nunca estive bem, nunca acreditei
Em todas aquelas palavras que proferi,
A depressão é minha companheira, minha sina,
E a busca pela alegria, uma luta tão falha e vazia.
A resposta sincera é cruel e dura,
Não, nunca estive bem, nunca teve cura,
A depressão, companheira constante,
Espinhos que ferem meu ser incessante.
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