Tumgik
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Por que nos deixamos doer pelas dores não curadas dos outros?
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Contrariando a gravidade
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Bom dia
Hoje seria um daqueles dias que meu único bom dia seria do meu pai. Aqueles em gif, em flores, purpurina, versículo bíblico ou supostamente atribuída a alguém que nunca pensou naquilo. Partiu há quinze dias, parece 15 anos já. 
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Saiba que eu te dei tchau...
Era um dia morno, quarta feira. Pra mim, quarta feira é um dia em cima do muro. É um dia menos altivo e entusiasta que a segunda-feira. Mas, também não é um dia ilusório como a sexta-feira. Quarta é um dia pé no chão. Tão real e com tanta pulsão de vida que me trouxe os pensamentos mais pessimistas que um ser humano médio pode ter frente a uma possibilidade ruim.
Pensava em exames médicos. Em resultados ruins, em morte, em pessoas que amo, na minha viagem dos sonhos. Por fora, bela viola. Por dentro lágrimas silenciosas e medo. A criança interior estava assustada e na maioria da vezes não sei como ajudá- la. Aí, a vida olhou essa cena e mandou uma criança estranha vir falar com a minha criança chorosa.
Um ônibus escolar parou no sinal de trânsito e uma menininha muito feliz olhou pra mim e me deu tchau. O veículo estava cheio de crianças. Quis imaginar que elas estavam voltando de uma excursão, porque pareciam mais felizes que o normal. O fato é que a vida me deu esse presente e minha criança birrenta não quis ver, ficou paralisada, não retribuiu aquele adeus sincero. Desculpe.
Menininha de seis ou sete anos, saiba que vi seu tchau, eu retribui seu tchau uns 20 minutos depois quando entendi do que se tratava. Você não viu, mas eu mentalmente falei com você, apreciei sua felicidade, te desejei uma vida linda. Minha criança ficou com certa inveja, tratou logo de se levantar e parou de chorar.
Obrigada menininha feliz do ônibus de excursão. Seu tchau salvou meu dia.
Um segundo de... talvez a vida seja isso mesmo, rápida como um tchau. E nesses segundos, o melhor a se fazer seja seguir seu trajeto, sentada no ônibus e dividindo felicidade.
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A gratidão é um balão
A gratidão é um balão de festa cheio d'água. Não há propósito enchê-lo, se você não vai estourar em algum momento. Não há muito sentido em ter mil experiências e dias, e cores, e texturas, e palavras e gente luz se você simplesmente não pára e...  estoura esse balão. Se você não se dá conta que o propósito não é levar o balão cheio dágua e sim se molhar em algum momento com toda água que carregou... então sinto em dizer que levar esse balão cheio é um fardo e não uma promessa de se banhar, rir, olhar para trás e lembrar da jornada.
Tenho consciência disso. Hoje bem mais que ontem. Então, algumas vezes, antes mesmo de estourar o balão, o meu acaba transbordando naturalmente. Não resisto em esperar pelo dia do estouro. Acho que todo dia é dia de estourar o balão. Todo dia é dia de ser grato. Esses dias, dos pequenos transbordos, são dias como hoje. O balão transborda, as lágrimas escorrem.
Meu superego ainda é machista e cheguei a me questionar, se não seria TPM. Mas não. É sensibilidade visual, é minha íris super cristalina usando uma lente de aumento para cada coisa boa que acontece nos meus dias. Hoje transbordei porque estou cozinhando feijão e vou comer uma comidinha gostosa, tenho meu cão ao lado, um trabalho que amo e um amor infinito e de outras vidas pelo marido. Transbordei por TUDO isso. 
Um segundo de... a propósito, meus balões são roxos. :)
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Partilhar
Era sábado à tarde, a calmaria tomava conta daquelas horas, uma música inaudível tocava nos meus pensamentos e fui pra janela. Dela, eu vejo tanto ou mais quando olho pra dentro. E vi duas crianças conversando. Parei pra observar e fiz força pra tentar ouvi-los. Ele estava segurando um porquinho de barro, um cofre. Por mais que meus tímpanos se esforçassem, não podia ouvir aquele diálogo. Uns cinco minutos depois, o menino abriu o porquinho e tirou todas as moedas. Fez uma linha no chão de terra, dividiu meio a meio e deu a metade para a menina. Ela não podia se conter. Seus olhinhos brilhavam. Ela deu um abraço forte e demorado nele. Ficaram por mais uns minutos juntos, ambos felizes, falando coisas que iluminavam aquela cena.  Em seguida ela saiu, um pouco saltitante e ele ficou a olhar o porquinho. Ele sorria tímido. Catou suas moedinhas e foi pra casa. E a lição do dia foi sobre partilhar,  aquela atitude que é dar abrigo, passagem e esperança para outro. É pegar um bocado do seu mundo e colocar na mesa do outro, embrulhado pra presente ou não.
Um segundo de... o que será que cada um vai fazer com suas moedinhas? 
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Pequenas lições do pior dia do ano...
Não chuvia no pior dia do ano. Nem estava frio, não tocava uma música triste e também não estava sozinha. Era verão, mês das férias, o sol parecia convidar todo mundo pra sair. Saí de casa como uma criança em dia de excursão. Estava tão radiante que não cabia dentro de mim. Disfarcei seriamente para os adultos do mundo lá fora não perceberem. Me contive até mesmo no momento mais feliz: quando andei de trem, sentada no banco em direção oposta ao caminho. Fingi que era o sol que estava a me cegar com a claridade, mas era mesmo um pequeno deleite: fechar os olhos e lembrar de todas as minhas viagens imaginárias da infância. O maior erro foi ter chamado essa criança para o passeio. Ela veio, mas não quis ir embora. 
O segundo grande erro é que só acreditamos na palavra física e dita. Não acreditamos naquela força que ronda, acena e sacode bandeiras como cheerleaders levantando plaquinhas com aviso: "vai dar merda".  Nós subestimamos os pequenos detalhes e o sexto sentido. Achamos que ambos são tão pequeninos que não vão machucar o pé e nos fazer um calo no fim do dia. Você insiste na dor. O que era um leve incômodo pela manhã, te deixa sem pernas e pés ao fim do dia. Horas depois você está ali só de corpo presente. Sua alma ficou em alguma esquina pra trás junto com um "não deveria ter feito isso..."
No pior dia do ano eu não fiquei com fome o dia todo. Eu comi um "Bacalhau a Brás"e estava tão frio e gelado com a "Dobrada à moda do Porto", do Fernando Pessoa.
"Mas, se eu pedi amor, porque é que me trouxeram Dobrada à moda do Porto fria? Não é prato que se possa comer frio, Mas trouxeram-mo frio. Não me queixei, mas estava frio, Nunca se pode comer frio, mas veio frio.”
No pior dia do ano, vi um gatinho lindo da janela, quis fotografar e meu corpo não tinha força. Também vi um passarinho morrer sob a roda de um carro, perdeu o fôlego pra bater asas e ... meu peito sentiu por um segundo sua falta de ar extrema. No pior dia, peguei umas oito conduções diferentes e não sabia pra onde estava indo. Ainda nesse dia, meu coração tropeçou numa pedra, fez uma pequena fenda e tive que recorrer ao Kintsugi. Chorei interna e externamente. Ainda dói se fecho os olhos. Mas esse mesmo olhar já compreendeu que wabi-sabi acontece conosco, no dia a dia, na vida real. Por quê raios não aconteceria comigo também? 
No pior dia também comi Mc Donalds, mas continuei com uma fome arrebatadora de paz interna, uma sede extrema por quietude e um desejo lascivo pelo dia seguinte. Também havia uma vontade animalesca de pegar aquela criança que libertei de manhã, levá-la para um quarto escuro e deixá-la de castigo. Ela ficaria lá até saber que isso aqui não é a merda de um passeio com tudo pago, com seres adultos se preocupando por você sobre todas as coisas. 
Foi o pior dia do ano e não da vida.  Não foi pior porque eu tinha alguém segurando a minha mão com o MAIOR amor do mundo. Tinha alguém que queria ir embora, que pensou em desistir, mas não foi, por amor. 
Foi o dia mais dolorido até aqui, mas foi o dia de mais amor nas coisas invisíveis e mínimas. Desculpa, Ed Sheeran... agora eu entendo sua música "Photograph" e o "love can hurt".
Fica a minha desculpa ao meu amor. Deveria ter feito o mais simples: ter lido o não dito e não ter levado a criança junto.
Um segundo de... "we found love right where we are"como diria Sheeran. Eu achei. Obrigada mais uma vez. 
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Pessoas 99% água
a biologia diz que o corpo humano é contrituido de 60 a 70% de água ( fluidos corporais e intracelulares). venho defender a tese que alguns seres humanos são constituídos emocionalmente por 99% de água (fluidos sentimentais). pra esses seres basta uma palavra torta, um sentimento atravessado, um insulto fora de hora que... transbordam em lágrimas. suam frio e choram quente. pessoas transbordantes.
um segundo de... prazer, sou uma dessas pessoas, tenho 99% de água.  
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Presentes Diferenciados
eu sempre achei que um saco de pipocas comprado no meio da rua, quando "bem dado" é quase um saquinho cheio de diamantes. bem dado entenda como bem intencionado, cheio de bons sentimentos. quando criança, eu já dei sabonetes embrulhados em folhas de papel desenhadas por mim. nem sempre fizeram sucesso. o fato é que eu sou muito grata a esses pequenos presentes. e o melhor, muita vezes, quem o faz, nem se dá conta disso. ontem mesmo estava num foco grande para terminar um trabalho e o marido diz: vamos, levanta e vamos trabalhar do parque, vamos levar nossos iPads e o cachorro. essa quebra de realidade e de ares é um presente. ele e o cão nem fazem idéia que o convite e a presença dos dois ali foi um pequeno presente pra mim.  Também já ganhei outros presentes diferenciados dele: o último foi 8 horas e 80 minutos assistindo "Friends"comigo. essas pequenas coisinhas que o Mastercard e o Nubank não podem comprar.
Um segundo de... gratidão ao nosso banco emocional mais precioso - a vida. 
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Tropeço
é ruim tropeçar durante uma corrida. o ritmo está bom, coração feliz, serotonina na medida e... você tropeça! nem lembrava mais da dor de ralar o joelho. É chato porque das próximas vezes que for correr, o espírito não vai tão leve. ele vai preocupado, com a expectativa que possa acontecer de novo, vai focar o olhar para o chão, à procura de pedrinhas. e sabemos que o melhor das corridas é ter a sede ingênua de alcançar o horizonte, por mais longe que ele pareça estar. a solução seria qual?  não olhar mais pro chão, comprar uma joelheira ou se enriquecer com a verdade que as pedrinhas sempre estarão lá? a minha criança interior já limpou o machucado, sozinha, mas ainda arde.
Um segundo de... Camões. ao contrário do amor, machucado é ferida que dói e se sente sim.  
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Atividade maçante e borbulhas de amor
pensei nas pessoas que conseguem meditar enquanto lavam a louça. só consigo ouvir música ou podcast numa tentativa desenfreada pra "minimizar” o tempo perdido por uma atividade chata e maçante. Hoje, a louça suja me deu um presente. não foi bem ela, mas o detergente de pia. em dado momento, precisei colocar mais sabão na esponja e veio a surpresa... ele soprou pelo menos uma dezena de bolinhas pequeninas de sabão. eram lindas, brilhantes e carregavam um arco iris inteiro dentro de si. sabia que a vida delas seriam curta. não peguei nenhuma. parei e observei  a eternidade dentro daquela brevidade. Foi uma vida suave, bela e cheia de coragem em apenas 2 segundos. foi o presente da minha quinta feira. 
Um segundo de... borbulhas de amor e Fagner. 
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Colecionador?
há uma lenda urbana que diz que Picasso colecionava restos das suas unhas, aparas do seu cabelo e roupas velhas. ele acreditava que perderia sua essência se por acaso se desfizesse disso. verdade ou não, percebi que faço o mesmo. e ao contrário do pintor, não descarto algumas supostas amigas a troco de... aí vem a surpresa: nada.  em algum momento achei que se as perdesse, perderia algo de mim. pelo contrário. tê-las por perto, muitas vezes, é me afastar de mim e do que acredito. 
um segundo de... adeus também foi feito pra se dizer. 
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Mais um post sobre gratidão
em 15 minutos preciso sair e olhei a casa ruidosamente silenciosa. nem meus filhos passarinhos - que os fisgo colocando barritas de alpiste e mel na sacada apareceram. nessa multidão de sons, eu grito pra vida, ela olha pra mim e digo: "obrigada!" ela sorri de volta e diz: "vai te embora, vai se movimentar porque a gratidão está na ação e não só na poesia da observação." 
um segundo de... tem razão vida. tô indo. 
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Enciclopédia Conhecer
Há alguns dias me pego pensando numa tarde específica da juventude, parece que aquele dia inocente quer me dizer algo. A cena era: fazia uma pesquisa escolar, lendo a "Enciclopédia Conhecer", sentada na mesa da cozinha da minha avó. O tema era delicioso: Egito Antigo. Não tinha internet, nem computador eu tinha naquele início dos anos 90. Também não tinha idéia onde estaria décadas depois. O que tenho certeza mesmo é que esse dia está querendo me ensinar alguma coisa e eu estou procrastinado nas páginas brancas e digitais da web.
Um segundo de... páginas de papel, amarelinhas e com cheirinho.
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Encontro dos ventos
Deixei um mini ventilador encostado na porta da varanda. Esqueci-me dele no fluir do dia. Em dias de realidade concreta eu olharia praquilo e diria:  "está fora do lugar, tenho que ir lá guardar." Em dias de poesia absoluta, como os atuais, eu observo ele de longe... O vento faz cafuné em suas hélices e vai movendo cada uma delas numa delicadeza de dar gosto. Esse encontro dos ventos quase me fez chorar de tanta beleza. O interfone toca e a realidade concreta volta a possuir minha mente.
Um segundo de... poesia concreta.
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Liberdura
A asa da liberdade é tão gigantesca que debaixo do seu acolhimento vemos pinceladas ditatoriais. De tanto poder, não se pode tanto. 
Um segundo de...  sol e chuva, o casamento da liberdade com a ditadura. 
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Um 'bilete'pra mim no futuro
Espero que desse lugar que você se encontra aí no futuro, você continue: feliz, fluente em inglês, amante das pequenas coisas e mais organizada com a suarotinacaoticadenaosaberoquefazerprimeiroeaindatenhoquefazeroalmocoesaomeiodiaedezenoveedepoistenhoquetrabalhareorganizarumarmarioelereverumfilmeeremodelarumprojetoeahhhhhhhmeudeusdoceuporondeeucomeco?
Um segundo de ... vamos jogar tudo pra cima e sortear uma única atividade. 
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