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I just wanna cry all the time

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acho que uma das maiores consequências do meu daddy issues é que eu tenho certeza que, por mais que eu ame e a pessoa me ame de volta, ela vai em algum momento me trair

semana que vem faço 3 anos de namoro, moramos juntos, temos planos de casar, ter filhos e os crl, ele é TOTALMENTE diferente do meu pai em praticamente tudo, me passa uma confiança do crl mas ainda assim eu tenho essa nóia do chifre

e assim, não é algo que me enlouquece no sentido de sentir ciúmes pra crl e ser malucona

eu só sou conformada pq na minha cabeça é inevitavel

enfim, lutando na terapia pra tratar isso e toda força do mundo ao meu namorado que sabe dessa nóia mas mesmo assim tenta me passar mais segurança ainda

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o foda de ter a mediunidade muito aflorada é que não dá pra saber quanto você vai gastar na loja de artigos religiosos porque é só entrar que vem entidade na cabeça pedir coisa

mas é isso, faço tudo por eles por que são eles que me fortalecem

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Sorry if I'm standing awkwardly in the middle of the room while you work but you didn't give me a step by step clear instruction for me to follow so I have no idea what to do.

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Me: *after a particularly bad meltdown, wearing ear protectors and stimming to regulate* "What if I'm faking this?"

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tô com uma tosse absurda há uns 3 dias

comprei um xarope, tomei quase todo nesse tempo e nenhuma melhora

fui na cozinha e lembrei da minha vó fazendo chá de mel e limão pra melhorar a tosse e logo veio a voz da minha preta velha na minha cabeça confirmando

fiz o chá em silêncio sem seguir medidas (não faço nada sem medidas) e logo no primeiro gole minha garganta se acalmou

a ancestralidade não tem só a ver com incorporação

a ancestralidade não tá lá só de status

a ancestralidade é pra ser ouvida e cultivada

e além de tudo

pra nós a mantermos viva

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transformar tudo em poesia

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jurava que ontem eu ia morrer

mas não morri

ao invés disso bebi umas cervejas e um bom vinho (o mais barato do mercado) com meu amor e minha melhor amiga

tudo passa, até as coisas mais horríveis

espero nunca me esquecer que eu tenho com quem contar quando tudo desmorona

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aqui numa festa com a família do meu namorado morrendo de medo de acharem que eu sou mal educada ou que não queria estar com eles mas eu só tô muito cansada é cansativo demais estar na minha cabeça

eu sei que o autismo não é um problema em si e que eu tenho que aceitar isso porque faz parte de mim mas as vezes é só impossível pra caralho

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Colocar o fone em uma festa de família que tá muito barulho e abafar um pouco mas se sentir fraca estranha e julgada ou não colocar e forçar uma normalidade até explodir e chorar em casa sem parar???

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as primeiras cervejas de uma autista servem apenas pra fazer a gente conseguir socializar né como pode

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O luto por um bichinho é uma coisa complicada

Você passa semanas bem. Todo dia se lembra mas com uma certa alegria. Você conta histórias engraçadas e até consegue rir. Você fala dela pra pessoas que nunca a conheceram, mostra fotos e elas a acham a coisa mais linda do mundo (porque ela era).

Você sempre sente uma pontada de dor. Você sempre sente a falta, a saudade, mas consegue seguir a vida sabendo que ela tá lá esperando por você.

Mas aí tem aqueles dias que tudo fica meio estranho. Aqueles dias tão ruins que parecem aquele que você atendeu uma chamada de vídeo da sua mãe domingo de manhã já sabendo o que ela ia te dizer no minuto que o rosto inchado de tanto chorar aparece na sua tela.

Esses são os piores

Nesses, tudo desaba.

Nesses dias você amaldiçoa Deus por ter levado a sua filhote dessa Terra. Nesses dias você não entende o propósito de nada. Nesses dias não há propósito em nada.

Nesses dias você tem certeza que se ver uma foto dela, você vai chorar como nunca. E mesmo assim você decide rolar a galeria e ver cada foto que você tem. Você dá zoom no focinho e se lembra que ele tava sempre gelado. Você assiste vídeos dela brincando e parece que eles estão em preto e branco.

Parece que tudo tá em preto e branco.

Mesmo sabendo que hoje seria um desses dias, você decide que além ver todas as fotos que tem dela, você ainda por cima vai abrir esse aplicativo e escrever um texto grande e dramático. Pra que sofrer pouco?

Hoje é um desses dias, e eu sinto muito a sua falta, meu filhote. Todos os dias. Todos os segundos de cada dia que passa. Você me salvou.

E partiu. Em preto e branco.

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Assistir o mesmo musical mil vezes, colocar sempre no mesmo vídeo do Casimiro quando tô assistindo sozinha, jantar a mesma coisa três dias seguidos sem achar ruim, passar todas as noites com meu namorado e minha melhor amiga, saber todas as falas de Enrolados, beber sempre as mesmas coisas, escrever sobre os mesmos temas.... paz.

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"Eu sei que sou bem ordinária, sei que sou a pior; nunca pensei que uma pessoa, um homem, fosse diferente; mas como me sinto mal, como estou calcinada, como me parece estranho tudo o que me parecia familiar. Estou tão enjoada de mim e dos outros. O pior é que estou me sentindo a mais miserável das mulheres... Não tenho a menor confiança em mim, basta uma carinha bonita, um braço de fora, um andar mais gracioso, para eu, por assim dizer, cair em mim. Me sinto como uma pessoa que se não fizer alguma coisa que a reabilite, se afoga. Para não ser tão humilhada e pisada eu procuro me interessar por homens e isso até me cansa, mas desvia do meu trabalho que é a coisa mais verdadeira e possível que eu tenho. O resto é sensibilidade ferida, é incompreensão do presente, é indecisão quantos aos próprios sentimentos. Estou ficando cínica e sem pudor. Que me interessa que isso suceda a outras mulheres? O que para umas é condição própria da feminilidade, noutras é a morte desta e de tudo o que é mais delicado. Sei que eu mesma não presto. Mas eu te digo: eu nasci para não me submeter; e se houver essa palavra, para submeter os outros. Nãos sei por que nasceu em mim desde sempre a ideia profunda de que sem ser a única nada é possível. Talvez minha forma de amor seja nunca amar senão as pessoas de quem eu nada queira esperar e ser amada. Sei que isso é egoísmo e falta de humanidade. Mas se eu fosse me modificar não me transformaria numa mulher normal e comum, mas em alguma coisa tão apática e miserável como uma mendiga. Você bem me conhece, toda a vida você procurou fazer de mim uma pessoa mais equilibrada e de bom senso, mas não conseguiu."

- Carta de Clarice Lispector para Tânia Kaufmann, Belém, 8 de julho de 1944.

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poucas vezes na vida eu estive tão afundada na minha depressão quanto nessas últimas semanas

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minha criança/adolescente interior se cura toda vez que o meu namorado fala que tá orgulhoso de mim

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quero sumir