Blog criado para a disciplina de Cibercultura, do curso de Comunicação Social - Jornalismo, UFC. Serão postados fichamentos de textos estudados ao longo da disciplina e o desenvolvimento do artigo sobre a obsessão da atual geração com as décadas de 90 e 00.
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(1º Exercício)
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O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem a decisão oficial de antecipar a consulta de notas do Exame Nacional do Ensino Médio para hoje, 18. Haverá a consulta pública do exame e a liberação de informações sobre a primeira edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2017. A consulta de hoje contempla tanto os estudantes que realizaram a primeira edição (5 e 6 de novembro) quanto os que realizaram a segunda (3 e 4 de dezembro) devido as ocupações universitárias e secundaristas.
G1 O portal G1 informa que as notas já foram divulgadas e podem ser consultadas no site do Sisu, incluso na matéria. Ao longo do texto, explica o processo de seleção via Sisu e as particularidades referentes a prova do ano passado. Link: http://g1.globo.com/educacao/noticia/enem-2016-notas-ja-podem-ser-consultadas.ghtml
Último Segundo (IG) O portal Último Segundo também informa a divulgação da nota. Explica a decisão de antecipar a consulta dos resultados e explica como são calculadas as notas a partir da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Link: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2017-01-18/enem.html
Brasil 247 Além do informe geral sobre a divulgação de resultados, o portal Brasil 247 fala dos problemas para acessar o site e visualizar as notas. Link: http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/275621/Enem-problemas-no-sistema-impedem-participantes-de-consultar-notas.htm
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A Internet, e depois?, de Dominique Wolton
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Dominique Wolton, nascido em 26 de Abril de 1947, em Douala, Camarões , é um intelectual francês, diretor de investigação no CNRS em Ciências da Comunicação, especialista em mídia, espaço público, comunicação política, e da relação entre ciência, tecnologia e sociedade. Sua pesquisa contribui para valorizar uma concepção de comunicação que privilegia o homem e a democracia ao invés de o técnico e econômico.
O estudo de Wolton é sobre a evolução da comunicação pautada nos avanços tecnológicos e dentro de uma sociedade estruturalmente individualista de massa. Ele tece a sua teoria ao longo de dez pontos principais, que variam entre explicar o objetivo da comunicação, desconstruir a ideia de hierarquia entre novas e velhas tecnologias, a complementaridade das novas tecnologias e dos meios de comunicação do ponto de vista de teorias, que não há uma lógica comum que possa ser aplicada ao receptor, ao emissor e a mensagem já que o público desenvolve um sentido cada vez mais crítico à medida que é exposto a um número crescente de informações. Afirma ainda que as formas imediatas de comunicação jamais irão substituir as formas diretas de comunicação, já que essas intensificam a necessidade do contato direto. Conclui seu pensamento com três observações: ao fascínio do Ocidente pelas tecnologias, e segunda observação diz respeito aos “ruídos” da comunicação e a terceira à “hierarquia natural” entre as novas tecnologias e os meios de comunicação de massa.
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Redes Sociais na Internet, de Raquel Recuero
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Raquel Recuero é jornalista, professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Letras e do Curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas e do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS. É formada em Jornalismo pela UCPel e em Direito pela UFPel, com mestrado e doutorado em Comunicação e Informação.
Suas áreas de interesse são redes sociais e comunidades virtuais na Internet, conversação e fluxos de informação, data science e métodos de pesquisa para midia social.
Atua ainda como consultora na área de mídia social, tanto na área de pesquisa, incluindo palestras e cursos de formação, quanto nas áreas de planejamento, desenvolvimento e monitoramento. Já trabalhou com empresas como Google, MySpace, Lolapps, AG2, ESPM Media Lab dentre outras.
No seu artigo, Recuero explica os modelos de análise de rede propostos a partir do estudo de Ëuler sobre a teoria dos grafos. Ao longo do texto, a autora utiliza redes sociais como exemplos e analisa-as, identificando qual tipo de modelo se enquadra naquela rede específica. Após a análise, Recuero conclui que todos os modelos existentes são insuficientes para a complexidade das redes sociais na Internet. De acordo com seu estudo, cada modelo apresenta uma ou duas caraterísticas que não cumpre o seu dever, logo, as atuais estruturas de análise de redes sociais, quando voltadas para a Internet, são todas falhas.
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Software livre e exclusão digital, de Jefferson Pardello
Jefferson Sérgio Pardello formou-se em Jornalismo pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). Entre 2008-2010, atuou na revista Canal da Imprensa, editorias de Mídia e Cultura. É membro do Grupo de Estudos em Cibercultura e Comunicação (Geccom/Unasp). No seu artigo, Jefferson Pardello inicia a discussão com um breve histórico do software livre, o que ele é e como surgiu. Basicamente, todos originaram-se de um software-base cujo código era livre e, ao longo das décadas, programadores amadores criaram suas versões, disponibilizando-as na rede logo após, como uma forma de protestar contra o caro e mais utilizado software do mundo: Windows, da Microsoft. Com o passar dos anos, o GNU/Linux despontou como o software livre mais utilizado, ainda que seus números sejam baixos se comparados ao Windows. Mesmo com a concorrência aparentemente imbatível do gigante da informática, o Linux é largamente utilizado na comunidade (junto com versões pirateadas do Windows). A partir disso, Pardello introduz o seu objeto de estudo: como a mídia especializada brasileira retrata o software livre? Pra minha não-tão-grande surpresa, o estudo mostra o quão negligenciado o assunto é. Dos três veículos estudados, Jefferson Pardello encontra breves citações e comparações levemente depreciativas entre o Linux e o Windows. Em suma, um dos softwares mais utilizados do mundo é simplesmente ignorado em detrimento do gigante capitalista de Bill Gates. Isso é um reflexo de como a mídia brasileira (do mundo, pra ser franca) ainda se ajoelha e cede perante as demandas do capital.
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O Filtro Invisível, de Eli Pariser
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Eli Pariser é um ativista polítoco e da internet, presidente da MoveOn.org, co-fundador e chefe executivo da Upworthy, co-fundador da Avaaz.Org e autor do best-seller O Filtro Invisível/The Filter Bubble (2011). É bacharel em Direito e Ciências Políticas pela Universidade de Simon’s Rock.
O que a Internet está escondendo de você?
O subtítulo do livro é a discussão central do livro. No capítulo estudado, Eli nos fala do Google, Facebook e a obsessão pela criação dos chamados “agentes inteligentes” que surgiu em meados de 90. A ideia era criar um sistema que trabalhasse com inteligência artificial para otimizar o tempo do telespectador (primeiramente, a ideia era aplicá-lo a televisão a fim de selecionar uma programação específica, de acordo com o seu gosto) e depois, expandi-lo para os demais campos da tecnologia. Na época, a ideia parecia genial, porém fracassou potencialmente e foi engavetada por uma década inteira. Os anos passaram e a virada do século foi chegando, a Internet continuava um território fracamente explorando, logo, havia uma grande demanda de desbravadores e gênios que pudessem ganhar dinheiro dentro dessa selva cibernética. Pariser cita John Bezos, criador da Amazon, Larry Page e Sergey Brin (Google) e Mark Zuckerberg (Facebook) como exemplos de negócios que prosperaram utilizando a inteligência artificial. Basicamente, todos esses sites possuem um agente inteligente que armazena seus dados e tabela seus gostos, então direciona para o usuário um conteúdo baseado em suas preferências. Esse mecanismo tornou os sites em questão em gigantes da rede, tendência que segue crescendo. O que foi o seu fator de sucesso começou a tornar-se num problema: a medida que os usuários aderiam a rede, o numero de informações para processar aumentou exponencialmente. O mecanismo trabalhava com a mesma eficácia, mas acabou gerando uma “bolha de conteúdo” para cada usuário: você só vê aquilo que é postado por quem você interage mais na rede. Se por um lado funciona como um filtro excelente, por outro funciona como uma cerca que nos priva da totalidade de conteúdo disponibilizado. Claro que acessar e ler todo esse conteúdo é humanamente impossível, mas a bolha nos prova de mais informações do que o necessário. Eli Pariser chama atenção para essa característica que geralmente nos passa despercebida e como isso transformou a relevância no mais novo produto valioso do mercado. Cada vez mais as empresas online buscam mecanismo que trabalhem com relevância e otimização para o usuário, mas não percebem que isso isola seu cliente numa ilha de informação, privando-o de algo que esteja fora da sua preferência usual. Claro que é possível burlar esse sistema, mas é exaustivo já que nós só podemos sair dessa bolha manualmente, logo, não é interessante para o usuário deixar a sua ilha. Essa falha no sistema deve ser corrigida antes que nós retornemos a estaca zero da internet: um vasto território inexplorado.
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O Culto do Amador, de Andrew Keen.
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Andrew Keen é um escritor e autor britânico. Bacharel em História, estou nas Universidade de Londres e Universidade de Sarajevo, na então Iugoslávia (atual Bósnia e Herzegovina). Keen é autor de três aclamados livros; O Culto do Amador, Vertigem Digital e The Internet is not the Answer. Keen é conhecido como o “anticristo do Vale do Silício” por ser um crítico ferrenho da Web 2.0.
O Culto do Amador é o texto abordado nessa semana. Basicamente, Keen critica a participação do usuário e a suas produções na dita Web 2.0. O autor afirma que entregar ao público o poder de criar é apenas uma forma de transformar cultura em cacofonia. Partindo de uma metáfora de T.H. Huxley, Keen chama os entusiastas da nova internet de macacos com máquinas de escrever. Para ele, a maioria do que é produzido na internet carece de talento e utilidade, a cauda longa existe mas é uma falácia e toda a produção alternativa é ruim para o capitalismo, já que prejudica a receita das empresas.
Para mim, Keen não está totalmente errado, mas a sua ideia é radical em certos pontos. Concordo quando ele diz que a maioria do conteúdo produzido na internet é puro lixo e que falta talento, mas tudo isso não é necessariamente inútil. Requerer talento para produzir é uma forma de padronizar a cultura, claro que existe muito conteúdo intragável na cauda longa, mas a outra parte é aproveitável. Essa é a graça da internet. Keen defende essa visão de que a internet rouba dinheiro das empresas, mas no texto anterior dessa disciplina, Jenkins provou que o déficit é irrisório comparado ao lucro da empresa. Essa condenação que Keen promove ao amadorismo é antiquada, dar o poder de produção ao capital é perpetuar uma cultura padronizada e alienante. Dar a produção ao público é diversificar o produto de consumo.
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Cultura Live, de Lawrence Lessig (fichamento)
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Lawrence Lessig, também conhecido como Larry Lessig, é escritor, professor na faculdade de Harvard e um dos fundadores da Creative Commons, uma ONG voltada para distribuição de obras criativas que possuem a licença livre para cópia e distribuição. Além de Cultura Livre, objeto de discussão do texto, é autor dos livros Code and Other Laws of Cyberspace (2000), The Future of Ideas (2001), Code: Version 2.0 (2006) e Remix (2008).
A discussão central do trecho estudado é: pirataria. O que é a pirataria, se há apenas uma forma ou se a pirataria diversificada, quais formar de pirataria são aceitáveis e como a indústria lida com essa prática. Lessig nós leva até o ano de 1928 para principiar seu estudo. No ano citado, Walt Disney revolucionava a indústria cinematográfica ao produzir uma animação (Steamboat Willie) com som e “dar a luz” ao seu maior produto: Mickey Mouse. Lessig diz que a sincronia som-imagem existia desde o ano anterior, aparecendo pela primeira vez na produção The Jazz Singer e que o nome da animação foi inspirado em uma animação de Buster Keaton (Steamboat Bill, Jr). O produto de Disney só existe por causa dessas duas produções, ele basicamente tomou duas ideias emprestadas e as reinventou para benefício próprio. De certa forma, Disney pirateou esses e diversos conteúdos, entretanto, é aclamado como gênio até os dias atuais. Lessig explica que as leis de copyright antigamente eram bem menos rígidas, o plágio era comum e Disney de fato é um gênios pois conseguiu se destacar mesmo utilizando conteúdos de outros autores em suas produções.
Trazendo pros dias atuais, Lessig cita o sistema p2p e a cultura de downloads na internet. A batalha entre os servidores de compartilhamento e as grandes corporações já atravessa duas décadas mas parece longe de chegar a uma conclusão. Lessig reconhece a prática da pirataria no p2p e opõe-se a ela, mas não pede o fechamento do serviço. Na verdade, ele acha que a cultura de compartilhamentos é vital para as corporações e as suas políticas de tolerância zero ferem o direito do ser humano de ter acesso ao conteúdo, uma forma de cercear as informações disponíveis apenas a quem pode pagar. Quando colocadas no papel, as estatísticas apontam que essa pirataria causa uma queda no retorno financeiro das companhias, mas é uma queda relativamente pequena quando posta ao lado do consumo pirateado. Lessig afirma que esse fenômeno se repetirá sempre que uma nova tecnologia facilitadora chegar no mercado - rádio, videocassete, televisão, internet e etc. As corporações sempre reclamarão do acesso livre aos conteúdos e pedirão para que os detentores da tecnologia sejam penalizados por afetar seus ganhos. O Congresso é acionado e entra com medidas feitas para equilibrar a situação: compensando as corporações, colocando licenças a venda e etc. O autor conclui seu pensamento se opondo a pirataria pura (aquela em que você distribui conteúdo sob copyright e afeta os ganhos da empresa detentora), mas não quer o banimento da cultura de compartilhamento, já que ela é um direito do consumidor e, de certa forma, benéfica para as corporações. Lessig afirma que esse impasse será resolvido assim como os impasses do passado: um equilíbrio estabelecido por lei.
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Ciberguia: Peer-to-peer/P2P
(Napster, um dos programas pioneiros no sistema p2p) O peer-to-peer (abreviado p2p) é um sistema de compartilhamento de ficheiros descentralizado. Cada da par de peers (usuário) participa dessa rede como cliente e servidor ao mesmo tempo, quebrando a hegemonia do serviço cliente-servidor, no qual o cliente apenas se utiliza dos serviços do provedor, sem promover uma troca de informações, logo, de uma forma assimétrica. Cada par armazena e fornece arquivos quando conectado à rede, por meio de localização, IP e conectividade com outro par ligado ao servidor do p2p. Um revés existente no sistema é a identificação do usuário, pois o uso do IP revela dados como localização do par.
O sistema p2p, atualmente, opera em dois modelos: o modelo descentralizado e o modelo híbrido. Modelo descentralizado:
Funciona sem um servidor específico para mediar o compartilhamento. Todos os nós são auto-suficientes e atuam como cliente e servidor ao mesmo tempo. Os nós enviam solicitações ao universo que reúne todos os nós conectados à rede até localizarem o que desejam, então os nós estabelecem conexão e começam o processo de compartilhamento de ficheiros.
Modelo híbrido: O sistemo híbrido adota o uso de servidores como mediadores no compartilhamento. Esses servidores são responsáveis por guardar os dados dos usuários, mapear diretórios, verificar os arquivos disponíveis para o compartilhamento e estabelecer conexões entre os nós. É o modelo mais utilizado pelos programas de compartilhamento.
Programas:
O sistema p2p geralmente é utilizado para compartilhar músicas, vídeos e imagens. Há uma infinidade de programas de download baseado no p2p, sendo o Napster um dos pioneiros. Criado em 1999, o Napster foi um programa largamente utilizado na internet e repudiado pelas gravadores, como a Sony, que acionou uma série de processos contra Shawn Fanning e Sean Parker. Em março de 2001, o Napster foi fechado por violações de copyright.
Entretanto, o serviço deixou um legado: o direito ao consumo e compartilhamento livre de conteúdo. Após o desligamento do Napster, novos serviços semelhantes surgiram, os mais conhecidos são: LimeWire, FrostWire, eMule, Ares, Shareaza e K-Lite.
Atualmente, o p2p mais utilizado no mundo é o torrent e pode ser utilizado através de programas como BitTorrent e uTorrent.
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Crítica da cultura da convergência: participação ou cooptação? (Fichamento)
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Alex Primo é professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS e pesquisador do CNPq. Membro fundador da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura, faz hoje parte da primeira diretoria da ABCiber, atuando como secretário de finanças. É autor do livro "Interação mediada por computador: comunicação, cibercultura, cognição".
Segundo Jenkins, a convergência é um fenômeno cultural, mediado pelos meios de comunicação e os seus avanços tecnológicos, que uniu as grandes corporações e a produção independente, provavelmente remetendo a cauda longa. Jenkins festeja essa parceria, afinal, os meios de comunicação e a mídia de massa estavam perdendo terreno para os produtos do underground, trazendo a tona uma nova forma de produzir, vender, distribuir e etc, mas acima de tudo, uma alternativa ao sistema que monopolizou o homem desde que o mundo é mundo. Uma revolução on-line.
Jenkins está correto...até certo ponto. Primo traz um debate sobre o que realmente seria a convergência, se ela realmente é esse sistema de colaboração, onde a corporação e a cauda longa andam de mãos dadas, quase como um wikinomics voltado majoritariamente para a indústria de entretenimento. Alex Primo nós mostra que Jenkins tem um visão romantizada da convergência e que defini-la como um sistema de troca e participação é muito raso. Existem nichos nesse sistema, assim como em qualquer coisa que conte com participação de pessoas - logo, personalidades, visões, conhecimentos e etc diferentes.
Primo questiona se a convergência não é mais um instrumento de exploração do capitalismo, já que a produção independente funciona como mão de obra indireta e não remunerada para a empresa. Cada fanart, fanfiction, spoiler, hashtag, enfim, qualquer coisa que esteja relacionada a aquele produto, carrega também uma marca, um copyright e é direcionada a um público, logo, essas produções geram lucro indireto para a corporação. Porém, o autor também propõe debater a produção alternativa como uma resistência ao poder do capital. Ao invés de consumir o que vem da empresa, o usuário produz ou consome o que lhe interessa de acordo com o seu conhecimento/gosto, sem ter contatos diretos com a empresa. Primo não dá respostas, apenas propõe debates.
Ao meu ver, a produção de cauda longa vem sendo apropriada pela empresa e pelo capital, assim como tudo que nasce num contexto capitalista. Qualquer produção é passível de gerar lucro, logo, pode ser monetizada e fazer parte da grande máquina que movimenta o sistema. Quando Prima dá a essa produção um caráter de resistência - por mais que seja passiva, as vezes por acaso -, ele nos incentiva a não fazer parte desse sistema, de não deixar a produção se vender para o capital e perder sua essência no mercado. Claro, é uma tarefa árdua e quase impossível, mas a cada pequeno ato de rebelião, é possível enfraquecer o monopólio e fortalecer o sistema de produção alternativa. Por mais que o capital queira lucrar em cima da produção de cauda longa, o conteúdo marginal sempre vai ter a sua essência amadora, alternativa e imperfeita - jamais servirá de exposição em vitrine.
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Wikinomics: How Mass Collaboration Changes Everything (fichamento)
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Don Tapscott é um dos autores do livro Wikinomics: Como a Colaboração em Massa Pode Mudar seu Negócio. É escritor, pesquisador, palestrante e consultor especializado em estratégia corporativa e transformação organizacional. Fundou a empresa New Paradigm em 1993, mas atualmente dirige a nGenera.
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Anthony D. Williams é autor do livro Wikinomics: Como a Colaboração em Massa Pode Mudar seu Negócio, em parceria com Don Tapscott. É fundador e CEO da empresa Anthony D. Williams Consultoria localizada em Toronto, Canadá.
It'll soon shake your windows and rattle your walls, for the times, they are a-changin'
O quote acima, retirado de uma canção de Bob Dylan, é utilizado pelos autores para contextualizar o impacto da produção colaborativa na internet e na economia. Logo vai balançar suas janelas e chacoalhar suas paredes, pois os tempos, eles estão mudando.
Em 2006, ano em que o livro foi lançado, a internet já era uma ferramenta utilizada em larga escala, cheia de oportunidades e usuários diversos. Logo passou-se a produzir conteúdo nesse ambiente - livre de academicismos, amador e inovador -, foi iniciado um processo de partilha de informações em massa, construído por estudantes, amadores ou simplesmente entusiastas, em suma, pelas pessoas comuns que acessavam a internet. A necessidade de organizar essa vastidão de conteúdos levou os usuários a criarem sites, empresas, programas e etc para, de alguma forma, agrupar as informações. Os autores citam a Wikipedia como uma dessas inciativa por ser uma enciclopédia feita essencialmente pelos usuários, eu acrescento os programas de download peer-to-peer ou p2p, como o eMule e o Napster, nos quais a transferência de arquivos depende dos outros usuários: se pelo menos um usuário disponibilizou o arquivo na rede e está conectado ao programa, você vai poder baixá-lo. Quanto mais usuários estiverem seeding (semeando) aquele arquivo para o servidor, mais rápido será o seu download.
Esse sistema livre e cooperativo chamou das empresas. Logo, o sistema de peering foi adotado nas corporações: voluntários são convidados para contribuir com a produção da empresa. Os estudos, dados e etc das empresas são compartilhados com os interessados, eles se encarregam de pesquisar e a corporação oferece pagamentos de acordo com o seu desempenho. Essa cooperação empresas-peering é a wikinomics, a possibilidade de trabalho e troca de conhecimentos entre especialistas e autônomos. O mercado está se apropriando desse método independente e não-hierárquico surgido na Internet, o que não é algo ruim, pois dá recursos para realização de estudos, logo, é uma forma de democratizar mais ainda as informações. Meu receio é a mudança da essência da wikinomics, caso o capital use esse recurso exaustiva e em excesso, o caráter de produção autônoma e livre vai se transfigurar em prestações de serviços, quase como um trabalho terceirizado surgido numa cauda longa. Obviamente, haverão resistências internas à medida que o processo se consolida, mas é importante ter essa perspectiva em mente e evitar que o capital corrompa mais um sistema inteiramente autônomo e despido de instrumentos hierárquicos.
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O underground it yourself: uma análise de “A Cauda Longa”, de Chris Anderson.
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Chris Anderson é um físico e escritor norte-americano, nascido em 1961. Atual editor-chefe da Wired, já trabalhou em revistas como Science, Nature e The Economist. Seu trabalho mais notável é o livro A Cauda Longa (The Long Tail), lançado em 2006.
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Pro meu não tão grande espanto, eu já fui parte da cauda longa.
Por que não tão grande espanto? Porque o ano é 2016 e Internet é algo quase necessário na vida da maioria das pessoas. É lógico que, em algum ponto, os usuários deixariam de ser meros receptores e passariam a produzir conteúdo. A Internet é, na minha percepção, uma grande sociedade cooperativa, todo conteúdo que está ao nosso alcance em menos de segundos só pode ser acessado porque outras pessoas tiveram o trabalho de colocarem-no à disposição na rede. O conceito de cauda longa surge no começo da década de 00 e vem atrelado ao aumento exponencial do acesso a Internet. Os exemplos de Anderson são, em sua maioria, produtos da Internet, como o Rhapsody, Netflix e o Lulu.com. O autor conceitua a cauda longa a partir da análise de vendas da loja digital Rhapsody, mostrando desde a venda dos grandes hits, passando pelas músicas que obtiveram sucesso moderado, e chegando ao conteúdo underground, renegado, esquecido ou simplesmente flopado. A cauda longa é o que existe entre sucesso moderado e o undergorund, mais precisamente, o conteúdo underground. A cauda longa possui vários nichos, pois abrange tudo que não está em evidência, nela é possível encontrar diversos gêneros musicais, literários, produções independentes e produtos que não possuem uma audiência muito expressiva por não abordarem algo que desperte um interesse geral. Apesar de ser composta por muito lixo, como pontua o autor brevemente, as vendas da cauda longa geram tanto lucro quanto as dos grande hits. Essa característica irônica existe devido a vastidão de conteúdos presentes na cauda e a tendência é crescer a medida que a Internet torna-se numa ferramenta mais acessível.
A premissa central da cauda longa é a do it yourself. O grande fluxo de informação e a facilidade de acesso que nós estamos experienciando atualmente é fundamental para a produção de conteúdos. Há um interesse em conhecer os mecanismos por trás da produção de um grande hit e há uma ferramenta que nos dá o acesso a esses mecanismos. Ao longo do seu crescimento, você vai consumindo e, inconscientemente ou não, escolhendo ídolos. Você desenvolve uma relação afetiva com seus trabalhos, com suas personas e dessa relação, você pode desejar seguir seus passos ou simplesmente inspirar-se nele para produzir algo seu. Após a inserção da Internet no nosso cotidiano, as produções independentes cresceram de forma exponencial e isso deve-se desde a possibilidade de conhecer mais a fundo aquilo que lhe inspira até saber que o seu conteúdo vai ser visualizado e difundido na rede, pois o público na Internet é inesgotável. Anderson cita a democratização dos meios de produção como um ponto crucial para o início da cauda longa e o desejo de cultivar uma reputação como o principal motivo dessa larga produção de conteúdo.
Mas por que a reputação? O produtor amador tem consciência de que o seu conteúdo dificilmente chegará a cabeça da cauda longa. Na maioria dos casos, as produções independentes não visam encabeçar as vendas, são feitas apenas por diversão, pelo prazer de expor uma ideia sua ou pela possibilidade de dar uma reputação ao autor. É a cultura de exposição, na qual o importante não é alcançar o status de hit, é apenas ser visto, ter seu nome dito, ver a construção de um legado e etc. Aqui eu me cito como exemplo: em 2014, eu e um amigo fizemos um curta de 3 minutos pela simples vontade de expressar alguns sentimentos e ocupar a cabeça em um domingo. Nenhum tinha a pretensão de concorrer ao Oscar, era só um passatempo. Fizemos o curta e ele passou cerca de um ano engavetado, até o ano passado, quando meu amigo o postou em sua página pessoal. Pra nossa surpresa, o feedback foi muito positivo e isso nos incentivou a tornar o curta num filme. O passatempo tornou-se numa questão de reputação.
Apesar da Internet ainda ser considerada um luxo no Brasil, o acesso a ela vai crescendo rapidamente. A medida que mais usuários chegam a rede, mais conteúdo é compartilhado e a cauda longa vai sendo alimentada. A tendência é que o fenômeno cresça - o que é muito positivo, assim, poderemos diversificar mais ainda o que nós consumimos, vamos aos poucos nos desprendendo da cultura de hits e o mais importante, vamos produzir e nos expressar livremente para o infindável público da world wide web.
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Leonardo DiCaprio and Danny Nucci in Titanic (1997)
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Dave Grohl, RuPaul, and Krist Novoselic (1993)
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