Perdido em qualquer lugar que vai... Alcoólatra fracassado... Sempre a procura de papel e caneta pra escrever e rabiscar uma parte das minhas loucuras...
Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
Ela se vira com os longos cabelos anelados para mim enquanto as mão me procura e para no meu peito. Abre os olhos estreitando-os e morde o lábio inferior quando me vê observando-a. Se aproxima e lambe o meu peito, subindo para o meu pescoço aprofundando em minha boca.
A mão procura entre as minhas pernas meu desejo que se retesa com a maciez que me esfrega. E por picardia maliciosa se levanta nua e acende um cigarro me olhando com um olhar interrogativo e depois solta a fumaça pelo ar. Passa o dedo entre as pernas, o chupa, toma o resto do rum que sobrou no meu copo, veste a saia sem calcinha, a pequena blusa sem sutiã, os saltos altos e sai, batendo a porta me deixando na cama.
Aquela preta sabe movimentar as ancas como ninguém, uma boca macia que não queria nunca mais sair de dentro dela! Segunda feira vazia...
Já era uma merda a segunda-feira. Acordar sem a aquela maravilhosa mulher ao seu lado era uma tortura. Ela deixou o cheiro dos seus cabelos no travesseiro. As marcas do seu corpo nos lençóis... que mulher, santo Deus!!!!
Ele se senta na cama e olha o quarto vazio. Na porta aberta do banheiro o lençol no chão. Pegou- o e cheirou. Ele a teve na cama e na mesa da sala, o lençol teve seu cheiro, esteve enrolado naquele corpo negro maravilhoso foi o último tocou nela. Suspirou e foi ao banheiro. O rosto marcado, o bigode despenteado. Entrou no chuveiro e deixou a água molhar o corpo. Olhou as mãos.
Aquela pele macia, as curvas, a firmeza da carne quando ele a apertou, tocou...cheirou...
Sentiu o desejo retornar. O puro tesão. Que mulher...a respiração forte ao se lembrar da força daquele corpo...
Os meus dedos que leram as linhas de suas estrias.... Não só a mente, mas no seu corpo aquela linda moça deixou saudades.
Penteou os bigodes, vestiu- se e olhou uma última vez a cama desarrumada. A segunda-feira era uma merda, pior sem ela, sem a mulher que dividiu com ele a cama e os desejos...ainda teria muito trabalho pela frente e precisaria suportar a falta dela. Será que iria querer ele de volta?
Saiu para o dia frio de sol. Enfiou as maos no casaco e encontrou um bilhete. Uma mensagem. O perfume dela no papel
"Quero te ver mais tarde. Traga vinho"
Ele sorriu. A segunda não era assim tão ruim no fim de contas!!
-Wesley R. Curumim Tônia Lavínia
3 notes
·
View notes
Text
Foi um belo murro no queixo. Pat Mac Ryan voou pelos ares e se espatifou numa mesa. O olhar vidrado a cara roxa e o lábio estourado sangrando. Quando O'brian se aproximou tinha os olhos vermelhos cheios de raiva. Tinha quase dois metros e músculos poderosos. Era uma covardia, estava massacrando Pat por ter derramado um gole de sua Guiness no casaco.
Ei, valentão eu e vc lá fora. Agora! Disse o homem de voz grave mas bem mais baixo e e menos forte que O'brian.
Vamo baixinho, me mostre o que tem pra mim!! O'brian sorriu e estalou os dedos.
Saíram do pub na noite fria e de chuva fina da Irlanda. O homem caminhou alguns passos, abriu seu sobretudo e relaxou os ombros. Pode vir, bundão. Disse calmo.
O'brian furioso correu como um touro na direção do homem.
Ele arrastou o pé direito e gingou o corpo girando com destreza, ao mesmo tempo em que tirava um pedaço de madeira de dentro do enorme sobretudo. Desceu o porrete no joelho de O'brian que perdeu o equilíbrio e caiu no chão. O homem desceu mais uma vez o porrete atingindo as costas e a cabeça de O'brian que desmaiou.
As pessoas que saíram do pub estavam de olhos arregalados. O homem calmo andou até eles, entrou no bar e pegou sua boina pendurada.
Cara, isso foi desleal, mesmo ele sendo grande.
O homem olhou para o sujeito que falou com ele. Sorriu.
Escute, amigo, o sujeito que lutou de igual para ele está lá dentro todo estourado. Ele teve toda a vantagem de parar com esse problema que arrumou. Não é culpa minha se esse estúpido tem cabeça quente e não pensa. Além disso eu estava em desvantagem... não entro num jogo quando não tenho chance de ganhar.
O homem fechou o sobretudo, ajeitou a boina e saiu pela noite assobiando...
Wesley R. Curumim
1 note
·
View note
Text
Subiram a montanha mais elevado do Reino Unido. Do alto sentiram toda a magia e misticismo que cercava as Terras Altas da Escócia. Olhou a paisagem verde dos vales, as pequenas vilas, os lagos, o vento frio soprando em seus rostos desprotegidos e puderam sentir toda aquela maravilha que seus olhos alcançavam.
De olhos fechados Sardis pôde ouvir o som de espadas sendo brandidas, gritos de guerras e a calmaria no fim da batalha. Ouviu o enorme grito de jma águia que voava mergulhando entre as montanhas e batendo as asas ganhando os céus. As nuvens brancas se abriram e poucos raios de sol iluminaram uma parte do vale.
Antônia sentiu o vento soprar e o sussurrar da mãe terra em seus ouvidos. O mesmo som da águia que agora voava soberana e solitária em direção ao sul. Ela ouviu a gaita de Fole ser trazida e o som de cascos de cavalos selvagens trotando sobre as planícies escocesas.
Quando os dois abriram os olhos e se deram com a paisagem calma e silenciosa outra bez sentiram o ritmo acelerado do coração. Logo depois a calmaria das batidas do peito e sorriram.
Eles sabiam que haviam feito uma viagem muito além. Para um outro mundo. Um lugar onde realmente eram livres.
Wesley R. Curumim
Foto: Pinterest
#ler #escrever #textos #historias #viagensnaescrita #escrita
0 notes
Text
Isabella
Isabe ria alegremente. Todos na praça olhavam pra ela sem entender alguns riam, não dela, mas com ela. Renato apenas olhava pra ela sem entender nada.
Ah Renato!! Você me diverte que bom amigo você é...me vê triste e já tenta me fazer sorrir.
Mas Isabella.... começou Renato.
Ela o interrompeu, beijou seu rosto e se levantou da praça falando.
Eu sei, meu caro Renato, eu sei. Não ligue pra isso. Agora preciso ir você é um amor sabia? Beijou o rosto de Renato e o deixou sentado com a cara boba sem saber o que fazer.
Isabella era assim. Feliz, independente, tinha um amor enorme pela liberdade e pela sua vida. Renato era um cara legal mas não o amava e nem estava disposta a tentar um relacionamento sério e correr o risco de estragar a amizade. Quando ele disse que a amava e queria ser seu namorado, Isabella riu não deixou espaço pra ele continuar. Gostava do rapaz como uma amiga e não estava disposta a magoar seus sentimentos.
A melhor idéia que lhe ocorreu como um relâmpago foi rir e fingir ser brincadeira e se afastar da praça
Renato ficou sentado embasbacado enquanto ela entrava no ônibus e se afastava. No fim entendeu o que ela fez e se pôs a rir sozinho. Balançou a cabeça e se afastou dos olhares.
"Isabella...doce flor Isabella, como não se apaixonar?” pensou.
Wesley R. Curumim
0 notes
Text
Yukio encostou na cerejeira e sorriu. Não havia muitas flores na árvore, mas as poucas flores rosas combinavam com o cabelo roxo dela. Sardis fotografou a bela paisagem na sua frente.
Você deveria ir comigo pra Tóquio, Sardis. Disse a bela japonesa num inglês britânico que o surpreendeu.
Sardis achou graça, um Francês numa terra de língua espanhola conversando em inglês com uma japonesa. Ele gostou da foto assim como da companhia da moça.
Você poderia me deixar seu endereço e quando eu fosse pra lá eu iria te visitar, ele disse num japonês decente mas o suficiente para deixar a moça surpresa, de boca aberta. Sardis não perdeu tempo e fotografou o rosto surpreso de Yukio. Uma bela foto.
Ela logonse recuperou da surpresa e sorriu pra ele.
Fotógrafo, um ótimo acompanhante, fala bem inglês e japonês, tem mais alguma outra habilidade, senhor?
Ele coçou o queixo, pensando, e logo respondeu.
Bem, eu sei fazer bolo de baunilha...
Wesley R. Curumim
0 notes
Text
Era um quarto de motel barato. Marie transou loucamente com Carlos. Ele suou e agora estava ali largado trocando carinhos e beijos com ela. Os dois largados na cama, a câmera fotográfica, a garrafa de rum e dois copos sobre a mesa e uma música do Belchior de fundo. Marie o bejou demoradamente e sorrindo passou a mão em seu pau e se levantou. Tomou banho, se perfumou, tentando tirar o cheiro de sabonete de motel, e saiu sem prometer uma outra noite com ele.
Carlos se levantou e viu quando Marie saía em seu Peugout. Ele então suspirou e se sentou na cadeira. Se serviu de uma generosa dose de rum, abriu seu caderno e pegou a caneta.
Era uma noite de sábado. Depois de uma foda, ele estava sozinho com a garrafa de rum pela metade. Sentiu um pouco de medo, mas logo passou.
Ele tinha o rum para beber, quanto a solidão, escrever era uma atividade solitária...se sentiu seguro naquele quarto de motel numa noite de sábado e Belchior cantando "o passado era uma roupa que não lhe cabe mais..."
Wesley R. Curumim
0 notes
Text
Eu quebrei a garrafa na cabeça daquele puto, Virgínia confessou, sabe...eu achei que era igual nos filmes. Você acerta e a garrafa se espatifa! Mas foi a cabeça daquele babaca que quebrou!
Você sentiu remorso? Roger quis saber.
Aquele estúpido estava me traindo, Roger. Depois de 10 anos amando aquele viado, ele me apronta uma dessas! Eu ainda o amo e é por isso que não senti remorso algum. Acertei uma joelhada no saco daquele puto e depois quebrei a garrafa em sua cabeça. Remorso? Senti um puta dum alívio isso sim!!!
O que eu poderia dizer para ela? Alguma lição de moral? Roger se perguntou olhando para a mulher que estava com os olhos vermelhos e a maquiagem borrada do choro.
Roger suspirou, terminou de fazer o café para ela e preparou o sofá para ela passar a noite. Era pouco, ele sabia, mas era tudo o que podia fazer naquele momento. E ele não sabia que isso era tudo que Virgínia precisava...
Wesley R. Curumim
0 notes
Text
Ele saiu do aeroporto com sua mochila e uma câmera Nikon D7500. Era uma cidade bastante quente para um europeu. Recife era um encanto e bastante alegre para ele. Fotografou ruas, prédios e pessoas. Mas, foi no Recife antigo, que se encantou. A praça Rio Branco, conhecida como Marco Zero e a rua do Bom jesus lhe seduziu. Passou a tarde fotografando a parte histórica. Comeu e tomou um chopp num bar.
Outra coisa que lhe chamou atenção era como a cidade estava viva de noite. Com as luzes dos prédios e do céu, a cidade falava com ele. Caminhou pelas ruas até ser atraído por um som. Música perto dali!
Dorbrou uma esquina e se deu em um bar cheio. Um grupo tocando e pessoas dançando juntas arrastando o pé e gingando o corpo...nunca tinha ouvido aquele tipo de música, sentiu- se atraído pelo forró.
Seu coração bateu mais e ele sentiu paralisar no tempo. Dançando entre os amigos estava a moça dos olhos claros mais intensos que havia visto. Não saberia dizer a cor de seus olhos, mas seu brilho era diferente de tudo que havia. Parecia os raios de sol refletindo sobre às águas do mar. Não saberia se o mar era azul ou verde. Apenas claro com brilho intenso. A moça lhe sorriu ao se sentir observada, talvez fosse a cara estúpida e boba quebele fazia ao observa- lá. Se aproximou e pediu desculpas, perguntou se tirar umas fotos dela. Mostrou as fotos na câmera que havia tirado de toda a cidade e pessoas. Foi uma noite na qual ele não esqueceu. Que sotaque e maravilhoso tinha aquela moça! A certa altura da conversa trocaram beijos, toques e risadas. De perto seu olhar era tão misterioso. Tinha os olhos de uma mulher determinada e mergulhando naqueles mares claros refletidos pelos raios de sol parecia uma menina. Se sentiu deprimido e melancólico quando teve que se separar e deixá-la ir para longe de seus braços. Bem que ele gostaria de continuar a sentir o gosto daqueles beijos....
Na tarde, do dia seguinte, embarcava no avião para a França. Levava a alegria e a tristeza do do dia anterior na câmera a foto dos momentos e na cabeça os beijos, a voz doce e cheiro da moça de olhos cor de mar claros.
Wesley R. Curumim
Imagem: Pinterest
1 note
·
View note
Text
0 notes
Text
Luiza sai do banho enxugando os cabelos curtos, a pele levemente vermelha do banho quente. Usa uma blusa longa e calcinha azul. Antônio pega os copos e enche com cerveja bem gelada. Abre a caixa de pizza e pega o guardanapo. Da janela pequena, próximo a mesa podiam ver a baía e a lua cheia. Os dois se sentam e cada um pega uma fatia de pizza. Peperoni é uma delícia!
Não aguento mais! Esse caos todo, pandemia, o trem sempre se atrasando, sair cedo e chegar tarde! Mais que grande merda!!!
E não poder caminhar a noite...completou Antônio.
Os dois em silêncio morderam um pedaço da pizza e beberam um gole da cerveja. Fizeram tudo numa perfeita e quieta sincronia.
Antônio...do que você sente falta?
Ele morde mais um pedaço mastiga devagar pensando numa resposta. Suspira e diz:
Sinto falta de estar sábado de noite tomando uma cerveja com uma porção de batatinhas ouvindo Emílio Santiago cantando no rádio...
"Era só isso que queria da vida...uma cerveja e uma ilusão atrevida..." completou cantando diante de Luiza.
Wesley R. Curumim
1 note
·
View note