𝐩𝐞𝐫𝐜𝐲 𝐦𝐜𝐭𝐰𝐢𝐬𝐩, 35 years old, 𝒂𝒍𝒊𝒄𝒆 𝒊𝒏 ��𝒐𝒏𝒅𝒆𝒓𝒍𝒂𝒏𝒅'𝒔 𝒘𝒉𝒊𝒕𝒆 𝒓𝒂𝒃𝒃𝒊𝒕.
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starter fechado para @ncface ! — local: casa de noface, aquele flashback fatídico.
As garrafas vazias já se acumulavam pelos móveis do cômodo e os vizinhos enlouqueciam com as sequências de risadas e discussões sem nexo que ecoavam pelas janelas. Era nisso que dava quando Percy recebia a tão esperada carta. Não que ele fosse logo em seguida, precisava pensar todas as vezes se valia a pena alimentar um dia inteiro de discussões - sempre valia -, mas ultimamente os intervalos entre o recebimento do convite e sua visita pareciam diminuir, e o frio na barriga que sentia sempre que estava em frente ao lugar crescia, sabe-se lá porquê...
O sobretudo largado em uma cadeira e os pés descalços, já se sentia praticamente em casa ali, todo confortável no sofá alheio com um cigarro entre os dedos da destra e o outro braço apoiado no encosto do sofá só para poder admirar a figura anfitriã. "Eu deveria parar de responder os seus 'e como vai a vida?'...", era o assunto de sempre: Percy tomando péssimas decisões e Noface esfregando isso na cara dele.
"Se eu tivesse coragem de escapar da Iracebeth, já estaria vivendo em uma toca no meio da floresta proibida com meus primos coelhos", a fumaça escapou pelos lábios enquanto falava, a cabeça agitando-se em frustração. Tudo aquilo era simplesmente absurdo - nem parecia que haviam deixado Wonderland.
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S1.E5 - The Calling / S1.E8 - The Key
#$%&!
#the crestfallen :: visage.#the crestfallen :: psique.#ooc: cenas pouquíssimo vistas mas que ocorrem sempre.#ooc: amanhã saem os starters pendentes do coelho e as respostas do flautista (talvez de mais).
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Precisou dar um passo para o lado enquanto Noface cuidadosamente adentrava a sala aconchegante, logo ocupando muito mais do que esse mero espaço físico ao redor deles. Encostou a porta - pois estava fraco demais para se lembrar da necessidade de também trancá-la - e, quando se virou, desejou ter só mais um espacinho que o permitisse dar um passo extra para trás. Mas, aqueles olhos continuavam sendo sua completa ruína, a ideia inicial logo dando lugar à vontade de estender os braços, quem sabe até segurar suas mãos.
Sua sorte - ou terrível azar - era que ela nunca deixava de o surpreender. O peso contra o tronco só contribuía para os batimentos descompassados e acelerados, e ele só esperava que ela não conseguisse ouvi-los tão bem quanto ele. Até ergueu a destra de encontro à nuca alheia, mas desistiu do ato quase tão rapidamente quanto ela se afastou.
"Eu sempre abriria para você...," ainda não parecia certo, "eu sempre vou abrir para você", mas olhou para qualquer lugar que não fosse a companhia. "Claro", afinal, a casa já estava completamente incensada, tanto pelo próprio cigarro que fumava, quanto pela pouca fumaça que não escapava pela chaminé. Buscou o resto que repousava no cinzeiro e caminhou até a janela, enfiando a destra no bolso atrás do maço daquela noite, oferecendo à Noface o último da caixa, o 'da sorte'.
noface sorriu. os passos curtos, cuidadosos, em direção ao rapaz de pijamas. até ficar perigosamente perto, algo que aconteceu quase que involuntariamente. mas demorou alguns segundos, os seus belos olhos castanhos bem fixados nos de coelho. lembrava-se de quando as coisas tinham ido mal entre eles dois, e começara num gesto como aquele. o ato de se aproximar curiosamente, se perguntar até onde poderiam ir. a morena abaixou o rosto, avaliando as vestes que ele usava e deixando o perfume alheio invadir o olfato.
uma das coisas sobre ser noface era que desenvolvera uma paixão singular por cheiros. sim, traços olfativos eram umas das poucas memórias que carregava de um rosto para o outro, quando morria. como se conseguisse, de alguma maneira, esquecer de todas as pessoas, mas seu cérebro ainda insistisse em guardar alguma informação sobre os seus cheiros.
quis alcançar um pouco mais, quem sabe estender os braços e abraçá-lo, e antes que percebesse, já executava a desajeitada ideia de afundar a cabeça no peito do rapaz.
podia culpar a bebida? com toda certeza.
e agora se afastava, com as bochechas cheias de cor (pela bebida ou pela vergonha), pronta para fingir que nada tinha acontecido enquanto invadia a casa alheia. "eu... hm... eu estava por aí. e... não sei. só estava ali, e então me perguntei... se você abriria para mim." explicou, baixinho, antes de dar alguns passos em direção à uma janela aberta. "eu posso acender um cigarro?"
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O coração palpitou ao encontrar Alice, não sabia se por medo dela ou das possíveis consequências. Seu olhar acompanhou o dela e logo entendeu o recado. "Na minha casa?", perguntou, mas nem esperou uma resposta para começar a se movimentar, evitando atrair qualquer atenção indesejada que poderia ocorrer se ficassem muito tempo parados ali.
❝ Coelho! Precisamos conversar. Em um lugar mais discreto, de preferência... ❞ apontou com o olhar para três guardas reais na esquina da rua.
@whitcrvbbit
#the crestfallen :: interactions.#@acrazymadwonderfulidea#ooc: ele ainda tá traumatizado com as alices do casamento.
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"Nem se preocupe", não pôde deixar de sorrir ao perceber a confiança que John depositava nele - confiança que dificilmente depositaria em si próprio. Sempre se sentia um pouco perdido quando o amigo falava sobre aquela tal de Londres, mas desde que chegou ao reino, acostumara-se com a ideia de que Wonderland era só um pedacinho de um mundo muito maior. "Parece ser um hábito bem comum entre pessoas...", ainda não se referia a si mesmo como parte daquele grupo. "O segredo quando você começa, infelizmente, é não fumar até o final," e nem sabia se era realmente um grande segredo ou se foi somente a melhor maneira que encontrou para não queimar os dedos recém ganhos, "demorou demais até eu me acostumar com esses aqui", ergueu a canhota, movimentando os dedos.
Prendeu o próprio cigarro entre os lábios, buscando seu isqueiro no bolso do sobretudo. "Primeiro passo", também acabou falando meio enrolado enquanto o polegar girava a roda algumas vezes até a chama surgir. Protegeu-a do vento com a outra mão e acendeu o cigarro alheio. "Agora é só tragar", levou o cigarro aos lábios e fez como disse: tragou levemente e deixou a fumaça escapar pelos lábios.
"Não se preocupe com a conta. Você sempre paga certinho, eu deixei anotado no caixa. Só não conte para ninguém ou minha cabeça vai rolar." Fez sinal com os dedos apontando para o próprio pescoço. O cheiro do cigarro o lembrava de Londres. Basicamente todos fumavam na cidade. Era uma das caracteristicas dos Londrinos. Lembrava de seus colegas como todos pareciam ter cigarros escondidos, e ele querendo ser o mais certinho e imaginando que Wendy fosse dedurá-lo jamais o havia feito. Apenas ficava observando os lábios alheios e como se sentiam melhor após uma ou duas tragadas. Será que ele conseguiria tal alivio? Relaxar um pouco os pensamentos e o medo. "Pensei em começar com 25 anos, quando estava em Londres. É um hábito comum, principalmente entre os contadores e londrinos. Mas nunca tive coragem. Parando para pensar sou tão atrapalhado que poderia queimar meus dedos." Aceitou e colocou nos próprios lábios. "O que eu devo fazer?" Falou um pouco atrapalhado com o cigarro entre os lábios.
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flashback
Percy ainda pensou um pouco, de fato, por mais que ainda existissem outros reis perdidos por Tão Tão Distante - da mesma forma que a própria rainha à sua frente -, somente Rumpelstiltskin comandava no momento. "O Chapel-", e retrocedeu um passo antes de falar mais alguma merda. "Realmente, majestade, poucos sabem de onde aquele pesadelo verde saiu. Ainda não escutei nem mesmo boatos...", o novo 'governante' parecia de fato ter surgido em pleno ar. "Eu jamais diria o que deve ou não fazer, vossa alteza. Se acha que matá-lo é a melhor decisão, deveria manter o plano", ele era covarde, não idiota, adoraria continuar com a cabeça exatamente onde deveria estar. "Dr. Facilier?", só agora, parando para se relembrar dos trágicos ocorridos em Wonderland - já não pensava em sua verdadeira casa há vários meses - percebia o que Queenie colocava. "Sim, pensando sobre isso agora, existem várias semelhanças... Vou coletar informações sobre esse dia e compará-las com os registros que temos sobre o Trem Infernal", e aí, finalmente, estava algo que Percy faria com prazer.
Ela não gostava nem um pouco do Rei, mas ele ter incentivado o Natal, que era seu feriado favorito, e a cidade estar toda vermelha havia sido um grande presente para ela. Só para depois de sido revogado e alterado pelo golpe do Grinch. Aquela cidade era muito mais caótica que a sua e já não era hora dela assumir as redeas e ensinar a todos como realmente funciona um governo. "Claro que é o Rumpelstiltskin? Que outro rei estaria no comando para eu matar? Por mais que agora ele esteja sendo usado...é o momento perfeito. Todos vão achar que foi o Grinch, e depois só acabamos com aquele negócio verde. Urg. Quem acha que verde é uma boa cor? Alias, de onde ele saiu?" Não lembrava de vê-lo pela região ou com alguém, e todo aquele verde a fazia ficar enjoada. "Você e Jack são iguais. É sempre reclamando que não conseguem de prontidão algo. Ou vai dizer como ele que não devo matá-lo? Pensei que era mais prático, meu querido coelho." Mesmo não sendo mais um coelho, Queenie gostava de lembrar a todos suas posições reais. "Já que perguntou...aquela escuridão que teve alguns dias e a morte daquele outro lá Facilalguma coisa, não te lembrou de como as coisas começaram em Wonderland? Quero que procure sobre a morte desse Dr e o que pode estar relacionado essa escuridão que passou com nossa casa."
#the crestfallen :: interactions.#@queenietheredqueen#ooc: colocando como flashback por esse plot drop já ter acabado.
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Percy nunca tinha um bom dia, e as noites costumavam ser bem piores. O que lhe restava, como gostava de pensar, era sempre beber ou fumar - ambos, preferivelmente -, tanto em casa, quanto fora dela, e naquela noite em particular, decidira que deveria visitar o Snuggle Ducking, para mudar um pouco rotina. E já deveria ter perdido completamente a noção do tempo - típico -, visto que poucos minutos após sair para fumar, percebeu que John já se movimentava para fechar o estabelecimento. "Sinto muito, John, não percebi que já era tão tarde...", observou os últimos clientes caminharem rumo à outros destinos, "Ainda nem fechei minha conta", a canhota coçou a nuca, detestava ser um empecilho para os outros, principalmente para aqueles pelos quais alimentava algum tipo de apreço. "Já estar relaxado antes ajuda um pouco", brincou, como só sabia fazer quando bebia. "Nunca fumou antes? Certeza que quer começar agora?", mas já havia puxado o maço do bolso do sobretudo, estendendo o braço para que o rapaz pegasse um cigarro para si.
with: @whitcrvbbit
Já era tarde quando John estava pensando em fechar o local. Como sempre Peter e Sombra desapareceram para fazer o que é que lá eles faziam, e sobrou para ele guardar todo o lugar. Fechar tudo. Fazer a contabilidade. Organizar as coisas. Como ele queria reclamar para Wendy, mas ela gostava tanto do lugar e deles. John revirou os olhos. Enquanto estava prestes a fechar a porta notou a figura do lado de fora. "Ainda está aqui, Percy?" Percival não era como os outros que apareciam ali, apesar de seu jeito único havia algo nele que John se identificava. Ao notá-lo fumando, John sentiu vontade de experimentar. "Ajuda mesmo a relaxar? Pode me ensinar?"
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Com um caderno de anotações muito bem preso entre seus braços e tronco, Percy praticamente correra pelos corredores em busca da sala de espera. Queenie havia solicitado sua presença e, é claro, já estava dois minutos atrasado - como se ela mesma não tivesse essa culpa no cartório... -, mas as festividades natalinas não ajudavam em nada em seu trânsito pela cidade. Tão rápido caminhava que precisou parar diante a porta do local para recobrar a respiração e arrumar os cabelos e o sobretudo bagunçados. Estava completamente esbaforido. "Pois não, sua alteza", e ela ainda insistia em chamá-lo de 'Percival'. "Sobre o Rei... Rumpelstiltskin?", é claro que seria, mas ficou tão estupefato com a urgência do pedido que precisou perguntar. "Como matá-lo, minha Rainha? Não sei se essas informações serão tão fáceis de se obter em um tempo 'hábil'...", incrivelmente, a parte sobre 'matá-lo' já não o surpreendera tanto. Só mais um dia no escritório, como dizem. "Algo a mais? Não, não", e ainda pensou se lembrava-se sobre algo, "Posso lhe prestar algum outro serviço mais imediato antes de prosseguir com a tarefa?"
with: @whitcrvbbit
Sentada na sala de espera com seu almoço, Queenie se surpreendeu com a presença de Percival. Os olhos pulando de um lugar para o outro, mas a presença dele ali havia sido solicitada por ela. "Percival, preciso de suas habilidades. Quero saber...sobre o rei. Você é esperto e sempre arranja um jeito. Quero um dossiê. Tudo que preciso saber sobre ele e principalmente...como matá-lo. O mais rápido possível. Ou você tem algo que quer me dizer?" Percival sempre foi alguém...que ela gostava de ficar de olho. Ele parecia ser simpatizante demais de sua irmã, e isso para ela já era algo que a deixava em alerta.
#the crestfallen :: interactions.#@queenietheredqueen#finalmente decorei como se escreve rumpelstiltskin.
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O dia de Percy não havia sido nada bom, o que nunca era uma grande novidade, mas podia se tornar um ótimo motivo para 'relaxar a mente' caso achasse necessário. E assim o decidiu, há umas duas horas, quando vasculhou os armários da cozinha em busca do whisky barato. Garrafa pela metade, copo vazio e cigarro meio fumado no cinzeiro sob a mesinha de centro em frente à lareira acesa, um livro em mãos para tornar a noite quase perfeita, já que decidiram que bater à sua porta nessa altura da noite era algo certo à se fazer. E pôde praticamente sentir uma de suas longas orelhas se movendo para acompanhar a origem do som, aquela velha sensação de 'membro fantasma' do corpo que tanto tentara esquecer.
"Deve ser só o Chapeleiro querendo mostrar alguma criação nova…", o pensamento o cruzou enquanto levantava do sofá balançando a cabeça, afinal, não seria a primeira vez que um de seus amigos esquecia completamente o conceito de tempo - coisa que ele jamais poderia fazer. Passou a mão pelo cabelo bagunçado e arrumou o casaco aberto que vestia por sobre o pijama antes de abrir a porta da frente, e, fuck, como agradeceu por ter feito isso. E demorou tempo demais até perceber que encarava a figura à sua frente como à quem via uma aparição. "Oi…", mal conseguia raciocinar sobre o que pensava em vê-la depois de tanto tempo, e não sabia se deveria culpar o álcool ou a si por isso - a bebida parecia carregar a culpa de muito o que ocorrera entre os dois... "Well, you knocked", o pior era que nem planejava ser engraçadinho. "Quer entrar?", o frio era um bom motivo, certo?
noface não era de beber. bebia, claro, normalmente quando lhe era oferecido ou quando saia. mas não é o tipo de pessoa que compra um vinho para si ou que possui bebidas dando sopa em sua residência, prontas para alguma ocasião. mas naquele dia em específico, agarrara uma garrafa de tequila e decidira que agora seria o tipo de pessoa que bebe uma tequila. porque quem sabe, talvez, se é uma pessoa que consegue mudar assim de rosto, pudesse também ser alguém que mudava de personalidade conforme desejado. e se assim fosse, poderia tirar coisas de si, cortar partes que não gostava, sim? bem, tequila é horrível. sua opinião, ao menos, e ficara bêbada rápido demais. que horas são? os olhos, preguiçosos e irreverentes às ordens do cérebro, até capturaram números indicados pelo relógio, mas abandonara logo em seguida a ideia de descobrir que momento da noite era aquele. agora, os pés tinham tomado independência e cravavam uma intensa jornada numa direção desconhecida. chame de memória muscular, e também a chame de maldita, mas só se pegara reconhecendo onde ia quando já estava longe demais para desistir. cruzando a entrada de sua casa. mão bate na porta três vezes. será que ele ouviu? uma quarta vez. não tenho certeza se foi forte o suficiente para ser audível. quinta. ele pode estar dormindo. então desiste e anda o caminho de volta. mas ele nunca dorme esse horário. para, e espia as janelas em procura de luz. ele pode ter mudado. e enfim, o som da porta. "oh. hi." olhava, com os olhos bem arregalados, como se fosse uma surpresa vê-lo ao bater na porta de sua casa. "você abriu." @whitcrvbbit
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and if you go chasing rabbits, and you know you're going to fall, tell 'em a hookah-smoking caterpillar has given you the call. go ask Alice, when she was just small.
001. | 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐇𝐈𝐓𝐄 𝐑𝐀𝐁𝐁𝐈𝐓 : basic details
nome completo: percy mctwisp.
conhecido como: coelho branco.
pronomes: ele/dele.
idade: 35 anos.
signo: peixes.
alinhamento moral: bom e leal.
mbti: infj (advogado).
ocupação: pajem da corte de copas.
lealdade: mocinhos.
sexualidade: demissexual birromântico.
traços positivos: compassível, cordial, educado e empático.
traços negativos: ansioso, covarde, nervoso e pessimista.
conto: alice no país das maravilhas.
inspirações: coelho branco (alice no país das maravilhas), aziraphale (good omens) e lee scoresby (his dark materials).
faceclaim: aneurin barnard.
002. | 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐇𝐈𝐓𝐄 𝐑𝐀𝐁𝐁𝐈𝐓 : background
Durante anos, não passou de um reles coelho falante, incapaz de romper a bolha que circundava sua própria existência, afinal, não passava de só mais um cidadão do País das Maravilhas, assustado e covarde demais para fazer algo digno do “título” com sua vida infeliz. A chance, quem sabe, viria com a inesperada oportunidade de trabalhar como pajem para a famosa corte de copas.
Mas, jogar cartas com o universo sempre teve um (alto) preço: não muito tempo após iniciar seus trabalhos, foi amaldiçoado por cometer o estúpido erro de chegar cinco minutos atrasado para um importante evento da Corte. Por conta disto, foi magicamente punido a sempre carregar um delicado relógio de bolso dourado, vilmente construído para incapacitá-lo de chegar aos lugares ou aos seus compromissos na hora correta, condenando-o ao eterno atraso.
O medo passou a correr ainda mais solto por seus pensamentos, as verdadeiras consequências daquela maldição ainda desconhecidas. Porém, a persistência por finalmente conseguir fazer algo útil com sua vida gritou mais alto. Permaneceu, e ainda permanece, servindo à Rainha de Copas e à sua Corte, apesar de, há alguns anos, ao completo acaso do destino - ele realmente não aprendeu… -, ter se tornado um fiel membro (oculto) da resistência contra o governo da tirana, tendo se unido ao Reino Branco, e à outras rebeliões, na luta contra os déspotas de Tão Tão Distante.
Para seu infortúnio, o universo, mais uma vez, daria o troco: Percy foi o escolhido para guiar a Alice Knightley de volta ao País das Maravilhas. Mas, é claro, a tarefa não seria tão simples, afinal, precisaria cumprir a missão designada como o que de fato era, um coelho branco; porém, sem voz, incapacitado de exercer qualquer influência sob as decisões da jovem, pois ela deveria decidir por conta própria se deveria segui-lo, ou não; deveria tomar seu próprio caminho, sem receber influência alguma, de nenhum dos lados. Porém, por conta da terrível maldição lançada sobre si tantos anos antes, não pôde alcançar Alice a tempo de ajudá-la e levá-la até a “toca do coelho”.
E assistir as consequências de seus atos e dos erros de seu passado foi além do que ele conseguia suportar. O fardo da culpa permanecia pesado demais para ser carregado sem ajuda: por mais que os anos tenham se passado, nunca foi capaz de se perdoar por tudo àquilo que o levou a falhar com Alice, e pelo que - em sua cabeça - fez a jovem sofrer durante todos os anos que esteve presa no Asilo Rutledge. E isso foi suficiente para que entrasse em uma espiral de fumo e bebedeira - que tenta esconder e disfarçar de todos ao seu redor da melhor forma que pode, principalmente dentro das dependências reais -, e glamour - que acabou sendo muito bem apoiado pela corte, visto que em uma forma humano, Percy seria capaz de melhor exercer seu trabalho -, como uma vã maneira de “escapar” de seu próprio corpo e “lidar” com a culpa, ou ao menos de tentar enfiá-la dentro de uma “toca de coelho”, longe de qualquer vista, incluindo a sua.
003. | 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐇𝐈𝐓𝐄 𝐑𝐀𝐁𝐁𝐈𝐓 : abilities
under co.
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