é ser a cura e o veneno ao mesmo tempo. é ser o cordeiro vestido de diabo. é ser o anjo de tridente e rabo.
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eu confesso: às vezes dá uma vontade de pegar uma faca e cravar tão fundo que a dor vai me fazer apagar e eu juro para mim mesma que essa vontade não é culpa minha, não é culpa sua e não é culpa de tudo que me rodeia, mesmo que eu tenha tanta raiva reprimida dentro de mim que qualquer coisa que me toca faz a raiva se expandir, e expande e me sufoca e acabo odiando mais todas as coisas mesmo que eu odeie o ódio, mesmo que eu nunca tenha odiado nada a não ser eu mesma. e eu recito poesias na minha cabeça para me acalmar, eu as escrevo, e eu conto os números para dormir para não pensar em tudo que me faz querer dormir e nunca mais acordar eu vivo de estratégias que me mantém aqui, com um buraco tão grande que já não se resume ao meu peito penso em morrer porque não quero ser um buraco negro que suga tudo para dentro de sua escuridão eu não quero me tornar isso mas sinto que já me tornei rejeito sua ajuda porque não sei como me ajudar, porque não quero que você guarde a sua dor no bolso para dar atenção para minha eu tentei guardar a minha, mas como guardar uma galáxia dentro de um átomo? eu juro pra mim mesma que eu vou superar tudo isso que vou conseguir terminar o meu livro, ajudar os outros, conquistar tudo aquilo que eu quis e quero, eu juro para mim que eu mereço muito mais do que isso mas minha mente me mata, o buraco negro suga não somente tudo a minha volta mas ele suga meus pensamentos bons, eu sei, você me entende, obrigado por isso e sinto tanto por você eu tô em decadência, porém um dia vou superar, aqui ou em outro lugar, um dia isso vai acabar.
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Até
Cada comprimido que descia pela minha garganta era uma despedida. Estava indo embora alguém sem importância, fraco demais para que qualquer cápsula pudesse repor a serotonina que um dia, talvez, tivesse existido. Foi-se um corpo viciado, uma mente desolada e um ser abandonado. — maria p. gonçalves
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Tenho medo de um dia ter coragem De, finalmente, abraçar a fraqueza De estar frente à face da morte E de deixar para trás a tristeza Deixo ir embora o meu eu sozinho Trazendo a ilusão do esquecimento De um dia que já fui triste Enquanto me afogo numa garrafa de vinho Foi-se embora aquela que vivia Esperando cair do céu a coragem Para abraçar a fraqueza E virar alguém que só existia.
maria p. gonçalves
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Eu não consigo deixar de te procurar em outro alguém. Em todos os beijos, em todos os olhares, em todos os abraços... Não era você. Não era você porque um dia você deixou de ser nós e passou a ser só você. E todos os dias eu continuo procurando você para que o meu eu passe a ser nós de novo.
maria p. gonçalves
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desculpa te falar, mas vai doer. vai doer porque foi importante para ti e você têm muitas histórias com ele. vai doer porque uma parte da sua vida foi dedicada a vocês e isso nada muda. vai doer porque você se entregou de uma forma que fica difícil pegar tudo de volta. mas, nunca encare isso como um erro. você se entregou porque sentia que era de verdade. que era pra sempre. e pena que não foi, porque eu sei: tinha tudo pra ser. vai doer porque as noites não serão as mesmas sem o boa noite dele. e nem as manhãs sem os bons dias. vai doer porque você via uma vida inteira com ele. porque o olhar dele penetrava em ti como nenhum outro. mas, também preciso te falar que vai passar. eu sei. porque sempre passa. não é o fim do mundo. e muito menos o fim da sua esperança no amor. vai passar porque você vai perceber o quanto se ama. o quanto pode se fazer feliz e o quanto não precisa de ninguém para suprir todos seus desejos. vai passar porque você já nasceu tão inteira, tão incrível, tão única que decepção alguma é capaz de te manter pra baixo. um dia você vai olhar para trás e não vai entender como já chegou a doer tanto tanto. porque, acredita em mim, vai doer, mas vai passar.
— joão pedro peixoto.
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foi.
Eu espero que ela te faça feliz da mesma forma que um dia eu também quis te fazer. Que ela possa decifrar seu tom de voz e saber que você brigou com a sua mãe. Que ela coloque o relógio pra despertar e esperar você chegar da academia, só pra saber como foi seu dia. Que ela guarde moedinhas pra sentar na praça com você e, dessa vez, não suje sua bermuda de sorvete. Que ela seja, como você diz, o seu sol. Eu espero que ela acredite no seu "eu te amo" da mesma forma que um dia eu também acreditei.
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Que me perdoem aqueles que zelam pela saúde mental alheia Mas cá estou eu apertando o gatilho rente ao meu corpo: A nicotina dele preenchia meus pulmões e me fazia estar viva Mesmo me matando pouco a pouco. Enganados aqueles que pensam que suicídio se trata só do desencarne Volta, eu imploro que seja Mesmo com ela, com dor, com raiva Volta a me machucar com o seu falso amor
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O oxigênio se tornou o veneno que me mata dia após dia por me dar a vida
maria p. gonçalves
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eu observo essas tuas olheiras profundas e
percebo
o mundo dói mais pra uns do que pra outros. e isso é inevitável.
c.s. (univversos)
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Sexta-feira a noite eu chorei. Cada lágrima queimava tanto quanto o álcool que eu poderia ter bebido e não bebi. Chorei sóbria de medo, de tristeza, de solidão. Chorei sóbria de infelicidade, de vida em excesso, de vontade de morte. Mas nada importa já que segunda-feira estarei sorrindo Com toda a certeza de que sexta-feira a noite eu chorarei.
maria p. gonçalves
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Sempre praia, nunca grão de areia.
Você já notou que cada grão de areia, mesmo no meio da imensidão da praia, ainda é um grão de areia único? Ele pode ter sido formado em razão da chuva, do vento, de pedras grandes ou pedras pequenas… Mas nasceu pra ser visto como um todo, ele nunca vai ser visto como aquilo que ele é. Pessoas não buscam a história de outras, buscam aquilo que elas vêem, o externo, o coletivo. São marcadas por esteriótipos e daqui a pouco vão estar andando com rótulos colados na testa. E a individualidade se perde aí, quando a gente permite que a superficialidade seja maior que nossas raízes. Mas de qualquer forma, quem é que se importa? Em um mundo onde pessoas têm medo de se afogar, piscinas rasas são mais interessantes do que piscinas fundas.
— maria p. gonçalves
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Confesso que sinto sua falta, mas não quero que você volte. Porque ao mesmo tempo que você foi a melhor coisa que me aconteceu, também foi a pior.
maria p. gonçalves
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Você viu meu rosto sem maquiagem, meu cabelo sem pente, meu corpo sem roupa. Você entrou no meu íntimo mais profundo. Eu deixei você ser o meu íntimo.
Por um instante, fui toda sua. Todo o meu amor era seu. Até que um “eu não te amo” soou e todo o meu chão se abriu. Você se foi. Não bastava ter ido, como também levou parte daquilo que te dei: meu eu.
Idiota, achei que você era a minha vida e te entreguei a própria. E então eu percebi que você se tornou o oxigênio enquanto eu morria por parada respiratória.
— maria p. gonçalves
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eu me odeio por te escrever
porque cada poesia é uma dor
e eu odeio me doer por você.
— maria p. gonçalves
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Não
A minha mente diz que tudo vai ficar bem, mas não vai. Não vai porque há seis meses ela me disse pela primeira e vez e há seis meses eu não durmo. E então eu rolo na cama, de um lado pro outro, percebendo que o escuro do quarto é tão escuro quanto o escuro dos meus pensamentos. As pessoas me dizem que tudo vai ficar bem, mas não vai. Não vai porque há anos minha mãe me disse pela primeira vez e há anos eu ainda choro como uma criança em dia de consulta médica. E então eu sinto que toda a água do meu corpo escorre pelos meus olhos, deixando não só minha alma, mas também meu corpo vazio. Não vai ficar tudo bem porque nunca esteve.
— maria p. gonçalves
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