uaate - Tumblr blog

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Deia

Talvez não seja você, não mais.

só que de alguma forma eu ainda te busco entre sociedades e cultos por querer que seja você de novo,

de um novo modo,

novos jeitos,

Nova crença.

Te encontrar com macetes que pude aprender na outra vida que te vi,

toda palavra tua me fez ser melhor, teu silêncio me faz ser maior

Teu toque me acolheu,

Tua essência me fez viver,

Teu corpo...

Me faz crer na busca do ser perfeito que almejavam nas esculturas de vênus,

Tu és a nova vênus, mina.

Mas somente tu és tua, Deusa do novo mundo.

Encontro em ti todo o amor que buscavam em Afrodite .

Como eu, mortal

poderia achar que teu amor é meu ?

Sei que não, mas pude provar teu néctar.

Eu sei de todos teus jogos e castigos e faço questão de acatar todos eles,

quem sabe ganhe, para que um dia, só por um dia seja teu ser onipotente

e te devore.

E que os mais carnais dos amantes tenham inveja de nós.

Você me quer dentro de ti,

obedeço tua ordem,

me perco nas dimensões que tu me leva, e me aconchego no paraíso entre tuas pernas.

Tu me petrifica como medusa antes de matar seus amantes,

fico duro no teu olhar.

Acredito na tua crença.

Te oro.

Batizo teu corpo todo.

Te olhando daqui de baixo santificou-te.

Creio, quando dentro de ti encontro o êxtase que é sentir-se purificado.

Como todo humano, as vezes sou descrente, mas de mim. desacreditando que não posso ser amado por tal ser,

Nossos corpos em dança me dizem o contrário, enquanto tu rasga minha pele,

teu gemido me cura

A sensação do prazer estremece,

Nossos corpos,

te faço mortal novamente.

Um dia um homem transou com Deus, e ela era uma mulher.

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Coh amar

Hoje eu peguei aquele ônibus que você me ensinou a decorar o nome. hoje eu fui pela mesma rua que íamos conversando, no mesmo horário que te embarcava nele e ficavamos dando tchauzinho enquanto o ônibus partia.

Hoje eu sentei no banco da janela como você fazia, já que ia descer mais á frente.

A tantos dias a cadeira ao meu lado tá vazia.

Mas hoje, alguém sentou do meu lado enquanto eu olhava a chuva e ela estava com o mesmo cheiro do teu hidratante de leite doce e enjoado

Hoje você sentou do meu lado mesmo estando tão longe.

Hoje eu olhei pra moça e estranhei como ela tinha roubado teu cheiro, mas logo depois sorri.

Hoje eu traguei teu cheiro em meio ao busão lotado, e só me fez entender que não importa os fatores e adversidades,

O vento, o tempo, as ruas, o pontos de encontro, os lugares, o por do sol que não se esconde mais entre teus cabelos todas as coisas sempre farão questão de me lembrar de você.

Hoje eu percebi tudo tá cheio de você nas coisas que faço e nas que não faço mais.

A cadeira sozinha do meu lado também.

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Eu nasci para viver sozinho. Por muitas vezes eu quis negar esse fato para mim mesmo por achar isso cruel ou coitadismo de minha parte mas basicamente é isso, viver e morrer sozinho.

Eu acredito que em cada árvore da vida de uma família existe todos os gêneros sexuais e todos os tipos de pessoas do bonito ao feio, do rico ao pobre, do que tem tudo isso e do que não pode se deleitar com nada, eu não faço parte de nenhum padrão formalizado, porém, não está no padrão é ter um padrão, sempre à um cartucho sem pólvora.

Não é por tentativas de buscar sobre o amor e o que ele causa, eu já ò sentir na mais pura intensidade que um corpo e que uma alma pode sentir, ja amei por mil pessoas e fui amado pela intensidade de duas mil, mas o fardo do destino é sempre o mesmo, estar sozinho. Eu acreditava ser uma passagem para o amor de verdade das pessoas até que por fim num toque doloroso de realidade olhar e ver quê, o amor da sua vida pode estar em milhares de pessoas então no meu ponto de vista, eu era sempre a passagem e outras pessoas o fim, sendo que diferente de mim as pessoas seguem e só, o que é completamente normal.

O normal sempre foi estranho para mim, não como se eu fosse ""diferente"" no quesito de ser melhor que alguém em algo, apenas diferente no sentido fixo da palavra, de todas as vezes que tive um amor, amei ou me apaixonei eu percebi o quão bom aquilo era por que amor é mesmo como entrar nas águas da imortalidade, você sente um prazer simples e exitante ao amar e sentir que pode tudo, ao lado que quem está,

'nasci para morrer sozinho' parece um pouco rispido e da a sensação que em toda vida não poderia vivênciar nenhum prazer do amor ao carnal, mas pode, e da... O que acaba sendo pior, é como aproveitar um teste demo de algo que você nunca poderá ter de fato, por completo.

Amar é extasiante, saber que tudo aquilo vai ter fim logo no começo por algo que vai fazer é o que dói. E dói tanto que por muitas vezes voce se priva do sentimento por saber que mesmo que verdadeiro, vai acabar, por que sempre acaba mesmo que bem, o destino já te lançou a maldição antes mesmo de nascer é como um grito do universo; SE CONTENTE COM O TEMPORÁRIO OU MORRA COM O VAZIO QUE À EM TI. Você até tenta mudar no início, entretanto algumas páginas não podem ser rescritas.

E pensar que já vivi tantos amores nas coisas que escrevo, e de pensar do que eu pensei poderia ser algo que EU poderia ter, mas não é bem assim, a muito tempo eu já ouvi outro grito do destino e ele me falava "escreva sobre amores que nunca poderar ter, prose sobre romances perfeitos que nem sequer existiram, coloque tudo que sente no papel, mas nunca sairá dele, não por completo, você pode ser completo, mas não no amar".

Eu nunca vou saber quando e como a escolha de papéis é dada a cada um como sorteiam o pedaço do teu sentir como pequenas micro moléculas no mundo, mas no final somos feitos de átomos apenas, e para o universo sou apenas, nada. Porquê sentir então? Não sei. Gostaria de ter o poder de mudar esse único parágrafo da minha história e ser interessante somente ao ponto das pessoas não me esquecerem, por que lembro de todas as pessoas que passaram na minha vida e hoje em dia quase ninguém nem sequer lembra quem sou, se todos partiram sem lembranças alguma eu acaba sendo o que mais me dá medo de ser, um ser esquecido no porão de casa depois de ter sido usado denais. Desgastado. E mesmo eu nesse infinito universo ser gostaria de ter uma lembrança minha em teu ser.

Nada se vê como nada se pode quando tudo te deixa.

Eu vou morrer sozinho,

só

d'

amor...

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Mar, ondas e gigantes com a bundinha pra fora.

Desde que conheci o mar pela primeira vez, fiquei apaixonado por ele, a forma das ondas se chocando uma com as outras, os barcos navegando como pequenos brinquedos ao meio a imensidão das águas, os pássaros voando entre o infinito, mas sempre com um propósito; casa. Talvez para eles o mar seja casa mas se acolhem na morada, das árvores, nos picos das pequenas ilhas que estão nas bacias hidrográfica, as vezes me pergunto se as ilhas não são gigantes adormecidos em seu sono sagrado após construírem o mundo, depois de esculpirem as montanhas e encherem os oceanos com vida, onde depositaram seus tesouros na mais profunda das águas para que não soubéssemos da sua existência, as vezes eu penso demais acho ate que alguns deles deixaram só a bunda de fora para pegar um ventinho,

O mar me salva toda vez que enfrento ele, não tiro sua razão das grandes ondas, da sua mudança de humor com as navegações e suas batidas nos cascos, nadar é preciso. Mas esperar também.

gosto do vento salgado litoral que me traz mais frio que dias de chuva, gosto da simplicidade que o vento toca meu rosto e a força que ele exerce para seguir em frente, as vezes eu queria ser persistente como o vento, ou forte como o mar, as vezes só queria ser como os pássaros que no final do dia encontram seu lar ao lado dos seus iguais, as vezes, queria ser todos de uma vez e suportar o fundo oceânico que a dentro de mim, me falta o ar sabe, eu não vejo luz daqui debaixo, a tanto aqui mas em volta, não a nada.

Estou sem ar esperando ser achado como os tesouros dos antigos gigantes mas tenho medo mesmo é de dormir como eles, sem ter pelo menos ter consertado o mundo dentro de mim.

O oceano é um espaço sideral dentro de um planeta.

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Eu olhei para meu corpo e sorri. Eu me vi despido e sorri. Eu olhei em volta e me vi, em nada. Eu procurei minha ajuda e não vi. Eu parei a busca e me perdi. Procurei por ti mas nem sei quem és. Eu não sei quem  sou, só que me conheço e eu choro por isso. Eu me vejo mas não me olho mais, eu me beijo só que não sinto mais, o que nunca senti. Apropriação, idealização, aceitação. Escala do ser ao ser amado, entre me amar e aceitar, me rejeito aos dois fatos. Palavras chaves hoje em dia me soam mais poesia do que o modo descritivo e por motivos de cada dia mais me rejeitar, e tudo que amo se dissipa de forma tão abrangente que me traz medo, me recolhe a concha em meio ao mar onde me encontro, S     U           F                O                     C                         A                    D              O Com meu próprio eu. Castelos me trazem o ar e eu me vejo nas muralhas, preso a elas, eu vejo o belo ou quero acreditar nele, viso as janelas no auto das torres e me vejo nelas mas eu nunca estou, todos os dias empilho mais tijolos na muralha para que consiga alcançar o topo do castelo onde possa olhar para o Rio que o cerca e ver, olhar  meu eu nas límpidas aguas, dessa vez, com amor.  

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Ontem eu sonhei que era levado por anjos seus eram  tão bonitos que não conseguia ver claramente seus rostos, eles estavam levando minha alma para fora do corpo e eu senti, olhei para trás e me vi lá embaixo no colchão, antes de sair desse plano astral, eles me seguravam pelos braços e mãos já estava tão alto que tudo virou vazio, era uma escuridão onde eu conseguia enxergar, e do topo fui jogado de volta ao corpo sem conseguir entender nada, mas mesmo com a rejeição, a queda, eu senti paz.                                              Voltei a dormir e um pouco mais tarde escutei uma voz grave e amedrontadora fiquei apavorado, no sonho eu abri os olhos e demônios estavam a me avaliar acima de mim como em um conselho olhei para eles em por alguns segundos e tentei me manter firme, eles me olhavam com tanto desprezo e repulsa  ao do que estava no meio disse-me gritando que não era digno e não servia para lá tambem e do uma forma automática eu rezei e tudo sumiu.                                                                                     fui levado e rejeitado por anjos e julgado por demônios e em nenhum o que era necessário, o meu jeito aversso me separa de tudo.

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Eu sei.

Eu sei que é dificil gostar de alguém como eu, é difícil amar, difícil ver, difícil de se manter em qualquer tipo de coisa comigo, eu já percebi a muito tempo que é um trabalho a mais ser qualquer coisa minha, desde amigo a amor. E eu não posso dizer que valha a pena, eu não posso dizer que nada comigo valha a pena nenhuma amizade vale o esforço de ter que bater tanta cabeça com alguém como eu é difícil até de se lidar já que não mostro nada, não digo nada, não interajo com nada. Eu sei que muita gente já tentou mas todos viram que realmente, não vale a pena, sou somente isso e não sei mudar por que aquilo de se aprender muito em casa infelizmente é verdade. Meus pais nunca tiveram amigos para sair no fim de semana, nunca tiveram um colega pra conversar e o motivo? Eu não faço a mínima ideia. Só sei que com isso eu nunca vi muitas interações sociais, meus pais mau saiam quando eu morava com eles, e até hoje eles mal saem eu lembro todas as vezes que eles saíram pra se divertir e foram poucas, muito, muito poucas da pra se contar em dois dedos. Mas eu não posso culpar minha casa por isso afinal, eu saí de lá bem cedo. Todos os dias eu acordo com a intenção de melhorar o que sou, só que é tão difícil se desligar de algo que se entrelaçou até nos seus próprios nervos, se instalou na minha medula óssea e me perfura de dentro pra fora, mas eu ainda penso em mudar, só não sei fazer isso sozinho, já estive tanto tempo só. Já se tornou tão normal está como estou que nao sei por onde começar, eu tenho tanto medo de entrar por não querer ser como eles, por querer ser melhor, eu não tenho muitas referências, e as que tenho não são boas. Meu medo é ser igual. de nunca estar pronto. meu medo é ser como "homem". Mesmo sabendo que não vou ser igual aos demais, me martírizo sem saber o porque, eu sei.

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Relacionamentos

Eu sempre escrevi sobre amores, paixões de semanas, sexos de uma noite, mas eu nunca abordei sobre relacionamento. Por quê de anos para cá eu nunca tive coragem de estar em um. Por nunca saber fazer parte de algo que supostamente deve ter o suporte de dois inteiros  antes de se tornarem um, dois completos em um só como cordas que se entrelaçam para forma um nó, tenho medo de ser a ponta frouxa do nó e me desamarrar aos poucos levando tudo que estava preso ao elo caia e se quebre. E ser a somente corda é mais fácil sabe, voce esta lá pode dar nó em si próprio sem o medo de desatar de outra corda, sem o medo de ser um nó cego que vai sufocar e ter que ser cortado para poder te tirarem de la ... voce mantem a neutralidade e não precisa saber como seria “e se” quantas possibilidades o “e se” teria e quantas estragariam tudo, eu sou muito pessimista, eu sei. Isso sempre fez parte de mim, evitar tantos sentimentos que as vezes me magoa saber que o primeiro passo é o mais complicado, e a primeira tentativa me fudeu. Não vivo no passado, so que ele vive no presente. Já conheci algumas pessoas que me despertaram a vontade de ser algo além em junção a elas, o nó me estagna e eu fico aqui. As vezes penso que nunca vou conseguir estar em algo grande como o amor, escrevo sobre ele para mascarar meu medo do mesmo, levo tão a serio o pensamento de estar para alguém que acabo não estando nem ai para mim. Estou em um nó cego comigo mesmo. E se eu conseguir sair? E se não? E se. Se so meu afeto nunca bastar e sempre ter de haver um nome para o que sentimos? Dizem que sentimentos são indescritíveis então porque sempre acham necessário dá nome aos nó(s). relacionamentos são mesmo complicados.  

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Eu não devia estar pensando em você. Eu disse pra mim mesmo essa manhã "não pense nela. você pode até falar dela, cita-la, mas não pense nela de verdade" só que não rolou muito bem porque aqui estou eu não fazendo nada além de pensar em você porque pensar em você me causa um efeito que eu to tentando a um bom tempo entender: eu estou mal porque não estamos juntos mas você não me causa DOR. você percebe? existe uma diferença. eu te quero. eu te quero o tempo todo, so que é  mas eu não sinto nenhuma violência não estarmos juntos. eu te quero e eu sinto saudade todos os segundos. mas cara eu fico rindo e pensando: eu estou bebendo aqui essa cerveja e rindo e me metendo na vida do meu amigo e eu queria que a gente fosse um casal mas não ser o algo MAIS me irrita muito e chateia, mas não tira meu significado porque eu ainda sou eu sem você, so que com voce eu sou eu tambem, e isso é raro entende ?. e acho que é esse o buraco entre nós e o amor. eu não me tornei uma coisa nossa nem aceitaria me tornar porque eu só estava apaixonado por você, entende? porque se não entendeu tudo bem quer dizer não faz sentido você se esforçar pra saber de verdade o que to sentindo e porra é muito muito chato mas é só a vida e a forma como as pessoas discordam. porque se a gente não se beija mais e  não conversa coisas bobas é só porque a gente discorda. e é fundamental isso mesmo triste porque é sobre o que somos como pessoas. então eu meio que aceito mas detesto. eu detesto com todas as minhas forças porque cê é linda e eu sou ? Mas a gente junto é sinistro de bom...

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Manter.

Eu quero pegar sua mão e te mostrar um lugar novo e inexplorado: a vida da gente juntos. Quero te levar comigo no peito, na cabeça e na alma. Te dizer tudo o que guardei por tanto tempo... Palavras que murcharam quando as flores da estação não foram regadas o suficiente e, especialmente, quando não viram muito sol. Eu ainda não te conhecia. Você ainda não me via. O caminho em que a gente ia, tinha tudo pra não se cruzar, apesar de sermos bem parecidos. Mas isso não quis dizer que o universo não lembraria de nós. Que não colocaria as nossas personalidades em uma pista com duas vias e faria um olhar para o outro pelo retrovisor e acenar com a mão. Não significa, porém, que eu quero que você mude bruscamente de lado na pista e passe a seguir o meu caminho somente. E é por isso que rezo para que a gente encontre um ponto comum de onde partir para sabermos onde vamos querer chegar.

Até lá, deixa eu ficar perto para que a gente possa se ajudar, para que eu consiga continuar me sentindo bem, enquanto o calor da sua mão na minha me diz que tudo pode passar?

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A melancolia da Estrela

Cansou do peso do espaço sobre as costas e cabelos; queria brilhar distante de tudo e só pra si. Como eu explico que preciso de seu meigo clarão durante meus dias de vida? Reconhecer esta necessidade, esta ânsia de ti e só de ti, transmite-me uma paz que só sua própria luminescência seria capaz de causar. Luz, luz, luz! Luz meiga, forte, jovial e inteligente, que nem sabe da própria claridade.

Desejo guardá-la em meu quarto solitário, distante de tudo e de todos. Sei que a vida pesa, mas como é a vida de uma estrela longínqua? queria eu fazer parte dela. Essa moça, sei disso, clareia não só o frio breu do espaço, mas também o ermo peito deste poeta fraco e desmiolado. O que evocas em mim, que sou falho, tem gosto de vida. Imagino o que faz com aqueles que podem te tocar ou beijar.

Se há ainda alguma doçura em meus dias, é tão-somente por este teu sorriso, que me cega, mas que também extingue em mim as trevas companheiras de uma solidão que me fora imposta pela poesia. Poesia essa agora que te escrevo com a bondade e sinceridade de um coração que escorrega pelos meus dedos, querendo o fôlego da palavra tua, a salvação de tua presença.

A estrela é a poesia mais alegre que chegará aos meus sentidos e pele. Ah, todos os meus arrepios são dela. Tua voz jovial e fervorosa é canção. Cantas de longe teu dia-a-dia para mim, que te amo um amor de olhos e palavras, e as uso para acalentar em ti o vazio que o mundo nos faz enfrentar e sentir impiedosamente.

Não é deste mundo, doce amiga. Não há mundo para ti nesta realidade. Os planetas desse sistema não são nada para ti, nem lar, nem porto-seguro. Mereces o novo, o êxtase estelar; mereces toda a alegria cósmica. Queria por uma candeia de astros em teu quarto. Quem sabes assim não te incomodaria menos a balbúrdia da humanidade em tua janela.

Quais braços tu deseja? Quantos girassóis existem em teus seios? Incontáveis, eu suponho. Eu te adoro por jamais ter desistido deste poeta morto em versos. Uma ínfima luz de tua esperança…nem isto eu merecia. E ainda assim, te tenho para sustentar minhas noites de solidão.

Agradeço, como um personagem bobo de um livro infanto-juvenil, a companhia quase-milagrosa e incessante que tu me dá. E como dói saber de teu sofrer distante…dói-me a impotência diante das tuas lágrimas miradas ao sol que se vai no horizonte.

Tão leve é tua força; tão vigorosa é tua delicadeza. Desejaria eu pegar em tua mãos e caminhar livremente pelos campos das flores que tu ama, mesmo que isso ateie em mim um fogo inextinguível.

Se os astros e cometas e meteoros e todos os corpos celestes se desembestassem a escrever poemas, eles teriam tua face, teu olhar, teu corpo. Tu seria o sonho de uma galáxia que deseja o batimento cardíaco. Gostaria de sussurrar ao pé do teu ouvido: “Menina, você é um poema estelar”. Quero uma vida mais infinita que o universo sob os teus olhos.

Amada estrela minha, tens ânimo e alma para vencer essa tristura. Não temas, estou não contigo, mas em ti, no vento que acaricia teus cabelos e nos pensamentos que ruborizam tuas bochechas. Na estrela que amas, na lua que contemplas. No sol que fortalece tua pele.

A moça que você é, Estrela, é maior que toda a melancolia.

Meu desejo de te ver brilhando e amando é mais implacável que o sol.

A certeza de meu amor por ti é tão expansivo quando o Universo que amas.

Pararei nunca, jamais, never, de amar-te.

Mesmo em distância maldosa. Prometo-te meu ombro.

Desejo tudo de ti. A alma e o corpo.

Mas se me dá somente a amizade, rejubilo por tal felicidade.

Espero uma dia tocar-te, ao menos, e ver-te com esses olhos desatentos.

Fostes em mim um sorriso entre um pântano de tristeza.

És ainda a excitação de meus poemas.

Serás a maior estrela que já viram os dias, os astros e os astrônomos.

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Breu

Não a nada de novo na noite, foi a canção que me fez pensar muito sobre meus dias, e vejo como vejo cada momento de cada um deles, e eu vejo que meus dias estão vazios. Por mais preenchimentos que eu coloque neles, tudo parece ser tão passageiro, e talvez devesse ser assim, mas talvez não. Eu sinceramente não sei.

A luz que ilumina meus dias é a mesma que me faz apagar da realidade.

É como se o Sol não brilhasse mais a muito tempo, e a faísca que ele joga em nós é somente um aviso para nos lembrar que ainda residi a luz dentro dele. Só que, estar vivo é bem diferente de viver.

E mesmo com esse pensamento em mim eu nunca vivi, irônico não? É como se eu tivesse a maioria das respostas, mas mesmo assim fosse a fundo para ter a certeza de algo do certo. Pois odeio o duvidoso, odeio que duvidem e eu que duvide.

E com a noite, incertezas, tantas dúvidas que nós colocamos no pedestal por tantos erros, que algumas vezes nem são nossos, mas mesmo assim sentimos na pele o fardo de ser nos os mesmos para nós.

[uaate]

Você trouxe o ar que eu já não respirava mais, a desistência era a única saída para a vida que já não tinha seu sentido.

E você trouxe contigo tudo que eu poderia sentir,

O Amor.

E com ele toda a bagagem, a dor, insegurança, saudade, Paixão.

Mas não leve a mal minhas palavras pois sinto todas de uma forma, boa.

Dor, mas de barriga de tanto sorrir do seu modo de falar exaltada.

Insegurança por não me sentir seguro comigo mesmo, mas seguro por ter sua mão junto a minha. Me sinto seguro com você, sabia?

Saudades de tudo que ainda não aconteceu, e saudades do seu semblante ao ver as estrelas estão em guerra por conta de você, clamam pelo brilho do seu olhar.

E paixão por saber que você me fascina e de alguma forma lhe chamo a atenção, descubra uma parte de mim a cada dia, posso lhe garantir que sua sede nunca será saciada, caminhe até mim, meu amor.

[uaate]

Você me traz de volta a vida a cada vez que ouço sua voz, esboço um sorriso que chega de canto em canto, e eu caio nesse encanto de me apaixonar por você, todas as vezes que penso em você.

Vinicius de Moraes já dizia; (que um dia posso te recitar se quiser) “Amo-te afim, de um calmo amor prestante E te amo além, presente na saudade Amo-te, enfim, com grande liberdade Dentro da eternidade e a cada instante.”

E te sinto assim, não nas mesmas palavras que ele, te sinto além do que eu não posso ver, além do sentido, razões ou fronteiras,

te sinto por completo, o complemento do que faltava em mim.

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Vermelho morango

Me fiz escarlate e em tuas mãos e você me segurou com tanta força que aprendi a me sentir de pé, fui rasteiro por tempos, e você me fez brotar, me senti alto como as arvores, e elas eram o céu para mim, agora olha só você, se tornou meu céu, que abrange todas minhas folhas, que me cobre de amor.

Esse amor tão verdadeiro entre seus tons de vermelho que nos queima por inteiro. 

Teu corpo pulsa o mesmo sangue que trago comigo.

Nosso amor de cor primária. Dizem que é impossível ter tom vermelho tão verdadeiro quanto o próprio e nós somos esse vermelho, único. 

Se não tivéssemos nos encontrado nesse vermelho vigoroso misturaria o amarelo dos girassóis e o laranja do amanhecer a procura de alguém como você para poder apreciar o carmesim dos teus olhos.

Um dia cada um de nós foi átomo que viajou dentre a poeira cósmica do tempo e tenho certeza que estamos ligados desde então.

Somos a encarnação do viver, e espero que a cada anoitecer estejamos juntos, para assim saber, 

Que não é o dia, não são as palavras nem o mundo lá fora que queima, mas sim nós.

Somos a essência do que conhecemos por amor.

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Intermédio

Todos as pessoas que passaram por minha vida seguem, como se deve ser, só uma página a mais. Outras nem isso, mas eu não. Fico em um ponto de inércia sem começo nem fim. Costumo sentir a dor de cada decepção e de cada vez que vi alguém partir, e elas prometeram ficar. Aprendo muito a cada vez que “erro” só que, do aprendizado ficam marcas, e elas doem. A dois anos atrás muita coisa aconteceu, e para mim não se parece ter dois anos, muitas pessoas se foram, ela se foi. E sabe eu nunca esperaria nada além do que já havia dito no começo. “Sou meio, ninguém fica. sou só uma ponte que passam para a felicidade” . Nenhum ousou olhar para trás, mas lá estava eu em um chamado de socorro, uma cara de “fica não me deixe só, todos fazem isso...” E eu segui caminhando os mesmos trilhos psicológicos a cada ano, vendo pessoas chegando, e indo, mas nunca voltando. Me acostumei tanto que dores, esperanças, medos que estavam no presente já nem me causavam qualquer sentimento. Me senti por dois anos como uma caixa que já estava vazia, que um dia foi cheia. E o receio aumentou, cheguei a duvidar da própria existência por vezes, dos meus pensamentos, de meus sentimentos. Como se quisesse apagar qualquer vestígio de algo novo, que me fizesse sentir, pois já sabia o resultado.

Escondi de mim mesmo por um grande tempo, mas a cada olhar era como uma carga elétrica, um feixe de luz na escuridão absoluta, mas logo se dissipava pelos pensamentos negativos, eles me ajudaram (?). Mas como tudo que você esconde um dia vem à tona, esse sentimento acabou aparecendo, como um erro total. Erro por sentir, erro por não tentar, erro por estar certo. A verdade sempre vem a tona, já foi tarde demais, o tempo se esgotou. E foi como se cada feixe de luz que aparecia, cada vez que a olhava fosse como a “hora certa” e eu as desperdicei. Me pergunto se ainda sou ponte, mas me vejo em outra rota agora, sinto pelo agora, não pelo passado. Já não sei se é bom ou ruim essa nova etapa. Mas sei que dói. Dói pela incerteza de porquês que ainda ficam em minha mente, mesmo já sabendo a resposta, Uma procura pela certeza absoluta. Inalcançável. Porque mesmo depois de tudo que senti toda vez é algo novo. Por mais parecido que seja tudo é diferente. E eu sou só uma criança perdida em um labirinto de sentimentos. E isso me causa medo. Nunca sai de onde parei, mas nunca estive no começo de algo que já teve seu fim sem mesmo tentar.

[uaate]

Efêmero. Breve, você se foi Em uma fugaz escapatória, Do que procurava. Em nós? E o que te foi passageiro, Sinceramente, meu bem, Eu passaria o resto de todos meus janeiros. Temporário, assim você tornou  Tudo que para mim era, O antônimo de suas palavras. Mas não à culpo por sua intensidade  Nos dias de hoje qualquer “amor” É de verdade. Mas o que à em ti, faltava neles A necessidade de saber o que passava  Dentro de meu peito, perdido em silencio.  Me vi em algo tão novo que, fui de olhos fechados A encontro desse novo sentir  E o que deveria ser normal para ti, era o que precisava pra mim.  Fez dos meus melhores momentos uma extensão a tua alma, Das minhas piores lembranças, aprendizados, E de meu corpo efêmero a gloria imorredoura.