todoschorando
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todoschorando · 15 days ago
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Exu proveu Uma cortina dourada feita de sol e nuvem Me tornar um fantasma Assombrar quem me mantem assombrada
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todoschorando · 15 days ago
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[12:29, 15/10/2024] Apostei na noite [12:29, 15/10/2024] Bombas no seu rosto [12:29, 15/10/2024] Olho no espelho
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todoschorando · 2 months ago
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youtube
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todoschorando · 2 months ago
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um pássaro ferido cuidando das minhas mãos brando, quentinho brasa suave como se afagasse meu coração
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todoschorando · 2 months ago
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Seu rosto, um porto-seguro, um sofá
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todoschorando · 2 months ago
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Pessoas e suas variáveis desconhecidas
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todoschorando · 2 months ago
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O glamour inicial do cemitério
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todoschorando · 2 months ago
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Sempre sozinha no brilho da piscina cigarrinho aceso saiu sem ninguém ver foi comer seu pratinho em outra cidade mototáxi serra de pacatuba destroços desaparecidos bairro da pavuna
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todoschorando · 2 months ago
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cristais finos lua cheia começo de mundo noite de núpcias
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todoschorando · 2 months ago
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fantasma
milésimo poema desde que você partiu sigo escrevendo você pra mim continua inteiro apesar das mil tretas mesmo distante não apenas como mas tendo mais substância do que meu pé, essa mesa
a lembrança do seu rosto tem a textura de um martelo na ponta dos meus dedos
(pilha de cristais tremulando no vento)
um espectro de vento no varal noite a dentro, silvando gemendo uma pedra atirada nos lençóis atravessa o espaço e despenca enquanto o fantasma flutua invencível como se fosse feito de concreto chapiscando meus olhos inerte presença
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todoschorando · 2 months ago
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"Eu a ouço perto de ti: esses astros da manhã Que semeiam seus lírios pelos caminhos da aurora, Saturno, envolto em seu anel distante, Vênus, que sob seus passos as sombras fazem florescer, (...) E por que a harmonia desses globos de chama Não pode impor suas leis encantadoras, Quando podes, a teu bel-prazer, com o acorde da tua voz, Abrandar ou acelerar os movimentos da alma?" A Voz Humana, de Alphonse de Lamartine
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todoschorando · 2 months ago
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descendo a montanha de um novo, inesperado rosto
danço devagar tentando não faz barulho uma música muito antiga embala o meu e o seu quadril ligeiramente fora do ritmo
súbito mergulho do seu no meu rosto me encosto na sua nuca tudo que é meu escorre pela encosta sua espátula, meu mundo como um carneiro subindo uma montanha astutamente impossível
pedregulho por pedregulho chego à pedra mais importante roço a flor da bochecha no quente avermelhado do seu rosto minha cabeça súbita no penhasco tal qual uma árvore em um barranco telha de casa em uma tempestade tremulando
o sangue sem peso nas têmporas como se a queda fosse a única forma possível de descanso
despenco o meu no seu corpo
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todoschorando · 4 months ago
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siri hoje mora em alturas maiores
onde os pássaros são todos gordos
muito longe de onde caiu um dia
hoje olha por nós e sorri
tragando uma nuvem
tão tranquila quanto a morte
pode pensar nos problemas de quem vive
profere palavras que não sabia antes
como se transformasse o vento
que sopra, a vela que eu esqueci acesa
antes de horror
antes da vida
ela caminha entre nós quase sem achar gravar
causa mal nenhum aos inimigos
senão pequenos acidentes
equívocos l
chão escorregando casualidades
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todoschorando · 4 months ago
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diante de uma tela de computador
ela deitada na beirada
meia perna para fora da janela
e de repente
uma visita inesperada:
entra no prédio uma música!
de onde veio ninguém viu
nem sabe para quem se destina
só sei que zumbe pelo apartamento feito vespa ferozmente perdida
as estrelas de longe espiam
enquanto a música entra em outra janela
e a história continua
agora um pouco mais distante
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todoschorando · 4 months ago
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fogo fogo
e espumas que se formam na crista das ondas,
correntes profundas
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todoschorando · 5 months ago
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um par de luvas perdido no chão do estacionamento dentro dele um banquete de formigas: restos de bolo, uma festa
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todoschorando · 5 months ago
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insta
uma cachoeira
de namorados
no dia dos namorados
(feito uma paisagem natural
olho as janelas
não sei se sou olhado por elas)
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