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Mulheres em cena

A palavra representatividade tem conquistado a boca de muita gente. Algo tão importante para a desconstrução de diversos estereótipos, por muito tempo, foi deixado de lado. Ao longo de décadas; mulheres, gays e tantos outros públicos, considerados minorias, foram representados através de filmes e séries de maneira estereotipada e na maioria delas, não condizentes com a realidade. Entretanto, atualmente temos uma grande variedade de séries que apresentam mulheres que servem de inspiração e podem sim unir o entretenimento e a desconstrução do gênero como conhecemos. Para auxiliar na busca por títulos que tragam mulheres inspiradoras, preparamos uma lista com cinco séries que você precisa conhecer. E o melhor: todas disponíveis na Netflix! Então é só conferir a lista e já preparar o seu controle!

Las Chicas Del Cablre

A primeira série espanhola da Netflix, retrata o dia a dia de quatro jovens em uma empresa de comunicação. A serie se passa nos anos 1920 ; periodo em que marca o inicio do movimento sufragista e projetos de lei para as mulheres.

Good Girls 

Três mulheres cansadas de suas dificuldades financeiras, decidem unir-se para realizar um assalto à um supermercado. A comédia trás uma nova leitura as tramas voltadas ao universo masculino dos anti-heróis.

Dear White People

Baseada no filme de Justin Simien; a série retrata diferentes questões em relação à negritude. Protagonizada pela atriz Logan Browning; a personagem Samantha White, é uma ativista feminista que luta contra o sistema machista e racista de uma universidade.

Chewing Gum

A série de comedia britânica, lançada em outubro de 2015; acompanha a vida de Tracy, interpretada pela atriz Michaela Coel; criadora da série.

 A personagem, de família religiosa, enfrenta os desafios em busca da descoberta de quem ela realmente é com uma dose inteligente e assertiva de humor.

Vikings

A história de Ragnar Lothbrok, um guerreiro nórdico é retratada na série Viking. Apesar do foco nas primeiras temporadas cercar a vida do guerreiro; a personagem Lagertha (Katheryn Winnick), ganha destaque no decorrer da série. Lagerhta é uma mulher forte e destemida, que luta em busca do que acredita. Além de ser uma personagem explorada de maneira inteligente e que merece o destaque que conquistou.

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Reggaeton: O novo pop

Segundo um levantamento divulgado pela empresa de streaming Spotity em setembro de 2017, o reggaeton apresentou um crescimento de 119%, entre o segundo trimestre de 2014 e segundo trimestre de 2017, dentre as reproduções. A música pop cresceu apenas 13% no mesmo período. Com uma batida envolvente e extremamente viciante, os artistas latinos têm conquistado fãs ao redor do mundo. E no Brasil não seria diferente. Atualmente alguns artistas brasileiros tem se rendido ao estilo e colocado um pouco destas fontes em seus trabalhos. Luísa Sonza, que vem conquistando espaço na cena pop nacional, já lançou seu hit com forte influência do reggaeton. A música ‘Devagarinho’, lançada em julho de 2018, já possui mais de 54 milhões de visualizações no youtube.

Apesar dos números expressivos, o ritmo não possui muitas representantes femininas.Preparei uma lista para você se render ao estilo e conheça o trabalho de mulheres que fazem a diferença neste universo antes masculino.

Becky G

Leslie Grace

Karol G

Natti Natasha

Sophia Reyes

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Eu quero mais!

Nos últimos anos a cena pop tem ganhado força no mercado nacional. Artistas brasileiras tem encontrado a linha correta para conduzir um gênero já consolidado no exterior, incorporando doses extras de brasilidades. Este é o caso de Lorena Simpson. A cantora de 30 anos nasceu em Manaus e iniciou sua carreira em 2006 como coreografa e bailarina de Kelly Key. Em 2009, lançou seu primeiro Single "Brand New Day”  e posteriormente “Can’t Stop Loving You”. Durante sua carreira fez shows por todo território nacional. Abriu o show do cantor Florida, em sua passagem pelo Brasil em 2012. Além de levar sua turnê ‘Dreams Tour’ por países como México e Panamá. Agora a cantora retorna aos palcos após um hiato de quatro anos com o single ‘Eu quero mais’. 

Convidei Lorena Simpson para um bate papo sobre esta nova fase.

Como foi o processo de criação da música “Eu quero mais”? Muito legal! Eu já tinha ideias do que queria abordar na letra da música e sabia que era algo sobre se libertar, amo esses assuntos! Em um dia de estúdio vi o instrumental musical surgir e no mesmo dia escrevemos a letra!

Qual motivação para lançar um projeto em português, após vários singles em inglês?

Minha maior motivação foram os pedidos dos fãs e também as possibilidades do mercado pop atual no nosso país.

Como funciona o processo criativo dos seus trabalhos? Os singles decidimos com os empresários e os produtores musicais, já os conceitos de clipe e shows eu trabalho com minha equipe criativa e depois do conceito definido, cada profissional começa a executar a produção da sua determinada área.

De todos os seus trabalhos, qual você considera mais importante para a formação da sua imagem? Difícil selecionar um só, pois acredito que cada trabalho é um degrau da escada que venho construindo! 

Em sua opinião, qual música desta nova fase do pop nacional pode ser considerada a mais importante? Também bem difícil selecionar uma musica só! Nosso cenário musical anda tão diversificado, mas acredito que o trabalho da Anitta, mesmo no funk ainda, abriu inúmeras portas e recentemente o trabalho da Iza com “Pesadão” abriu mais possibilidades nas composições.

Você acredita que o mercado nacional atual recebe com bons olhos a cena pop? Acredito que a maior forca musical do nosso cenário atual brasileiro é a cena pop. Durante muitos anos você atuou como bailarina. Como foi esta transição de bailarina à cantora? Qual motivação? Meus primeiros shows como cantora foram meio confusos pra mim, pois eu ainda confundia minha posição e performance entre a bailarina e a cantora, mas com o tempo fui me adaptando! Acredito que minha maior motivação foi ter a oportunidade de usar não só uma das minhas artes, mas duas em uma! 

Como um nome importante para a cena pop nacional: como você enxerga a importância das parcerias na cena? Acho incrível! Pouco tempo atrás as parcerias eram bem difíceis de acontecer e de uns tempos pra cá elas aumentaram demais e acho sensacional a mistura de ritmos e as possibilidades dos artistas em poder ousar em cantar um estilo diferente! 

Pretende lançar parcerias para esta nova fase? Qual artista você gostaria de desenvolver um trabalho? Adoraria! Adoraria trabalhar com a Pabllo Vittar pela energia que sinto em suas performances.  

Você possui uma forte ligação com o público LGBT. Atualmente, as discussões em torno do feminismo tem se intensificado. Para você qual importância em se discutir estas questões? Todas essas questões são super necessárias de falarmos! O feminismo ainda é rodeado de preconceitos e muita falta de informação, então quanto mais falarmos sobre, mais dúvidas vamos esclarecer e menos fantasioso fica o assunto!

Você se considera feminista? Se sim, como descobriu o feminismo? Na verdade foram pequenas descobertas que me levaram a essa conclusão! Eu enxergo as pessoas apenas como pessoas e não divido entre homem  ou mulher ; o padrão até existe, mas não é regra, até porque toda regra tem sua exceção! Ser feminista é ser livre e se sentir poderosa, sem sentir a necessidade de suprir as expectativas alheias, e sim minhas próprias vontades e desejos. Qual a importância do feminismo? De extrema importância para valorização da mulher na sociedade, essa que ainda enxerga a mulher como menos capacitada, menos inteligente, menos tudo. Ainda temos salários menores para as mulheres em determinados empregos, ainda somos vistas como fracas, ou nascidas para cuidar da família sendo que NÃO! Cada mulher nasceu pra ser o que ela quiser ser, inclusive se ela quiser ser apenas uma mãe de família! Indicação de playlist: Quais são as três músicas que a Lorena mais escuta? E quais três clipes que você não cansa de assistir? God Is a Woman - Ariana Grande, o Ep novo dos Gilsons e Fica tudo bem do Silva e Anitta. Amo os novos da Ariana Grande, Azealea Banks - Anna Wintour e Disk me da Pabllo Vittar.

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PARATY, NÃO VOU EMBORA!

Sabe aquele lugar que você conhece e nunca mais sai de seus pensamentos? Assim é Paraty. Um daqueles lugares onde facilmente você encontrará uma criatura a dizer: “Nunca mais quero ir embora!”.

A beleza natural do lugar, te faz um convite intimista para evolução. A cidade histórica, exige um caminhar lento - não só pelos pés de moleque (Como as ruas de pedras são chamadas), mas também, pela beleza das construções coloniais.

Aos amantes de arquitetura, a beleza da cidade alimenta o olhar e a imaginação. A cidade foi fundada em 1667, em torno da igreja “Nossa Senhora dos Remédios", padroeira do local. Os enormes casarões; os símbolos maçônicos que estão espalhados por diversas paredes, nos colocam em um túnel do tempo; é como se você estivesse em um outro período da história.

Durante o século XVIII, Paraty, era um importante porto de onde se escoava os ouros e pedras preciosas oriundas de Minas Gerais com destino à Portugal. Entretanto, com a construção da Estrada Real, a cidade perdeu o valor econômico.

Mesmo após o passar de muitos anos , a riqueza de suas construções ainda podem ser admiradas por todos, graças a preservação do centro histórico ,onde por exemplo, é proibida a circulação por meio de veículos.

Bares e Restaurantes

O centro histórico conta com uma variedade de locais para as refeições diárias ou happy hour. Inclusive, opções para todos os bolsos. Veja algumas opções:

Paraty 33 -  O lugar durante o dia funciona como um restaurante e durante a noite se torna uma balada para embalar os mais animados.

Margarida Café - O menu do Margarida Café conquista todos os gostos. O cardápio contemporâneo, com produtos bem brasileiros e uma pitada da culinária internacional, oferece uma cozinha com as mais saborosas composições gastronômicas. (Descrição retirada do site).

Sabor da Terra - O Sabor da Terra é um restaurante self-service a quilo de alta qualidade eleito o melhor self-service de Paraty. (Descrição retirada do site).

Thai Brasil - Uma única porta, um corredor comprido e colorido abrem para o descontraído salão, decorado pela própria chef. Num jardim interno crescem ervas tailandesas e a cozinha ao vivo perfuma o restaurante.(Descrição retirada do site).

Seja pela gastronomia, arquitetura ou simplesmente, pelas belezas naturais: Paraty deve entrar em sua agenda de viagens.

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Tabus ligados aos relacionamentos não monogâmicos

Os relacionamentos monogâmicos fazem parte de uma construção social. Onde acredita-se que possa ser julgado e definido o que se é correto ou não. 

Trata-se do pensamento romantizado de uma construção projetada de um relacionamento ideal.Nesse programa recebemos a Maryuri Grisales, para uma conversa sobre a construção desta ideia do amor romântico, feminismo e monogamia.

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Fique Atento: Séries que você precisa assistir!

Se você gosta de séries, com toda certeza este post é para você! A cada dia histórias incríveis surgem para nos deixar cada vez mais viciados. Drama, Ficção cientifica, romance... Não importa o gênero, nós amamos todos!

Com uma variedade tão grande de historias, fica difícil selecionar quais títulos serão os queridinhos da vez. E para dificultar (ou facilitar) sua vida, trago a sugestão de alguns títulos para que você acrescente ou inicie sua vida nas maratonas.

Westworld

A série Westworld trata-se de um parque temático do futuro, voltado para diversão de adultos ricos e entediado.  O parque reproduz o Velho Oeste, e é habitado por anfitriões – que na verdade são robôs, controlados pelo diretor executivo do parque, Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins). Neste universo, os novatos, como são chamados os clientes, podem fazer o que quiserem, sem obedecer qualquer tipo de regra. Estes anfitriões acreditam ser humanos. Quando uma nova atualização dá errado, os robôs tomam consciência e decidem arquitetar um plano para tomar rédeas de suas próprias vidas.

A série é uma criação de Jonathan Nolan  e Lisa Joy  Em seu elenco tem nomes como Rodrigo Santoro, James Marsden e Thandie Newton.

Atualmente a série possui apenas 1 temporada e é exibida pelo canal HBO.

Vikings

Ragnar Lothbrok, interpretado brilhantemente pelo ator Travis Fimmel, é o maior guerreiro de sua era. Descendente de Odin, segundo as lendas, é um homem ambicioso, que conquista a liderança da tribo Viking de acordo com suas conquistas em batalhas. A história apresenta as tradições nórdicas e mitologias envolvendo os Deuses nórdicos com riqueza de detalhes.

Atualmente a série possui 5 temporadas, sendo que a Netflix possui 4 temporadas disponíveis.  Alguns dos principais nomes do elenco são: Katheryn Winnick, Alex Høgh Andersen e Gustaf Skarsgård.

Anne with an E

O drama apresenta a história da jovem Anne. A pequena órfã, de treze anos, é enviada para morar com uma senhora e seu irmão, após sofrer maus tratos de sua antiga família. A pequena possui uma imaginação fértil e sonhadora. A série mostra os desafios de Anne para ser aceita por sua nova família e cidade que lhe abrigou. Uma linda história de uma linda garota em busca de seu lugar no mundo.

A série esta em sua 1º temporada e com todos os episódios disponíveis na Netflix.

Dear White People

Ser aluno de uma das mais importantes universidades americanas, por si só, já pode ser considerado um grande desafio. Tensões sociais; pressões acadêmicas, e a chegada da vida adulta, também contribuem para elevar o nível de stress. Mas tudo isso pode ser amplificado caso você seja afrodescendente. Uma série inteligente e divertida. Que deve ser assistida por negros e brancos.

Em sua 1º temporada, a série possui todos os episódios disponíveis na Netflix.

Fique Atento!

Se você é do tipo de pessoa que acompanha varias séries ao mesmo tempo, com certeza sabe a dificuldade que é lembra-se em qual episodio daquela serie você parou. Atualmente, temos uma infinidade de aplicativos que servem como agendas para que você consiga acompanhar suas series sem se perder. Porém, poucos conseguem reunir tudo o que você precisa.

Pensando nisto, vou indicar um aplicativo que uso e tenho certeza que você vai gostar! O Tv Time é um aplicativo te oferece inúmeras funções: Você pode marcar os episódios já assistidos; criar uma lista de séries para acompanhar; participar de comunidades e discussões sobre sua serie predileta, além de ser notificado sobre lançamento de episódios.

Vale a pena conhecer! 

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Páginas de um mesmo livro

Todo inicio de ano é igual: as mesmas inseguranças, os mesmos anseios e a mesma vontade de que tudo dê certo. A repetição da promessa de que faremos o que for possível para que tudo saia como o planejado.

Com a chegado de um novo ano é preciso à chegada de um novo comportamento. As atitudes que no passado não nos trouxeram bons frutos, não devem ser repetidas. As companhias que tanto nos afetaram devem ser deixadas para traz. As decepções devem ser deixadas nas páginas de um livro que foi finalizado.

A mudança é e sempre será um mistério completo; junto a ela o medo chegará. O medo de uma tacada que não fará sentido. O medo de um amor que não será correspondido. O medo de algo que nem se quer existia. O medo de não conquistar aquilo que se almejava.

Se pararmos para pensar: o medo é o que torna nosso novo ano a sequência de um livro ruim. E quando nos damos conta, chegamos ao final sem ter saído do lugar. Sem ter a oportunidade de mostrar tudo aquilo que havíamos guardado e desejava-se revelar.

E onde esta oportunidade estava? Em qual momento a deixei escapar? A resposta é simples! Oportunidades surgem a todo o momento. A cada segundo é uma nova chance de fazer diferente. É preciso despertar para a vida. Entender em qual capítulo de sua história você esta.

Bons livros não são fáceis de serem escritos. Sabe o por quê ? É preciso viver o que se imagina. É preciso buscar respostas em lugares nunca antes explorados. Somente assim a verdadeira mudança chegará.

É claro que este livro será preenchido com paginas dramáticas. Difíceis de ler e viver. Certamente você encontrará uma solução, cavalgando em seu cavalo branco, em sua direção. Lembre-se que a história deste livro depende exclusivamente de você. Viva intensamente cada momento, tendo sempre a certeza que quando chegar a hora, esta história se encerrará com um final feliz.

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O que te define?

Com o aumento de pesquisas e artigos ligados a comunidade LGBT*, precisamos entender os impactos oriundos dos conceitos pré-definidos

Para o start desta discussão, decidi ir a fundo sobre o conceito da palavra estereótipo. Diante de inúmeras afirmações, segue o que mais se aproxima ao que acredito: “Generalizações que as pessoas fazem sobre comportamentos ou características de outros. Estereótipo significa impressão sólida, e pode ser sobre a aparência, roupas, comportamento, cultura etc.” Partindo desta ideia, podemos entender o quanto os estereótipos interferem na evolução de qualquer discussão ligada ao comportamento de um determinado grupo. A comunidade LGBT quase que diariamente se depara com alguns destes conceitos pré-definidos. Algumas vezes ligadas ao senso comum, ou na maioria delas por conceitos maldosos.

Ligar as características pré-definidas de um grupo a um único indivíduo, pode ter consequências inimagináveis em longo prazo. Considerando que qualquer pessoa que não esteja enquadrada no que se espera daquele ser, seja visto como uma “aberração”.

Quando falamos sobre a sexualidade masculina, homens gays especificamente, temos uma chuva de termos que acompanham sua afirmação: Afeminado, fútil, libertino e até mesmo o selo de “amigo gay legal”. Estes termos muitas vezes forçam a ideia de enquadrar-se no que o outro espera, dificultando ainda mais a busca pelo entendimento do que ele realmente é ou de quem deseja ser.

Desde o momento que decidi reafirmar minha sexualidade, e viver com realidade os meus sentimentos, me deparei com inúmeras inconsistências em relação ao que ouvia e via na TV em relação à vida gay. Muitas vezes retratada de forma caricata e superestimada. O que muitas vezes causa certa frustração na busca por aquele ideal.

Em uma era onde todos amam seriados, temos uma abordagem muito interessante em relação a estes perfis na serie Queer as Folk (2000 – 2005); a serie que retrata a vida de cinco amigos gays apresenta ao longo de cinco temporadas uma analise profunda em relação a diversos estereótipos, diariamente reforçados. Temos a imagem do jovem inconsequente, Justin Taylor, interpretado por Randy Harrisson; o gay sexy e preocupado com o corpo, Brian Kinney, interpretado por Gale Harold, o confuso e doce Michael Novotny, interpretado por Hal Sparks e o afeminado Emmett, interpretado pelo Peter Paige. Este tipo de abordagem reforça a imagem onde muitos tentam não se encaixar.

É importante entender que esta imagem tem consequências na vida do homem real, reforçando as diversas nomeações que temos que ouvir diariamente. No livro Este livro é gay, e bi e trans, o autor James Dawson dedica um capitulo inteiro aos problemas relacionados aos estereótipos. “Os estereótipos são um lixo por um motivo muito simples - desumanizam as pessoas e permitem que terríveis preconceitos e formas de discriminação entrem de mansinho. As pessoas intolerantes ADORAM estereótipos. É muito mais fácil odiar um estereótipo sem rosto do que odiar um ser humano.”

Precisamos entender que independente de termos pessoas que compartilham de interesses ou comportamentos semelhantes aos nossos, somos um indivíduo único em constante busca pela descoberta de nosso ser. Por isso é importante buscar diferentes rotas para o autoconhecimento, não se limitando as imposições sociais.

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Homofobia no Brasil

O Brasil vem ganhando destaque no cenário internacional, – por conta do último relatório sobre os assassinatos relacionados a comunidade LGBT.O documento divulgado em 28 de Janeiro do ano passado, pelo Grupo Gay da Bahia ­ (GGB- Principal ONG responsável por pesquisas relacionadas ao tema), aponta, por exemplo, que 50% das mortes envolvendo Transexuais em 2015, foram cometidos em nosso País.

Foram registrados 318 assassinatos em 2015, desse total de vítimas o GGB afirma que: 52% são gays, 37% travestis, 16% lésbicas e 10% bissexuais.

O estado de São Paulo, ainda lidera o ranking dos estados mais perigosos para a população LGBT. O estado registrou 55 assassinatos em 2015. O índice de crimes motivados pela intolerância, em todo território nacional é de 1,57 para cada 1 milhão de habitantes. O relatório foi feito em 187 cidades Brasileiras.

Gustavo Leitte possui apenas 16 anos, e já sofre com os ataques homofóbicos em sua escola. “Não consigo sentir que sou amparado pela escola. Diariamente sou chamado pelos apelidos, e sinto falta de cobranças mais firmes sobre essas pessoas que me xingam.”

No Brasil, os casos de homofobia são registrados como crimes comuns, ou com outras motivações. A necessidade de leis mais consistentes se torna evidente diante destes números alarmantes. “Nosso país é um dos campeões dos crimes de ódio, da lesão corporal motivada pela homofobia, precisamos dos olhos da Lei, para amparar inúmeras vítimas que sofrem com estas ações diariamente. Atualmente, estamos com um impasse em relação a PLC 122, que torna crime todas as ações de cunho homofóbico” diz o advogado Jefferson Zamith, membro do Centro de Direitos Humanos da Universidade São Judas.

COMBATENDO A HOMOFOBIA

Diante dos diversos casos registrados nos últimos anos, o estado de São Paulo, na tentativa de auxiliar a comunidade Gay, inaugurou em 2015 os Centros de Cidadania LGBT. Onde as pessoas conseguem atendimento a vítimas de violência, preconceito e discriminação. Prestação de apoio jurídico, psicológico e de serviço social.

“Um projeto como este é necessário para que as vítimas tenham a coragem de continuar lutando”, diz a Ativista LGBT, Patrícia Torres, 19.Ela acredita que a conscientização da população é a arma mais eficaz no combate da homofobia: “É importante que as punições sejam socioeducativas e medidas financeiras, no caso estabelecimentos que destratem a população LGBT”.

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Black Is Power

Racismo: discriminação social baseada no conceito de existência de diferentes raças humanas, onde uma é superior às outra. Partindo deste conceito, temos ao longo de 388 anos, uma triste mancha na historia deste País: O Período Escravocrata.

Há 128 anos, com o fim desta desonra nacional, ainda vemos fortes indícios de como a população negra ainda sofre com os anos de exclusão. Diariamente nos deparamos com tristes notícias ligadas ao assunto.

Mesmo com uma população fortemente miscigenada, o Brasil recebe o título de um dos países com maior aversão a cultura Africana ao redor do mundo. Diante dos inúmeros casos de intolerância racial, temos o surgimento de uma nova cultura de empoderamento dos grupos negros e Afrodescendentes, a Geração Tombamento.

O termo Tombamento ganhou destaque após o hit da Rapper Brasileira Karol Conká, Tombei lançado como single em 18 de março de 2015. O movimento atua na quebra dos padrões impostos pela sociedade de como se vestir ou portar.

A estudante de Estética, Bruna Castro, 21, aos poucos inicia sua trajetória na militância das causas negras: “Ainda existe um preconceito muito grande com as mulheres negras. Eu mesma estou percebendo olhares que não via antes de assumir meu cabelo. É muito importante termos pessoas negras ocupando cargos de destaque, porque não somos majoritariamente respeitados. Na empresa onde minha amiga trabalha, por exemplo, não aceitam seu cabelo natural. Ela é obrigada a fazer escova, pois na opinião de seus chefes fica mais arrumada”. A luta em busca do respeito às origens tem uma grande importância no desenvolvimento da Autoestima da população Afrodescendente. “Hoje em dia eu me aceito mais. Mas já sofri bastante” diz Bruna.

SE NÃO ESTÁ NO NOSSO LUGAR, ENTÃO NÃO FALE!

Os movimentos negros têm como objetivo combater a discriminação racial de negros nas mais diversas instituições e espaços sociais, como: Escolas, Universidades, Restaurantes, Shoppings, hotéis, hospitais entre outros lugares. Ao longo da historia, estes grupos sofreram diversas modificações.

Um dos mais importantes movimentos é o Movimento Negro Unificado (MNU), fundado em 1978. O movimento surgiu quando passávamos pela Ditadura Militar Brasileira (1964 – 1985). O MNU é um importante agente em diversas conquistas de ações políticas, jurídicas e educacionais voltadas à população negra nas ultimas décadas.

Todos os movimentos podem ser considerados uma forma de organização e mobilização política da sociedade civil centrada em uma identidade étnico-racial, e tem como objetivo a perspectiva da igualdade e da justiça social entre negros e brancos. Porém, cada momento dos movimentos possui suas características, como podemos ver no quadro abaixo:

Os movimentos no final dos anos 1970 e durante os anos 1980 tiveram muitas variáveis. Alguns pontos importantes, como: a política de identidade e reconhecimento dos negros, a inclusão do conhecimento africano e da cultura afro-brasileira no currículo escolar, a ação política e jurídica de criminalização do racismo, e a ação simbólica em volta das datas comemorativas, aconteceram nesta época.

Atualmente, vivemos um ótimo momento para a militância negra, como aponta a ativista Giovanna Souza, de apenas 18 anos “É fundamental que nós jovens, tenhamos a consciência da nossa importância na militância e de outras formas de resistência, só assim, teremos conquistas duradouras”.

Dalila Brito Rita, Bacharela em Filosofia pela Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação; Ativista da População Negra e Integrante da Rede Ecumênica da Juventude (REJU), acredita que os jovens devam se inteirar nestes movimentos de suma importância no combate ao racismo, para que consiga ter maior repertorio de quais são seus direitos perante o estado: “Os movimentos Negros/as nos causam representatividade em uma sociedade que ainda permanece na desconstrução racista. A população Preta se reconhece no seu lugar de fala, e passa a desvelar suas raízes e ancestralidade por esse meio. Causando uma força educativa para o povo Preto/a que ainda a nossa educação falha em propor”.

LUTE IRMÃO, NÃO DESISTA.

Uma das maiores discussões envolvendo o movimento negro no país são as cotas raciais. Criticada por muitos, as vagas destinadas a população negra nas universidades, aprovada em 29 de Outubro de 2012, se faz importante para garantir a inclusão destes no ambiente de ensino. Um estudo realizado em 2014, feito pela Rede Angola, intitulado, Retrato dos Negros no Brasil, trás números expressivos sobre a importância das cotas nas Universidades.

O Brasil é o segundo país com a maior população negra no mundo, são cerca de 190,7 milhões de brasileiros em 2010,50% da população, em 2015 o numero para 54%. Sendo superado apenas pela Nigéria. Mesmo com uma população negra tão expressiva, apenas 26% dos universitários em 2010, eram negros.

“As cotas raciais existem porque a Política de Estado nos deve. A sua importância está nos reflexos de 328 anos de escravidão e que fez com que a população Preta ficasse atrasada em suas conquistas. Não passamos na frente da população branca, o que se é entendido desse modo. A população branca ainda não nos aceita, e não assumem seus privilégios de Estado, ela é privilegiada pela Política de Estado. Apenas precisa assumir isso!” diz Dalila Brito.

ACEITA, DOI MENOS!

O termo Resistência Negra, tem sido utilizado em diversas plataformas. A chamada resistência é onde, jovens, meninos e meninas negras, assumem suas raízes afrodescendentes, Tranças e os cabelos armados, Black Power. “Não, as brancas não podem tornar algo tão importante para a cultura Negra em algo tão fútil”, é o que diz a militante de 18 anos Letícia Lima, em relação às tranças.

O movimento é contra o uso de vestes que possuem um significado para a comunidade, em pessoas que não compreendem o seu real significado. O uso das tranças, por exemplo, vem da África, onde seu uso era bem mais do que simples adornos. A maneira de trançar os cabelos podia indicar status social e até sinalizar que a pessoa em questão estava interessada em se casar.

O uso do Black Power e das tranças se tornou um forte símbolo da resistência negra.  Questionamos Dalila Brito, o que significa esta resistência: “É resistir à opressão da Política de Estado, das mais camufladas possíveis. Assim como a não aceitação da nossa identidade no adentro da sociedade. Como o nosso cabelo, a nossa pele, a nossa cor, o nosso nariz, boca… Que nesses particulares a sociedade ainda não nos aceita em alguns espaços públicos elitizados, como restaurantes, shoppings, cafeterias, baladas, educação superior… Entre outros… Resistir é a ocupar esses espaços e mostrar a sociedade que também existimos e que não podemos perder a nossa identidade com o embranquecimento ou branqueamento. É produzir artigos e pensamentos para o nosso povo, e sempre com a perspectiva do existir. Porque existimos!”.

Este ato tem como objetivo, erradicar com a influência dos padrões impostos pela sociedade, de como a mulher ou homem negro deve ser visto. “É triste ver de como a sociedade recebe bem uma mulher branca usando turbantes, e eu quando saio com a mesma vestimenta, sou hostilizada de todas as formas inimagináveis” diz Letícia Lima.

Para a filosofa Dalila Brito, a apropriação cultural tem um peso extremamente negativo, na luta pelo respeito às origens de matriz africana, “Temos uma sociedade embranquecida pela colonização europeia e há uma estrutura etnocêntrica que padroniza um rosto, uma face. Face essa que estampa as nossas revistas e nosso meio de comunicação, fazendo-nos perder a nossa representatividade. A apropriação cultural se complica nessa esfera, torna-se engraçado ver pessoas brancas com as nossas vestes, nossa cultura e arte e serem aceitas, e nós não. Enquanto a sociedade branca não se questionar e assumir seus privilégios de Estado, apropriar-se do que é nosso torna-se uma camuflagem daquilo que ainda está por trás. Uma luta mútua contra o racismo.”.

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Bem-Vindo, aqui eu ThiConto tudo!

Passos lentos, passos tão lentos que quase paramos. Más por fim, ao que tudo indica chegamos ao final de um longo período onde a moda masculina se mostrou estagnada. Há muitos anos, não vemos mudanças consideráveis nos cabides do homem moderno.

Durante todo ano as marcas se preocupam em ditar o que será tendência ao longo dos meses ulteriores. O que por muito tempo não foi uma preocupação para a moda masculina. O que é facilmente entendido, se pensarmos no contexto social, onde assuntos ligados a moda e comportamento, estão atrelados ao universo feminino, sendo assim, considerado “irrelevante” por muitos. O que não passa de um tremenda besteira. Como disse no inicio do texto, tenho a sensação de que aos poucos estamos quebrando este estigma; esta ideia de que não devemos nos preocupar com o ‘look do dia’.

Se acompanharmos as redes sociais de blogueiros  e It Boys, será mais fácil ter esta visão. A luta pela conquista da liberdade no universo fashion, ainda está distante do ideal. No ano passado, os blogs incitaram as discussões sobre a moda Agênero. De fato, uma grande conquista para os amantes de estilo. Mas fomentar discussões de internet sem ações diárias, não trás o efeito que muitos esperam. E é por isso que resolvi criar este blog.

Aqui tenho o espaço de que preciso para compartilhar e descobrir tudo que cerca o novo espaço do homem. Um espaço onde nós podemos ter a liberdade de discutir e pertencer a qualquer grupo, inclusive, não se enquadrar a grupo algum. Vamos ver que a moda pode e deve ser explorada; que assuntos políticos e sociais, não são tão chatos quanto parece; que falar de arte e a gastronomia é algo incrível, claro ao som de uma música incrível. E que o empoderamento  de sua essência é o toque final no estilo de qualquer pessoa.

Aqui, nós podemos. Aqui, eu ThiConto tudo.